Curso de Engenharia p/ Concurso MPOG 2015

95
Aula 00 Engenharia p/ MPOG - Engenheiro - Área 4 (Cargo 19) Professor: Marcus Campiteli 00000000000 - DEMO

Transcript of Curso de Engenharia p/ Concurso MPOG 2015

1. Aula 00 Engenharia p/ MPOG - Engenheiro - rea 4 (Cargo 19) Professor: Marcus Campiteli 00000000000 - DEMO 2. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 1 AULA 0: FUNDAES SUMRIO PGINA APRESENTAO DO CURSO 1 CONSIDERAES PRELIMINARES 5 1. INTRODUO 5 2. FUNDAES SUPERFICIAIS 8 3. FUNDAO PROFUNDA 20 4. OUTRAS CONSIDERAES 73 5. QUESTES COMENTADAS 77 6. LISTA DE QUESTES APRESENTADAS NA AULA 82 7. GABARITO 93 Ol, Pessoal O Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto MPOG lanou edital que prev 50 cargos para engenheiros da rea 4, cujas matrias cobradas so da rea de engenharia civil. Sero corrigidas as provas discursivas de 424 candidatos classificados, conforme previsto no quadro do subitem 10.8.5.1.4 do edital. A prova est marcada para o dia 16 de agosto de 2015. Portanto, d tempo de se preparar, desde que de forma objetiva e focada. E esse o objetivo deste curso, ao apresentar a vocs a teoria das normas e livros de forma consolidada e amigvel, juntamente com mais de 300 questes do Cespe comentadas relativas aos assuntos tratados. 00000000000 00000000000 - DEMO 3. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 2 O curso que ofereo abranger as seguintes matrias do edital, com as respectivas datas das aulas: Aula Assunto Data 0 Fundaes Imediato 1 Questes de Fundaes Comentadas 22/6 2 Sondagens 29/6 3 Anlise Oramentria 6/7 4 Acompanhamento de Obras 13/7 5 Licitao de Obras Pblicas 20/7 6 Avaliao de Imveis 24/7 7 Percia 27/7 8 Patologias e Recuperao 31/7 9 Planejamento e Controle 3/8 10 Gesto da Qualidade 7/8 11 Acessibilidade 10/8 Agora, antes de apresentar a Aula 0, deixe eu me apresentar. Sou engenheiro civil formado pelo Instituto Militar de Engenharia - IME e trabalho como auditor de controle externo no Tribunal de Contas da Unio TCU. Fiz mestrado em engenharia civil na UnB e conclu com a dissertao: Medidas para Evitar o Superfaturamento em Obras Pblicas decorrente dos Jogos de Planilha. Na trajetria de concursos, aps a elaborao de resumos, resoluo de muitas questes do Cespe e estudo focado, obtive aprovao nos concursos de Perito da Polcia Federal em Engenharia Civil, em 2004, e Auditor Federal de Controle Externo do TCU na rea de obras pblicas, em 2005. Hoje trabalho neste ltimo. Trabalhei durante seis anos como engenheiro militar e estou no TCU desde 2005, sempre participando de auditorias em obras pblicas. 00000000000 00000000000 - DEMO 4. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 3 Na rea de aulas, ministrei cursos de engenharia civil, presenciais e distncia, para os concursos do TCU de 2009 e 2011, TCM/RJ de 2011, TCDF de 2012, TC-ES 2012, Cmara dos Deputados de 2012, CGU de 2012, Perito da Polcia Federal 2013, INPI 2013, CNJ 2013, DNIT 2013, CEF 2013, ANTT 2013, Bacen 2013, MPU 2013, TRT/15 2013, TRT/17 2013, TRF/3 2013, PF Adm 2014, Suframa 2014, CEF 2014, CBTU 2014, TJ-PA/2014, TCE-RS/2014, TRF1/2014, Anatel/2014, TCE-GO/2014, Pref. Florianpolis/2014, Petrobras/2014, TCM-GO/2014, CNMP/2015, CGE-PI/2015, TCE- CE/2015, TCM-SP/2015 e TRT-MG/2015. Agora que vocs me conheceram um pouco, retornemos ao nosso curso. Sabemos que a banca do Cespe cobra detalhes da bibliografia disponvel nos livros e internet acerca do abrangente campo da engenharia civil previsto no edital. Por isso, apresento a teoria dos assuntos de forma detalhada e com base primordial nas normas da ABNT, por serem a fonte mais confivel. Com isso, vocs j estaro habituados aos textos passveis de serem fontes das questes. Subsidiariamente recorro a livros consagrados de engenharia civil. Busco mesclar figuras e fotos didticas aos textos na busca de tornar a matria o mais amigvel possvel, de forma a facilitar ao mximo o entendimento das informaes truncadas das normas. O desafio do estudo dessa especialidade conseguir objetividade diante da sua vasta abrangncia. E pretendo alcanar esse objetivo neste curso por meio da apresentao das questes. Afinal, no temos tempo a perder. Primeiramente apresento a vocs a teoria e as questes do Cespe relacionadas aos contedos tericos, sem gabarito. Posteriormente, apresento as mesmas questes comentadas e, na 00000000000 00000000000 - DEMO 5. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 4 parte final, reapresento as questes tratadas na aula, com o gabarito na ltima folha, para que vocs possam treinar. Eventualmente trago questes de outras bancas para reforo dos assuntos. Em muitas das questes, os comentrios complementam a teoria trazendo mais informaes. Costumo destacar em negrito informaes que acho com cara de questo. Crticas e sugestes podero ser feitas no prprio sistema do Estrategia assim como encaminhadas ao seguinte endereo de e- mail: [email protected]. Estarei no frum de dvidas para respond-los. Espero que caia na prova somente o que vocs estudem !!! Bons estudos e boa sorte !!! Ento, vamos aula demonstrativa para que vocs possam conhecer melhor o que encontraro ao longo do curso: 00000000000 00000000000 - DEMO 6. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 5 FUNDAES Ol pessoal, esta aula de fundaes est focada na norma mais atualizada, que a NBR 6122/2010. Considero que o texto da norma o mais confivel para servir de base de estudo para uma prova do Cespe. Ainda mais porque ela bem atual, de 2010. O contedo complementado com livros consagrados na rea, em especial os livros Fundaes: Teoria e Prtica, da editora PINI, Tcnica de Edificar, do autor Walid Yazigi, e Exerccios de Fundaes, do autor Urbano Rodriguez Alonso. Demais fontes so mencionadas no texto. 1 - INTRODUO As fundaes so responsveis pela transmisso das cargas das edificaes, pontes, viadutos etc. ao solo, seja de forma direta, por fundaes superficiais, seja de forma indireta, por fundaes profundas. As fundaes superficiais, diretas ou rasas so representadas pelas sapatas, blocos, radier, sapatas associadas, vigas de fundao e sapatas corridas. J as fundaes profundas so representadas, basicamente, pelas estacas e tubules. 00000000000 00000000000 - DEMO 7. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 6 Fonte: As estacas podem ser divididas em estacas moldadas in loco e estacas pr-moldadas. As estacas moldadas in loco so representadas pelas estacas broca, Strauss, Franki, Raiz, Hlice Contnua entre outras, e as estacas pr-moldadas podem ser de concreto, metlicas ou de madeira. Os tubules dividem-se, basicamente, entre os tubules a cu aberto e os tubules a ar comprimido. Mas antes de estudarmos os diferentes tipos de fundaes, vamos ver alguns conceitos importantes para o entendimento da teoria e que so cobrados em questes de concurso. 1) (105 Cmara dos Deputados/2013) As fundaes so convencionalmente classificadas em dois grandes grupos: fundaes superficiais, tambm denominadas diretas, e fundaes profundas. 00000000000 00000000000 - DEMO 8. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 7 1.1 CONCEITOS a) Recalque Movimento vertical descendente de um elemento estrutural. Quando o movimento for ascendente, denomina-se levantamento. Convenciona-se representar o recalque com o sinal positivo. b) Recalque diferencial especfico Relao entre as diferenas dos recalques de dois apoios e a distncia entre eles. c) Cota de arrasamento Nvel em que deve ser deixado o topo da estaca ou tubulo, demolindo-se o excesso ou completando-o, se for o caso. Deve ser definido de modo a deixar que a estaca e sua armadura penetrem no bloco com um comprimento que garanta a transferncia de esforos do bloco estaca. d) Nega A nega corresponde penetrao permanente de uma estaca, causada pela aplicao de um golpe do pilo. Em geral medida por uma srie de dez golpes. Ao ser fixada ou fornecida, deve ser sempre acompanhada do peso do pilo e da altura de queda ou da energia de cravao (martelos automticos). Pode-se dizer que a nega uma medida indireta e dinmica da capacidade de carga da estaca. 00000000000 00000000000 - DEMO 9. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 8 2) (47 TRE-MT/2005) Com relao s estacas de fundao de obras prediais, entende-se por nega A) a penetrao permanente de uma estaca, causada pela aplicao de um golpe do pilo. B) a parcela elstica do deslocamento mximo de uma seo da estaca, decorrente da aplicao de um golpe do pilo. C) um tipo de fundao profunda executada por perfurao com auxlio de um soquete. D) o movimento vertical descendente da estaca sob a ao de carga esttica. E) a parte alargada da base de um tubulo. e) Repique O repique corresponde parcela elstica do deslocamento mximo de uma seo da estaca, decorrente da aplicao de um golpe do pilo. Tambm pode-se dizer que o repique uma medida indireta e dinmica da capacidade de carga da estaca, contudo pelo deslocamento elstico do topo da estaca. 3) (103 TRT-17/2009) O repique a parcela elstica do deslocamento mximo de uma seo da estaca, decorrente da aplicao de um golpe do pilo. 2 - FUNDAES SUPERFICIAIS As fundaes superficiais so elementos cuja carga transmitida ao terreno, predominantemente pelas presses distribudas sob a base da fundao, e em que a profundidade de 00000000000 00000000000 - DEMO 10. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 9 assentamento em relao ao terreno adjacente inferior a duas vezes a menor dimenso da fundao. A base da fundao deve ser assente a uma profundidade tal que garanta que o solo de apoio no seja influenciado pelos agentes salvo quando a fundao for assente sobre rocha, tal profundidade no deve ser inferior a 1,5 m. Em planta, as sapatas ou os blocos no devem ter dimenso inferior a 60 cm. Todas as partes da fundao superficial em contato com o solo (sapatas, vigas de equilbrio etc.) devem ser concretadas sobre um lastro de concreto no estrutural com no mnimo 5 cm de espessura, a ser lanado sobre toda a superfcie de contato solo-fundao. No caso de rocha, esse lastro deve servir para regularizao da superfcie e, portanto, pode ter espessura varivel, devendo ser observado um mnimo de 5 cm. 2.1 Sapata As sapatas so elementos de fundao executados em concreto armado, de altura reduzida em relao s dimenses da base, que se caracterizam principalmente por trabalhar flexo e dimensionados de modo que as tenses de trao neles produzidas no sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego da armadura. Elas so indicadas para solos com alta capacidade de suporte e costumam ser mais econmicas que outros tipos de fundao. 00000000000 00000000000 - DEMO 11. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 10 Apresento a vocs as figuras a seguir para melhor compreenso das informaes apresentadas. A primeira figura em corte apresenta tanto a armadura vertical do pilar quanto a horizontal na parte inferior da sapata. Esta armadura horizontal que responsvel por suportar as tenses de trao. Fonte: 00000000000 00000000000 - DEMO 12. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 11 Fonte: 2.1.1 Execuo a) Escavao das Cavas Na escavao em solo, caso se utilizem equipamentos mecnicos, a profundidade de escavao deve ser paralisada no mnimo a 30 cm acima da cota de assentamento prevista, sendo a parcela final removida manualmente. b) Preparao para a Concretagem Antes da concretagem o solo ou rocha de apoio das sapatas deve ser vistoriado pelo engenheiro, que confirmar in loco a capacidade de suporte do material. Esta inspeo pode ser feita com penetrmetro de barra manual ou outros ensaios expeditos de campo. Caso haja necessidade de aprofundar a cava da sapata, pode-se 10 MPa) ou aumentar o comprimento do pilar. Nesse caso deve-se consultar o projetista estrutural. 00000000000 00000000000 - DEMO 13. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 12 O preenchimento com concreto deve ocupar todo o fundo da cava e no s a rea de projeo da sapata. 4) (54 PF Nacional/2004) - Em solo de baixa resistncia nas primeiras camadas, deve-se usar sapata do tipo isolada rgida de concreto armado para a fundao. 5) (96 ANATEL/2006) Nas sapatas isoladas, a transmisso das cargas feita por meio da base do elemento estrutural da fundao, sendo desprezada qualquer outra forma de transmisso das cargas. 6) (83 MPE-AM/2008) Em construes trreas ou com cargas relativamente baixas, para se transmitirem as cargas distribudas ao terreno, recomenda-se a utilizao de sapata do tipo isolada simples, ou armada. 7) (83 PF Adm/2014 CESPE) Antes da concretagem de uma sapata isolada de concreto armado, deve ser lanado, sobre toda a superfcie de contato solo-fundao, um lastro de concreto no estrutural, com no mnimo 5 cm de espessura. 2.2 Bloco Os blocos so elementos de grande rigidez executados com concreto simples ou ciclpicos, dimensionados de modo que as tenses de trao nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura. Pode ter suas faces verticais, inclinadas ou escalonadas e apresentar normalmente em planta seo quadrada ou retangular. 00000000000 00000000000 - DEMO 14. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 13 No confundir blocos de fundao com blocos de coroamento ou de capeamento, os quais so construdos sobre estacas ou tubules, e so armados de modo a transmitir a carga dos pilares para as estacas ou os tubules. 00000000000 00000000000 - DEMO 15. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 14 8) (97 MPE-TO/2006) Blocos so elementos de fundao superficial de concreto que podem dispensar o emprego de armadura. 2.3 Radier Elemento de fundao superficial que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos distribudos (por exemplo: tanques, depsitos, silos, etc.). 9) (21-5 PF/2002) Na possibilidade de utilizao de fundao direta em solo compressvel, a fundao em radier pode ser mais vantajosa que a em sapatas individuais, por minimizar os efeitos de recalques diferenciais entre elementos de fundao. 10) (102 TRT-17/2009) O radier um tipo de bloco de ao que liga os pilares da construo a estacas individuais, que podem ser de concreto ou de ao. 11) (98 MPE-TO/2006) Radier uma fundao profunda que utiliza a estaca-raiz como componente principal. 00000000000 00000000000 - DEMO 16. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 15 12) (101 Cmara dos Deputados/2012) Os principais tipos de fundaes profundas incluem as estacas, os radiers e os tubules. 2.4 - Sapata associada (ou radier parcial) Sapata comum a vrios pilares, cujos centros, em planta, no estejam situados em um mesmo alinhamento. 13) (75 SEGER-ES/2011 - CESPE) A sapata associada comum a vrios pilares cujos centros, em planta, no estejam situados em um mesmo alinhamento. 2.5 - Viga de fundao Elemento de fundao superficial comum a vrios pilares, cujos centros, em planta, estejam situados no mesmo alinhamento. 00000000000 00000000000 - DEMO 17. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 16 2.6 - Sapata corrida Sapata sujeita ao de uma carga distribuda linearmente. Fonte: Fonte: 2.7 Outras Consideraes sobre Sapatas De acordo com o livro Exerccios de Fundaes, do autor Urbano Alonso Rodriguez, as fundaes rasas s so vantajosas quando a rea ocupada pela fundao abranger, no mximo, de 50% a 70% da rea disponvel. E de uma maneira geral, esse tipo de fundao no deve ser usada nos seguintes casos: - aterro mal compactado; 00000000000 00000000000 - DEMO 18. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 17 - argila mole; - areia fofa e muito fofa; - existncia de gua onde o rebaixamento do lenol fretico no se justifica economicamente. Relembrando, quando a sapata suporta apenas um pilar diz-se que ela uma sapata isolada. Caso o pilar seja de divisa (fronteira com o terreno vizinho), a sapata chamada de divisa. Quando a sapata suporta dois ou mais pilares, cujos centros, em planta, estejam alinhados, denominada viga de fundao. Quando a sapara comum a vrios pilares, cujos centros, em planta, no estejam alinhados denominada sapata associada ou radier parcial De acordo com o mesmo livro, para se obter um projeto econmico, deve ser feito o maior nmero possvel de sapatas isoladas. S no caso em que a proximidade entre dois ou mais pilares resultem na sobreposio das sapatas isoladas deve-se lanar mo de uma sapara associada ou de uma viga de fundao. A viga que une os dois pilares, de modo a permitir que a sapata trabalhe com tenso constante, denomina-se viga de rigidez. Em regra, o condicionamento econmico da sapata associada est diretamente ligado obteno de uma viga de rigidez econmica. Para tanto, deve-se buscar que os momentos negativos desta viga sejam aproximadamente iguais ao momento positivo, em mdulo. Nos casos de pilares de divisa ou prximos a obstculos onde no seja possvel fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, pode-se adotar uma viga de equilbrio ou viga-alavanca ligada a outro pilar, criando-se uma 00000000000 00000000000 - DEMO 19. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 18 estrutura capaz de absorver o momento resultante da excentricidade decorrente do fato de o pilar ficar excntrico com a sapata. 2.7.1 Viga de equilbrio Elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e dimensionado de modo a transmiti-las centradas s fundaes. Da utilizao de viga de equilbrio resultam cargas nas fundaes, diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes. 00000000000 00000000000 - DEMO 20. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 19 Notas: 00000000000 00000000000 - DEMO 21. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 20 a) Quando ocorre uma reduo da carga, a fundao deve ser dimensionada, considerando-se apenas 50% desta reduo. b) Quando da soma dos alvios totais puder resultar trao na fundao do pilar interno, o projeto de fundao deve ser reestudado. Segue questo do Cespe para complementao e/ou reforo do assunto: 14) (44 - INPI/2006) As fundaes so parte fundamental da estrutura das edificaes. A respeito das caractersticas e do uso dos diferentes modelos de fundaes, assinale a opo correta. A) As sapatas so utilizadas quando o solo apresenta alta resistncia, no havendo restrio ao seu emprego com cargas elevadas. B) O bloco um elemento de fundao de concreto armado que utiliza armadura para resistir a esforos de trao. C) A viga de fundao um elemento que recebe pilares alinhados, construda sempre de concreto armado. D) Na fundao de tipo superficial, a carga transmitida ao terreno atravs de sua base e(ou) superfcie lateral. E) A fundao profunda transmite a carga do edifcio ao terreno por meio da distribuio das presses sob a base da fundao. 3 FUNDAO PROFUNDA Elemento de fundao que transmite a carga ao terreno pela base (resistncia de ponta), por sua superfcie lateral (resistncia de fuste) ou por uma combinao das duas, e que est assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimenso em planta, 00000000000 00000000000 - DEMO 22. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 21 e no mnimo 3 m, salvo justificativa. Neste tipo de fundao incluem-se as estacas, os tubules e os caixes. Fonte: < www.leonardi.com.br> obrigatrio o uso de lastro de concreto magro com espessura no inferior a 5 cm para a execuo do bloco de coroamento de estaca ou tubulo. 15) (104 Cmara dos Deputados/2013) A capacidade de carga de estacas isoladas definida por meio das tenses normais geradas ao nvel de sua ponta, desprezado o atrito lateral. 3.1 Estaca Elemento de fundao profunda executado inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execuo, haja descida de operrio. Os materiais empregados podem ser: madeira, ao, concreto pr-moldado, concreto moldado in loco ou mistos. 00000000000 00000000000 - DEMO 23. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 22 A estaca mista um tipo de fundao profunda constituda de dois (e no mais do que dois) elementos de materiais diferentes (madeira, ao, concreto pr-moldado e concreto moldado in loco). A estaca mista deve satisfazer aos requisitos correspondentes aos dois tipos de materiais associados, conforme considerados anteriormente em estacas de um nico elemento estrutural. Segue questo do Cespe para complementao e/ou reforo do assunto: 16) (80 CODEBA/2006) A capacidade de carga de uma estaca determinada exclusivamente pela resistncia a compresso do solo de suporte. 3.1.1) Estacas moldadas in loco As estacas moldadas in loco so executadas enchendo-se de concreto ou argamassa perfuraes previamente executadas no terreno, atravs de escavaes ou de deslocamento do solo pela cravao de soquete ou de tubo de ponta fechada. O deslocamento do solo quando no h retirada de material da perfurao. Estas perfuraes, quando escoradas, podem ter suas paredes suportadas por revestimento a ser recuperado ou a ser perdido, ou por lama tixotrpica (lama bentontica). a) Estaca Raiz Estaca armada e preenchida com argamassa de cimento e areia, moldada in loco, executada atravs de perfurao rotativa ou 00000000000 00000000000 - DEMO 24. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 23 roto-percussiva, revestida integralmente, no trecho em solo, por um conjunto de tubos metlicos recuperveis. A estaca raiz armada em todo seu comprimento. Elas possuem dimetro nominal entre 150 mm a 500 mm. A perfurao em solo executada por meio de perfuratriz rotativa ou roto-percussiva que desce o revestimento atravs de rotao com o uso de circulao direta de gua injetada no seu interior. Fonte: Quando ocorrerem solos muito duros ou muito compactos, pode-se executar pr-perfurao avanada por dentro do revestimento. Ao se encontrar mataces ou topo de rocha, a perfurao prosseguida por dentro do revestimento mediante emprego de 00000000000 00000000000 - DEMO 25. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 24 equipamento adequado para perfurao de rocha. Esta operao, necessria para atravessar o mataco ou embutir a estaca na rocha, causa, usualmente, uma diminuio do dimetro da estaca que deve ser considerada no dimensionamento. Aps o trmino da perfurao e antes do incio do lanamento da argamassa, se limpa internamente o furo atravs da utilizao da composio de lavagem e, posteriormente, procede-se descida da armadura, montada em feixe ou em gaiola, que apoiada no fundo do furo. O furo preenchido com argamassa mediante bomba de injeo, atravs de um tubo descido at a ponta da estaca. O preenchimento feito de baixo para cima at a expulso de toda gua de circulao contida no interior do revestimento. Aps o preenchimento do furo, inicia-se a extrao do revestimento. Periodicamente, coloca-se a cabea de injeo no topo do revestimento e aplica-se presso que pode ser de ar comprimido ou atravs da bomba de injeo de argamassa. Aps a aplicao da presso e retirada dos tubos de revestimento, o nvel da argamassa completado. A utilizao de lama estabilizante pode afetar a aderncia entre a estaca e o solo. Normalmente uma lavagem com gua pura suficiente para eliminar esse inconveniente. No se deve executar estacas com espaamento inferior a 5 dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se estaca de maior dimetro. 00000000000 00000000000 - DEMO 26. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 25 A argamassa a ser utilizada deve ter fck > 20 MPa e deve satisfazer as seguintes exigncias: a) consumo de cimento 600 kg/m3 ; b) fator gua/cimento entre 0,5 e 0,6; c) agregado: areia e/ou pedrisco. 17) (27-E CGU/2008 ESAF) No caso do emprego de estacas raiz, as armaes de estacas menores que 160 mm no possuem estribos. 18) (85 ANA/2006 - CESPE) As estacas do tipo raiz so cravadas e constitudas de perfis metlicos soldados. 19) (54 TRT-9/2007 - CESPE) A estaca raiz caracterizada por estaca pr-moldada de concreto, com cravao vertical ou inclinada. 20) (54 Petrobras/2008 - CESPE) A utilizao de estacas em fundaes de edifcios prtica usual, devido grande diversidade de situaes onde as mesmas podem ser empregadas. Cada tipo de estaca tem caractersticas prprias, requer processos e tratamentos especficos. Com relao a estacas, assinale a opo correta. A) Nas estacas do tipo raiz, a perfurao pode ser executada por processo rotativo ou rotopercusso. B) Estacas de ao no necessitam de tratamento especial contra corroso. C) Brocas de concreto so estacas pr-fabricadas com armadura de ao para permitir cravao por percusso. 00000000000 00000000000 - DEMO 27. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 26 D) Estacas Strauss so executadas com a cravao de perfis metlicos com seo I. E) Os tubules no devem receber revestimento, sendo escavados no terreno de fundao. 21) (72 TCE-AC/2009 - CESPE) A respeito da estaca do tipo raiz, utilizada para a execuo de fundaes, assinale a opo correta. A) Para garantir o atrito lateral, no recomendado o revestimento do trecho em solo dessa estaca. B) Para a execuo da estaca em solo, emprega-se equipamento para perfurao rotativa ou rotopercussiva. C) A broca de trs asas ou tricone utilizada para a perfurao de rocha durante a execuo da estaca. D) Como a estaca raiz calculada para trabalhar comprimida, no preciso armadura em ao para esse tipo de fundao. E) O lanamento do concreto na estaca feito com um funil metlico cujo tubo deve ficar imediatamente abaixo do nvel do solo. b) Estaca escavada com injeo ou Microestaca A microestaca uma estaca moldada in loco, executada atravs de perfurao rotativa com tubos metlicos (revestimento) ou roto- percussiva por dentro dos tubos, no caso de mataco ou rocha. Esta estaca armada e injetada, com calda de cimento ou argamassa, aumentar a resistncia do atrito lateral. Este tipo de estaca comporta duas variantes com relao armadura: na primeira delas introduz-se um tubo metlico com 00000000000 00000000000 - DEMO 28. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 27 funo estrutural, dotado de manchetes para a injeo e na segunda a armadura constituda de barras (ou gaiola) e a injeo feita atravs de um tubo plstico tambm dotado de manchetes. A perfurao em solo executada por meio de perfuratriz rotativa que desce o revestimento atravs de rotao com o uso de circulao direta de gua injetada no seu interior. Quando ocorrerem solos muito duros ou muito compactos, pode-se executar pr- perfurao avanada por dentro do revestimento. Ao se alcanar mataco ou topo rochoso, a perfurao prosseguida por dentro do revestimento mediante emprego de martelo de fundo ou sonda rotativa. Esta operao, necessria para atravessar o mataco ou embutir a estaca na rocha causa, usualmente, uma diminuio do dimetro da estaca que deve ser considerada no dimensionamento. Antes da colocao da armadura se limpa internamente o furo atravs de lavagem. Posteriormente descida a armadura constituda de tubo metlico manchetado ou gaiola que apoiada no fundo do furo. Quando em gaiola, as barras so montadas com um tubo de PVC manchetado. As bainhas devero ser espaadas no mximo 1 m. A calda de cimento aplicada por meio de bomba de injeo, atravs de hastes dotadas de obturadores duplos. A primeira injeo, chamada injeo da bainha ou preenchimento, deve ser feita a partir da extremidade inferior do tubo e deve preencher o espao anelar entre o tubo e o furo. O revestimento retirado aps a injeo da bainha. 00000000000 00000000000 - DEMO 29. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 28 As injees posteriores (primria, secundria, etc.) so feitas de baixo para cima em cada manchete, verificando-se os volumes, as presses e critrios de injeo previstos em projeto. No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5 dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se estaca de maior dimetro. A argamassa a ser utilizada ter fck > 20 MPa e deve satisfazer as seguintes exigncias: a) consumo de cimento no inferior a 600 kg/m3; b) fator gua I cimento entre 0,5 e 0,6; e c) agregado: areia e pedrisco. c) Estaca tipo broca Tipo de fundao profunda executada por perfurao com trado manual e posterior concretagem, sempre acima do lenol fretico, ou seja, uma estaca escavada mecanicamente (sem emprego de revestimento ou de fluido estabilizante). Recomenda-se para as estacas tipo broca um dimetro mnimo de 20 cm e mximo de 50 cm. Estas estacas so indicadas para pequenas cargas (da ordem de 50 a 100 kN). O concreto deve ser lanado do topo da perfurao com o auxlio de funil, devendo apresentar , consumo de cimento > 300 kg/m3 e consistncia plstica. 00000000000 00000000000 - DEMO 30. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 29 Em geral, estas estacas no so armadas, utilizando-se somente ferros de ligao com o bloco. Quando necessrio, a estaca pode ser armada para resistir aos esforos da estrutura. A perfurao manual restringe a utilizao destas estacas a pequenas cargas pela pouca profundidade que se consegue alcanar (da ordem de 6 a 8 m) e tambm pela no garantia de verticalidade do furo. Fonte: Pode-se tambm executar a perfurao com o emprego de soquete. Nesse caso, a estaca broca ser do tipo estaca apiloada. 22) (82 ANA/2006) A estaca do tipo broca executada com trado manual ou mecnico, sem uso de revestimento. 23) (37 TRE-MA/2005) So diversos os tipos de elementos de fundao que podem ser utilizados em obras civis. Entre 00000000000 00000000000 - DEMO 31. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 30 tais elementos, a estaca apiloada um tipo de fundao profunda executada A) por perfurao com emprego de soquete. B) por perfurao por meio de balde sonda, com uso parcial ou total de revestimento recupervel e posterior concretagem. C) por escavao mecnica, com uso ou no de lama bentontica, com revestimento parcial ou total e posteriormente concretada. D) com base alargada obtida introduzindo-se certa quantidade de concreto por meio de golpes de pilo. E) por meio de trado contnuo e injeo de concreto pela prpria haste do trado. d) Estaca tipo Strauss uma estaca de concreto moldada in loco, executada atravs da escavao, mediante emprego de uma sonda (piteira), com a simultnea introduo de revestimento metlico em segmentos rosqueados, at que se atinja a profundidade projetada. O processo consiste na retirada de terra com sonda ou piteira e a simultnea introduo de tubos metlicos rosqueveis entre si, at atingir a profundidade desejada e o posterior lanamento do concreto e a retirada gradativa do revestimento e o simultneo apiloamento do concreto. O revestimento integral assegura a estabilidade da perfurao e garante as condies para que no ocorra a mistura do concreto com o solo ou o estrangulamento do fuste da estaca. Este tipo de estaca no deve ser utilizado em areias submersas ou em argilas muito moles saturadas. 00000000000 00000000000 - DEMO 32. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 31 Apresenta capacidade de carga menor que as estacas Franki e pr-moldadas de concreto, assim como limitao quanto presena de lenol fretico. Elas abrangem uma faixa de carga da ordem de 200 a 800 kN. A estaca Strauss indicada para locais confinados devido ao equipamento ser pequeno e leve, e provoca pouca vibrao. Quando executadas uma ao lado da outra (estacas justapostas), podem servir de cortina de conteno para a execuo de subsolos (desde que devidamente armadas). A perfurao iniciada com um soquete, at uma profundidade de 1 m a 2 m. O furo feito com o soquete serve de guia para introduo do primeiro tubo de revestimento, dentado na soquete substitudo pela sonda (piteira), a qual, por golpes sucessivos, vai re vai sendo introduzida no terreno. Quando a coroa estiver toda cravada, rosqueado o tubo seguinte, e assim por diante, at que se atinja a profundidade prevista para a perfurao ou as condies previstas para o terreno. Imediatamente antes da concretagem, deve ser feita a limpeza completa do fundo da perfurao, com total remoo da lama e da gua eventualmente acumuladas durante a perfurao. 00000000000 00000000000 - DEMO 33. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 32 Fonte: Fonte: Caso as caractersticas do terreno permitam, o revestimento com o tubo pode ser parcial. Recomenda-se que as estacas Strauss tenham o seu dimetro limitado a 500 mm. Com o furo completamente esgotado e limpo, lanado o concreto em quantidade suficiente para se ter uma coluna de aproximadamente 1 m (ponta da estaca). Sem puxar a linha de tubos de revestimento, apiloa-se o concreto, para formar uma espcie de bulbo. Para a execuo do fuste, o concreto lanado dentro da linha de tubos e, medida que apiloado, vo sendo retirados os tubos com o emprego do guincho manual. Para garantia de continuidade do fuste, deve ser mantida dentro da linha de tubos, durante o apiloamento, uma coluna de concreto suficiente para que este ocupe todo o espao perfurado e eventuais vazios e deformaes no subsolo. O pilo no deve ter oportunidade de entrar em contato com o solo da parede ou base da estaca, para no provocar desabamento ou mistura de solo com o concreto; este cuidado deve ser reforado no trecho eventualmente no revestido.00000000000 00000000000 - DEMO 34. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 33 Fonte: < www.fxsondagens.com.br> O concreto utilizado deve apresentar fck Mpa, consumo de cimento 300 kg/m3 e abatimento ou slump test entre 8 e 12 cm para estacas no armadas e de 12 a 14 cm para estacas armadas. Caso ao final da perfurao exista gua no fundo do furo que no possa ser retirada pela sonda, deve-se lanar um volume de concreto seco para obturar o furo. Neste caso, deve-se desprezar a contribuio da ponta da estaca na sua capacidade de carga. No caso das estacas no sujeitas a trao ou a flexo, a armadura apenas de arranque sem funo estrutural e as barras de ao podem ser posicionadas no concreto, uma a uma, sem estribos, imediatamente aps a concretagem, deixando-se para fora a espera prevista em projeto. 00000000000 00000000000 - DEMO 35. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 34 Para estacas armadas, a gaiola de armadura deve ser introduzida no revestimento antes da concretagem. Neste caso o soquete deve ter dimetro menor que o da armadura. Nas estacas dimensionadas para suportar trao ou flexo, o projeto da armadura deve obedecer aos seguintes critrios: a) o dimetro mnimo para execuo de estacas armadas de 32 cm; b) os estribos devem ter espaamento entre 15 e 30 cm. No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5 dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se estaca de maior dimetro. Pelo menos 1% das estacas, e no mnimo uma por obra, dever ser exposta abaixo da cota de arrasamento e, se possvel, at o nvel d'gua, para verificao da sua integridade e qualidade do fuste. 24) (46 MPU/2004 - ESAF) As fundaes indiretas do tipo estacas possuem caractersticas prprias, apresentando vantagens e desvantagens, o que nos permite optar por uma ou outra soluo para a construo de edifcios, de acordo com cada caso. Considerando-se a estaca do tipo Strauss, correto afirmar que: a) sua maior vantagem a viabilidade de execuo em terrenos alagados, tornando-se barata e eficiente para este caso. b) sua maior desvantagem a vibrao que pode vir a causar danos aos terrenos e edifcios vizinhos. 00000000000 00000000000 - DEMO 36. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 35 c) sua principal desvantagem a necessidade de macaco hidrulico para a cravao. d) no recomendado o seu uso abaixo do nvel de gua, principalmente se o solo for arenoso. e) executada com o uso de lama bentontica, sendo indicada somente para cargas elevadas em terrenos argilosos. e) Estaca tipo Franki Estaca moldada in loco executada pela cravao, por meio de sucessivos golpes de um pilo, de um tubo de ponta fechada por uma bucha seca constituda de pedra e areia previamente firmada na extremidade inferior do tubo por atrito. Esta estaca possui base alargada e integralmente armada. Atingida a cota de apoio, procede-se expulso da bucha, execuo de base alargada, instalao da armadura e execuo do fuste de concreto apiloado com a simultnea retirada do revestimento. A execuo da estaca pode apresentar alternativas executivas em relao aos procedimentos da estaca padro como, por exemplo: - moldado; fuste encamisado com tubo metlico perdido; fuste executado com concreto plstico vibrado ou sem execuo de base alargada. A cravao do tubo executada por meio de golpes do pilo na bucha seca que adere ao tubo por atrito at a obteno da nega. As negas de cravao do tubo devem ser obtidas de duas maneiras em todas as estacas: 00000000000 00000000000 - DEMO 37. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 36 a) para 10 golpes de 1,0 m de altura de queda do pilo; e b) para 1 golpe de 5,0 m de altura de queda do pilo. O seu processo executivo (cravao de um tubo com a ponta fechada e execuo de base alargada) causa muita vibrao. Atingida a cota de projeto e obtida a nega especificada, se expulsa a bucha atravs de golpes do pilo com o tubo preso torre. A seguir introduz-se um volume de concreto seco (fator gua/cimento = 0.18) formando assim a base. Na confeco da base necessrio que os ltimos 0,15 m3 sejam introduzidos com uma energia mnima de 2,5 MN x m para as estacas com dimetro igual ou inferior a 450 mm e de 5,0 MN x m para estacas com dimetro de 450 mm at 600 mm. Para as estacas com dimetros de 700 mm os ltimos 0,25 m3 devem ser introduzidos com uma energia mnima de 9,0 MN x m. Em caso de volume diferente, a energia deve ser proporcional ao volume. A energia obtida pelo produto do peso do pilo pela altura de queda e pelo nmero de golpes. Ao final da execuo da base, coloca-se a armadura que deve ser nela ancorada. A armadura integral, pois faz parte do processo executivo da estaca e tambm fundamental para permitir o controle executivo. constituda de no mnimo quatro barras de ao CA-50. A extremidade inferior da ferragem feita com ao CA-25 (em forma de cruzeta) soldada armadura principal. 00000000000 00000000000 - DEMO 38. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 37 A concretagem do fuste feita lanando-se sucessivas camadas de pequeno volume de concreto seco (fator gua/cimento = 0.36) com apiloamento e simultnea retirada do tubo. No caso de fuste vibrado o fator a/c dever ser adequado a essa metodologia executiva. Nesta operao deve-se garantir uma altura mnima de concreto dentro do tubo. A concretagem deve ser feita at pelo menos 0,30m acima da cota de arrasamento. Dever ser controlado o encurtamento da armadura durante a execuo do fuste. No caso de execuo de uma estaca tipo Franki necessrio que todas as demais estacas situadas em um crculo igual a seis vezes o dimetro da estaca estejam cravadas e concretadas h pelo menos 12 horas. Quando se deseja eliminar o risco de levantamento das estacas vizinhas ou minimizar os efeitos de vibrao, deve-se empregar metodologia executiva apropriada, como pr- de alvio. Pelo menos 1% das estacas, e no mnimo uma por obra, dever ser exposta abaixo da cota de arrasamento e, se possvel, at o nvel d'gua, para verificao da sua integridade e qualidade do fuste. O consumo mnimo de cimento de 350 kg/m3 e o fck do 00000000000 00000000000 - DEMO 39. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 38 A faixa de carga dessas estacas de 550 a 1.700 kN. No se recomendam essas estacas nos seguintes casos: - terrenos com mataces; - locais com construes vizinhas precrias; - terrenos com camadas de argila mole saturada (problema de estrangulamento de fuste). Neste ltimo caso, um possvel recurso reforar a prpria argila mole como uso de areia, cravando-se o tubo, que a seguir cheio de areia e arrancando o mesmo. A seguir, recrava-se o tubo (com a bucha refeita). A adio de areia na argila mole pode ser feita mais de uma vez. Outro recurso possvel a concretagem em argilas moles, que consiste em preencher totalmente o tubo de concreto plstico e, a seguir, remov-lo com auxlio de martelo vibratrio (estacas com fuste vibrado). Ao contrrio das estacas pr-moldadas, essas estacas so recomendadas para o caso de a camada resistente encontrar-se a profundidades variveis. No caso de terrenos com pedregulhos ou pequenos mataces relativamente dispersos, pode-se utilizar esse tipo de estacas. 00000000000 00000000000 - DEMO 40. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 39 25) (27-A CGU/2008 ESAF) A execuo da estaca franki realizada pela cravao dinmica de um tubo com bucha composta de areia e pedra. 26) (84 ANA/2006) As estacas do tipo Franki so construdas enchendo-se de concreto perfuraes previamente executadas no terreno por meio da cravao de tubo de ponta fechada, que recuperado aps a execuo da estaca. 27) (22-3 PF/2002) As estacas do tipo Franki so indicadas no caso de terrenos de fundao arenosos, compactos, como forma de minimizar os efeitos das vibraes do terreno sobre 00000000000 00000000000 - DEMO 41. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 40 construes vizinhas, antigas ou em mau estado de conservao, durante o processo de execuo da fundao. 28) (55 PF Adm/2014 CESPE) De acordo com a NBR 6118, em edifcios residenciais de at cinco pavimentos, deve- se utilizar concreto simples para a execuo de blocos de coroamento sobre as estacas de tipo Franki. f) Estaca Hlice As estacas hlice podem ser do tipo contnua monitorada ou do tipo de deslocamento monitorada. f.1) Estaca Hlice Contnua Monitorada Estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introduo no terreno, por rotao, de um trado helicoidal contnuo. A injeo de concreto feita pela haste central do trado simultaneamente sua retirada. A armadura sempre colocada aps a concretagem da estaca. O concreto bombeado pelo interior da haste com sua simultnea retirada. A ponta da haste fechada por uma tampa para evitar entrada de gua ou contaminao do concreto pelo solo. Esta tampa aberta pelo peso do concreto no incio da concretagem. A retirada da hlice necessita ser puxada por um guindaste na ponta do equipamento, uma vez que a presso do concreto no suficiente para a remoo. Se a concretagem da estaca for feita com o trado girando, este deve girar no sentido da perfurao. 00000000000 00000000000 - DEMO 42. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 41 O concreto utilizado deve apresentar resistncia caracterstica fck de 20 Mpa, ser bombevel, com abatimento de 22 3 cm, e composto de cimento, areia e pedrisco, com consumo mnimo de cimento de 400 kg/m3 , 0,6, e % de . A colocao da armadura, em forma de gaiola deve ser feita imediatamente aps a concretagem. Sua descida pode ser auxiliada por peso ou vibrador. A armadura deve ser enrijecida para facilitar a sua colocao. No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5 dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se estaca de maior dimetro. Fonte: 00000000000 00000000000 - DEMO 43. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 42 Fonte: Essas estacas so indicadas para reas urbanas, por no ocasionar vibraes e rudos exagerados. So utilizadas tambm cm pr-escavaes para introduo de perfis metlicos, caso no se deseje uma estaca moldada in loco. O que mais caracteriza o sistema a alta produtividade e o nmero reduzido de pessoas para a execuo das estacas. A estaca pode ser executada com inclinao de at 14. O torque e o arranque do equipamento do trado helicoidal variam de acordo com o dimetro e comprimento da estaca. No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5 dimetros (estaca de maior dimetro) em intervalo inferior a 12 h. 00000000000 00000000000 - DEMO 44. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 43 Isso porque a concretagem feita sob presso e o concreto tem abatimento alto, o que pode provocar ruptura do solo entre elas. Pelo menos 1% das estacas, ou no mnimo uma, deve ser exposta abaixo da cota de arrasamento e, se possvel, at o nvel Quando s existem foras de compresso que aplicam a tenso mxima na estaca de 5 MPa, costuma-se dispensar a armadura. 29) (60 TCE-TO Cespe) Diversos so os tipos de elementos de fundaes profundas. Assinale a opo que apresenta a definio correta de estaca do tipo hlice- contnua. A) Estaca metlica com formato de hlice que instalada no terreno por meio de torque aplicado por equipamento de grande porte. B) Estaca moldada no terreno por meio de mistura de calda de cimento e solo local, executada por equipamento de grande porte, capaz de injetar a calda sobre presso atravs de tubo de ao perfurado ao longo do seu comprimento, em forma de hlice, e capaz de revolver o solo ao seu redor. C) Estaca em forma de hlice que inserida no terreno por percusso associada a jateamento de gua pela sua ponta at que esta atinja a cota estabelecida no projeto. D) Estaca de concreto moldada in loco, executada por meio de trado contnuo helicoidal e injeo de concreto sob presso 00000000000 00000000000 - DEMO 45. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 44 controlada atravs da haste central do trado simultaneamente sua retirada do terreno. E) Estaca pr-moldada de concreto com topo em forma helicoidal, que inicialmente cravada no terreno at que se atinja o trecho helicoidal, a partir de onde o processo de instalao passa a ser por rotao do conjunto. 30) (78 CODEBA/2006) A execuo de estaca escavada a hlice contnua exige a presena de lenol fretico. 31) (55 TRT-9/2007) Na execuo de estaca do tipo hlice contnua, a armadura helicoidal introduzida no concreto ainda fresco, com o auxlio de mquina de torque. 32) (84 PF Adm/2014 CESPE) As estacas do tipo hlice contnua so indicadas para solos que contm mataces; a perfurao pode ser executada por processo rotativo ou rotopercusso, com a possibilidade de atingir grandes profundidades (at 50 m). f.2) Estaca Hlice de Deslocamento Monitorada uma estaca de deslocamento, de concreto moldado in loco, mediante a introduo no terreno, por rotao, de um trado com caractersticas tais que ocasionam um deslocamento do solo junto ao fuste e ponta, no havendo retirada de solo. A injeo de concreto feita pelo interior do tubo central. Devido grande resistncia desenvolvida durante a perfurao, o equipamento dever ter um torque compatvel com o dimetro da estacas e caractersticas do terreno, sendo de no mnimo de 200 00000000000 00000000000 - DEMO 46. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 45 kN.m. Os dimetros usuais das estacas hlice de deslocamento variam entre 310 mm e 610 mm. Alm disso, a estaca hlice de deslocamento apresenta a peculiaridade de permitir que a armadura seja colocada pelo tubo central do trado antes da concretagem. Neste caso a tampa metlica ser perdida. g) Estacas escavadas com uso de fludo estabilizante So estacas escavadas com uso de fludo estabilizante que pode ser lama bentontica ou polmero sinttico para sustentao das paredes da escavao. A concretagem submersa, com o concreto deslocando o fluido estabilizante em direo ascendente para fora do furo. Podem ter sees circulares, tambm denominadas "estaces", retangulares (denominadas barretes) ou parede-diafragma quando contnuas. g.1) Escavao Antes de iniciar a escavao da estaca e com o objetivo de guiar a ferramenta de escavao, deve ser cravada uma camisa metlica ou executada uma mureta-guia. Estas guias devem ser cerca de 5 cm maiores que a estaca projetada, e devem ser embutidas no terreno com um comprimento no inferior a 1m. A escavao da estaca feita simultaneamente ao lanamento do fluido, cuidando-se para que o seu nvel esteja sempre, no mnimo, 1,50 m acima do lenol fretico. A perfurao deve ser contnua at a sua concluso. Caso no seja possvel, o efeito da interrupo deve ser analisado devendo ser 00000000000 00000000000 - DEMO 47. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 46 adotadas medidas que garantam a carga de projeto, como por exemplo, o seu aprofundamento. Uma vez terminada a escavao e antes da concretagem deve ser verificada a porcentagem de areia em suspenso na lama e em funo deste valor proceder-se- sua troca ou desarenao para garantir sua qualidade durante toda a concretagem. Em se tratando do polmero, a decantao imediata, no necessitando de desarenao, apenas limpeza do fundo. Em funo da especificao do projeto pode ser necessria tambm uma plena limpeza do fundo da -l a fim de melhorar o contato concreto-solo ou rocha. g.2) Colocao da armadura Antes do incio da concretagem, e estando o fluido dentro das especificaes indicadas, feita a colocao da armadura de projeto. A armadura deve ser colocada com espaadores para assegurar o cobrimento de projeto e sua centralizao. g.3) Concretagem A tcnica de concretagem submersa e contnua. Utiliza-se tubo tremonha e a concretagem executada imediatamente aps as operaes anteriores devendo ser feita, at no mnimo, 50 cm acima da cota de arrasamento. O concreto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes exigncias: a) consumo de cimento mnimo de 400 kg/m3; b) abatimento ou "slump test" igual a 22 3 cm; a) fator gua/cimento 0,6; b) dimenso mxima do agregado: 19mm (brita 1) ; 00000000000 00000000000 - DEMO 48. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 47 c) % de argamassa em massa: 55%; d) trao tipo bombeado; e) fck > 20 MPa. permitido o uso de agregados midos artificiais. g.4) Demais detalhes de Execuo No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5 dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se estaca de maior dimetro. No caso de parede-diafragma o prazo para concretagem de painis contguos de 24 horas. Pelo menos 1% das estacas, e no mnimo uma por obra, dever ser exposta abaixo da cota de arrasamento e, se possvel, at o nvel d'gua, para verificao da sua integridade e qualidade do fuste. g.5) Lama Bentontica uma lama formada pela mistura de bentonita com gua limpa, em misturadores de alta turbulncia, com uma concentrao varivel em funo de viscosidade e densidade que se pretende obter. A lama bentontica, depois de misturada, deve ficar em repouso por 12 horas para sua plena hidratao e deve possuir teor de areia de at 3%. A bentonita uma argila produzida a partir de jazidas naturais, sofrendo, em alguns casos, um beneficiamento. O argilo- mineral predominante a montmorilonita sdica, o que explica sua tendncia ao inchamento. A lama bentontica possui as seguintes caractersticas: 00000000000 00000000000 - DEMO 49. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 48 - estabilidade produzida pelo fato de a suspenso de bentonita se manter por longo perodo; - capacidade de formar nos vazios do solo e especialmente junto superfcie lateral da escavao uma pelcula impermevel (cake); - tixotropia, isto , ter um comportamento fluido quando agitada, porm capaz de formar um . 33) (101 INMETRO/2009 - CESPE) Para o preparo da lama bentontica, deve-se escolher como material o silte da escavao com granulometria mais fina. 34) (154 TCU/2009 - CESPE) A central de lama tem a finalidade principal de receber a combinao de silte e argila da escavao, para posterior encaminhamento para disposio em aterro controlado. 3.1.2 Estacas Pr-Moldadas As estacas pr-moldadas caracterizam-se por serem cravadas no terreno por percusso, prensagem ou vibrao e por fazerem parte do grupo denominado estacas de deslocamento . As estacas cravadas so atualmente denominadas As estacas pr-moldadas podem ser constitudas por um nico elemento estrutural (madeira, ao, concreto armado ou protendido) ou pela associao de dois desses elementos (e no mais do que dois), quando ser denominada estaca mista 00000000000 00000000000 - DEMO 50. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 49 3.1.2.1 Estaca cravada por percusso Tipo de fundao profunda em que a prpria estaca ou um molde introduzido no terreno por golpes de martelo (por exemplo: de gravidade, de exploso, de vapor, de diesel, de ar comprimido, vibratrio). Em certos casos, esta cravao pode ser precedida por escavao ou lanagem. Fonte: Fonte: a) Estacas de madeira As estacas de madeira so empregadas usualmente para obras provisrias. Se forem usadas para obras permanentes, tero que 00000000000 00000000000 - DEMO 51. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 50 ser protegidas contra ataque de fungos, bactrias aerbicas, trmitas etc. A ponta e o topo devem ter dimetros maiores que 15 cm e 25 cm, respectivamente. As estacas de madeira devem ter seus topos (cota de arrasamento) permanentemente abaixo do nvel . Em terrenos com mataces, devem ser evitadas as estacas de madeira. Quando se tiver que penetrar ou atravessar camadas resistentes, as pontas devem ser protegidas por ponteira de ao. A cravao normalmente executada com martelo de queda livre, cuja relao entre o peso do martelo e o peso da estaca seja a maior possvel, respeitando-se a relao mnima de 1,0. 35) (70 PF Adm/2014 CESPE) Na execuo de fundaes profundas, recomenda-se a utilizao de estacas de madeira em terrenos que apresentem grande ocorrncia de mataces. b) Estacas metlicas ou de ao As estacas de ao podem ser constitudas por perfis laminados ou soldados, simples ou mltiplos, tubos de chapa dobrada (seo circular, quadrada ou retangular), tubo sem costura e trilhos. Sua faixa de carga varia em torno de 400 a 3.000 kN. Embora seja o tipo de estaca mais cara por unidade de carga, ela pode ser vantajosa nos seguintes casos: 00000000000 00000000000 - DEMO 52. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 51 - quando no se deseja vibrao durante a cravao (principalmente se forem perfis simples); - quando servem de apoio a pilares de divisa, pois eliminam o uso de vigas de equilbrio e ajudam no escoramento no caso de subsolos (perfis com pranches de madeira). As estacas de ao devem resistir corroso pela prpria natureza do ao ou por tratamento adequado. Quando inteiramente enterradas em terreno natural, independentemente da situao do Havendo, porm, trecho desenterrado ou imerso em aterro com materiais capazes de atacar o ao, obrigatria a proteo deste trecho com um encamisamento de concreto ou outro recurso adequado (por exemplo: pintura, proteo catdica, etc.). As estacas devem ser retilneas, assim consideradas as que apresentem flecha mxima de 0,2% do comprimento de qualquer segmento nela contido. b.1) Cravao A cravao pode ser feita por percusso, prensagem ou vibrao. Para evitar danificar a estaca durante a cravao por percusso, o uso de martelos mais pesados e com menor altura de queda mais eficiente do que o uso de martelos mais leves e com grande altura de queda. 00000000000 00000000000 - DEMO 53. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 52 Na cravao com martelo de queda livre, o peso do martelo trabalho entre 0,7 MN (70 tf) e 1,3 MN (130 tf). Pode-se adotar martelos automticos ou vibratrios observando as recomendaes dos fabricantes. Caso a cota de arrasamento fique abaixo da cota do plano de cravao, pode-se utilizar elemento complementar, denominado prolonga ou suplemento, limitado a 2,5 m. Para cravao em terrenos resistentes, podem ser empregadas pr-perfuraes. Nesse caso, o eventual desconfinamento deve ser considerado pelo projetista. As tenses de cravao no devem superar 80% da tenso de escoamento do ao, podendo esse limite ser aumentado em 10% caso sejam feitas medies da tenso durante a cravao. Na cravao por percusso ou vibrao, quando houver aproveitamento das sobras de estacas, os segmentos utilizados devem ter comprimento mnimo de 2 m. Isto no se aplica s estacas cravadas estaticamente. Pode ocorrer relaxao ou cicatrizao do terreno. Para sua identificao recomenda-se a determinao da nega descansada (alguns dias aps a cravao). Se a nova nega for superior obtida no final da cravao, deve-se recravar a estaca. A relaxao ou cicatrizao variam de poucas horas para solos no coesivos e at alguns dias para solos argilosos. 00000000000 00000000000 - DEMO 54. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 53 A transferncia de esforos do bloco de coroamento para as estacas metlicas pode ser feita por chapas, fretagem, solda de vergalhes para aumento de aderncia, entre outros. c) Estacas pr-moldadas de concreto As estacas de concreto pr-moldado podem ser de concreto armado ou protendido, vibrado ou centrifugado, com qualquer forma geomtrica da sua seo. Da mesma forma que as estacas metlicas, a cravao de estacas pr-moldadas de concreto pode ser feita por percusso, prensagem ou vibrao, assim como para evitar danificar a estaca durante a cravao por percusso, o uso de martelos mais pesados e com menor altura de queda mais eficiente do que o uso de martelos mais leves e com grande altura de queda. A faixa de carga dessas estacas varia na faixa entre 200 a 1.500 kN. Normalmente, no se recomendam essas estacas nos seguintes casos: - terrenos com presena de mataces ou camadas de pedregulhos; - terrenos em que a previso da cota da ponta da estaca seja muito varivel, de modo que no seja possvel selecionar regies de comprimento constante (a exemplo de solos residuais com a matriz prxima da regio da ponta da estaca); 00000000000 00000000000 - DEMO 55. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 54 - caso de construes vizinhas em estado precrio. c.1) Cravao Na cravao com martelo de queda livre, o peso do martelo para estacas com carga de trabalho entre 0,7 MN (70 tf) e 1,3 MN (130 tf). Caso a cota de arrasamento fique abaixo da cota do plano de cravao, pode-se utilizar elemento complementar, denominado prolonga ou suplemento, que pode ser de ao ou concreto, limitado a 3 m. Para cravao em terrenos resistentes, podem ser empregadas pr-perfuraes (sustentadas ou no) ou auxiliadas por (lanagem). Nesse caso, o eventual desconfinamento deve ser considerado pelo projetista. As tenses de compresso na cravao no devem superar 85% da resistncia nominal do concreto. No caso de estacas protendidas, as tenses de trao devem protenso mais 50% da resistncia nominal do concreto trao. No tenso de escoamento do ao da armadura. Esses limites podem ser aumentados em 10% caso sejam feitas medies da tenses durante a cravao. As estacas pr-moldadas podem ser emendadas atravs de anis soldados ou outros dispositivos. O uso de luvas de encaixe exige vrias condies. 00000000000 00000000000 - DEMO 56. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 55 Pode haver aproveitamento das sobras de estacas, desde que se tenha um comprimento mnimo de 2 m e seja utilizado somente um segmento de sobra por estaca. Posteriormente, a sobra dever ser o primeiro elemento a ser cravado. Da mesma forma que para as estacas metlicas, pode ocorrer relaxao ou cicatrizao do terreno. Para sua identificao recomenda-se a determinao da nega descansada (alguns dias aps a cravao). Se a nova nega for superior obtida no final da cravao, deve-se recravar a estaca. No caso de estacas com concreto danificado abaixo da cota de arrasamento, deve-se fazer a demolio do trecho comprometido e recomp-lo at esta cota. Estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista devem ser emendadas fazendo-se o transpasse da armadura. Pessoal, a questo a seguir, que caiu na prova da CGU, em 2008, complementa o assunto de preparo da cabea e ligao com bloco de coroamento: 36) (22- CGU/2008 - ESAF) No preparo da cabea e ligao com o bloco de coroamento de estacas pr-moldadas de concreto, incorreto afirmar que: a) deve-se demolir uma parte da estaca at que a armadura fique exposta para o traspasse. b) na demolio do topo das estacas, devem ser utilizados ponteiros com grandes inclinaes em relao a horizontal. c) deve-se deixar um comprimento de estaca suficiente para a penetrao no bloco a fim de transmitir os esforos. 00000000000 00000000000 - DEMO 57. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 56 d) deve-se demolir o topo da estaca danificado durante a cravao ou acima da cota de arrasamento. e) as armaduras devem penetrar no bloco de coroamento, mesmo quando estas no tm funo resistente. d) Estaca de Reao ou tipo Mega Tambm conhecidas como estacas prensadas, essas estacas, compostas por peas de concreto armado vazadas ou perfis metlicos, so cravadas com auxlio de um macaco hidrulico que reage contra uma cargueira ou contra a prpria estrutura. Embora sua origem esteja relacionada com o emprego em reforos de fundaes, podem tambm ser usadas como fundao inicial nos casos em que h necessidade de reduzir a vibrao ao mximo e quando nenhum outro tipo de estaca pode ser feito. Sua faixa de carga situa-se em torno de 700 kN. 00000000000 00000000000 - DEMO 58. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 57 d.1) Cravao Deve ser realizada atravs de macaco hidrulico acionado por bomba eltrica ou manual. Em solos porosos a cravao pode ser auxiliada atravs da saturao do solo e em areia compactas com jatos de gua pelo interior do segmento. Quando os segmentos forem de concreto a emenda ser feita por simples superposio ou atravs de solidarizaro especificada em projeto. As emendas de segmentos metlicos sero feita por solda ou rosca. Finalizada a cravao colocado o cabeote sobre a estaca para permitir o encunhamento que deve ser feito por cunhas e calos. As cargas de cravao e de encunhamento devero ser de no mnimo 1,5 vezes a carga admissvel. 37) (35 SEAD/PA 2005) - Em um projeto de fundao de uma construo civil, entende-se por radier um A) tipo de estaca cravada por prensagem e recomendada para situaes de reforo de fundaes. B) tipo de estaca cravada por percusso contendo bulbo alargado na sua extremidade inferior. C) elemento de fundao superficial que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos distribudos. D) bloco de concreto rgido que transfere a carga de um pilar para o solo subjacente. E) elemento de fundao profunda de forma prismtica, concretado na superfcie e instalado por escavao interna. 00000000000 00000000000 - DEMO 59. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 58 38) (99 MPE-TO/2006) Estaca cravada um tipo de fundao profunda que utiliza diferentes materiais construtivos. 3.2 Tubulo Trata-se de uma fundao profunda escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, h descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando no h base. Neste tipo de fundao as cargas so transmitidas essencialmente pela base a um substrato de maior resistncia. Pode ser feito a cu aberto ou sob ar comprimido (pneumtico) e ter ou no base alargada. Pode ser executado com ou sem revestimento, podendo este ser de ao ou de concreto. No caso de revestimento de ao (camisa metlica), este poder ser perdido ou recuperado. Fonte: 00000000000 00000000000 - DEMO 60. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 59 O concreto para a execuo dos tubules deve satisfazer as seguintes exigncias: - consumo de cimento no inferior a 300 kg/m3; - abatimento ou "slump test": entre 8 e 12 cm; - agregado: dimetro mximo 25mm (brita 2); - fck > 20 MPa aos 28 dias. A integridade dos tubules deve ser verificada em no mnimo um por obra, por meio da escavao de um trecho do seu fuste. No necessrio o uso de vibrador. Por esta razo o concreto deve ter plasticidade suficiente para assegurar a ocupao de todo o volume da base. Quando previstas cotas variveis de assentamento entre tubules prximos, a execuo deve ser iniciada pelos tubules mais profundos, passando-se a seguir para os mais rasos. 00000000000 00000000000 - DEMO 61. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 60 No pode ser feito trabalho simultneo em bases alargadas em tubules cuja distncia, de centro a centro, seja inferior a 2,5 vezes o dimetro da maior base. Quando a base do tubulo for assente sobre rocha inclinada, pode-se escalonar a superfcie ou utilizar chumbadores para evitar o deslizamento do elemento de fundao. Sempre que a concretagem no for feita imediatamente aps o trmino do alargamento e sua inspeo, nova inspeo deve ser feita por ocasio da concretagem, limpando-se cuidadosamente o fundo da base e removendo-se a camada eventualmente amolecida pela exposio ao tempo ou por guas de infiltrao. 39) (145 TCU/2011 Cespe) Por motivo de segurana, durante a execuo de tubules, a fiscalizao no deve inspecionar o fundo da escava antes da concretagem. 3.2.1) Tubules a Cu Aberto Este tipo de fundao empregado acima do lenol fretico, ou mesmo abaixo dele nos casos em que o solo se mantenha estvel sem risco de desmoronamento e seja possvel controlar a gua do interior do tubulo. a) Escavao do fuste O fuste pode ser escavado manualmente por poceiros ou atravs de perfuratrizes at a profundidade prevista em projeto. b) Alargamento da base 00000000000 00000000000 - DEMO 62. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 61 A base pode ser escavada manual ou mecanicamente. Quando mecanicamente obrigatria a descida de poceiro para remoo do solo solto que o equipamento no consegue retirar. Antes da concretagem o material de apoio das bases dever ser inspecionado por engenheiro, que confirmar in loco a capacidade suporte do material, autorizando a concretagem. Esta inspeo poder ser feita com penetrmetro de barra manual. c) Colocao da armadura A armadura do fuste deve ser colocada tomando-se o cuidado de no permitir que nesta operao torres de solo sejam derrubados para dentro do tubulo. Quando a armadura penetrar na base ela deve ser projetada de modo a permitir a concretagem adequada da base, devendo existir aberturas na armadura de pelo menos 30cm x 30cm. d) Concretagem A concretagem do tubulo dever ser feita imediatamente aps a concluso de sua escavao. Em casos excepcionais, nos quais a concretagem no tenha sido feita imediatamente aps o trmino do alargamento e sua inspeo, nova inspeo deve ser feita, removendo-se material solto ou eventual camada amolecida pela exposio ao tempo ou por guas de infiltrao. A concretagem feita com o concreto simplesmente lanado da superfcie, atravs de funil com comprimento mnimo de 1,5m. 00000000000 00000000000 - DEMO 63. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 62 40) (98 INMETRO/2007) O fuste de tubules a cu aberto pode ser escavado manual ou mecanicamente. 3.2.2) Tubules a Ar Comprimido Este tipo de soluo empregado sempre que se pretende executar tubules abaixo do nvel d'gua em solos que no se mantm estveis sem risco de desmoronamento e no seja possvel controlar a gua do interior do tubulo. A escavao do fuste destes tubules sempre realizada com auxlio de revestimento que pode ser de concreto ou de ao (perdido ou recuperado). Adapta-se um equipamento pneumtico (figura a seguir) que permita a execuo a seco dos trabalhos, sob presso conveniente de ar comprimido. A presso mxima de ar comprimido empregada da ordem de 3 atm (0,3 MPa), razo pela qual os tubules pneumticos tm a sua profundidade limitada a cerca de 30 m abaixo do nvel da gua. 00000000000 00000000000 - DEMO 64. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 63 a) Trabalho sob ar comprimido S se admitem trabalhos sob presses superiores a 0,15 MPa quando as seguintes providncias forem tomadas: a) equipe permanente de socorro mdico disposio na obra; b) cmara de descompresso equipada disponvel na obra; c) compressores e reservatrios de ar comprimido de reserva; d) renovao de ar garantida, sendo o ar injetado em condies satisfatrias para o trabalho humano. 00000000000 00000000000 - DEMO 65. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 64 b) Escavao Inicialmente deve ser concretado o primeiro segmento ou aprumado o revestimento metlico diretamente sobre a superfcie do terreno ou em uma escavao preliminar de dimenses maiores que o dimetro do revestimento (poo primrio). A seqncia deve ser feita com a concretagem ou soldagem sucessiva dos segmentos metlicos de revestimento medida que a escavao manual vai sendo executada. Revestimentos de concreto s podem ser introduzidos no terreno depois que o concreto estiver com resistncia suficiente para suportar a escavao. da camisa a campnula de ar comprimido o que permite a execuo a seco dos trabalhos. Para camisas de concreto, a aplicao da presso de ar comprimido s pode ser feita quando o concreto atingir a resistncia especificada em projeto. Deve-se evitar a aplicao de presso excessiva para eliminar gua eventualmente acumulada no tubulo. c) Alargamento da base Atingida a cota prevista para a implantao da camisa abre-se a base, que escavada manualmente. Durante esta operao, a camisa deve ser escorada de modo a evitar sua descida. Antes da concretagem, o material de apoio das bases dever ser inspecionado por engenheiro que confirmar in loco a capacidade suporte do material, autorizando a concretagem. Esta inspeo poder ser feita com penetrmetro de barra manual. 00000000000 00000000000 - DEMO 66. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 65 d) Colocao da armadura A armadura de ligao fuste-base colocada pela campnula e montada no interior do tubulo, devendo ser projetada de modo a permitir a concretagem adequada da base, deixando-se aberturas na armadura de pelo menos 30 cm x 30 cm. e) Concretagem estrutura provisria e descida at o terreno com auxilio de equipamento, ou concretada em terra e transportada para o local de implantao. O mesmo procedimento pode ser adotado para camisas metlicas. Em casos especiais, principalmente em obras em que se passa diretamente da gua para rocha, a camisa de concreto pode ser confeccionada com a forma e dimenso da base. Neste caso devem ser previstos recursos que assegurem a ligao ou vedao de todo o permetro da base com a superfcie da rocha, a fim de evitar fuga ou lavagem do concreto. Sempre que a concretagem no for feita imediatamente aps o trmino do alargamento e sua inspeo, nova inspeo deve ser feita, limpando-se cuidadosamente o fundo da base e removendo-se a camada eventualmente amolecida pela exposio ao tempo ou por gua de infiltrao. O concreto lanado atravs do cachimbo de concretagem da campnula, devendo-se planejar cuidadosamente esta operao de forma a no interromp-la antes do previsto. 00000000000 00000000000 - DEMO 67. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 66 O concreto lanado sob ar comprimido, no mnimo at uma altura que impea o seu levantamento pelo empuxo hidrosttico. 41) (99 INMETRO/2007) Na execuo de tubules a ar comprimido, a campnula o equipamento utilizado para transportar o material escavado. b.1) Tubules revestidos com camisa de concreto Caso durante as operaes de instalao das peas da camisa de concreto seja do terreno e no seja possvel esgot-lo com bombas, deve ser adaptado ao tubulo um equipamento pneumtico que permita a execuo a seco dos trabalhos, sob presso conveniente de ar comprimido. A camisa concretada por trechos sobre a superfcie do terreno (ou em escavao preliminar) e introduzida no terreno por escavao interna. Depois de introduzido no terreno um elemento, concreta-se o seguinte, e assim por diante, at se atingir o comprimento final previsto. A armadura necessria pode ser colocada totalmente na camisa ou parte nela e parte no ncleo que pode ser concretado parcialmente. Quando o tubulo for escavado com uso de ar comprimido, a armadura transversal (estribos) deve ser calculada considerando-se uma presso igual a 1,5 vezes a mxima presso de trabalho prevista, desprezando-se empuxos externos de solo e gua. Em casos especiais, principalmente em obras em que se passa diretamente da gua para rocha, as camisas podem ser j 00000000000 00000000000 - DEMO 68. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 67 confeccionadas com alargamento de modo a facilitar a execuo da base alargada. b.2) Tubules revestidos com camisa de ao A camisa de ao utilizada do mesmo modo que a camisa de concreto, a fim de manter aberto o furo e garantir a integridade do fuste do tubulo. Ela pode ser introduzida no terreno por cravao com bate-estacas, por vibrao ou atravs de equipamento especial que imprima ao tubo um movimento de vai-e-vem, simultneo a uma fora de cima para baixo. A escavao interna, manual ou mecnica, pode ser feita medida da penetrao do tubo ou de uma s vez, quando completada a sua cravao. Quando assim previsto, pode-se executar um alargamento da base; em seguida o tubulo concretado, o qual pode ser executado manualmente sob ar comprimido ou no. No caso de uso de ar comprimido, a camisa deve ser ancorada ou receber contrapeso de modo a evitar sua subida. A camisa metlica, no caso de no ter sido considerada no dimensionamento estrutural do tubulo, pode ser recuperada medida da concretagem, ou posteriormente. Nestes casos, a pea deve ser armada em todo o comprimento, inclusive a base, com taxa no inferior a 0,5% da seo necessria. Se a camisa de ao permanecer totalmente enterrada, pode-se considerar a sua seo transversal como armadura longitudinal, descontando-se 1,5 mm de espessura caso haja eventual corroso. 00000000000 00000000000 - DEMO 69. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 68 dimetro > 100 cm. No caso de a camisa metlica ser considerada no dimensionamento do tubulo, h necessidade de colocar armadura de transio entre a base a o fuste, a qual cravada na base logo aps a sua concretagem. b.3) Demais Consideraes Os tubules devem ser dimensionados de maneira que as bases no tenham alturas superiores a 1,8 m. Para tubules a ar comprimido as bases podero ter alturas de at 3 m, desde que as condies do macio permitam ou forem tomadas medidas para garantir a estabilidade da base durante sua abertura. Havendo base alargada, esta deve ter a forma de tronco de cone (com base circular ou de falsa elipse), superposto a um cilindro 00000000000 00000000000 - DEMO 70. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 69 de no mnimo 20 cm de altura, denominado rodap, conforme figura a seguir: Nos tubules revestidos despreza-se a fora de atrito entre o fuste e o solo, sendo a carga do pilar transmitida ao solo integralmente pela base. Se o tubulo for de camisa de concreto, o dimensionamento do fuste ser feito de maneira anloga ao clculo para um pilar, dispensando-se a verificao da flambagem quando o tubulo for totalmente enterrado. Em regra, a armadura necessria colocada na camisa de concreto. Tendo em vista o trabalho sob ar comprimido, os estribos devem ser calculados para resistir uma presso 30% maior que a presso de trabalho, admitindo-se que no exista presso externa de terra ou gua. Os tubules devem ser dimensionados de maneira a evitar alturas de base superiores a 2 m. Em casos excepcionais, devidamente justificados, admitem-se alturas maiores. 00000000000 00000000000 - DEMO 71. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 70 Deve-se evitar que entre o trmino da execuo do alargamento da base de um tubulo e sua concretagem decorra tempo superior a 24 h. Tubules sujeitos apenas a esforos de compresso no precisam de ferragem de ligao com o bloco de coroamento. Em qualquer caso, deve ser garantida a transferncia adequada da carga do pilar para o tubulo. Sempre que uma estaca ou tubulo apresentar desvio angular em relao posio projetada, deve ser feita verificao de estabilidade, tolerando-se, sem medidas corretivas, um desvio de 1:100. 3.3 Caixo Elemento de fundao profunda de forma prismtica, concretado na superfcie e instalado por escavao interna. Na sua instalao pode-se usar ou no ar comprimido e sua base pode ser alargada ou no. 42) (141 TCU/2005) A fundao do tipo caixo, por utilizar uma estaca de grandes dimenses, cravada por percusso, no recomendada quando os prdios vizinhos construo so sensveis a vibraes do terreno. 3.4 - Preparo da cabea e ligao com o bloco de coroamento a) Estacas de concreto ou argamassa No caso de estacas de concreto ou com argamassa inadequados abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da 00000000000 00000000000 - DEMO 72. Engenharia rea 4 MPOG/2015 Teoria e Questes Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0 71 cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demolio do comprimento e recomp-lo at a cota de arrasamento. O material a ser utilizado na recomposio das estacas deve apresentar resistncia no inferior ao da estaca. a.1) Estacas Pr-Moldadas Na demolio devem ser utilizados ponteiros trabalhando com pequena inclinao, para cima, em relao horizontal para estacas cuja rea seja inferior a 380 cm2 . O uso de marteletes leves (Potncia