CURSO DE FORMAÇÃO - appf.pt · caracterização dos verbos principais que selecionam être como...

7
UNIVERSITÉ D'ÉTÉ DU FRANÇAIS 13-16 de julho 2015 Ensinar Português e Francês: olhares cruzados CONFERÊNCIA E OFICINAS CURSO DE FORMAÇÃO (25 horas - 1 crédito) Registo de acreditação: CCPFC/ACC 82668/15 para os grupos de docência 210, 300 e 320.

Transcript of CURSO DE FORMAÇÃO - appf.pt · caracterização dos verbos principais que selecionam être como...

UNIVERSITÉ D'ÉTÉ DU FRANÇAIS

13-16 de julho 2015

Ensinar Português e Francês: olhares cruzados

CONFERÊNCIA E OFICINAS

CURSO DE FORMAÇÃO(25 horas - 1 crédito)

Registo de acreditação: CCPFC/ACC 82668/15 para os grupos de docência 210, 300 e 320.

Le Clézio et l'esthétique du fait divers

Professora Doutora Cristina Almeida Ribeiro Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Collectionneur avoué de faits divers découpés dans la presse, Le Clézio est un de ces auteurs qui

trouvent dans les événements plus ou moins banals du quotidien de quoi nourrir leur fiction. Les

nouvelles réunies sous le titre La ronde et autres faits divers en offrent d'excellents exemples,

parmi lesquels «Le jeu d'Anne», récit dont il sera question dans une analyse qui essaiera de mettre

en évidence, à partir de ce cas particulier, les enjeux d'une affabulation qui vise toujours à remplir

les vides informatifs du rapport minimal qui en est le point de départ. Fondée sur des critères

esthétiques, mêlés le plus souvent d'un apport éthique, l'amplification narrative forge un contexte,

cherche des explications, construit des circonstances, des états psychiques, des émotions et, ce

faisant, elle rend aux protagonistes des faits la dimension humaine dont ils avaient été, de prime

abord, dépossédés. (Pour mieux illustrer cette démarche, il y aura quelques remarques

complémentaires concernant «Ariane» et «La ronde».)

Bibliographie

%D'HUMIERES, C. (2009). «Dans le labyrinthe de Le Clézio: 'Ariane', image mythique d'une réalité angoissante». Image [&] Narrative [e-journal], 10:2. URL: http://www.imageandnarrative.be/l_auteur_et_son_imaginaire/DHumieres.htm

%HANQUIER, E. (1991) «Parole et silence chez Le Clézio». Communication et Langages, 89, 3.ème trimestre, pp.18-29.

%LE CLEZIO, J. M. G. (1990). La ronde et autres faits divers. Paris, Gallimard. (coll. Folio, n.º 2148)

%MAHY, F. (2010) «Errances identitaire, urbaine et narrative : 'La ronde' de Le Clézio». Mosaïque [en ligne], 5 octobre, pp.72-94. URL : https://revuemosaique.files.wordpress.com/2011/05/5-7-mahy_.pdf

%THIBAUT, B. (2009). J.M.G. Le Clézio et la métaphore exotique. Amsterdam-New York, Rodopi.

%THIBAUT, B. (1995) «Du stéréotype au mythe : l'écriture du fait divers dans les nouvelles de J.M.G. Le Clézio». The French Review, 68:6, May, pp. 964-975.

%VAN ACKER, I. (2000) «Poétique du fait divers : J.M.G. Le Clézio, La ronde et autres faits divers», pp.77-88 dans Écrire l'insignifiant : Dix études sur le fait divers dans le roman contemporain. Réunies et publiées par Paul Pelckmans et Bruno Tritsmans.Amsterdam-Atlanta, Rodopi.

Nota: Recomenda-se a leitura prévia dos textos mencionados no resumo.

CONFERÊNCIA

2

OFICINAS

Orações relativas: entre o português e o francês, a análise contrastiva na base da aprendizagem.

Professora Doutora Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Nesta oficina, começaremos por fazer uma caracterização das orações relativas em português e em

francês. Apresentaremos dados que mostram que alguns tipos de oração relativa são de aquisição

tardia ou são mesmo estruturas em que se observa variação na gramática adulta, salientando as

consequências desse facto para a produção escrita ou oral, quer em português quer em francês.

Exploraremos de seguida exercícios que permitem construir conhecimento explícito sobre orações

relativas em português, centrando-nos na identificação deste tipo de orações e na identificação da

função sintática do constituinte relativo. Veremos de que forma esse conhecimento pode ser

transposto para o francês, mas veremos também que a compreensão de alguns aspetos da gramática

do francês (por exemplo, o contraste que / qui) é uma oportunidade para refletir sobre a estrutura

das relativas, independentemente da língua.

Bibliografia

%classe de FLE. Relatório da Prática de Ensino Supervisionada. Mestrado em Ensino de Português e Francês. Universidade de Lisboa.

%COSTA, M. J. (2014). Entre a gramática e a escrita: a descrição e as orações relativas com antecedente. Relatório da Prática de Ensino Supervisionada. Mestrado em Ensino de Português e Espanhol. Universidade de Lisboa.

%FONTES, E. (2008) A produção de frases relativas restritivas no final do 1º e do 2º ciclos do Ensino Básico. Dissertação de Mestrado em Linguística Educacional. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

%MATEUS, M. H., A. M. BRITO, I. DUARTE & I. H. FARIA (com a colaboração de S. FROTA, G. MATOS, F. OLIVEIRA, M. VIGÁRIO, A. VILLALVA) (2003). Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho.

%PERES, J. & T. MÓIA (1995). Áreas Críticas da Língua Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho.

%VALENTE, P. (2008). Produção de frases relativas em alunos do terceiro ciclo do ensino básico e do ensino secundário. Dissertação de Mestrado em Linguística Educacional. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Ana Lúcia Santos

CHAMORRO, J. S. (2014). Contributions pour l'enseignement / apprentissage des structures relatives en

3

À descoberta dos tempos compostos em Português Língua Materna e em Francês Língua Estrangeira: questões terminológicas e morfossintáticas

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Este ateliê tem como objeto de estudo a construção dos tempos compostos, na forma ativa, em

português e em francês, com particular ênfase na seleção dos auxiliares. Como é sabido, enquanto,

em português, o auxiliar especializado na formação dos tempos compostos é ter (ou a variante

haver em texto escrito formal), o francês dispõe de dois auxiliares (avoir e être), cuja distribuição

decorre da subclasse a que pertence o verbo principal. Assim, em primeiro lugar, proceder-se-á à

caracterização dos verbos principais que selecionam être como seu auxiliar, mostrando que esse

conhecimento pode ajudar os alunos de FLE a compreender e aplicar as regras que regem tal

seleção. Tal descrição contribuirá, também, para uma análise comparada das terminologias

linguísticas portuguesa e francesa no que diz respeito às subclasses de verbos e aos tempos verbais.

Em segundo lugar, partindo da caracterização apresentada, serão construídas propostas de

atividades a aplicar no contexto do ensino de FLE.

Bibliografia

%%GREVISSE, M. & A. GOOSE (1986), 12è éd. Le bon usage. Paris-Gembloux, Éditions Duculot.

%MIOTO, C. & M. C. FIGUEIREDO SILVA (2007). Uma contribuição para aquisição de segunda língua: auxiliares e pronomes partitivos em italiano e francês. D.E.L.T.A., 23:esp., 2007 (243-281).

%RAPOSO et al. (orgs.) (2013). Gramática do Português. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.

%RIEGEL, M., J.C. PELLAT & R. RIOUL (1994). Grammaire méthodique de français. Paris, PUF.

%TOMASSONNE, R. (1996). Pour enseigner la grammaire. Paris, Delagrave.

L'éducation citoyenne par le théâtre

Doutora Célia Anágua Associação Portuguesa dos Professores de Francês

Cet atelier vise essentiellement à mettre en œuvre des activités qui peuvent favoriser une éducation

citoyenne à travers des jeux pour créer une dynamique de groupe en liant connaissance et en

développant des projets collectifs..

Bibliographie

%CORMANSKY A. (2005). Techniques dramatiques : activités d'expression orale. Hachette Français Langue Étrangère.

%HINGLAIS S. (2011). Enseigner le français par des activités d'expression et de communication. Retz.

%PAYET A. (2010). Activités théâtrales en classe de langue. CLE International.

%TREFFANDRIER F., PIERRE M. (2012). Jeux de théâtre, collection : Les Outils malins du FLE. PUG.

Professora Doutora Anabela Gonçalves, Professora Doutora Matilde Miguel

GARDES-TAMINE, J. (1998), [3è éd.], La grammaire. Syntaxe. Paris, Armand Colin.

Paris,

Paris,

Paris,

Grenoble,

4

À la découverte des mots venus d'ailleurs - regards croisés français-portugais

Professora Doutora Christina DechampsFaculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Associação Portuguesa dos Professores de Francês

Cet atelier a pour objectif de souligner la diversité et la richesse des emprunts au français et au

portugais dans chacune de ces deux langues, tout en proposant divers parcours pédagogiques à

adopter dans les classes de français du 3e cycle de l'enseignement de base et de l'enseignement

secondaire. De plus, ces parcours pédagogiques permettront- nous l'espérons - de donner de

nouvelles idées pour un enseignement/apprentissage du lexique plus efficace, souvent délaissé au

profit de la grammaire, alors que celui-ci peut réellement de mettre en évidence le bagage lexical

commun aux deux langues ainsi que les divers échanges lexicaux qui ont surgi au cours des temps.

Bibliographie

CERQUIGLINI, B. et alii (2000) : Tu parles !? Le français dans tous ses états. Paris, Flammarion.

FREITAS, T. et alii (2003): «O processo de integração dos estrangeirismos no português europeu.» in [http://www.iltec.pt/pdf/wpapers/2003-redip-estrangeirismos.pdf] (consulté le 30/4/2015)

PICOCHE, J. (1993) : Didactique du vocabulaire français. Paris, Nathan Université.

VILALVA, A. (2008) : O Léxico do português. In [http://www.clul.ul.pt/files/alina_villalva/MP_cap2.pdf] (consulté le 30/4/2015)

WALTER, H. (1988) : Le français dans tous les sens. Paris, Livre de poche.

WALTER, H. (1997) : L'aventure des mots français venus d'ailleurs. Paris, Robert Laffont.

VON WARTBURG, W. (1988) : Évolution et structure de la langue française. Berne, éd. Francke.

Créer des QCM interactifs

Doutora Elisabete PiresAssociação Portuguesa dos Professores de Francês

Cet atelier permettra de connaître et de travailler une application en ligne qui sert à générer des

QCM interactifs. Ce logiciel peut être utilisé en classe sur tablette, smarphone ou ordinateur et

donne la possibilité aux élèves de s'autoévaluer et de visualiser leur degré de réussite.

Bibliographie

CANOPE (2013). Les jeux sérieux: Dossier Savoirs CDI. Toulouse : Centre régional de documentation pédagogique de Toulouse. http://www.cndp.fr/savoirscdi/cdi-outil-pedagogique/apprentissage-et-construction-des-savoirs/education-et-pedagogie-reflexion/les-jeux-serieux.html#c9678

MICHAUD, A. (2008). Serious games. Advergaming, edugaming, training… . Montpellier: IDATE. http://ja.games.free.fr/ludoscience/PDF/EtudeIDATE08_VF.pdf

PATRICK, F. (2009) .Les jeux électroniques en classe. Manuel pour l'enseignant. Bruxelles: European Schoolnet EUN Partnership AISBL. http://games.eun.org/upload/GIS_HANDBOOK_FR.PDF

QUINCHE, F. (2013). Apprendre avec les jeux vidéo: Game Based Learning. Berne : Educa.ch : Institut suisse des médias pour la formation continue. ( )

%%

%%

%%%

%

%

%

%

http://guides.educa.ch/sites/default/files/educa.guide_gamebasedlearning_fr_0.pdf5

Transpor termos e conceitos gramaticais do português para o francês

Professora Doutora Filomena ViegasAssociação de Professores de Português

Esta oficina consiste numa breve apresentação da gramática do português e do francês, enquanto

conhecimento explícito de regras, termos e conceitos, entendidos como objeto de estudo em si

mesmo e ao serviço da melhoria dos desempenhos no modo oral e no modo escrito. Será abordada a

transposição didática de termos e conceitos tais como as construções partitivas; as funções

sintáticas de pronomes pessoais, relativos e indefinidos; as palavras gramaticais En e Y. Também

serão consideradas formas perifrásticas, no francês, e complexos verbais com auxiliares aspetuais,

temporais e modais, no português.

Bibliografia

(1997). Terminologie grammaticale. France : Ministère de l'éducation nationale, de la recherche et de la technologie. Direction des enseignements scolaires – Inspection générale des Lettres.

AA.VV. (2013). Gramática do Português, Volumes I e II. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.

BENTOLILA, A. (2006). Rapport de Mission sur l'Enseignement de la Grammaire. FRANCE. Ministère de l'éducation nationale, de l'enseignement supérieur et de la recherche (http://media.education.gouv.fr/file/68/3/3683.pdf. Cons. em 19-05-2015)

CHARAUDEAU, P. (1992). Grammaire du sens et de l'expression (éd. 2006). Paris, Hachette.

CHEVALIER, J-C. et al (1964). Grammaire Larousse du Français Contemporain. (éd. 1971). Paris, Librairie Larousse.

DT- Dicionário Terminológico para consulta em linha. http://dt.dgidc.min-edu.pt/ (consultado em 19-05-2015)

GREVISSE, M.(1986). Le bon usage, grammaire française, (12e eìd. ref. par Andreì Goosse). Paris – Louvain-la-Neuve, Ed. Duculot.

Fraseologia, Criatividade e Tradução

Professora Doutora Guilhermina JorgeFaculdade de Letras da Universidade de Lisboa

A fraseologia constitui, dadas as suas idiossincrasias, uma frente de resistência à tradução e, ao

mesmo tempo, um elemento central do processo tradutológico. A fraseologia pressupõe, por parte

do tradutor, uma postura dinâmica e reflexiva sobre a língua e o primeiro passo do trabalho em

tradução passa pela reconhecimento e processamento das estruturas fixas, mostrando assim o papel

central da leitura, interpretação e cognição na formação do tradutor. Se acrescentarmos que a

fraseologia ganha, no uso da língua, uma dimensão criativa e dinâmica, visível nas acções de

%

%%

%%

%%

6

desconstrução que os falantes operam nessas estruturas, então, a tradução da fraseologia tem de ter

um lugar privilegiado na reflexão sobre a formação na área da tradução.

Bibliografia

ALMELA, R. et Al. (ed.) (2005). Fraseología Contrastiva. Universidade de Murcia, Servicio de Publicaciones.

ALVES, I. M. (2007). “Neologia e níveis de análise lingüistica”. In Isquerdo, A. N. e I. M. Alves (2007). As ciências do léxico. Lexicologia, lexicografia, terminologia. Campo Grande, Associação Editorial Humanitas.

BARRENTO, J. (2002). O Poço de Babel. Para uma poética da tradução literária. Lisboa, Relógio d'Água.

BERMAN, A. (1985). «La traduction et la lettre ou l'auberge du lointain», in Les tours de Babel. Essais sur la traduction. Mauvezin, Trans-Europ-Repress.

GUILBERT, L. (1975). La créativité lexicale. Paris, Larousse.

JORGE, G. (2005). “Periplo pola fraseoloxía portuguesa: abordaxe lexicográfica”. Cadernos de Fraseoloxía Galega, nº 7. Santiago de Compostela, Centro Ramón Piñeiro, Xunta de Galicia.

JORGE, G. (2010). “Créativité et expression figée: entre syntaxe et sémantique”. In Castro, C. A. e F. M. B. Campa (eds) (2010). Liens linguistiques. Études sur la combinatoire et la hiérarchie des composants. Berne, Peter Lang.

PALMA, S.(2007). Les éléments figées de la langue. Étude comparative français-espanhol. Paris, L'Harmattan.

En France, «tout finit par des chansons» !

Professora Doutora Kelly BasílioFaculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Cet atelier se propose de présenter une brève histoire de la chanson française et de sa participation à

l'histoire de France à travers l'écoute et l'étude de quelques chansons engagées et poétiques.

Bibliographie

BEAUVAIS, R. (1965). Guy Béart, Poésies et chansons, Paris, Pierre Seghers Editeur.

BONNAFE, A. (1970). Georges Brassens, Poésies et chansons, Paris, Pierre Seghers Editeur.

BRASSENS, G., (2007). Œuvres complètes : chansons, poèmes, romans, préfaces, écrits libertaires, correspondance, Paris, Le Cherche midi.

CLOUZET, J. (1967). Jacques Brel?, Poésies et chansons, Paris, Pierre Seghers Editeur.

ETIENNE, Ch. (1962). Léo Ferré, ?Poésies et chansons, Paris, Pierre Seghers Editeur.

%%

%%

%%

%

%

%%%

%%

Comissão Organizadora

Carlos Oliveira,

Cristina Avelino,

Elisabete Pires,

Francine Arroyo.

7