Currículo referência arte 6º ao 9º ano

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1 CURRÍCULO REFERÊNCIA DE ARTE Ensino Fundamental 6º ao 9º Ano

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CURRÍCULO REFERÊNCIA

DE

ARTE

Ensino Fundamental 6º ao 9º Ano

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APRESENTAÇÃO

A educação em Arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, que

caracteriza um modo particular de dar sentido às experiências das pessoas, por meio

dele, amplia-se também a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação.

Aprender Arte envolve, basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre

eles. Envolve, ainda, conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da natureza e sobre

as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e épocas.

Desde que habitava as cavernas, o ser humano vem manipulando cores,

formas, gestos, espaços, sons, etc., a fim de dar sentido a tudo, e comunicar-se com

o outro, construindo valores que favorecem a riqueza e à diversidade da imaginação

humana. Nesse sentido é pertinente pautar meios para que o ensino de Arte ocorra

de fato dentro dos parâmetros educacionais, e que os sujeitos envolvidos tenham

acesso a toda e qualquer forma de conhecimento que envolva o saber artístico.

O objetivo deste documento é contribuir com todos os profissionais que

lecionam o componente curricular Arte na Rede Municipal de Ensino de Açailândia -

MA, auxiliando-os a transformarem o trabalho diário com os alunos e a comunidade

escolar numa experiência de crescimento mútuo.

Ressalta-se que esse Currículo Referência foi elaborado com o intuito de

orientar o professor a planejar ações concretas de educar e cuidar, à luz da natureza

construtivista, que aprende refletindo a partir do erro como construção e reelaboração

do conhecimento, levando também em consideração um ensino de qualidade que

garanta não só o ingresso do aluno na escola, mas a sua permanência com sucesso.

Nesse contexto ao longo do Ensino Fundamental, espera-se que o acesso

aos conhecimentos sobre Arte possa contribuir para o desenvolvimento dos

estudantes envolvidos no processo e compreendidos dentro de um sistema geral.

Ana Carla de Jesus Abreu Professora de Arte

Geane Maria Reis da Silva Pedagoga

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1 INTRODUÇÃO

Falar sobre o ensino em arte é possibilitar ao ser humano compreender novas

formas de refletir sobre sua função na sociedade enquanto sujeito ativo, que precisa

romper barreiras e explorar suas habilidades, articulando significados e valores que

norteiam a sociedade. A arte exercita o despertar dos sentidos como uma forma de

compreensão das questões sociais, e das ações do homem ao longo de sua evolução,

possibilitando conhecer e compreender aspectos da nossa história e da nossa cultura.

A função social da arte está relacionada com a produção social humana, que

compreende o homem como um ser em completa construção, possibilitando

reconhecer na cultura artística, o outro que fala, que transforma com suas ideias e

ações, os espaços, que na relação com o próximo dá sentido às experiências e

vivências, que pelo aprendizado constrói novos caminhos de ressignificar a vida, pois

o ser humano está sempre em busca de novas formas de ler e compreender o mundo,

e a arte por meio da criação, da sensibilidade e dos inúmeros processos de produção.

Partindo desse princípio, a Arte é uma linguagem que engloba quatro

subcomponentes do conhecimento: Arte visual, Teatro, Música e Dança. É

importante ter clareza sobre como abordá-los metodologicamente, sem desligá-los da

sua natureza criadora, mas reconhecendo que é também um dos meios de que dispõe

o ser humano para captar e conhecer a realidade. O componente curricular de Arte

que se configura como um campo no qual o sujeito tem a possibilidade de ter

experiências que se efetivam naquilo que é manifesto, no não manifesto, no intuitivo

e no inusitado, se constituindo por intermédio de práticas artísticas e culturais

heterogêneas e plurais.

A fim de garantir aos professores maior dinamização e organização do fazer

didático na sala de aula, esse documento foi construído para proporcionar maior

clareza e entendimento sobre a arte como algo vivo e dinâmico, onde os educandos

se envolvam e ampliem seus conhecimentos, tornando seus espaços em ambientes

de saberes, entendendo que a educação não é um projeto acabado, mas que está

sempre em construção. Nesse sentido o ensino em Arte possibilitará a busca pelo

diferente, transformando aquilo que já existe e o inexistente, ordenando o pensamento

e revivendo emoções humanas.

Falar em Arte é falar de Artes visuais, Teatro, Música e Dança e seus

inúmeros pontos de contato, entre si e com as outras áreas. Cada linguagem artística

tem um modo particular de interpretar o mundo e todas as manifestações culturais que

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nos cercam, e é necessário que os alunos compreendam isso, a fim de ressignificar

sua existência e suas ações nos espaços que estão inseridos. Ao tomar contato com

essas diversidades de saberes o aluno descobre novas formas de olhar o mundo

rompendo com a ideia de que tudo é belo, perfeito. Segundo (MODINGER, 2012 p.41):

As artes são um rico campo do saber que pode estabelecer relações com a vida, a história e a cultura dos povos. É fundamental, tanto para a compreensão de nossa trajetória no mundo da riqueza cultural acumulada quanto para a produção de novas manifestações culturais, que precisamos incentivar.

A comunicação entre as pessoas não se dá apenas por meio de palavras, pois

para lermos o que está à nossa volta utilizamos vários recursos: imagens, música,

pintura, cinema, etc., e para nos apropriarmos desses meios é preciso

compreendermos seus códigos. Segundo (MARTINS, 2009, p. 13):

Para nos apropriarmos de uma linguagem, entendermos, interpretarmos e darmos sentido a ela é preciso que aprendamos a operar com seus códigos, é por meio deles que podemos compreender o mundo das culturas e o nosso eu particular.

Nesse sentido é importante compreendermos os fundamentos de cada

subcomponente, a começar pelas Artes visuais, que têm como finalidade trabalhar

com imagens a fim de potencializar o saber estético, a importância da visão e daquilo

que os olhos se ocupam. Nesse sentido, amplia-se a compreensão de mundo a partir

do momento em que reeduca o olhar para ver além da coisa em si, redefinem-se novos

horizontes, rompendo com as satisfações que falsificam o mundo. De acordo com a

Base Nacional Comum Curricular a presença das Artes visuais no ensino fundamental

é responsável por mobilizar, problematizar e ampliar o mundo dos discentes,

enriquecendo seus imaginários e gerando conhecimentos que contribuem para a

compreensão de si, dos outros e do universo em que estão imersos.

Sua prática é geradora de conhecimentos relevantes à formação dos sentidos

humanos, em especial da sensibilidade estética sempre em consonância com uma

intenção. Em seu compromisso com a Educação Básica, possibilita ao aluno o

domínio dos saberes que se constituem em conhecimentos, na experimentação de

novos valores e múltiplas culturas, rompendo com os limites escolares e criando novas

possibilidades de conhecimentos relacionados às questões do cotidiano.

Já o Teatro potencializa a capacidade de expressão e comunicação dos

sujeitos por meio dos jogos, da improvisação, da atuação e da encenação,

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experimentando novos meios de enriquecer seu repertório, crescendo enquanto

sujeito atuante no meio em que está inserido e estabelecendo relações entre o

individual e o coletivo dentro de um contexto.

O teatro proporciona experiências que contribuem para o crescimento integrado da criança sob vários aspectos. No plano individual, o desenvolvimento de suas capacidades expressivas e artísticas. No plano do coletivo, o teatro oferece o exercício das relações de cooperação, diálogo, respeito mútuo, reflexão sobre como agir com os colegas, flexibilidade de aceitação das diferenças e aquisição de sua autonomia. (PCN Arte, 1998, p. 58).

No processo educacional, esse subcomponente propicia aos indivíduos

condições de debates sobre conteúdos sociais e culturais que norteiam sua realidade.

Sendo que as atividades estabelecidas pela instituição devem abranger o indivíduo

como um todo, ajudando-o a experimentar o mundo sem correr riscos.

Quanto a Música a mesma está relacionada ao desenvolvimento cognitivo,

emocional e social dos sujeitos facilitando a concentração e o desenvolvimento do

raciocínio, de modo que possa focar tanto o raciocínio crítico (estético), analítico

(forma, tonalidade, estilo, etc.) e pessoal (pensamentos, sentimentos, vivências),

promove e enriquece nossa compreensão sobre nós mesmos e sobre o mundo.

O uso dessa linguagem irá transformar esse sujeito, tanto no que se refere a seus modos de perceber, suas formas de ação e pensamento, quanto em seus aspectos subjetivos. Em consequência, transformará também o mundo deste sujeito, que adquirirá novos sentidos e significados... ( FONTERRADA, 1994, p.41).

O ensino de música deve possibilitar aos alunos a se expressarem e se

comunicarem, promovendo experiências de apreciação articuladas em um contexto

histórico e social fazendo conexão com sua identidade e seu repertorio próprio,

levando-o a desenvolver seu potencial de comunicação e expressão, apreciação

musical pela escuta, compreendendo a linguagem musical e sua formação enquanto

cidadão.

Sobre a Dança, o que norteia essa linguagem é o uso do corpo como

elemento fundamental para o processo de desenvolvimento intelectual do aluno,

potencializando seu lado criativo e fortalecendo sua identidade e repertório cultural,

utilizando o corpo para comunicar emoções, ideias associadas a um significado

próprio e coletivo.

É por meio de nossos corpos, dançando, que os sentimentos cognitivos se integram aos processos mentais e que podemos compreender o mundo de forma diferenciada, ou seja, artística e estética... o corpo que dança e o corpo na dança tronam-se fonte de conhecimento sistematizado e transformador (MARQUES, 2006, p.25).

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A dança e seus significados permitem ao aluno compreender sua capacidade

de gerar movimentos compreendendo seus limites, mediante um maior entendimento

de como seu corpo funciona, assim poderá usá-lo expressamente com maior

inteligência, responsabilidade e sensibilidade. É uma forma de expressão tanto

individual quanto coletiva, em que o aluno exercita atenção, a percepção, a

colaboração e a solidariedade.

O Currículo Referência de Arte, também tem como pressuposto mostrar a Arte

como espaço que gera conhecimento, possuidora de um campo teórico específico,

relaciona-se com as demais áreas, desenvolvendo o pensamento artístico e a reflexão

estética.

Articula diferentes formas de cognição: saberes do corpo, da sensibilidade, da intuição, da emoção etc., constituindo um universo conceitual e de práticas singulares, que contribuem para que o estudante possa lidar com a complexidade do mundo, por meio do pensamento artístico. (BNCC, 2015 p.82).

Propicia um encontro ativo entre o espectador e a obra (visual, cênica e

musical); que o fruidor do objeto artístico, ao viver a experiência estética, vive também

um processo de criação; que esse momento da experiência estética é absolutamente

individual, mesmo quando vivido no coletivo, pois o modo de fruição é particular. Vive-

se uma experiência intransferível, entretanto, ao vivê-la, tem-se a possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pelas diversas culturas, apreendendo os seus

significados.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Currículo Referência do município de Açailândia – MA tem como amparo

legal, a Constituição Federal, que em seu artigo 227, determina:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN – nº 9.394 de 20

de dezembro de 1996 que responsabiliza os Estados, Municípios e demais sistemas

de ensino pela elaboração de suas propostas pedagógicas, incumbindo a comunidade

escolar de participar dessa elaboração e execução, a Constituição do Estado e a Lei

Orgânica do Município que tratam a Educação em capítulos especiais e sugerem

regulamentação pedagógica dos sistemas escolares.

A ampliação do período escolar do ensino fundamental para nove anos

encontra-se regulamentada pela Lei 11.274 de 06/02/2006, tendo como objetivo

assegurar a todas as crianças um tempo maior de convívio escolar, maiores

oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem com mais qualidade, visto

que a matrícula da criança no primeiro ano do Ensino Fundamental é obrigatória.

O ensino de Arte de forma sistematizada, nas instituições de ensino, é algo

relativamente recente na história da humanidade. Desde os tempos mais remotos, os

conhecimentos artísticos eram transmitidos pela tradição oral e tinham como

características um processo informal de ensino e aprendizagem; esse por sua vez,

era baseado na imitação dos procedimentos e formas realizadas pelos artistas mais

experientes. Uma referência importante para a compreensão do ensino de arte no

Brasil é a célebre Missão Artística Francesa trazida, em 1816, por Dom João VI. Foi

criada, então, a Academia Imperial de Belas-Artes, o ponto forte dessa escola era o

desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização de modelos europeus, esses

princípios muitas vezes refletiam uma concepção espontaneísta, centrada na

valorização estrema do processo sem a preocupação com os seus resultados.

A partir da década de 70, a disciplina Educação Artística, presente na LDB,

Lei nº 5.692/71, tornou-se obrigatória e com novas ideias para a sua forma de ser

ministrada em sala de aula. Tais ideias não influenciaram para a melhoria e elevação

do ensino em arte, as práticas ainda permaneceram descontextualizadas.

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Nesse sentido, é necessário romper os paradigmas sobre o ensino em Arte,

e buscar compreender sua importância e sua evolução ao longo dos anos a fim de

superar os limites que são postos construindo novas práticas educativas e contemple

as manifestações que norteiam a linguagem artística. Pois estamos cercados de

diversas formas de expressões humanas e o ensino em Arte deve proporcionar ao

aluno conhecer e apreciar essas manifestações. Nessa perspectiva o ensino de Arte

deve contemplar: Artes visuais, Música, Teatro e Dança.

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3 ABORDAGEM METODOLÓGICA

Essa proposta tem no seu encaminhamento metodológico a visão de que um

ensino de arte significativo compreende o objeto artístico a partir das seis dimensões

do conhecimento, não se tratam de eixos temáticos, mas linhas maleáveis que se

integram, constituindo a especificidade do conhecimento em Arte: estesia, fruição,

expressão, criação, reflexão e crítica (das linguagens visual, dança, musical e

cênica). A sequência das vertentes será determinada pelos objetivos traçados no

planejamento do professor; no entanto, é importante que ele tenha clareza dos modos

como se aprende arte na escola e trace o seu próprio caminho. É por isso que a

atividade artística do aluno deve ser significativa e progressiva, permitindo-lhe adquirir

clareza do modo de construção da obra estudada e da sua própria produção, que

possibilite entender a sua instauração dentro de um contexto histórico-cultural, que

propicie a oportunidade de vivenciar um encontro ativo com o objeto artístico, que

oportunize pensar de maneira inteligente a imagem visual, bem como o som e a

música, favorecendo o desenvolvimento do seu pensamento artístico. Sendo assim,

busca-se fundamentar a concepção de: estesia, fruição, expressão, criação, reflexão

e crítica.

Estesia palavra que deriva do grego aisthesis que significa habilidade de

entender sentimentos/sensações, sensibilidade. E na perspectiva de valorizar e

nortear o desenvolvimento artístico do aluno a estesia possibilita ao mesmo

experimentar diversos elementos que desperta sua sensibilidade e percepção para

que ele possa produzir compreensões sobre si mesmo.

A fruição refere-se à apreciação significativa de arte e do universo a ela

relacionado. Tal ação contempla a fruição da produção dos alunos e da produção

histórico-social em sua diversidade. Implica a disponibilidade e a relação continuada

com produções artísticas e culturais, oriundas das mais diversas épocas, lugares e

grupos. Envolve o deleite, o prazer, o estranhamento, a abertura para ser afetado

durante a participação em práticas artísticas.

No processo de fruição está implícita a atividade de leitura, entendendo-se

que ler é uma atividade humana produzida em situações históricas específicas, e

mobiliza mecanismos linguísticos, psicológicos, sociais, culturais e históricos que

resultam na produção de sentidos.

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Um ensino da arte que propicie ao aluno o desenvolvimento das

possibilidades de ver, ouvir, interpretar e julgar as qualidades dos objetos artísticos e

das manifestações culturais deve compreender os elementos e as relações

significativas ali estabelecidas e, assim, oportunizar o conhecimento de que é portador

o objeto.

A expressão abre caminhos para que o aluno se aproprie de diferentes

formas de manifestações que fazem parte de seu cotidiano de forma a enriquecer seu

repertorio criativo e ao acesso a conhecimentos necessários para sua formação.

Sobre o processo de criação, o aluno abre-se para novas possibilidades de

ações, assim como para mudanças internas e externas.

A criatividade é uma dimensão da existência humana que evidencia o potencial do indivíduo para mudar, crescer e aprender ao longo da sua vida. A capacidade criadora está comumente associada ao processo de viver e organizar experiências vividas, ampliando o repertório existencial do indivíduo. (LEITE, 1994, p. 207).

O ser humano pode manifestar-se de forma criativa na peculiaridade de

programar a sua vida, na produção artística e na produção científica. O contato com

a sua identificação cultural possibilita-lhe valorizar as suas raízes histórico-culturais,

permitindo-lhe uma visão mais ampla de suas vivências como extensão da existência

humana.

É na socialização e na humanização que o indivíduo desenvolve o seu

processo criativo, pois a “(...) socialização – valoriza o papel do cidadão participante

e criador da história e transformador da cultura; humanização – valoriza e desenvolve

a consciência da dignidade humana e seu potencial criador”. (LEITE, 1994, p. 209).

A reflexão possibilita ao aluno compreender aquilo que se produz, a finalidade

de suas ações e do fazer artístico em todas as áreas que compreende a arte, dando-

lhe base para alicerçar sua consciência e seu lugar no mundo.

A crítica amplia a capacidade do aluno de questionar tudo aquilo que o cerca

de modo a desvelar o que se esconde por trás daquilo que parece ser comum, a fim

de elevar-se, se afirmar e humanizar-se.

Desta forma, é relevante apontar questões referentes à produção artística,

para que o professor amplie cada vez mais as suas ações pedagógicas,

fundamentando-se em alguns procedimentos acerca da leitura e da produção para

que haja uma melhor compreensão das alternativas possíveis para um bom

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encaminhamento do ensino da Arte. Contudo, esses encaminhamentos não devem

ser considerados como alternativas únicas e definitivas, pois o professor será sempre

um criador e pesquisador de métodos os quais lhe indiquem caminhos significativos

no seu percurso pedagógico, portanto, os conteúdos que estão em jogo nas situações

de aprendizagem propostas devem contemplar as seguintes ações:

Quadro 1: Ações de aprendizagem. Fonte: Base Nacional Comum Curricular, 2016, p. 112-114.

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AÇÕES DE

APRENDIZAGEM

TIPOS DE

CONHECIMENTOS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Fazer Arte

(Produção)

Fatos;

Conceitos;

Princípios;

Procedimentos;

Valores;

Atitudes.

Desenvolvimento do aluno em práticas artísticas;

Fazer para aprender sobre arte;

Fazer para desenvolver um percurso de criação pessoal cultivado, ou seja, informados pelas culturas;

Fazer para identificar e diferenciar a própria produção na relação com a dos colegas;

Fazer para se conhecer como um possível produtor entre outros que fazem e fizerem arte nas diferentes culturas.

Ver Arte

(Apreciação/percepção

)

Fatos;

Conceitos;

Princípios;

Procedimentos;

Valores;

Atitudes.

Desenvolvimento do aluno na leitura e desfrute dos próprios trabalhos de arte e das produções de outros artistas;

Leitura informada (com mediação do professor);

Leitura detida, aprofundada, organizada (tempo maior de exposição à imagem);

Leitura contextualizada (sabendo situar o objeto historicamente, geograficamente, esteticamente, criticamente);

Leitura de objetos artísticos em conexões.

Conhecer Arte

(Contextualização/

Fruição)

Fatos;

Conceitos;

Princípios;

Procedimentos;

Valores;

Atitudes.

Desenvolvimento de ideias e reflexões do

aluno a partir de interação com informações

sobre arte:

Pensar sobre arte;

Produzir ideias com marcas pessoais a partir de imagens e informações de arte;

Ser um produtor de textos verbais/visuais sobre suas sobre suas próprias reflexões;

Saber defender publicamente as próprias ideias em situações de acordo e desacordo com os pares (reflexão crítica).

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4 PROPÓSITOS GERAIS DO ENSINO DA ARTE PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

A aprendizagem artística envolve, dessa forma, um conjunto de diferentes

tipos de conhecimentos, que visam à criação de significações, exercitando

fundamentalmente a constante possibilidade de transformação do ser humano. Além

disso, a arte como conhecimento da realidade pode nos revelar um pedaço do real,

contextualizar a época em que se vive, criar novas maneiras de representação e

compreensão sobre si mesma. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular,

as proposições gerais para o ensino fundamental são dentre outras a expansão do

repertório, ampliação das habilidades e aumento da autonomia nas práticas artísticas

dos sujeitos, a partir da reflexão sensível, imaginativa e criativa dos sujeitos sobre os

conteúdos artísticos, seus elementos constitutivos e sobre as variações derivadas das

experiências de invenção e criação de cada um.

O ensino de Arte deverá organizar-se de modo que, ao final do ensino

fundamental, os alunos sejam capazes de:

Conhecer, fruir e analisar criticamente diferentes práticas e produções

artísticas e culturais do seu entorno social e em diferentes sociedades, em

distintos tempos e espaços, respeitando as diferenças de etnia, gênero,

sexualidade e demais diversidades;

Compreender as diferentes relações entre as artes visuais, a dança, o

teatro e a música e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas

pelo uso das tecnologias de informação e comunicação, nas condições

particulares de produção e prática de cada subcomponente;

Conhecer as matrizes culturais brasileiras em sua tradição e nas

manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em artes

visuais, dança, teatro e música;

Vivenciar a expressividade, a ludicidade e a imaginação, ressignificando

diferentes espaços na escola e fora dela por meio das artes visuais, da dança,

do teatro, e da música;

Explorar os recursos tecnológicos como meio para o registro, pesquisa

e criação em Arte;

Compreender as relações entre as artes, a mídia, o mercado e o

consumo;

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Problematizar questões políticas, sociais, econômicas e culturais por

meio de exercícios, produções e apresentações artísticas que valorizem a

autonomia, a crítica e a autoria.

Nesse sentido, o ensino de Arte deve promover o desenvolvimento cognitivo

do educando, facilitando o acesso às informações significativas e a familiarização com

as diversas linguagens. Assim associados e articulados às seis dimensões

apresentadas acima, propõe-se como objetivos integradores do componente

curricular Arte aqueles que perpassam todas as linguagens – Artes visuais, Dança,

Música e Teatro. Ao considerar o nível de aprofundamento e complexidade

compatíveis com o contexto do grupo, espera-se que o/a estudante possa:

Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções

artísticas e culturais do seu entorno social e em diversas sociedades, em

distintos tempos e espaços, dialogando, reconhecendo e problematizando as

diversidades.

Compreender as relações entre as Artes Visuais, a Dança, a Música e o

Teatro e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso

das tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo

audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada

linguagem e nas suas articulações.

Pesquisar e conhecer as matrizes estéticas e culturais, especialmente

as brasileiras, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-

as nas criações em Artes Visuais, dança, Música e Teatro.

Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a

imaginação, ressignificando espaços na escola e fora dela nas Artes Visuais,

na Dança, na Música e no Teatro.

Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, de pesquisa e

de criação artística.

Estabelecer relações entre os sistemas das artes, a mídia, o mercado e

o consumo, compreendendo, de forma crítica e problematizadora os modos

de produção e de circulação das artes na sociedade.

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Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas,

tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e

apresentações artísticas.

Desenvolver a autonomia, a crítica, o trabalho coletivo e o colaborativo

nas artes.

Construir relações artístico-culturais com as comunidades do entorno da

escola, nas quais se fazem presentes as culturas infantis, juvenis e adultas.

Os conteúdos a serem abordados deverão contemplar uma postura

interdisciplinar e devem corresponder às linguagens visuais, dança, cênica e musical.

Isso significa dizer que o professor de Arte terá como ponto de partida, no seu

planejamento, a linguagem específica da qual fará uso em sala de aula. Entretanto,

as outras linguagens enriquecem as possibilidades de criação e produção. Contudo,

ao transitar por outras linguagens, o professor necessitará selecionar os conteúdos

de maneira sensata, para que eles não fiquem fragmentados e distantes do objeto de

estudo, evitando, assim, um encaminhamento polivalente ao invés de interdisciplinar.

Este documento propõe uma postura filosófico-metodológica na qual o

professor assume o papel de mediador no desenvolvimento cognitivo do aluno. Desta

forma, é indispensável que o mesmo tenha domínio do saber, que busque a ampliação

dos conhecimentos de maneira contínua, no que diz respeito à história da arte, que

desenvolva a reflexão estética e as possibilidades de leitura das manifestações

artísticas e culturais. O professor deve, ainda, ter habilidade técnica e vivência

artística, pesquisar novas formas de aplicação; enfim, deve participar de todo o

processo artístico.

O professor de arte não precisa necessariamente ser um artista, mas precisa

ser alfabetizado esteticamente, compreender o processo de produção do artista, estar

atento às questões culturais do seu contexto, e precisa estimular e comprometer seu

aluno a também participar ativamente do seu contexto, percebendo as manifestações

culturais, através de museus, mesmo que em visitas virtuais, do cinema, do objeto

artístico, de vídeos, de outdoors, de revistas, de jornais, de computação gráfica, de

livros, etc.

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5 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR ARTE

Quadro 2: Panorama geral do componente curricular Arte – 6º ano

SUBCOMPONENTES: Arte visual, Teatro, Dança

e Música. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 6º ANO

Arte e espiritualidade

História do teatro

Arte na Pré-história

Dança na pré-história;

Dança na Antiguidade: Egito, Grécia e Roma.

Dança indígena e africana.

História da música:

Música na Pré-história e Idade Média.

Estilos musicais:

1. Organizar o ambiente para o trabalho, compreendendo a utilização dos materiais com responsabilidade e sustentabilidade;

2. Exercitar diferentes funções teatrais e compreender os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo;

3. Fruir diferentes manifestações de dança da sua região, contextualizando-as em suas diversas matrizes estéticas e culturais;

4. Conhecer os vocábulos e os elementos constitutivos do teatro; 5. Compreender práticas musicais nas suas relações com as esferas: social, cultural, histórica,

econômica, estética e ética, considerando, em especial, contextos próximos aos estudantes e as culturas indígenas e africanas;

6. Pesquisar sobre as características marcantes que diferenciam a arte na pré-história; 7. Estudar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as

narrativas eurocêntricas e as diversas categorização da arte (arte, artesanato, folclore, design, etc.);

8. Pesquisar sobre as características marcantes da história da arte e sua influência sobre as manifestações nos dias atuais;

9. Experimentar, conhecer, apreciar e pesquisar diferentes formas de expressão, representação encenação da dança em seus diversos contextos;

10. Abordar criticamente a historiografia da dança, ampliando suas possibilidades de interpretação e de produção de sentido;

11. Compreender usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, considerando, em especial, contextos próximos aos estudantes e as culturas infanto-juvenis;

12. Conhecer e diferenciar as formas e ritmos musicais.

A importância da Arte.

Elementos visuais da arte Cores (primárias, secundárias, terciárias e

neutras) Ponto, linha, forma e espaço Harmonia, ritmo e equilíbrio: simetria e assimetria Textura

Técnicas

13. Aprofundar as vivências e compreensão de práticas artístico-visuais e o conhecimento dos elementos constitutivos específicos das artes visuais;

14. Experimentar materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais no planejamento e na criação de produções visuais;

15. Identificar os elementos de composição em produções e obras artísticas; 16. Produzir sentidos, em suas criações, sobre as de seus colegas e a partir de diferentes obras

e processos artísticos;

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Mosaico Desenho Colagem e relevo Figura: Positivo e Negativo

Elementos estruturantes da dança

Movimento corporal (kinesfera, peso, eixo, fluxo, giros, saltos e rolamentos)

Espaço (níveis, dimensões, deslocamento, direção)

Tempo (rápido, moderado e lento)

Jogos teatrais. Improvisação e construção de cenas.

Leitura teatral (Tragédia, Drama, Comédia, Farsa, Melodrama e Circo)

17. Refletir acerca das diferentes técnicas/estilo de produção artística a partir de análises de obras/objetos de arte;

18. Manusear diferentes materiais 19. Conhecer e explorar elementos constitutivos do cotidiano e do movimento dançado a partir do

desenvolvimento das formas da dança, presentes em sua história tradicional e contemporânea;

20. Reconhecer e experimentar os fatores de movimento – tempo, peso, fluência e espaço -, como elementos que, combinados, geram as ações corporais e movimento dançado;

21. Experimentar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço; 22. Experimentar a gestualidade, as sonoridades corporais e as vocalidades de maneira

imaginativa, na improvisação teatral.

As propriedades do som: timbre, altura, duração intensidade.

Conhecendo os instrumentos musicais.

Construção de instrumentos musicais a partir de sucata.

Música: vocal, instrumental e mista.

23. Compreender e apropriar-se de repertórios, códigos e convenções que constituem as especificidades da música, identificando-os em propostas de criação, interpretação e apreciação musical;

24. Reconhecer alguns elementos da linguagem música; 25. Reconhecer e utilizar fontes sonoras diversificadas em propostas de criação, interpretação e

apreciação musical; 26. Identificar e manipular elementos constitutivos da música em práticas diversas de

composição/criação, execução e apreciação musical, privilegiando aqueles presentes nas culturas infanto-juvenis;

27. Interagir com o professor e colegas através dos elementos da linguagem musical.

Arte Indígena Tecelagem Pintura corporal Arte plumária Cerâmica Cestaria Tecelagem

Arte Africana

28. Explorar contextos específicos como etnias, diferenças culturais e sociais, de costumes e crenças na arte indígena;

29. Produzir sentidos a partir das diferentes formas de manifestação artística na arte indígena; 30. Compreender as características de representação rupestre e indígena; 31. Perceber a identidade indígena africana como parte integrante e formadora do povo

brasileiro; 32. Compreender a expressão das manifestações culturais e artísticas e sua função

estabelecendo relações existentes entre os povos indígenas e a sociedade atual; 33. Pesquisar a influência da arte africana na formação cultural do nosso povo.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).

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Quadro 3: Panorama geral do componente curricular Arte – 7º ano

PRÁTICAS DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 7º ANO

Subcomponentes: Arte visual, Teatro, Dança e Música.

História da arte Cubismo Modernismo Barroco Impressionismo Renascimento

Civilizações antigas: Egito; Grécia; Roma.

História do teatro: Teatro grego (tragédia e comédia).

História da dança: Idade Média Renascimento.

História da música: Música Renascentista; Barroca.

1. Conhecer e compreender os aspectos históricos que marcam a história da arte; 2. Identificar, analisar e compreender as características das diversas manifestações artísticas ao

longo da História, dentro do contexto sociocultural das diversas épocas; 3. Conhecer a produção artística do Modernismo no Brasil e no mundo e sua importância em

nosso meio; 4. Reconhecer e valorizar o patrimônio histórico, artístico e cultural e sua influência nas relações

contemporâneas; 5. Identificar e conceituar diferentes períodos da evolução da arte moderna; 6. Explorar contextos específicos como etnias, diferenças culturais e sociais, de costumes e

crenças, para construção da linguagem teatral; 7. Experimentar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço; 8. Exercitar diferentes funções teatrais e compreender os limites e desafios do trabalho artístico

coletivo e colaborativo; 9. Analisar espetáculos de diferentes momentos históricos a partir de suas concepções estéticas,

histórica e social; 10. Conhecer e compreender os aspectos históricos que marcam a história da música e da dança

na Idade Média; 11. Pesquisar, conhecer e apreciar os elementos da música e da dança Renascentista; 12. Conhecer e apropriar-se de repertórios, códigos e convenções que constituem as

especificidades da música, identificando-os em propostas de criação, interpretação e apreciação musical.

Arte visual: Círculo cromático: cores análogas e

complementares. Monocromia e policromia. A importância do efeito de sombra e luz no

desenho e na pintura. Dimensão O efeito do volume na composição visual.

O plano e as formas: As formas na arquitetura e escultura.

Técnicas artísticas: Textura e estampa Xilogravura

13. Analisar o efeito das cores nas obras/objetos de arte; 14. Descobrir e registrar elementos da composição visual; 15. Aprofundar as vivencias e compreensão de práticas artístico-visuais e o conhecimento dos

elementos constitutivos específicos das artes visuais; 16. Experimentar materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais no

planejamento e na criação de produções visuais; 17. Compor sequências cênicas e caracterizar diferentes personagens, tipos e figuras a partir de

textos dramáticos, de música, de imagens, de narrativas ou de outros elementos dados ou inventados;

18. Compreender as características da escultura; 19. Conhecer a diferença entre modelar e esculpir;

19

Gravuras Fotografia. A arte do grafite Escultura

Conhecimento e expressões em arte audiovisual: Cinema;

Leitura teatral: Tragédia, Drama, Comédia, Farsa, Melodrama e Circo.

Improvisação e construção de cenas.

20. Reconhecer e utilizar os elementos da linguagem visual representando, expressando e comunicando por imagens: desenho, pintura, gravura, modelagem, escultura, colagem, construção, fotografia, cinema;

21. Reconhecer as propriedades expressivas e construtivas dos materiais, suportes, instrumentos, procedimentos e técnicas na produção de formas visuais;

22. Compreender a história e as relações entre fotografia e cinema; 23. Experimentar a gestualidade, as sonoridades corporais e as vocalidades de maneira

imaginativa na improvisação teatral; 24. Exercitar diferentes funções teatrais e compreender os limites e desafios do trabalho artístico

coletivo e colaborativo.

Elementos básicos da música: Ritmo, harmonia e melodia.

Características do som: Altura; Duração; Intensidade; Timbre.

Estilos musicais populares brasileiros.

Danças de origens indígenas e africanas.

25. Utilizar os elementos básicos da música nas propostas de criação e apreciação musical; 26. Identificar e manipular elementos constitutivos da música em práticas diversas de composição,

execução e apreciação musicais, privilegiando aqueles presentes nas culturas infanto-juvenis; 27. Exercitar a análise e a crítica musical de repertório cotidiano, de outros repertórios da cultural

musical brasileira e estrangeira, e de produções próprias, buscando a identificação de técnicas, formas, estilos e elementos musicais específicos;

28. Conhecer e apropriar-se de repertórios, códigos e convenções que constituem as especificidades da música, identificando-os em propostas de criação, interpretação e apreciação musical;

29. Reconhecer e utilizar fontes sonoras diversificadas em propostas de criação, interpretação e apreciação musical.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).

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Quadro 4: Panorama geral do componente curricular Arte – 8º ano

PRÁTICAS DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 8º ANO

Subcomponentes: arte visual, teatro, dança e música.

História da HQ´s.

Pintura

Arte e corpo humano.

Características musicais das manifestações populares maranhenses e suas influências religiosas, raciais e éticas.

História da arte moderna: Renascimento, Barroco, Rococó e Neoclassicismo.

História do rádio. As radionovelas.

História do teatro: Idade Média; Renascimento;

1. Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais;

2. Conhecer e apropriar-se de repertórios, códigos e convenções que constituem as especificidades da música, identificando-os em propostas de criação, interpretação e apreciação musical;

3. Estudar aspectos históricos da produção artística da humanidade, problematizando as narrativas eurocêntricas e considerando o contexto de diferentes sociedades;

4. Questionar sobre a história do rádio, identificando sua importância no meio de comunicação e divertimento;

5. Conhecer e distinguir diferentes momentos da história do teatro a partir de seus aspectos estéticos predominantes;

6. Identificar e conceituar diferentes períodos da evolução da arte moderna; 7. Experimentar materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais no

planejamento e na criação de produções visuais; 8. Conhecer as características fundamentais das artes audiovisuais; 9. Realizar produções audiovisuais evidenciando a importância da tecnologia no mundo atual.

Cores: Círculo cromático e as cores análogas e

complementares.

Grafite / pichação.

Arte e natureza. Paisagismo,

Natureza morta Reciclar, reutilizar e reduzir.

Jogos teatrais. Montagem cênica.

Estudo da voz: classificação dos timbres vocais, baixo, barítono, tenor, soprano, mezzo e contralto.

Conjuntos musicais: vocal, instrumental e misto.

História da Fotografia Máquina fotográfica e sua evolução.

Elementos da música:

10. Refletir acerca das diferentes técnicas/estilo de produção artística a partir de análises de obras/objetos de arte;

11. Aplicar técnicas utilizando os elementos da composição visual; 12. Explorar diferentes materiais, instrumentos e recursos visuais e plásticos, com intencionalidade

artística crescente; 13. Identificar a influência das tecnologias nas produções artísticas; 14. Conhecer os modos de produção e os modos de organização da atuação profissional em teatro; 15. Organizar o ambiente para o trabalho, compreendendo a utilização dos materiais com

responsabilidade e sustentabilidade; 16. Reconhecer e utilizar fontes sonoras diversificadas em propostas de criação, interpretação e

apreciação musical; 17. Explorar diferentes recursos tecnológicos com intencionalidade crescentes;

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Ritmo, melodia e harmonia.

Características musicais das manifestações populares maranhenses e suas influencias religiosas, raciais e éticas.

Música indígena e africana.

Danças folclóricas maranhenses.

Danças de origens indígenas e africanas

18. Conhecer e apropriar-se de repertórios, códigos e convenções que constituem as especificidades da música folclórica, identificando-os em propostas de criação, interpretação e apreciação musical;

19. Exercitar a análise e a crítica musical de repertório cotidiano, de outros repertórios da cultura musical brasileira e maranhense, e de produções próprias, buscando a identificação de técnicas, formas, estilos e elementos musicais específicos;

20. Apropriar-se dos diversos conceitos e procedimentos de dança folclórica maranhense de modo a problematizar as questões de gênero, corpo e sexualidade;

21. Ampliar o conhecimento sobre a dança Indígena e a dança africana; 22. Identificar principais aspectos da dança indígena e da dança africana; 23. Interagir com os colegas respeitando-os e valorizando suas culturas diferentes culturas.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).

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Quadro 5: Panorama geral do componente curricular Arte – 9º ano

SUBCOMPONENTES: arte visual, teatro, dança

e música. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 9º ANO

Arte e urbanismo: Slogan/ logotipo Design/ publicidade.

Conhecimento e expressões em arte audiovisual: Cinema; Televisão; Computação gráfica.

História do Teatro: Teatro maranhense; Teatro Brasileiro; Teatro de rua.

A música em seus aspectos históricos, sociais e étnicos.

História da Arte: Romantismo; Realismo; Impressionismo; Expressionismo; Art Nouveau; Fauvismo; Cubismo; Futurismo; Abstracionismo; Pop Art;

Arte indígena brasileira.

1. Conhecer e valorizar as formas de arte que encontramos no espaço urbano; 2. Elaborar pesquisa fazendo comparações para distinguir técnicas existentes nas obras/objetos

artísticos encontrado no espaço urbano; 3. Entender a arte visual como meio de comunicação, relacionando-a com as artes gráficas, a

publicidade e a propaganda; 4. Ler imagens publicitárias, identificando e reconhecendo o sentido existente; 5. Pesquisar sobre as características marcantes da história da arte e sua influência nos dias atuais; 6. Identificar e conceituar diferentes períodos da história da arte; 7. Conhecer as principais características que define cada movimento artístico; 8. Usar os elementos da composição visual como instrumento de leitura, a partir da História da Arte; 9. Analisar os movimentos e estilos da história da arte evidenciando suas características e suas

influências na vida pessoal e social dos indivíduos; 10. Conhecer e valorizar as formas de arte que encontramos no espaço urbano; 11. Identificar os diferentes elementos dos jogos teatrais; 12. Estimular a capacidade crítica e a capacidade de síntese a partir da leitura textos teatrais; 13. Explorar diferentes recursos tecnológicos com intencionalidade artística crescente; 14. Realizar produções audiovisuais evidenciando a importância da tecnologia no mundo atual; 15. Acompanhar a leitura de obras na apreciação de produtos audiovisuais; 16. Fazer enquetes com os alunos sobre a importância da mídia na sociedade, discutindo seu papel

enquanto formadora de opinião e informação; 17. Reconhecer e utilizar fontes sonoras diversificadas em proposta de criação, interpretação e

apreciação musical; 18. Compreender as relações de tempo, espaço e cultura e a influência da arte indígena na identidade

social do povo brasileiro.

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Música: A música em seus aspectos históricos,

sociais e étnicos; Sonoplastia; Fundo musical; Propaganda; Terapia; Entretenimento; Estilos musicais.

19. Discutir os elementos da música como forma de valorização e identidade cultural; 20. Perceber nos diversos contextos a importância da música; 21. Relacionar os diferentes sentidos e significados da música como prática artística ao seu contexto

sociocultural; 22. Conhecer diferentes técnicas e estilos musicais; 23. Explorar os diferentes elementos constitutivos da música como prática artística pelo exercício da

ludicidade e da imaginação, apropriando-se desses elementos para a construção de vocabulários e repertórios próprios;

Dança História da dança no Brasil: Dança contemporânea no Brasil; Dança de rua: Capoeira; Street Dance; Variação do hip hop; O samba urbano

24. Conhecer aspectos técnicos, estilísticos, históricos e interpretativos que fazem parte da construção histórica da dança no Brasil;

25. Ampliar o repertório de dança; 26. Conhecer, experimentar e explorar elementos da dança; 27. Conhecer algumas danças da cultura brasileira.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).

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6 AVALIAÇÃO

A avaliação em Arte é uma tarefa que requer do educador: seleção de

critérios, reflexão, análise do conjunto das produções da classe e de cada aluno

em seu processo, considerando, sobretudo, os aspectos afetivos e cognitivos

implicados nas situações de avaliação.

Assim sendo, a avalição é um procedimento complexo, que requer

cuidados porque a Arte é uma área de conhecimento na qual os produtos do

fazer artístico do aluno representam suas individualidades, sua cultura, suas

competências expressivas e construtivas: “Ao avaliar, o professor precisa

considerar a história do processo pessoal do aluno, observando e analisando

seu percurso e se ele demonstra, por meio de respostas e produções próprias,

evidências de que de fato aprendeu”. (MODINGER, 2012, p. 149).

A avaliação tem muitas funções porque ao mesmo tempo em que serve

para que o aluno se situe em suas aprendizagens e na sua relação enquanto

aprendiz em seu grupo de classe serve, simultaneamente, para que o professor

avalie sua atuação didática.

Se, por intermédio da avaliação, constata-se que muitos alunos não

aprendem ou que as tarefas são poucas desafiadoras para a maioria dos

estudantes, é necessário replanejar as atividades e as orientações.

Nesse sentido, essa proposta visa à articulação entre os conteúdos,

orientação metodológica e objetivos de aprendizagem. Dessa forma, é

necessário que a cada momento de avalição se consolide com uma situação de

aprendizagem e traga realmente, desafios para os alunos.

Pensar no ensino contemplando os modos de aprendizagem em Arte e

respeitando o espaço de expressão, na sala de aula, das características

individuais do educando, supõe que uma avaliação deve analisar os contextos

de aprendizagem gerados pelo ensino significativo sucessivo do estudante,

partindo do princípio de que o conjunto de saberes que cada um traz consigo

influi em sua aprendizagem e também na avaliação, porque o aluno parte do que

sabe para avançar nos conhecimentos da área.

25

É importante que o professor possa acompanhar o que cada educando

sabe realizando observações e registros desses avanços. Avaliar avanços

significa saber situar as aprendizagens dos alunos.

Portanto, os alunos avaliados dessa forma aprendem que a escola é

uma situação de estudo compartilhada e de cooperação, que os estudantes

podem apresentar distintos níveis de aprendizagem em uma mesma série/ano

sem marcas pejorativas de classificação ou diminuição da autoestima,

significando apenas que se pode avançar mais e mais. Logo, a perspectiva de

avalição é emancipadora.

Vale ressaltar ainda a importância de se analisar os trabalhos dos

alunos, a fim de que os mesmos visualizem sua produção durante todo o

desenvolvimento de criação tanto individual quanto coletiva, desvinculando-se

de outros trabalhos onde não obtiveram bons resultados.

Os elementos que define o que é feio e bonito na arte não devem ser

meios para classificar os trabalhos, o professor deve levar em conta o potencial

e os saberes de cada um, o uso das técnicas e os diversos materiais utilizados

na elaboração dos mesmos. Organizar rodas de leitura sobre os trabalhos a fim

de valorizar a criatividade de cada um e os modos de organização.

Seguem abaixo, alguns exemplos que podem servir como base para

registro sobre a avaliação do trabalho em arte, lembrando que a avaliação é um

processo flexível, cada professor utiliza os meios que se adapta à sua realidade

escolar.

Pasta/portfólio - Cada aluno terá sua pasta individual, onde

colocará suas produções e todo o material que considerar interessante

como referência para futuras produções ou estudos. O professor tem

acesso fácil, assim, ao produto do desenvolvimento de suas aulas.

É um documento dinâmico, que reflete uma trajetória artística e estética. É de uso diário e proporciona não só a autonomia do aluno frente ao seu processo de aprender, como também possibilita uma intensa correlação de informações, conteúdos e conceitos. (MODINGER, 2012, p. 148)

26

O portfólio permite, ainda, que o professor tenha um registro constante

do processo de aprendizagem do aluno, pois nele ficam praticamente todos os

materiais que lhe proporcione interesse e que tenham sido resultado do trabalho

em Arte.

Diário de bordo - Caderno de anotações, gravador ou câmera no

qual o aluno registra acontecimentos, seus pensamentos, seus

sentimentos, o que aprendeu, suas facilidades, dificuldades, etc.

No diário de bordo, o professor verificará todo o caminho que o aluno

percorreu para realização de determinadas atividades, seus sentimentos, suas

emoções individuais. Isso oferece respaldo significativo para a aprendizagem e

para o professor, que pode ter uma atitude reflexiva em relação ao próprio

trabalho.

Auto avaliação - Pode ser oral ou escrita, individual ou em grupo,

em que o aluno relata o que aprendeu, seu comportamento e suas

atitudes em relação às aulas de Arte.

É fundamental, pois o professor poderá verificar se tanto seu trabalho

quanto o do aluno estão se concretizando, fazendo com que interajam no

processo de construção e de ampliação do próprio conhecimento em Arte, bem

como lidar com o sócio emocional.

Entrevista - Pode ser feita pelo professor ao longo do ano. Deve

ser preferencialmente gravada, sendo registradas as observações dos

alunos durante o período. Através da entrevista, professor e aluno

estarão obtendo informações sobre o andamento do processo educativo

em Arte.

A intenção é que o aluno resgate ideias que não foram registradas de

outra maneira ou que se perderam. Potencialmente, propicia que, ao longo do

tempo, professor e aluno possam ter uma visão mais integral dos processos de

criação e de construção de conhecimento. O conhecimento e a expressão em

Arte supõem o domínio de conceitos e termos técnicos na área.

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Portanto, a avaliação formativa deve ser constante no processo

educacional e deve ser utilizada de forma coerente e estruturada, de modo que

se tenha um ensino de Arte comprometido com a construção de conhecimento

e o envolvimento com sentimentos e emoções, com a possibilidade de expressão

individual e coletiva.

REFERÊNCIAS

AÇAILÂNDIA/MA. Secretaria Municipal de Educação de Açailândia. Plano Municipal de Educação – 2014-2024. Açailândia, 2014. ______. Regimento Escolar dos Estabelecimentos do Sistema Municipal de Ensino de Açailândia-MA, Açailândia, 2015. BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. ______. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1997. ______. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte, Brasília, MEC/SEF, 1998. ______. Base Nacional Comum Curricular – Documento preliminar. Brasília, 2015. ______. Base Nacional Comum Curricular – proposta preliminar: segunda versão. Brasília 2016. ______. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. FONTERRADA, Marisa T. de Oliveira (1994). “A educação musical no Brasil: Algumas considerações”. In: Anais do II Encontro Anual da abem. Porto Alegre: Abem, 1994.

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LEITE, M. Dinâmica evolutiva do processo criativo. In: VIRGOLIM, Ângela M. e ALENCAR, Eunice S.M.L. (organizadores). Criatividade: Expressão e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Vozes, 1994. MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Referencial Curricular – Arte: Ensino Fundamental: 5ª a 8ª Série / 6º ao 9º Ano – São Luís, 2010. MARQUES. Isabel A. Dançando na escola. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2006. MARTINS, Mirian Celeste, Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo: volume único, 1ª Ed. – São Paulo, FTD, 2009. MODINGER, Carlos Roberto. Artes visuais, dança, música e teatro: práticas

pedagógicas e colaborações docentes, 1ª Ed., - Erechim: Edelbra, 2012.