CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ÉTICA PROFISSIONAL PROF: PE. JOSINALDO PEREIRA.
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CURSO DE ADMINISTRAÇÃ
OÉTICA PROFISSIONAL
PROF: PE. JOSINALDO PEREIRA
PERSPECTIVAS FILOSÓFICAS DAS CORRENTES ÉTICAS
Existe uma diferença entre aquilo que se pode fazer fisicamente e aquilo que se pode fazer eticamente.
Nem tudo o que é possível é ético. De tudo aquilo que se pode fazer, o que
se deve fazer? O que faz crescer o bem do homem?
1. Ética na Grécia Clássica
1.1 Sócrates – (431-404 a.C). Não deixou nenhum escrito. Utilizava o método chamado de maiêutica (perguntas e respostas).- Defende a justiça e a verdade em
primeiro lugar;- Afirma que não se deve devolver o mal
com o mal, nem injustiça com injustiça;
1. Ética na Grécia Clássica
1.1 Sócrates – a injustiça tem piores consequências éticas para aqueles que a praticam do que para aqueles que são vitimas da injustiça alheia, uma vez que a alma carrega marcas das suas ações, e será julgada por elas após a morte, no Hades.- A ética socrática não era teoria sem vida.- Sua vida foi sempre coerente com a ética que
defendeu.- A felicidade não se encontra na posse dos bens
materiais, mas em imitar a divindade.
1. Ética na Grécia Clássica
1.2 Platão – (427-347 a.C), foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles.- No idealismo platônico, o mundo sensível em que nos
movimentamos é uma cópia do verdadeiro mundo: o das ideias.
- Do mundo ideal provém o homem, por meio de sua alma, e a ele deve retornar, utilizando suas forças: inteligência, vontade e entusiasmo.
1. Ética na Grécia Clássica1.2 Platão – Comportar-se eticamente é agir de acordo com o logos, ou seja, com retidão de consciência. - O bem deve ser amado por primeiro.
Em síntese:- O mundo sensível é uma cópia do mundo ideal;- Atuar eticamente é procurar atingir o ideal;- A inteligência bem utilizada conduz ao bem;- O autêntico sábio procura o ideal e retifica quando
erra.
1. Ética na Grécia Clássica
1.2 Platão – cometer uma injustiça é pior do que sofrê-la e que uma pessoa injusta não conseguirá ser feliz- A honestidade é uma condição necessária para a
verdadeira felicidade.- É necessário perseguir o bem e não o prazer:
quem procura apenas o prazer poderá poupar-se à dor e ao sofrimento, mas não se tornará uma pessoa boa.
1. Ética na Grécia Clássica1.3 Aristóteles – (384-322 a.C)- A ética é a ciência de praticar o bem. O bem de
cada coisa está definido em sua natureza: esse bem é uma meta a alcançar.
- Da prática do bem depende a felicidade.- O bem do homem é viver uma vida virtuosa, e
a virtude mais importante é a sabedoria.
1. Ética na Grécia Clássica
1.3 Aristóteles – o bem é o objeto de nossas aspirações.
- Qual é o bem supremo do homem?
A FELICIDADE
1. Ética na Grécia Clássica
1.3 Aristóteles Qual a essência da felicidade? Três respostas:- No prazer e na riqueza;- A felicidade estaria associada a glória da
vida pública;- Vida contemplativa e intelectual: a
felicidade está na virtude.
1. Ética na Grécia Clássica
1.3 Aristóteles - A felicidade consiste na atividade da alma de acordo
com a virtude.- Os demais bens – exteriores e corpo – são necessários
ou úteis apenas como meios.- Três tipos de bens: exteriores, do corpo e da alma.
1. Ética na Grécia Clássica
1.3 Aristóteles1.3.1 Toda atividade humana tem um fim- O fim da pessoa humana é a felicidade.- Viver bem é sinônimo de felicidade
1. Ética na Grécia Clássica
1.4 Ética estóica
Representantes: Zenon, Sêneca e Marco Aurélio.- A vida feliz é a vida virtuosa, isto é, viver
conforme a razão.- O essencial é uma retidão, adequação a lei
natural, que mede o que é justo e o que é injusto.
- É preciso lutar contras as paixões: nada inquiete, nada perturbe.
1. Ética na Grécia Clássica1.5 Ética epicurista – (341-270 a. C), Epicuro foi o seu fundador.
- Precursor do hedonismo ou utilitarismo. É a antítese do estoicismo, difunde a ética do prazer.
Três tipos de prazeres:a) Naturais necessários – conservação da vida;
b) Naturais não necessários – supérfluos dos prazeres naturais;
c) Aqueles que não são naturais e nem necessários – de riquezas, de poder ou de honra.
1. Ética na Grécia Clássica
1.5 Ética epicurista – a melhor relação com os prazeres consiste em satisfazer aos prazeres naturais necessários, limitar os naturais não necessários e evitar aqueles que não são nem naturais nem necessários.
A procura do prazer deve estar regida pela prudência, e a prudência deve encaminhar-se para a tranquilidade interior.
É preciso controlar os desejos.
1. Ética na Grécia Clássica
1.5 Ética epicuristaPortanto:- É lícito tudo aquilo que produz prazer.- A única advertência é que essa procura
do prazer deve fazer-se sem intranquilidade, com domínio de si mesmo, sem turbação.
2. Ética Kantiana: ética do deverKant (1724-1804) - o fundamento da ética é o dever. Enquanto os gregos clássicos observavam a realidade para buscar as causas das coisas, Kant dispensava o processo de observação da realidade.- A ciência consiste no dever pelo dever.- Aspirar o bem é egoísmo, e o egoísmo não
pode fundamentar os valores morais.- A única atitude não é egoísta é a boa vontade,
isto é, agir por obrigação, por cumprir um dever.
2. Ética Kantiana: ética do dever Agir por dever é a necessidade de cumprir uma ação por
respeito à lei.
Três máximas:
1) Age sempre como se a máxima da tua ação tivesse que ser erigida em lei universal da natureza;
2) Age sempre de tal maneira que trates o humano, em ti ou em outro, como um fim e nunca como meio;
3) Age sempre como se fosses ao mesmo tempo legislador e súdito na república das vontades livres e racionais.
3. Ética da simpatia ou psicologismo
Adam Smith (1723-1790)- Criador da economia política e do liberalismo;- Defende a ideia de que a simpatia é a condição
necessária e suficiente para fundamentar a moral.- O juízo moral explica-se pela simpatia, pois julgar
é aprovar ou desaprovar, e isso nada mais é do que demonstração da presença ou da ausência de simpatia.
- Desse modo, o outro já não é o fim, mas alguém que vale desde que fique dentro do âmbito da simpatia.
4. Utilitarismo
Jeremy Bentham (1748-1823) é o fundador.
John Stuart Mill (1806-1873) é o grande difusor.- Atualiza o epicurismo, unindo-o à doutrina
ética que havia defendido Bentham;- O objetivo da ética é a maior felicidade para o
maior número de pessoas;- Felicidade é a presença do prazer e a ausência
da dor;- Mas é preciso aspirar aos prazeres superiores,
isto é, aos prazeres do espírito.
4. Utilitarismo
Não há norma superior, portanto, critério para saber o que deve se considerado ético a cada momento.
Possui uma visão relativista, ou seja, os conteúdos da ética mudam com o tempo.
A moral não é algo inato, mas também não pode ser encontrado fora do homem.
As ações são justas se promovem a felicidade e injustas enquanto produzem o contrário da felicidade.
4. Utilitarismo
4.1 Princípio utilitarista – não é a maior felicidade do próprio agente, mas a maior quantidade de felicidade.- O fim último do homem é uma existência isenta de dor e
pródiga em gozos, no maior grau possível.- Teve que repensar este conceito quanto teve depressão. - Somente são felizes aqueles que têm a mente fixa em algum
objetivo que não seja a própria felicidade: a felicidade dos outros, a melhoria da sociedade ou, inclusive, alguma arte ou projeto que não se persiga como um meio, mas como uma meta ideal em si mesmo.
ATIVIDADE 01 – Existe uma diferença entre aquilo que se pode fazer
fisicamente e aquilo que se pode fazer eticamente. De que forma você entende essa afirmação?
02 – Segundo Aristóteles o fim da pessoa humana é a felicidade. Você concorda ou discorda? Como atingir a felicidade?
03 – A atual sociedade é fortemente marcada pela busca do hedonismo. Toda situação que envolva o contrário é rechaçada porque o fim último do homem é uma existência sem dor. Como você compreende esta realidade?