Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

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Curso sobre Fundamentos da Educação Pedagogia Histórico-Crítica Prof. Ms. Adnilson José da Silva Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO Guarapuava - PR

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Trata-se de um conjunto de slides utilizados em um curso sobre Pedagogia Histórico-Crítica, por Adnilson José da Silva

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Page 1: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Curso sobre

Fundamentos da Educação

Pedagogia Histórico-Crítica

Prof. Ms. Adnilson José da Silva

Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO

Guarapuava - PR

Page 2: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Programa

Pedagogia Histórico-Crítica

Fundamentos político-pedagógicos

O estudo das teorias / tendências a que se filiam esses autores permite compreender os sentidos das suas propostas, superando, assim, a simples memorização.

A abordagem é embasada também nos conteúdos constantes do Edital do Concurso Público, e ajuda a entendê-los melhor.

Educação, trabalho e cidadania

Função social da escola

outros...

Page 3: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Trabalho

latim tripallium

Instrumento de tortura formado por três paus

Page 4: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Modelos de produção industrial

Taylorismo /

Fordismo

Toyotismo Volvismo

Sistema MECÂNICO de produção

Sistema ELÉTRICO

de produção

Sistema ELETRÔNICO de produção

o trabalhador age sozinho

os trabalhadores agem em grupos

os trabalhadores dependem de um supervisor central

os trabalhadores tomam decisões

a escola ensina o controle do tempo e do

espaço

os currículos incluem relações humanas, criatividade e formação continuada

HABILIDADES e COMPETÊNCIAS

Page 5: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

No novo modelo (toyotista e volvista) de produção requer as seguintes habilidades e competências:

Organizar e dirigir situações de trabalho

Administrar a progressão dos processos

Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação

Envolver os demais sujeitos em seu trabalho

Trabalhar em equipe

Participar da gestão coletiva

Utilizar novas tecnologias

Administrar sua própria formação continuada

São também as “novas

competências para ensinar”,

segundo PERRENOUD

Page 6: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

“A procura de homens regula necessariamente a

produção de homens como de qualquer outra

mercadoria. Se a oferta é muito maior que a procura ,

então parte dos trabalhadores cai na miséria ou na

fome. Assim, a existência do trabalhador torna-se

reduzida às mesmas condições que a existência de

qualquer outra mercadoria. O trabalhador transformou-

se numa mercadoria e terá muita sorte se puder

encontrar um comprador. E a procura, à qual está

sujeita a vida do trabalhador, é determinada pelo

capricho dos ricos e dos capitalistas.”

(MARX, 2004, p. 66, com grifos do original)

Page 7: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 8: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

1. O sistema de produção industrial

caracterizado pelo paradigma

mecânico é o

a) taylorista / fordista

b) toyotista

c) volvista

Page 9: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

2. O sistema de produção industrial em

que o trabalhador precisa desenvolver

capacidades para implementar novas

tecnologias e tomar decisões referentes

ao incremento dos processos produtivos

é o

a) taylorista / fordista

b) toyotista

c) volvista

Page 10: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

3. No modelo produtivo chamado de

toyotismo, os trabalhadores passaram a

a) desenvolver atividades laborais

individualmente

b) dominar todo o processo produtivo

c) desenvolver atividades laborais

coletivamente

Page 11: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

4. Na medida em que se superou o paradigma mecânico de produção, rumo às configurações flexíveis dos sistemas industriais,a) extrapolou-se o modelo taylorista / fordista e se exigiu dos trabalhadores novas habilidades e competências laboraisb) valorizou-se ainda mais as capacidades de cálculo e de domínio das relações espaço-temporais nos ambientes fabrisc) a figura do supervisor central se tornou ainda mais necessária

Page 12: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

5. Em relação à evolução dos modelos e

produção industrial, pode-se dizer que a escola

a) foi atualizada, reforçando os conteúdos de

cálculo, classificação e disciplina corporal

b) ficou desatualizada, restrita aos saberes

matemáticos, lingüísticos e de educação física

basilares

c) foi atualizada em seus currículos, mais

direcionada para as capacidades criativas, de

relações humanas e de liderança

empreendedora

Page 13: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

6. Considerando que cada grupo que se torna

hegemônico, ocupando e exercendo o poder

político, se vale de intelectuais que disseminam a

sua ideologia, pode-se afirmar que a passagem dos

governos FHC e de Jaime Lerner e a ascensão dos

governos Lula e Requião implicaram

a) na substituição de Saviani por Perrenoud como

referência para as políticas educacionais

b) na substituição de Perrenoud por Saviani como

referência para as políticas educacionais

c) na substituição de Saviani por Marx como

referência para as políticas educacionais

Page 14: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A Pedagogia Histórico-Crítica

é uma teoria marxista da Educação

é uma teoria da Educação filiada às políticas de esquerda

é uma teoria embasada na dialética materialista e no materialismo histórico/dialético

como Marx concebe a educação?

quais são as tendências pedagógicas de esquerda?

quais são as tendências pedagógicas de direita?

o que são políticas de esquerda?

o que são políticas de direita?

o que é dialética materialista?

o que é materialismo histórico/dialético?

Page 15: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Modernidade industrial

Revolução industrial (Europa, século XVIII)incorporação de

tecnologia no processo produtivo

êxodo rural

formação de cidades

concentração de renda

X

aumento da pobreza

Page 16: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Para Marx, o trabalho é uma capacidade exclusivamente humana

O homem planeja antes de executar o trabalho.

O trabalho deve satisfazer o homem.

no sistema capitalista o

trabalho desumaniza o

homem, gerando a

alienação.

PORÉM

Page 17: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Nas obras Nas obras Manuscritos Econômico-fiosóficosManuscritos Econômico-fiosóficos, , A Sagrada A Sagrada FamíliaFamília, , A Ideologia AlemãA Ideologia Alemã e e A Miséria da FilosofiaA Miséria da Filosofia, , Marx e Engels testificam que em funçãoMarx e Engels testificam que em função “ “do idiotismo do idiotismo do ofício, gerado pela divisão do trabalhodo ofício, gerado pela divisão do trabalho” ” oo ““indívíduo não vai além de um desenvolvimento indívíduo não vai além de um desenvolvimento unilateral, mutiladounilateral, mutilado”, ”, sendosendo “ “considerado pela considerado pela economia política como besta de carga ou peão, um economia política como besta de carga ou peão, um animal reduzido às mais estritas necessidades animal reduzido às mais estritas necessidades corporaiscorporais”. ”.

Essa é a tal da alienação.Essa é a tal da alienação.

O sujeito O sujeito alienadoalienado é é unilateralunilateral, ou seja, tem , ou seja, tem desenvolvidas somente as capacidades de produção desenvolvidas somente as capacidades de produção industrial, industrial, sem que evoluam as suas capacidades sem que evoluam as suas capacidades políticas e estéticaspolíticas e estéticas..

Page 18: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A divisão do trabalho torna o trabalhador “A divisão do trabalho torna o trabalhador “cada vez mais cada vez mais unilateral e dependenteunilateral e dependente” por exigir especializações sempre ” por exigir especializações sempre crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos às máquinas e aos processos industriais. (MARX)às máquinas e aos processos industriais. (MARX)

Page 19: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Com a automatização

O trabalho humano foi substituído pelas máquinas.

O homem continua perdendo sua “humanidade”.

Gerou-se um grande número de desempregados.

“Para qualificar o escravo, Aristóteles emprega a expressão instrumento animado. (...) O robô é isso: uma máquina que dispensa o operador, um instrumento que trabalha sozinho e, portanto, um instrumento animado.”

SAUTET, Marc. Um café para Sócrates. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. p. 262-3

Page 20: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

“Quanto mais o trabalhador produz, menos tem de consumir; quanto

mais valores cria, mais sem valor e desprezível se torna; quanto mais

refinado o seu produto, mais desfigurado o trabalhador; quanto mais

civilizado o produto, mais desumano o trabalhador; quanto mais

poderoso o trabalho, mais impotente se torna o trabalhador; quanto

mais magnífico e pleno de inteligência o trabalho, mais o trabalhador

diminui em inteligência e se torna escravo da natureza.”

(MARX, Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 113)

Tempos Modernos. Charles Chaplin

Alienação

Page 21: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Como antítese à unilateralização, o conceito marxista de politecnia propõe “(...) a síntese dialética entre formação geral, formação profissional e formação política, promovendo o espírito crítico no sentido de uma qualificação individual e do desenvolvimento autônomo e integral dos sujeitos como indivíduos e atores sociais, possibilitando não só a sua inserção mas a compreensão e o questionamento do mundo tecnológico e do mundo sociocultural que os circundam.” (DELUIZ, 1996)

A PHC se orienta por um modelo de sujeito que supera o estado de alienação.

Trata-se da pessoa onilateral, formada pelo princípio da politecnia.

Mas, o que é POLITECNIA?

Page 22: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Embora não tenham escrito exclusivamente sobre educação, Marx e Engels falam de um modelo de pessoa onilateral.

A pessoa onilateral é o oposto da pessoa unilateral.

A formação unilateral

(alienadora)

“[...] o trabalhador transformou-se numa mercadoria” (MARX)

A formação onilateral

(politécnica)

“[...] a ratificação do homem como ser genérico lúcido”. (MARX)

formado exclusivamente

para a produção

formado para o trabalho, para a política e para as

artes

Page 23: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 24: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

7. O conceito marxista de alienação nasce da

constatação de que no sistema capitalista de

produção

a) o trabalhador se desenvolve na mesma medida

em que se desenvolve o seu trabalho

b) o trabalhador se beneficia do seu trabalho como

fator de evolução espiritual

c) o trabalhador se caracteriza como mero

instrumento produtivo

Page 25: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

8. A divisão do trabalho torna o trabalhador “cada vez mais

unilateral e dependente” por exigir especializações sempre

crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos

às máquinas e aos processos industriais. (MARX) Isso

significa que

a) a unilateralização decorre do processo de alienação e

impede o sujeito de desenvolver sua sensibilidade e sua

capacidade crítica

b) a unilateralização combate a alienação ao exigir do

trabalhador que desenvolva sua sensibilidade e sua

capacidade crítica

c) a unilateralização decorre da alienação ao exigir do

trabalhador que desenvolva sua sensibilidade e sua

capacidade crítica

Page 26: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

9. A onilateralização é um processo pelo qual os

sujeitos

a) se tornam dependentes do sistema produtivo

para poderem desenvolver as capacidades de

crítica e a sensibilidade estética

b) superam a alienação e desenvolvem as

capacidades de crítica e a sensibilidade estética

c) cristalizam as relações entre a evolução dos

meios de produção e as suas liberdades individuais

Page 27: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

10. É correto afirmar que

a) A politecnia é a base formadora necessária para

proporcionar a superação da unilateralidade em que a

formação voltada exclusivamente para capacitação

produtiva mantém o trabalhador.

b) A politecnia é a base formadora necessária para

proporcionar a superação da onilateralidade em que a

formação voltada exclusivamente para capacitação

produtiva mantém o trabalhador.

c) A politecnia não é a base formadora necessária para

proporcionar a superação da unilateralidade em que a

formação voltada exclusivamente para capacitação

produtiva mantém o trabalhador.

Page 28: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

11. O conceito marxista de politecnia pode ser

entendido como

a) a oposição dialética entre formação geral,

formação profissional e formação política

b) a síntese dialética entre formação unilateral,

formação profissional e formação política

c) a síntese dialética entre formação geral,

formação profissional e formação política

Page 29: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

12. Respectivamente, a formação unilateral e a

formação onilateral designam as situações em que

o trabalhador

a) “[...] transformou-se numa mercadoria” (MARX)

e é formado para o trabalho, para a política e para

as artes

b) é formado para o trabalho, para a política e para

as artes e “[...] transformou-se numa mercadoria”

(MARX)

c) nda

Page 30: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Com base em Marx se explicitam as relações entre

EDUCAÇÃO

TRABALHO

CIDADANIA

alienado

X

politécnico

marginalizaçãopolítica

X

centralidade política

unilateral

X

onilateral

Page 31: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Relações entre EDUCAÇÃO, TRABALHO e CIDADANIA

EDUCAÇÃO unilateral

TRABALHO alienadoO

implica uma

que colabora para uma

CIDADANIA de marginalidade política.

OTRABALHO politécnicoimplica uma

EDUCAÇÃO onilateral

que colabora para uma

CIDADANIA de centralidade política.

X

Page 32: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 33: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

13. Sobre as relações entre educação e trabalho,

pode-se afirmar que

a) a educação onilateral está relacionada ao

trabalho alienado

b) a educação unilateral está relacionada ao

trabalho politécnico

c) a educação unilateral está relacionada ao

trabalho alienado

Page 34: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

14. Sobre as relações entre trabalho e educação, é

possível dizer que

a) o trabalho politécnico está relacionado à

educação alienadora

b) o trabalho alienado está relacionado à educação

onilateral

c) o trabalho politécnico está relacionado à

educação onilateral

Page 35: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

15. Sobre as relações entre trabalho e cidadania,

diz-se que

a) o trabalho alienado se relaciona à

marginalização política

b) o trabalho politécnico se relaciona à

marginalização política

c) o trabalho alienado se relaciona à centralidade

política

Page 36: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

16. Sobre as relações entre trabalho e cidadania, é

correto afirmar que

a) a centralidade política não está para o trabalho

politécnico

b) a centralidade política está para toda forma de

trabalho

c) nda

Page 37: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

17. Sobre as relações entre educação e cidadania,

pode-se afirmar que

a) a educação unilateral está para a centralidade

política

b) a educação onilateral está para a centralidade

política

c) a educação onilateral não está para a

centralidade política

Page 38: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

18. Sobre as relações entre cidadania e educação,

é correto afirmar que

a) a centralidade política está para o

desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade

crítica

b) a marginalidade política está para o

desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade

crítica

c) nda

Page 39: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A PHC prevê uma ascensão epistemológica, ou seja, uma evolução no conhecimento.

SOPHÓI

EPISTÉME

DOXA

sabedoria

senso comum

conhecimento científico

Aqui a pessoa aprende muita coisa boa, mas Aqui a pessoa aprende muita coisa boa, mas ainda está presa a algumas idéias que não ainda está presa a algumas idéias que não correspondem à realidade. Por exemplo: correspondem à realidade. Por exemplo: pode ter bom coração, mas acredita em pode ter bom coração, mas acredita em mula-sem-cabeça e deixa que políticos mula-sem-cabeça e deixa que políticos

corruptos a enganem.corruptos a enganem.

Aqui a pessoa consegue entender o que Aqui a pessoa consegue entender o que acontece no mundo, sem as sombras das acontece no mundo, sem as sombras das

dúvidas e do medo. Entende a si mesma e o dúvidas e do medo. Entende a si mesma e o meio em que vive. Sabe do presente e do meio em que vive. Sabe do presente e do

passado. Tem melhores condições de passado. Tem melhores condições de trabalhar e de apreciar as artes e a cultura.trabalhar e de apreciar as artes e a cultura.

Aqui a pessoa sabe diferenciar o BEM e o MAL Aqui a pessoa sabe diferenciar o BEM e o MAL e tem CONHECIMENTO para agir no mundo e tem CONHECIMENTO para agir no mundo sem que ninguém a explora, a engane e a sem que ninguém a explora, a engane e a

faça sofrer.faça sofrer.

Page 40: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 41: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

19. Aqui a pessoa consegue entender o que

acontece no mundo, sem as sombras das dúvidas

e do medo. Entende a si mesma e o meio em que

vive. Sabe do presente e do passado. Tem

melhores condições de trabalhar e de apreciar as

artes e a cultura.

a) nível doxológico

b) nível epistemológico

c) nível filosófico (sophói)

Page 42: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

20. Aqui a pessoa aprende muita coisa boa, mas

ainda está presa a algumas idéias que não

correspondem à realidade. Por exemplo: pode ter

bom coração, mas acredita em mula-sem-cabeça e

deixa que políticos corruptos a enganem.

a) nível doxológico

b) nível epistemológico

c) nível filosófico (sophói)

Page 43: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

21. Aqui a pessoa sabe diferenciar o BEM e o MAL

e tem CONHECIMENTO para agir no mundo sem

que ninguém a explore, a engane e a faça sofrer.

a) nível doxológico

b) nível epistemológico

c) nível filosófico (sophói)

Page 44: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

22. Entende-se que a evolução epistemológica

ocorre

a) em uma evolução qualitativa ascendente que

dispensa processos de negação

b) em uma evolução qualitativa descendente que

inclui processos de negação

c) em uma evolução qualitativa ascendente que

inclui processos de negação

Page 45: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

23. É errado afirmar que

a) o senso comum (epistéme) compreende as

aprendizagens decorrentes de processos

sistemáticos

b) o senso comum (doxa) compreende

aprendizagens decorrentes de processos

assistemáticos

c) nda

Page 46: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

24. É correto afirmar que

a) à epistéme corresponde o conhecimento

científico e cultural desenvolvido

assistematicamente

b) o conhecimento científico e cultural

desenvolvido pela humanidade compreende a

sophói

c) nda

Page 47: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Dialética

Do grego dialetiké debate

A dialética é considerada como a mais elaborada

forma de filosofia.

O debate é a arte da negação.

Mas, como ocorre a negação dialética?

Page 48: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A dialética se deflagra mediante a dinâmica entre dois elementos,

implicando em um terceiro, assim:

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE

A TESE é uma situação dada,

posta, que ocupa lugar na

consciência como verdade,

crença, convicção.

A ANTÍTESE nega a TESE.

A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação

dada, posta, ocupando lugar na consciência como nova verdade, crença, convicção.

Page 49: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A dialética se caracteriza pela continuidade, assim:

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE ANTÍTESE

SÍNTESE ANTÍTESE

eternamente...

TESE

TESE

Page 50: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 51: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

25. É correto afirmar que

a) a dialética vem do grego dialetiké e significa

diálogo

b) a dialética é considerada como a mais

elaborada forma de filosofia

c) a dialética é a arte da confirmação

Page 52: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

26. O elemento que deflagra o processo dialético é

a) a tese

b) a antítese

c) a síntese

Page 53: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

27. Uma situação dada, posta, que ocupa lugar na

consciência como verdade, crença, convicção, é

chamada, na dinâmica dialética,

a) de síntese

b) de antítese

c) de tese

Page 54: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

28. É correto que a síntese

a) é uma atualização da tese

b) é um aperfeiçoamento da antítese

c) nega tanto a tese quanto a antítese

Page 55: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

29. São características da dialética:

a) a provisoriedade, a continuidade e a

contradição

b) a contradição, a continuidade e a permanência

c) a permanência e a provisoriedade

Page 56: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

30. Há dialética quando se percebe

a) concessão entre os elementos envolvidos no

diálogo

b) contradição entre os elementos envolvidos no

debate

c) concessão entre os elementos envolvidos no

debate

Page 57: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A PHC se embasa na dialética MATERIALISTA e se opõe à dialética IDEALISTA.

dialética MATERIALISTA

dialética IDEALISTA

a dinâmica da dialética se dá

em plano mental

tudo ocorre antes em nível

mental, e somente

depois, em nível material

Hegel

idéia

prática social

Marx e Engels

a dinâmica da dialética se dá

em plano material

tudo ocorre antes em nível

material, histórico, e somente

depois, em nível mental

pauta

=

“(...) a estrutura econômica da

sociedade é a base real sobre a qual se

eleva uma superestrutura jurídica

e política e à qual correspondem formas sociais determinadas

de consciência.” (MARX)

materialismo histórico/dialético

Page 58: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Dialética

Do grego dialetiké debate

A dialética é considerada como a mais elaborada

forma de filosofia.

O debate é a arte da negação.

dialética materialista

N E G A

Ç Ã

O

Page 59: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Vamos rever a ascensão epistemológica, dialeticamente.

SOPHÓI

EPISTÉME

DOXA

sabedoria

senso comum

conhecimento científico

Compreende as opiniões aprendidas Compreende as opiniões aprendidas assistematicamente. assistematicamente.

Compreende o conhecimento científico e Compreende o conhecimento científico e cultural acumulado pela humanidade e cultural acumulado pela humanidade e

ensinados sistematicamente (pela escola). ensinados sistematicamente (pela escola).

Diz respeito às atitudes adotadas pelo Diz respeito às atitudes adotadas pelo sujeito, com conhecimento e valores, tendo sujeito, com conhecimento e valores, tendo

em vista suas intenções pessoais e políticas. em vista suas intenções pessoais e políticas.

RELAÇÃO DE NEGAÇÃORELAÇÃO DE NEGAÇÃO

RELAÇÃO DE NEGAÇÃORELAÇÃO DE NEGAÇÃO

Page 60: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 61: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

31. Segundo a dialética idealista

a) de Hegel, a dinâmica da dialética se dá em

plano mental

b) de Marx e Engels, a dinâmica da dialética se dá

em plano mental

c) nda

Page 62: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

32. Segundo a dialética materialista

a) de Hegel, a dinâmica da dialética se dá em

plano mental

b) de Marx e Engels, a dinâmica da dialética se dá

em plano mental

c) nda

Page 63: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

33. Tudo ocorre antes em nível material, histórico,

e somente depois, em nível mental

a) equivale a afirmar que o desenvolvimento das

idéias precede a prática social

b) equivale a afirmar que o desenvolvimento das

idéias é posterior à prática social

c) equivale a afirmar que o desenvolvimento da

prática social é posterior ao que ocorre no nível

das idéias

Page 64: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

34. A “(...) a estrutura econômica da sociedade é a base real

sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e

à qual correspondem formas sociais determinadas de

consciência.” Essa afirmação de Marx

a) a) equivale a afirmar que o desenvolvimento das idéias

precede a prática social

b) equivale a afirmar que o desenvolvimento das idéias é

sempre posterior à prática social

c) equivale a afirmar que o desenvolvimento da prática

social sempre é posterior ao que ocorre no nível das idéias

Page 65: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

35. Dialeticamente,

a) a sophói confirma a síntese entre doxa e

epistéme

b) a sophói é um aperfeiçoamento da doxa

c) a doxa é negada pela epistéme e pela sophói

Page 66: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

36. Diz respeito às atitudes adotadas pelo sujeito,

com conhecimento e valores, tendo em vista suas

intenções pessoais e políticas:

a) conhecimento doxológico

b) conhecimento filosófico

c) conhecimento científico

Page 67: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Relações entre EDUCAÇÃO, TRABALHO e CIDADANIA

EDUCAÇÃO unilateral

TRABALHO alienadoO

implica uma

que colabora para uma

CIDADANIA de marginalidade política.

OTRABALHO politécnicoimplica uma

EDUCAÇÃO onilateral

que colabora para uma

CIDADANIA de centralidade política.

X

RELEMBRANDO...

O que há de ideológico nisso?

A função social da escola!!!

Page 68: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Na introdução de uma antologia de textos de autoria Na introdução de uma antologia de textos de autoria de Marx e Engels sobre educação e ensino, de Marx e Engels sobre educação e ensino, organizada por MASPERO (s/d), lê-se queorganizada por MASPERO (s/d), lê-se que

Talvez exista alguma nostalgia do artesão perdido Talvez exista alguma nostalgia do artesão perdido nos socialistas utópicos, porém, não em Marx e nos socialistas utópicos, porém, não em Marx e Engels. Sua pretensão não é retornar a situações Engels. Sua pretensão não é retornar a situações pré-capitalistas nem criar o oásis do pré-capitalismo pré-capitalistas nem criar o oásis do pré-capitalismo e artesanato na sociedade industrial. (...) Marx e e artesanato na sociedade industrial. (...) Marx e Engels não pretendem voltar atrás, mas sim ir a Engels não pretendem voltar atrás, mas sim ir a frente, não pretendem voltar ao artesanato mas sim frente, não pretendem voltar ao artesanato mas sim superar o capitalismo, e essa superação só pode se superar o capitalismo, e essa superação só pode se realizar a partir do próprio capitalismo, acentuando realizar a partir do próprio capitalismo, acentuando suas contradições, desenvolvendo suas suas contradições, desenvolvendo suas possibilidadespossibilidades. (p. 4) . (p. 4)

Page 69: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Mas o que há no capitalismo como possibilidades Mas o que há no capitalismo como possibilidades que poderiam servir à causa da superação do que poderiam servir à causa da superação do homem unilateral? homem unilateral?

Certamente, o fantástico desenvolvimento científico Certamente, o fantástico desenvolvimento científico e tecnológico do qual o capital de serve que, se e tecnológico do qual o capital de serve que, se apropriado pela totalidade das pessoas, passaria a apropriado pela totalidade das pessoas, passaria a servir à coletividade sem se configurar como servir à coletividade sem se configurar como propriedade material privada.propriedade material privada.

Page 70: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A democratização dos conhecimentos produzidos A democratização dos conhecimentos produzidos pela humanidade e dos benefícios proporcionados pela humanidade e dos benefícios proporcionados por esses conhecimentos em nível material e por esses conhecimentos em nível material e espiritual constitui o ambiente do homem onilateral. espiritual constitui o ambiente do homem onilateral. Este é Este é

um nexo recíproco pelo qual o indivíduo não pode um nexo recíproco pelo qual o indivíduo não pode desenvolver-se onilateralmente se não há uma desenvolver-se onilateralmente se não há uma totalidade de forças produtivas, e uma totalidade de totalidade de forças produtivas, e uma totalidade de forças produtivas não pode ser dominada a não ser forças produtivas não pode ser dominada a não ser pela totalidade dos indivíduos livremente pela totalidade dos indivíduos livremente associados; é, em suma, o desenvolvimento original associados; é, em suma, o desenvolvimento original e livre dos indivíduos na sociedade comunista.e livre dos indivíduos na sociedade comunista. (MANACORDA, op. cit., p. 79) (MANACORDA, op. cit., p. 79)

Page 71: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Em forma de conclusão, os tipos humanos Em forma de conclusão, os tipos humanos considerados pelo pensamento marxista são considerados pelo pensamento marxista são basicamente dois: o homem unilateral e o homem basicamente dois: o homem unilateral e o homem onilateral. Para se conhecer as qualidades do onilateral. Para se conhecer as qualidades do primeiro recorre-se aos determinantes históricos de primeiro recorre-se aos determinantes históricos de sua condição e aos mecanismos que garantem a sua sua condição e aos mecanismos que garantem a sua reprodução e permanência; no tocante ao segundo, reprodução e permanência; no tocante ao segundo, se defende uma alteração radical na estrutura se defende uma alteração radical na estrutura econômica e na superestrutura jurídico-política e econômica e na superestrutura jurídico-política e ideológica para a sua realização.ideológica para a sua realização.

O homem onilateral é o projeto antropológico da O homem onilateral é o projeto antropológico da pedagogia marxista. pedagogia marxista.

Page 72: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A PHC no quadro das tendências pedagógicas

ESQUERDA

socialista

materialismo dialético

DIREITA

capitalista

liberalismoneo

positivismoCrítico-

reprodutivistas Não críticas

Para além da crítica

Escola Tradicional

Escola Nova

Tecnicismo

Teoria da Escola Dualista

Teoria da Escola como Violência Simbólica

Teoria da Escola como Aparelho Ideológico do Estado

Pedagogia Histórico-Crítica

Page 73: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 74: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

37. As tendências pedagógicas de esquerda

a) não têm orientação socialista e materialista-

dialética

b) têm orientação liberal e positivista

c) nda

Page 75: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

38. As tendências pedagógicas de direita

a) têm orientação socialista e materialista-dialética

b) não têm orientação liberal e positivista

c) nda

Page 76: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

39. São teorias não-críticas da educação

a) a Escola Tradicional, a PHC e o Tecnicismo

b) a Escola Tradicional, a Escola Nova e o

Tecnicismo

c) a Escola Tradicional, a Escola Nova e a PHC

Page 77: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

40. São teorias crítico-reprodutivistas

a) a Teoria da Escola como Aparelho Ideológico do

Estado e a Teoria da Escola como Violência

Simbólica

b) a Teoria da Escola como Violência Simbólica e a

PHC

c) a Teoria da Escola Dualista e a PHC

Page 78: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

41. As teorias crítico-reprodutivistas

a) são cinco: de Bourdieu, de Passeron, de

Baudelot, de Stablet e de Althusser

b) são três: de Bourdieu e Passeron, de Baudelot e

Stablet e de Althusser

c) são três: de Marx e Engels, de Saviani e de

Gasparin

Page 79: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

42. A PHC

a) faz a crítica do capitalismo e não apresenta PPP

b) faz a apologia do capitalismo e apresenta PPP

c) faz a crítica do capitalismo e apresenta PPP

Page 80: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Teorias não críticas

Escola Tradicional

Excluído é o sujeito ignorante de conhecimento enciclopédico.

Repassa conteúdos em quantidade, estanques, e sem articulação conceitual que permita a crítica.

Page 81: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Teorias não críticas

Escola Nova

Excluído é o sujeito deslocado socialmente, frente às instituições democráticas.

Desloca o eixo do conteúdo para os processos de aprendizagem.

Promete a inclusão total e promove uma pseudo-inclusão social.

Além de não efetivar o que prometeu, ainda eliminou o que se tinha antes, ou seja, a valorização do conteúdo.

Page 82: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Teorias não críticas

Tecnicismo

Excluído é o sujeito incompetente para as funções produtivas sofisticadas.

Enfoca a capacitação instrumental de pensamento e de ação corporal.

Promove a disciplinarização do comportamento de acordo com o modelo industrial.

Destitui a importância dos conteúdos humanísticos em favor da hipervalorização ds ciências exatas.

Page 83: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A função social da escola é vista de maneiras diferentes nas diversas tendências pedagógicas

Teorias não críticas

Escola Tradicional

Escola Tecnicista

Ensinar conteúdos para combater a ignorância

enciclopédica.

Ensinar para incluir socialmente.

Escola Nova

Ensinar para capacitar tecnicamente para o

setor produtivo.

Função social da escola

Page 84: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 85: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

43. Para a Escola Tradicional, segundo SAVIANI,

a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento

enciclopédico

b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,

frente às instituições democráticas

c) excluído é o sujeito incompetente para as

funções produtivas sofisticadas

Page 86: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

44. De acordo com SAVIANI, a Escola Nova

considera que

a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento

enciclopédico

b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,

frente às instituições democráticas

c) excluído é o sujeito incompetente para as

funções produtivas sofisticadas

Page 87: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

45. No Tecnicismo,

a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento

enciclopédico

b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,

frente às instituições democráticas

c) excluído é o sujeito incompetente para as

funções produtivas sofisticadas

Page 88: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

46. É um diferencial da Escola Tradicional

a) promover a disciplinarização do comportamento

de acordo com o modelo industrial

b) deslocar o eixo do conteúdo para os processos

de aprendizagem

c) repassar conteúdos em quantidade, estanques,

e sem articulação conceitual que permita a crítica

Page 89: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

47. Caracteriza a Escola Nova

a) a promoção da disciplinarização do

comportamento de acordo com o modelo industrial

b) o deslocamento do eixo do conteúdo para os

processos de aprendizagem

c) o repasse de conteúdos em quantidade,

estanques, e sem articulação conceitual que

permita a crítica

Page 90: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

48. O Tecnicismo se destaca por

a) promover a disciplinarização do comportamento

de acordo com o modelo industrial

b) deslocar o eixo do conteúdo para os processos

de aprendizagem

c) repassar conteúdos em quantidade, estanques,

e sem articulação conceitual que permita a crítica

Page 91: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Teorias crítico-reprodutivistas

O Sistema de Ensino como Violência Simbólica

seguem orientação marxista e foram concebidas no campo da sociologia por teóricos europeus. Descrevem mecanismos sociais de segregação, de alienação e de dominação, destacando o papel reprodutivista da educação na escola: a escola reproduz a segregação em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominado.

São as teorias:

A Escola como Aparelho Ideológico do Estado

A Escola Dualista

Page 92: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Teorias crítico-reprodutivistas

O Sistema de Ensino como Violência Simbólica

Bourdieu e Passeron.

São marginalizados os membros de grupos ou de classes sociais dominados.

A marginalização é dupla:

é SOCIAL porque não possuem força material (capital financeiro)

A escola repassa a todos os valores da classe dominante, negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a condição impossível do dominador.

é SIMBÓLICA porque não possuem força axiológica (capital cultural).

Page 93: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Teorias crítico-reprodutivistas

A Escola como Aparelho Ideológico do Estado

Louis Althusser

São marginalizados os expropriados, a classe trabalhadora.

O Estado mantém aparelhos ideológicos que agem

pela força da ideologia e depois pela repressão (escolas, igrejas, meios de comunicação social...)

Os aparelhos ideológicos do Estado são utilizados pelo Estado a favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força (repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão social em classes econômicas.

e também aparelhos repressivos que agem antes pela repressão e depois pela ideologia (polícia, exército...)

Page 94: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Teorias crítico-reprodutivistas

A Escola Dualista

Baudelot e Stablet

São marginalizados os expropriados, a classe trabalhadora.

A escola é organizada em dois níveis básicos:

Primário Profissional (PP):

Critica a divisão do trabalho, que reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem.

Secundário Superior (SS): os trabalhadores que gerenciam

os trabalhadores que executam

Page 95: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A função social da escola é vista de maneiras diferentes nas diversas tendências pedagógicas

Teorias crítico-reprodutivistas

Teoria da Escola como Violência

Simbólica

Teoria da Escola Dualista

Denunciam que a função social da escola

é a de atender ao capitalismo, excluindo

conteúdos críticos, formando mão-de-obra especializada e dócil e

reproduzindo a estrutura de classes.

Teoria da Escola como Aparelho

Ideológico do Estado

Função social da escola

Page 96: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Comparando:

Teorias não críticas Teorias crítico-reprodutivistas

Escola Tradicional

Escola Nova

Tecnicismo

Sistema de Ensino como Violência Simbólica

A Escola como Aparelho Ideológico do Estado

A Escola Dualista

Colaboram para manter a estrutura de classes.

Mantêm a idéia de que a escola é uma instituição isolada da sociedade.

Consideram a escola como uma instituição articulada na sociedade.

Fazem a crítica do capitalismo e de suas estratégias educacionais de reprodução da estrutura de classes.

Apesar de fazerem a crítica, não apresentam proposta de ação (PPP).

Apresentam propostas de ação (PPP).

Page 97: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 98: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

49. As teorias crítico-reprodutivistas consideram quea) a escola reproduz a segregação em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominadob) a escola contradiz a segregação em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominadoc) a escola é independente e indiferente à a segregação em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominado

Page 99: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

50. É errado afirmar que

a) as teorias crítico-reprodutivistas da educação

seguem orientação marxista e foram concebidas

no campo da sociologia por teóricos europeus

b) as teorias crítico-reprodutivistas da educação

fazem a crítica do capitalismo, todavia, não

apresentam PPP

c) nda

Page 100: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

51. Segundo a teoria do Sistema de Ensino como Violência Simbólicaa) a escola repassa a todos os valores da classe dominante, negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a condição impossível do dominadorb) o Estado age em favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força (repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão social em classes econômicasc) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem

Page 101: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

52. Para Louis Althussera) a escola repassa a todos os valores da classe dominante, negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a condição impossível do dominadorb) o Estado age em favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força (repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão social em classes econômicasc) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem

Page 102: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

53. De acordo comas teorizações de Baudelot e Stableta) a escola repassa a todos os valores da classe dominante, negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a condição impossível do dominadorb) o Estado age em favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força (repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão social em classes econômicasc) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem

Page 103: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Prosseguindo:

Teorias não críticas Teorias crítico-reprodutivistas

Escola Tradicional

Escola Nova

Tecnicismo

Sistema de Ensino como Violência Simbólica

A Escola como Aparelho Ideológico do Estado

A Escola Dualista

Faz a crítica da educação capitalista

Teoria para além da crítica

Pedagogia Histórico-Crítica

Apresenta proposta de ação (PPP)

Considera a escola como instituição

articulada à sociedade

Page 104: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A função social da escola é vista de maneiras diferentes nas diversas tendências pedagógicas

Teoria para além da crítica

Pedagogia Histórico-Crítica

Ensinar os conteúdos referentes ao conhecimento produzido e acumulado pela

humanidade,

articular educação, trabalho e cidadania em perspectiva politécnica e onilateral,

proporcionar a ascensão dialética do senso comum à

consciência filosófica.

Função social da escola

Page 105: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Não confundir !!!

Para Libâneo:

Tendências liberais Tendências progressistas

Escola Tradicional

Escola Nova

Tecnicismo

Libertadora (Paulo Freire)

Libertária (anarquista)

Crítico-Social dos Conteúdos (PHC)

Libâneo erra:

1. ao colocar a PHC na mesma categoria da Pedagogia Libertadora (Freireana)

2. ao negligenciar aspectos políticos e econômicos ligados às teorias pedagógicas; tais aspectos revelas as relações entre educação, trabalho e cidadania

Page 106: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Não confundir !!!

A Pedagogia Libertadora, de Paulo Freire, é

DIALÓGICA.

A PHC, de Dermeval Saviani,

é DIALÉTICA.

DIÁLOGODEBATE

luta de classes concessão

solidariedade

Page 107: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

E a prática pedagógica?

São elementos da prática pedagógica:

PLANEJAMENTO

ENSINO

AVALIAÇÃO

Como esses elementos se

articulam na PHC?

DIALETICAMENTE !!!

Page 108: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A dialética se caracteriza pela continuidade, assim:

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE ANTÍTESE

SÍNTESE ANTÍTESE

eternamente...

TESE

TESE

Page 109: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Para Gasparin:

TESE ANTÍTESE SÍNTESE

Prática Social Inicial

Problematização

Instrumentalização

Catarse

Prática Social Final

Condição provisória

Espaço de ação

didáticaCentro da ação

dialética

Nova condição provisória

senso comum

conhecimento científico

consciência filosófica

Page 110: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica
Page 111: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

54. É correto afirmar sobre a PHC, que essa teoria

da educação

a) faz a crítica da educação capitalista, apresenta

proposta de ação (PPP) e considera a escola como

instituição articulada à sociedade

b) faz a crítica da educação capitalista, não

apresenta proposta de ação (PPP) e considera a

escola como instituição articulada à sociedade

c) faz a crítica da educação capitalista, apresenta

proposta de ação (PPP) e não considera a escola

como instituição articulada à sociedade

Page 112: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

55. Ensinar os conteúdos referentes ao

conhecimento produzido e acumulado pela

humanidade, articular educação, trabalho e

cidadania em perspectiva politécnica e onilateral e

proporcionar a ascensão dialética do senso comum

à consciência filosófica

a) é função social da escola negada pela PHC

b) denota que a PHC não supera a crítica à escola

capitalista

c) nda

Page 113: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

56. Ao propor uma didática para a PHC, Gasparin

considera que a escola deve

a) apresentar a antítese ao senso comum,

considerado como prática social inicial

b) salvaguardar as visões de mundo trazidas pelos

alunos, com cuidados didático-pedagógicos

adequados

c) nda

Page 114: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

57. Gasparin considera que a ação didática deve

se constituir como

a) forma de valorizar a doxa

b) prática social final

c) centro da ação dialética

Page 115: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

58. São passos que proporcionam a antítese no

processo didático dialético

a) a prática social final, a problematização e a

catarse

b) a prática social final, a problematização e a

instrumentalização

c) nda

Page 116: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

59. Pode-se afirmar que a cada nova

aprendizagem os sujeitos são colocados

a) em uma condição provisória de seu

desenvolvimento

b) em uma prática social final absoluta

c) em um nível doxológico sintetizado a partir de

sua prática social inicial

Page 117: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

60. É incorreto afirmar que a PHC prevê

a) dialeticamente, uma ascensão do senso comum

ao conhecimento científico

b) dialogicamente, uma ascensão do senso comum

à consciência filosófica passando pelo

conhecimento científico

c) nda

Page 118: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

ComparandoComparando

a Pedagogia Histórico-Crítica a Pedagogia Histórico-Crítica com o pensamento com o pensamento

pedagógico de Paulo Freirepedagógico de Paulo Freire

Page 119: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Paulo Freire

Pensa a Educação em um contexto político caracterizado pelo PERSONALISMO e em um contexto existencial caracterizado pela PSICANÁLISE.

Como é que é?

Pensamento Freireano

libertador

diálogo

conscientização

Personalismo

Psicanálise

Page 120: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

DIÁLOGO

Personalismo

condena

o

INDIVIDUALISMO

próprio do CAPITALISMO

o

COLETIVISMO

próprio do SOCIALISMO

dominação luta de classes

valoriza a solidariedade

a concessão

o diálogo

é contra

MANDO COMBATE

Page 121: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Nicolau Copérnico:

“A Terra não é o centro do

universo.”

Charles Darwin:

“O ser humano é o resultado de um processo de evolução natural, tal

qual os outros

animais.”

Sigmund Freud:

“O homem não exerce

total controle consciente

sobre si mesmo e sobre a

cultura.”

Conflitos modernos:

três golpes no orgulho do homem

Page 122: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

““Acredito que para Acredito que para um zeloso um zeloso trabalhador sempre trabalhador sempre haverá um lugar, por haverá um lugar, por mais modesto que mais modesto que seja, entre as fileiras seja, entre as fileiras da humanidade da humanidade laboriosa.”laboriosa.”

Sigmund Freud Sigmund Freud (1856 – 1939) (1856 – 1939)

Page 123: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

ID

Conceito SENTIDO de vida.

Corresponde a aspectos naturais da existência.

EROS THANATOS

Pulsão de VIDA Pulsão de MORTE

Princípio do PRAZER Princípio de DESTRUIÇÃO

Page 124: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

SUPEREGOConceito APRENDIDO de vida.

Corresponde a aspectos CULTURAIS da existência.

CERTO ERRADO

O que é “moral”. O que é “imoral”.

O que PODE. O que NÃO PODE.

SOCIALMENTE ACEITO. CONDENÁVEL.

Page 125: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

ID SUPEREGODESEJO X LEI

PRAZER X OBRIGAÇÃO

QUERO!!! X NÃO PODE!!!

-sexo

-bater

Como fica o sujeito neste conflito?

O sujeito nasce deste conflito!

X

Page 126: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

ID SUPEREGO

EGO

Conceito PENSADO de vida.

Aspectos RESOLUTÓRIOS da existência.

Aqui surge o EU (ego) em esforço de busca para resolver os conflitos entre o ID (desejo de prazer / agressividade) e o SUPEREGO (lei / proibição).

Page 127: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

IDEu quero!

SUPEREGONão pode!

EGOPensando melhor...

E N T Ã O

Mas, e quando o conflito não se resolve assim, pacificamente?

Page 128: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

NÍVEL CONSCIENTE

pensamento, imaginação, meditação

NÍVEL SUBCONSCIENTE

memórias, conhecimento acumulado

NÍVEL INCONSCIENTE

medos, desejos proibidos, experiências vergonhosas, necessidades egoístas, motivações violentas contidas

Page 129: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Quando, mediante forte REPRESSÃO ou RECALQUE, o EGO não consegue resolver

pacificamente o conflito, a fim de aliviar o sofrimento consciente este mesmo conflito é remetido ao nível

INCONSCIENTE.

Lá, os desejos, medos... não resolvidos permanecem latentes e chegam mesmo a resultar em neuroses e

psicoses.

Os sintomas mais comuns destes conflitos recalcados são os sonhos e os atos falhos. É

possível, também, a somatização (percebida através de dores inexplicadas).

Page 130: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

A cura psicanalítica criada por Freud prevê três técnicas:

- associação livre

- interpretação de sonhos

- hipnose

as quais buscam GARIMPAR o inconsciente a fim de conhecer os objetos de conflito e trazê-los para o nível consciente para enfrentamento e superação...

Ou seja, para um conflito consciente.

Page 131: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

CONSCIENTIZAÇÃO

Segundo a Psicanálise

É no nível da consciência que conseguimos conhecer e

resolver os nossos problemas, criticamente.

Quando eu me deparo claramente com os meus problemas, eu entro

em crise.

Enquanto eu não sou consciente dos meus problemas, o meu

sofrimento tende a se prolongar; é preciso ter consciência deles

para resolvê-los.

Enquanto eu não aprendo sobre as razões dos meus problemas, o

meu sofrimento tende a se prolongar; é preciso aprender

para resolver.

Quando eu aprendo claramente sobre os meus problemas, eu

entro em crise.

É pela aprendizagem que conseguimos conhecer e

resolver os nossos problemas, criticamente.

Segundo Pedagogia Freireana

Quando eu conheço os meus problemas e

procuro agir de acordo com a minha necessidade social e pessoal, eu sou

autônomo

Pedagogia da autonomia

Page 132: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Avaliação pedagógica

Gasparin: a dialética e o sujeitoLuckesi: a dialética e o processo

Page 133: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

síncrese análise síntese

todo caótico

realidade que não

compreendo, que me

interessa e a qual quero

compreender

processo que eu empreendo

para compreender e apreender a

realidade

todo cosmétic

orealidade que compreendo

A avaliação pedagógica é um trabalho de verificação dessa evolução

Page 134: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE

A TESE é uma situação dada,

posta, que ocupa lugar na

consciência como verdade,

crença, convicção.

A ANTÍTESE nega a TESE.

A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação

dada, posta, ocupando lugar na consciência como nova verdade, crença, convicção.

A avaliação, na PHC, é DIALÉTICA

É a percepção consciente de que há algo SINCRÉTICO, caótico, que

eu não compreendo.

É a minha atitude de ANÁLISE

inteligente sobre o objeto.

É a minha percepção consciente SINTÉTICA de um todo cosmético.

Page 135: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

da linguagem

A aprendizagem

ocorre entre pessoas em processos interpsicológicos e proporciona o desenvolvimento.

ocorre entre pessoas em processos interpsicológicos

idéia

prática social

pauta

a aprendizagem

o que

pauta

=materialismo histórico/dialético

Nesse caso, além da aprendizagem da norma culta, é preciso verificar a aprendizagem

do domínio de diferentes linguagens para diversos

contextos.

Page 136: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

Cipriano Luckesi

Avaliação

Classificatória Diagnóstica

Dialética

as notas são usadas para fins de

classificação de alunos, de acordo

com os seus desempenhos

QUANTITATIVOS

permite conhecer a situação e o sentido

da prática pedagógica para reorientá-la de acordo com as necessidades

instrumento estático e freador do processo de crescimento

a avaliação deflagra um processo

QUALITATIVO de alteração de

concepções e de práticas pedagógicas

Page 137: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE

A TESE é uma situação dada,

posta, que ocupa lugar na

consciência como verdade,

crença, convicção.

A ANTÍTESE nega a TESE.

A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação

dada, posta, ocupando lugar na consciência como nova verdade, crença, convicção.

O centro da teoria de Luckesi é a DIALÉTICA

É a minha prática

pedagógica!

É a necessidade de mudança apontada pela avaliação da

minha prática.

É a minha NOVA prática pedagógica!

Page 138: Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.

GASPARIN, João Luiz. Um didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.

MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. Alex Martins. São Paulo: Martin Claret, 2003.

FERNANDES, Florestan (org.) MARX e ENGELS: História. São Paulo: Ática, 1984.