Curso Superior em Tecnologia em Comércio...

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RN Curso Superior em Tecnologia em Comércio Exterior Plano de Curso (Reformulação Curricular) (Aprovado pela Resolução nº 05/2006- Conselho Diretor/CEFET-RN, de 26/04/06) Gerência de Serviços

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RN

Curso Superior em Tecnologia em

Comércio Exterior

PPllaannoo ddee CCuurrssoo (Reformulação Curricular)

(Aprovado pela Resolução nº 05/2006- Conselho Diretor/CEFET-RN, de 26/04/06)

Gerência de Serviços

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Francisco das Chagas de Mariz Fernandes

DIRETOR GERAL

Enilson Araújo Pereira DIRETOR UNIDADE NATAL

Clóvis Costa de Araújo

DIRETOR UNIDADE MOSSORÓ

Belchior de Oliveira Rocha DIRETOR DE ENSINO

Aurir Marcelino dos Santos

GERENTE EDUCACIONAL DE TECNOLOGIA DA GESTÃO E DOS SERVIÇOS

Sônia Cristina F. Maia

COORDENADORA DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR

Dante Henrique Moura

COORDENADOR DO REDIMENSIONAMENTO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Maria das Graças Baracho CONSULTORA D0 REDIMENSIONAMENTO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Leonor de Araújo Bezerra Oliveira REVISÃO LINGÜÍSTICA

Tania Carvalho da Silva

EDIÇÃO

Josiana Liberato Freire Guimarães PEDAGOGA

EQUIPE DE ELABORAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Josiana Liberato Freire Guimarães – Pedagoga

Sônia Cristina F. Maia – Coordenadora e Professora Érika Araújo da Cunha Pegado– Professora Elisangela Cabral de Meireles– Professora Gerda Lucia Pinheiro Camelo– Professora Ítalo Márcio Gurgel de Castro - Professor

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SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS 4

2 REQUISITOS E FORMAS DE ACESSO 8

3 PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DO CURSO 9

4 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 10

5 CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS E DE CERTIFICAÇÃO DE

CONHECIMENTOS 17

6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 18

7 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E BIBLIOTECA 19

8 PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO 25

9 DIPLOMAS 25

ANEXO I - EMENTAS E PROGRAMAS DAS DISCIPLINAS (em construção)

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1 JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS

Na atualidade, observa-se a influência significativa que a globalização vem exercendo

sobre as relações internacionais de comércio, inclusive interferindo significativamente na

condução de políticas e estratégias, seja de governos ou empresas, em países desenvolvidos,

em desenvolvimento, países menos desenvolvidos, e em transição para a economia de

mercado. Sendo assim, parece interessante iniciar essa justificativa pela relação existente

entre a globalização e o comércio exterior.

No que tange à relação entre comércio exterior e globalização, é possível perceber que

o fenômeno da globalização, como destaca Albuquerque (1998, p. 242) encontra-se oculto

tanto nas relações de mercado, quanto nas grandes empresas transnacionais que passam a

se reposicionar e adotar condutas e estratégias sob uma perspectiva global, apoiadas no fácil

acesso aos mercados financeiros e de capital, nas tecnologias de ponta, desconsiderando até

mesmo onde estejam situados seus postos de comando.

Há que se ressaltar também que esse reposicionamento acontece em uma nova

perspectiva de acesso aos mercados, uma vez que não se encontra mais somente centrado

na propriedade, em produtos tangíveis, mas no acesso e no uso de produtos intangíveis

(serviços).E ainda: além do comércio não se restringir somente a produtos materiais, ele se

expande pelas áreas da informação, do conhecimento, da tecnologia e da cultura, estando

essas temáticas em pauta nas discussões dos Organismos Internacionais que deliberam sobre

as questões multilaterais de comércio.

Nesse mesmo cerne de discussão, Benjamim (1998, p. 29) destaca que o mundo

globalizado conduz a uma nova tendência em que grandes empresas, capitais e mercadorias

dispõem de liberdade para se movimentarem. Nessa nova tendência, as empresas passam a

valorizar o contato direto, como uma forma de agilizar os processos de aprendizagem, de

identificação de novos negócios e oportunidades. Para Baumann (1996, p. 34), todo esse

cenário traduz-se na semelhança crescente das estruturas da demanda e na tendência de

homogeneização da oferta nos diversos países, o que possibilita a uniformização de técnicas

de produção e administração, ganhos de escala, na medida em que muda o foco competitivo,

que antes se dava do ponto de vista do produto e passa então para o das tecnologias

utilizados no processo de produção.

Sendo assim, a relação entre globalização e comércio internacional mostra-se

proeminente e tem conseqüências diretas sobre a competitividade das empresas e sobre a

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posição macroeconômica dos países. Essa competitividade, sob a lógica global, envolvendo

esses dois elementos (Estado e empresas), exige que as empresas permanentemente

reestruturem-se geograficamente de forma a serem beneficiadas pelas vantagens

comparativas existentes em cada país, vantagens essas oferecidas pelo Estado

proporcionalmente à posição competitiva que a empresa possui. Os Estados, sobretudo

aqueles posicionados entre as denominadas “economias em desenvolvimento” necessitam,

fortemente da garantia de serem competitivos, inclusive por meio do aumento das exportações.

Não se deve esquecer que, nesse cenário descrito, encontra-se a necessária integração

desses agentes envolvidos, destacando ainda a importância do desenvolvimento industrial e

produtivo.

Todas essas formulações apresentadas cumprem a finalidade de evidenciar que as

relações político-institucionais e econômico-financeiras globais influenciam significativamente

e de forma desigual na adoção de políticas e estratégias de atuação nacional e regional,

repercutindo nas empresas, principalmente quanto à sua capacidade de inserção em novos

mercados externos. Portanto, fica evidente a preocupação em torno do comércio internacional

e da necessidade de integrá-lo nas perspectivas pública e privada e mesmo profissional. No

que tange a essa última, pode-se afirmar que essa relação se dá, entre outros aspectos, não

menos importantes, devido à reconfiguração pela qual passa o mundo em relação a emprego

e empregabilidade e a exigência por uma capacitação profissional contínua.

Dos pontos de vistas de governos e empresas, assim como do ponto de vista

profissional, as ações do comércio internacional convergem para uma mesma ação - a

atividade exportadora, constituindo-se essa atividade em um resultado eficaz almejado. Ao

que parece, de uma forma geral, a atividade exportadora está relacionada a uma permanente

adequação a novos procedimentos e até mesmo a uma mudança de mentalidade, pois como

bem exposto por Kotler (ainda na década de 1970), a tendência é buscar-se conforto no

mercado nacional, por ser mais simples e seguro.

Essa tendência ainda existe, mas em menor escala, visto que, nesse novo século, estão

evidentes as diversas vantagens em exportar, como, por exemplo: abertura de novos

mercados, acesso a novas tecnologias, aumento das vendas, diversificação dos canais de

distribuição.

Tanto empresas, como Governos e profissionais apresentam perfis distintos, que

variam também acompanhando o critério de diferenciação regional e nacional e seus reflexos

no cenário internacional. O que significa dizer que as diferenças de atuação e poder de

inserção em novos mercados podem ser vistos sob a ótica de empresas nacionais, situadas

em outras regiões do país, países mais e menos integrados em blocos econômicos e em

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acordos multilaterais de comércio, e, profissionais capazes de responder aos estímulos

diversificados dessa área de atuação. Esse contexto enquadra-se bem na realidade brasileira,

uma vez que o Brasil possui grande extensão territorial, elevadas idiossincrasias, e, portanto,

vocações regionais diferenciadas para produzir e atuar.

Assim, são inúmeras as oportunidades produtivas e profissionais a serem prospectadas

e desenvolvidas no mercado brasileiro, e ainda o que ocorre também quanto à integração

desse mercado a outros mercados no contexto internacional.

Quanto a essa integração no contexto internacional, cabe destacar a presença forte dos

blocos regionais, e a não menos forte presença da Organização Mundial do Comércio (OMC),

buscando espaços para negociações cada vez mais liberalizantes entre os países, no que

concerne ao comércio de bens, serviços, propriedade intelectual, investimentos, compras

governamentais, entre outros.

Portanto, com essa vasta rede de oportunidades, os países têm implementado esforços

no desenvolvimento de políticas públicas para se encaixarem nesse cenário, com ênfase nas

exportações.

Cabe ressaltar que, para os países denominados “em desenvolvimento”, a expansão da

atividade exportadora consiste na única alternativa para propiciar o desenvolvimento, uma vez

que são, freqüentemente enfrentadas dificuldades na manutenção do Produto Interno Bruto e

da inter-relação da produtividade com a manutenção das transações externas.

Em síntese, são diversas as justificativas para buscar-se inserção no comércio

internacional:

• aumento de oportunidades de negócios;

• posicionamento competitivo;

• desenvolvimento nacional, local e regional;

• desenvolvimento profissional com nichos de mercados diversos.

Nessa linha, os esforços, no sentido de capacitação profissional para ações formais de

comércio internacional, estão pautados no vasto mercado de atuação que esses profissionais

terão para atuar, bem como no aperfeiçoamento contínuo, necessário a quem atua nesse

segmento.

No tocante ao Brasil, a participação brasileira no comércio internacional situa-se na cifra

de US$ 107, 6 bilhões (2002), mais especificamente nas exportações em US$ 60,4 bilhões. A

participação nordestina está em torno de 7,5% desse total de exportações.

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O Rio Grande do Norte, com suas vocações multifacetadas, com ênfase na fruticultura,

na carcinicultura, no segmento têxtil/confecções, no pescado (peixe e lagosta), no açúcar,

entre outros, está com sua participação em torno de US$ 223,6 milhões (2002).

Isto posto, o profissional capacitado nesse Estado vê-se diante de um amplo mercado

de trabalho segundo as tendências econômico-produtivas inerentes. Faz-se necessário

desenvolver sistematicamente a atividade do comércio internacional, com ações pontuais,

conforme informações e conhecimento atualizado e contínuo. Nessa linha de pensamento, há

que se destacar Albuquerque (2002), o qual alerta para o fato de que o crescimento das

exportações brasileiras encontra-se diretamente vinculado ao desenvolvimento do nordeste

brasileiro. Senso assim, aponta para a necessidade de interação entre poder público e privado

e para a formação do capital humano nessa empreitada.

A implantação do Curso Superior para Tecnólogo em Comércio Exterior no CEFET-RN

demonstra com clareza a visão dessa Instituição com o futuro, atenta e inteirada de todo o

cenário acima descrito quanto à dinamização que acontece no mundo, e ainda em

consonância com as ações do Governo Federal no sentido de formular, implementar e

desenvolver ações estratégicas que aumentem a participação brasileira no comércio mundial,

com ênfase nas exportações.Isto porque o CEFET-RN está capacitando e introduzindo no

mercado de trabalho profissionais que poderão contribuir significativamente nesse processo,

cabendo ainda enfatizar a procura crescente por cursos de capacitação nessa área que

possibilita atuação diversa (aduaneira, logística, entre outras).

Em face às considerações relatadas e diante da necessidade de fortalecer o papel das

Instituições Federais de Ensino o MEC e o MDIC firmaram convênio na intenção de criar nos

CEFETs cursos tecnológicos em Comércio Exterior. Para atender a estes novos horizontes e

às tendências do contexto atual, o curso foi estruturado com a finalidade de ampliar os

horizontes da Instituição, abordando a complexidade dos problemas econômicos nacionais e

internacionais e oferecendo respostas para as necessidades apresentadas.

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Objetivos

Objetivo geral

Formar um profissional competente, empreendedor, comprometido com o bem-estar da

coletividade e que saiba articular teoria à prática, demonstrando habilidades e atitudes

compatíveis com a área de Comércio Exterior.

Objetivo específicos

• Propiciar ao aluno a aquisição de base científica e tecnológica voltados para o

Comércio Exterior;

• Proporcionar ao aluno condições favoráveis para que ele aplique os conhecimentos

apreendidos em situações hipotéticas e/ou reais no segmento em estudo;

• Possibilitar ao aluno o desenvolvimento de habilidades e atitudes inerentes às

exigências do mercado de trabalho e à formação de tecnólogo-cidadão.

2 REQUISITOS E FORMAS DE ACESSO O acesso ao Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior será realizado,

semestralmente, através de processo seletivo de caráter classificatório (vestibular) para

ingresso no primeiro período e/ou por transferência ou por reingresso, conforme estabelecido

no Regulamento dos Cursos Superiores de Tecnologia oferecidos pelo CEFET-RN. Os

processos seletivos serão oferecidos a candidatos que tenham certificado de conclusão do

ensino médio ou de curso que resulte em certificação equivalente.

Com o objetivo de democratizar o acesso aos cursos superiores de tecnologia, serão

reservadas 50% (cinqüenta por cento) das vagas para alunos que tenham cursado do sexto ao

nono ano do ensino fundamental e todo ensino médio em escola pública.

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Figura 1 – Requisitos e formas de acesso

Geral

Tecnologia em Redes de Comunicação

de Dados

Ex-alunos Cursos

Superiores

Tran

sfer

ênci

a

Alunos Cursos Superiores

Rein

gres

so

Vestibular Diferenciado

3 PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DO CURSO

O profissional egresso do curso de Tecnologia em Comércio Exterior do CEFET-RN

deve ser capaz de processar as informações, acompanhando e avaliando a evolução dos

conhecimentos oriundos da sociedade em geral e do mercado mundial, tendo senso crítico,

criatividade, atitude ética, polivalente e com capacidade de adaptação às novas situações.

Deve ser um agente impulsionador do desenvolvimento sustentável da região,

integrando a formação técnica à cidadania na busca da formação continuada, sendo capaz de:

• Desenvolver atividades de planejamento e gestão nos setores de exportação e

importação;

• Empreender nichos de mercado ligados às atividades de Comércio Exterior;

• Administrar negócios voltados para a exportação e importação;

• Assumir cargos de supervisão, gerência, assessoria e consultoria;

• Atuar nas áreas de:

1. Abertura de mercados consumidores no exterior e nas operações de embarque e

desembarque de mercadorias e recebimento de divisas;

2. Instituições Financeiras;

3. Órgãos Governamentais – Receita Federal, Banco do Brasil, Caixa Econômica

Federal, Embaixadas, dentre outras.

4. Empresas Comerciais;

5. Empresas de Transportes;

6. Empresas de Seguros;

7. Escritórios de Despachantes.

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4 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A organização curricular do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior observa

as determinações legais presentes no Decreto nº 5154/04, nos Pareceres CNE/CES 436/2001

e CNE/CP no 29/2002 e na Resolução CNE/CP nº. 03/2002.

Os princípios filosóficos, legais e pedagógicos que orientam a concepção e organização

dos cursos superiores de tecnologia derivados das áreas profissionais definidas pelo MEC

estão presentes na estrutura curricular do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior do CEFET-RN. Dentre eles, a unidade teoria-prática é o princípio fundamental e conduz a um

fazer pedagógico que busca essa articulação através de atividades orientadas por métodos

ativos como pesquisas, projetos, estudos de caso, seminários, visitas técnicas e práticas

laboratoriais, entre outras atividades presentes em todas as unidades curriculares,

especialmente a partir do segundo período.

Essa concepção curricular decorre da necessidade de uma integração/interação com o

mundo do trabalho, resultante das inovações tecnológicas e científicas presentes na sociedade

contemporânea com vistas a contribuir para a construção de uma sociedade socialmente justa.

Em cada período letivo, são estabelecidas as práticas pedagógicas de acordo com a

especificidade do conjunto das disciplinas. As aulas desenvolvem-se, utilizando os recursos

áudio-visual, exposição oral e o desenvolvimento de atividades tais como: trabalho em grupo,

pesquisas, seminários e aulas práticas (externas) e visitas técnicas planejadas de forma

interdisciplinar visando a atingir objetivos pré-estabelecidos pelo conjunto das disciplinas. Além

dessas práticas, algumas disciplinas subsidiam a elaboração de projetos integradores como

uma das estratégias teórico prático para ampliar o desenvolvimento do conhecimento a ser

adquirido pelos alunos.

O detalhamento de cada período letivo poderá ser observado na matriz curricular. O

curso está organizado em períodos letivos integralizados por disciplinas em regime seriado

semestral com uma carga horária total de 2.430 horas distribuídas em 6 (seis) períodos

(diurno), organizados conforme mostrado na Tabela 1.

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Tabela 1 - Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior

Per. Código Disciplina Aulas semanais

CARGA HORÁRIA

H/A

CARGA HORÁRIA

H/R

GEFOR.S001 Informática 3 60 45 GEFOR.S003 Língua Portuguesa 3 60 45 GEFOR.S013 Espanhol 3 60 45 GESEG.S037 Introdução a Economia 4 80 60 GESEG.S002 Fundamentos da Administração 4 80 60 GEFOR.S004 Inglês 3 60 45 GEFOR.S002 Matemática 3 60 45

1o

GESEG.S038 Introdução ao Comércio Exterior 2 40 30

GESEG.S039 Direito da Cidadania 2 40 30 GEFOR.S007 Metodologia do Trabalho Científico 3 60 45 GESEG.S040 Economia Brasileira 4 80 60 GESEG.S041 Estratégia Empresarial 4 80 60 GEFOR.S008 Cálculo Diferencial e Integral 3 60 45 GEFOR.S006 Leitura e Produção de Textos 3 60 45

2o

CSTCOE.P01 Projeto I 2+7 40+140 135

GESEG.S042 Direito de Empresa 3 60 45 GESEG.S043 Direito Internacional 4 80 60 GESEG.S044 Economia Monetária e Internacional 4 80 60 GESEG.S045 Gestão Empresarial 4 80 60 GESEG.S046 Contabilidade Geral 3 60 45 GESEG.S047 Matemática Financeira 4 80 60

3o

CSTCOE.P02 Projeto II 2+7 40+140 135

GESEG.S048 Comportamento Organizacional 4 80 60 GESEG.S049 Política e Prática Cambial 4 80 60 GESEG.S050 Logística e Transporte 4 80 60 GESEG.S051 Gestão Financeira 5 100 75 GESEG.S052 Estatística Aplicada 4 80 60 GESEG.S053 Direito Tributário 4 80 60

4o

CSTCOE.P03 Projeto III 2+7 40+140 135

GESEG.S054 Gestão de Informação 3 60 45 GESEG.S055 Direito de Navegação 4 80 60 GESEG.S056 Marketing Internacional 4 80 60 GESEG.S057 Sistemática do Comércio Exterior 5 100 75 GESEG.S058 Sociologia 3 60 45 GESEG.S059 Ética Profissional 2 40 30

5o

CSTCOE.P04 Orientação ao Trabalho de Conclusão de Curso I 2 40 30

GESEG.S060 Seminário de Comércio Exterior 2 40 30 GESEG.S061 Segurança de Trabalho 3 60 45 GESEG.S062 Legislação Aduaneira 5 100 75 GESEG.S008 Gestão de Negócios 3 60 45 GESEG.S063 Prática de Exportação e Importação 2 40 30 GESEG.S064 Relações Internacionais 4 80 60

6o

CSTCOE.P05 Orientação ao Trabalho de Conclusão de Curso II 2 40 30

Total de Carga Horária de Disciplinas 131 2.620 1.965 Total de Carga Horária de Prática Profissional (Projetos) 27 540 405 Total de Carga Horária Complementar (TCC) 4 80 60 TOTAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO 162 3.240 2.430 * A prática Profissional totaliza em 400 horas, sendo 90 horas distribuídas em 3(três) períodos para o planejamento e orientações dos projetos integradores e 310 para o desenvolvimento dos referidos projetos.

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Projetos integradores/ prática profissional

Projetos Integradores

O projeto integrador é uma concepção de ensino e aprendizagem que pressupõe uma

postura metodológica interdisciplinar a ser adotada pela instituição, envolvendo professores e

alunos. Tem como objetivo favorecer o diálogo entre as disciplinas que integram o currículo, na

perspectiva de contribuir para uma aprendizagem mais significativa e para a construção da

autonomia intelectual dos estudantes através da conjugação do ensino com a pesquisa, assim

como da unidade teoria-prática.

Dessa forma, a implementação de projetos integradores no segundo, terceiro e quarto

períodos do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior visa, sobretudo, religar os

saberes parcelados desenvolvidos pelas disciplinas em cada período letivo, contribuir para a

construção da autonomia intelectual dos estudantes através da construção da unidade ensino-

pesquisa, assim como desenvolver e/ou aprofundar o sentido da responsabilidade social, uma

vez que os projetos estarão vinculados à busca de soluções para as questões locais, regionais,

nacionais e mundiais, potencializando o uso social das tecnologias.

A realização do projeto integrador encaminha-se para a construção de uma postura

condizente com a realidade contemporânea que tende a ver nos conteúdos os instrumentos

necessários para responder a questões formuladas pelos alunos e professores, diante de

situações problemáticas surgidas no decorrer dos processos de ensinar e de aprender. Nesse

sentido, não são os conteúdos que devem gerar os projetos de estudo, mas são os projetos

que darão significado e importância à eleição dos conteúdos curriculares. Com o

desenvolvimento do projeto integrador, a forma de aprender e de ensinar mostrar-se-á tão

importante quanto as disciplinas, porque se aproxima da forma como os alunos e os

professores deverão atuar na vida real: agindo positivamente na solução de problemas

técnicos, sociais, políticos, econômicos, objetivando o desenvolvimento socioeconômico na

perspectiva local, regional, nacional e mundial.

O desenvolvimento de projetos objetiva, também, tornar os processos de ensino e de

aprendizagem mais dinâmicos, interessantes, significativos, reais e atrativos aos alunos e

professores, englobando conteúdos e conceitos essenciais à compreensão da realidade social

em geral e, em particular, do mundo do trabalho, assim como suas interrelações, sem a

imposição de conteúdos e conceitos de forma fragmentada e autoritária. Assim, alunos e

professores saberão construir juntos os seus próprios conhecimentos, superando os saberes

cotidianos em razão de novos conhecimentos científicos, construídos com autonomia

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intelectual. O desenvolvimento coletivo de projetos visa contribuir para que o futuro tecnólogo

em Comércio Exterior exerça sua profissão de forma complexa, competente e inovadora, pois

os conhecimentos deixarão de ser vistos de maneira disciplinar e isolada, passando a serem

considerados numa perspectiva inter e transdisciplinar.

Para a realização de cada projeto integrador1, são fundamentais algumas fases distintas,

as quais, em seguida, serão especificadas.

Intenção: Essa fase é fundamental, pois dela depende todo o desenvolvimento e

organização do projeto integrador. Inicialmente, os professores de cada período devem reunir-

se semanalmente e pensar sobre os objetivos e finalidades das disciplinas, as necessidades de

aprendizagem de cada turma e sobre os encaminhamentos do projeto. Com isso, os

professores instrumentalizar-se-ão para problematizar o conteúdo e canalizar as curiosidades e

os interesses dos alunos na concepção do(s) projeto(s). As atividades de elaboração deverão

ser sempre coletivas e socializadas entre alunos e professores. Estes deverão conjuntamente,

como primeiro passo, escolher os temas significativos a serem problematizados e

questionados.

Preparação e planejamento: Após a definição do(s) tema(s), é importante que se faça o

seu planejamento e se estabeleçam as etapas de execução. Alunos e professores devem

identificar as estratégias possíveis para atingir os objetivos propostos; coletar materiais

bibliográficos necessários ao desenvolvimento da temática escolhida; organizar os grupos e/ou

duplas de trabalho por suas indagações afins e suas respectivas competências, podendo ser

organizados grupos com tarefas específicas; buscar informações em livros, Internet etc.;

programar pesquisas laboratoriais; organizar instrumentos de investigação; programar a coleta

de dados; analisar resultados, escrever relatórios; definir duração das pesquisas; buscar outros

meios necessários para a solução das questões e/ou hipóteses levantadas na fase anterior;

aprofundar e/ou sistematizar os conteúdos necessários ao bom desempenho do projeto. Em

conjunto, alunos e professores devem planejar a divulgação do projeto, com apresentação

pública, exposição de trabalhos, bem como planejar a apresentação dos resultados finais da

pesquisa, tanto no âmbito da gerência como em outras dimensões da Instituição.

Execução ou desenvolvimento: Nessa fase, deve ocorrer a realização das atividades,

das estratégias programadas, na busca de respostas às questões e/ou hipóteses definidas

anteriormente. A turma ou os grupos de pesquisa planeja e executa sua tarefa, trazendo com

freqüência à apreciação da turma o que se está fazendo, as dificuldades que encontra e os

resultados que são alcançados. Os alunos deverão ter a oportunidade de seguir o trabalho dos

1 É importante lembrar que em cada turma em um determinado período podem e devem surgir vários projetos integradores, pois a partir de um certo tema derivam tantos projetos quantos forem os grupos que se constituírem em cada turma

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diversos grupos e cooperar com eles. É importante que sejam realizados relatórios parciais

orais ou escritos, a fim de acompanhar o desenvolvimento do tema (ou dos temas) e

implementar a participação dos alunos. Os alunos e os professores devem criar um espaço de

confronto científico e de discussão de pontos de vista diferentes, pois são condições

fundamentais para a construção do conhecimento. O aluno, com a participação ativa e conjunta

de todos os professores da turma precisa se sentir desafiado a cada atividade planejada, e o

professor também.

Resultados finais: Após a associação entre ensino e pesquisa, espera-se que o

professor contribua para a construção da autonomia intelectual dos futuros graduados,

avaliando os conteúdos ou saberes que foram programados e desenvolvidos de maneira

integrada por meio de projetos de ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno a verbalizar

seus sentimentos sobre o projeto: o que foi mais importante? Quais as novidades

proporcionadas? O ato de ensinar e aprender tornaram-se mais dinâmicos? Como foi a

participação, individual e dos grupos, nas atividades do(s) projeto(s) integrador (es)? O que se

pode melhorar para os próximos projetos? Quais foram as conclusões e recomendações

elaboradas e o crescimento evidenciado pelos alunos durante a realização do(s) projeto(s)?

Geralmente, nos resultados finais, surgem interesses que podem proporcionar novos temas e,

por conseguinte, novos projetos e serem seguidos nos períodos subseqüentes.

Em suma, o projeto integrador (ou projetos integradores) deve ser pensado e elaborado

conjuntamente entre alunos e professores de cada período, considerando os princípios que

norteiam o perfil profissional específico do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior Diretrizes para implementação dos projetos integradores

1. Os projetos integradores não são disciplinas, mas uma metodologia utilizada para

potencializar o diálogo entre os conhecimentos, e constituir-se-á na prática profissional;

2. A definição dos temas será feita a partir do segundo período letivo, devendo ser

trabalhados até o quarto período (curso diurno);

3. A elaboração do planejamento deve ser feita conjuntamente com os alunos e

professores das disciplinas que vão integralizar o projeto;

4. Serão reservadas 2 (duas) horas/aula na carga-horária do professor, para que ele

possa orientar o aluno quanto à condução do projeto, desde o planejamento até a fase final;

5. Os projetos poderão ser desenvolvidos pelo aluno individualmente ou em grupo;

6. A soma das notas dos projetos será a média da prática profissional;

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7. A carga horária total definida pelos projetos é de 400 (quatrocentas) horas,

distribuídas entre os 3 (três) projetos;

8. Para efetivação dos projetos, faz-se necessário um orientador para cada aluno em

função da área de atuação;

9. Cada projeto será avaliado no período, por uma banca constituída pelos professores

das disciplinas vinculadas ao projeto e pelo professor-orientador.

Temas dos Projetos

Os temas serão elencados, considerando a base de conhecimentos desenvolvidos nas

disciplinas que integralizam os períodos letivos e devem estar relacionados com situações

práticas reais vivenciadas pelos profissionais da área na perspectiva do aluno poder integrar os

conhecimentos teórico-práticos.

Finalmente, para que haja uma relação de compromisso entre o projeto integrador e as

correspondentes disciplinas, é necessário que a avaliação de cada uma das disciplinas seja

influenciada pela avaliação do respectivo projeto. Dessa forma, a nota dos estudantes referente

ao segundo bimestre em cada disciplina vinculada ao projeto integrador corresponderá à média

aritmética entre a nota atribuída pelo professor da própria disciplina e a nota atribuída pela

banca examinadora ao projeto integrador, calculando-se da seguinte forma:

Onde:

N2professor = nota da disciplina no 2º bimestre atribuída pelo respectivo professor.

NProjeto = nota do projeto integrador.

N2 = nota da disciplina no 2º bimestre após a média com o resultado do projeto

integrador.

Verticalização

A verticalização é uma alternativa concedida ao estudante aprovado em processo

seletivo para ingresso no Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior que tiver

concluído curso técnico de nível médio integrado oferecido pelo CEFET-RN na área

N2professor + NProjeto N2=

2

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profissional do referido curso ou área afim e cuja conclusão tenha ocorrido nos cinco anos que

antecederem a essa aprovação.

Deste modo, o estudante que satisfizer as condições acima estabelecidas, poderá

ingressar no segundo período do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior, mediante solicitação de certificação de conhecimentos, situação em que terá registrado no seu

histórico acadêmico como média final de cada uma das disciplinas do primeiro período, o

índice de rendimento acadêmico por ele obtido no curso técnico integrado que lhe habilitou a

pleitear a verticalização.

No Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior, a carga horária correspondente

à verticalização será de 500 (quinhentas) horas/aula. Quando a oferta for diurna, essa carga

horária compreenderá a totalidade do primeiro período letivo. Nos cursos noturnos, essa carga

horária corresponderá ao primeiro período de forma integral e, também, poderá incorporar até

50% (cinqüenta por cento) da carga horária do segundo período.

60 Per

50 Per

40 Per

30 Per

20 Per

3 Projetos integradores

1º Per

V E R T I C A L I Z A Ç Ã O

Alunos do CEFET-RN provenientes de

um curso técnico integrado da mesma

área (ou afim) do CST

Outros alunos

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Do trabalho de conclusão de curso (tcc)

O TCC constituir-se-á de uma síntese de processo ensino-aprendizagem desenvolvida

durante a trajetória educacional do aluno e será realizado sob a orientação de um professor.

Este trabalho será desenvolvido através de uma monografia com carga horária total de

60 (sessenta) horas. Para os alunos do turno diurno, esse trabalho se efetivará nos quinto e

sexto períodos.

O estudante, após o parecer favorável do orientador, apresentará o trabalho perante

uma banca examinadora, a qual o avaliará. A composição dessa banca será definida no âmbito

da GESEG (Gerência Educacional de Tecnologia de Serviços e Gestão), não podendo ser

integrada por menos de três membros, dentre os quais, o orientador e professores e/ou

membros externos convidados, com conhecimento na área objeto do trabalho. Essa banca

atribuirá ao TCC uma pontuação entre 0 (zero) e 100 (cem) e o aluno será aprovado com, no

mínimo, 60 (sessenta) pontos.

Do estágio curricular

Caso o aluno do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior queira realizar o

estágio curricular supervisionado, além da prática profissional já desenvolvida através dos

projetos integradores nos diversos períodos letivos, poderá fazê-lo.

Nesse caso, realizará o estágio de acordo com todas as normas previstas no

Regulamento do Cursos Superiores de Tecnologia oferecidos pelo CEFET-RN e terá registrado

em seu diploma as correspondentes atividades e carga horária do estágio, cujo mínimo é de

(quatrocentas) 400 horas.

55 CCRRIITTÉÉRRIIOOSS DDEE AAPPRROOVVEEIITTAAMMEENNTTOO DDEE EESSTTUUDDOOSS EE CCEERRTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDEE

CCOONNHHEECCIIMMEENNTTOOSS

No Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior, o aproveitamento de estudos

e a certificação de conhecimentos adquiridos através de experiências vivenciadas previamente

ao início do curso ocorrerão conforme descrito a seguir:

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Aproveitamento de Estudos

Compreende a possibilidade de aproveitamento de estudos realizados em outra

instituição de educação superior. Poderá ser concedido mediante requerimento dirigido à

GESEG. Com vistas ao aproveitamento de estudos, a avaliação recairá sobre a

correspondência entre os programas das disciplinas cursadas na outra instituição e os do

CEFET-RN e não sobre a denominação das disciplinas para as quais se pleiteia o

aproveitamento.

Certificação de conhecimentos

O estudante poderá solicitar certificação de conhecimentos adquiridos através de

experiências previamente vivenciadas, inclusive fora do ambiente escolar, com o fim de

alcançar a dispensa de alguma(s) disciplina(s) integrantes da matriz curricular do curso. O

respectivo processo de certificação consistirá em uma avaliação teórica ou teórico-prática,

conforme as características da disciplina.

66 CCRRIITTÉÉRRIIOOSS DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO Neste plano do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior, considera-se a

avaliação como um processo contínuo e cumulativo. Nesse processo, são assumidas as

funções diagnóstica, formativa e somativa de forma integrada ao processo ensino-

aprendizagem, as quais devem ser utilizadas como princípios orientadores para a tomada de

consciência das dificuldades, conquistas e possibilidades dos estudantes. Igualmente, deve

funcionar como instrumento colaborador na verificação da aprendizagem, levando em

consideração o predomínio dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Para tanto, torna-

se necessário destacar os seguintes aspectos inerentes aos processos avaliativos:

• Adoção de procedimentos de avaliação contínua e cumulativa;

• Prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

• Inclusão de atividades contextualizadas;

• Manutenção de diálogo permanente com o aluno;

• Definição de conhecimentos significativos;

• Divulgação dos critérios a serem adotados na avaliação;

• Exigência dos mesmos critérios de avaliação para todos os alunos;

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• Divulgação dos resultados do processo avaliativo;

• Estratégias cognitivas e metacognitivas como aspectos a serem considerados na

correção;

• Incidência da correção dos erros mais freqüentes;

• Importância conferida às aptidões dos alunos, aos seus conhecimentos prévios e ao

domínio atual dos conhecimentos que contribuam para a construção do perfil do

futuro egresso.

Em seguida, serão transcritos os artigos 29 a 33 do Regulamento dos Cursos Superiores

de Tecnologia oferecidos pelo CEFET-RN (p. 9 e 10) que tratam dos critérios de verificação do

desempenho acadêmico dos estudantes desses cursos:

Art. 29 – O desempenho acadêmico dos estudantes por disciplina e em

cada bimestre letivo, obtido a partir dos processos de avaliação, será expresso

por uma nota, na escala de 0 (zero) a 100 (cem).

§ 1º - Com o fim de manter o corpo discente permanentemente

informado acerca de seu desempenho acadêmico, os resultados de cada

atividade avaliativa deverão ser analisados em sala de aula e, caso sejam

detectadas deficiências de aprendizagem individuais, de grupos ou do coletivo,

os docentes deverão desenvolver estratégias orientadas a superá-las.

§ 2º - Após o cômputo do desempenho acadêmico dos discentes,

em cada bimestre, o docente deverá divulgar, em sala de aula, a média parcial e

o total de faltas de cada estudante na respectiva disciplina.

Art. 30 - Será considerado aprovado no período letivo o estudante que,

ao final do 2º bimestre, obtiver média aritmética ponderada igual ou superior a 60

(sessenta) em todas as disciplinas e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco

por cento) da carga horária total das disciplinas, de acordo com a seguinte

equação:

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20

5

32 21 .N.NMD +=

MD = Média da Disciplina

N1 = Nota do aluno no 1º bimestre

N2 = Nota do aluno no 2º bimestre

Parágrafo único - O índice de 75% (setenta e cinco por cento) de

freqüência não incidirá na carga horária ministrada através de EaD.

Art. 31 - O estudante que obtiver MD igual ou superior a 20 (vinte) e

inferior a 60 (sessenta) em uma ou mais disciplinas e freqüência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária total das disciplinas

do período, excetuada a carga horária ministrada através de EaD, terá direito a

submeter-se a uma avaliação final em cada disciplina em prazo definido no

calendário acadêmico.

Parágrafo único - Será considerado aprovado, após avaliação final, o

estudante que obtiver média final igual ou maior que 60 (sessenta), calculada

através de uma das seguintes equações, prevalecendo a que resultar em maior

média final da disciplina (MFD):

2NAFMDMFD +

= ou

53.2 2NNAF

MFD+

= ou 5

.3.2 1 NAFNMFD +=

Onde:

MFD = Média Final da Disciplina

MD= Média da Disciplina

NAF = Nota da Avaliação Final

N1 = Nota do Aluno no 1º bimestre

N2 = Nota do Aluno no 2º bimestre

Art. 32 - Após a avaliação final, o estudante que não alcançar a média 60

(sessenta) em até, no máximo, duas disciplinas, prosseguirá para o período

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seguinte, cursando, concomitantemente, essa(s) disciplina(s) objeto(s) de

reprovação.

§1º - Essas disciplinas serão trabalhadas a partir das dificuldades

detectadas após uma avaliação diagnóstica que envolva todo o conteúdo da

disciplina, não sendo obrigatoriamente exigido que o estudante utilize todo o

período letivo para superar as dificuldades apresentadas.

§2º - Quando o estudante superar as dificuldades de aprendizagem

diagnosticadas e registradas, será considerado aprovado e seu desempenho

registrado pelo professor em documento próprio.

§3º - Quando pelo menos uma disciplina objeto de reprovação

englobar conhecimentos prévios fundamentais para a(s) disciplina(s) do período

subseqüente (pré-requisito), o estudante poderá cursar o período letivo seguinte,

desde que tenha demonstrado rendimento acadêmico maior ou igual a 40

(quarenta).

§4º-Quando pelo menos uma disciplina objeto de reprovação

englobar conhecimentos prévios fundamentais para disciplina(s) do período

subseqüente (pré-requisito) e o rendimento acadêmico do estudante tiver sido

inferior a 40 (quarenta), ele cursará, no período seguinte, apenas, a(s)

disciplina(s) objeto da reprovação.

Art. 33 - Nos casos em que o estudante, após avaliação final, não

alcançar a média 60 (sessenta) em mais de duas disciplinas, cursará, no período

subseqüente, apenas as disciplinas objeto de reprovação.

7 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E BIBLIOTECA

• Laboratório de Instalação de Equipamentos; • Laboratórios de Línguas Estrangeiras; • Sala de Audiovisual; • Salas de Aula; • Salão de Estudos de Informática; • Biblioteca

BIBLIOTECA

ÁVILA, Geraldo S. S. Cálculo I: Funções de uma variável. Rio de Janeiro: LTC, 1994 BOULUS, P. Cálculo I: diferencial e integral. São Paulo: Books,1999. Vol.1

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SWOKWSKI, Earl Wiliam. Trad. Alfred Alves de Faria, com colaboração dos professores Vera Regina L.F. Flores e Márcio Quintão Moreno. Cálculo com geometria analítica. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1994. BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à Administração de Empresas. São Paulo: Atlas, 1996. ______. Motivação nas Organizações. São Paulo: Atlas, 1997. BERGAMINI, C. W. Desenvolvimento de Recursos Humanos: uma estratégia de desenvolvimento organizacional. São Paulo: Atlas, 1999. BOWDITCH, J. L.; BUONO, A. F. Elementos do Comportamento Organizacional. São Paulo: Pioneira, 2002. MARTINS, Fran. Curso de Direito Comercial - Empresa Comercia, Empresários Individuais, Microempresas. São Paulo: Forense, 2002. COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2003. BEZERRA J. W. F. Arbitragem comercial no direito de integração. São Paulo: Edições Aduaneiras, 2001. CASTRO, J. A. Exportação, aspectos práticos e operacionais. São Paulo: Edições Aduaneiras, 2001. CAVALCANTI, D. de S. B. Evolução teórica do comércio internacional e a sistemática brasileira do comércio exterior. São Paulo: Edições Aduaneiras, 1995. BALEEIRO, Aliomar. Manual de Direito Tributário. Rio de Janeiro: Forense, 2001 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito Tributário. São Paulo: Malheiros editores, 1997. BORGES, Arnaldo. Introdução ao Direito Tributário. São Paulo: RT, 1992 BRUM, Argemiro J. Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Vozes, 2001. FURTADO Celso. Formação Econômica do Brasil. 30 ed. São Paulo: Companhia Editora, 2001. LACERDA, Antônio Correia de, et al. Economia Brasileira. São Paulo: Saraiva, 2000.

TAVARES, M. C. & FIORI, J. L. (Org.). Poder e Dinheiro. São Paulo: Vozes, 1998. EICHENGREEN, B. A Globalização do Capital. 34 ed. [S.l; s.n], 2000. MAIA, J. M. Economia Internacional e Comércio Exterior. S.I: Atlas, 1999. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. BERNHOEFT, Renato. Como tornar-se um empreendedor (em qualquer idade). São Paulo: Nobel, 1996.

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DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. São Paulo: Cultura, 1999a. FONSECA, Jairo Simon. Curso de Estatística. São Paulo: Atlas, 1990. SPIEGEL, Murray R. Tradução e revisão técnica Pedro Consentino Estatística. 3 ed. São Paulo: Edições Makron Books, 1993. (Coleção Schaum) BORENSTEIN, Carlos Raul. Planejamento estratégico. Apostila de pós-graduação Engenharia de Produção. UFSC, 2000. CERTO Samuel C. e PETER J. Paul. Administração estatégica: planejamento Implantação da estratégia. São Paulo: MAKON Books, 1993. HALL, Richard H. Organizações: estrutura e processo. Rio de Janeiro: Prentice-Hall Brasil, 1984. AGUILAR, Francis J. Traudção de Ruy Jungmann. A ética nas empresas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. ARISTÓTELES. Os pensadores. São Paulo: Martins Fontes, (no prelo). LEISINGER, Klaus e ACHIMITT, Karin. Tradução de Carlos Almeida Pereira. Ética empresarial: responsabilidade global e gerenciamento moderno. Petrópolis: Vozes, 2001. REZENDE, Alcides. Aspectos práticos e operacionais. São Paulo: Edições Aduaneiras, 1998. MAIA, Jaime de Mariz. Economia Internacional e Comércio exterior. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2000. SANTOS, José Souza. Prepare-se para exportar. Brasília (DF): JSS Consultoria e Empreendimentos, 2000. GITMAN, Lawrence J. e MADURA, Jeff. Administração financeira, uma abordagem gerencial. São Paulo: Makron Book, 2003. LEITE, Hélio de Paula. Introdução à administração financeira. São Paulo: Atlas, 1982. ASSEF, Roberto. Guia prático de formação de preços: aspectos mercadológicos, tributários e financeiros para pequenas e médias empresas. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1997. CAVES, Richard E. Economia internacional: comércio e transações globais. São Paulo: Saraiva, 2001. MAIA Jaime de Mariz. Economia Internacional e Comércio exterior. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2000. MALUF, Sâmia Nagib. Administrando o comércio exterior do Brasil. São Paulo: Aduaneiras, 2001. CASTRO, J. A. Exportação, aspectos práticos e operacionais. São Paulo, Edições Aduaneiras, 2001.

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ADAM, J. Lês Textes: Types et prototypes. Paris: Editions Nathan, 1992. BAGNO, M. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1999. BECHARA, E. Gramática da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001. ROBERTO, Paulo; RODRIGUES, Ambrósio. Introdução aos Sistemas de Transporte e à Logística Internacional. São Paulo: Aduaneiras, 2001. CORTIÑAS LOPEZ, José Manoel. Os custos logísticos do Comércio Exterior Brasileiro. São Paulo: Aduaneiras, 2000. MOURA, Reinaldo Aparecido. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. São Paulo, IMAM, 1998. CARNIER, Luiz Roberto. Marketing internacional. S.I: Aduaneiras, (19?). DAEMON, Dalton. Marketing internacional. S.I: FGV, (19?). KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Prentice hall, 2000. LUNARDI, Ângelo Luiz. Operações de câmbio e pagamento internacionais no comércio exterior. São Paulo: Aduaneiras, 2000. PERIA, Milve. Câmbio: conhecimentos gerais. São Paulo: Aduaneiras, 2000. RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio. 10 ed. São Paulo: Aduaneiras, 2000 CAVES, Richard E. Economia internacional: comércio e transações globais. São Paulo: Saraiva, 2001. EMBAIXADA DO BRASIL EM WASHINGTON. Barreiras aos produtos e serviços brasileiros no mercado norte-americano. São Paulo: Aduaneiras, 2001. GRIECO. O Brasil e a nova ordem econômica global. São Paulo: Aduaneiras, 2001. CAVES, Richard E. Economia internacional: comércio e transações globais. São Paulo: Saraiva, 2001. EMBAIXADA DO BRASIL EM WASHINGTON. Barreiras aos produtos e serviços brasileiros no mercado norte-americano. São Paulo: Aduaneiras, 2001. GRIECO. O Brasil e a nova ordem econômica global. São Paulo: Aduaneiras, 2001. CASTRO, José Augusto de. Exportação: aspectos práticos e operacionais. São Paulo: Aduaneiras, 1998. MAIA Jaime de Mariz. Economia internacional e comércio exterior. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2000. Normas Administrativas de Exportação. 21 ed. 2001. ITANI. Sociologia Geral. UNESP, (19?).

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PÉRCIO, S. Introdução a Sociologia. S.I: Ática, (19?). BOURDIEU, Pierre. Sociologia. [S.I; s.n]. 8 PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO

Tabela 2 – Pessoal docente vinculado ao Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior

NNoommee TTiittuullaaççããoo RReeggiimmee ddee TTrraabbaallhhoo Gerda Lúcia Pinheiro Camelo Mestrado - Educação DE Eduardo Janser de Azevedo Dantas Mestrado –Eng. elétrica DE Ítalo Márcio Gurgel de Castro Graduado- Direito 40 h Raimundo Nonato Camelo Parente Mestrado- Informática DE Neuza Maria Dantas Mestrado- Informática DE Érika Araújo da Cunha Pegado Mestrado- Eng. da Produção DE Elisângela Cabral de Meireles Mestrado-Administração 40h Lerson Fernando dos Santos Maia Mestre – Educação DE Fernando Henrique Dantas de Paiva Mestre 40h João Maria Filgueira Mestre DE

Tabela 3 – Pessoal técnico-administrativo vinculado ao curso Nome Cargo Regime de Trabalho

Josiana Liberato Freire Assistente Pedagógica 40 h Sérgio Ricardo Farias Técnico Administrativo 40 h Álvaro Luís de Oliveira Técnico Administrativo 40 h

9 DIPLOMAS Após integralizar todas as disciplinas e demais atividades previstas neste Plano do Curso o estudante fará jus ao diploma de graduação como Tecnólogo em Comércio Exterior.