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    CURSO BSICO SOBRE

    MediunidadeUEM UNIO ESPRITA MINEIRA

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    2 Unio Esprita Mineira

    CURSO BSICO DE MEDIUNIDADE

    UEM Unio Esprita Mineira

    Digitalizada pela equipe:

    Portal Luz Esprita

    www luzespirita org br

    2008 Brasil

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    3 CURSO BSICO SOBRE MEDIUNIDADE

    Curso Bsico sobre

    Mediunidade

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    4 Unio Espr ita Mineira

    ndiceCaptulo I Introduopg. 7

    1 Aspecto geral2 Conceito doutrinrio3 Referncias

    Captulo II Natureza da Mediunidadepg. 91 Introduo2 Classificao segundo a natureza3 Aspectos da mediunidade prpria ou natural4 Aspectos da mediunidade de prova ou trabalho5 Aspectos da mediunidade de expiao6 Referncias

    Captulo III Esprito, Corpo e Perispritopg. 131 Deus, Esprito, Matria e fluido csmico2 Corpo, Esprito e Perisprito3 O Perisprito4 Referncias

    Captulo IV Da Identificao dos Espritospg. 171 Introduo

    2 Lgica, bom senso, razo3 Da linguagem dos Espritos4 Aparncia5 Estado vibracional6 Referncias

    Captulo V Mecanismos das Comunicaespg. 201 Introduo

    2 Processo mental3 Sintonia (vibraes compensadas)4 Responsabilidade do Mdium nas comunicaes5 Referncias

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    Captulo VI Classificao Medinicapg. 251 Efeitos Fsicos2 Sensitivos ou Impressionveis3 Auditivos

    4 Vidncia5 Falantes ou Psicofnicos6 Sonamblicos7 Curadores8 Psicografia9 Poliglotas10 Pressentimentos11 Intuio

    12 Referncias

    Captulo VII A Casa Mentalpg. 331 As trs partes da Mente (Ref. 2)2 A casa construda por Freud (Ref. 2)3 O sistema nervoso a casa de Freud (Ref. 1, pg. 42.)4 Referncias

    Captulo VIII Reflexo Condicionadopg. 351 Conceituao e classificao2 Referncias

    Captulo IX Influncia Moral do Mdiumpg. 371 Afinidade2 Mdium perfeito3 Repelir dez verdades a aceitar uma falsidade

    4 RefernciasCaptulo X Da Influncia do Meiopg. 41

    1 Comunicaes espelhando as ideias presentes2 Superao de obstculos naturais3 Homogeneidade de pensamentos4 Referncias

    Captulo XI Educao Medinicapg. 46

    1 Orientao doutrinria2 Roteiro evanglico3 Exerccios psquicos4 Referncias

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    Captulo XII Exerccio Medinicopg. 481 Condies fsicas: Idade Sade Equilbrio Psquico2 Preparao constante: Alimentao emoes atitudes3 Predisposio evanglica: Autoeducao

    4 Segurana com noo de responsabilidade: Local para o exercciomedinico prudncia simplicidade5 Referncias

    Captulo XIII Animismopg. 541 Classificao dos fenmenos medinicos segundo Aksakof2 Explicao neurofisiolgica3 O mecanismo dos fenmenos medinicos

    4 Correlacionamento entre Espiritismo e Animismo5 Referncias

    Captulo XIV Mediunidade e Precepg. 581 Aspecto formal2 Aspecto cientfico3 Ao da prece4 Referncias

    Captulo XV Da Influncia dos Espritos em Nossas Vidaspg. 631 Influncias ocultas ou ostensivas2 Influncias benficas ou perniciosas3 Obsesso4 Referncias

    Sugestes de Leiturapg. 63

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    Captulo I

    Introduo

    1 - Aspecto geral

    A mediunidade faculdade inerente prpria vida e, com todas as suasdeficincias e grandezas, acertos e desacertos, so qual o dom da viso comum,peculiar a. todas as criaturas.(l) Como instrumentao da vida, surge em toda aparte. O lavrador o mdium da colheita, a planta o mdium da frutificao ea flor o mdium do perfume. Em todos os lugares, damos e recebemos,filtrando os recursos que nos cercam e moldandolhes a manifestao, segundoas nossas possibilidades.(2)

    Desse modo, possumos no artfice o mdium de preciosas utilidades,no escultor o mdium da obraprima, nos varredores das vias pblicas valiososmdiuns da limpeza, no juiz o mdium das leis. Todos os homens em suasatividades, profisses e associaes so instrumentos das foras a que sedevotam, atraindo os elementos invisveis que os rodeiam, conforme a naturezados sentimentos e ideias de que se nutrem. O homem e a mulher, abraando omatrimnio por escola de amor e trabalho, honrando o vnculo doscompromissos que assumem perante a harmonia universal, nele setransformam em mdiuns da prpria vida, responsabilizandose pelamaterializao, a longo prazo, dos amigos e dos adversrios de ontem,convertidos no santurio domstico em filhos e irmos. Alm do lar, ser difcilidentificar uma regio onde a mediunidade seja mais espontnea e mais pura.(2)

    2 - Conceito doutrinrio

    Kardec define: Mediunidade: Faculdade dos mdiuns.

    Mdiuns: (do latim, mdium, meio, intermedirio) pessoa que podeservir de intermediria entre os dois planos da vida, ou seja, entre os

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    Espritos e os Homens.(3)

    Segundo Andr Luiz, mediunidade o atributo de homem encarnado,para corresponderse com o homem liberado do corpo fsico.(1)

    Embora aceitos em sentido mais amplo por vrios autores em nossos

    estudos, conceituaremos, de um modo geral, os Fenmenos Medinicos comoaqueles que se reconhecem uma causa extrafsica, supraterrestre, isto , fora daesfera de nossa existncia fsica, portanto, Fenmenos Espirticos, pois, seprocessam com a interveno dos espritos desencarnados.

    3 - Referncias

    (1) "Evoluo em Dois Mundos", Andr Luiz FEB 1959(2) "Nos Domnios da Mediunidade", Andr Luiz FEB 2 edio.(3) "O Livro dos Mdiuns", Allan Kardec FEB 29 edio.

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    Captulo II

    Natureza da Mediunidade

    1 - Introduo

    "Todos os homens so mdiuns, todos tem um esprito que os dirigepara o bem, quando sabem escutlos".(1)

    "Organizamos turmas compactas de aprendizes para a reencarnao.Mdiuns e doutrinadores saem daqui s centenas, anualmente".(2)

    "Ningum pode avanar livremente para o amanh sem solver oscompromissos de ontem. Por este motivo, Pedro traz consigo aflitivamediunidade de provao. da Lei que ningum se emancipe sem pagar o quedeve".(3)

    2 - Classificao segundo a natureza

    Fcil observarse que a mediunidade, embora una em sua essncia(faculdade que permite ao homem encarnado entrar em relao com osespritos), no o quanto a sua natureza, ou razo de ser; variando de indivduo

    para indivduo.Assim, destacamos:

    Mediunidade prpria ou naturalEdgard Armond a define: " medida que evolui e se moraliza, o

    indivduo adquire faculdade psquica e aumenta consequentemente suapercepo espiritual. A isso denominamos mediunidade natural.(4)

    Mediunidade de prova ou trabalhoFaculdade oferecida ao indivduo, em carter precrio, como uma

    tarefa a desenvolver, quando encarnado, com vistas sua melhoriaespiritual e a de seus semelhantes.

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    Preparado de antemo no plano espiritual, o mdium, aoreencarnar tem, no exerccio medinico, abenoada oportunidade detrabalho.

    Mediunidade de expiaoH determinadas pessoas compromissadas grandemente em

    virtude do mau uso de seu livrearbtrio anterior (em passadasexistncias), a sensibilidade psquica aguada imposta ao mdium comooportunidade para ressarcimento de seus atos menos felizes do pretritocom vistas sua libertao futura.

    Esta mediunidade se manifesta revelia da criatura e comumentelhe causa sofrimentos aos quais no se pode furtar.

    A sua forma de manifestao mais comum a obsesso que podeatingir at o estagio de subjugao.

    Mdiuns missionriosConvm lembrar que, alm dos aspectos acima referidos,

    excepcionalmente podemos encontrar mdiuns que so verdadeiramentemissionrios do plano espiritual, entre os homens, os quais, pelos seuselevados dotes morais e espirituais, se tornam, a ttulo de testemunho, em

    instrumentos da vontade Divina, em favor da humanidade.

    3 - Aspectos da mediunidade prpria ou natural

    A sensibilidade medinica oriunda do trabalho perseverante doesprito resultado de seu prprio esforo.

    Como toda conquista espiritual, demanda perseverana e seu

    aperfeioamento se faz atravs das reencarnaes, seguidas de idnticoempenho no plano espiritual.

    Conquistada essa sensibilidade, transformase num atributo do esprito patrimnio intransfervel de sua individualidade.

    Isenta dos percalos naturais, inerentes s provas e expiaes, asensibilidade psquica conquistada de carter definitivo. O seu exerccio noacarreta sofrimentos e permite o intercmbio espontneo com as entidadesespirituais, sem necessidade do trabalho medinico de carter obrigatrio.

    Por estar ao alcance de todos, paulatinamente, caminhamos para aconquista deste atributo, atravs do qual contaremos com maiores recursos deidentificao com o plano espiritual.

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    A expresso fenomnica caracterstica das demais manifestaesmedinicas cede lugar a intuio pura e simples e as incurses da alma noplano extrafsico.

    A sua caracterstica principal , portanto, a intuio.

    4 - Aspectos da mediunidade de prova ou trabalho

    A sensibilidade medinica concedida como uma oportunidade detrabalho para a criatura.

    Conferida em carter transitrio, por emprstimo, segundoprogramao no plano espiritual, antes do reencarne do mdium, pode ser

    suspensa por iniciativa da prpria espiritualidade, consoante o uso que delafizer.

    Seu despertar quase sempre cercado de recursos alertadores, comvistas segura orientao do mdium.

    Respeitado o livrearbtrio do mdium, este pode ou no atender aocompromisso assumido na espiritualidade. Dispondose ao exercciomedinico, alm do aprendizado natural e excelente oportunidade de servio,conta o mdium com possibilidades de reajustarse frente aos problemas de

    seu passado. Recusandose ao trabalho, no entanto, normalmente, retorna aoplano espiritual mais compromissado, em virtude do menosprezo daoportunidade que lhe foi concedida.

    5 - Aspectos da mediunidade de expiao

    A sensibilidade medinica imposta ao mdium para reajustesnecessrios, determinados pelos seus atos menos dignos do passado de culpas.Manifestase independente da vontade atual do mdium e muitas vezes suaprpria revelia. Pelo seu carter expiatrio, pode cercarse de determinadossofrimentos fsicopsquicos, que sero amenizados, ou mesmo eliminados pelaperseverana do seu portador no trabalho medinico, dentro da seara crist.

    Independente de qualquer iniciativa visando ao seu desenvolvimento, amediunidade surge, nem sempre branda, s vezes, violentamente,

    surpreendendo o prprio mdium e aqueles que o cercam.To logo surja esta manifestao, deve o mdium ingressar numareunio deEducao Medinicapara melhor capacitarse no devido controlede suas faculdades, com vistas ao seu exerccio cristo.

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    Comumente manifestase sob o aspecto de obsesso e, se o mdiumno busca os recursos evanglicodoutrinrios indispensveis a suaautoeducao, pode cair nas tramas da subjugao.

    6 - Referncias

    (1) "O Livro dos Mdiuns", Allan Kardec FEB 29 edio.(2) "Os Mensageiros", Andr Luiz FEB 4 edio.(3) "Nos Domnios da Mediunidade", Andr Luiz FEB 2 edio.(4) "Mediunidade", Edgard Armond LAKE 9 edio.

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    Captulo III

    Esprito, Corpo e Perisprito

    1 - Deus, Esprito, Matria e fluido csmico

    Para melhor compreenso do fenmeno medinico, importante seestabelea a interdependncia entre o corpo, o perisprito e o Esprito. Paratanto, imprescindvel aceitemos seguramente a existncia e sobrevivnciadeste.

    Allan Kardec afirma: Antes de travarmos qualquer discusso espritaimporta indaguemos se o nosso interlocutor conta com esta base:

    Crer em Deus;

    Crer na imortalidade da alma;

    Crer na sobrevivncia da vida aps a morte.

    Sem isso seria to intil ir alm, com querer demonstrar aspropriedades da luz a um cego que no a admitisse.(1)

    Assim sendo, relembremos, com a Doutrina Esprita:

    Deus Inteligncia suprema, causa primeira de todas as coisas. Nosso pai e

    criador.Esprito Princpio inteligente do universo. O elemento espiritualindividualizado constitui os seres chamados Espritos; do mesmo modo que oelemento material individualizado constitui os diversos corpos da natureza,orgnicos e inorgnicos.Matria Princpio que d origem e formao aos corpos. Instrumento de quese serve o Esprito e sobre o qual ao mesmo tempo exerce a sua ao.Fluido csmico Desempenha papel de intermedirio entre o esprito e a

    matria, propriamente ditas, por demais grosseira para que o Esprito possaexercer diretamente ao sobre ela.

    fluido, como a matria matria, e suscetvel, pelas suas inumerveiscombinaes com esta e sob a ao do esprito, de produzir a infinita variedade

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    das coisas de que apenas conhecemos uma parte mnima. Este fluido universal,sendo o agente de que o Esprito se utiliza, o princpio, sem o qual, a matriaestaria em perptuo estado de desagregao e nunca adquiriria as qualidadesque a gravidade lhe d.(2)

    Abstraindose o Esprito, tudo o que existe no Universo oriundo dofluido csmico, no s o princpio material, quanto as leis que o regulam, tudonele se alicera. O fluido magntico e o fluido vital so apenas algumas dasinmeras modificaes do fluido csmico.

    Pela sua caracterstica de extrema maneabilidade e variadas funes,podemos dizer que se a matria manipulada pelo homem, as criaturasfludicas so elaboradas mentalmente pelos Espritos (encarnados oudesencarnados), uma vez que o fluido obedece ao seu comando mental.

    Andr Luiz assim o conceitua: O Fluido csmico o plasma divino,hausto do criador ou fora nervosa do TodoSbio. Neste elemento primordialvibram e vivem constelaes e sis, mundos e seres, como peixes no oceano.(3)

    2 - Corpo, Esprito e Perisprito

    Quando encarnado, o homem constituise de:

    Corpo fsico Componente material anlogo ao dos animais. , ao mesmo tempo, invlucro e instrumento de que se serve o Esprito. De vida efmera, se sujeita s transformaes da matria. medida que o Esprito adquire novas aptides, pelas reencarnaes,

    utilizase de corpos fsicos mais aperfeioados, condizentes com suasnovas necessidades.

    Esprito Alma ou componente imaterial. O progresso a sua condio normal e a perfeio a meta a que se

    destina. Imortal, preexiste e subsiste ao corpo fsico que lhe serve de

    instrumento. Retornando ao Plano Espiritual, aps o desencarne, conserva a sua

    individualidade, preparandose para novas metas em sua ascensoevolutiva.

    Perisprito Envoltrio fludico de que se serve o Esprito em suasmanifestaes extrafsicas.

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    Semimaterial, participa ao mesmo tempo da matria pela sua origem eda espiritualidade pela sua natureza etrea.

    Corpo espiritual que durante a reencarnao serve de elo entre o corpofsico e o Esprito.

    3 - O Perisprito

    O perisprito, ou corpo fludico, tambm conhecido como corpo astral,psicossoma, corpo celeste e outras denominaes, o corpo de que se serve oEsprito como veculo de sua manifestao no Plano Espiritual e comointermedirio entre o corpo e o esprito quando encarnado.

    Para melhor entendimento do perisprito, analisaremos este assuntosob os seguintes prismas: constituio, funo, apresentao e propriedades.

    Constituio

    De natureza sutil, o perisprito constitudo do fluido universalinerente ao globo em que estagia, razo porque no idntico emtodos os mundos.

    Sua natureza est em relao direta com o grau de adiantamento moraldo Esprito; da decorre que o mesmo se modifica e se aprimora com oprogresso moral que conquiste.

    Enquanto as entidades superiores formam o seu perisprito com osfluidos mais etreos do plano em que estagiam, as inferiores formamdos fluidos mais densos, ou grosseiros, pelo que, seu perisprito chegaa confundirse, na aparncia com o corpo fsico.

    Funo

    O Esprito pela sua essncia um ser abstrato, que no pode exercerao direta sobre a matria bruta. Precisa de um elementointermedirio (fluido universal), da a necessidade do envoltriofludico o perisprito.

    O perisprito faz do Esprito um ser definido, tornandoo capaz deatuar sobre a matria tangvel. , assim, o trao de unio entre oEsprito e a matria.

    Quando encarnado, o Esprito se vale do perisprito para atuar sobre o

    corpo e sobre o meio ambiente e, por seu intermdio, recebe sensaesdos mesmos.

    Despojado do corpo fsico, pela desencarnao, o Esprito permanececom o perisprito, veculo de sua manifestao no Plano Espiritual.

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    Apresentao

    O perisprito toma a forma que o Esprito queira.

    Atuando sobre os fluidos espirituais, por meio do pensamento, e davontade, os Espritos imprimem a esses fluidos tal ou qual direo:

    Aglomeramnos, combinam ou dispersam, forma conjuntos deaparncia, forma e cor determinadas.

    Essas transformaes, obedecendo vontade do Esprito, permitemlhe ter ou apresentarse com a forma que mais lhe agrade. Podendo,num dado momento, alterar sua aparncia instantaneamente.

    Essas transformaes podem ser o resultado de uma inteno ou oproduto de um pensamento inconsciente. Se num ambiente o Espritoapresentase com a aparncia de sua ltima existncia, pode,

    inconscientemente, modificarse no recinto; algo, ou algum o fazrecordarse de uma precedente reencarnao.To logo desliga o seupensamento do passado, retorna aparncia atual.

    Propriedades

    Um Esprito pode, portanto, apresentarse ao mdium com a aparnciade uma existncia remota (vesturio ou outros sinais caractersticos dapoca, inclusive cicatrizes, etc.), embora isto no signifique que ele

    conserve normalmente essa aparncia, mas sim a de vidas posteriores(geralmente a ltima experincia na Terra).

    Mesmo um Esprito apenas intelectualmente desenvolvido, emboramoralmente atrasado, pode apresentarse ao mdium sob a aparnciaque deseje (pela disposio do seu pensamento), at mesmo de umaoutra entidade, num processo de mistificao espiritual.

    Normalmente, no entanto, o perisprito retrata a condio ntima doEsprito, razo pela qual, premido por um estado consciencial de culpa,este se apresenta portando inibies, defeitos, aleijes, ou problemasoutros, dos quais, embora o desejasse, no se pode furtar.

    4 - Referncias

    (1) O Livro dos Mdiuns, Allan Kardec FEB 29 edio.

    (2) O Livro dos Espritos, Allan Kardec FEB 30 edio.(3) Evoluo em Dois Mundos, Andr Luiz FEB 1 edio.(4) A Gnese, Allan Kardec FEB 9 edio.

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    Captulo IV

    Da Identificao dosEspritos

    1 - Introduo

    "Amados no creiais a todo Esprito, mas provai se os Espritos so deDeus". (I Joo 4:1)

    "No que respeita s instrues gerais que nos trazem os Espritos, omais o ensino que nos proporcionam e no o nome sob o qual se apresentam".Allan Kardec

    "Se a individualidade do esprito pode nos ser indiferente, o mesmono se d quanto s suas qualidades. bom ou mau o Esprito que se comunica?Eis a questo." Allan Kardec

    2 - Lgica, bom senso, razo

    A identificao do Esprito pelo nome no deve constituir preocupaodo mdium ou dos frequentadores da reunio, pois, o mais importante o teordos ensinos que nos transmitem, seja qual for o nome ou a forma sob a qual deapresente o comunicante.

    Devemos considerar que, se o Esprito pode imprimir ao seu perispritoa forma que queira, este poder apresentarse sob a aparncia de outraentidade, ou para infundir maior confiana ao mdium, ou com o fim deliberadode enganar.

    O mesmo se d quanto ao nome com o qual se comunica, pois denenhuma referncia dispomos para comprovar a sua autenticidade, seno oteor de sua mensagem, condizente ou no com o nome indicado.

    Ser prudente, portanto, frente a qualquer comunicante, ainda que se

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    apresente como ou um dos guias da reunio, analisar rigorosamente o teor dacomunicao, aceitando apenas e exclusivamente, aquilo que esteja dentro dalgica, do bom senso e da razo.

    3 - Da linguagem dos Espritos

    A respeito da identificao dos Espritos transcrevemos algumasrecomendaes de "O Livro dos Mdiuns", para nossa meditao.

    Da linguagem dos Espritos"A linguagem dos Espritos est sempre em relao com o grau de elevao a que j tenham

    chegado.""Apreciamse os Espritos pela linguagem que usam e pelas suas aes. Estas se traduzem

    pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que do".

    A linguagem dos Espritos Elevados sempre idntica seno quanto forma, pelomenos quanto ao fundo. Os pensamentosso os mesmos, em qualquer tempo e emtodo o lugar.

    A linguagem dos Espritos inferiores ou vulgaressempre algo refletem das paixes humanas.

    No se deve julgar da qualidade doEsprito pela forma material, nem pelacorreo de estilo. preciso sondarlhe o

    ntimo, analisarlhe as palavras, peslasfriamente, maduramente e sem preveno.

    Qualquer ofensa lgica, razo e ponderaono pode deixar dvida sobre a sua procedncia, sejaqual for o nome com que ostente o Esprito.

    Devese desconfiar dos Espritos que com muitafacilidade se apresentam, dando nomesextremamente venerados, e no aceitar o que dizem,seno com muita reserva.

    Os bons Espritos s dizem o que sabem;calamse ou confessam a sua ignornciasobre o que no sabem.

    Reconhecemse os Espritos levianos pelafacilidade em que predizem o futuro e precisam fatosmateriais que no nos dado ter conhecimento.

    Os bons espritos so muito escrupulososno tocante s atitudes que hajam deaconselhar.

    Nunca, qualquer que seja o caso, deixamde objetivar um fim srio e eminentementetil.

    Qualquer recomendao que se afaste da linhareta do bom senso, ou das leis imutveis daNatureza, denuncia um Esprito atrasado e, portanto,

    pouco merecedor de confiana.

    Os bons Espritos s prescrevem o bem.Nunca ordenam; no se impem,aconselham e, se no so escutados,retiramse.

    Mxima nenhuma, nenhum conselho que se noconforme estritamente com a pura caridadeevanglica pode ser obra de bons Espritos.

    Os bons Espritos no lisonjeiam; aprovamo bem feito, mas sempre com reserva.

    Os conhecimentos de que alguns Espritos seenfeitam, s vezes, com uma espcie de ostentao,no constituem sinal de superioridade deles.

    A inaltervel pureza dos sentimentos , para esserespeito, a verdadeira pedra de toque.

    Para julgar os Espritos, como para julgaros homens, preciso, primeiro, que cada umsaiba julgarse a si mesmo.

    Se no fsseis imperfeitos, no tereis em torno devs seno bons Espritos; se fordes enganados, devs mesmos vos deveis queixar.

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    4 - Aparncia

    Podendo alguns Espritos enganar pela linguagem de que usam, seguese que tambm podem, aos olhos de um mdium vidente, tomar uma falsa

    aparncia?Isso se d, porm, mais dificilmente. O mdium vidente pode ver

    Espritos levianos e mentirosos, como outros os ouvem, ou escrevem sobinfluncia deles.Podem os Espritos levianos aproveitarse dessa disposio,para o enganar, por meio de falsas aparncias; isso depende das qualidades doEsprito do prprio mdium. ("O Livro dos Mdiuns")

    5 - Estado vibracional

    Muitos mdiuns reconhecem os bons e os maus Espritos pelaimpresso agradvel ou penosa que experimentam aproximao deles.Perguntamos se a impresso desagradvel, a agitao convulsiva, o malestarso sempre indcios da m natureza dos Espritos que se manifestam.

    O mdium experimenta as sensaes do estado em que se encontra oEsprito que dele se aproxima. Quando ditoso, o Esprito tranquilo, leve,refletido; quando feliz, agitado, febril, e essa agitao se transmitenaturalmente ao sistema nervoso do mdium. Em suma, dse o que se d como homem na terra: O bom calmo, tranquilo; o mau est constantementeagitado. ("O Livro dos Mdiuns").

    Conclumos que a maneira mais segura de se identificar a natureza doEsprito pelo teor de sua linguagem, falada ou escrita, mediante os conceitosque nos trazem. Tanto quanto, ao se aproximar de um mdium, o Esprito podepor ele ser analisado, atravs do seu estado vibracional, ou seja, das sensaesagradveis ou desagradveis que o Esprito infunde ao mdium.

    6 - Referncias

    "O Livro dos Mdiuns", Allan Kardec FEB 29 edio."O Novo Testamento" Traduo de Joo Ferreira de Almeida IBB

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    Captulo V

    Mecanismos das Comunicaes

    1 - Introduo

    A mente permanece na base de todos os fenmenos medinicos.(1)Em mediunidade no podemos olvidar o problema da sintonia.(1)

    No socorro espiritual, os benfeitores e amigos das esferas superiores,tanto quanto os companheiros encarnados, quais o diretor da reunio e seusassessores que manejam o verbo educativo, funcionam lembrando autoridadescompetentes no trabalho curativo, mas o mdium o enfermo convidado acontrolar o doente, quanto lhe seja possvel, impedindo, a este ltimo,manifestaes tumulturias e palavras obscenas.(3)

    2 - Processo mental

    Para que um Esprito se comunique mister se estabelea a sintonia damente encarnada com a desencarnada.

    Esse mecanismo das comunicaes espritas, mecanismo bsico que sedesdobra, todavia, em nuanas infinitas, de acordo com o tipo de mediunidade,

    estado psquico dos agentes ativo e passivo valores espirituais, etc.Sintonizando o comunicante com o medianeiro, o pensamento do

    primeiro se exterioriza atravs do campo fsico do segundo, em forma demensagem grafada ou audvel.

    Na incorporao (psicofonia), o mdium cede o corpo ao comunicante,mas, de acordo com os seus prprios recursos, pode comandar a comunicao,fiscalizando os pensamentos, disciplinando os gestos e controlando ovocabulrio do Esprito.

    O pensamento do Esprito, antes de chegar ao crebro fsico domdium, passa pelo crebro perispirtico, resultando disso a propriedade quetem o medianeiro, em tese, de fazer ou no fazer o que entidade pretende. (ref.2 Cap. IX e X).

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    3 - Sintonia (vibraes compensadas)

    Sintonia significa, em definio mais ampla, entendimento, harmonia,compreenso, ressonncia ou equivalncia.

    Sintonia , portanto, um fenmeno de harmonia psquica, funcionandonaturalmente, a base de vibraes.

    Duas pessoas sintonizadas estaro, evidentemente, com as mentesperfeitamente entrosadas, havendo, entre elas, uma ponte magntica a vincullas, imantandoas profundamente.

    Estaro respirando na mesma faixa, intimamente associadas:

    Sintonia,Ressonncia,

    Vibraescompensadas

    Sbios

    Ideais

    superiores,Assuntostranscendentes

    Cincia, filosofia, religio, etc.

    ndiosObjetivosvulgares,

    Assuntos triviaisCaa, lutas, pesca, presentes, etc.

    rvoresMaior vitalidade

    melhorproduo

    Permuta dos princpios germinativos,quando colocadas entre companheiras da

    mesma espcie

    Quanto mais evoludo o ser, mais acelerado o estado vibratrio.Assim sendo, em face das constantes modificaes vibratrias verificarse sempre, em todos os comunicados, o imperativo da reduo ou do aumentodas vibraes para que eles se deem com maior fidelidade.

    Se esta lei de afinidade comanda inteiramente os fenmenos psquicos,no h dificuldade em compreendermos porque as entidades luminosas ouiluminadas so compelidas a reduzir o seu tom vibratrio a fim de, tornandomais densos os seus perispritos, serem observadas pelos Espritos menos

    evolvidos.Do mesmo modo, graduam o pensamento e densificam o perisprito,quando desejam transmitir as comunicaes, inspirar os dirigentes detrabalhos medinicos ou os pregadores e expositores do Evangelho e daDoutrina.(2)

    Andr Luiz em Nos Domnios Da Mediunidade (cap. V) descreve:"Nesse instante, o irmo Clementino pousou a destra na fronte do amigo

    que comandava a assembleia, mostrando-se-nos mais humanizado, quase

    obscuro.

    O benfeitor espiritual, que ora nos dirige acentuou nosso instrutor

    afigura-se-nos mais pesado porque amorteceu o elevado tom vibratrio em que

    respira habitualmente, descendo a posio de Raul, tanto quanto lhe possvel,

    para benefcio do trabalho comeante.

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    Lon Denis afirma:... o Esprito, libertado pela morte, se impregna de matria sutil e

    atenua suas radiaes prprias, a fim de entrar em unssono com o mdium.

    Concluise, das palavras do filsofo francs, que os Espritos dispemde recursos para reduzir ou elevar o tom vibratrio, da seguinte forma;

    a) Para reduzir o seu prprio padro vibratrio, o Esprito superiorimpregnase de matria sutil colhida no prprio ambiente.

    b) Para elevar o tom vibratrio do mdium, o Esprito encontra naprpria concentrao ou transe, daquele, os meios de ativar asvibraes.(2)

    4 - Responsabilidade do Mdium nas comunicaes

    Comumente o mdium se deixa sugestionar pelos Espritos rebeldes oumenos esclarecidos e sob a sua influncia, extravasam no campo fsico, suasimpresses de desequilbrio de que o comunicante se faz portador.

    Isto se verifica quase sempre com o mdium que ignora a sua

    responsabilidade na manifestao medinica, quando no o faz julgando que aencenao provocada pelo irmo sofredor indcio de autenticidade daincorporao do Esprito.

    Qualquer que seja o motivo que leva o mdium a permitir este excesso,sem qualquer controle de sua parte, denota que ele, embora detentor defaculdades psquicas, ainda no se compenetrou de suas responsabilidades eno se dedica ao estudo doutrinrio e aperfeioamento evanglico,indispensvel ao melhor desempenho de sua tarefa.

    Quanto conduta do mdium, Andr Luiz nos recomenda:Controlar as manifestaes medinicas que veicula, reprimindo,

    quanto possvel, respirao ofegante, gemidos, gritos e contores, batimento de

    mos e ps ou quaisquer gestos violentos.

    O medianeiro ser sempre o responsvel direto pela mensagem de que

    se faz portador.(Ref. 4, Cap. IV)

    Conscientes de que o pensamento do Esprito, antes de chegar ao

    crebro do mdium, passa pelo seu crebro perispirtico, fcil compreender queo mdium pode e deve policiar as sugestes do comunicante, permitindo queseja externado apenas o necessrio para o esclarecimento e orientao doEsprito, por parte do dirigente da reunio.

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    compreensvel que o Esprito em desequilbrio, sugira ao mdium:gritos, contores, batimentos de mos e ps ou outros gestos violentos, noentanto, cabe ao medianeiro, opor a estas sugestes, atitudes moderadas eequilibradas, as quais, coibindo a violncia do comunicante, funcionam guisa

    de alerta para o prprio Esprito, facilitando assim o esforo para suaorientao.Por isso, em uma mesma reunio, com um mesmo Esprito se

    comunicando atravs de dois mdiuns distintos, pode se verificar o seguinte:Encontrase no primeiro mdium um instrumento afim com o seu

    estado ntimo, no s dar expanso as suas atitudes menos edificantes quanto,dificilmente assimilar os recursos esclarecedores que o dirigente busque lheenderear. Se, ao contrrio, aproximase de um mdium espiritualizado, sua

    simples aproximao, j auxiliado, pois este irradia, naturalmente, vibraesde paz e harmonia com que o envolve beneficamente. A tarefa do dirigente,nesse caso, grandemente facilitada pela condio ntima do mdium.

    Lembremos mais uma vez Andr Luiz:Ainda mesmo um mdium absolutamente sonmbulo, incapaz de

    guardar lembranas posteriores ao socorro efetuado, semidesligado de seus

    implementos fsicos, dispe de recursos para governar os sentidos corpreos de

    que o Esprito comunicante se utiliza, capacitando-se, por isso, com o auxlio dos

    instrutores espirituais, a controlar devidamente as manifestaes.

    No se diga que isso impossvel. Desobsesso obra de reequilbrio,

    refazimento, nunca de agitao e teatralidade.

    Nesse sentido, vale recordar que h mdium de incorporao normal, e

    mdium ainda obsidiado. E, sempre que o mdium, dessa ou daquela espcie, se

    mostre obsidiado, necessita de socorro espiritual, atravs de esclarecimento,

    emparelhando-se com as entidades perturbadas carecentes de auxlio.

    Realmente, em casos determinados, o medianeiro da psicofonia no

    pode governar todos os impulsos destrambelhados da inteligncia desencarnada

    que se comunica na reunio, como nem sempre o enfermeiro logra impedir todasas extravagncias da pessoa acamada; contudo, mesmo nessas ocasies especiais,

    o mdium integrado em suas responsabilidades dispe de recursos para cooperar

    no socorro espiritual em andamento, reduzindo as inconvenincias ao mnimo.(Ref. 3, Cap. 43)

    Encerramos com Martins Peralva, concitandonos autoevangelizao:Os mdiuns, portanto, que desejam, sinceramente, enriquecer o

    corao com tesouros da f, a fim de ampliarem os recursos de servir ao Mestre

    na seara do bem, no podem nem devem perder de vista o fatorautoaperfeioamento.

    No podem, de forma alguma, deixar de nutrirse com o alimentoevanglico, tornandose humildes e bons, devotados e convictos, a fim de que os

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    modestos encargos medinicos de hoje sejam, amanh, transformados emsublimes e redentoras tarefas, sob o augusto patrocnio do Divino Mestre, quenos afirmou ser o Po da Vida e a Luz do Mundo.

    Abnegao por perseverana, no trabalho medinico, mantm o

    servidor em condies de sintonizar, de modo permanente, com EspritosSuperiores, permutando, assim, com as foras do bem as divinas vibraes doamor e da sabedoria.

    Estabelecida, pois, esta comunho do medianeiro com os prepostos dosenhor, a prtica medinica se constituir, com reais benefcios para o mdiume o agrupamento onde serve, legtima sementeira de fraternidade e socorro.(Ref. 2, Cap. IV)

    5 - Referncias

    (1) Nos Domnios Da Mediunidade, Andr Luiz FEB 2 edio(2) Estudando a Mediunidade, Martins Peralva FEB 4 edio(3) Desobsesso, Andr Luiz FEB 1 edio(4) Conduta Esprita, Andr Luiz FEB 1 edio

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    Captulo VI

    Classificao Medinica(Segundo a aptido do mdium)

    1 - Efeitos Fsicos

    Mediunidade em que se observam os fenmenos objetivos e, por isso,perceptveis pelos sentidos fsicos.

    Os mdiuns de efeitos fsicos, segundo Kardec, podem ser:

    a) Facultativo O que tem conscincia da sua mediunidade e se presta produo dos fenmenos por ato de sua prpria vontade;

    b) Involuntrio ou natural Nenhuma conscincia tem dessasfaculdades psquicas, servindo muitas vezes, de instrumento dosfenmenos, contra sua vontade. (Ref. 1, Cap. XIV).

    O mdium de efeitos fsicos, durante a produo dos fenmenos, podepermanecer em estado de transe, ou completamente desperto.

    Os fenmenos de efeitos fsicos mais comuns so:

    a) Levitao - Quando pessoas ou objetos so erguidos no ar, seminterferncia de recursos materiais objetivos.

    b) Transporte - Quando objetos so levantados e deslocados de umaparte para outra, dentro do mesmo local ou trazidos de locaisdistantes.

    c) Tiptologia - Comunicao dos Espritos valendose do alfabeto ouqualquer outro sinal convencionado por meio de movimento deobjetos ou atravs de pancadas.

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    O Esprito responder s perguntas formuladas, valendose deum cdigo estabelecido anteriormente.

    Por exemplo:

    Uma pancada significa sim; duas pancadas, no.

    Uma pancada corresponde letra A; duas pancadascorrespondem letra B, etc.;

    As letras do alfabeto so dispostas sobre uma mesa e osEspritos conduzem um determinado objeto que, percorrendoas vrias letras, forma palavras e frases inteiras.

    A tiptologia, portanto, pode ser obtida de maneira muitovariada, a critrio dos responsveis pela experincia.

    muita conhecida, nesse caso, a experincia com o copo.

    d) Materializao - Manifestao dos Espritos, atravs da criao deformas ou efeitos fsicos. A materializao se desdobra em nuancesvariadas sinais luminosos ligeiros ou intensos, rudos, odores e amaterializao propriamente dita, desde apenas determinadas partesdo corpo at a completa materializao da entidade espiritual que secomunica.

    Para a materializao, os Espritos manipulam e conjugam trselementos essenciais:

    Fluidos inerentes Espiritualidade;

    Fluidos inerentes ao mdium e demais participantes da reunio;

    Fluidos retirados da natureza, especialmente da gua e das plantas.

    e) Voz direta ou Pneumatofonia - Comunicao oral do Esprito,diretamente, atravs de um aparelho vocal fludico, manipulado pelaespiritualidade. Nesse caso, os presentes registram apenas a voz dosEspritos.

    f) Escrita direta ou Pneumatografia - Comunicao dos Espritos,atravs da escrita direta, isto , sem concurso fsico do mdium.

    A mensagem grafada pelos Espritos e, para tanto, nem oprprio lpis indispensvel.

    g) Desdobramento (bicorporeidade) -Exteriorizao do perisprito domdium que, afastado do corpo carnal ao qual se liga pelo cordofludico se manifesta materializado em local prximo ou distante.

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    O desdobramento pode assumir outras caractersticas, asquais, necessariamente, no se enquadram na categoria de efeitosfsicos.

    Por exemplo: O Esprito do mdium, afastado do corpo, pode

    se fazer notar em outro local, atravs da vidncia de um segundomdium. (Ref. 3, Cap. XII.)

    2 - Sensitivos ou Impressionveis

    So aqueles cuja mediunidade se manifesta atravs de uma sensaofsica experimentada pelo mdium, aproximao do esprito. Assim, o mdium

    impressionvel, ainda que no oua ou veja um Esprito, sente a sua presenapelas reaes em seu organismo.

    Do teor dessas reaes, pode o mdium deduzir a condio do Esprito:Rebelde, perseguidor, evoludo, dcil, etc.

    Com o exerccio, o mdium chega a identificar, individualmente, osEspritos, sua simples aproximao. (Ref. 1, Cap. XIV)

    3 - Auditivos

    O mdium audiente ouve vozes proferidas pelos Espritos ou sons poreles produzidos, bem como, sons da prpria natureza, que escapam percepoda audio normal.

    Por ser fenmeno de natureza psquica, fcil compreenderse que aaudio se verifica no rgo perispirtico do mdium, por isso, independe desua audio fsica. (Ref. 3, Cap IX)

    4 - Vidncia

    Faculdade mediante a qual o mdium percebe, pela viso hiperfsica, osEspritos desencarnados ou no, bem como situaes ou paisagens do planoespiritual. Podese classificar em:

    a) Vidncia ambiente ou local -Quando o mdium percebe o ambienteespiritual em que se encontra, registrando fatos que ali mesmo sedesdobram ou ento, quadros, sinais e smbolos projetadosmentalmente por Espritos com os quais esteja em sintonia.

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    b) Vidncia no espao - O mdium v cenas, sinais ou smbolos empontos distantes do local em que se encontra.

    c) Vidncia no tempo - O mdium v cenas, representando fatos a

    ocorrer (viso proftica) ou fatos passados em outros tempos (visorememorativa).

    d) Psicometria - Forma especial de vidncia que se caracteriza pelodesenvolvimento, no campo medinico, de uma srie de vises decoisas passadas, desde que, posto em presena do mdium um objetoqualquer ligado quelas cenas. Essa percepo se verifica em vista detais objetos se acharem impregnados de influncias pessoais dos seus

    possuidores ou dos locais onde se encontravam.

    5 - Falantes ou Psicofnicos

    Os mdiuns falantes ou psicofnicos transmitem, pela palavra falada, acomunicao do Esprito.

    uma das formas de mediunidade mais comuns no intercmbio

    medinico e frequentemente denominada de incorporao.O mdium psicofnico pode ser:

    a) Consciente - O Esprito comunicante transmite telepaticamente, svezes de grandes distncias, as suas ideias ao mdium, que as retrataaos encarnados com as suas prprias expresses.

    b) Semiconsciente - Estabelecida a sintonia, ou equilbrio vibratrio, o

    Esprito comunicante, atravs do perisprito do mdium, entra emcontato com este, passando a atuar sobre o campo da fala e outroscentros motores do mdium.

    No h afastamento acentuado do Esprito do mdium e esteno perde a conscincia ou conhecimento do que se passa.

    Sujeitase, espontaneamente, influncia do Espritocomunicante, mas o controla devidamente, podendo reagir a qualquermomento a essa influncia, pela prpria vontade.

    O Esprito, apesar de no ter domnio completo sobre omdium, pode expressar com mais fidelidade as suas ideias, do que nocaso anterior.

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    Na psicofonia semiconsciente, o comunicante a ao, mas omdium personifica a vontade. (Ref. 3, Cap. XI)

    c) Inconsciente - Tambm denominada psicofonia sonamblica, se

    processa com o afastamento do Esprito do mdium de seu corpo.O comunicante utilizase mais livremente dos implementosfsicos do medianeiro, pelo que a sua comunicao mais fiel e isentade interpretaes por parte do mdium. comum, nesse caso,observada a afinidade, o Esprito retratar tambm, com maior oumenor nitidez, o tom de voz, as maneiras e at mesmo o seu aspectofsico caracterstico.

    Se o comunicante um Esprito de inteira confiana do

    mdium, este se afasta, tranquilamente, cedendolhe o campo somtico,como que entrega um instrumento valioso s mos de um artistaemrito que o valoriza.

    Quando, no entanto, o irmo que se manifesta se entrega rebeldia ou perversidade, o mdium, embora afastado do corpo, age nacondio de um enfermeiro vigilante que cuida do doente necessitado.Esse controle pacfico, porque a mente superior subordina as que lhesituam retaguarda nos domnios do Esprito.

    Quando se trata de uma entidade intelectualmente superior aomdium, porm, degenerada ou perversa, a fiscalizao corre por contados mentores espirituais do trabalho medinico.

    Se a psicofonia inconsciente ou sonamblica se manifesta emum mdium desequilibrado sem mritos morais ou irresponsvel,pode conduzilo subjugao (possesso), sempre nociva e que, porisso, apenas se evidencia integral nos obsessos que renderam s forasvampirizantes.

    6 - Sonamblicos

    No sonambulismo vemos duas ordens de fenmenos:

    a) O sonmbulo, propriamente dito, que age sob a influncia de seuprprio Esprito.

    a sua alma que, nos momentos de emancipao, v, ouve e

    percebe fora dos limites dos sentidos.Suas ideias so, em geral, mais justas do que no estado normal;

    seus conhecimentos mais dilatados, porque tem livre a alma.

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    b) O mdium sonamblico, ao contrrio, um instrumento passivo eo que diz no vem de si mesmo.

    Enquanto o sonmbulo exprime o seu prpriopensamento, o mdium exprime o de outrem; confabula com os

    Espritos e nos transmite os seus pensamentos. (Ref. 1, Cap. XIV.)Mdium sonamblico, portanto, aquele que, em estadode transe, se desprende do corpo e, nessa condio de liberdade,nos descreve o que v, o que sente e ouve no plano Espiritual.

    Esta mediunidade denominada por Andr Luiz comodesdobramento e assim tambm classificada por diversosautores. (Ref. 2, Cap. XI.)

    7 - Curadores

    A mediunidade de cura a capacidade que certos mdiuns possuem deprovocar reaes reparadoras de tecidos e rgos de corpo humano, inclusiveos oriundos de influenciao Espiritual.

    Nesse campo muito difundida a prtica de passes individuais oucoletivos, existindo dois tipos, assim discriminados:

    a) Passe ministrado com os recursos magnticos do prprio mdium;

    b) Passe ministrado com recursos magnticos hauridos, no momento, doPlano Espiritual.

    No primeiro caso, o mdium transmite ao doente suas prpriasenergias fludicas, operando assim, um simples trabalho de magnetizao.Nosegundo, com a presena do mdium servindo de polarizador, um Esprito

    desencarnado faz sobre o doente a aplicao, canalizando para ele os fluidosreparadores. (Ref. 3, Caps. XII e XX).

    Efeitos fsicos Tambm no campo de Efeitos Fsicos, comumente,encontramos mdiuns que se dedicam s curas, realizando alguns, inclusive,operaes de natureza extrafsica, em doentes tidos como incurveis, cujosresultados benficos so imediatos, contrariando, desse modo, todo oprognstico da cincia terrena.

    8 - Psicografia

    Faculdade medinica, atravs da qual os Espritos se comunicam pelaescrita manual.

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    conheceu, noutros tempos, o idioma pelo qual se expressa durante o transe.(Ref. 4, Cap. XXXVIII.)

    10 - Pressentimentos

    Os mdiuns de pressentimentos ou profticos so pessoas que, emdadas circunstncias, tm uma intuio vaga de coisas vulgares que ocorreroou, permitindoo a Espiritualidade, tm a revelao de coisas futuras deinteresse geral e so incumbidos de dlas a conhecer aos homens, para suainstruo.

    As profecias se circunscrevem s linhas mestras da evoluo humana,

    pelo que fcil de ser entendida por ns o seu mecanismo, pois, quem jpercorreu o caminho, pode retornar atrs e alertar aos da retaguarda sobreseus percalos.

    No que diz respeito ao campo individual, pode um Esprito falar arespeito de determinadas provas programadas pela prpria pessoa antes dareencarnao.

    Seja, no entanto, no plano geral ou no plano individual, as profecias sosempre relativas, j que, detendo a criatura o livrearbtrio poder em

    qualquer poca, consoante a sua vontade, modificar as circunstncias de suavida, imprimindolhe novos rumos e, portanto, alterar os prognsticos quenaturalmente se cumpririam se no fosse a sua deliberao.

    11 - Intuio

    Faculdade que permite ao homem receber, no seu ntimo, asinspiraes e sugestes da Espiritualidade.

    Desenvolvese por no ter carter fenomnico, medida que a criaturase espiritualiza.

    Para a intuio pura, portanto, todos ns caminhamos, constituindo asua conquista um patrimnio da criatura espiritualizada.

    12 Referncias

    (1) O Livro dos Mdiuns, Allan Kardec 29 Ed. FEB(2) Nos Domnios da Mediunidade, Andr Luiz 2 Ed. FEB(3) Mediunidade, Edgard Armond 9 Ed. LAKE(4) Estudando a Mediunidade, Jos Martins Peralva 4 Ed. FEB

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    Captulo VII

    A Casa Mental

    1 - As trs partes da Mente (Ref. 2)

    Precisamos avaliar corretamente a natureza dos nossos instintos eapetites bsicos, a fim de que, melhor equipados, possamos controllos.

    O mundo, neste particular, est em dbito para com Sigmund Freud, odescobridor da Psicanlise, em virtude de ter sido ele o primeiro homem apassar a mente humana pelos raios X com xito, descrevendo seus complicadostrabalhos.

    De acordo com sua teoria, a mente est dividida em trs partes: 1. O inconsciente;2. O consciente;3. A conscincia.

    Freud deu a estas trs partes da mente nomes tcnicos especficos,chamando: O inconsciente de id; o consciente de ego e a conscincia desuperego.

    2 - A casa construda por Freud (Ref. 2)

    Se fizermos uma ideia de que a mente uma pequena casa, poderamoschamar o inconsciente de poro andar subterrneo; o consciente de andarprincipal, parte da casa onde realmente vivemos e nos entretemos, e aconscincia censor moral, a polcia, seria o sto.

    lgico presumirmos que o poro no to limpo ou no est to em

    ordem como a parte de cima. Na maioria das casas o poro tornase um lugarpara despejo, onde se armazena quantidade de velharias e, ao mesmo tempo,onde se localiza o sistema de abastecimento de toda a casa.

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    3 - O sistema nervoso a casa de Freud (Ref. 1, pg. 42.)

    No sistema nervoso, temos o crebro inicial, repositrio dosmovimentos instintivos e sede das atividades subconscientes; figuremolo

    como sendo o poro de sua individualidade, onde arquivamos todas asexperincias e registramos os menores fatos da vida. Na regio do crtex motor,zona intermediria entre os lobos frontais e os nervos, temos o crebrodesenvolvido, consubstanciando as energias motoras de que se serve a nossamente para as manifestaes imprescindveis no atual momento evolutivo donosso modo de ser.

    Nos planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigaocientfica do mundo, jazem materiais de ordem sublime, que conquistaremos

    gradualmente, no esforo de ascenso, representando a parte mais nobre denosso organismo divino em evoluo.

    No podemos dizer que possumos trs crebros simultaneamente.Temos apenas um que, porm, se divide em trs regies distintas. Tomemolocomo se fora um castelo de trs andares; no primeiro situamos a residncia denossos impulsos automticos, simbolizando o sumrio vivo dos serviosrealizados; no segundo localizamos o domiclio das conquistas atuais, onde seerguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no

    terceiro, temos a casa das noes superiores, indicando as eminncias quenos cumpre atingir.

    4 - Referncias

    (1) No Mundo Maior, Cap.. III Andr Luiz FEB 1962.(2) Ajudate pela Psiquiatria, Frank S. Caprio IBRASA 1959.

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    Captulo VIII

    Reflexo Condicionado

    1 - Conceituao e classificao

    H reflexos que nascem com o indivduo, e se transmitem, invariveis,atravs das geraes: O do tremor de frio, o da deglutio, o do piscar, porexemplo. Podem desaparecer com a idade, ou s se manifestam emdeterminadas pocas da vida; mas sempre reaparecem, na gerao seguinte,com o mesmo tipo, observando a mesma cronologia. Os reflexosexclusivamente medulares, bulbares e cerebelosos, esto nesta categoria ereceberam a designao de reflexos incondicionados, ou congnitos.

    Ao lado dos reflexos incondicionados, cada animal, individualmente,apresenta um grande nmero de atividades reflexas particulares, que no seencontram, necessariamente, em todos os seres da mesma espcie.Os ces, emgeral, segregam saliva quando lhes coloca alimento na boca: Esta secreo umreflexo incondicionado, ou congnito. Mas certo co pode segregar salivaquando v o homem que o costuma alimentar, ou o prato em que lhe trazemcomida:A secreo ser agora um reflexo adquirido ou condicionado.

    O estudo experimental dos reflexos condicionados devese aofisiologista russo contemporneo I. P. Pavlov (18491936). Para tornar maisfcil, e ao mesmo tempo, rigorosamente objetiva a observao do fenmeno,Pavlov investigou sobretudo o reflexo salivar do co, depois de haver praticadono animal uma fstula que comunicava uma das partidas ou das submaxilarescom o exterior, trazendo para a superfcie cutnea a extremidade do respectivocanal excretor. A saliva que goteja recolhida num tubo de vidro preso aocanal. Tornase assim possvel notar a marcha do fenmeno e medir a suaintensidade contando o nmero de gotas por minuto. Alis, a contagem de

    laboratrio executada por Pavlov hoje feita automaticamente, por dispositivoeltrico.As concluses bsicas das experincias de Pavlov so as seguintes:Quando se introduz subitamente alimento na boca do co, aparece, um

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    os dois segundos depois, o fluxo salivar. A secreo neste caso, ocasionadapelas propriedades fsicas e qumicas de alimento, atuando sobre os receptoresnervosos da mucosa bucal. A secreo assim determinada um reflexocongnito, encontrado em todos os ces, sem dependncia com o aprendizado

    anterior.Faase a mesma experincia, de introduzir alimento na boca do co;mas, de cada vez, combinese com o estmulo natural um impulso qualquer,indiferente, como, por exemplo, as pancadas de um metrnomo. Ao fim dealguns dias de repetio, o estmulo indiferente, o estmulo sinal, como dizPavlov, adquire a propriedade de, por si s, provocar a secreo salivar. Bastaque o co oua o metrnomo, para que imediatamente a glndula salivar seponha em atividade. O fenmeno toma nome de reflexo condicionado, ou

    adquirido, no observado em todos os ces, mas unicamente nos que sofremprvio aprendizado.

    2 - Referncias

    (1) No Mundo Maior Caps. III, IV e VII Andr Luiz FEB 1962.(2) Novo Testamento Mateus 26:41

    (3) Elementos de Anatomia e Fisiologia Humanas, Almeida Jnior Companhia Editora Nacional 1958.(4) O Homem, Orieux, M. Everaere, M Leite, Joo dAndrade Ed. Liceu 1967.(5) O Corpo Humano, Kahn, Fritz Ed.Civilizao Brasileira S/A 1962.

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    Captulo IX

    Influncia Moral do Mdium

    O desenvolvimento da mediunidade guarda relao com odesenvolvimento moral dos mdiuns?

    No; a faculdade propriamente dita se radica no organismo;independe do moral. O mesmo, porm, no se d com o seu uso, quepode ser bom, ou mau, conforme as qualidades do mdium. (Ref. 1,Cap. XX 226).

    1 - Afinidade

    Se o mdium, do ponto de vista da execuo, no passa de uminstrumento, exerce, todavia, influncia muito grande, sob o aspecto moral. Poisque, para se comunicar, o Esprito desencarnado se identifica com o Esprito domdium, esta influncia no se pode verificar, se no havendo, entre um eoutro, simpatia e, se assim , lcito dizerse, afinidade. A alma exerce sobre oesprito livre uma espcie de atrao, ou repulso, conforme o grau desemelhana existente entre eles. Ora, os bons tm afinidade com os bons e osmaus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do mdiumexercem influncia capital sobre a natureza dos Espritos que por ele secomunicam. Se o mdium vicioso, em torno dele se vem grupar espritosinferiores, sempre prontos a tomar lugar dos bons Espritos evocados. Asqualidades que, de preferncia, atraem os bons Espritos so: A bondade, abenevolncia, a simplicidade do corao, o amor ao prximo, o desprendimentodas coisas materiais. Os defeitos que os afastam so: O orgulho, o egosmo, ainveja, o cime, o dio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixes que

    escravizam o homem matria. (Ref. 1 Cap. XX 227).Todas as imperfeies morais so outras tantas portas abertas aoacesso dos maus Espritos. A que, porm, eles exploram com mais habilidade o orgulho, porque a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem

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    perdido muitos mdiuns dotados das mais belas faculdades e que, se no foraesta imperfeio, teriam podido tornarse instrumentos notveis e muito teis,ao passo que, presas de Espritos mentirosos, suas faculdades, depois de sehaverem pervertido, aniquilaramse e mais de um se viu humilhado por

    amarssimas decepes. (Ref. 1. Cap. XX 228).A par disso, ponhamos em evidncia o quadro do mdiumverdadeiramente bom, daquele em quem se pode confiar. Suporlheemos,antes de tudo, uma grandssima facilidade de execuo, que permita secomuniquem livremente os Espritos, sem encontrarem qualquer obstculomaterial. Isto posto, o que mais importa considerar de que natureza so osEspritos que habitualmente o assistem, para o que no nos devemos ater aosnomes, porm linguagem. Jamais dever ele perder de vista que a simpatia,

    que lhe dispensam os bons Espritos, estar na razo direta de seus esforospor afastar os maus. Persuadido de que a sua faculdade um dom que s lhe foioutorgado para o bem, de nenhum modo procura prevalecerse dela, nemapresentla como demonstrao de mrito seu. Aceita as boas comunicaes,que lhe so transmitidas, como uma graa, de que lhe cumpre tornarse cadavez mais digno, pela sua bondade, pela sua benevolncia e pela sua modstia. Oprimeiro se orgulha de suas relaes com os Espritos superiores; este outro sehumilha, por se considerar sempre abaixo desse favor. (Ref. 1, Cap. XX 229).

    2 - Mdium perfeito

    Sempre se h dito que a mediunidade um dom de Deus, uma graa,um favor. Por que, ento, no constitui privilgio dos homens de bem e porquese veem pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela usammal?

    Todas as faculdades so favores pelos quais deve a criatura rendergraas a Deus, pois que homens ho privados delas. Podereis igualmenteperguntar por que concede Deus vista magnfica a malfeitores, destreza agatunos, eloquncia aos que dela se servem para dizer coisas nocivas. O mesmose d com a mediunidade. Se h pessoas indignas que a possuem, que dissoprecisam mais do que as outras, para se melhorarem.

    Os mdiuns, que fazem mau uso das suas faculdades, que no seservem delas para o bem, ou que no as aproveitam para se instrurem,

    sofrero as consequncias dessa falta?Se delas fizerem mau uso, sero punidos duplamente, porque tm um

    meio de mais se esclarecerem e o no aproveitam. Aquele que v claro etropea mais censurvel do que o cego que cai no fosso.

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    H mdiuns aos quais, espontaneamente e quase constantemente, sodadas comunicaes sobre o mesmo assunto, sobre certas questes morais, porexemplo, sobre determinados defeitos. Ter isso algum fim?

    Tem, e esse fim esclareclos de certos defeitos. Por isso que uns

    falaro continuamente do orgulho, a outros, da caridade. que s a saciedadelhes poder abrir, afinal, os olhos. No h mdium que faa mau uso da suafaculdade, por ambio ou interesse, que a comprometa por causa de umdefeito capital, como o orgulho, o egosmo, a leviandade, etc. E que, de tempos atempos, no receba admoestaes dos Espritos. O pior que as mais das vezes,eles no as tomam como dirigidas a si prprias.

    Ser absolutamente impossvel as obtenham boas comunicaes porum mdium imperfeito?

    Um mdium imperfeito pode algumas vezes obter boas coisas, porque,se dispes de uma bela faculdade, no raro que os bons Espritos se sirvamdele, falta de outro, em circunstncias especiais; porm, isso s acontecemomentaneamente, porquanto, desde que os Espritos encontrem um que maislhe convenha, do preferncia a este.

    Qual o mdium que se poderia qualificar de perfeito?Perfeito, ah! Bem sabes que a perfeio no existe na Terra, sem o que

    no estareis nela. Dize, portanto, bom mdium, e j muito, por isso que eles

    so raros. Mdium perfeito seria aquele contra o qual os maus Espritos jamaisousariam uma tentativa de enganlo. O melhor aquele que, simpatizandosomente com bons Espritos, tem sido o menos enganado.

    Se ele s com os bons Espritos simpatiza, como permitem estes queseja enganado?

    Os bons Espritos permitem, s vezes, que isso acontea com osmelhores mdiuns, para lhes exercitar a ponderao e para lhes ensinar adiscernir o verdadeiro do falso. Depois, por muito bom que seja, um mdium

    jamais to perfeito, que no possa ser atacado por algum lado fraco. Isso lhedeve servir de lio.As falsas comunicaes, que de tempos em tempos elerecebe, so avisos para que no se considere infalvel e no se ensoberbea.

    Quais as condies necessrias para que a palavra dos Espritossuperiores nos chegue isenta de qualquer alterao?

    Querer o bem; repulsar o egosmo e o orgulho. Ambas essas coisas sonecessrias. (Ref. 1, Cap. XX 226)

    3 - Repelir dez verdades a aceitar uma falsidade

    Desde que uma opinio nova venha a ser expedida, por pouco que vosparea duvidosa, fazeia passar pelo crivo da razo e da lgica e rejeitai

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    desassombradamente o que a razo e o bom senso reprovarem. melhorrepelir dez verdades do que admitir uma nica falsidade, uma s teoriaerrnea. Efetivamente, sobre essa teoria podereis edificar um sistemacompleto, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um

    monumento edificado sobre a areia movedia, ao passo que, se rejeitardes hojealgumas verdades, porque no vos so demonstradas claras e logicamente,mais tarde um fato brutal ou uma demonstrao irrefutvel vir afirmarvos asua autenticidade. (Ref. 1, Cap. XX 230)

    4 - Referncias

    (1) O Livro dos Mdiuns, Kardec, Allan 29 Ed. FEB

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    Captulo X

    Da Influncia do Meio

    O meio em que se acha o mdium exerce alguma influncia nasmanifestaes?

    Todos os Espritos que cercam o mdium o auxiliam, para o bem oupara o mal. (Ref. 1, Cap. XXI 231)

    1 - Comunicaes espelhando as ideias presentes

    Os Espritos superiores procuram encaminhar para uma corrente deideias srias as reunies fteis?

    Os Espritos superiores no vo s reunies onde sabem que apresena deles intil. Nos meios pouco instrudos, mas onde h sinceridade,de boa mente vamos, ainda mesmo que a s encontremos instrumentosmedocres. No vamos, porm, aos meios instrudos onde domina a ironia. Emtais meios, necessrio se fale aos ouvidos e aos olhos: Esse o papel dosEspritos batedores e zombeteiros. Convm que aqueles que se orgulham dasua cincia sejam humilhados pelos Espritos menos instrudos e menosadiantados.

    Aos Espritos inferiores interditado o acesso s reunies srias?No, algumas vezes lhes permitido assistir a elas, a fim de

    aproveitarem os ensinos que vos so dados (Ref. 1, Cap. XII 231).

    Partindo desse princpio, suponhamos uma reunio de homenslevianos, inconsequentes, ocupados com seus prazeres; quais sero os Espritos

    que preferencialmente os cercaro?No sero, de certo, os Espritos superiores, do mesmo modo que noseriam os nossos sbios e filsofos os que iriam passar o seu tempo emsemelhante lugar. Assim, onde quer que haja uma reunio de homens, h

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    igualmente em torno deles uma assembleia oculta, que simpatiza com suasqualidades e seus defeitos, feita abstrao completa de toda a ideia de evocao.Admitamos agora que tais homens tenham a possibilidade de se comunicaremcom seres do mundo invisvel, por meio de um intrprete, isto , por meio de

    um mdium; quais sero os que lhes respondero o chamado? Evidentemente,os que os esto rodeando de muito perto, espreita de uma ocasio de secomunicarem. Se numa assembleia ftil, chamarem um Esprito superior, estepoder vir e at proferir algumas palavras poderosas, como um bom pastor queacode ao chamamento de suas ovelhas desgarradas. Porm, desde que no seveja compreendido nem ouvido, retirese, como em seu lugar o faria qualquerde ns, ficando os outros com o campo livre. (Ref. 1, Cap. XXI 232)

    Quando as comunicaes concordam com a opinio dos assistentes,

    no que essa opinio se reflita no Esprito do mdium como num espelho; que com os assistentes esto Espritos que lhes so simpticos, para o bem,tanto para o mal, e que abundam nos seus modos de ver. Provao o fato de que,se tiverdes a fora de atrair outros Espritos, que no os vos cercam, o mesmomdium usar linguagem absolutamente diversa e dir coisas muitodistanciadas das vossas ideias e das vossas convices.

    Em resumo: As condies dos meios sero tanto melhores quantomais homogeneidade houver para o bem, mais sentimento puros e elevados,

    mais desejo sincero de instruo, sem ideias preconcebidas. (Ref. 1, Cap. XXI 233)

    preciso, portanto, que (os mdiuns) somente frequentem sessesonde encontrem ambientes verdadeiramente espiritualizados, onde imperemas foras boas e onde as ms, quando se apresentarem, possam ser dominadas.E sesses desta natureza s podem existir onde haja, da parte de seusdirigentes, um objetivo elevado a atingir, fora do personalismo e da influnciade interesses materiais, onde os dirigentes estejam integrados na realizao de

    um programa elaborado e executado em conjunto com entidades espirituais dehierarquia elevada.

    Sem espiritualidade no se consegue isso; sem evangelho no seconsegue espiritualidade e sem propsito firme e perseverante de reformamoral no se realiza o evangelho. (Ref. 2, Pg. 84)

    2 - Superao de obstculos naturais

    Precisa, por outro lado (o mdium), criar um ambiente domsticofavorvel, pacfico, fugindo s discusses estreis e desentendimentos, e sofrer

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    as contrariedades inevitveis com pacincia e tolerncia evanglicas. Como pai,como irmo ou como filho, mas, sobretudo, como esposo, deve viver em seu larcomo um exemplo vivo de pacificao, de acomodao, de conselho e de boavontade.No esquea que, em sua qualidade de mdium de prova, ainda no

    desenvolvido, ou melhor educado, representa sempre uma porta aberta ainfluncias perniciosas de carter inferior que, por seu intermdio, comumenteatingem os indivduos com quem convive. E, quanto sua vida social, deveexercer seus deveres com rigor e honestidade, guardandose, porm, de sedeixar contaminar pelas influncias malvolas naturais dos meios em que sepem em contato indivduos de toda espcie, sem homogeneidade depensamentos, crenas, educao e sentimentos. (Ref. 2, Pg. 102)

    Na srie de obstculos que, em muitas ocasies, parecem

    inteligentemente determinados a lhe entravarem o passo, repontam os maisimprevistos contratempos frente do servidor da desobsesso.

    Uma criana cai, explodindo em choro...Desaparece a chave de uma porta...Um recado chega, de imprevisto, suscitando preocupaes...Algum chama para solicitar um favor...Certo familiar se queixa de dores sbitas...Colapso do sistema de conduo...

    Dificuldades de trnsito...

    O colaborador do servio de socorro aos desencarnados sofredores nopode hesitar. Providencie, de imediato, as solues razoveis para essespequeninos problemas e siga ao encontro das obrigaes espirituais que oaguardam, lembrandose de que mesmo as festas de natureza familiar, quaissejam as comemoraes de aniversrio ou os jbilos por determinados eventosdomsticos, no devem ser categorizados conta de obstruo. (Ref. 3, Cap.

    VII)

    3 - Homogeneidade de pensamentos

    O captulo mandato medinico dnos margem para verificarmos aextenso do auxlio dispensado ao mdium investido de tal encargo.Mesmo nosambientes heterogneos, onde os pensamentos inadequados poderiaminfluencilo levandoo a equvocos, a proteo se faz de modo eficiente esumamente confortador. Alm do seu prprio equilbrio, autodefesa decorrentedas virtudes que exornam a sua pessoa, tais como as referidas anteriormente e

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    consideradas essenciais ao mandato medinico, trabalha o mdium dentro deuma faixa magntica que o liga ao responsvel pela obra de que est incumbido,segundo verificamos nas palavras a seguir transcritas:Entre Dona Ambrosina eGabriel destacavase agora extensa faixa elstica de luz azulnea, e amigos

    espirituais, prestos na solidariedade, nela entravam e, um a um, tomavam obrao da medianeira, depois de lhe influenciarem os centros corticais,atendendo, tanto quanto possvel. Aos problemas ali expostos.

    Essa faixa de luz partindo do irmo Gabriel e envolvendointeiramente a mdium tem a finalidade de defendla contra a avalanche deformaspensamentos dos encarnados e dos desencarnados menos esclarecidos,os quais, em sua generalidade, carreiam aflitivos problemas e dolorosasinquietudes.

    Nenhuma interferncia ao receiturio, graas a essa barreira magnticaque a sua condio de mdium no exerccio do mandato e a magnitude da tarefajustificam plenamente.

    Ao que tem, mais lhe ser dado afirmou o Mestre Divino.Os pensamentos de m vontade, de vingana e revolta, bem assim os de

    curiosidade, no conseguem perturbar a tarefa do mdium que, no esprito desacrifcio e no devotamento do bem, se edificou em definitivo.

    Bondade, discrio, discernimento, perseverana e sacrifcio somam, na

    contabilidade do Cu, proteo e ajuda. (Ref. 4, Cap. XXV)No podemos entender servio medinico sem noo de

    responsabilidade individual. inconcebvel se promova o intercmbio com a Espiritualidade sem

    que haja, da parte de cada um e de todos, em conjunto, aquela nota de respeitoe venerao que nos faz servir, espiritualmente ajoelhados, s tarefasmedinicas.

    Os amigos Espirituais consagram tanto respeito ao setor medinico

    que o assistente ulus, ao se dirigir para sala de reunies, teve as seguintespalavras que, de maneira expressiva, e singular, traduzem a maneira comoencaram o servio:

    Vemos aqui o salo consagrado aos ensinamentos pblicos.

    Todavia, o ncleo que buscamos (sala de sesses medinicas), jaz em

    reduto ntimo, assim o corao dentro do corpo.

    E, referindose preparao dos encarnados, antes do incio dos

    trabalhos, reportase a:Quinze minutos de prece, quando no sejam de palestra ou

    leitura com elevadas bases morais.

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    No se justifica, realmente, que antes das reunies, demoremse osencarnados em conversaes inteiramente estranhas s suas finalidades.No sejustificam a conversao inadequada e o ambiente impregnado de fumo, numaostensiva desateno a respeitveis entidades e num desapreo aos irmos

    sofredores trazidos aos centros afins de que, em ambiente purificado, sejamsuperiormente atendidos.H grupos em que os encarnados se comprazem, inclusive, em

    palestras desaconselhveis que estimulam paixes, tais como, poltica, negciose aluses a companheiros ausentes, numa prova indiscutvel de que nocolaboram para que os recintos reservados s tarefas espirituais adquiram afeio de templos iluminativos.

    Salientando o sentimento de responsabilidade dos dez companheiros

    do grupo visitado, ulus esclarece:Sabem que no devem abordar o mundo espiritual sem a atitude

    nobre e digna que lhes outorgar a possibilidade de atrair companhias

    edificantes, e, por este motivo, no comparecem aqui sem trazer ao campo

    que lhes invisvel as sementes do melhor que possuem.

    Tendo Jesus Cristo afirmado que estaria sempre, onde duas ou trspessoas se reunissem em seu nome, estamos convictos de que, onde o trabalho

    se realizar sob a inspirao de seu amor, num palacete ou num casebre, a SuaPresena se far por meio de iluminados mensageiros. (Ref. 4 Cap. XXXII)

    4 - Referncias

    (1) O Livro dos Mdiuns, Allan Kardec 29 Ed. FEB(2) Mediunidade, Edgard Armond 9 Ed. LAKE

    (3) Desobsesso, Luiz Andr 1 Ed. FEB(4) Estudando a Mediunidade, Jos Martins Peralva 4 Ed. FEB

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    Captulo XI

    Educao Medinica

    A educao medinica tem, pois, duas etapas bem definidas: Aprimeira o treinamento, em si mesmo, das faculdades medinicas que

    possurem, e a segunda a utilizao dessas faculdades no campo dapropagao e do esclarecimento evanglico. (Ref. 1, Pg. 85)

    1 - Orientao doutrinria

    A maioria dos mdiuns que buscam as reunies medinicas, em funode suas faculdades, trazem consigo a mediunidade de provas e expiaes e,

    comumente, no dispem de base suficiente para sua conduo segura nestecomplexo terreno do exerccio medinico.

    necessrio, portanto, que lhe seja oferecido, em primeiro lugar, umaeficiente orientao doutrinria. O mdium no pode exercer bem a tarefa deintermediria entre os Espritos e os homens quando no tem, nem ao menos,conhecimentos elementares do plano espiritual, das Leis que o regem e de suasrelaes com o plano corpreo.

    indispensvel que o mdium leia, estude e se oriente, frequentando

    reunies especializadas, e ainda busque esclarecerse doutrinariamente, comaqueles que dirigem trabalhos medinicos e, portanto, contam com maioresrecursos e mais vivncia neste setor.

    O estudo da Doutrina Esprita deve, pois, preceder ao exercciomedinico, uma vez que, sem aquele, o mdium dificilmente poder sebeneficiar das luzes que o Espiritismo oferece s criaturas, na sua feio deprocesso libertador de conscincias, conduzindo a viso do homem ahorizontes mais altos da vida.

    Havendo essa disposio, o mdium buscar, inicialmente, oconhecimento dos princpios bsicos ou fundamentais da Doutrina que lhedaro uma exata viso do seu conjunto. O Livro dos Espritos, estudadoordenadamente nos oferece esse conhecimento.

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    Paralelamente ao estudo da filosofia esprita e de seus princpiosbsicos, o mdium estudar a mediunidade, propriamente dita, tomandoconhecimento das Leis que regem o intercmbio entre os Espritos e oshomens. Quanto mais conhecimento o mdium possuir da questo medinica,

    melhor possibilidade ter de atender, equilibradamente, a sua tarefa demedianeiro entre os dois planos da vida.

    2 - Roteiro evanglico

    No basta ao mdium apenas se inteirar acerca da Doutrina Esprita edas questes medinicas. A fim de atender bem ao mandato que lhe foi

    confiado pela Espiritualidade, necessrio entregarse prtica evanglicapara que o seu trabalho produza benefcios para si e para a humanidade.

    Com o evangelho no corao e a Doutrina Esprita no entendimento,podemos, sem dvida, promover o bemestar fsico e psquico, de quantosrealmente interessados na prpria renovao, se tornarem objeto de nossascriaes mentais. E o que ser no menos importante efundamental:Consolidaremos o prprio equilbrio interior, correspondendo,assim, confiana daqueles que, na Espiritualidade mais Alta, aguarda a

    migalha da nossa boa vontade. (Ref. 2)

    3 - Exerccios psquicos

    Atendida a etapa anterior, o medianeiro buscar uma reunio deeducao medinica, cujos trabalhos se desenvolvem em duas partes:Estudosconcernentes mediunidade e, exerccios psquicos, quando os mdiunspresentes, por alguns minutos, entregamse concentrao, durante a qual iroexercitando as suas faculdades medinicas e buscando o aprimoramento dasensibilidade psquica.A conduo destes exerccios estar, naturalmente, acritrio do dirigente da reunio que instruir os mdiuns durante os mesmos.

    4 - Referncias

    (1) Mediunidade, Edgard Armond 9 Ed. LAKE(2) Estudando a Mediunidade, Jos Martins Peralva 4 Ed. FEB

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    Captulo XII

    Exerccio Medinico

    1 - Condies fsicas: Idade - Sade - Equilbrio Psquico

    Todavia o que ressalta com clareza das respostas acima que no sedeve forar o desenvolvimento dessas faculdades nas crianas, quando no espontnea, e que, em todos os casos se deve proceder com grandecircunspeo, no convindo nem excitlas, nem animlas nas pessoasdbeis.Do seu exerccio cumpre afastar, por todos os meios possveis as queapresentam sintomas, ainda que mnimos, de excentricidade nas ideias, ou deenfraquecimento das faculdades mentais. (Ref. 1, Pg. 221)

    Sabemos que a faculdade medinica, em si, independe da condiofsica do mdium. Assim, poder manifestarse, com imensa intensidade, tantono homem, quanto na mulher, na criana quanto no adulto ou na pessoa deavanada idade.Do mesmo modo, o estado orgnico tambm no apresentaqualquer obstculo para o fenmeno medinico, podendo este se manifestar(alis muito comum) na pessoa enferma fsica ou psiquicamente.

    Essa espontaneidade no justifica, no entanto, que a criatura, emqualquer circunstncia, venha indiscriminadamente entregase ao exercciomedinico. Deve, ao contrrio, prevalecer o bom senso que nos indicar oroteiro certo a seguir.

    Uma criana, por exemplo, pelo simples fato de, espontaneamente serum excelente sensitivo, no pode trabalhar mediunicamente, sem srios riscospara si prpria. O exerccio destas funes pode causar sobreexcitao ao seupsiquismo e, independente disto, faltalhe a experincia e amadurecimentoimprescindveis para um trabalho de tal envergadura.

    Uma pessoa muito idosa, da mesma maneira, poder sentir dificuldade

    para atender regularmente a esta sacrificial tarefa, pois sua prpriaconstituio fsica oferece obstculos, mormente, quando se trata damediunidade psicofnica, no trato com irmos desencarnados em desequilbrio.

    O enfermo, por outro lado, tambm dever se abster da prtica

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    medinica, que pode lhe acarretar dispndio de energias, prejudicial ao seuorganismo.

    Assim, pois, o mdium amadurecido mental e psiquicamente, buscarse valer das suas possibilidades fsicas e boa disposio orgnica, atendendo

    perseverantemente nobre tarefa, consoante a recomendaoevanglica:Caminhai enquanto tendes a luz do dia.

    2 - Preparao constante: Alimentao - emoes - atitudes

    Nos problemas de intercmbio com a Esfera superior, antes doprogresso medianmico, h que considerar o aprimoramento da personalidade

    para melhor ajustarse obra de perfeio geralAntes de nos mediunizarmos, amemos e eduquemonos. Somente

    assim recebemos das ordenaes de mais alto o verdadeiro poder de ajudar.(Ref. 4, pg. 137)

    O servio medinico no se restringe frequncia do medianeiro sreunies prticas do Espiritismo, antes, exigilhe um esforo constante depreparao interior, atravs do qual poder se apresentar ao trabalho, naposio de instrumento fiel Divina Vontade.Emoes equilibradas, atitudes

    dignas e elevadas, alimentao adequada, mormente os dias das reunies, sofatores imprescindveis para manter o mdium na condio de servidor til Espiritualidade Maior.

    AlimentaoA esse respeito, transcrevemos a seguinte pgina:

    A alimentao, durante as horas que precedem o servio de

    intercmbio espiritual, ser leve. Nada de empanturrar-se o companheiro

    com viandas desnecessrias. Estmago cheio, crebro inbil. A digesto

    laboriosa consome grande parcela de energia, impedindo a funo mais

    clara e mais ampla do pensamento, que exige segurana e leveza para

    exprimir-se nas atividades da desobsesso. Aconselhveis os pratos

    ligeiros e as quantidades mnimas, crendo-nos dispensados de qualquer

    anotao em torno da propriedade do lcool, acrescendo observar que os

    amigos ainda necessitados do uso do fumo e da carne, do caf e dos

    temperos excitantes, esto convidados a lhes reduzirem o uso, durante o

    dia determinado para a reunio, quando no lhes seja possvel a absteno

    total, compreendendo-se que a posio ideal ser sempre a do participante

    dos trabalhos que transpe a porta do templo sem quaisquer problemas

    alusivo digesto. (Ref. 3, Cap. II)

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    Emoes e atitudesA disciplina de nossas atitudes e emoes tambm deve merecer a

    melhor ateno, pois, que, durante toda a semana se nutre de emoes menosedificantes e entregase a atitudes no recomendveis, no pode esperar que,

    no horrio destinado ao intercmbio medinico venha milagrosamentemodificar seu tnus vibracional ou hlito mental, ao contrrio, o ato deentregarse concentrao, buscando alhearse das interferncias exteriores,faz com que, naturalmente, aflore na sua mente, os pensamentos e anseios quenormalmente acalenta em seu ntimo.

    Toda vigilncia, portanto, indispensvel por parte do medianeiro,especialmente, nos dias destinados s reunies.

    No dia marcado para as tarefas de desobsesso, os integrantes da

    equipe precisam, a rigor, cultivar atitude mental digna, desde cedo.Ao despertarpela manh, o dirigente, os assessores da orientao, os mdiunsincorporadores, os companheiros da sustentao ou mesmo aqueles que serovisitas ocasionais no grupo, devem elevar o nvel do pensamento, seja orandoou acolhendo ideias de natureza superior.Intenes e palavras puras, atitudes eaes limpas. Evitar deliberadamente rusgas e discusses, sustentandopacincia e serenidade, acima de quaisquer transtornos que sobrevenhamdurante o dia.Tratase de preparao adequada a assunto grava:A assistncia a

    desencarnados menos felizes, com a superviso de instrutores da VidaEspiritual. Imaginemse os companheiros no lugar dos Espritos necessitadosde socorro e compreendero a responsabilidade que assumem.Cadacomponente do conjunto pea importante no mecanismo do servio.Todogrupo instrumentao. (Ref. 3, Cap. I)

    3 - Predisposio evanglica: Autoeducao

    Onde a luz definitiva para a vitria do apostolado medinico?Essa claridade divina est no Evangelho de Jesus, com o qual o

    missionrio deve estar plenamente identificado para a realizao sagrada dasua tarefa.O mdium sem Evangelho pode fornecer as mais elevadasinformaes ao quadro das filosofias e cincias fragmentrias da Terra; podeser um profissional de renome, um agente de experincias do invisvel, mas nopoder ser um apstolo pelo corao.S a aplicao com o Divino Mestreprepara no ntimo do trabalhador a fibra da iluminao para o amor, e daresistncia contra as energias destruidoras, porque o mdium evangelizadosabe cultivar a humildade no amor ao trabalho de cada dia, na tolerncia

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    esclarecida, no esforo educativo de si mesmo, na dignificao da vida, sabendo,igualmente, levantarse para a defesa da sua tarefa de amor, defendendo averdade sem transigir com os princpios no momento oportuno. O apostoladomedinico, portanto, no se constitui to somente da movimentao das

    energias psquicas em suas expresses fenomnicas e mecnicas, porque exigeo trabalho e o sacrifcio do corao, onde a luz da comprovao e da referncia a que nasce do entendimento e da aplicao com Jesus Cristo. (Ref. 2, pg.411)

    4 - Segurana com noo de responsabilidade: Local para oexerccio medinico - prudncia - simplicidade

    No atendimento da tarefa medinica, guardemos segurana ntima,com noo de responsabilidade; nada de receios, quando nos predispomos aotrabalho com o Senhor, visando o reerguimento espiritual nosso e o auxlio aosque se aproximam de ns.

    Estejamos certos de que no podemos nos afastar do caminho que nosfoi destinado, sem srios prejuzos para ns prprios. Todos temoscompromissos do passado e precisamos aproveitar ao mximo asoportunidades que o Senhor nos concede, atendendo de boa vontade aotrabalho que nos peculiar.

    O estudo metdico tornanos mais conscientes de nossas prpriasnecessidades, colocandonos em melhores condies para o trabalho.

    Busquemos, ainda, no esforo constante, o arejamento mental e avivncia dos ensinamentos cristos, exemplificando o Evangelho e teremos aajuda indispensvel para que o nosso empreendimento na Divina Seara alcanceo xito desejado.

    Local para o trabalho - prudncia - Simplicidade

    Mdiuns que trabalham isoladamente.Assim o fazem, geralmente, porque se atribuem com mediunidade

    educada.Que Mediunidade Educada?

    Incorporar nos momentos adequados. Conservar posies corretas.

    Controlar expresses verbais.

    Conter impulsos para gritar, derrubar mveis e objetos, etc.

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    Motivos que levam o mdium ao trabalho isolado:

    impulso, bem intencionado, para o bem.

    desejo de angariar simpatias.

    alegao que no encontra ambiente propcio.

    superestimao da prpria faculdade.

    H mdiuns que consideram o poder de sua faculdade acima doambiente e das circunstncias.

    Esto sujeitos a srios perigos os mdiuns que confiam cegamente emsi mesmo, excluindo ou desprezando:

    o estudo evanglicodoutrinrio;

    o bom senso;

    a lgica; os conselhos dos companheiros.

    Um Esprito cruel e violento pode subjugar o mdium e provocartumulto e confuso.

    Fatores que, em tese, podem levar Espritos inferiorizados a seapossarem do mdium:

    estado psquico do mdium;

    condies do ambiente;

    desarmonia vibracional dos dois campos, o espiritual e o material, ouhumano.

    No templo esprita h avanados recursos de amparo Espiritual, taiscomo:

    proteo dos amigos espirituais;

    colaborao dos companheiros responsveis pela tarefa, no planofsico;

    harmonia vibratria.

    Resumo

    Quando o mdium for chamado a socorrer algum, fora do Centro

    Esprita, em carter excepcional, deve fazlo assistido por companheiros deconfiana. (Ref. 5)

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    5 - Referncias

    (1) O Livro dos Mdiuns, Allan Kardec 29 Ed. FEB(2) O Consolador, Emmanuel 2 Ed. FEB

    (3) Desobsesso, Andr Luiz 1 Ed. FEB(4) Roteiro, Emmanuel 2 Ed. FEB(5) Jos Martins Peralva Trabalho apresentado e aprovado no simpsio sobremediunidade, realizada pela Liga Esprita da Guanabara de 12 a 19 de abril de1970.

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    Captulo XIII

    Animismo

    1 - Classificao dos fenmenos medinicos segundo Aksakof

    Aksakof, no sculo passado, admitiu um trplice determinismo para osfenmenos medinicos, perfeitamente vlido luz dos conhecimentos atuais.

    Fenmenos explicveis unicamente pelas funes clssicas dasubconscincia e que, portanto, se situam nos domnios da psicologiapersonismo (Aksakof), fenmenos subliminais (Myers), automatismopsicolgico (Janet).

    Fenmenos explicveis pelo que hoje denominamos funes Psi ou,como diziam os metapsiquistas, as faculdades supranormais dasubconscincia.

    Aksakof reuniuos sob a denominao de animismo, porque, narealidade, indicam que existe no homem um sistema no fsico, uma alma.Infelizmente, a palavra tem vrias acepes. Aplicase doutrina de Stahl quev na alma o princpio da vida orgnica; significa a tendncia a atribuir vidaanmica a todas as coisas, inclusive objetos inanimados como fazem ascrianas e os povos primitivos ou, ainda, a crena segundo a qual a natureza regida por almas, espritos, ou vontades anlogas vontade humana (Cuvillier Pequeno vocabulrio da lngua filosfica.)

    O animismo, no sentido que lhe deu o sbio russo, a terra prpria daatual parapsicologia.

    Fenmenos de personismo e de animismo na aparncia, pormreconhecem uma causa extramedinica, supraterrestre, isto , fora da esfera denossa existncia. (Aksakof Animismo e Espiritismo.)

    Allan Kardec criou a palavra espiritismo para designar os fenmenos

    desta natureza e suas implicaes filosficoreligiosas. (Ref. 1)

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    2 - Explicao neurofisiolgica

    Grosseiramente, diramos que o crebro humano possui duas partesdistintas no que se refere sua atuao durante o fenmeno medinico. A

    primeira delas o subcrtex representado pela substncia branca existente nointerior do crebro, e a segunda o crtex, representado pela substnciacinzenta, que envolve a anterior formando uma membrana de algunsmilmetros de espessura.No crtex existem por sua vez, duas partes bemconfigurad