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    Primeira Igreja Batista na PenhaDicono um lder em servio

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    Diconoum lder em servio

    Pr. Elias Wernek

    Curso para diconose diaconisas

    Primeira Igreja Batista na Penha

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    Primeira Igreja Batista na PenhaDicono um lder em servio

    que conhece

    Sua origem

    (Pr. Darci Dusilek)

    O oficio do diaconato surgiu com o prprio desenvolvimento do cristianismo. Foi umadecorrncia do progresso cristo. A funo no entanto, sempre existiu. Todo cristo umdicono e deve ser caracterizado pela atitude fundamental descrita em Mateus 23:11-12.

    Tem havido inmeras controvrsias com relao ao diaconato. Parece-me, entretanto,que grande parte daqueles que combatem os diconos o fazem em virtude de algum atritoque tiveram no passado. Tambm, devemos reconhecer que para muitos o diaconatopassou a ser considerado mais como ttulo e ofcio do que realmente como funo. Semdvida, isto um desvio do esprito diaconal, e todas as vozes que se levantam para

    recuperar a idia original do diaconato devem ser consideradas com simpatia. Emil Brunner,embora no se preocupasse exclusivamente com o diaconato, classifica a nfase exageradano ofcio em detrimento da funo como sendo o grande erro da igreja.

    No exerccio da diaconia os crentes em geral, e os diconos em particular, devemsempre lembrar-se do exemplo de Jesus Cristo. Ele considerado o dicono por excelncia. o nosso modelo. A leitura de Marcos 10:45 e Filipenses 2:5-8 devem estar sempre emnossa lembrana como paradigma de uma diaconia no esprito de Cristo.

    Neste estudo vamos procurar as bases bblicas para o diaconato, verificar a projeoda funo na Histria, para, ento, considerar o papel e relevncia do diaconato nos diasatuais.

    Diconos ontemQualquer busca histrica deve recuar s origens. O esprito diaconal j se manifesta

    em Velho Testamento a comear dos patriarcas. No entanto, em o Novo Testamento quevamos encontrar a funo do dicono em seu pleno desenvolvimento.

    1 Bases bblicas para o diaconatoA Bblia nos apresenta duas projees histricas de uma mesma realidade semntica.

    Assim que vamos encontra a funo diaconal sendo exercida tanto em carter geral,amplo, quanto em carter restrito. Vejamos.

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    1.1 Sentido Bblico Geral do Vocbulo DiconoA palavra significa simplesmente um servo, algum que exerce algum ministrio ou

    servio. Ela foi utilizada para designar o servidor da mesa (Joo 2:5,9), o que serve a umSenhor (Mateus 22:13); o que serve ao prximo ou a seu irmo (Mateus 20:26; 23:11;Marcos 9:35; 10:43-45). interessante notar que o vocbulo dicono foi utilizado tambm

    para designar aquele que exerce autoridade na sociedade (Romanos 13:1-4). Osexemplos poderiam ser multiplicados uma vez que o esprito de servio ou diaconia ministrio permeia todas as pginas do Novo Testamento.

    Quando examinamos o sentido bblico geral do termo dicono uma conclusoimediata se nos impe: todo crente um dicono de Jesus Cristo para servi-lo naministrao de seu amor para com um mundo perdido. A medida em que cada crenterecuperar a dimenso diaconal de sua f, o cristianismo ir recuperar tambm a sua fora evitalidade.

    Como portador de boas novas o crente um dicono. Como membro participante docorpo de Cristo ele um dicono. Sua diaconia ou servio deve constituir-se na qualificaoprimeira pela qual o mundo venha a conhecer a Cristo e respeit-lo.

    1.2 Sentido bblico restrito do vocbulo dicono

    O primeiro texto que nos vem memria Atos 6:1-7. Geralmente este texto chamado de A Instituio dos Diconos. interessante salientar que a palavra dicono ououtra derivada no aparece diretamente no texto. Aquele grupo tornou-se conhecido peladesignao de os sete vares ou os sete. Mas quando analisamos a razo pela qualforam eleitos no temos outra alternativa seno admitir que aqueles indivduos foramdestacados para servir numa contingncia especfica da comunidade crist primitiva. Sem

    dvida, nesta passagem temos a origem do diaconato na igreja como ofcio. O fato de afuno transformar-se em ofcio no significa que ele deixa de existir. Pelo contrrio,significa que a funo para ser melhor executada precisa de disciplina, controle e liderana.O diaconato na Igreja Crist Primitiva no visava esvaziar os crentes de suaresponsabilidade com tal, mas antes coordenar os trabalhos no sentido de incentivar aindamais aquela responsabilidade extraindo o melhor proveito possvel dos esforos conjuntos.

    Outra passagem Filipenses 1:1. Paulo menciona os diconos como um grupodistinto na igreja, ao lado dos pastores ou bispos. Isto implica no reconhecimento de umgrupo na igreja com o oficio do diaconato. Foi natural a transposio do nome da funopara designar os responsveis pelo oficio. De qualquer forma, decorrem alguns anos aproximadamente 15 antes do aparecimento do oficio do diaconato como um grupo

    definido por um ttulo dentro da igreja.Progredindo cronologicamente em nossa anlise, tomemos I Timteo 3:8-15. Alm demencionar os diconos como grupo distinto na igreja. Paulo deixa bem claro que o grupopossui atribuies e responsabilidades definidas. Foi uma progresso histrica e socialinevitvel. impossvel, do ponto de vista sociolgico que a funo permanea muito temposem que algum tipo de estrutura aparea. O problema que gira em torno do diaconatodecorre, como j disse, de atritos de personalidades ou mesmo de m compreenso eformao quanto verdadeira natureza e finalidade do diaconato. Mas inegvel que ogrupo existiu e desempenhou papel de extraordinria relevncia no progresso econsolidao do Evangelho durante o primeiro sculo da era crist.

    1.3 Finalidades do surgimento do oficio diaconal

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    1 Deixar desembaraados os ministros ou apstolos na obra de expanso doevangelho;

    2 Promover a paz e concrdia na igreja;3 Promover o bem-estar dos crentes de modo geral;4 Dar um testemunho mais eficaz;5 Reforar a liderana.Creio que tais finalidades continuam imperativas em nossos dias. Mister se faz que os

    membros do oficio diaconal redescubram a sua verdadeira funo e atuem realmente comodiconos na comunidade de Jesus Cristo.

    2 Qualificaes para o diaconatoSe a funo como tal importante, o ofcio acrescenta ainda mais responsabilidade.

    O Novo Testamento deixa bem claro quais as qualificaes espirituais, morais e sociais quedevem ser preenchidas por qualquer indivduo homem ou mulher que seja designadopara o oficio do diaconato.

    2.1 Qualificaes espirituaisAtos 6:1-7 fornecer elementos informativos quanto s qualidades espirituais que se

    requer de um dicono ou diaconisa. So elas:- Deve sercrente verdadeiro (6:3a);- Deve manifestara plenitude do Esprito (6:3b);- Deve demonstrar que cheio de sabedoria divina (6:3c); e, finalmente,- Deve ser algum que vive dominado e na plenitude da f (6:5).

    Estas qualificaes chamadas espirituais encontram sua projeo de modo prticona vida diria no que chamamos de qualidades morais e sociais.

    2.2 Qualificaes morais e sociaisO texto padro I Timteo 3:8-13. H uma lista de vrios requisitos que podem ser

    considerados como evidncias ao indivduo ser dominado ou no pelo Esprito Santo deDeus (comparar a lista com as manifestaes do fruto do Esprito em Glatas 5:16-26). Taisqualificaes so:

    1. Srio (3:8a). A palavra implica em que ele seja venervel, digno de honra,grave. Sua palavra deve ser respeitada.

    2. Sincero (3:8b) ou no de lngua dobre.

    3. Moderado (3:8c). bom salientar que numa cultura onde o vinho era bebidadiria e constava como parte de todas as refeies, Paulo salienta que osdiconos deveriam ser moderados ou no dados a muito vinho. aspecto datemperana que deve nortear a vida do cristo em geral.

    4. Altrusta (3:8d) ou o mesmo que no cobioso.5. Experimentado (3:10a).6. Honesto (3:9). A idia dominante a de algum honesto consigo mesmo com

    relao doutrina e vivncia. O dicono no pode isolar a doutrina da prtica,a teologia da tica. Do mesmo modo os crentes no o podem fazer.

    7. Irrepreensvel (3:10b) ou que no d motivos dele mesmo ser contestado porqualquer membro da igreja ou pessoa de fora dela.

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    8. Monogmico (3:12a). A nfase aqui que deve possuir apenas uma mulher,no caso de ser casado. O contraste deve-se ao fato de uma culturaheterognea onde a poligamia era largamente praticada. No h obstculosrio em pessoa solteira exercer o diaconato desde que possua as outrasqualificaes.

    9. Lder(3:12b). Esta qualidade extremamente necessria.

    A verdadeira liderana comea na prpria casa e projeta-se no circulo socialmaior.

    3 Os Diconos na Histria da IgrejaAlgumas consideraes histricas ligeiras se fazem necessrias quanto ao exerccio

    do diaconato fora do Novo Testamento. Os leitores devem procurar obras maisespecializadas para maiores informaes e detalhes quanto historia.

    3.1 No Perodo PatrsticoO perodo patrstico tambm conhecido como o perodo dos pais. A literatura do

    perodo nos informa que os diconos passam a ocupar um lugar de destaque na Igreja. Hinformaes sobre diconos exercendo a funo de assistentes pessoais do bispo, sendoque no caso a ordenao era provida pelo prprio bispo. Prestavam auxlio nas obrigaeslitrgicas e pastorais do bispo. Em grande parte dos casos o dicono passou a ser umaespcie de encarregado dos negcios da comunidade. Os diconos chegaram mesmo adesempenhar as funes de celebrao do batismo e da Ceia do Senhor.

    No fim do perodo dos pais da igreja o diaconato ficou atrofiado. Tornou-se apenasmais um degrau na escala clerical. Durante o perodo medieval tal situaoconsubstancia-se ainda mais.

    3.2 - No Perodo da ReformaMartinho Lutero designava os ajudantes na tarefa da pregao, geralmente

    estudantes de teologia, de diconos. Sua funo era visitar os lugares de pregao aosquais eram indicados a intervalos regulares. Alm da pregao deveriam visitar e prestarservios de ajuda aos necessitados. A grande contribuio de Lutero, no entanto, foi a suanfase no sacerdcio universal de todos os crentes.

    Joo Calvino dividiu a Igreja em quatro classes de oficiais: pregadores, mestres,ancios e diconos. Os diconos eram encarregados do cuidado dos pobres e aes debeneficncia em geral.

    Diconos hojeA mesma funo, o mesmo esprito e as mesmas qualificaes dos tempos bblicos

    devem caracterizar os diconos de nossos dias. No podemos desviar-nos daquelespadres sob pena de perdermos a nossa caracterizao como cristos. As finalidades dainstituio do diaconato em o Novo Testamento continuam imperando. Os pastoresnecessitam multiplicar-se e os diconos podem desempenhar importante papel nessafuno. No devem competir com os pastores, mas servir de ajuda real e desinteressada. Otreinamento de um grupo de diconos deve ser objetivo de cada pastor. Dessa forma, aIgreja local no sofrer tanto a crise de liderana quando da ausncia do ministro.

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    Os diconos devem servir. Ao servir podem ajudar o pastor nos trabalhos devisitao, diminuindo pequenos problemas, levando ao seu conhecimento as angstias eperplexidades do rebanho bem como informando sobre assuntos onde a presena do pastorse faa indispensvel. Tambm no evangelismo o dicono deve ser elemento de destaque.Mas na promoo de um bom espirito entre os crentes que ele poder exercer maior

    influncia. Tambm pode auxiliar em assuntos disciplinares e liderar a Igreja na ausncia dopastor, desde que tenha sido designado para isso.

    Outro aspecto que continua pertinente atuao dos diconos atuais aadministrao dos assuntos temporais. Problemas de assistncia social, administrao dopatrimnio, devem ficar afetos aos diconos. Os diconos devem fazer parte integrante dascomisses e as igrejas devem elevar ao diaconato pessoas que, ao lado das qualificaesespirituais e morais, possuam tambm treinamento em reas do conhecimento humanocomo direito, administrao, contabilidade. Elemento importante que deve serdesempenhado pelos diconos a viso das necessidades pastorais. Os diconos devemestar sempre junto do seu pastor e informar Igreja sobre os seus problemas financeiros enecessidades reais. Acima de tudo deve reinar um esprito de servir. Qualquer atitude queno a de servir deve ser considerada como indigna e a espria no diaconato. Sejamosdiconos de acordo com o esprito e exemplo de Cristo!

    Saber e fazer

    1. Quanto a si mesmoa suas tendncias e aptidesb suas atitudesc sua comunho com Deus

    2. Quanto ao seu trabalhoa as passagens bblicas relacionadas com a sua funob As qualificaes de um diconoc O mtodo usado pela Igreja para escolha dos diconosd Os diferentes mtodos de trabalho diaconal de outras igrejase Outros mtodos usados para escolha de diconosf A relao do dicono com seu pastorg A estrutura do ministrio diaconalh Os recursos para melhor desempenho de suas funes

    3. Quanto a sua tarefa especficaa Qual responsabilidade especfica que lhe confiada entre as vrias da obradiaconalb Quais os deveres que deve cumprirc Quais os recursos sua disposio para execut-los

    4. Quanto Bbliaa Quais as doutrinas bsicas da f cristb Passagens bblicas para ocasies determinadasc Conhecer mais a Bblia que a maioria dos membros da Igreja

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    5. Quanto aos alvos da Igrejaa A Igreja estabelece alvosb Como ela estabelece seus alvosc Quais os projetos em execuo para expanso da Igrejad Qual a nfase anual da Igreja

    e Quais as pessoas responsveis por coordenar os planos6. Quanto aos oficiais da Igreja

    a Quais os responsveis pelas organizaes da Igrejab Para que servem as organizaes dentro do programa Batistac Como a Igreja tem participado do sustento pastorald Quais as necessidades pastorais

    7. Quanto s organizaes da Igrejaa Quais as organizaes de sua Igrejab Quem so os seus lderesc Quais as deficincias principais das organizaesd Qual a tarefa de cada organizaoe Quais so os principais lderes das organizaesf Quais os requisitos principais para um lder cristo

    8. Quanto s finanas da Igrejaa Qual o oramento da Igrejab Como a Igreja elabora o seu oramentoc Qual o patrimnio da igrejad Quais so os equipamentos principais que a Igreja possui

    9. Quanto ao relacionamento da Igrejaa O que a Igreja pensa dela mesma em relao comunidadeb Qual o relacionamento da Igreja com as organizaes batistas ao redor dela:Associao, Departamentos da Associao, Conveno regional e Conveno BatistaBrasileira: como isso funciona.

    10. Quanto a outros aspectos da Igrejaa Qual o nmero de membrosbQual a histria da Igreja, como tudo

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    Escolhidos para o Servio(Pastor Bruno Teodoro Seitz)

    A palavra dicono, em muitas igrejas, uma palavra carregada de ressentimento,

    desconfiana e desrespeito. Em muitas rodas motivo de zombaria e pouco caso.Juntamente com a sogra, objeto tambm de muitas piadas e chacotas, o dicono estsendo, no entanto, injustiado. preciso pr fim a essa idia de que o dicono no temvalor, ou que um transtorno para o pastor e a igreja. H pastores que nem querem ouvirfalar em diconos. Talvez porque num de seus pastorados encontraram diconos indignosda funo ou porque no compreenderam a importncia desse ofcio. H igrejas que noquerem ter diconos porque os julgam como chefes de disciplina ou algo semelhante.

    As excees, no entanto, no devem ser muitas, e h muitas igrejas e pastores quepodem atestar a eficcia e eficincia de seu corpo diaconal. Quando os diconos soinstrudos quanto ao seu trabalho e se dedicam a realiz-lo seriamente, todos sobeneficiados: o prprio dicono, seu pastor, sua famlia, sua igreja, sua comunidade.

    A origem do diaconato, como bem sabemos, est no Novo Testamento. Em Atos 6: 1-7lemos o relato de Lucas quanto a uma necessidade especfica da igreja de Jerusalm,necessidade essa relacionada com a distribuio de alimentos que se fazia entre as vivasda comunidade. Algumas pensavam estar sofrendo certa discriminao. O trabalho, atento realizado sob o comando dos apstolos, precisava de uma reformulao, porque aigreja havia crescido muito. Sugeriu-se que fossem escolhidos sete homens de boareputao, cheios do Esprito Santo e de sabedoria a quem seria dada a responsabilidadedessa distribuio. Note-se que para um servio aparentemente material, ou seja, aassistncia social da igreja, era preciso que fossem separados homens espirituais. Isso nosmostra claramente que todo o trabalho da igreja, seja de pregao ou de ministrao aosnecessitados, precisa ser feito sob a orientao do Esprito.

    A igreja escolheu entre os seus membros sete homens com aquelas caractersticas eos apstolos impuseram as mos sobre eles. No so, no texto, chamados diconos, masgeralmente os conhecemos como tais. Mais tarde, encontramos Paulo saudando os bispos ediconos da igreja de Filipos ( Fil. 1:1), dando-nos a entender que o ofcio j havia sidoincorporado vida eclesistica de outras igrejas, alm da de Jerusalm. E, ainda mais tarde,quando Paulo escreve suas cartas a Timteo e a Tito, j est em condies de dar atcertas orientaes mais especficas para a escolha de oficiais chamados diconos, prticaj espalhada por todas as igrejas.

    interessante observar que no temos nenhuma vez nos Evangelhos, em portugus, apalavra dicono. E no restante do Novo Testamento, esse vocbulo s aparece cinco vezes.

    Mas em grego, a lngua original do Novo Testamento, a palavra tem trs formas: dikonos(substantivo), diakona (substantivo) e diakono (verbo). A primeira forma traduzidacinco vezes por dicono e as outras 24 em que aparece traduzida por ministro ouservo. Diakona aparece no grego 32 vezes, significando um tipo de trabalho feito, e sempre traduzida por servio ou ministrio. O verbo diakono usado 27 vezes e emportugus aparece como servir ou ministrar. Nos Evangelhos esse verbo usado 24vezes e 16 delas se referem a Jesus.

    Esse estudo indica a importncia do diaconato. Em princpio, todos os crentes sodiakonos ( servos), a comear pelo prprio Senhor Jesus. Os anjos( Mateus 4:11) serviram a Jesus ( diaconaram).

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    Mas em Atos dos Apstolos, nenhuma vez aparece o substantivo diakonos ;somente o verbo diakono. Um cargo, pois, no era o mais importante, e sim a funo, oservio prestado. Infelizmente, hoje em dia h muitas pessoas que valorizam demais ocargo, e esquecem sua funo, sua aplicao prtica. a procura do ttulo, muitas vezesmais honorfico que prtico. No ser assim entre vs, disse Jesus ( Mat. 20. 26).

    Hoje em dia temos em nossas igrejas mais oficiais que os pastores e diconos doNovo Testamento. Os diretores das Escolas (Bblica e de Treinamento), os presidentes dasorganizaes e outros lderes so to bblicos quanto os dois mencionados. Surgiram danecessidade das igrejas devido s novas circunstncias e conjunturas em que vivemos.Cremos que a liderana da igreja o canal atravs do qual Jesus Cristo opera na Suaigreja, realizando a obra do ministrio com a participao de todos os crentes (conforme Ef.4: 11,12). Mas, dentro da liderana total da igreja, est num lugar de destaque o diaconato.

    Os diconos so eleitos pela igreja para cumprir determinadas funes. Originalmenteforam encarregados da assistncia social, cuidando da distribuio de alimentos s vivas.Hoje, alm do cuidado com os necessitados, os diconos tambm so, em geral,encarregados de cuidar do patrimnio da igreja, da parte financeira, alm, naturalmente, desua responsabilidade evangelstica e de apoio ao pastor.

    Os diconos no so uma elite da igreja. So servos. Um dicono que se ache nodireito de comandar a igreja no est compreendendo bem a sua funo. A igreja quemdiz ao dicono o que ele deve fazer e no o contrrio. Ao ser eleito, a igreja deve definirquais as suas atribuies. H muitos diconos sem trabalho definido e que, por isso,acabam fazendo o que no devem. Por essa razo, o nmero de diconos varia de igrejapara igreja. Se eram sete em Jerusalm, no significa que devam ser sete em todas asigrejas. Pode haver necessidade de mais, ou menos podem ser suficientes.

    A responsabilidade dos diconos muito significativa. So homens ou mulheres deplena confiana da igreja, eleitos para auxiliarem o pastor em suas funes ministeriais. Os

    demais lderes so apenas empossados em suas funes; os diconos, em geral, soconsagrados ou ordenados, mediante a imposio das mos, sendo separados para umatarefa especial. Essa imposio de mos no lhes confere poder ou qualidades especiais.Se antes da eleio j no tivessem certas caractersticas, nem deveriam ter sido eleitos. Acerimnia , ento, um reconhecimento da congregao quanto aos separados para a obrado diaconato e um compromisso da prpria congregao de aceitar o seu trabalho e osajudar a cumprir suas tarefas.

    A imagem da figura do dicono precisa ser restabelecida em algumas igrejas. Talveza pessoa mais indicada para esse restabelecimento o prprio dicono, demonstrando comsua vida e com suas atitudes o seu verdadeiro senso de prontido, de servio, decompreenso e da mo que se estende para ajudar. A figura de um dicono ranzinza e

    rabugento, que serve para algumas mes ameaarem seus filhos irrequietos no culto, nodeve ser mantida. O dicono no o disciplinador feroz e intransigente, cuja visita temidae cuja presena evitada. A ida de um dicono casa de uma famlia da igreja nunca devedar margem interpretao (precipitada) de que algo vai mal com o irmo Fulano. Se a idade um dicono casa de algum faz com que se pense assim, preciso reconsiderar suasfunes. O dicono pode ser um anjo bom que leva aos seus irmos palavras de estimulo,de apreo, de considerao e de conforto. Sua presena ser sempre uma alegria, umafonte de inspirao, um blsamo suave.

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    Diaconato Brasileiro(Pr. Manfred Grellert - diretor executivo da Viso Mundial)

    So vrias as interpretaes do papel do diaconato nas igrejas brasileiras. Emalgumas, ele levanta as ofertas, distribui a ceia e participa da estrutura de poder da igreja.Em outras, ele um oficial a meio caminho para o ministrio pastoral efetivo. Em outras,ainda, ele se dedica a servios vrios da igreja. Muitas vezes, o diaconato exclusivamentemasculino. Outras vezes, ele exclusivamente feminino. Quase sempre, existe algumapreocupao com as necessidades dos domsticos da f. Aqui e acol, existe um dinmicoministrio social da igreja, via de regra executado por mulheres, mas que no tem nenhumvnculo com seu diaconato. Este quadro, pesquisado no detalhe, ainda seria bem maisdiverso. Somente um fato bsico permeia os diaconatos brasileiros: eles so, quase queexclusivamente, cpias de modelos diaconais prprios da igreja-me do Primeiro Mundo.Ainda no descobrimos um verdadeiro diaconato tupiniquim.

    Que elementos deveriam iluminar a sua ao no contexto brasileiro?Pelo menos duas coisas so fundamentais: precisamos redescobrir a identidade bblica

    do diaconato e necessitamos aplicar os princpios bblicos ao nosso contexto concreto.Vejamos o assunto por partes:

    Primeiro: A identidade bblica do diaconato. Gostaramos de enfocar apenas trsaspectos bblicos da questo. Primeiro, Jesus Cristo o dicono modelo. Cristo nosomente revelou o corao do Pai, mas tambm desvendou a face da verdadeirahumanidade. Sua vida foi absolutamente diaconal, isto , uma vida de servio abnegado( Mc. 10:45, Lc. 22:27). Ele vivia com a capacitao interior para se dar concretamente aosoutros em suas necessidades especficas, quer espirituais, quer fsicas ou sociais. Eleintroduziu o conceito revolucionrio da liderana diaconal ( Lc. 22:26, Mt.20,26,28). Mas eletambm nos ensinou que no possvel dissociarmos o servio a Deus do servio aoprximo ( Mt.25:31-46). Assim, servir ao necessitado confunde-se com servir ao prprioCristo. A partir de diaconal (Mt.20:28, Fl 2:5) este o desafio para a vida diaconal de todosos cristos ( I Jo. 3:16, Fl 2:5). No podia ser diferente, porque ser cristo viver uma vidasemelhante de Jesus ( Rm 8:29, Ef. 4:13, Gl. 2:20,I Jo 2:6, Cl 1:28 e 3:11, etc.). Quem pelaconverso ao Cristo for libertado do pecado da maldade, do egosmo, da agressividade, dairresponsabilidade e da apatia adota um estilo de vida diaconal. livre para servir a Deus,ao irmo e ao prximo. Ou melhor, foi liberto por Cristo para a diaconia.

    Segundo, a diaconia era parte integral da igreja primitiva. Especialmente Paulo, tinha

    uma compreenso fortemente diacnica da Igreja, o que pode ser visto na sua compreensodiaconal do exerccio mtuo dos dons do Esprito por parte de toda igreja ( I Co 12:5, Ef.4:12, I Pe 4:10). Para ele, havia dons e diaconias ( I Co. 12:5), como dons acentuadamentediacnicos ( I Co 12: 9-10, Rm 12:7-8, I Pe 4:10-11). Assim, ministrios especializados eramvistos como diaconias ( At. 6:4, 20:24, I Tm. 4:5). Mesmo a evangelizao era vista por elecomo sendo um servio abnegado ( Rm 11:13s, 4:1ss, 6:3, 2 Tm 4:5). Diaconia era tanto oanncio do Evangelho ( I Pe 1:12, 2 Co 3:3), como a coleta para uma igreja carente ( Rm15:25, 2 Co 8:19). Assim, amplas dimenses de vida da Igreja so vistas em termos deservio diacnico. Toda a vida no Corpo de Cristo diacnica, servio a Deus, ao irmo, eaos necessitados dentro e fora dele.

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    Terceiro, encontramos no Novo Testamento um diaconato emergente ( At. 6:7, Rm16:1, I Tm 3:8-13). muito interessante que o diaconato cristo tenha surgido atravs dasbia administrao do primeiro descontentamento no seio da igreja primitiva. O problemadas vivas gentlicas transformado numa oportunidade de servio concreto. A informaocentral que temos sobre o diaconato concentra-se em suas qualificaes espirituais ( At 5:3,

    6:5,8, I Tm 3:8-13), lamentavelmente omitindo informaes sobre seu servio concreto. Mastemos tambm a extraordinria figura do dicono. Estevo, cuja vida e martrio valem maisdo que quaisquer qualificaes abstratas, aparece como algum que optou no s peloservio s vivas forneas carentes, mas por uma vida de servio total ao Cristo. Ele soubearticular a sua f, mas, sobretudo, teve a capacitao para fazer a oblao plena de suavida, bem como oferecer o perdo pleno a seus algozes. Aqui diaconato se emerge com omartrio. O diaconato brasileiro far bem em meditar sobre este estilo de vida diacnica noNovo Testamento.

    2. Sugestes para o diaconato brasileiro:

    Primeira, necessitamos de igrejas que entendam sua vida e misso em termosdiaconais. Assim os diferentes dons do Esprito existem para o servio do Corpo, comoexistem dons de servio aos necessitados a partir do Corpo. O Esprito tem sido copioso nadistribuio de dons diaconais s igrejas brasileiras. Urge afirmar isto como sopro do Espritosobre a sua Igreja.

    Segunda, os diconos e as diaconisas brasileiras devem desenvolver uma profundaespiritualidade, que os capacite para uma vida de servio a Deus e ao prximo. Estaespiritualidade dever ser profundamente marcada pala vida de Jesus de Nazar. Paraquem semelhante a Jesus, servir fundamental.

    Terceira, necessitamos de diconos e diaconisas que conheam as necessidadesdentro das igrejas, como aquelas comunidades ou cidades em que a igreja vive sua misso.Em geral, basta Ter um corao bondoso e olhos abertos. As mos e os ps seguem aqualidade do corao.

    Quarta, precisamos aumentar a nossa experincia diaconal para que as metodologiasde servio mais adequadas sejam encontradas. A experincia mostra que mtodospaternalistas e assistencialistas nos levam a muito pouco. Quase todos que, depois deanos, usaram mtodos educativos, participativos e transformativos viram que melhordeixarem de ser assistencialistas. A participao de todos traz a responsabilidade de todos e

    as atividades programadas no correm o risco de ser apenas mais uma. Sempre bomcomear com a coordenao de singelas atividades mais requisitadas pelo pblico a serservido. errando que se aprende e nunca tarde para aprender.

    As igrejas brasileiras necessitam formar sua memria diacnica.A experincia brasileira poder ensejar novos estilos de vida diaconal adequadas s

    igrejas terceiromundistas, sem perder sua identidade crist.Quinta, nesta dcada, com a crescente politizao de nossa populao, os diconos e

    as diaconisas havero tambm de descobrir como agir em prol do bem comum, quer atravsde apoio, quer atravs de reivindicao. Porque biblicamente a instituio do governo deveser diacnica (Rm 13:4), isto , um governo existe para o bem comum de todos os cidados.

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    Uma das mais fascinantes pginas da histria diaconal da Igreja no Brasil poder ocorreragora. Esta histria ser marcada pela identidade bblica e pela relevncia contextual. Estetipo de diaconato tupiniquim poder, com e para o Senhor, fazer proezas. Afetandosabiamente a dor do nosso povo pobre enquanto se luta por uma sociedade mais marcadapelos ideais do Reino de Deus.

    Como consagrar

    1. QuantidadeA igreja definir a quantidade de diconos que precisa para o bom desempenho das

    atividades a eles inerentes. Um dos critrios estabelecer uma proporo de famlias pordicono em torno de 10 a 15 famlias.

    2. Candidatos

    Estabelecida a quantidade de vagas, a igreja deve fazer uma seleo de candidatossempre superior (em 50%) ao nmero de vagas estipuladas pela igreja.

    3. Seleo3.1. Indicao

    a) O plenrio da igreja indica todos os nomes que desejar e so, a seguir, submetidosa votos, ou

    b) A Comisso de indicaes indica os nomes ao plenrio, ouc) Divulgados os critrios para que algum seja dicono, possibilitar que pessoas se

    inscrevam para tal.

    3.2. Critriosa) Consideram-se eleitos os candidatos na ordem da votao obtida, preenchendo-se

    as vagas determinadas pela igreja, seguindo-se o treinamento at a data do exame,ou

    b) Os votados, em maioria das vagas existentes, passam todos para um perodoprobatrio e de treinamento. A igreja exercer um segundo momento de seleo,considerando aprovados os que obtiverem melhor votao do mais votado para omenos votado

    4. Mandato4.1. Indeterminado nesse caso o mandato no tem tempo definido. Cumprir seu

    mandato enquanto bem servir, a critrio da igreja ou at que o prprio solicite seudesligamento.

    4.2. Rodzio o mandato tem tempo determinado e. geralmente, usa-se umescalonamento variado de mandato por grupo de diconos. Exemplo: eleitos 9 diconos, 3por 6 anos; 3 por 4 anos e 3 por 2 anos. Isso significa que a cada 2 anos, trs novosdiconos sero eleitos.

    5. VantagensAmbas as possibilidades (indeterminado ou rodzio) tm vantagens e desvantagens.

    Cada igreja deve olhar para suas peculiaridades e definir a forma do mandato. No caso derodzio:

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    a) Providencia uma base de liderana mais ampla, capacitando mais pessoasqualificadas a servir a sua igreja;

    b) Possibilita a jovens qualificados servir como diconos;c) Desencoraja o surgimento da idia de que a igreja possui um corpo de diretores

    que intangvel;

    d) Facilita a substituio daqueles que, infelizmente, no tenham servido bem.Observao: Se a igreja adotar este sistema dever estabelecer outros critrios: a) Osdiconos que serviram bem podem ser reconduzidos imediatamente ou aguardaro uminterstcio; b) Os diconos no reconduzidos, permanecem diconos em disponibilidadee podero ser usados numa emergncia. No participam no servio da ceia e nenhumaoutra atividade diaconal.

    6. Cronograma at o dia da consagrao> Nove meses antes iniciar curso sobre diaconato (j eleitos);> Trs meses antes ter definido a forma do mandato: tempo indeterminado ou

    rodzio;> Dois meses antes remeter carta s igrejas, preparar convites, ver as partesinspirativas;

    > Uma semana antes acertar a preparao do templo para a consagrao; compraras bblias que sero oferecidas a cada eleito, bem como o certificado (algumas livrariasevanglicas possuem, caso no encontre, confeccione em computador incluindo linhas paraanotao da diretoria do conclio examinador) que ser oferecido a cada novo dicono.

    7. Dia da ConsagraoA cerimnia de consagrao, embora no requerida para que algum seja dicono,

    deve ser uma cerimnia significativa para a pessoa, para sua famlia e para a igreja. Pormeio da consagrao, a igreja diz queles diconos que selecionou: Ns temos confianaem suas qualidades espirituais e na sua devoo a Deus e sua igreja. A cerimnia deimposio das mos tem origem antiga. No Antigo Testamento essa prtica mencionadaem conexo com os levitas. Os filhos de Israel puseram suas mos sobre os levitas, Nm8.10. Essa cerimnia de modo nenhum conferia qualquer poder ou autoridade. Enfatizava,antes, que esses homens estavam dedicados ao servio de Deus.

    A prtica de consagrar diconos provavelmente se desenvolveu do ponto de vistatradicional de que os setede At 6.1-8 so os precursores dos diconos de hoje. AsEscrituras parecem indicar que a congregao toda imps as mos sobre esses homens.

    Este momento, de nenhum modo confere poder ou autoridade msticos a um dicono

    ou ministro.

    Eis uma proposta de culto de consagrao de diconos:

    PreldioHino de chamada do cultoOrao inicialMotivo da reunio

    -Pelo Pastor da Igreja (ou algum da diretoria), se este o primeiro grupo de diconos.-Pelo Presidente dos diconos, se no o primeiro grupo

    -Nomeao de um secretrio ad hoc-Providencia loco uma lista de assinatura de pastores e diconos presentes.

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    -Apresentao das Igrejas representadas, convidando pastores e diconos paraocupar um lugar mais frente

    -Formao do Conclio-Participam Pastores e Diconos

    > Presidente

    > Secretrio> Examinador> Orao Consagratria> Entrega da Bblia> Mensagem Oficial- Msica inspirativa- Exame dos candidatos- Parecer do Conclio- Consulta Igreja em assemblia extraordinria- Msica Inspirativa- Orao consagratria

    - Entrega das Bblias- Mensagem oficial- Msica inspirativa- Encerramento das atividades do conclio- Encerramento da assemblia extraordinria- Orao final- Posldio- Recessional

    -Os novos diconos recebero os cumprimentos porta

    8. Organizao

    Os Diconos agora forma uma organizao: Corpo Diaconal ou Ministrio Diaconal?Tanto faz, prefiro o segundo nome, me parece mais bblico e menos tradico.

    Convocados pelo Pastor da Igreja, tero a sua primeira reunio e elegero:Presidente e Vice, 1o. e 2o. Secretrios. Outros cargos podero ser estudados a critrio decada igreja, por exemplo: Lder de treinamento, Lder de visitao etc

    Precisa saber... (Silvino Carlos Figueira Neto)

    1. Quanto a si mesmo1) Suas tendncias e aptides2) Suas atitudes3) Sua comunho com Deus

    2. Quanto ao seu trabalho1) As passagens bblicas relacionadas com a sua funo2) Os deveres de um dicono

    3) As qualificaes de um dicono

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    4) O mtodo usado pela igreja para escolha de diconos5) Os diferentes mtodos de trabalho diaconal de outras igrejas.6) A relao do dicono com seu pastor7) A estrutura do Ministrio Diaconal8) Os recursos para melhor desempenho de suas funes.

    3. Quanto sua tarefa mais especfica1) Qual a responsabilidade especfica2) Quais os deveres a cumprir2) Quais os recursos sua disposio para execut-los.

    4. Quanto a Bblia1) Quais as doutrinas bsicas2) Passagens bblicas para ocasies determinadas3) Conhecer a Bblia mais do que a maioria dos membros

    5. Quanto aos alvos da igreja1) Como a igreja estabelece alvos2) Quais os alvos atuais da igreja3) Quais os projetos de expanso da igreja4) Quais as pessoas responsveis por coordenar os planos de execuo5) Qual a nfase anual da igreja6) Qual a sua participao especfica para que se alcancem os alvos propostos

    6. Quanto aos oficiais da igreja1) Quais os responsveis pelas organizaes e suas respectivas

    responsabilidades.2) Como so coordenadas as responsabilidades3) Como a igreja tem participado do sustento pastoral3) Quais as necessidades pastorais

    7. Quanto s organizaes da igreja1) Qual a estrutura das organizaes bsicas2) Qual o programa de educao religiosa desenvolvido pela igreja3) Quais as deficincias das organizaes4) Qual a tarefa de cada organizao5) Como coordenar as atividades

    6) Quais os principais lderes de cada organizao7) Quais os requisitos indispensveis a um lder

    8. Quanto ao equipamento e s finanas1) Qual o oramento da igreja2) Qual o movimento financeiro mensal3) Qual o critrio para a preparao do oramento4) Qual o patrimnio da igreja5) Quais os alvos propostos para alcanar o oramento5) Quais os equipamentos mais necessrios

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    9. Quanto ao relacionamento da igreja1) Qual o conceito da igreja quanto sua tarefa na comunidade2) Quais os deveres de participao da igreja na Conveno Batista Brasileira,

    Estadual e Associacional3) Qual a filosofia da igreja quanto cooperao com outras denominaes

    evanglicas4) Qual a base da cooperao entre a igreja e o Estado5) Quais os mtodos usados pela igreja para manter uma comunho mais

    agradvel dos membros entre si

    10. Quanto a outros aspectos da igreja1) Qual o nmero de membros2) Qual a histria da igreja3) Qual o estatuto da igreja4) Qual o nvel dos membros da igreja5) Qual a avaliao do trabalho geral da igreja

    Sobre sua personalidade

    Interesse -Conhea cada membro como uma pessoa, e converseCom ela sobre os seus problemas pessoais.

    Tato - Esteja a par de assuntos que sejam sensveis ao membro

    Diplomacia Faa um esforo definido para deixar o membro mais felizaps ter falado com ele

    Considerao Recuse a criticar, ridicularizar ou falar mal de um membro quando estiverconversando com o outro

    Compreenso Tente compreender cada uma das necessidades do membro

    Cortesia - Faa da solidez e apreciao dois dos seus traos marcantes

    Cordialidade Tendo de discordar, faa-o sem ser desagradvel

    Cooperao - Lembre-se: voc membro da equipe trabalhando com grupos

    Liderana - Use a autoridade sem ser mando e indesejvel aos irmos e colegas

    Confiana - Aprenda a resolver problemas e assumir responsabilidades

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    Seu pacto

    Pacto dos Diconos Batistas

    Tendo sido vocacionados pelo Espirito Santo, escolhidos e consagrados por nossaigreja para o servio diaconal, na presena de Deus firmamos o seguinte Pacto:

    Comprometemo-nos, auxiliados pelo Esprito Santo, a:

    1. Ser fiis e leais ao nosso Deus, como bons discpulos de Cristo, procurando obedecer eseguir os ensinos do Novo Testamento;2. Procurar o nosso prprio crescimento espiritual mediante o estudo da Bblia, dameditao e da orao;3. Servir fielmente nossa igreja junto mesa do Senhor, mesa do pastor e mesa do

    necessitado, prontificando-nos a cooperar em toda e qualquer atividade onde a nossaatuao se faa necessria, sem esperar o reconhecimento e louvor dos homens, mascomo servos de Cristo, fazendo de corao a vontade de Deus.4. Cooperar com o nosso pastor, dando-lhe a nossa leal colaborao, reconhecendo nele older que Deus colocou em nossa igreja, para que esta possa realizar os seus objetivosdentro do espirito de fraternidade crist.5. Manter absoluto sigilo sobre os assuntos confidenciais a ns confiados pelo pastor ou porqualquer outra pessoa, irmo ou colega, procurando em tudo ser instrumentos da paz.6. Cultivar o amor fraternal entre os nossos colegas do corpo diaconal atravs da orao,do respeito e conforto mtuos e da ajuda material.7. Proceder em nosso prprio lar com toda a firmeza espritual, mantendo, pelo amor, a

    esposa e filhos no temor do Senhor e levando-os, pelo nosso exemplo e palavra, a umaconstante comunho pessoal com Cristo.8. Ser ntegros em todas as nossas relaes com as pessoas com quem convivemos,sendo honestos nas questes financeiras, leais nos compromissos assumidos e cumpridoresfiis de todas as nossas obrigaes.9. Reconhecer que o ministrio diaconal para o qual fomos chamados e vocacionadosabrange, atravs de nossa igreja, o mundo inteiro at os cofins da terra.10.Promover a harmonia e a fraternidade em nossa igreja e por onde quer que andarmos,procurando sempre servir ao Senhor.

    Que a tanto Deus nos ajude!

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    MANUAL DE REGRAS PARLAMENTARES

    CAPTULO IDA APLICAO

    Art. 1 - As regras parlamentares constantes deste Manual sero observadas pelaAssemblia da Conveno, e, no que for compatvel, pelas Cmaras Setoriais, peloConselho de Planejamento e seus rgos permanentes, bem como, pelos grupos detrabalho e as diferentes comisses.

    CAPTULO IIDAS SESSES DA ASSEMBLIA

    Art.2 - As sesses das assemblias convencionais sero abertas pelo Presidente ou porseu substituto legal.Art.3 - Na primeira sesso de cada assemblia dever ser submetido aprovao doplenrio o programa elaborado pelo Conselho e, ao fim de cada sesso diurna, aaprovao da ordem do dia para a sesso ou sesses seguintes.

    Art.4 - As sesses sero precedidas de uma parte devocional, constante de cnticos,leitura bblica e orao, dirigida por pessoas indicadas pelo Conselho. 1 - Quando se tratar de sesso de carter inspirativo, a parte devocional deverser inserida no programa do culto. 2 - Aps o devocional, haver, especialmente nas sesses diurnas, um tempodestinado ao expediente, para correspondncia, aprovao das atas e outrosassuntos. 3 - Na aprovao de atas, as correes de nomes ou outros dados de naturezatcnica sero apresentados por escrito diretamente Mesa.

    Art.5 - Haver at 3 (trs) sesses por dia, ocupando cada uma o tempo que lhe fordestinado no programa.

    CAPTULO IIIDOS RELATRIOS E PARECERES

    Art. 6 - Os relatriose pareceres das Cmaras Setoriais sero apreciados por captulos, observadarigorosamente sua ordem de apresentao, como previsto no art. 45 do RegimentoInterno da Conveno.Art. 7 - Os relatrios e pareceres das Comisses e Grupos de Trabalho sero apreciados,ponto por ponto, na sua ordem de apresentao ou englobadamente, com direito adestaques.

    1 - Os relatrios tero fora de proposta e entraro imediatamente emdiscusso. 2 - No sistema de discusso, ponto por ponto, cada ponto ser votado naordem de sua apresentao, inclusive os que no tenham sido objeto dediscusso. 3 - Na discusso global, os destaques sero votados isoladamente, na ordemem que forem suscitados, votando-se tambm ao final os pontos no destacados. 4 - Os pontos que suscitarem dvida durante a apresentao dosrelatrios, podero, a critrio da Mesa ou por deciso do plenrio, serencaminhados respectiva entidade, para esclarecimentos, atravs deseus representantes, retornando ao plenrio em outra sesso daAssemblia.

    Art. 8 - Podero ser apresentados substitutivos e emendas aos relatrios e pareceres,mediante propostas devidamente justificadas.

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    Art. 9 - As propostas e recomendaes que visem alterar o sistema operacional dasentidades convencionais sero remetidas ao Conselho de Planejamento para estudo eencaminhamento, devendo a deciso ser comunicada Assemblia seguinte.

    CAPTULO IV

    DOS DEBATESArt.10 - Para entrar em discusso, qualquer assunto dever ser precedido de umaproposta devidamente apoiada, salvo os relatrios das Cmaras Setoriais, das Comissese Grupos de Trabalho, que tm fora de proposta e entraro imediatamente emdiscusso.Art.11 - O mensageiro que desejar usar da palavra, dirigir-se- ao Presidente, dizendo:peo a palavra, senhor Presidente.Art.12 - Em se tratando de proposta e, se ela for muito extensa ou envolver matriagrave, o proponente dever encaminh-la, por escrito, Mesa.Art.13 - Feita uma proposta, ela s ser posta em discusso, caso receba o apoio porparte de outro mensageiro, que dirigindo-se ao Presidente dir: apio a proposta feita,ou simplesmente, apoiado.

    Art.14 - Submetida a proposta a discusso, os mensageiros que desejarem falar deverosolicitar a palavra ao Presidente.Art.15 - O Presidente conceder a palavra ao mensageiro que primeiro a solicitar e,quando dois ou mais a solicitarem ao mesmo tempo, ser concedida quele que estivermais distante da Mesa.Art.16 - Quando muitos oradores desejarem falar, o Presidente poder ordenar aabertura de inscries, o que ser feito por um dos secretrios, sendo concedida apalavra rigorosamente pela ordem de inscries.Art. 17 - O plenrio poder limitar o nmero de inscries e o tempo dos oradores.(anteriormente: Por deciso do plenrio poder ser limitado o tempo dos oradores).Art.18 - Feita uma proposta e posta em discusso, qualquer mensageiro poderapresentar uma proposta substitutiva, ou seja, uma proposta baseada na queoriginalmente foi feita, que no altere seu sentido e alcance.

    1 Uma proposta substitutiva no poder contrariar fundamentalmente aproposta original. 2 Uma vez recebida pela Mesa, a proposta substitutiva, a discusso passar aser feita em torno dela. 3 - Encerrada a discusso e posta a votos a proposta substitutiva, se ela forvitoriosa, desaparecer a proposta original; se for derrotada, a proposta originalvoltar discusso.

    Art.19 - Feita uma proposta e colocada em discusso, qualquer mensageiro poderpropor emendas para acrescentar-lhe palavras ou frases, emendas aditivas, parasuprimir-lhe palavras ou frases, emendas supressivas, ou formular proposta que inclua

    as duas hipteses. 1 - Apresentada e apoiada a emenda, a discusso passar a ser feita em tornodela.

    2 - Encerrada a discusso sobre a emenda, o Presidente a por a votos, e, casovitoriosa, ser acrescentada original ou dela subtrada, seguindo-se a votao daproposta em plenrio, tenha ela sido emendada ou no.

    Art.20 - Para facilitar a discusso ou votao, o Presidente poder dividir uma propostaque conste de vrios pontos, submetendo votao cada um deles, separadamente.Art.21 - Uma proposta poder ser retirada de discusso por solicitao expressa de seu

    proponente, com aquiescncia do plenrio.

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    Art. 22 - Matrias oriundas de grupo de trabalho ou comisses no podero ser adiadasou devolvidas sua fonte de origem, sem que a assemblia tome conhecimento do seucontedo. (anteriormente, designado por 1 do antigo art. 115 do Regimento Interno).

    CAPTULO VDAS PROPOSTAS ESPECIAIS

    SEO IDO ENCERRAMENTO DA DISCUSSO

    Art. 23 - O plenrio poder impedir o prosseguimento da discusso de matria jsuficientemente esclarecida, atravs de aprovao por 2/3 (dois teros) dos mensageirospresentes, de uma proposta para encerramento imediato da discusso, mesmo havendooradores inscritos.

    1 - A proposta para encerramento da discusso deve ser brevementejustificada. 2 - O Presidente poder, a seu critrio, acolher imediatamente proposta a fim de

    permitir que at 2 (dois) mensageiros se pronunciem favorveis e 2 (dois)contrrios proposta de encerramento da discusso.

    SEO IIDO ADIAMENTO DA DISCUSSO

    Art. 24 - Qualquer mensageiro poder propor o adiamento, por prazo determinado ouno, da discusso do assunto em debate, para que sejam oferecidos esclarecimentos aoplenrios, se necessrio, ou para que seja dada preferncia a matria mais urgente.Pargrafo nico - No expediente de seo posterior, qualquer mensageiro poder propora volta a plenrio, de assunto que esteja sobre a Mesa por prazo indeterminado, e sendoa proposta vencedora, o assunto ser encaminhado Comisso de Programa, para serincludo na ordem do dia de sesses seguintes.

    SEO IIIDAS PROPOSTAS SEM DISCUSSO

    Art.25 - So propostas que no admitem discusso, devendo ser imediatamente postas avotos, uma vez apoiadas:

    I. Para adiamento da discusso por tempo definido ou indefinido;II. Para encerramento da discusso e imediata votao, observado o disposto no

    art.23 deste Manual;III. Para dirimir dvidas sobre questes de ordem;IV. Para responder consulta da Mesa sobre questes de ordem no previstas

    neste Regimento;

    V. Para a volta de qualquer assunto diretoria da cmara setorial, por questesde redao, como previsto no art. 50 do Regimento Interno;

    VI. Para que o assunto seja entregue uma comisso para reapresentaoposterior;

    VII. Para a volta ao plenrio de assunto que tenha sido adiado;VIII. Para limitar o tempo dos oradores ou da discusso sobre qualquer matria;IX. Para prorrogar ou encerrar a sesso;X. Para encaminhar a forma de discusso de um parecer;XI. Para conceder o privilgio da palavra.XII. Para a concesso de honras especiais, manifestao de pesar, de

    reconhecimento ou de regozijo;

    XIII. Para votao imediata de proposta original, independentemente de suasemendas ou substitutivos.

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    SEO IVDA VOTAO

    Art.26 - Concluda a discusso, o Presidente anunciar com clareza a proposta a ser

    votada, podendo determinar a sua leitura, se julgar necessrio, pondo a votos, dizendoest em votao ou usando expresso equivalente.Art.27 - Aps a declarao pelo Presidente de que a proposta est em votao, anenhum mensageiro poder ser concedida a palavra, sob qualquer alegao, antes queos votos sejam apurados.Art.28 - Submetida a proposta votao, o Presidente dever solicitar dos mensageiros,os votos favorveis e em seguida, os votos contrrios, anunciando imediatamente oresultado da votao.Art.29 - Havendo necessidade, a critrio da Mesa, os votos podero ser contados.Art.30 - Podero ser usadas as seguintes formas de votao:

    I - Levantar uma das mos com o carto de votao;II - Colocar-se de p, levantando o carto de votao;

    III - Dizer sim para favorecer a proposta e no para contrari-la;IV- Utilizar o escrutnio secreto, quando for julgado necessrio (anteriormente:

    conveniente);Art.31 - As propostas sero decididas por maioria absoluta de votos, com as exceesprevistas neste Regimento.Pargrafo nico: o quorum para as deliberaes das assemblias da Conveno ser deum dcimo dos mensageiros arrolados, at o momento da votao.Art.32 - Qualquer mensageiro que julgue ter havido erro ou omisso na contagem ousoma de votos, poder requerer a sua recontagem, que a critrio da Mesa, ser feitaimediatamente, sem discusso.Art.33 - Qualquer mensageiro que tenha sido vencido na votao, poder solicitar ainsero em ata da justificao do seu voto, o que dever ser feito sucintamente, porescrito, em linguagem adequada, sem ofensa ao plenrio ou a qualquer mensageiro, a

    juzo da Mesa.Art.34 - Qualquer mensageiro poder solicitar a palavra pela ordem que lhe serimediatamente concedida, nas seguintes circunstncias:

    I. Quando no estiver sendo observada a ordem dos debates nos termos desteRegimento;

    II. Quando algum orador tratar de matria alheia ao debate em curso ou estranha assemblia;

    III. Quando desejar propor:

    a. O encerramento da discusso e imediata votao;b. O adiamento da discusso por tempo determinado ou indeterminado;c. A entrega ou devoluo do assunto a uma comisso para posterior

    apresentao;d. A volta ao plenrio de assunto que tenha sido adiado;e. A limitao do tempo de cada orador na discusso de qualquer matria;f. A prorrogao ou encerramento da sesso;g. O pronunciamento de at 2 (dois) mensageiros favorveis e dois contrrios

    proposta em discusso;h. A reconsiderao da matria nos termos do Art.38 deste Manual.

    Art.35 - A questo de ordem suscitada pelo mensageiro, aps breve exposio, serresolvida pelo Presidente, sendo facultado ao suscitante apelar para o plenrio ou para a

    comisso Jurdico-Parlamentar, caso a deciso da Mesa seja contrria ao pedido.

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    Art.36 - O Mensageiro que desejar apartear um orador, dever, primeiro, solicitar o seuconsentimento, no podendo falar se o aparte lhe for negado.

    1 - Os apartes devero ser feitos para esclarecer o orador ou para fazer-lheperguntas que esclaream o plenrio sobre o ponto que est em discusso. 2 - Os apartes no devero ser discursos paralelos ao do orador aparteado.

    3 - O tempo usado pelo aparteante ser descontado do tempo a que o oradortiver direito de usar.Art.37 - O Presidente no poder ser aparteado, nem o proponente ou relator que estiverencaminhando a votao.

    SEO VRECONSIDERAO

    Art.38 - A reconsiderao de matria vencida s poder ser feita no expediente desesso posterior quela em que foi votada, mediante requerimento subscrito por umnmero mnimo de 5 (cinco) mensageiros que hajam votado favoravelmente proposta,devendo a deciso ser tomada, no mnimo, por 2/3 (dois teros) dos mensageirospresentes na hora da votao.

    Pargrafo nico - Aprovada a reconsiderao, a proposta antes vitoriosa poder serconfirmada, alterada ou anulada.

    SEO VIDAS DISPOSIES GERAIS

    Art.39 - Qualquer proposta feita em plenrio, que resultar em despesas no previstas, spoder ser aprovada, se nela estiver claramente indicada a fonte dos recursosnecessrios para sua execuo.Pargrafo nico - Caso essa explicitao no seja possvel, e se a proposta for relevante,a matria poder ser encaminhada ao Conselho para estudos.

    Art.40 - As atas das sesses das assemblias que no forem apreciadas, seroautomaticamente encaminhadas ao Conselho para sua aprovao.Art.41 - O presente Manual s poder ser reformado em assemblia ordinria, de cujaconvocao conste o item Reforma de Regimento.

    Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 1999

    (Aprovado na 8 sesso da 81 Assemblia da CBB, realizada em Serra-Negra-SP)

    REGRAS PARLAMENTARES ROTEIRO

    Assemblia, poder soberano de uma Igreja Batista.Regras parlamentares: disciplina e ordenamentoComportamento

    -Peo a palavra senhor(irmo) Presidente-Proponho & Apio-Com a palavra o irmo Melquizeque-Dois, ao mesmo tempo, fala o mais distante-Muita gente: faam suas inscries com o/a secretrio-Limite de tempo:

    a) previamenteb) no correr da discussoc) contemplando/no oradores inscritos

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    -Propostasa) Quando encaminhada por um grupo designado outrora pela Igreja

    = j proposto e apoiado;b) Original / bsica

    c) Substitutiva (no altera sentido e alcance)d) No se faz proposta contrria, vota-se contrae) Emendas

    1. Aditiva2. Supressiva

    (palavras ou frases)

    Emendas so aceitas por proposta e apoioEntram em debate e agregam-se (ou no) original

    -Retirada de uma proposta

    -Solicitao do proponente e-Consentimento do plenrio

    Propostas Especiais1. Encerramento da discusso

    O plenrio decide (quorum? tipo: 2/3)Breve justificativa do proponentea) imediata votao; b) Dois oradores de cada posio

    2. Adiamento da discussoCom prazo determinado ou no

    3. No admitem discussoPara adiamento de discusso: definido ou no;Encerramento e imediata discusso;

    Para dirimir dvidas sobre questes de ordemPara responder consulta (matria no regimentada)Para remeter matria para GTs / Comisses;Para que a matria volte ao plenrioPara limitar tempo dos oradores ou da discussoProrrogar ou encerrar a sessoPara encaminhar a forma:

    Ponto por pontoEnglobadamenteEnglobadamente com direito a destaques

    Privilgio da palavraPara conceder privilgiosPara votao imediata de proposta originasl

    5. Em votao: no se concede a palavra6. Registro de votos contrrio7. Pela ordem: (qual ?)

    quebra da ordem / Regimentoorador falando outra matriaquando;

    encerramento e votao imediataadiamento por tempo determinado ou no

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    devoluo da matriaretorno de matria adiadalimitao de tempo (orador-matria)

    prorrogao-encerramento da sessopronunciamento de 2 mensageiros, favor-contra

    8. Aparteso orador concede ou nosempre para esclarecer, no contradizerno discusso paralelao tempo computadoo presidente no pode ser aparteado

    9. Reconsideraodefinio em Regimento

    por quem tenha votado a favor

    A Esposa do Dicono (Celina Vieira Cardoso)

    O Novo Testamento faz apenas uma ligeira meno esposa do dicono. Em I Tim.3:12, diz: Os diconos sejam marido de uma s mulher. To somente a aparece a figurada esposa do dicono.

    Nada mais encontramos a seu respeito. Contudo, ela existe. Existe embora quaseannima.

    No raras vezes, encontramos, em nossas igrejas, pessoas que designam a esposa dodicono, de diaconisa. Segundo o Dicionrio de Davis, diaconisa o nome do oficio dedicono exercido por mulher. Febe era diaconisa da igreja em Cencria (Rom. 16:1). J

    existiam diaconisas nas igrejas da Bitinia desde o ano de 100 d.c.Cndido de Oliveira e Aires Mata Machado Filhos, em seus Dicionrios da LnguaPortuguesa, dizem, respectivamente: Diaconisa mulher que servia nas igrejas smulheres; esposa do dicono na igreja Grega ; e: Diaconisa mulher investida emfunes diaconais (na primitiva Igreja), mulher de dicono (na primitiva Igreja).Particularmente, preferimos reservar a designao de diaconisa quela que exerce a funode dicono, e deixar que a esposa do dicono fique sem nome. Se ela uma serva fiel doSenhor, ser, num sentido amplo, uma diaconisa.

    A referncia bblica esposa do dicono bem esmaecida e nenhumas so as suasatribuies especficas. Contudo, isto no significa que esta mulher dever ficar de braoscruzados na igreja. No, as suas atribuies so aquelas GENRICAS, conferidas a todas

    as mulheres e que esto exaradas em Gn. 2:18.Adjutora ou ajudadora, ou a mulher que assiste aos dicono idoneamente, a sua

    principal misso. Diramos que adjutora e ajudadora so palavras parnimas, contudo, osdicionaristas as do como sinnimas. A palavra adjutora prefixada por uma preposiolatina (ad), que significa: com, junto de, ao p de. Muitas vezes a mulher do dicono precisaajudar, junto ao p dele, com ele. Junto com o dicono nas visitas aos hospitais, aos que sevo afastando da igreja ou aos que se vo aos ps de Cristo; ao p dele quando dapreparao de um relatrio ou parecer, ou quando da elaborao de um programa. Outrasvezes, porm, a esposa do dicono o ajudar muito ficando de longe; em casa,possibilitando-lhe a sada tranqila para alguma reunio ou outra atividade na qual sejanecessria sua presena; em casa com os filhos; em casa, cuidando de seus pertences erefeies a tempo, para ele poder sair no horrio previsto a algum compromisso na igreja.

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    Junto dele ou longe dele, a esposa do dicono presta-lhe grande auxlio com as oraes,com seu empolgamento e entusiasmo.

    Seja esposa do dicono a figura principal no auxlio derrubada de dificuldades oubarreiras que porventura surjam, quando o mesmo convidado a alguma tarefa. Muitasvezes ele poder sentir-se incapaz, temeroso, ultrapassado para fazer alguma coisa na

    igreja, e a a esposa do dicono poder colocar-se ao seu lado e com ele estudar a situaoque se apresenta, e procurar afastar as barreiras, estimulando-o a aceitar o encargo e tudofazer para que seu marido d contas da atribuio, se no com perfeio, com o mximo decapricho. Nada de desanim-lo. Deve a esposa ajud-lo com orao a vencer a limitaoque porventura possua ou surja no momento.

    Paulo, na sua carta a Tito, o exorta a conclamar as mulheres a que amem a seusmaridos ( Tito 2: 3,4). A esposa do dicono aquela mulher que realmente ama a seumarido e por ele muitas vezes se sacrifica. Se uma esposa crente no ama seu marido,

    dificilmente ele chegar a condio de dicono, pois a misso no das mais fceis dentroda igreja. O dicono sempre muito observado, no s pelos seus irmos, mas tambmpelo inimigo de sua alma, e se ele no for amparado, nessa luta, por uma esposa que oame, certamente fracassar.

    H em nosso Cantor um hino que diz: No servio do meu Rei eu sou feliz. Compete esposa do dicono contribuir tambm para esta felicidade. Como j dissemos acima, aesposa do dicono deve ajud-lo a vencer dificuldades no servio. Vencidas estas, afelicidade raiar intensamente e ver ela que a felicidade no servio do Rei no s paraela, e, sim, tambm para o seu esposo.

    A esposa do dicono, como adjutora ou ajudadora, aquela mulher pari-passu comele, que esteja como diante dele. E a sua companheira, jamais a sua servial. At poder

    s-lo, se for o caso, mas por amor e por necessidade. Contudo, no significa que, em assimagindo, ela dever ser relegada a plano secundrio. No. Ela continuar sendo a suacompanheira, a mulher que esteja como diante dele.

    Soubemos que em certa igreja, em determinada capital, um dicono impedia a esposade ir a Escola Bblica Dominical por no gostar de comer comida guardada. Queria que elalhe fizesse o almoo fresquinho no domingo, e que o mesmo lhe fosse servido to logo elechegasse do culto. Realmente, este no deve ser o sentimento do dicono em relao suaesposa; ela tambm deve desfrutar das alegrias no servio do meu Rei.

    Felizmente, j se vo ampliando para a esposa do dicono oportunidades dentro daigreja. Muitas vezes ela foi a mulher que passava a semana inteira absolutamente s, ouenfronhada em atividades mltiplas fora do lar, isto porque dicono e esposa tm tambm,

    muitas vezes, atividades seculares prprias, para a aquisio do sustento da famlia, e nodomingo, e at mesmo no sbado, ele o homem da igreja. Reunies e mais reunies,devido complexa estrutura que as igrejas vo tendo, e ento a esposa fica relegada solido. Contudo, agora vejo que as portas se vo abrindo a qualquer esposa de dicono,em qualquer reunio. Talvez no lhe seja possvel acompanhar intelectualmente tudo o queali tratado, mas, em comparecendo, j releva seu interesse pelas atividades da Causa eno fica sozinha em casa, muitas vezes diante de um medocre programa de televiso; equem sabe se no poder depois, em casa, de cabea fria, ajudar o dicono a ajudardeterminada Comisso no equacionamento de um problema difcil porventura surgido.

    A esposa do dicono sempre adjutora ou ajudadora. Nunca ser seu Chefe. No, emnenhum lugar da Bblia a mulher apontada como chefe do marido. O Comandante

    Supremo Cristo, e ela e seu marido so seus comandados, to bem conduzidos por Ele.

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    Infelizmente, nossas igrejas s vezes sofrem as investidas do Demnio, e tambm odicono tem de enfrentar batalhas. Nessa hora de luta, de embates, como seria bom que aesposa do dicono estivesse ao seu lado, como Dbora se ps ao lado de Baraque, lutandopara vencer Ssera, general - chefe das foras de Jabim, destruindo seu exrcito. Bom serque o dicono possa dizer sua esposa: Se fores comigo, irei... e que possa ouvir a

    magnifica resposta de Dbora: certamente irei contigo. No ir ela como comandante, irsempre na retaguarda e quando muito ombro a ombro, pois esta sua principal misso nomundo ser ADJUTORA.

    Diaconato e esposa jamais podero competir em qualquer setor de atividade e muiespecialmente nas atividades ligadas ao servio do meu Rei, pois um dia eles se tornamuma s carne (Gn. 2:23,24). Ser possvel uma auto-competio? Aplausos e crticas, seporventura surgirem, sua atuao na igreja, destinar-se-o a ambos, igualmente, mesmoque a esposa no tenha tido uma participao direta em qualquer atividade, patente aosolhos humanos do grupo.

    Nem sempre nossos lderes gostam de, em atividades especficas constituir Comissesformadas por casais, preferindo nomear o irmo Fulano, a irm Sicrana e mais o irmoBeltrano. Talvez seja este um fator a ser considerado, especialmente neste ano quando osbatistas esto dando especial destaque famlia. Cremos que seria mais prtico, em certossetores, nomear comisses constitudas por casais, desde de que no resultasse emprejuzo para alguma especificao ou tcnica. Exemplificando: Uma comisso nomeadapara elaborar atividades musicais na igreja. Se a esposa do dicono completamentedestituda de tais conhecimentos, certamente ser-lhe- difcil prestar alguma ajuda, e paraela tornar-se- enfadonha tal atividade.

    J ouvimos, com tristeza, em determinado grupo, um dicono declarar que no leva

    nenhum assunto tratado em comisso para casa e nem comenta nada com a esposa. Creioque quem assim procede deixa, muitas vezes, de ouvir a voz de Deus atravs de suaesposa, para um assunto que, se comentado em casa, a ss com a esposa querida e ematitude de orao, resultaria benfico comisso e igreja. Se a esposa do dicono no aquela mulher que sabe fazer o comentrio no tempo prprio, visto que na igreja no hsegregados, compete ao marido, com amor, exort-la, orient-la, corrigi-la e mostrar-lhe,com argumentos convincentes, que ele poder trazer-lhe aqueles assuntos mais delicados eque ela poder ouvi-los, mas no coment-los fora do aconchego do casal, especialmenteantes da ocasio oportuna. Quem sabe se o dicono que assim age, ocultando da esposaaquilo que decidido em certas comisses, para o bom andamento do servio do Rei, noestar valorizando de maneira muito alta o seu prprio servio, crendo que poder dispensar

    a ajuda da mulher que Deus lhe deu?Quem sabe se no estar pensando que poder prescindir da palavra simples daesposa iletrada, mas serva fiel do Senhor, e que tem tanto interesse no crescimento daCausa e bom andamento de servio de Rei quanto ele? Esquece-se o dicono que assimage que a esposa parte da igreja, e que, talvez, se ela no existisse em sua vida, ele nochegaria ao diaconato.

    A esposa do dicono, na sua gloriosa misso de ajudadora, precisa, atualmente,ajudar o marido dicono e tambm aos demais diconos a ajudarem o pastor, que muitonecessita do valioso auxlio de todo o seu rebanho. Este mais um momento quando aesposa do dicono ajuda de longe com suas oraes e com um estudo apurado daquilo quelhe chega ao conhecimento. A sua principal atribuio de ajudadora jamais poder ser

    descurada, pois belo e nobre ajudar, e mui especialmente ajudar ao dicono. Ajudar

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    quele a quem ela um dia se uniu por amor, por sua livre escolha e com a aprovao divina;aquele que lhe deu filhos queridos; aquele que a ama como se fosse sua prpria carne.

    que visita

    O Ministrio dos Diconos com as FamliasGeorge W. Knigh

    Traduo de Ana Cristina Cunha de Souza

    Adaptao de Ado Pereira da Silva

    Em nossas igrejas muitos diconos ainda acreditam que uma das suas principaistarefas cuidar pessoalmente e individualmente das pessoas ou mesmo estar preocupadocom o pastor construo etc. Entretanto, um grande ministrio que pode ser realizado pelos

    diconos atravs do ministrio com famlia. Hoje em dia, a famlia crist tpica divididaem vrios grupos diferentes assim que chega igreja, isto , adultos, jovens, adolescentes ecrianas. O programa de visitao regular do pastor a lares da igreja uma das poucasoportunidades que a igreja tem de falar unidade familiar como um todo.

    So poucas as igrejas em que os diconos esto envolvidos no ministrio de visitaofamiliar. H uma ampla variedade de nomes dados a este ministrio. Pode ser conhecidocomo o "Programa de Crescimento Espiritual", o "Plano Diaconal de reas", e ainda o"Programa Diaconal de Visitao Familiar". Os ttulos podem ser variados, e cada igreja,dar aquele que achar, mais sugestivo. O ttulo pe a nfase do plano onde ela deve estar -as famlias da igreja e suas necessidades.

    Independentemente do ttulo do plano, as caractersticas deste ministrio deve ser amesma. A membresia total da igreja pode ser dividida pelas famlias em vrios grupos. Asfamlias podem ser agrupadas alfabeticamente ou pelas zonas e reas geogrficas. Cada

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    um destes grupos familiares ento designado a um dicono, que assume aresponsabilidade do ministrio pessoal s famlias no seu grupo.

    As igrejas, certamente, experimentar graus variados de sucesso ao estabelecer umministrio diaconal com as famlias da igreja. O mtodo da visitao familiar tem tido maissucesso onde os diconos tm promovido atividades especficas e ministrios s famlias,

    em conexo com a sua visitao regular aos lares. O conceito de ministrio diaconal para asfamlias da igreja trabalhoso, porm mais proveitoso para dar aos diconos a idiaconcreta dos ministrios que podem desenvolver quando visitarem os lares da igreja. Aquiesto alguns ministrios que os diconos esto desenvolvendo atualmente em conexo comas suas visitas famlias.

    Ajuda no culto domsticoOs diconos podem ser encorajados a dirigir as famlias em um culto de dedicao

    nos lares a fim de enfatizar a importncia do culto domstico regular. Durante as suas visitasaos lares das igrejas, os diconos ajudam na realizao do culto domstico.

    Orientao aos novos membrosOutros diconos podem ajudar os novos membros a encontrarem seu lugar dentro da

    igreja, promovendo atividades de orientao para os novos membros durante as visitas aoslares. Em muitas igreja, as famlias so imediatamente designadas a um dicono, que tomaa iniciativa de inform-las a respeito da igreja e aconselh-las acerca do seu relacionamentona igreja.

    Promovendo a recreao e a comunho da famliaUma necessidade de muitas famlias hoje em dia construir fortes relacionamentos

    de amizade e comunho com outras famlias. Os diconos podem usar o seu trabalho com

    as famlias como meio de fazer com que isto acontea. Pelo menos uma ou duas vezes por ano cada dicono promover um encontro ouum passeio recreativo para todas as famlias do seu grupo. Isto ajuda as famlias a seconhecerem melhor e desenvolver em um maior senso de comunho na igreja.

    Algumas Sugestes AdicionaisNo h nenhum limite para a criatividade nos ministrios que os diconos podem

    promover a fim de ajudar as famlias da igreja. Aqui esto algumas sugestes adicionais.Promover atividades especiais durante o ms do Lar Cristo. Geralmente o ms de

    maio tido como o ms do Lar Cristo. Durante este ms, os pastores so encorajados afazer pregaes sobre algum aspecto do lar cristo e da vida em famlia. Centenas de

    igrejas focalizam sua ateno na base crist da vida familiar durante este ms, programandoseminrios especiais e conferncias sobre diferentes aspectos da vida familiar.Este ms um momento natural para atividades especiais no ministrio familiar

    realizado pelos diconos. Os diconos poderiam pelo menos fazer um esforo especial paravisitar todas as suas famlias no ms anterior e levar um pacote especial com materiais deenriquecimento familiar cedido pela igreja.

    Os diconos tambm podem abrir seus lares durante este ms para servir de local deencontro para as famlias do seu grupo que desejarem discutir problemas da vida familiar.Um bom livro a respeito da vida familiar pode ser usado para dar incio a uma discusso,tendo o dicono como moderador.

    Muitas igrejas convidam pessoas de fora que so especialistas em assuntos

    relacionados vida familiar crist para dirigirem conferncias especiais durante este ms.Os diconos podem aproveitar a oportunidade para discutir com os seus grupos as idias

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    apresentadas pelo preletor visitante. Depois da conferncia, apresentada pelo preletorvisitante, as famlias poderiam se reunir em grupos, na igreja ou nos lares, para umadiscusso mais detalhada.

    Ajudar as famlias nos problemas e desafios da criao de filhos. Uma das maioresnecessidades dos pais hoje o conforto e a segurana na educao de seus filhos. Os pais

    precisam ter a oportunidade de discutir as filosofias sobre a disciplina, comunicao familiare educao infantil. Eles precisam compartilhar suas impresses uns com os outros. Osgrupos familiares liderados pelos diconos oferecem um frum natural para este tipo dedilogo.

    Os pais podem se encontrar na casa do dicono para estudar um ou alguns dosmuitos livros que enfocam este tema.

    Uma outra idia seria convidar um assistente social, um psiquiatra infantil, ou umespecialista no trabalho com crianas para oferecer um curso especial na igreja sobre aeducao de crianas. Depois da palavra do preletor convidado, as famlias poderiam se

    encontrar sob a liderana do dicono para conversar a respeito dos problemas e alegriasenvolvido na criao dos filhos.

    Promover atividades de enriquecimento familiar. Muitas famlias esto envolvidas ematividades to diferentes que os seus componentes passam pouco tempo juntos. Osdiconos podem oferecer s famlias oportunidades de participarem juntas de momentosconstrutivos em retiros ou acampamentos. Estas viagens especiais podem auxiliar muitasfamlias a se reencontrarem e podem tambm promover uma vida familiar enriquecedora.

    George W. KnightEditor de materiais de ministrio pastoral do

    Departamento de Administrao Eclesistica da

    Junta de Escolas Dominicais,Nashville, Tennessee.

    A Visita aos LaresJohnny Jackson

    Traduo de Rosane Falco VieiraAdaptao de Ado Pereira da Silva

    A vida agitada e s vezes o desinteresse tm levado algumas pessoas a insinuar queseria necessria uma determinao legal para fazer com que alguns pastores faam visitas.A oportunidade de visitar lares deve ser valorizada e utilizada para a realizao de umministrio proveitoso. No basta detectar a necessidade de se fazer uma visita. No bastaconcordar com a ordem bblica de "ir". necessrio um compromisso claro, determinado epessoal de dar grande prioridade visitao dos lares. As outras atribuies de um diconono devem fazer com que esta seja relegada a segundo plano mas o obreiro tambm deveter o cuidado de no fazer s visitas. O dicono deve visitar de forma coerente.

    A importncia da visitaH algumas razes chave para um dicono olhar com mais ateno esta parte de seu

    ministrio:

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    1. Ele seguir o exemplo de Jesus, que visitava lares. Ele realizou seu primeiromilagre durante uma visita, curando a sogra de Pedro. Ele foi a casa de Levi e comeu comos publicanos e pecadores. Uma mulher lavou seus ps quando ele visitava a casa de umdos fariseus. A visita de Jesus a vrios lares comprova a importncia que ele atribua a esteministrio vital.

    Jesus deu instrues a seus seguidores e os enviou para que realizassem umministrio nos lares. Ele disse: "E, ao entrardes na casa, saudai-a" (Mt 10.12). QuandoJesus enviou os setenta, disse: "Em qualquer casa em que entrardes (...)" (Lc 10.5),indicando no apenas seu desejo, mas tambm a sua esperana de que seus discpulosvisitassem lares.

    2. O ministrio do dicono nos lares um compromisso pessoal de obedincia. Odicono deve considerar a visitao dos lares como parte essencial de seu ministrio decuidado dos membros. Deve se conscientizar que seu ministrio no est restrito a quatroparedes. Ele no deve esperar pela oportunidade de realizar tal ministrio, e sim program-lo.

    3. O dicono que visita um lar fornece o conhecimento necessrio e estabelece orelacionamento propcio a um ministrio diaconal eficaz. Em muitos casos, as necessidadesparticulares s podem ser detectadas e tratadas atravs de relacionamentos pessoais.Jesus no esperou que todos os necessitados o encontrassem na sinagoga. Ele foi at omercado e os encontrou. Seus seguidores no devem deixar por menos.

    4. A visita de um dicono a demonstrao de sua preocupao. Ela arenovao implcita do atestado de membro da comunidade representada pela igreja. Onmero adequado de visitas algo relativo. Algumas igrejas precisam mais delas do queoutras.

    Alguns membros esperam por visitas apenas quando esto em crise, enquanto outrosno se do por satisfeitos se no tiverem o pastor sua porta em intervalos regulares,precisando dele ou no. O dicono tem freqentemente diante de si o problema de fazer asvisitas de acordo com a necessidade e a expectativa da comunidade da igreja. Ele devecontar com informantes para alert-lo a respeito das necessidades. Alguns lembretesprticos so teis para decidir quando e a quem visitar:

    1. necessrio difundir entre as pessoas a noo de que precisam telefonar para odicono quando precisarem dele. Do mesmo modo que um mdico ou dentista, que noadivinham quando precisamos deles, o dicono tambm precisa ser informado sobre anecessidade de sua presena. Quando h uma secretria na igreja, ela pode anotar orecado e pass-lo ao dicono. responsabilidade dele criar entre os membros da igreja o

    sentimento de que deseja ser chamado quando houver necessidade. Ele deve ter cuidadopara no parecer ocupado demais, fazendo com que os membros da igreja se sintammelindrados de importun-lo.

    2. O dicono deve ser acessvel, e deve estar disponvel quando precisarem dele.Quando as pessoas precisam dele, a secretria o chama atravs do telefone e ele entraimediatamente em contato com a igreja. Quando o dicono precisar se ausentar da cidade,ele deve montar algum esquema para resolver os casos de emergncia.

    3. Certas pessoas na igreja devem ser designadas para informar o dicono a respeitodas necessidades de visitas..

    4. Para se perceber um pedido velado de ajuda necessrio desenvolver uma certasensibilidade. Os diconos precisam aprender a escutar em dois nveis. Devem entender o

    que as pessoas dizem e o que querem dizer.

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    5. Os diconos devem aprender a detectar quando os membros passam porexperincias traumticas. Estas situaes, embora srias, nem sempre so classificadascomo situaes de emergncia. A pessoa pode perder o emprego, enfrentar um divrcio,entrar para o exrcito, ter o filho ou a filha envolvidos com a polcia, ser reprovado nauniversidade entre outros.

    Estas famlias podem ou no chamar o dicono, mas a igreja espera que ele tome ainiciativa e faa a visita apropriada, desaprovando-o caso isto no ocorra.

    A persistncia na visita aos laresAs visitas devem ser feitas o mais sistematicamente possvel. Talvez no se consiga

    fazer tudo o que foi planejado, mas raramente se consegue fazer mais do que o planejado.Deve-se sempre organizar um fichrio com todos os tipos de visitas a serem feitas. Depoisde cada visita, o dicono deve fazer algumas anotaes, como data, resultados e outrasinformaes teis.

    Na maioria dos casos, para se alcanar os objetivos da visitao diria seronecessrias mais visitas. As anotaes servem para determinar a freqncia delas. Nosendo um inconveniente, as visitas freqentes tm mais chance de alcanar o objetivo.

    H muitos anos, uma empresa varejista de tecido realizou uma pesquisa entre osvendedores. Eles descobriram o seguinte:

    Quarenta e oito por cento deles davam um telefonema e desistiam.Vinte e cinco por cento davam dois telefonemas e desistiam.Quinze por cento davam trs telefonemas.Doze por cento continuavam a ligar.O resultado da pesquisa revelou que 88% dos vendedores que desistiram depois do

    primeiro, segundo ou terceiro telefonema fecharam apenas 20% dos negcios. Os 12% que

    insistiram fecharam 80% dos negcios. Quando os diconos reconhecem a importncia davisita aos lares, eles exercitam a persistncia.

    A preparao para a visita aos laresVrios fatores so necessrios para a eficcia deste ministrio.A atitude provavelmente o fator mais importante para o sucesso das visitas. Nos

    primeiros minutos de uma entrevista uma fenda fechada ou no. A atitude indesejada freqentemente transmitida, embora at mesmo o nosso mau humor possa ser camufladopor um sorriso superficial. A atitude correta fundamental para a eficcia de uma visita. Eladetermina o pensamento, o sentimento e as aes. Quando o pastor considera as visitascomo algo enfadonho, ele certamente fracassar. J quando se age como quem ministra em

    nome de Cristo, os atos sero positivos e prestaro grande ajuda.O aperfeioamento contnuo de certas caractersticas da personalidade resultaro emvisitaes eficazes. Deus concedeu certos dons aos indivduos. Estes talentos singularespodem ser aprimorados, tornando-se instrumentos de ministrios mais eficazes. Um dostraos de personalidade que requer constante aprimoramento a pacincia. Outro fatorimportante para a eficcia da visitao o tato. Ter tato possuir a peculiar habilidade dedizer a coisa certa na hora certa. Como diz certo ditado popular: "Se voc quiser apanharmel no derrube a colmia"

    A habilidade de expressar um ponto de vista sem magoar as pessoas importante. Acoragem outra qualidade fundamental. John T. Sisemore afirma em seu livro O Ministrioda Visitao: "A timidez e o medo so os dois maiores inimigos do visitante.Quando se tem

    f em Cristo e se conta com ele para nos dar foras, a coragem aparece.

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    Uma pessoa sensvel e compassiva vai transmitir um evangelho solcito. A compaixo mais sentida do que ouvida. O amor de Cristo chega at os necessitados. Outroimportante trao de personalidade a integridade. As pessoas confiam ao pastorconfidncias que devem ser mantidas em sigilo. Este tipo de servio no pode ser arruinadopor conversas pouco cuidadosas em que uma confidncia feita durante uma visita acabe

    escapando. A cordialidade outra qualidade indispensvel a uma boa visita. Ela desfaz aimpresso de que o visitante est apenas interessado em conseguir mais adeptos para o rolda igreja, derrete coraes de pedra e abre portas para oportunidades de se testemunhar.

    Como fazer as visitasA comunidade vai determinar as vantagens e desvantagens de se marcar as visitas.

    Quando elas so marcadas, evitamos o problema de no encontrar as pessoas em casa ouo embarao de chegar numa hora ruim. Em cidades grandes, as visitas podem sercoordenadas por rea, economizando assim tempo.

    Quando as visitas no forem marcadas, devemos ser discretos. Uma visitainconveniente para a famlia pode ser mais prejudicial do que benfica. Por exemplo, se opastor chegar na hora de alguma refeio, pea desculpas por interromp-los e prometa

    voltar algum outro dia. Isto geralmente deixa as portas abertas. Normalmente, situaesdesagradveis podem ser percebidas e evitadas, embora haja excees.

    A natureza da visita vai determinar o tempo que ela deve durar. Um convite paracomparecer ao culto no pode levar o mesmo tempo que uma visita a um enfermo, em ques vezes lemos passagens bblicas e oramos. A durao adequada da visita, de acordo como seu propsito, importante para sua eficcia.

    Alguns conselhos teis e prticos devem ser sempre lembrados por aqueles que

    realizam o ministrio do cuidado das ovelhas.1. Tome cuidado com as primeiras impresses. A primeira impresso a que fica,podendo abrir ou fechar portas para oportunidades. A abordagem correta deve se constituirde cordialidade, confiana, tom de voz agradvel e pronunciamentos cuidadosos.

    2. Ganhe a confiana daquele a quem est visitando.Quando necessrio, o visitante deve se apresentar pelo nome, dizendo que igreja

    est representando. O propsito da visita deve ser esclarecido o mais brevemente possvel.A informalidade reduz a tenso.

    3. Guie a conversa de forma natural e progressiva, a fim de chegar aonde deseja.Tome cuidado para no soar como um vendedor.

    A conversa pode ser conduzida sem que a manipulao seja evidente. Uma rea de

    interesse comum pode estimular a pessoa a falar. A demonstrao de interesse peloanfitrio pode faz-lo sentir-se importante. Devemos demonstrar interesse, mas devemosevitar a hipocrisia e a bajulao. O uso freqente e discreto do nome do anfitrio personificanossos comentrios, nos ajudando tambm a no esquec-lo. Alm disto, as pessoasnormalmente gostam de ouvir o seu nome.

    4. No se esquea da sua misso. As pessoas podem se beneficiar com as visitas. Opastor, entretanto, deve ter cuidado para no desperdi-las com assuntos menores,deixando o propsito de lado. O visitante deve seguir religiosamente a liderana do EspritoSanto, tendo o cuidado de exemplificar o amor de Cristo. O dicono deve atentar para o fatode que tal postura nunca pode ser ofensiva, agressiva, ou desrespeitosa ao lar em que convidado.

    4. Termine a visita de forma conclusiva. As circunstncias iro estabelecer ospossveis progressos. Deve-se deixar uma lembrana da visita, contendo informaes a

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    respeito da localizao da igreja, horrio dos cultos e outros ministrios disponveis. Antesde partir, deve criar a oportunidade para uma nova visita. Deus se encarregar dosresultados.

    Mesmo no havendo nenhum sinal de sucesso, a misso do cristo plantarsementes. Deus cuida do resto. A visita deve ser encerrada de forma breve e cordial. Muitas

    visitas que poderiam ser bem sucedidas so estragadas porque o visitante no sabe dizeradeus e partir.

    Anotando e avaliando as visitasNo se deve confiar na memria. Uma ficha deve ser utilizada para fazer anotaes a

    respeito da visita. O dicono deve checar os resultados para saber se ela foi ou no eficaz.Pode utilizar para isto um questionrio de avaliao com algumas perguntas, que seencontra no livro O Ministrio de Visitao, de John T. Sisemore. As perguntas so asseguintes:

    1. A durao da visita foi adequada?2. Fui ouvido com boa vontade?3. A minha abordagem foi eficaz?4. Apresentei minha proposta de forma inteligente?

    5. Fui convincente?6. Contei com o Esprito Santo?7. Atingi o meu objetivo?8. Serei bem-vindo se retornar brevemente?9. Quando devo retornar?10. Como posso fazer uma abordagem melhor?A visitao aos lares pode trazer ao dicono inmeras vantagens. Ele tem a

    oportunidade de realizar um ministrio individual, auxiliado em suas necessidadesespirituais, recebe ratificao e estmulo. A recompensa de ouvir: "Dicono, o senhor nempode imaginar como a sua visita me ajudou", faz com que todo o esforo valha a pena.

    Algumas Diretrizes Para as Primeiras Visitas

    1. V com uma atitude positiva sobre si mesmo e sua igreja.2. Use uma abordagem no ameaadora. Deixe clara a razo de sua visita.3. D direo e intencionalidade aos seus esforos de visitao. Decida de antemo o que

    voc quer conseguir em sua visita.

    4. Relacione-se com a pessoa onde ela est em sua prpria vida.5. Seja corts e positivo quando apropriado.6. Tome a iniciativa da conversao. Lembre-se, voc quem est visitando.7. Faa perguntas, mas no seja indiscreto.8. Apresente-se. Voc no precisa gastar todo o tempo promovendo sua igreja.9. Compartilhe o que significa pessoalmente para voc ser membro da sua igreja.10.Pergunte de que modo voc pode ajudar, especialmente se as pessoas que voc est

    visitando so novos na regio.11.Se h algum evento social programado pela igreja, no esquea de convidar as pessoas

    visitadas para participarem com voc. Voc pode se oferecer para busc-las e irem comvoc.

    12.Respeite o espao e o tempo das pessoas. Lembre-se, muitas pessoas no morrem devontade de ter visitas no convidadas.

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    Primeira Igreja Batista na PenhaDicono um lder em servio

    13.Pea 10 ou 15 minutos de tempo, e no estenda esse tempo, a no ser que a pessoainsista em sua permanncia. Entrar no lar de uma pessoa um privilgio e no umdireito. Planeje sua visita para ser breve.

    14.No confunda a pessoa com linguagem eclesistica. Seja natural.15.Faa as pessoas sentirem-se queridas, no necessrias.

    16.Deixe alguma informao com as pessoas que voc visita. No as canse com um pacotede informaes que elas podem ler sozinhas depois que voc for embora.

    17.Deixe as pessoas saberem de sua disponibilidade. Voc p