CURSO ONLINE O MARXISMO E A QUESTÃO RACIAL E COLONIAL · 2020. 8. 8. · ignorando temas como...

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CURSO ONLINEO MARXISMO E A QUESTÃO RACIAL E COLONIAL

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ApresentaçãoNas últimas décadas tornou-se uma tendência afir-mar que as questões políticas e teóricas referentes às opressões, como o racismo, nunca foram abordados pe-los comunistas. Essa ideologia, além de uma falseamen-to histórico, busca ocultar toda a gigantesca contribui-ção teórica e prática do marxismo na luta antirracista e anticolonial.

Junto a esse ocultamento histórico, caminha uma série de noções equivocadas, como a ideia de que o marxis-mo seria essencialmente eurocêntrico ou que Marx e Engels resumem sua teoria social ao conceito de classe, ignorando temas como raça, cultura ou subjetividade.

O objetivo do curso “O marxismo e a questão racial e colonial” é resgatar a contribuição marxista sobre a te-mática buscando, nesse primeiro momento, ter como foco a obra de Marx e Engels, mas abordando a questão racial e colonial até as formulações da Terceira Interna-cional (ou Internacional Comunista).

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O curso terá o seguinte percurso.

- Um debate sobre colonialismo e modernidade burgue-sa, buscando mostrar a íntima relação entre colonia-lismo, escravismo, acumulação primitiva de capital e a construção do conceito moderno de raça.

- O papel de Marx e Engels na cultura teórica e cien-tífica ocidental, destacando como os dois fundadores do materialismo-histórico estão entre os poucos que recusaram qualquer paradigma racialista, naturalista e determinista geográfico na explicação da sociedade e na sua crítica da economia política. Eles desenvolveram uma mordaz crítica ao colonialismo.

- O percurso da tradição marxista tendo como foco a forma como a I, II e III Internacional abordaram a ques-tão racial e colonial e a apresentação da tese de que o leninismo foi o ponto máximo de desenvolvimento das potencialidades antirracistas e anticoloniais contidas já na produção de Marx e Engels.

- Um debate sobre a noção de raça e superação do racis-mo no marxismo clássico e apontamentos sobre a influ-ência desse debate em momentos posteriores da luta antirracista, como no Partido dos Panteras Negras dos Estados Unidos.

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O que você vai aprender?- História da modernidade e do colonialismo.

- Construção do conceito moderno de raça.

- Paradigma racialista e naturalista no pensamento filosófico, político e social Ocidental.

- Aspectos fundamentais do materialismo histórico e dialético.

- Importância da crítica da economia polí-tica como um questionamento ao paradig-ma racialista.

- Raça, classe e socialismo.

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Programa - Introdução.

- História da modernidade, colonialismo, escravidão e o de-bate sobre a acumulação primitiva de capital.

- A construção do conceito moderno de raça e sua legitima-ção a partir do pensamento social Ocidental.

- Contra-história do Liberalismo, Iluminismo e Republica-nismo.

- Marx e Engels e as contradições da primeira fase da crítica ao colonialismo.

- A crítica da economia política como crítica ao racialismo e colonialismo.

- A regressão teórica e política da II Internacional, a ques-tão do imperialismo e a aristocracia operária.

- Revolução Russa, Internacional Comunista e o leninismo.

- O leninismo como etapa superior da crítica marxista ao

racismo e colonialismo.

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O ProfessorJones Manoel da Silva é historiador, professor de Histó-ria, Mestre em Serviço Social (ambos pelo UFPE), edu-cador popular, colunista de diversos veículos de comu-nicação (como Revista Opera, Lavrapalavra, Jornal O poder Popular, site do PCB, Blog da Boitempo) e desen-volve trabalhos de formação política e teórica no You-Tube (canal Jones Manoel) e na podsfera (Revolushow).

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O que é a Caixa de FerramentasCaixa de Ferramentas é uma iniciativa de educação a distância para fortalecer a resistência ao sistema neoli-beral, conservador, colonial e patriarcal por meio de per-cursos de formação política. Procuramos dialogar com todo o espectro ideológico afinado com esse propósito. Caixa de Ferramentas utiliza tecnologia de ponta para educação a distância, além de contar com um corpo do-cente qualificado para os desafios democráticos atuais. Nossa plataforma permite a criação de uma comunidade de aprendizado entre alunos e instrutores para além dos cursos oferecidos. Com a possibilidade de criação de per-fis, grupos e chats Caixa de Ferramentas é uma platafor-ma independente das grandes corporações de internet.

Visite nosso site: www.caixadeferramentas.org

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Bibliografia básica ANDRADE, Mário Pinto. As origens do nacionalismo africano. Lisboa: Dom Quixote, 1990. ARENDT, Hannah. Sobre a revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. BARROS, Douglas Rodrigues. Lugar de negro, lugar de branco? Esboço para uma crítica à metafísica racial. São Paulo: Hedra, 2019.BOURDIEU, Pierre; WACQUANT, Loïc. Sobre as artimanhas da razão im-perialista. Estud. afro-asiáti. vol.24 no.1 Rio de Janeiro, 2002. CHADAREVIAN, Pedro Caldas. Os precursores da interpretação marxista do problema racial. Crítica Marxista, n. 24, p. 73-110. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007. FANON, Frantz. Os condenados da terra. Minas Gerais: Editora UFJF, 2005. JAMES, C. L. R. Os jacobinos negros – Toussaint L’Ouverture e a revolução de São Domingo. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016. LANDER, Edgardo. Marxismo, eurocentrismo e colonialismo in A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Org. BORON, A. Atilio; AMA-DEO, Javier; GONZÁLEZ, Sabrina. São Paulo: Expressão Popular, 2007. LÊNIN, V. I. Imperialismo, etapa superior do capitalismo. São Paulo: Ex-pressão Popular, 2012. LÊNIN, V. I. Lenin e a revolução de Outubro. Textos no calor da hora (1917-1923). NETTO, José Paulo (Org.). São Paulo: Expressão Popular, 2017. LOSURDO, Domenico. Guerra e revolução - o mundo um século após Ou-tubro de 2017. São Paulo: Boitempo Editorial, 2017. ______. Liberalismo. Entre a civilização e a barbárie. São Paulo: Anita Garibal-di, 2006. _______. Luta de classes – uma história política e filosófica. São Paulo: Boitem-po Editorial, 2015. _______. O marxismo ocidental: como nasceu, como morreu e como pode re-nascer. São Paulo: Boitempo Editorial, 2018. _______. Stálin: uma história crítica de uma lenda negra. Rio de Janeiro: Edito-ra Revan, 2010.

LUXEMBURGO, Roa. Textos escolhidos. Volume I (1899-1914). LOUREIRO, Isabel (Org.). São Paulo: Editora Unesp, 2011. MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Ex-pressão Popular, 2008. ____. Crítica a filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013. ____. O capital – crítica da economia política. Livro I. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014. MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007. __________. Lutas de classes na Rússia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013. MORAES, João Quartim de. Contra a canonização da democracia. Crítica Marxista, n. 12, p. 9-40. São Paulo: Boitempo Editorial, 2001. MUSTO, Marcello (org.). Trabalhadores, uni-vos – antologia política da I Internacional. São Paulo: Boitempo Editorial, Fundação Perseu Abramo, 2014. MEMMI, Albert. Retrato do colonizado precedido de retrato do coloniza-dor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. ORWELL, George. 1984. São Paulo: Cia das Letras, 2009. STÁLIN, Josef. Os fundamentos do leninismo. São Paulo: Global Editora, 1980. THIAM, Iba Der; MULIRA, James; WONDJI, Christophe. A África e os pa-íses socialistas In MAZRUI, Ali A (editor). e WONDJI, Christophe (editor assistente). História geral da África – VIII: África desde 1935. Brasília: Edi-tora Unesco, 2010.VISENTINI, Paulo Fagundes. As revoluções africanas: Angola, Moçambi-que e Etiópia. São Paulo: Editora Unesp, 2012. _________. Revoluções e relações internacionais: o caso africano. Revista Bra-sileira de Estudos Africanos, v.1, n.1, Jan./Jun. 2016 | p. 111-129. WILLIAMS, Eric. Capitalismo e escravidão. São Paulo: Cia das Letras, 2012.

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