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    Curso de Pedreiro

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    Curso de Pedreiro

    Apresentao

    A fim de satisfazer s necessidades didticas do programa APRENDENDO E

    CONSTRUINDO, elaboramos esta cartilha com o objetivo de permitir aos alunos do curso de

    pedreiro o acompanhamento das aulas tericas e prticas, desenvolvidas no decorrer do mesmo, no

    sentido de auxiliar o aluno na aprendizagem dos conhecimentos, das tcnicas e atitudes do oficio de

    pedreiro.

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    Curso de Pedreiro

    Sumrio

    1. Introduo .............................................................................. 02

    2. Noes Bsicas ..................................................................... 02

    3. Leitura e Interpretao de Projetos ........................................ 13

    4. Materiais de Construo ........................................................ 23

    5. Ferramentas............................................................................ 32

    6. Locao da Obra ................................................................... 30

    7. Escavao da Obra ............................................................... 36

    8. Fundao ............................................................................... 38

    9. Parede ................................................................................... 46

    10. Acabamento ........................................................................... 54

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    Curso de Pedreiro

    1. Introduo

    O pedreiro o profissional da obra que atua na construo das etapas de fundao,

    paredes e acabamento. Ele deve ter conhecimento sobre o emprego de materiais, sobre

    ferramentas e equipamentos, sobre as tcnicas utilizadas na construo, entre outros.

    Deve saber construir vigas e pilares, levante de parede, revestimento de piso e paredes,

    etc. e como funciona um canteiro de obras e suas instalaes. Ter noes sobre instalaes de

    gua, esgoto e instalaes eltricas, saber ler e interpretar projetos e ter conhecimento sobre

    clculos de rea e volume so conhecimentos essenciais que completa a formao do pedreiro.

    2. Noes Bsicas

    2.1. Nivelamento

    Operao que consiste em transportar uma referncia de nvel marcada em uma

    determinada altura para outro local, estabelecendo assim um plano horizontal. Numa obra a

    referncia de nvel (marca) estabelecida a 1,0 metros do nvel do piso e transportada para as

    paredes dos outros cmodos. atravs do nivelamento que marcamos as alturas da alvenaria,

    dos vos de janelas e portas, do p direito das alturas do piso e contra piso na pavimentao.

    A ferramenta utilizada para realizar o nivelamento a mangueira de nvel e no caso de vos

    pequenos o nvel de madeira.

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    Curso de Pedreiro

    Nivelamento com mangueira:

    2.2. Alinhamento

    Operao que consiste em posicionar numa mesma direo, atravs de uma linha, os elementos

    de uma construo. Para se utilizar a tcnica do alinhamento necessrio que esteja

    estabelecido o ponto inicial e final do mesmo e a partir da fixar uma linha (linha de pedreiro)

    entre este ponto.

    Numa obra utilizamos este procedimento no levante de parede construindo as fiadas de blocos

    cermicos, no assentamento das mestras intermedirias dos revestimentos de parede e piso, etc..

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    Curso de Pedreiro

    Operao de alinhamento utilizado na construo da segunda fiada de uma alvenaria

    de bloco cermico:

    2.3. Esquadro

    Operao que consiste em marcar os vos de uma obra a um ngulo de 90 (noventa

    graus). utilizado na locao da obra, na marcao das alvenarias e nos revestimentos de

    paredes, etc. A ferramenta empregada nesta operao o esquadro, porm limita-se aos vos

    pequenos. No caso das locaes da obra utilizamos a relao do tringulo retngulo que so

    medidas marcadas em alinhamento nas propores de 3:4:5.

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    Curso de Pedreiro

    Esquadro de 60 cm, 80 cm e 100 cm:

    2.4. Prumada

    Operao que consiste em posicionar numa direo vertical os elementos de uma construo.

    utilizada na construo da fiada de blocos levante de parede aprumando os blocos iniciais e

    finais de cada fiada, na marcao das mestras superiores do reboco de uma parede, na

    obtenode eixos de elementos estruturais de uma fundao, etc. As ferramentas utilizadas para

    obter a prumada so: prumo de face e o prumo de centro.

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    Curso de Pedreiro

    2.5. Unidades de Medida

    Clculo da rea:

    O clculo da rea obtido pelo produto (multiplicao) de duas dimenses(comprimento

    x largura).

    Ex.: Para calcularmos a rea de um quarto com as dimenses de 4 metrosde comprimento e 3

    metros de largura fazemos:

    A (m) rea = 4m (comprimento) x 3m (largura). A= 12 m

    Clculo do Volume:O clculo do volume obtido pelo produto (multiplicao) de trs

    dimenses(comprimento x largura x altura).

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    Curso de Pedreiro

    Ex.: Para calcularmos o volume de uma

    lata com as dimenses de 0,21metros de

    comprimento, 0.21 metros de largura e

    0,41 metros de alturafazemos:

    V (m) Volume = 0,21m (comprimento) x 0,21m (largura) x 0,41m (altura).V = 0,018m

    2.6. A Argamassa

    a mistura de cimento, areia e gua com ou sem outros elementos como arenoso, saibro

    e a cal. utilizada nas alvenarias, nas fundaes de pedra, nos revestimentos de paredes, etc. A

    resistncia, a facilidade de trabalho, a qualidade das argamassas dependem da qualidade dos

    materiais empregados, de suas propores (traos) e da quantidade de gua na mistura.

    Na pavimentao (pisos e contra pisos), no assentamento de piso cermico e azulejos, etc.

    devemos sempre preparar a quantidade de argamassa necessria para que no ocorra o

    endurecimento da mesma antes de secar a aplicao.

    Devemos tambm utilizar as argamassas retiradas ou cadas das alvenarias ou revestimento se

    removidos sem sujeiras.

    2.7. O Concreto

    O concreto a mistura de cimento, areia, brita e gua. utilizado em elementos

    estruturais como vigas e pilares, em lajes, etc.

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    Curso de Pedreiro

    A resistncia do concreto aumenta com o aumento da quantidade de cimentoque o

    constitui e diminui com o aumento da quantidade de guana mistura.

    A qualidade e resistncia do concreto dependem da dosagem dos materiais,da qualidade dos

    mesmos e tambm do preparo.

    Devemos utilizar areia e brita de boa qualidade (ver assunto de materiaisde construo),

    adicionar apenas a gua necessria a tornar o concretomole e fcil de ser trabalhado, mistur-lo

    de forma a obter um materialuniforme com partes iguais em toda a sua composio.

    O preparo do concreto pode ser manual ou mecnico. Para preparar o concretomanual

    necessrio que se tenha uma rea pavimentada com umpiso cimentado ou com um lastro de

    madeira sobre o cho.

    O preparomecnico realizado por um equipamento chamado betoneira que

    umacaamba acionada por um motor eltrico ou a combustvel, que gira misturandoos

    componentes do concreto.

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    2.8. Traos

    Chama-se de trao a relao (em volume ou peso) entre as quantidades de materiais dos

    concretos e das argamassas. representado por um nmero que indica a proporo de cada

    material que o constitui.

    Ex.: trao 1:2:4 de cimento, areia e brita.

    Preparo dos Traos

    Medem-se as quantidades dos materiaisem uma lata, balde ou padiola na

    proporoindicada pelo trao. Derrama-se sobreo local do preparo e mistura-se atobter uma

    cor igual em todas as partes.Nos concretos mistura-se primeiro o cimentoe a areia, depois se

    adiciona aquantidade de brita indicada pelo trao edistribui-se sobre a mistura de cimento

    eareia. Nas argamassas misturam-se o cimento,a areia e o arenoso.

    Faz-se um buraco no centro da misturae adiciona-se

    gua pouco a pouco at obteruma mistura fcil de manusear e

    deser moldada. Nos concretos abre-se umavala na beira da

    mistura e adiciona-segua pouco a pouco.

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    3. Leitura e Interpretao de Projetos

    3.1. Plantas

    A planta um projeto que representado no papel, indica o que se vai construir numa obra.

    Tambm chamada de planta baixa o projeto de que se faz uso logo na locao da obra,

    atravs dela que obtemos as distncias que sero marcadas no gabarito dos vos dos cmodos.

    Utilizamos tambm para a marcao da alvenaria de bloco cermico, marcao dos vos de

    janelas e portas, basculantes, combogs, vos livre, etc.As distncias ou comprimentos e

    larguras dos vos dos cmodos so chamadosde cotas. So os nmeros escritos em cima das

    linhas e entre duaslinhas laterais, geralmente fora das paredes. As unidades de medida dascotas

    so o metro ou o centmetro.

    A planta nos mostra:

    As paredes dos cmodos (quartos, salas, cozinhas, etc.), com suas dimenses;

    Espessura das paredes;

    Localizao, altura e dimenses de portas, janelas, combogs, basculantes, etc.;

    Piso com localizao de aparelhos sanitrios, pias, lavanderias e conforme os casos

    mveis;

    Nome dos cmodos e suas respectivas reas;

    Projeo do telhado (indicao da largura do beiral);

    Posio do corte, conforme a necessidade, posio do reservatrio de gua.

    Carimbo

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    3.2. Corte

    Outro projeto tambm utilizado na construo da obra o corte. um projetorepresentado num

    plano vertical com a direo (para frente ou parao fundo) indicado na planta. V-se somente o

    lado cuja direo foi feito ocorte.

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    Curso de Pedreiro

    O corte nos mostra:

    A altura das paredes (empenas) que iro apoiar o telhado.

    A posio das peas do telhado.

    A altura do p direito (altura que vai do piso pronto at o teto da casa) e de portas,

    janelas, combogs, basculantes, etc.

    A indicao dos cmodos e cotas.

    Carimbo

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    Curso de Pedreiro

    4. Materiais de Construo

    Materiais de construo so todos os materiais utilizados nas obras (construo de casas,

    prdios, etc.), podendo ser obtido da natureza ou atravs da interveno do homem para

    produzi-los.

    Os materiais de construo devem satisfazer as condies de acordo com a funo que

    desempenham:

    Facilidade de aplicao do material na obra;

    Resistncia ao do tempo ( durabilidade)

    Preservao das condies de higiene como o isolamento do calor, do some de

    infiltraes de gua.

    Esttica que resulta dos aspectos dos materiais, de cujo emprego podetirar proveito para a

    beleza da construo.

    4.1. Tipos de Materiais de Construo

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    Curso de Pedreiro

    4.1.1. Agregados:

    So materiais que constituem grande parte da composio das argamassas e dos concertos. Tm

    menor custo e sua presena d maior resistncia ao desgaste.

    So classificados em naturais ou artificiais, midos ou grados e em leves ou pesados.

    Exemplos: Areia, Arenoso e Brita.

    Areia: Componente das argamassas e dos concretos. um

    agregado mido. So materiais minerais que se apresentam

    sob forma de gros. A areia de boa qualidade aquela em

    que no h presena de razes, barro, leo ou graxa e outros

    tipos de sujeira. Classificam-se em areias finas, mdias e

    grossas. A unidade de medida da areia o m (metro cbico).

    Arenoso:Material de origem mineral sob a forma de gros finos.

    um agregado mido. Fazem parte das argamassas e na sua

    composio encontra-se a argila, um tipo de solo que da liga

    (cola) quando misturado com gua. Tem a aparncia de barro. A

    unidade de medida do arenoso o m (metro cbico).

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    Curso de Pedreiro

    Brita:Componente dos concretos. um agregado

    grado. So materiais que resultam da quebra de pedaos

    pequenos de rochas atravs do britamento de pedras nas

    pedreiras. A brita utilizada na construo deve ser limpa

    sem presena de terra ou barro e sem p de pedra. A

    unidade de medida da brita o m (metro cbico).

    Os tipos de brita so classificados segundo suas

    dimenses:

    Brita 0 menor que 1,0 cm (Gravilho)

    Brita 1 entre 1,0 e 2,5 cm

    Brita 2 de 2,5 a 5,0 cm

    Pedra de Mo de 10,0 a 30,0 cm

    4.1.2. Aglomerantes

    So os materiais que unidos aos agregados formam os concretos ou as argamassas. Tambm

    chamados de ligantes, pois so componentes que do liga, ou seja,

    tm a propriedade de colar os agregados.

    Ex: Cal, cimento e gesso.

    Cimento:material que d liga (cola) aos componentesdas argamassas

    e dos concretos. Quando em contatocom a gua, ocorrem reaes

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    Curso de Pedreiro qumicas eendurece. Com o passar do tempo torna-se maisresistente atingindo maior resistncia

    aos 28dias.O cimento vendido em sacos de 50 quilos.

    Cuidados quanto ao estoque de cimento:

    Proteger da chuva e do contato direto com o terreno.

    Empilhar no mximo 10 sacos por fileira.

    Usar o cimento de forma a no envelhecer na obra.

    Gesso: material a base de clcio usado em forros e pinturas. P brancoque misturado com

    gua forma uma pasta e seu momento de pega maisrpido com menos gua.O gesso

    vendido em quilos.

    Cal:usada em pintura e em argamassas. Serve como aglomerante ou corante.A cal virgem

    no diretamente empregada, tem que ser extinta (hidratada)para ser utilizada.A cal

    vendida em quilos.

    4.1.3. Outros:

    Ao: Usado nas ferragens de concreto armado,vendido em

    quilos sob a forma devaras ou rolos. So utilizados nos

    concretosde lajes, vigas, pilares e vergas.

    gua: Utilizada nas argamassas e nosconcretos. Deve ser

    limpa cristalina isentade leos e graxas e que possa ser utilizadapara o consumo humano

    (potvel).A unidade de medida da gua o litro.

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    Curso de Pedreiro

    Azulejo:Material cermico impermevel gua com uma das faces lisas e vidradas e outra

    rstica ou porosa. Destina-se ao revestimento de paredes que devam ser lavveis. A unidade de

    medida o metro quadrado (m).

    Ladrilho de Cimento: So placas de material feito a base de cimento, resistente a umidade.

    Usado em revestimento de pisos lavveis (banheiro, cozinha, copa, etc.) A unidade de medida

    o metro quadrado (m).

    Ladrilho Cermico:So placas de materiais cermicos impermeveis gua com uma das

    faces lisas e vidradas e outra rstica ou porosa. Destina- se aos revestimentos de pisos lavveis

    dos banheiros, cozinhas, reas de servios, copas, varandas, etc. Existem com diversos tipos e

    dimenses. A unidade de medida o metro quadrado (m).

    Mrmore e Granito:Material usado em revestimento de pisos e paredes sob forma de placas

    ou cacos. A unidade de medida o metro quadrado (m).

    Saibro:Material usado como componente das argamassas. rico em argila e tem a aparncia de

    barro.

    Porcelana:Usada principalmente na aparelhagem sanitria como vasos sanitrios, bids,

    lavatrios, lavanderias, etc. Existem em cores brancas ou coloridas e so vendidos em unidades

    ou ojogo completo de aparelhos.

    Madeira:Usado na construo do madeiramento das coberturas e nasesquadrias de madeira.

    Deve estar seca e livre de brocas e fendas.

    No telhado: Maaranduba, ip, sucupira, etc.; forro: cedro, peroba, etc.

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    Curso de Pedreiro

    Nas portas e janelas: cedro, peroba, sucupira, imbuia, etc.

    Formas de concreto: pinho-do-paran

    A unidade de medida o metro linear (m).

    Vidro:Material utilizado principalmente nas esquadrias de portas e janelas.Deve ser bem plano,

    sem bolhas, rachaduras, manchas, estrias e espessuraregular.

    Apresenta-se nos seguintes tipos:

    Vidro liso e vidro fantasia (martelado, canelado, etc.)

    Quanto cor: Vidro incolor, colorido e leitoso.

    A unidade de medida o metro quadrado (m).

    Impermeabilizantes:Usados geralmente em revestimentos para protegercontra a infiltrao de

    gua. So adicionados aos concretos e argamassasde lajes, terraos, reservatrio, etc.A unidade

    de medida o litro.

    Telha:Material utilizado nas coberturas. Existem diversos tipos sendo os mais comuns:

    Telha de barro

    Telha de fibrocimento

    Telha de alumnio

    Telha de ferro zincado

    Metais:Materiais utilizados como esquadrias (portas, janelas e basculantes),grades, portes,

    torneiras e registros, etc.

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    Curso de Pedreiro

    Tijolos:So materiais componentes das alvenarias assentados comargamassas utilizadas na

    construo de paredes e da fundao.

    Tipos de Tijolos:

    Tijolo macio:Muito usado em paredes estreitasde armrios, em

    caixas d'gua,caixas de esgotoou em paredes comuns.

    Dimenses: 5 x 9 x 19cm, etc.

    Tijolo furado: Mais leve que o tijolo macio, barato e no

    sobrecarregam as estruturas.

    Dimenses: 9 x 14 x 19cm, 9 x 14 x 19cm, etc.

    Tijolos vazados:Mais leve que o tijolo furado. Usado parti-

    cularmente nas paredesdivisrias sobre estrutura de

    concreto armado. o tijolo mais leve e tem furos quadrados.

    Dimenses: 9 x 14 x 19cm, 9 x 17 x 25cm, etc.

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    Curso de Pedreiro

    Tijolo de concreto:Tambmchamado bloco de concreto, tem maior

    resistncia

    do que o de barro e pode serutilizado semrevestimento.Dimenses: 9 x 19

    x 39cm, 14 x 19 x 39cm, etc.

    5. Ferramentas

    A utilizao das ferramentas apropriadas para cada etapa de servio importantepara o bom

    desempenho das atividades. Algumas ferramentastm uso especifico, outras podem ser

    utilizadas em varias etapas da construo.

    As ferramentas devem estar sempre em boas condies de uso e ser guardadasem locais

    adequados ao final de cada jornada de trabalho.

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    Curso de Pedreiro

    6. Locao da Obra

    Locar ou marcar a obra uma das etapas de maior importncia na construo.Ela consiste em

    medir e assinalar no terreno a posio dos furosou valas de fundaes, paredes, colunas e outros

    detalhes, tudo de acordocom o projeto.

    Se a locao de uma obra for feita com erros de medidas, esquadro, etc.a mesma ter prejuzos

    em funo do aumento de materiais empregados(pois as dimenses do projeto so alteradas,

    aumentando assim o desperdciode materiais), e do tempo gasto para construir novamente ou

    sejarefazer o que j foi construdo. Trata-se ento de uma das etapas maisimportantes de uma

    obra e que merece ateno especial quando se estrealizando.

    A locao de pequenas construes necessita das seguintes ferramentase materiais:

    Trena metlica ou de fibra

    Escala

    Mangueira de nvel

    Esquadro

    Prumo de centro

    Linha de pedreiro

    Martelo

    Marreta

    Faco

    Barbante

    Piquetes ou estacas de madeira

    Ripes

    Pregos

    Plantas

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    Curso de Pedreiro

    Para iniciar a locao necessrio que o terreno esteja limpo sem a presena de lixo, razes ou

    entulhos, materiais de construo, etc.

    Devem ser identificadas as estacas ou outro marcos do terreno, que sejam at mesmo de uma

    construo vizinha, uma rua, etc. para que se tenha uma referncia do lote e se estabelea um

    alinhamento (lado do terreno).

    Referncia do lote no Terreno

    Fixa-se uma linha nas estacas desse alinhamento (que o primeiro levantado em campo)

    e se obtm o alinhamento fixo. Loca-se o segundo alinhamento do terreno (alinhamento mvel)

    utilizando o procedimento do esquadro: amarra-se um pedao de barbante no alinhamento fixo

    a 60 cm a partir do cruzamento com o mvel, amarra-se tambm no alinhamento mvel um

    pedao de barbante a 80 cm do mesmo modo (a partir do cruzamento das linhas).

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    Curso de Pedreiro

    Estica-se uma trena ou escala com o zero da mesma partindo do ponto onde est o

    barbante do alinhamento fixo at o comprimento de 1 metro (100 centmetro) e movimenta-se o

    ponto do alinhamento mvel at coincidir com a medida de 1 metro da trena. Cravase uma

    estaca e estabelece-se assim o segundo alinhamento (segundo lado do terreno). Os demais

    lados, ou seja, os outros dois restantes so obtidos da mesma forma sendo que o alinhamento

    mvel anterior passa a ser o alinhamento fixo.

    Locao dos Alinhamentos (Lados do Terreno)

    Esquadro

    Depois de marcados todos os ladosdo terreno deve-

    se medir os lados opostos do terreno e com Par-los.Se as

    medidas no forem iguaisexiste erro de esquadro em

    algum alinhamento. necessrio ento verificaras

    operaes em todos os alinhamentos.Obtida a marcao

    dos alinhamentos do terreno, inicia-se a montagem dogabarito que pode ser em tbua corrida

    (contnuo) ou em cavaletes.

    Gabarito com Cavaletes

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    Curso de Pedreiro

    Gabarito Contnuo

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    Curso de Pedreiro

    Em funo da leitura da planta baixa, obtm-seas medidas

    dos recuos ou afastamentosdos limites do lote at as paredes

    externas.Marcam-se os pontos desses recuosnos alinhamentos

    do terreno fixandopara isto pedaos de barbantes.Estendem-se

    linhas passando pelospontos marcados e cravam-se

    estacasaprumadas afastadas de 50 cm dessaslinhas. Estabelece-

    se assim o primeirolado do gabarito.

    Armao do Gabarito

    Armao do Gabarito

  • 32

    Curso de Pedreiro

    Sobre os ripes do gabarito pronto,faz-se a marcao das faces das

    paredes:Estendem-se as linhas de marcao dos recuospassando

    pelos seus pontos (linha demarcao de uma parede externa)

    marcadosnos alinhamentos do terreno. Transporta-se para o ripo

    do gabarito(atravs do prumo de centro).

    Gabarito Completo

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    Curso de Pedreiro

    Marcao das Faces das paredes nos gabaritos

    7. Escavao da Obra

    A escavao da obra consiste nos servios de abertura de furos ou valasno terreno na

    posio onde ser construda a fundao. Para realizar aescavao necessrio que o gabarito

    esteja pronto com a marcao dasparedes e com o nvel estabelecido.

    Atravs das linhas de marcao do gabarito (linha de eixo de paredes, linhade face das paredes

    e da fundao) marca-se no terreno a rea ouos furos onde ser escavado, utilizando-se para isto

    um cavador reto, observando-se nesta operao, a sua verticalidade ou o prumo de centro no

    caso da escavao de furos. Com a referncia de nvel estabelecida(linha de nvel) marca-se a

    profundidade da escavao.

    A abertura das valas ou furos feita com a utilizao de picaretas, cavadorese trados, a

    remoo do material com as ps e enxadas e a regularizaodas faces das valas ou furos com o

    cavador reto. Com o prumo deface encostado na linha de marcao das valas obtm-se a

    verticalizaodas faces (bordas). Na escavao dos furos, faz-se na medida em que se escavaa

    verificao da prumada do trado para que o mesmo esteja em direovertical.

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    Curso de Pedreiro

    Com a utilizao de uma escala medindo a altura da linhade eixo de parede (que

    tambm a linha de nvel, pois o gabarito est nivelado)at a base da vala ou furo, obtm-se o

    nivelamento da base conformeindicado na figura abaixo.

    O material escavado deve ser depositado a uma distncia mnima de 50cm da borda da

    vala, permanecendo neste local at ser utilizado como aterroou ser removido da construo caso

    no tenha utilidade.

    Escavao com Valas

  • 35

    Curso de Pedreiro

    Escavao com Furos

    8. Fundao

    A fundao a base de sustentao de toda a construo, tem a importantefuno de

    transmitir ao terreno todo o seu peso. Existem vrios tiposde fundao: sapatas soldadas ou

    corridas, alvenaria de pedra, blocosde concreto, estacas metlicas e de concreto armado, etc..

    A escolha do tipo de fundao depende de estudos iniciais da resistnciado solo no local da

    construo e das cargas (peso) da construo.

    8.1. Fundao em Estaca Broca

    Com o gabarito construdo, localizam-se os pregos de marcao das paredesda casa e

    divide-se ao meio (7,5 cm de distncia dos pregos) em seguida,fixamos um prego neste ponto

    obtendo-se assim o eixo da parede.Amarramos uma linha de um prego de eixo ao outro de uma

    mesma paredee fazemos o mesmo para a parede que a encontra no mesmo canto.No

    cruzamento das linhas encontrado o eixo das estacas.

  • 36

    Curso de Pedreiro

    Locao de estacas

    O eixo das estacas transportado parao terreno atravs do

    prumo de centro obtendo-se amarcao do local onde

    amesma ser construda.

    A escavao feita com a utilizao de um trado

    (ver assunto de escavao) iniciado na parte mais

    baixa do terreno. A profundidade da primeira estaca

    determinada medindo-se a altura entre a linha de

    nvel (que a mesma do eixo das paredes) at a

    marcao da estaca no cho, acrescentando-se a

    altura da estaca. Esta profundidade a altura entre a

    linha de nvel e o fundo da estaca e ser a mesma

    para todas as outras estacas. Ou seja, se uma estaca tiver a profundidade de 2m, e se a

    distncia da linha de nvel ao terreno for 35 cm, a profundidade de todas as valas ser de

    2,35m, a partir da linha de nvel.

  • 37

    Curso de Pedreiro

    Realizadas a escavao das estacas, prepara-se o concreto com trao1:3,5:4 de cimento,

    areia e brita e lana-se um pouco no fundo das mesmasat a altura de 4 cm. Coloca-se a

    ferragem das estacas do incio edo fim de uma parede com espaadores e aprumam-se as

    ferragens em

    relao ao cruzamento das linhas de eixo.

    Alinham-se as estacas intermediriasde acordo com as das extremidades, lana-se concreto nos

    furose vibra (soca) com um pedao de vergalho at chegar ao nvel da estaca.

    8.2. Viga Baldrame

    Faz-se o mesmo procedimento utilizado nas

    estacas para marcar no terrenoo eixo da parede

    que tambm o eixo da viga. Marca-se com a

    escala5 cm para cada lado obtendo-se a largura da

    viga (10,0cm). Cravam-sepiquetes ou vergalhes

    em cada marcao, estendem-se as linhas entreos

    mesmos e faz-se no cho, a marcao das

  • 38

    Curso de Pedreiro

    valas.Retiram-se as linhas e os piquetes e comea-se a escavao das valascom p e picareta,

    todas niveladas a 4 cmabaixo das estacas.

    Prepara-se o concreto magro com otrao 1:5:5 de cimento, areia e brita,lana-o na vala e nivela-

    se comum sarrafo apoiado nas estacas.Aps a colocao do concreto magromontam-se as

    formas e colocam-se as ferragens comespaadores. Prepara-se o concretocom trao 1:3,5:4 de

    cimento, areia,brita, e lana-o na forma at a alturada viga.

    8.3. Construo da Camada de Concreto Magro

    O concreto magro uma camada de concreto fraco, de resistncia baixacom pouco cimento,

    muito agregado e pouca gua, apresentando-se deforma farofada. Sua funo regularizar a

    base da vala tornando-a nivelada,ocupando toda a rea que receber a estrutura de uma

    fundao.

    O concreto magro utilizado em fundaes do tipo sapata corrida, vigasbaldrames, etc.

    Conferido o nvel no fundo da vala, cravam-

    sepiquetes ao longo da mesma com alturade 5 cm e

    espaamento mximode 2.00 metros (comprimento

    dargua).

    A altura que devemos cravar os piquetes, igual a

    distncia entre alinha de nvel ao fundo da vala

    menos5 cm, ou seja, se a distncia forde 52 cm o

    piquete ser cravado at47 cm.

    Prepara-se o concreto magro no trao1:5:5 de

    cimento, areia e brita e lana-se nasvalas at a altura

  • 39

    Curso de Pedreiro

    dos piquetes. Espalha-se o concretocom a colher de pedreiro e nivela-o com a rgua de

    alumniosarrafeando-o na altura do piquete. Com um soquete, apiloa-se (soca) oconcreto para

    que a camada se torne firme ao cho da vala.

    Construo do Concreto Magro

  • 40

    Curso de Pedreiro

    8.4. Construo de Sapatas Corridas

    A sapata corrida um tipo de fundao emconcreto armado, ou seja, concreto

    comferragens que serve para suportar todoo peso da construo. Ela construdasobre uma

    camada de concretomagro e suas dimenses dependemdo porte das obras.

    Sobre a camada de concreto magro,colocam-se as ferragens da sapatacorrida com os

    espaadores (calos)para evitar o contato das ferragenscom a superfcie do concreto magro.

    Prepara-se o concreto estrutural (concretoresistente, forte) no trao 1:3,5:4 de cimento, areiae

    brita, lana-o dentro das valas sobre as ferragens. Espalha-se o concretocom a colher de

    pedreiro, vibra (soca) o mesmo com uma haste de ferroou com a ponta da colher e faz-se o

    nivelamento a partir da linha denvel. A medida da altura utilizada no nivelamento (altura da

    linha at asuperfcie da sapata corrida) obtida diminuindo a altura da linha de nvelat a

    camada do concreto magro com a altura da camada da sapata corrida.

    Construo da Sapata Corrida

  • 41

    Curso de Pedreiro

    8.5. Construo de Alvenaria de Bloco Estrutural

    Os blocos estruturais so blocos de concreto pr-moldados, fabricados com cimento, areia e

    pedrisco. So utilizados nas fiadas intermedirias da fundao com a parede, como tambm, em

    todas as fiadas de uma parede.

    Sobre uma fundao em sapata corrida, molha-se a sua superfcie, polvilha-se com cimento e

    estende-se a linha de marcao do eixo das paredes que se encontra marcado no gabarito.

    Assenta-se, em cada extremidade, um bloco estrutural com argamassa de cimento e areia no

    trao de 1:5. No bloco deve ser marcado seu eixo para que coincida a marcao do eixo do

    bloco com a ponta do prumo de centro que sair da linha de eixo da parede.

    Detalhe da Prumada de Centro da

    Alvenaria de Bloco Estrutural

    Com o bloco na direo do eixodas paredes,

    procedesse aoperao de prumada daface

    interna e do nivelamentoconforme indicadona

    figura ao lado:

  • 42

    Curso de Pedreiro

    Detalhe da Prumada da Face e do Nivelamento daAlvenaria de Bloco de Concreto

    Estrutural

    Assentados os blocos das extremidades

    (cabeceira) , fixam-se duas linhas (uma em

    cima outra em baixo da face aprumada) eos

    distorce (encosta-os totalmente nas

    linhas).Completa-se a fiada assentando seos

    demais blocos estruturaiscolocando-se a

    argamassa da juntahorizontal na rea em que

    sero assentadosos blocos, posicionando seos

    mesmos atravs da operao de alinhamento.

    Detalhe da Alvenaria de Bloco de Concreto Estrutural

    Depois de completar a alvenaria necessrio encher

    os furos dos blocoscom concreto no trao 1:3, 5:4 de

    cimento,areia e gravilho (brita 0).Quando h

    ferragem vertical na sapata,os blocos estruturais

    devemser assentados de forma que estaferragem

    fique dentro destes furos.

  • 43

    Curso de Pedreiro

    8.6. Construo de Alvenaria de Bloco de Concreto Estrutural Tipo

    Calha

    Os blocos calhas so blocos de concreto pr-moldados, fabricados da mesma forma que o

    blocoestrutural. So utilizados como cinta de amarrao(vigas) de fundaes ou paredes.

    Sobre uma alvenaria de blocos estruturais assentam-se 2 (dois) blocoscalhas nas extremidades

    (cabeceiras), aprumados na mesma face que foiaprumado o bloco estrutural com argamassa de

    cimento e areia no traode 1:5. Fixa-se uma linha entre os blocos, na parte de cima dos

    mesmose completa-se a fiada assentando-se os demais blocos calhas, colocando-se a argamassa

    da junta horizontal em cima da fiada de bloco estruturalposicionando-os atravs da operao de

    alinhamento, ou seja,o encostado na linha.

    Detalhe da Prumada do Nivelamento da

    Alvenaria de Bloco Calha

    Construda a alvenaria de blococalha,

    colocam-se as ferragensnas calhas, prepara-se um

    concretono trao 1:3, 5:4 de cimento,areia e

    gravilho (brita 0)e lana-o sobre a calha.Espalha

    seo concreto com a colher depedreiro e vibra

    (soca) o mesmocom uma haste de ferroou com

    aponta da colher de pedreiro at a alturado bloco.

  • 44

    Curso de Pedreiro

    8.7. Construo de Fundao em Alvenaria de Pedra

    A fundao em alvenaria de pedra um tipo fundao construda em terrenos firmes e

    resistentes. constituda de pedras bruta unidas com argamassa de cimento e areia.

    A construo feita sobre a base da vala, colocando-se uma camada de argamassa no trao 1:5

    de cimento e areia e sobre esta camada as pedras, de modo que fiquem todas bem assentadas e

    posicionadas para que as brechas (vazios) sejam reduzidas ao mximo. Nos espaos existentes

    entre as pedras grandes so colocadas pedras pequenas e nos demais espaos coloca-se

    argamassa de forma que a mesma penetre nos vazios.

    Detalhe da 1 Camada da Alvenaria

  • 45

    Curso de Pedreiro

    Quando a alvenaria estiver fora da vala, devem-se utilizar pedras que tenhampelo menos uma

    face regularizada para alinhar a fundao. A construo feita em camadas e alcanando-se a

    altura da fundao, nivela-sea ltima camada.

    Detalhe de Todas as Camadas da Fundao de Alvenaria de Pedra

    9. Parede

    9.1. Alvenaria de Bloco Cermico

    Uma alvenaria em geral constituda por blocos cermicos,

    mas tambmpode ser feita com outros elementos como

    blocos de concreto, blocos devidro, tijolos macios, etc.. A

    alvenaria tem a funo de separar ou isolar as reas dos

    cmodos (quartos, sala, cozinha, etc. bem como separara

    rea externa que est em sua volta (ruas, outras construes,

    etc.)alm de ser a estrutura principal da parede.

  • 46

    Curso de Pedreiro

    So construdas em cima da fundao e em camadas de blocos cermicas tambm

    chamadas de fiadas todas com o mesmo alinhamento. Estas fiadasso assentadas em uma nica

    direo vertical (prumada) e devemter a mesma altura do incio ao fim de cada fiada

    (nivelamento).

    Com dimenses padronizadas, (veja assunto de materiais de construo)os blocos so

    assentados lado a lado com elementos de ligao que sochamados de juntas e so feitas de

    argamassa. As fiadasde cima amarram as fiadas de baixo com o assentamento do bloco na

    junta vertical da fiada de baixo. A altura das juntas de1,5 a 2,0cm.

    No incio da construo da alvenaria da parede, tambm chamado de levantede parede, deve-se

    fazer a limpeza da superfcie da fundao e polvilharcom cimento esta superfcie, apenas a rea

    em que sero assentadosos blocos. Deve-se ter ateno na construo da primeira fiada, pois

    setrata da fiada que ir marcar todas as paredes (fiada de marcao).

    Os primeiros blocos a serem assentados so os das extremidades (incioe fim da fiada) de duas

    paredes que se encontrem. A direo dessas fiadas obtida com a marcao no gabarito daface

    interna da parede (descontando da linhada parede a medida doreboco=2.5cm) ou com o eixo da

    fundao

    Marcao das Primeiras Fiadas

  • 47

    Curso de Pedreiro

    Obtida a direo das duas primeiras fiadas, estica-se uma linha nessa direoem cada

    fiada e assentam-se os blocos das extremidades das duasparedes: Coloca-se argamassa na

    superfcie polvilhada, fixam-se os blocosnesta argamassa, apruma-os batendo com a lmina da

    colher na partede cima do bloco, nivela-os eesquadrejam-se os blocosque so de encontrodas

    fiadas.

    Feita a marcao das duas primeiras paredes, procede-sea marcao das paredes opostas sduas

    primeiras.

  • 48

    Curso de Pedreiro

    Repete-se o mesmo procedimento para o bloco da outra extremidade como mesmo

    comprimento lido em planta e marca-se a terceira parede. Aquarta parede fecha um vo da casa

    e obtida da mesma forma que foimarcada a terceira parede.

    Com os blocos das extremidades de todas as paredes j marcadas,iniciamos o

    fechamento das fiadas. Obtemos o alinhamento da fiada comduas linhas fixadas uma em cima e

    outra em baixo da face dos blocos dasextremidades de uma mesma fiada.

    Com estas linhas fixas, posicionamos os blocos intermedirios j com argamassano lado

    dos furos (frente) em cima da argamassa da base e apertamos em direo aos furos do bloco

    anterior.

  • 49

    Curso de Pedreiro

    Alinhamento da Fiada

    Nas fiadas em que h

    marcao dos vos de

    portas, devemos marcar

    umcomprimento, a partir do

    bloco da boneca, da largura

    da porta mais a folga do

    contra marco e deix-lo

    livre sem assentamento de

    bloco. Estaabertura na fiada

    serve para a colocao dos contra marcosou aduelas das portas.

    A boneca um pedao de parede que variade 10 a 20 cm construdo entre a marcado

    contra marco e a face do blocoda fiada lateral.

  • 50

    Curso de Pedreiro

    Quando observamos na planta baixa as paredes, vemos que h pontos emque as mesmas

    formam cantos, encontros ou cruzamentos.

    Estes pontos devem ser identificados e analisados cada um para que hajaamarrao de uma

    fiada com a outra.

    O exemplo a seguir mostra as paredes de uma planta baixa e define o esquemade amarraes

    que existir na fase do levante de blocos cermicos.

    Exemplo de um Esquema de Armao de Paredes

    As amarraes de canto de parede

    correm quando uma fiada encontra

    outra nas suas extremidades (incio

    ou fim).

    As amarraes de encontro

    deparede ocorrem quando umafiada

    encontra apenas o incioou fim de

    outra. Pode ser najunta ou em toda

    a face do bloco.

    As amarraes de cruzamentode

    paredes ocorrem quandouma fiada

    encontra outra semambas estarem

    nas suas extremidades.

  • 51

    Curso de Pedreiro

  • 52

    Curso de Pedreiro

    No decorrer do levante de

    blocos cermicos, quando atingir o

    nvel de 1 metro do piso pronto,

    geralmente entre a quinta e as

    stimas fiadas (adepender da

    dimenso da altura do bloco)

    devemos ter paredes com janelas.A

    marcao das janelas na alvenaria

    realizada utilizando-se a medidada posio da mesma, obtida na planta baixa com relao

    paredelateral e com a medidado vo que ficaraberto para o encaixeda janela na parede.Janelas

    prontas comcontramarco medema largura da janelaacrescentando 2.0cm de cada

    ladocorrespondendo a folgadocontramarco.

    Quando a construo estiver a mais ou menos 1,20 m de altura devemosbater o nvel, ou

    seja, marcar referncia de nvel em todos os cmodos da mesma (cantos, encontros, vos de

    portas e janelas, etc.). Esta refernciadeve ser tirada na porta de entrada a 1 m do piso pronto,

    mas comono escoltamos o piso nem o contra piso vamos dar uma folga de 5 cm marcando1,05

    m a partir da fundao que corresponde 1 m do piso pronto.Para construir as fiadas acima dos

    vos de portas, janelas, vos livres, etc. necessrio a construo de vergas para apoiar as

    mesmas.

    Para construir as fiadas acima dos

    vos de portas, janelas, vos livres, etc.

    necessrio a construo de vergas para

    apoiar as mesmas.

    As vergas so peas de concreto armado

    com comprimento igual a largurado vo

  • 53

    Curso de Pedreiro

    mais 20cm de cada lado transpassando a alvenaria da parede.A altura da verga obtida

    utilizando-se a altura da janela, acrescentando sea folga do contramarco conforme indicado na

    figura anterior. A verga nivelada a partir da refernciade nvel da alvenariaque 1.0 metros

    dopiso pronto.

    Da mesma forma, as vergas de portas, basculantes, etc. so marcadas eniveladas.

    Quando a alvenaria passa do nvel das vergas de portas, janelas, etc. Estoprximas da altura do

    p direito. O p direito a altura compreendida entreo piso pronto e o teto ou nvel das peas da

    cobertura. Para marc-lonas fiadas do levante, obtm-se a altura na planta e a partir da

    refernciade nvel utiliza-se a medida desta altura descontando 1m do piso.

  • 54

    Curso de Pedreiro

    Com a alvenaria construda at a altura do p direito, inicia-se a construode outra fase do

    levante que so as empenas. As empenas so alvenariasde formato triangular com a mesma

    inclinao da cobertura,utilizadas para apoiar a estrutura de madeira da mesma. Atravs do

    projeto(corte) identificamos as paredes em que sero construdas as empenase obtemos a

    medida da altura que cada uma ter em relao ao pisopronto. Com esta medida marcamos a

    empena.

    Para executamos as alvenarias da empena fixa dois barrotes um em cadaextremidade da parede

    e marcamos nele a altura de cada lado da empena,esticamos uma linha ligando as duas alturas e

    apartir da construmos a empena.

  • 55

    Curso de Pedreiro

    10. Acabamentos

    10. 1. Revestimento

    O revestimento de uma parede pode ser feito em uma ou mais camadasde argamassa tornando a

    mesma mais resistente e com uma superfcieplana, nivelada de aspecto liso.

    As camadas de revestimento da parede so construdas sobre a alvenariae cada uma tem uma

    funo:

    Chapisco

    Camada irregular sem nenhum aspecto de

    acabamento feito de argamassaforte aplicada

    sobre a superfcie de alvenaria. Sua funo

    melhorar aunio entre a superfcie da

    alvenaria e a camada do revestimento.

    O chapisco deve ser lanado fortemente

    sobre a alvenaria com a colherde pedreiro. A

    camada aplicada deve cobrir toda a

    alvenaria no ultrapassando0,5cm de

    largura.

  • 56

    Curso de Pedreiro

    Emboo

    Camada de argamassa mais fraca assentada sobre a superfcie daalvenaria j chapiscada.

    utilizada para cobrir buracos das juntasdos blocos e eventuais falhas da alvenaria,

    proporcionandouma superfcie regularizada. Deve apresentaracabamento no liso (sem estar

    desempolado)para facilitar a unio com o reboco. Sua larguravaria entre 1,0cm a 2,5cm

    devendoser aplicado com no mnimo 24 horas aps a aplicao do chapisco.

    Reboco

    Camada de argamassa assentada sobre a superfcie da alvenaria jchapiscada (massa nica) ou

    sobre o emboo, com a finalidade de unir-se alvenaria da parede tornando-a lisa e bem

    nivelada.

    Sua largura varia entre 1,5 a 2,5cm e deve ser construda com no mnimo7 dias aps a aplicao

    do emboo, com os marcos, aduelas, peitoris, caixade luz, etc., colocados.O reboco deve

    apresentar-se perfeitamente desempenado, aprumado, alinhadoe nivelado.

  • 57

    Curso de Pedreiro

    Quando toda a rea da alvenaria j estchapiscada,

    iniciamos a construo do revestimento

    com a marcao do mesmo atravsdas mestras. As mestras

    so pedaos de madeiraou cermica (bloco ou piso

    cermico)com dimenses em torno de 25cm x 5cm x0,5cm

    (comprimento, largura e altura ) queservem para marcar a

    distncia entre a faceda alvenaria at a superfcie do reboco.

    Aquantidade de mestras necessrias dependedo

    comprimento da rgua.Com uma rgua de 2,0metros e a

    altura daparede de 2,6metrossero necessrias 3 (trs)

    mestras na direovertical da parede o mesmo raciocnio utilizado para as mestras horizontais

    (na direodo comprimento da parede). A rguadeve ser apoiada sobre a mestra com uma folga

    de pelo menos 10cm de sua ponta.

  • 58

    Curso de Pedreiro

    Iniciamos a marcao das mestras,tambm chamadas de

    pontos do reboco,primeiramente na direo do comprimentoda

    parede (mestras de baixo)a uma altura em torno de 50cm da

    baseda alvenaria esquartejando as mestras deduas paredes que

    se encontram (amarraes)de preferncia a que tem porta.

    O assentamento das mestras feitocom colocao de

    argamassana rea em que ser fixada amestra,

    pressionando a mesmacom a colher de pedreiroat a

    medida do reboco (1,.5a 2,0cm).

  • 59

    Curso de Pedreiro

    Da mesma forma assentamos a mestra da outra extremidade. As mestrasintermedirias

    so obtidas atravs da fixao de uma linha entre asmestras das extremidades (incio e fim da

    alvenaria) sendo assentada auma distncia em que possa ser apoiada a rgua.

    A marcao das mestras opostas s duas primeirasparedes feita assentando a mestra

    com adistncia indicada na planta das dimenses entreas paredes.

    Com as mestras da base j fixadas nas paredes,atravs da operao de prumada, marcamos

    asmestras das extremidades da parte de cima daparede.

  • 60

    Curso de Pedreiro

  • 61

    Curso de Pedreiro

    As mestras intermedirias dedireo vertical, sero assentadascom o auxlio de

    duaslinhas de nivelamento fixadasnas mestras das extremidades.

    Feita a marcao com todasas mestras

    necessrias assentadasna alvenaria, comeamoso

    revestimento daparede enchendo de

    argamassa(chapando a paredecom a colher de

    pedreiro) afaixa formada pelas mestrasverticais.

    Com a rgua apoiadanas mestras, em

    movimentosde vaivemcortamos a massa no

    nvelda mestra.

  • 62

    Curso de Pedreiro

    Com a faixa j nivelada, ou seja, cortada pela rgua na marca da mestra encheu as reas

    entre as mesmas, seguindo as zonas ou as de baixoou as de cima, sendo que as de cima

    necessitam da montagem de andaimespara alcanar a parte mais alta da parede.Nivelamos a

    argamassa contida nas reas entre as mestras apoiando argua na faixa das mesmas:

    Com toda a alvenaria revestida de argamassa e nivelada com a rgua,

    iniciamosodesempola mento da superfcie do revestimento utilizando adesempoladeira.

    Comeamos pelaprimeira zona que foi revestida de argamassa, pois a mesma j est "puxando"

    endurecendo a mais tempo. Pressionamosa desempoladeira em movimentos circulares sobre a

    argamassa molhando-a com o trincho dando acabamento liso ao revestimento. Utilizamosuma

    esponja no revestimento desempolado para torn-lo mais liso.

    Desempolamos toda a superfcie do revestimento at completar toda aparede.

  • 63

    Curso de Pedreiro

    10.2. Arestameto

    Nos revestimentos onde o reboco interrompido ou finalizado devido aoencontro de

    umaesquadria (porta, janela, etc.), nos encontros das paredesexternas (fachadas), encontros

    entre omadeiramento do telhado e aparede, etc. h necessidade de fazer o acabamento

    moldando esses elementos.Este acabamento chamamos de arestamento.

    Os aresta mentos das esquadrias (portas, janelas, basculantes, etc.) soconstrudos at a

    junta do contra marco. Para isso necessrio que a argamassado reboco passe da junta e quando

    a mesma estiver puxada, sejadado um corte com a colher de pedreiro apoiada em uma rgua

    aprumadae posicionada na mesma direo da junta. Aps o corte retira-se a rguae desempola-

    se a aresta com uma desempoladeira de aresta.

    Nas arestas dos vo livres (onde no h contra marcos) necessrio oapoio de duas rguasuma

    em cada lado da parede) ambas aprumadase esquadrejadas fixadas com atracadores ou presilhas

    (gancho de ferrode1/4") - ver ferramentas. Aps encher de argamassa o espao entre asrguas,

    espera-se a argamassa endurecer (puxar) corta-se e desempola sea argamassa contida entre as

    rguas. Em seguida retiram-se as rguase faz-se o acabamento desempolando as laterais onde

    estavam as rguas.

    Nas arestas das fachadas, apia se a rgua na parede lateral a que estasendo rebocada, enche-se

    de argamassa e espera-se a mesma puxar. Retira-se a rgua e corta-se com a mesma o excesso

    que passa da paredelateral, em seguida desempolam-se as duas paredes.

    As paredes no concludas no mesmo dia devem ter os bordos das massasescorri ficados (com

    pequenos cortes) completamente para que hajaperfeita unio nas emendas e permita-se a

    continuidade da superfcie na mesma direo.

  • 64

    Curso de Pedreiro

    10.3. Pavimentao

    A pavimentao na construo de umacasa realizada em duas camadas: A

    primeiracamada chamada de contra pisotem a funo de regularizar a reaa ser pavimentada

    tornando-a plana,resistente e nivelada. O contra piso construdo em camada de solo

    cimento,concreto magro, etc. A Segunda camada chamada de piso tem a funode resistir ao

    peso de pessoas, mveis,etc. como tambm dar aspecto de belezaao pavimento. A camada do

    piso construdasobre o contra piso e pode ser feita com argamassa decimento e areia

    (cimentado), com cermica, pedras, etc.

    Contra piso em Solo Cimento

    Iniciamos a construo do pavimento com a camada de contrapiso. Se o terreno das reas

    a ser pavimentada estiver com muitas ondulaes, necessria a regularizao atravs de corte

    ou aterro do mesmo.

    Da mesma forma que no revestimento, marcamos as mestras necessriasna rea em que ser

    construda a camada.

    A altura da camada do contra piso esta em torno de 5 cm, com esta alturaobtemos a altura do

    nvel at a mestra do contra piso subtraindo os 5cm(altura da camada) da altura do nvel at o

    terreno.

  • 65

    Curso de Pedreiro

    Como no revestimento das paredes,

    assentamosas mestras com colocao de

    argamassana rea em que ser fixada a

    mestra,pressionando a mesma com a colher

    depedreiro at a medida com a trena daaltura do

    nvel a mestra do contrapiso.Assentamos a mestra

    da outra extremidadeda mesma forma. As

    mestrasintermedirias so obtidas atravs da

    fixaode duas linhas entre as mestrasdas

    extremidades (incio e fim dos lados)sendo

    assentada a uma distncia em que possa ser apoiada a rgua. Nas mestras intermediriasde

    direo oposta (em direo ao pedaode madeira da mestra) utilizamos apenas uma linha.

  • 66

    Curso de Pedreiro

    Feita a marcao das mestras do contra piso, comeamos a construo do mesmo,

    enchendo (em pelo menos 2 camadas at passar da alturada mestra) de argamassa de solo

    cimento trao de 1:15 a faixa formadapelas mestras dos lados da rea a ser pavimentada. A cada

    camada devemoscompactar (socar) atravs do soquete (ver assunto de ferramentas)para dar

    resistncia ao contrapiso. Com a rgua apoiada nas mestras,em movimentos de vai e vem,

    cortamos a argamassa de solo cimento quepassa do nvel da mestra.

    Com as faixas j niveladas, ou seja, cortada pela rgua, enchemos em pelomenos 2 camadas at

    passar da altura da faixa, com solo cimento as reasentre as mesmas socando cada

    camadas.Nivelamos a argamassa de solo cimento contida nas reas entre as mestrasque passam

    do nvel da faixa apoiando a rgua nas mesmas concluindoa camada de contrapiso do

    pavimento.

  • 67

    Curso de Pedreiro

    Piso cimentado

    A construo do piso cimentado feita sobre ocontrapiso.

    Procedemos da mesma forma paraobter a marcao das mestras,

    fixando as linhasentre as mestras das extremidades (incio e fim dos

    lados) para obter as mestras intermedirias,enchendo de argamassa

    de cimento e areia notrao de 1:5 a faixa formada pelas mestras

    espalhando-a com a colher de pedreiro. Antes delanar a argamassa

    na superfcie do contra piso,polvilha-se cimento para melhorar a

    unio entreas camadas.

    A altura da camada do piso est em torno de 3cm.

    Como no contrapiso, obtemos a altura do nvel at a mestra do

    piso subtraindo os 3 cm (alturada camada) da altura do nvel at o

    contra piso.

    Nivelamos a argamassa contida entre as mestras apoiando a rgua nas mesmas, cortando

    a argamassaque passa do nvel das mestras.

    Formadas as faixas entre as mestras lana-se e

    espalha-se (com a colherde pedreiro) argamassa entre

    as mesmas como no contra piso. Nivela-secom a rgua,

    retirando a argamassa acima do nvel das faixas. Em

    seguida,iniciamos o desempola mento da superfcie do

    cimentado utilizando adesempoladeira. Pressionamos a

    desempoladeiraem movimentos circulares sobre a

    argamassamolhando-a com o trincho dando

    acabamentoliso ao pavimento.Desempolamos toda a

    superfcie cobertade argamassa at completar todo opavimento.