CURRÍCULO DE LETRAMENTO LITERÁRIO ENSINO FUNDAMENTAL 22 DE ... · de um livro ou antecipar a...
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CURRÍCULO DE LETRAMENTO LITERÁRIO – ENSINO FUNDAMENTAL – 22 DE ABRIL DE 2015
• DETALHAMENTO DOS CONTEÚDOS DO 1º AO 5º ANO;
• 1ª MOSTRA DE SABERES DE PROFESSORES E ALUNOS SOBRE O CURRÍCULO DE LETRAMENTO LITERÁRIO PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA (03 de julho de 2015);
Coordenação de Letramento LiterárioLuciane Possebom
1
CONTEÚDOS DETALHAMENTO POSSIBILIDADES DE
SISTEMATIZAÇÃO
☺Leitura da capa e demais
elementos que compõem um
livro;
Leitura para identificar o tema
de um livro ou antecipar a
temática, ao observar a
globalmente.
Um livro é um objeto pensado
de forma “completa”, ou seja,
capa, 4ª capa, ilustrações,
título e resumo “conversam”
para atribuir sentido ao objeto
e ao conteúdo. Então,
ensinamos os alunos a inferir,
atribuir sentidos pela análise
da capa e demais elementos
de uma obra ao tratarmos
desses conteúdos.
“Tem livro que tem”
“Bruxa, bruxa venha à minha
festa”
☻ Apresentar o livro,
mostrando-o aberto aos
alunos e analisando com eles
os elementos visuais, bem
como ler o título e a resenha
para, depois, propor
inferências (sobre o que
“fala”, como “fala”, por que
aparecem as ilustrações, o
que estas têm a “ver” com a
temática da obra etc).
☻ Apresentar o livro e propor
que, em grupos, os alunos
criem hipóteses e exponham
aos demais. Em seguida a
professora fará as correções
das hipóteses e a leitura da
obra.2
☺Leitura para apreensão
das ideias do conto (ou
outro gênero do tipo
narrativo);
Sistematização da
apreensão das ideias
contidas nas diferentes
obras lidas, ouvidas e/ou
observadas, ou seja, o que
está manifesto no texto. No
caso dos gêneros de
domínio literário a
compreensão é
plurissignificativa, porém
há um “limite” nessa
manifestação (literatura não
é uma “viagem” onde tudo é
permitido, pois todo texto é
produzido
intencionalmente).
☻ Utilizando a fala: roda de
conversa, debate, conversa
dirigida;
☻Questões orientadoras
com registro escrito
desenho ou outra ideia de
representação (linguagem);
É possível registrar a “fala”
dos alunos sobre sua
compreensão das ideias do
texto, no papel bobina, por
exemplo. (especialmente se
esta for atividade
avaliativa)
3
☺Leitura para estabelecimento de
relações com outras linguagens
(canções, HQS, animações, entre outros);
O que se propõe nesse conteúdo é a
sistematização das relações possíveis
(semelhanças e diferenças) entre a obra
escrita (verbal ou não verbal) com outras
formas de “contar histórias”; como
acontece, por exemplo, numa animação,
numa HQ.
Observação: no estabelecimento de
relações podemos tratar dos
personagens (seus comportamentos,
características físicas, grau de
protagonismo numa e noutra linguagem);
da linha narrativa (manutenção, ruptura,
semelhanças, diferenças); do “jeito” de
narrar em cada uma das linguagens (o
que é um livro “animado”, quais
elementos são fundamentais para
“contar” um conto usando os elementos
formais de produção de uma HQ, entre
outros).
☻ Apresentar aos alunos um conto
clássico, fazer uma análise geral das
ideias deste e depois compará-lo usando
outra linguagem (a animação);
☻ Apresentar um conto no livro e este
mesmo livro animado; (DVD – A cor da
Cultura), fazendo comparações entre o
conto em si e a linguagem usada;
☻ Contar “livremente” um conto clássico
ou popular ou pedir a um aluno que o faça
e depois fazer a leitura do texto
literalmente, analisando as diferenças e
semelhanças entre um e outro;
☻ Apresentar aos alunos um conto
clássico e seu revisitamento numa HQ;
☻ Apresentar um conto aos alunos e
compará-lo a filme de “curta metragem”;
☻ Apresentar um conto com uma
determinada temática e depois
apresentar a mesma usando para isso um
poema, uma letra de canção, uma lenga-
lenga;
☻ “Começar” o PTD com uma animação
ou curta metragem ou HQ etc. Depois
apresentar a obra escrita e fazer as
comparações;
4
☺Leitura de fruição (imersão na
narrativa), para a apreciação da
obra;
* A repetição nas histórias pode se
dar por justaposição de situações, de
enunciados, quando um ou alguns
personagens realizam ações
sucessivas que se repetem como em
“A formiguinha e a neve” recontado
por João de Barro (Braguinha) da
Editora Moderna. Pode se dar por
acumulação, como ocorre em “Qual o
sabor da lua?” de Michael Grejniec,
da Editora Brinque Book. E pode se
dar por subtração como é o caso de
“Dez Patinhos”, de Graça Lima, da
Editora Companhia das Letrinhas.
Contos de repetição - agosto de 2013
– Educação Infantil.
Esse conteúdo deve estar
presente em todos os PTD’s de
Letramento Literário. Ele refere-
se ao “momento enquanto”, ou
seja, é a leitura da obra feita
pelo (a) professor (a) para os
alunos (narrativas verbais ou
visuais). É o primeiro contato do
ouvinte/leitor com o conteúdo
escrito e ilustrado da obra.
Deve ser sistematizado
conforme “pede” a obra. Por
exemplo: um conto de repetição
pede ritmo e inferências
diferentes de um conto de
fadas, uma narrativa visual,
necessariamente precisa ser
vista por todos os leitores; um
conto de esperteza (que
envolve humor) precisa ser lido
de modo a provocar o riso etc.
Ler a obra sem mostrar as
ilustrações, fazendo isso após a
leitura;
Contar livremente e depois
apresentar a obra de onde
“saiu” o texto;
Ler a obra mostrando as
ilustrações;
Ler a obra solicitando a
participação do ouvinte/leitor;
Ler a obra depois de ter
conhecido sua temática noutro
suporte ou linguagem;
Ler a obra contando com a
participação (presença física)
do ouvinte/leitor representando
personagens ou ações
importantes para a narrativa
(nos contos de repetição, por
*acumulação, justaposição ou
subtração)5
☺Leitura para reconto, por meio
de outras linguagens;
Nesse conteúdo a ênfase está no
ato de recontar uma história.
Recontar é “contar de novo” a
“história” toda, usando para isso
outras linguagens e também as
possíveis variações criadas pelo
autor do reconto.
☻Mudar os personagens e manter
a linha narrativa;
☻Manter os personagens e
modificar a linha narrativa;
☻Transformar a narrativa verbal
em narrativa visual;
☻Transformar a narrativa visual
em narrativa verbal;
☻Recontar usando a linguagem
dos HQ’S;
☻Recontar usando aspectos da
linguagem cênica;
☻Recontar usando “formas
animadas” (dedoches, fantoches);
☻Recontar recriando as
ilustrações e usando materiais
diversos para fazê-lo;
☻Recontar usando a linguagem do
gênero poema ou seus subgêneros
(o cordel, por exemplo);
☻Recontar por meio do gênero
resumo (oral ou escrito);
6
☺Leitura e apreciação de
livros brinquedo (pop up, por
exemplo);
Nesse conteúdo trabalha-se
especificamente com os livros
brinquedo. São obras cujo
aspecto visual chama a
atenção do ouvinte/leitor
pelas cores, por imagens que
“saltam” ao abrir as páginas,
pelos efeitos sonoros, por
possuírem textura, entre
outros. O trabalho com esses
livros deve priorizar essas
características. O mais
importante, nesse caso, é o
manuseio – orientado pelo
professor – do livro pelo aluno.
Não se deve esquecer, no
entanto, da leitura do texto
cujo livro brinquedo é
portador.
☻ Apresentar o livro de modo
que todos possam vê-lo (livros
pop up);
☻ Orientar os alunos quanto
aos cuidados no manuseio
desse tipo de livro;
Observação: outros
conteúdos podem ser
sistematizados num PTD com
livro brinquedo, o que
diferencia este dos demais é a
forma como é diagramado. No
entanto, devemos buscar,
também nesses livros, o
máximo de qualidade literária.
7
☺Leitura de narrativa visual; Refere-se especificamente às
obras sem texto escrito.
Ensinamos neste conteúdo a
ler não a letra, mas o “tecido”
pela ilustração em cada página
e pelas relações entre estas na
obra como um todo;
Vamos exercitar a leitura de
uma narrativa visual – “Meu
leão”
☻ Ao propor a leitura de
narrativa visual o 1º passo é a
leitura “livre”, ou seja, é
necessário que o leitor
construa, do seu modo, a linha
narrativa;
☻ A segunda proposta é
“abrir” na roda de conversa as
possíveis leituras e compará-
las;
☻ O terceiro passo é a
releitura, dessa vez, orientada
de modo a chamar a atenção
do leitor (aluno) para aspectos
importantes que ele,
porventura, não tenha
percebido. Por isso é muito
importante que a professora
tenha amplo domínio sobre a
obra antes de apresentá-la aos
alunos.8
☺Leitura para recriação do
desfecho;
Aqui se propõe a recriação do
final da “história”. Mas não se
trata apenas de “dar um final
diferente”, pois para que haja
lógica, há que se interferir
também na linha narrativa.
☻ Após a leitura e a releitura da
obra, questionar os alunos
quanto aos possíveis finais. É
importante ir “destecendo” a
linha narrativa com eles, para
que percebam que, para mudar
o final da história, é necessário
mudar também algumas
relações entre os personagens e
alterar alguns fatos da obra
original. Caso contrário a obra
perde a verossimilhança.
☻ Reescrever a história (verbal
e narrativa visual) “mexendo”
nos elementos importantes para
que o final seja coerente.
☻ Propor a alteração do
desfecho da obra fazendo as
modificações necessárias, por
meio de novas ilustrações.
9
☺Leitura para articular título
e ilustração da capa;
Leitura da capa que compõe
um livro (título e ilustração,
autor e ilustrador)
Esses conteúdos referem-se à
exploração dos elementos que
iniciam a “constituição” da
obra. A capa e o título de uma
obra “conversam” para que na
observação desta seja
permitido ao futuro leitor
supor do que essa “conversa”
trata.
“Imagem 1 e Imagem 2” (título
e ilustração)
☻ Mostrar a ilustração da
capa de um livro e estimular
os ouvintes/leitores a
“adivinhar” o título;
☻ Ler o título de uma obra e
solicitar aos alunos que a
ilustrem para depois
comparar suas ilustrações
com a do ilustrador;
☻ Mostrar a ilustração de
uma capa a grupos diferentes
para que cada um proponha
um título e explique porque o
fez. Em seguida comparar os
títulos e as justificativas;
☻ Mostrar o título de uma
obra e questionar os
ouvintes/leitores sobre quais
personagens devem aparecer
já na capa; 10
☺Leitura para descrever,
caracterizar personagens;
Nesse caso, chamamos a atenção
do aluno para a “apresentação” de
um ou mais personagens numa
obra (como ele é fisicamente, em
suas relações sociais, qual é sua
relação dentro da obra – é
protagonista ou antagonista? entre
outros).
☻ Depois de conhecer toda a obra
elencar questões respondidas por
meio da fala (escrita coletiva,
individual ou outra representação)
sobre um personagem específico;
☻ Chamar progressivamente a
atenção dos ouvintes/leitores
sobre particularidades dos
personagens que se opõem na
narrativa
(protagonista/antagonista);
☻ Distribuir aos alunos palavras
ou expressões que descrevam
fisicamente alguns personagens e
pedir que distribuam, numa tabela,
essas características;
☻ Distribuir aos alunos palavras
ou expressões que descrevam
comportamentos de alguns
personagens e pedir que
distribuam, numa tabela, essas
características;
11
☺Leitura para evocar e/ou
confrontar gêneros com a
mesma temática;
Os contos populares
(causos), mitos e lendas
estão presentes na memória
oral e escrita dos povos
desde muito tempo e são,
em grande parte, narrativas
que possuem muitos
elementos em comum uma
vez que transitam entre
diversos povos e gerações.
Sendo assim, não é difícil
encontrar narrativas muito
semelhantes em tempos e
povos distantes. É essa
comparação e percepção
que se ensina quando
trabalhamos com esse
conteúdo.
☻ Comparar dois mitos de
criação do mundo, por
exemplo, de diferentes
povos do continente
africano;
☻ Comparar dois mitos do
surgimento dos animais, por
exemplo, de diferentes
povos indígenas;
☻ Comparar dois contos
populares copilados em
tempo histórico diferente;
☻ Comparar lendas de
diferentes regiões do Brasil,
por exemplo;
☻ Comparar dois contos
populares publicados em
tempos históricos
diferentes; 12
☺Leitura para estabelecer
critérios pessoais na
escolha de um livro;
Esse conteúdo pode ser
sistematizado pela leitura
comparada, ou seja, pela
sondagem do “gosto” pelas
obras apresentadas em
vários PTDS ou mesmo pela
leitura de duas ou mais
obras num PTD, solicitando
ao aluno que registre aquela
de que mais gostou.
☻ Apresentar duas ou mais
obras com a mesma
temática (indígena, por
exemplo) e pedir que cada
aluno registre (fala, escrita,
desenho, ou outra
linguagem) a que mais
gostou.
☻ Anotar num cartaz as
obras, à medida que são
apresentadas aos alunos e,
num dado momento,
relembrá-los e propor que
falem ou escrevam, ou
representem de outro modo
àquela de que mais
gostaram.
13
☺Leitura para
relacionar/comparar obras do
mesmo autor;
Nesse conteúdo abordam-se
conhecimentos anteriores dos
alunos. Retomamos então, uma
obra já apresentada e
comparamos as semelhanças
entre estas (na maioria das vezes
há muitas semelhanças, por conta
do “jeito” de escrever, da temática
e das relações entre escritor e
ilustrador). Todo ilustrador possui,
como o escritor, um “estilo
próprio”, que só percebemos ao
analisar diversas obras.
“O reizinho mandão – O rei que não
sabia de nada – Sapo vira rei – vira
sapo” (Ruth Rocha)
“O caso das bananas, O caso da
lagarta que tomou chá de sumiço, O
caso do pote quebrado...” (Milton
Célio de Oliveira)
☻ Elaborar com os alunos
algumas características de dada
obra e, depois da leitura e análise
de outra obra do mesmo autor ir
completando com eles uma tabela
com semelhanças entre as obras;
☻ Ler duas obras do mesmo autor,
porém distantes historicamente e
relacionar essas produções ao
tempo histórico em que foram
produzidas analisando a diferença
da temática;
☻ Observar atentamente com os
alunos as ilustrações em duas
obras diferentes do mesmo
ilustrador e compará-las,
estabelecendo as semelhanças;
☻ Ler duas obras de escritores
diferentes, mas com o mesmo
ilustrador e analisá-las com os
alunos.
14
☺Leitura para
estabelecimento de
aproximações e
contraposições entre
obras clássicas e
versões modernas;
Nesse conteúdo
sistematiza-se a
totalidade das relações
entre obras clássicas e
modernas, por exemplo:
nos contos populares e
clássicos analisamos a
linguagem, perfil dos
protagonistas, e
variantes orais
utilizadas, entre versões
publicadas diferentes
tempos.
☻Ler para os alunos
duas versões do mesmo
conto popular ou conto
clássico e compará-los
quanto à linguagem, o
comportamento dos
personagens, o uso da
língua;
☻ Ouvir de um ou mais
alunos contos populares
e/ou clássicos que eles
conhecem, comparando-
os com outra versão
(escrita).
(revisitamento)15
☺Leitura para
relacionar/comparar
personagens com o mesmo
perfil (no conto clássico e na
releitura deste, por exemplo);
Nesse caso aborda-se o mesmo
personagem tratado em duas
obras diferentes (outros livros,
por exemplo). Por exemplo:
quem é a Rapunzel do conto
clássico e quem é a Rapunzel da
animação (Enrolados) da
Disney? E o “príncipe”?
☻ Apresentar a obra e discutir
as características de
determinado personagem,
depois realizar a leitura de um
“revisitamento” e comparar os
perfis em cada obra;
☻ Caracterizar um personagem
de uma obra apresentada e
depois compará-lo numa outra
obra publicada em tempos e
espaço diferentes;
☻ Analisar o comportamento de
um personagem visto
modernamente (numa
animação, por exemplo) e no
conto clássico.
☻ Buscar semelhanças e
diferenças do mesmo
personagem em diferentes
versões de um conto;
16
☺ Leitura para caracterizar a figura
do narrador;
Há diversos modos de narrar uma
“história” e é importante ensinar
progressivamente aos alunos “quem é
esse narrador”.
Observação: esse conteúdo só se
manifesta na diversidade de obras. E
no caso das obras do CLL, na maioria
das vezes, a narração se dá em
terceira pessoa, também chamado de
“narrador onisciente”.
* Personagem narrador (aqui um
personagem assume o papel de
contar, sob o seu ponto de vista);
* O narrador em segunda pessoa (O
narrador reconhece a existência do
leitor referindo-se a ele diretamente);
* Narrador em terceira pessoa (Nesse
ponto de vista, o narrador não
participa da história, mas tem
conhecimento sobre o todo);
Vamos ouvir parte de uma obra onde
há um “narrador personagem”:
“Memórias Póstumas de BrásCubas”
☻ Após a leitura de várias obras
(entre PTD’s) é possível comparar
como é contada a história nessas
obras;
☻ Analisar com os alunos como se
conta a história, por meio de questões
orientadoras: Quem conta essa
história? É possível “ver” o contador
da história? O que quem conta a
história demonstra saber a respeito
do que aconteceu?
Observação: é possível registrar por
escrito as respostas dadas pelos
alunos.
17
☺Leitura para
argumentar e justificar
sua apreensão;
Nesse caso o aluno deve
ser capaz de, por meio
da sistematização feita
pelo professor, não
apenas apreender a
ideias presentes no
texto, mas também
argumentar e justificar
(por meio da fala, da
escrita, ou outra
linguagem) o que
entendeu e por que
entendeu dessa maneira.
☻ Propor, após a leitura
de uma obra, que os
alunos falem sobre as
ideias que perceberam
no texto, justificando
suas opiniões;
☻Promover debates
entre grupos que
deverão defender sua
opinião sobre aspectos
da obra lida/ouvida;
☻Solicitar o registro
escrito da apreensão das
ideias do conto
lido/ouvido com
justificativa;18
☺Leitura para reconhecer as
diferentes vozes do gênero de
tipo narrativo;
Nesse conteúdo
sistematizamos a existência
de personagens que, de modo
geral, podem ser definidos
como aqueles que “vivem” a
história e que, ao contrário de
qualquer tipo de narrador,
nãos a contam. Diferenciando
assim esses elementos:
narrador – personagens.
Vamos diferenciar narrador e
personagens, brincando com
o conto de repetição “Dez
sacizinhos”:
☻ Exercitar com os alunos,
por meio da fala, a presença
de personagens (quais) e a
existência de alguém que não
está na história e sim, a conta.
☻ Listar no momento da 2ª
leitura quais são os
personagens da história;
☻ Propor que os alunos
representem um ou mais
personagens da história (a
fala, escrita ou outra
linguagem).
☻ Propor aos alunos que “um
conte a história” e que, no
momento do aparecimento
dos personagens, outros
alunos façam parte da
história.
19
☺Leitura para determinar
os eixos de conflito e
resolução de uma narrativa;
Aqui o que se ensina são os
pontos “fortes” da narrativa,
ou seja, em que momento se
inicia o conflito (se
estabelece um “problema” a
ser resolvido) e a resolução
(o desfecho), isto é, como o
conflito foi resolvido.
☻Ler para os alunos a obra
toda e depois analisar com
eles em que parte se iniciou
o conflito (quando foi
necessário resolver um
problema, uma situação
adversa, um enfrentamento
com outro personagem etc),
bem como em que momento
da obra o problema foi
resolvido.
☻ Propor aos alunos, em
grupo, que depois de ouvir o
conto estabeleçam o
conflito e o desfecho, depois
comparar o que cada grupo
fez e tirar as conclusões
gerais.
20
☺Leitura para levantar
hipóteses sobre os
acontecimentos possíveis
na narrativa;
Esse conteúdo “pede”
interatividade entre leitor
e ouvintes. É importante
que o professor conheça
bem a obra e saiba em que
momentos da sua leitura
ele deve pedir aos
ouvintes/leitores
inferências.
Vamos ouvir parte da obra
“ A princesa que sabia de
tudo, menos uma coisa” e
exercitar a leitura “em
partes”.
☻ Escolher uma obra que
pode ser lida “em partes”
parando a leitura e
levantando hipóteses
sobre o que ocorrerá em
seguida, com os alunos
(anotar essas hipóteses) e
depois prosseguir a leitura
para confirmar ou negar o
que foi dito.
☻ Ao ler contos de
repetição, adivinhação,
solicitar a inferência dos
alunos de modo a
antecipar o que ocorre na
narrativa.
21
☺Leitura para resumir a
narrativa oralmente e por
escrito (coletiva e
individualmente),
mantendo os principais
elementos do texto
original;
Nesse conteúdo
ensinamos os alunos a
elaborar (por meio da fala
e/ou da escrita) a
sintetizar o texto
lido/ouvido, chamando a
atenção destes para
elementos fundamentais
da narrativa.
☻ Elaborar coletivamente
um resumo do conto lido,
orientando os alunos a
manter os elementos
principais da narrativa.
☻ Solicitar aos alunos
que, em grupos, registrem
seu “resumo” da história,
depois compará-los aos
dos demais grupos.
☻ Solicitar aos alunos (4º
e 5º ano) que elaborem
individualmente um
resumo da história,
incentivando-os a ler para
os demais o gênero que
produziram.
22
☺Leitura para elaborar
(coletiva e
individualmente) o
gênero resenha crítica;
A resenha crítica é um
gênero do tipo
argumentativo, ou seja,
nesse gênero não
resumimos a “história” e
sim opinamos sobre o
que foi lido, repassando
ao leitor não apenas
aspectos do texto e sim
nossa opinião sobre o
que lemos.
☻ Elaborar, primeiro,
coletivamente o gênero
resenha crítica do tipo
argumentativo.
☻ Solicitar aos alunos
que produzam uma
resenha, orientando-os
sobre os aspectos
básicos do gênero. (4º e
5º ano, com mais
frequência)
23
☺Leitura para interessar-
se e conhecer a biografia
do autor;
Para os alunos,
especialmente os
maiores, é importante
conhecer
progressivamente os
autores das obras que lê
na escola, por isso é
necessário que recebam
(não em todos os PTD’S)
algumas informações
sobre os autores
(escritores e ilustradores)
que produziram a obra
que o professor lhes
apresenta, destacando
aspectos importantes da
biografia destes.
☻ Apresentar oralmente a
biografia de um
determinado autor
(antigo), por exemplo.
☻ Apresentar a biografia
de um autor/ilustrador
moderno, já conhecidos
pelos alunos.
24
O Plano de Trabalho Docente: Questões fundamentais para um “bom” PTD
de Letramento Literário:
☆ O modo composicional
escolhido está de acordo
com a obra de referência do
CLL?☆ A obra escolhida permite
sistematizar os conteúdos
elencados?
☆ Os recursos foram bem escolhidos, de
modo a atender os objetivos de ensino do
PTD?
☆ Os encaminhamentos e
propostas de trabalho para o aluno
sistematizam os conteúdos
trabalhados, atendendo também aos
critérios de avaliação; (foi ensinado
o que se pretendeu ensinar?)
☆ Houve “ponto de partida”?
☆ A(as) atividade(s) avaliativa(s) foram
realizadas após a instrumentalização?
☆ Conteúdos, objetivos e critérios
de avaliação estão coerentes?
☆ Exercite a elaboração de objetivos com base no que os conteúdos “estão
pedindo”, ou seja: vou ensinar isso para que o aluno...”;
☆ Os critérios elencados no PTD devem demonstrar o quê, e em que medida o
aluno apropriou-se do que foi sistematizado, portanto copiar critérios referenciais
finais, ou colocar o verbo no imperativo (sabe, compreende, lê etc), não é
suficiente para explicitar o aprendizado do aluno e a intencionalidade do regente
do CLL;
Para isso:
☆ Os conteúdos do CLL não “servem” para ensinar “nada”, no entanto,
(principalmente entre os alunos maiores) podem aparecer questões “científicas”,
ou seja, observações sobre lugares, fatos, históricos, semelhanças entre
personagens reais e fictícios. Nesse caso, é importante esclarecer tais questões
(por exemplo...);
☆ Uma forma interessante de registrar a fala dos alunos sobre a apreensão das
ideias do que foi lido/ouvido/observado é ter um “álbum seriado” para cada turma
e, quando achar necessário, registrar por escrito neste a(s) resposta(s) da turma
sobre determinado conto lido; (obra, data e registro escrito da fala das crianças);
☆ Na elaboração dos critérios de avaliação, devem-se numerar aqueles
que serão tornados (na proposta de trabalho para o aluno) atividades
avaliativas. Sugere-se que tal ou tais propostas apareçam no “fim” do
PTD, pois assim tenta-se “avaliar” somente depois de “ensinar”;
☆ Atividades de modelagem, desenho, pintura,
de escrita, fala, dramatização servem, no PTD do
CLL, para o reconto da “história” lida. (ou outra
sistematização de um ou mais conteúdos). Fazer
atividades desse tipo apenas por “fazer” ou fazê-
lo sem realmente “recontar” não comtempla os
conteúdos, objetivos ou critérios referenciais
finais dos quadros do CLL;
☆ Os critérios referenciais finais devem ser
visitados e revisitados constantemente pois eles
descrevem a condição mínima de aprendizado
sobre cada conteúdo da PCM do CLL;