CURSO DE FIBRA ÓPTICA - netinforio.com.br DE FIBRA... · PROGRAMA Vantagens e desvantagens das...

60
CURSO DE FIBRA ÓPTICA TEORIA Prof. Vanir Lino Rodrigues [email protected]

Transcript of CURSO DE FIBRA ÓPTICA - netinforio.com.br DE FIBRA... · PROGRAMA Vantagens e desvantagens das...

CURSO DE FIBRA ÓPTICA

TEORIA

Prof. Vanir Lino Rodrigues

[email protected]

PROGRAMA

Vantagens e desvantagens das fibras ópticas –Sistema de comunicação por fibra óptica –Funcionamento da fibra óptica – Processo de fabricação da fibra óptica – Tipos de fibras ópticas - Atenuação (perdas) e dispersão – Fontes luminosas e fotodetectores – Regeneradores –Amplificadores ópticos – Multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM) – Tipos de cabos ópticos – Tipos de emendas –Lançamento de cabos ópticos – Divisor óptico (splitter) – Fibra até a casa (FTTH).

VANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS

• Baixa Atenuação (Perda) A baixa atenuação possibilita enlaces de maiores distâncias com poucos repetidores de sinal, representando uma diminuição nos investimentos para implantação dos sistemas de transmissão e os gastos com a posterior manutenção. Hoje é possível implementar enlaces em tomo de 200 km sem uso de repetidores.

• Largura de Banda Como as fibras ópticas permitem a transmissão de sinais da ordem de 1THz, a excelente performance das fibras ópticas permitem maior capacidade de transmissão superando os meios de transmissão convencionais. Atualmente, mais de 120.000 canais de voz podem ser transmitidos em uma única fibra.

• Imunidade a Interferências Externas e Isolação Elétrica A fibra é feita de material dielétrico, por isso não é afetado por interferência eletromagnética (EMI) e interferência de radiofreqüência (RFI), o que toma viável sua utilização em sistemas que podem sofrer degradações causadas por descargas elétricas e instalações elétricas de alta tensão, além de eliminar o uso de sistemas de proteção contra centelhamento, para utilização em áreas de atmosfera explosiva.

VANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS

• Baixo Peso e Pequenas Dimensões A fibra óptica pesa, aproximadamente, 30 g/km. Se compararmos um cabo óptico a um cabo de cobre com a mesma capacidade, notamos que o de fibras ópticas é 20 vezes mais leve, além da menor dimensão. Isso o torna mais viável em aplicações onde peso e dimensão são parâmetros importantes, como em cabos aéreos.

• Sigilo Como é difícil retirar ou colocar sinais ópticos ao longo de uma fibra sem que o sistema seja prejudicado, o sigilo pode ser adicionado como um benefício.

• Baixo Preço da Matéria Prima A matéria prima utilizada para fabricação do vidro é a sílica, amplamente encontrada na natureza.

DESVANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS

• Emenda da Fibra Óptica Se não forem tomados os cuidados necessários nas emendas das fibras, poderá haver grande perda da potência óptica nessa emenda. Para que uma emenda seja bem feita, é necessário utilizar equipamentos especiais e pessoas treinadas a operá-los. Isso pode acarretar em maior tempo e custo para fazer manutenção em cabos que tenham sofrido rompimento.

• Derivações Limitadas Existem limitações quanto ao uso de derivações passivas, pois os componentes utilizados para esse fim, atenuam consideravelmente o sinal, dificultando ligações do tipo ponto a multiponto.

• Padrão dos Sistemas Ópticos Não existem padronizações para conectores, interfaces, códigos digitais e comprimentos de onda. No momento atual apenas alguns padrões estão definidos, como os códigos de linha para SDH.

• Efeitos da Radiação Laser Apesar do nível de potência óptica não ser elevado, pessoas envolvidas com trabalho de instalação ou manutenção devem usar protetores para os olhos quando estiverem perto de lasers ou em uma extremidade da fibra óptica, prevenindo danos aos olhos.

SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR FIBRAS ÓPTICAS

FUNCIONAMENTO DA FIBRA ÓPTICA

A fibra óptica é composta basicamente de material dielétrico também conhecido como isolante(em geral, sílica ou plástico), segundo uma longa estrutura cilíndrica, transparente e flexível, de dimensões microscópicas comparáveis às de um fio de cabelo. A estrutura cilíndrica básica da fibra óptica é formada por uma região central, chamada de núcleo, envolta por uma camada, também de material dielétrico, chamada casca. A seção em corte transversal mais usual do núcleo é a circular, porém fibras ópticas especiais podem ter um outro tipo de seção (por exemplo, elíptica).

FUNCIONAMENTO DA FIBRA ÓPTICA

A luz viaja pela fibra refletindo-se sucessivamente na superfície de separação entre núcleo e casca. Os índices de refração do núcleo n1 (mais denso) e da casca n2

(menos denso) são determinados para que ocorra reflexão total e a luz fique confinada no interior da fibra.

FUNCIONAMENTO DA FIBRA ÓPTICA

A variação de índice de refração na seção transversal da fibra é representada pelo perfil de índices de refração e é obtido usando-se diferentes materiais dielétricos ou diferentes dopagens na sílica usada para fabricação da fibra. Existem dois tipos de perfis de índices de refração para fibras:

• Perfil Degrau: o núcleo possui índice de refração constante maior que o da casca. Isto cria uma variação abrupta entre o núcleo e a casca;

• Perfil Gradual: a variação do índice de retração do centro da fibra em direção à casca diminui gradativamente.

FUNCIONAMENTO DA FIBRA ÓPTICA

Índice degrau Índice gradual

FABRICAÇÃO DA FIBRA ÓPTICA

As fibra ópticas são fabricadas por um processo com duas etapas principais –fabricação do tubo pré-forma e estiramento –além dos testes de qualidade extremamente rigorosos.

1. Fabricação do bastão de pré-formaO vidro utilizado como base para fabricar as fibras é produzido através do processo de deposição de vapor químico modificado (em inglês, MCVD), no qual uma combinação de gases confere as propriedades físicas e ópticas adequadas às fibras ópticas.

FABRICAÇÃO DA FIBRA ÓPTICA

2. Com o bastão pré-forma testado e aprovado, inicia-se a etapa de estiramento.

Dois bastões de vidro ("pré-formas") sendo soldados. A vareta de vidro resultante, com dois metros de comprimento e vários centímetros de diâmetro, será estendida para produzir mais de 300 quilômetros de fibras ópticas

TIPOS DE FIBRAS ÓPTICASFibra Multimodo É a fibra óptica onde centenas de modos são propagados. A fibra multimodo pode ainda ser classificada de acordo com o perfil de índice de refração. Existem dois tipos de fibra multimodo: •Fibra multimodo índice degrau; •Fibra mulltimodo índice gradual.

Fibra Multimodo índice Degrau Possui perfil de índice de refração degrau. O núcleo desta fibra pode ter um diâmetro de 50 μm até aproximadamente 600 μm. Isto representa um núcleo grande em relação as outras fibras, o que facilita o acoplamento óptico, ou seja, é mais fácil injetar luz em seu interior. Pelas dimensões envolvidas, a conexão também se torna mais fácil. Algumas das desvantagens são: atenuação elevada, pequena largura de banda e dispersão modal mais intensa que as outras fibras. Pelas desvantagens citadas, este tipo de fibra não é viável para utilização em telecomunicações, porém possui aplicações em outras áreas, como por exemplo, na área médica e na comunicação de dados a curta distância.

TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS

Fibra Multimodo índice Degrau

TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS

Fibra Multimodo índice Gradual Caracteriza-se por ter um perfil de índice que decresce gradualmente de forma quase parabólica. Pode-se dizer que a fibra consiste de um núcleo composto de várias camadas, cada uma com índice de refração um pouco menor à medida em que se afastam do eixo da fibra. Nesta fibra, os raios serão propagados em curvas suaves, de forma a compensar percursos maiores com maior velocidade e os pulsos de luz alcançarão o receptor com menor alargamento. Dessa forma, consegue-se uma dispersão menor e maior largura de banda. Como a fibra tem um diâmetro razoavelmente grande, acoplamentos e emendas são relativamente fáceis de serem realizados sem perdas significativas. Normalmente o núcleo é fabricado em sílica dopada e a casca em sílica pura.

TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS

Fibra Multimodo índice Gradual

TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS

Fibra Óptica Monomodo É a fibra óptica onde, idealmente, apenas um modo se propaga. Na prática apenas alguns modos se propagam. Sendo assim, as fibras monomodo são fibras ópticas com perfil de índice de refração degrau, cujo diâmetro do núcleo está entre 4 μm a 10 μm. A casca tem um diâmetro pelo menos 10 a 12 vezes maior, em torno de 100 μm a 200 μm. Esta fibra apresenta uma grande largura de banda, pois não há dispersão modal, e apresenta uma baixa atenuação em relação à multimodo. Por isso, este tipo de fibra é largamente utilizada em comunicações à longa distância com alta capacidade de transmissão.

TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS

Fibra Óptica Monomodo

TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS

As fibras monomodo têm diâmetros menores portanto são mais caras.

ATENUAÇÃO

É a diminuição da intensidade da energia do sinal óptico ao

propagar-se através da F.O. Pode ocorrer por:

• Absorção

• Espalhamento

• Microcurvaturas e macrocurvaturas

ATENUAÇÃO

A atenuação da F.O. é medida em decibel cuja abreviatura é

dB. Os fabricantes de F.O. fornecem a atenuação por

quilometro de fibra (dB/km), assim, fica fácil calcular a

atenuação de um trecho de fibra, por exemplo a atenuação de

um trecho de 100 km de uma F.O. cuja atenuação é 0,22

dB/km será:

atenuação = 0,22 dB/km x 100 km = 22 dB

ATENUAÇÃO

Janelas de Transmissão

A atenuação varia em função do comprimento de onda da luz, ou seja,

dentro de uma mesma fibra óptica a atenuação não é a mesma para

diferentes comprimentos de onda da luz. Disto resulta a definição de

janelas de transmissão. Janelas de transmissão são faixas dentro do

espectro eletromagnético onde a atenuação em uma determinada fibra

é menor. Atualmente estão definidas 3 janelas: 850 nm, 1.300 nm e

1.550 nm.

vanir lino 23Comprimento de onda (nm)

400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600

Janela

850 nm

Human Eye

Response

Janela

1300 nm

Janela

1550 nm

Atenuação

dB/km

1.0

0.4

0.2

0.1

0.3

0.5

0.7

4

2

3

5

7

10

20

Espectro

visível

Primeira - 850nm - 3,0dB/km

Segunda - 1300nm - 0,7dB/km

Terceira - 1550nm - 0,2dB/km

ATENUAÇÃO

Janelas de transmissão

ATENUAÇÃOMedição da Atenuação

fonte de luz

calibradamedidor de

potência óptica

atenuação = -5,4dBm – (-5,0dBm)= -5,4dBm + 5,0dBm = -0,4dB

Obs: o sinal negativo indica que estamos medindo uma perda (atenuação)

DISPERSÃO

A dispersão é um fenômeno resultante dos atrasos relativos na

propagação dos modos e componentes espectrais que transportam a

energia luminosa. A dispersão produz uma distorção nos sinais

transmitidos impondo limitação na capacidade de transmissão. A distorção

é percebida como o alargamento do pulso que se propaga na fibra e pode

provocar alarme nos equipamentos terminais devido ao aumento da taxa

de erro de bit.

A dispersão pode ser modal, cromática ou material e do guia de onda.

vanir lino 26

Causada pelos diferentes caminhos que a luz pode seguir em uma fibra

com vários modos de propagação. Dominante nas fibras multimodo.

Dispersão Modal

DISPERSÃO

DISPERSÃO

Dados recebidos

50% nível de decisão

50% nível de decisão

1 0 1 0 1 0 1

1 0 1 0 1 0 1

1 ? 1 ? 1 ? 1

Dados transmitidos

F.O.

Dispersão Cromática ou Material

Causada pelas diferentes velocidades da luz nos diferentes comprimentos

de onda. Dominante nas fibras monomodo.

DISPERSÃODispersão do Guia de Onda

Este tipo de dispersão é mais significativo em fibras monomodo e

ocorre em função da variação dos índices de refração do núcleo e

da casca ao longo da fibra.

FONTES LUMINOSAS

LED: Light Emmiter Diode

ILD: Injection Laser Diode

FOTODETECTORES

PIN: Fotodiodo

APD: Avalanche Photo Diode

Transmissores ópticos Receptores ópticos

FONTES LUMINOSAS -FOTODETECTORES

Diodos laser são monocromáticos possibilitando maior largura de banda

FONTES LUMINOSAS –FOTODETECTORES

A combinação de fibras monomodo com fontes de luz ILD (laser) e fotodetectores APD (fotodiodo de avalanche) permitem uma maior largura de banda em longas distâncias.

FONTES LUMINOSAS –FOTODETECTORES

REGENERADORES

CO

NV

. ÓP

TIC

O/E

TR

ICO

AM

PL

IFIC

AD

OR

CA

G

GR

AM

PE

AD

OR

/EQ

UA

LIZ

AD

OR

CIR

CU

ITO

DE

DE

CIS

ÃO

CLOCK

CO

NV

. EL

ÉT

RIC

O/Ó

PT

ICO

AMPLIFICADORES ÓPTICOS

Laser de

bombeio

Isolador Acoplador IsoladorAcoplador

Fibra dopada

com Érbio

(10 – 50m)

Laser de

bombeio

...

...

EDFA Erbium Doped Fiber Amplifier

Bombeio Bidirecional

vanir lino 34

1 2 3... n

1

:

2

32

MU

X W

DM

• Grande largura de banda em torno de 14 THz

na 2a janela e 15 THz na 3ª janela.

• Operação multi-canal.

•Utiliza um único par de fibras.

• Cada portadora óptica pode ter taxa de

transmissão e protocolos (ATM, IP,

METROETHERNET, etc.) diferentes.

MULTIPLEXAÇÃO POR DIVISÃO DECOMPRIMENTO DE ONDA (WDM)

MULTIPLEXAÇÃO POR DIVISÃO DE

COMPRIMENTO DE ONDA (WDM)Múltiplos sinais ópticos de diferentes comprimentos de onda são

combinados para formar um único sinal óptico.

O sinal óptico combinado é refratado para separar os múltiplos sinais

ópticos que o compõem.

40-80 km

Terminal

Regenerador - 3R (Reamplifica, Reformata and Ressincroniza)

Terminal

120 km

TerminalTerminal

EDFA (erbium-doped fiber amplifier) - 1R (Reamplifica)

Terminal

Com DWDM - EDFA amplifica todos os s

Terminal

Terminal

Terminal

Terminal

Terminal

MULTIPLEXAÇÃO POR DIVISÃO DECOMPRIMENTO DE ONDA (WDM)

CABOS ÓPTICOS

Para facilitar o lançamento e garantir uma proteção adequada, as

fibras ópticas são grupadas em cabos com 6, 12, 18, 36, 48, 72 ou

até 144 fibras, monomodo, multímodo ou com zero-dispersão,

conforme o tipo de utilização.

Em Telecomunicações onde se exige alta capacidade e rotas de

longa distância (backbones), a preferência é pela fibra monomodo,

dada as suas vantagens, já abordadas. De uma maneira geral, os

cabos ópticos podem ser classificados em:

CABOS ÓPTICOS

Cabos aéreos

São instalados em postes, formando a rede externa aérea para telefonia

e TV a cabo. Podem ser auto-sustentados ou espinados. No primeiro

caso, elementos de sustentação são inseridos na própria estrutura dos

cabos. No segundo caso os cabos são lançados sobre cordoalhas de

aço de sustentação denominadas mensageiros. O cabo é fixado ao

mensageiro através de um arame isolado com capa plástica

denominado arame de espinar que é enrolado em forma helicoidal. Para

isso utiliza-se uma máquina de espinar. A fixação do cabo ao

mensageiro pode ser feita através da máquina de grampear, que une o

mensageiro ao cabo através de grampos espaçados a cada 50 cm.

Cabo auto-sustentado e máquina de espinar

CABOS ÓPTICOS

Cabos subterrâneos para dutos e subdutos

Os cabos são lançados no interior de dutos e subdutos que o protegem

de agentes externos minimizando a interrupção dos serviços por

acidentes ou vandalismo.

Como os cabos ópticos são sensíveis à tração no lançamento podem

ser utilizadas máquinas que sopram (insuflam) o cabo utilizando ar

comprimido em vez de guinchos que puxam (tracionam) o cabo.

Subdutos e máquina por lançamento por sopro (insuflação)

CABOS ÓPTICOS

máquina de insuflação em operação

líquido

lubrificante

cabo óptico

disposto em “8”

mangueira de ar comprimido

duto

caixa subterrânea

máquina de

insuflação

CABOS ÓPTICOS

Cabos subterrâneos diretamente enterrados

Os materiais utilizados na fabricação do cabo garantem total proteção

contra intempéries. Seu revestimento em poliamida protege-o contra o

ataque de formigas e cupins e danos causados por ação química de

substâncias existentes no solo.

No lançamento desse tipo de cabo utiliza-se um arado ou valetadeira

que consiste em um trator que reboca uma bobina de cabos. A mesma

máquina faz a abertura do solo, a colocação do cabo e o recobrimento,

em uma única operação, barateando e agilizando a instalação.

Valetadeira

CABOS ÓPTICOS

Cabos submarinos

Embora relativamente finos (com cerca de 7 centímetros de espessura)

os cabos submarinos são construídos para serem bastante resistentes.

Por baixo de uma grossa camada de poliestireno (1) temos uma camada

de mylar (2), múltiplos cabos de aço, destinados a tornarem o cabo

resistente mecanicamente (3), camadas de alumínio e policarbonato,

que garantem a proteção contra a água (4, 5), um tubo de cobre (6) uma

camada de gel (7) e por fim o feixe de cabos de fibra, que são a parte

realmente importante:

Constituição do cabo óptico submarino

CABOS ÓPTICOS

Os cabos ópticos submarinos são instalados no leito do oceano a um

custo de vários bilhões de dólares por navios especializados. O trabalho

é feito em duas etapas: com o navio movendo-se lentamente é

depositado o cabo no leito do oceano; um instalador robótico conectado

ao cabo cava uma cova rasa no leito do oceano e enterra o cabo na

mesma velocidade. Para que a degradação do sinal seja a menor

possível, o cabo precisa ser instalado em trechos perfeitamente retos, o

que demanda uma navegação especialmente precisa.

Lançamento do cabo óptico submarino

CABOS ÓPTICOS

Cabos internos:

Utilizados em instalações no interior de edifícios. Com características de

não propagação à chama, estes cabos são indicados para instalações

internas em centrais telefônicas, prédios comerciais, industriais ou

aplicações onde seja exigido segurança a não propagação de fogo.

Cabos pára-raios (OPGW – Optical Ground Wire)

É um cabo especial utilizado em linhas de transmissão de energia

elétrica. Os cabos que transportam energia elétrica são suportados por

altas torres e delas convenientemente isolados. São linhas de longa

distância levando energia elétrica, em alta tensão, das usinas geradoras

até as cidades, as quais servem. Pelo topo das torres, acima das linhas

de transmissão, passa um cabo pára-raios, que protege as linhas da

incidência de raios atmosféricos.

CABOS ÓPTICOS

Com o advento das fibras ópticas, este cabo pára-raios passou a ter

fabricação especial. Ele é oco e no seu interior passa um cabo óptico de

características especiais. Geralmente ele é composto de 8 ou até 24

fibras, do tipo multimodo de índice gradual e com 50 µm de diâmetro,

utilizando as janelas de 850 e 1300 nm. Este cabo serve para a

transmissão de sinais de telessupervisão e telecomando, das unidades

que compõem a linha de transmissão, bem como para a transmissão de

mensagens administrativas entre os órgãos da empresa de energia

elétrica, ao longo da rota. Podem, também, serem utilizados para

comunicações públicas mediante convênios firmados entre as

operadoras de telecomunicações e as empresas de transmissão de

energia elétrica.

Cabo óptico pára-raio (OPGW)

CABOS ÓPTICOS

Cabos drop

Recomendado para utilização em redes FTTH (Fiber To The Home –

fibra até a casa) para acesso final ao cliente em redes FTTH. Sua

construção tipo figura 8, confere ao produto grande facilidade de

instalação e confiabilidade da rede somado ao baixo custo de instalação

e manutenção. Apresenta desempenho mecânico adequado para

instalações em vão máximo de 80 metros com flecha de 1%, podendo

ser instalado em linhas de dutos ou eletrocalhas.

Cabo óptico drop

CABOS ÓPTICOS

As estruturas construtivas dos cabos de fibra óptica atualmente em uso

são:

-Estrutura tipo Solta: LOOSE;

-Estrutura tipo Compacta: TIGHT;

-Estrutura tipo "V": GROOVE;

-Estrutura tipo Fita: RIBBON.

CABOS ÓPTICOS

Em uma estrutura do tipo LOOSE as fibras são alojadas dentro de um

tubo cujo diâmetro é muito maior que os das fibras, isto por si só isola

as fibras das tensões externas presentes no cabo tais como tração,

flexão ou variações de temperatura. Ainda dentro deste tubo é

aplicado um gel derivado de petróleo para protegê-las da umidade

externa.

Estrutura tipo Solta: LOOSE

CABOS ÓPTICOS

Em uma estrutura do tipo TIGHT, as fibras recebem um revestimento

secundário de nylon ou poliéster que é extrusado diretamente sobre a

fibra. As fibras após receberem este revestimento, são agrupadas

juntas com um elemento de tração que irá dar-lhe resistência

mecânica. Sobre este conjunto é aplicado um revestimento externo

que irá proteger o cabo contra danos físicos.

Estrutura tipo Compacta: TIGHT

CABOS ÓPTICOS

Em uma estrutura do tipo GROOVE as fibras ópticas são acomodadas

soltas em uma estrutura interna do tipo ESTRELA. Este estrutura

apresenta ainda um elemento de tração ou elemento tensor

incorporado em seu interior, a função básica deste elemento é de dar

resistência mecânica ao conjunto. Uma estrutura deste tipo permite

um número muito maior de fibras por cabo.

Estrutura tipo V: GROOVE

CABOS ÓPTICOS

A estrutura do tipo RIBBON é derivada da GROOVE. Aqui as fibras

são agrupadas horizontalmente e envolvidas por uma camada de

plástico, tornando-se um conjunto compacto que é então empilhado

sobre si, formando uma estrutura compacta que é inserida na

estrutura GROOVE, tornando um cabo com uma grande capacidade

de fibras, podendo chegar a mais de 3.000 fibras por cabo.

Estrutura tipo Fita: RIBBON

CONECTORES ÓPTICOS

São dispositivos que possibilitam a conexão entre duas extremidades

de fibras ópticas. Os conectores ópticos são acessórios compostos de

um ferrolho, onde se encontra a terminação da fibra óptica e de uma

parte que é responsável pela fixação do corpo do conector. Na

extremidade do ferrolho é realizado um polimento para minimizar

problemas relacionados com a reflexão da luz.

Existem vários tipos de conectores de fibra óptica. O conector tem

uma função importante, já que a fibra deve ficar perfeitamente

alinhada para que o sinal luminoso possa ser transmitido sem grandes

perdas.

CONECTORES ÓPTICOS

São dispositivos que possibilitam a conexão entre duas extremidades

de fibras ópticas. Os conectores ópticos são acessórios compostos de

um ferrolho, onde se encontra a terminação da fibra óptica e de uma

parte que é responsável pela fixação do corpo do conector. Na

extremidade do ferrolho é realizado um polimento para minimizar

problemas relacionados com a reflexão da luz.

Existem vários tipos de conectores de fibra óptica. O conector tem

uma função importante, já que a fibra deve ficar perfeitamente

alinhada para que o sinal luminoso possa ser transmitido sem grandes

perdas.

CONECTORES ÓPTICOS

O LC (Lucent Connector) é um conector miniaturizado que, como

o nome sugere, foi originalmente desenvolvido pela Lucent. Ele

vem crescendo bastante em popularidade, sobretudo para uso em

fibras monomodo. Ele é o mais comumente usado em

transceptores 10 Gigabit Ethernet.

Conector LC

CONECTORES ÓPTICOS

O ST (Straight Tip) é um conector mais antigo, muito popular para

uso com fibras multimodo. Ele foi o conector predominante durante

a década de 1990, mas vem perdendo espaço para o LC e outros

conectores mais recentes. Ele é um conector estilo baioneta, que

lembra os conectores BNC usados em cabos coaxiais. Embora os

ST sejam maiores que os conectores LC, a diferença não é muito

grande.

Conector ST

CONECTORES ÓPTICOS

O tubo branco cilíndrico que aparece na ponta do conector não é a

fibra propriamente dita, mas sim o ferrolho (ferrule), que é o

componente central de todos os conectores, responsável por

conduzir o fino núcleo de fibra e fixá-lo dentro do conector. Ele é

uma peça de cerâmica, aço ou polímero plástico, produzido com

uma grande precisão, já que com um núcleo de poucos mícrons

de espessura, não existe muita margem para erros.

A ponta da fibra (fixada no ferrolho) precisa ser perfeitamente

limpa, já que qualquer sujeira pode prejudicar a passagem da luz,

atenuando o sinal. Além de limpar a ponta antes da conexão, é

importante que ela seja protegida usando o protetor plástico que

acompanha o cabo enquanto ele estiver sem uso.

CONECTORES ÓPTICOS

O conector SC foi um dos conectores mais populares até a virada do

milênio. Ele é um conector simples e eficiente, que usa um sistema

simples de encaixe e oferece pouca perda de sinal (atenuação). É

bastante popular em redes Gigabit com fibras multimodo e

monomodo, mas vem perdendo espaço para o LC.

O conector MT-RJ (Mechanical Transfer Registered Jack) é um

padrão novo, que utiliza um ferrolho quadrado, com dois orifícios

(em vez de apenas um) para combinar as duas fibras em um único

conector, pouco maior que um conector telefônico. Ele vem

crescendo em popularidade, substituindo os conectores SC e ST

em cabos de fibra multimodo, mas não é muito adequado para

fibras monomodo.

Conector SCConector MT-RJ

EMENDAS DE FIBRAS

Além do uso de conectores, é possível também unir fibras (processo

chamado de splicing) usando dois métodos. O primeiro é o processo

de fusão (fusion splicing), onde é usado um arco elétrico para soldar

as duas fibras, criando uma junção permanente. As máquinas de

fusão atuais fazem a junção de forma semi-automatizada, o problema

é que eles são muito caros de forma que são acessíveis apenas à

empresas especializadas.

O segundo é um processo mecânico (mechanical splicing), onde é

usada uma emenda de aplicação manual. As duas extremidades da

fibra são unidas usando um suporte e coladas com uma resina

especial, desenvolvida para não obstruir a passagem da luz. Como

a junção é bem mais frágil que o fio original, o trecho é reforçado

externamente para evitar uma nova ruptura.

Máquina de fusão Emenda mecânica

DIVISOR ÓPTICO

Divisor óptico

O splitter óptico, ou divisor óptico, é um elemento passivo utilizado

em redes PON (Passive Optical Networks ou Redes Ópticas

Passivas) que realiza a divisão do sinal óptico proveniente de uma

fibra para várias outras.

A utilização de divisores em uma rede óptica proporciona a

arquitetura ponto-multiponto, ou seja, uma fibra ou cabo proveniente

da central se subdivide para atendimento a inúmeros usuários em

diferentes localidades.

FIBRA ATÉ A CASAFIBER TO THE HOME (FTTH)