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- 1 - Ano Lectivo 2009 - 2010 CURSOS DE MESTRADO E DOUTORAMENTO EM ESTUDOS DE CULTURA

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Ano Lectivo 2009 - 2010

CURSOS DE MESTRADO

E DOUTORAMENTO EM ESTUDOS DE CULTURA

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Índice Entidades Académicas Direcção da Faculdade Coordenação Área Científica Coordenação dos Cursos de Doutoramento e Mestrado Corpo Docente

Mestre Alexandra Ambrósio Lopes Prof. Doutor Ansgar Nünning

Prof. Doutor Jorge Fazenda Lourenço Prof. Doutor Néstor García Canclini

Prof. Doutor Peter Hanenberg Prof.ª Doutora Isabel Capeloa Gil

Prof.ª Doutora Luísa Leal de Faria Profª Doutora Adriana Martins Prof. Doutor Carlos Capucho Programas dos Seminários Teorias da Cultura – Prof. Doutora Luísa Leal de Faria Modernidade e Literatura – Prof. Doutor Jorge Fazenda Lourenço Questões de Estudos de Cultura – Prof. Doutor Ansgar Nuenning Literatura e Outras Artes - Prof. Doutor Jorge Fazenda Lourenço Estudos Inter-artes – Mestre Alexandra Lopes Teorias da Representação – Prof. Doutora Adriana Martins Cultura Visual – Prof. Doutora Isabel Capeloa Gil Globalização e Cultura Contemporânea – Prof. Doutora Adriana Martins

Discursos da Lei na Cultura Contemporânea – Prof. Doutora Isabel Capeloa Gil/Prof. Doutor Luís Fábrica

Seminário de Investigação I – Prof. Doutor Peter Hanenberg Horários Calendário Académico Leccionação Regras de Elaboração de uma Dissertação ou Tese de Pós-Graduação Regulamento do Doutoramento em Estudos de Cultura Regulamento do Mestrado em Estudos de Cultura

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ENTIDADES ACADÉMICAS DIRECÇÃO FACULDADE Directora – Prof.ª Doutora Isabel Capeloa Gil Vice-Director – Prof. Doutor José Miguel Sardica Prof.ª Secretária – Mestre Alexandra Ambrósio Lopes Vogal – Prof. Doutor Carlos Morujão COORDENAÇÃO ÁREA CIENTÍFICA DE ESTUDOS DE CULTURA Prof.ª Doutor José Miguel Sardica COORDENAÇÃO CIENTÍFICA DO CURSO DE DOUTORAMENTO E MESTRADO EM ESTUDOS DE CULTURA Prof.ª Doutora Isabel Capeloa Gil COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Mestre Alexandra Ambrósio Lopes

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CORPO DOCENTE Luísa Leal de Faria é Licenciatura em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1974. Doutoramento em Letras, na especialidade de Cultura Inglesa, pela Universidade de Lisboa, em 1987. Na Faculdade de Letras desta Universidade foi aprovada no concurso para professora associada do grupo de Estudos Ingleses em 1998 e nas provas de agregação em 2004. Na mesma Faculdade exerceu, entre outros, os cargos de Vice-Presidente do Conselho Científico (1997-2000), de Coordenadora do Curso de Licenciatura em Estudos Europeus (1997-2000 e 2002-2004) e de Presidente da Comissão Executiva do Departamento de Estudos Anglísticos (2004). Professora auxiliar (1995-1998) e professora associada (1998-2002) na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, Coordenadora da área de Ciências da Comunicação (2000-2002). Vice-Reitora da UCP desde 2004. Subdirectora-Geral do Ensino Superior (1988-1989). Coordenadora nacional do Programa Língua (1989-1995) e do Programa Sócrates (1995-1996). Membro do Conselho Consultivo do CEPES (Centre Européen pour l’Enseignement Supérieur), UNESCO, (1990-1994). Membro do júri nacional do Prémio D. Dinis (1993-1997). Membro da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa, e de outras sociedades científicas: Carlyle Society, Associação Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos (APEAA), European Society for the Study of English (ESSE), European Association for American Studies (EAAS), English Speaking Union (ESU).

Isabel Capeloa Gil is Associate Professor of Cultural Theory at the Catholic University of Portugal and holds a Ph.D. from that same university. Her main research areas include intermedia studies, gender studies as well as representations of war and conflict. She is the author of Mythographies (Lisbon, 2007), and co-editor of Landscapes of Memory Envisaging the Past/Remembering the Future, Lisbon 2004; The Colour of Difference: On German Contemporary Culture (2005). She has edited Poéticas da Navegação (Lisbon 2007) and Fleeting, Floating, Flowing: Water Writing and Modernity (Würzburg 2008). She is also the editor of the international peer-reviewed journal Comunicação e Cultura (Communication and Culture). Her current work reflects on representational strategies. She has been visiting Professor at the University of Wales (Lampeter), at the National University of Ireland (Galway), at the Universität des Saarlandes (Germany), at the University of Hamburg, as well as at the University of Pennsylvania, Western Michigan University (USA) and at the University of Venice, Ca’ Foscari (Italy). She is currently the Dean of the School of Human Sciences at the Catholic University of Portugal (Lisbon).

Jorge Fazenda Lourenço received his PhD in Hispanic Languages and Literatures from the University of California at Santa Barbara in July 1993, and he is Professor of Literature and Portuguese Culture at the Catholic University of Portugal (Lisbon) since September of that same year. He has been visiting professor at the Universidade Federal do Rio de Janeiro and the Universitat Ramon Llull, Barcelona. His research interests include poetry, the Bildungsroman, modernism and theories of modernity. From 2005 onwards, he has been the scientific coordinator of the Communication and Culture Research Centre and of the Master and PhD Programs in Culture Studies. He is the author of three books of essays on Jorge de Sena (1987, 1998, 2002), two bibliographies of Sena’s work (1991, 1994), and the editor of five anthologies of his poetry and prose (1989, 1989, 1999, 2002, 2004). He published several essays on modern and contemporary Portuguese and Brazilian literatures, and an anthology of Fernando Pessoa poetry (1985). He had edited an anthology of critical writings by Charles Baudelaire (2006) and a translation of Le Spleen de Paris (2007) by the same author. He also translated an anthology of poems by E. E. Cummings (1991) and Harmonium by Wallace Stevens (2006). He co-edited the proceedings of the international colloquium Guerra Civil de Espanha: Cruzando Fronteiras 70 Anos Depois (2007).

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Peter Hanenberg is Master of Arts (1988) and Dr. phil. (1993) in German Studies and Philosophy at the University of Bamberg (Germany), Doutor em Letras by the Coimbra University (1997), scholarship by the German National Academic Foundation (1983-1988), research and teaching assistant at the Institute for Modern German Literature in Bamberg 1988-1995, from 1995 to 2001 Professor Auxiliar at the Catholic University of Portugal in Viseu, since 2001 Professor Associado at the same University in Viseu (up to 2006) and Lisbon (since 2006), from 1997 to 2006 Director of the research group on Representations of Europe in German Literature at the Interuniversity Centre for German Studies (CIEG) in Coimbra (financed by FCT and evaluated as excellent), guest lecturer at the Universities of Bamberg (Germany), Galway (Ireland) and Minho (Portugal), since 2006 President of the Portuguese Association for German Studies, since 2007 coordinator of the research group on Translating Europe across the Ages at the Communication and Culture Research Centre at the Catholic University in Lisbon, translator of Portuguese Literature into German, author of several books and articles on German and European Literature and Culture, as. e.g. Europa. Gestalten. Studien und Essays (Frankfurt/M. etc.: Peter Lang 2004), Peter Weiss. Vom Nutzen und Nachteil der Historie für das Schreiben (Berlin: Erich Schmidt Verlag 1993), Geschichte im Werk Wolfgang Hildesheimers (Frankfurt/M. etc.: Lang 1989), Cognição, Linguagem e Literatura. Contributos para uma Poética Cognitiva (Coord. with Ana Margarida Abrantes, Coimbra: Minerva/Cieg 2005), Lyrik lesen! Eine Bamberger Anthologie . (ed. with Oliver Jahraus and Stefan Neuhaus, Düsseldorf: Grupello 2000), Aquilino Ribeiro: Deutschland 1920. Eine Reise von Portugal nach Berlin und Mecklenburg (translated and anotated by PH, Bremen: Atlantik 1997), Portugal und Deutschland auf dem Weg nach Europa. Portugal e a Alemanha a caminho para a Europa (Ed. with U. Knefelkamp and M. dos Santos Lopes Pfaffenweiler: Centaurus 1995). Together with Marília dos Santos Lopes editor of the series passagem, Studies in Cultural Sciences (Frankfurt/M.: Lang 2006ff.).

Carlos Alberto Barroso Capucho é natural de Lisboa (1940), foi professor no ensino secundário durante dez anos. Em 1970, num seminário orientado pelo Centre Recherche et Communication (CREC) de Lyon, aprofunda experiências pedagógicas com o audiovisual que vinha levando a cabo na prática docente. Em consequência, entre 1972 e 1973, realizou um estágio no CREC, sob orientação do seu fundador Prof. Pierre Babin e graduou-se, na Universidade Católica de Lyon, em Comunicação Audiovisual Educativa. Com outros educadores funda, em 1972, o Grupo de Pesquisa Audiovisual que durante dez anos se dedicou à produção de diaporamas educacionais e à realização de cursos de formação audiovisual para professores, formadores e animadores. Posteriormente, 1976, participa na criação do Centro de Produção Audiovisual do Instituto de Formação Social e do Trabalho, onde exerceu funções até 1986. A partir daquele ano, colaborou na organização e instalação de Logomedia-Centro de Produção e Difusão Audiovisual tendo aí desempenhado funções de formador e realizador até 1992. Com as referidas instituições, e para as mais diversas entidades, orientou acções de formação por todo o país, incluindo as duas Regiões Autónomas, e realizou ínumeros trabalhos no campo do diaporama e do vídeo. No quadro de Logomedia foi, em 1988, um dos organizadores em Portugal do Fórum Mundial do Vídeo Educativo promovido pela Organisation Catholique Internationale du Cinéma et de l'Audiovisuel (OCIC), que teve lugar em Lisboa no Forum Telecom. Foi formador em comunicação audiovisual na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich. Entre 1992 e 2000, exerceu docência – na área da sua especialidade – nas Escolas Superiores do Campus de Almada do Instituto Piaget, sendo coordenador da Licenciatura em Ciências da Comunicação entre 1998 e 2000. Obteve, em 1995, o grau académico de Mestre em Comunicação Educacional Multimédia, na Universidade Aberta, mediante uma dissertação sobre o simbólico no audiovisual educacional. Entre 1996 e 2001 foi docente no referido Mestrado. Na Universidade Católica Portuguesa (U.C.P.), é docente, desde 1998 no curso de licenciatura em Comunicação Social e Cultural. E actualmente também nos cursos de Mestrado. Naquela Universidade iniciou a investigação para doutoramento em 2000, tendo sido bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Em 2005, mediante provas

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públicas de defesa, na U.C.P., obteve o grau de Doutor em Ciências da Comunicação (Summa Cum Laude, por unanimidade), com uma tese sobre a perspectiva educacional respeitante à exibição de filmes no circuito comercial português entre 1974 e 1999 que, por indicação do Júri, será publicada. É actualmente Professor Auxiliar da Faculdade de Ciências Humanas da UCP e Coordenador do Curso de Comunicação Social e Cultural, bem como da pós-graduação em Televisão e Cinema. É investigador sénior do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da FCH onde integra a linha de investigação Memória e Conflito, com orientação para o Cinema e a Guerra Colonial. Adriana Alves de Paula Martins é Professora de Teorias da Representação, de Tradição dos Grandes Livros e de Cinema Português na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa. Tem desenvolvido a sua carreira académica na mesma universidade, onde lecciona desde 1994 e aonde obteve o seu doutoramento em Literatura Comparada em 2002. É investigadora sénior do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura. Os seus principais interesses de investigação são a Literatura Comparada, os Estudos Pós-Coloniais, os Estudos em Intercompreensão e a Comunicação Intercultural. Dentre os seus livros, destacam-se: A Construção da Memória da Nação em José Saramago e Gore Vidal (Frankfurt am Main: Peter Lang, 2006), In Dialogue with José Saramago: Essays in Comparative Literature (organizado com Mark Sabine, Manchester: Manchester Spanish & Portuguese Studies, 2006), Diálogos em Intercompreensão (organizado com Filomena Capucho, Christian Degache and Manuel Tost, Lisboa: Universidade Católica Editora, 2007), e Conflict, Memory Transfers and the Reshaping of Europe (organizado com Helena Gonçalves Silva, Filomena Guarda e José Miguel Sardica, prelo).

Alexandra Ambrósio Lopes is Lecturer on Translation History and Theories at the Catholic University of Portugal in Lisbon. MA in German Studies on Peter Handke's Die Wiederholung. Currently working on her PhD project: Translating Walter Scott into Portuguese in the 1800s. From 1998 to 2005, member of the research project Histories of Literature and Translations: Representations of the Other in the Portuguese Culture. In 2004 helped organise the Lisbon Congress of the European Society for Translation Studies: Translation Studies. Doubts and Directions. Is currently a member of two research projects entitled Violent Belongings: The (In)Visibility of War in Literature and the Media and Intercultural Literature in Portugal 1930-2000. Areas of interest: Translation history and theory, cultural studies, intersemiotic translation. Has published several papers on mainly translation and translation studies both in national and international volumes, as well as a handful of translations of literary texts by authors such as Peter Handke, Hertha Müller, William Boyd and Salman Rushdie.

Ansgar Nünning holds the position of Director of the International Graduate Centre for the Study of Culture (GCSC) - and is an adjunct Professor at the University of Aalborg, Denmark. He is also currently involved in a wide range of research projects such as "Evaluation and Canon. Theory and Practice of Mediating Literature in the Post-Humanist Knowledge Society", funded by the Volkswagen Foundation. In 1989 he received his PhD in English Literature at the University of Cologne. His main interests and research areas focus on literary and cultural theory, 18th, 19th and 20th century British literature and cultural memory studies amongst others. In 1995 he concluded his Habilitation and was Professor of English and American Literature at the Justus Liebig University of Giessen from 1996 - 1997. Professor Nünning became Head of the Department of English Studies in 1998 and held that position for 2 years before he got involved in the Graduate Centre and became Director of the International PhD Programme "Literary and Cultural Studies" in 2002. In 2001 he was nominated for two Awards, the Wolfgang Mittermaier Award for Excellence in Teaching and the Gottfried Wilhelm Leibniz Award of the DFG. Since 2004, Professor Nünning is a member of the International Committee and Executive Committee of IAUPE (International Association of University Professors of English). He also works as an editor and has edited books such as "Konzepte der Kulturwissenschaften: Theoretische Grundlagen - Ansätze - Perspektiven" 2006. Professor Nünnning has contributed articles

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to the "European Journal of English Studies" or the "Journal for the Study of British Cultures" amongst other publications.

Nestor Garcial Canclini nasceu na Argentina em 1939. Estudou literatura e fez um doutoramento em 1975 na Universidade Nacional de La Plata e, três anos mais tarde, com uma bolsa de estudos do CONICET, um doutoramento na Universidade de Paris. Lecionou na Universidade de La Plata (1966-1975) e da Universidade de Buenos Aires (1974-1975). Desde 1990, professor e investigador da Universidad Nacional Autónoma de México, Unidad Iztapalapa, onde dirige o Programa de Estudos Culturais. Foi professor visitante de diversas universidades, incluindo Nápoles, Austin, Stanford, Barcelona e Buenos Aires. Entre seus livros traduzidos em várias línguas, arte popular e da sociedade na América Latina, Grijalbo, México, 1977; A produção simbólica. Teoria e método em sociologia da arte, Siglo XXI, México, 1979; As culturas populares no capitalismo, Nova Imagen, México, 1982; O que estamos a falar quando falamos de popular?, CLAEH, Montevideo, 1986; cultura transnacional e das culturas populares (ed. com R. Roncagliolo) Ipal, Lima, 1988; culturas híbridas. Estratégias de Entrada e saída Modernidade, Grijalbo, México, 1990, Cultura e Comunicação: entre as edições globais e locais de Jornalismo e Comunicação, La Plata, 1997 Hybrid Cultures estratégias para entrar e sair da Modernidade, 2 ª ed. Martins Fontes, São Paulo, 1998; As indústrias culturais na integração latino-americana (com Carlos Moneta), Eudeba, Buenos Aires, 1999; imaginado Globalização, Polity Press, Barcelona, 1999; imaginário urbano, 2nd ed., Eudeba, Buenos Aires, 1999; Consumidores e cidadãos. Conflitos multiculturais da Globalização, Ed. UFRJ, 4. ed. Rio de Janeiro, 1999; latim para lugar neste século, Polity Press, Buenos Aires, 2002. .

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PROGRAMAS DOS SEMINÁRIOS UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Mestrado/Doutoramento em Ciências da Comunicação e em Estudos de Cultura UNIDADE CURRICULAR: Teorias da Cultura 2009/2010 DOCENTE RESPONSÁVEL: Luisa Leal de Faria 1º Semestre CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS Numa primeira parte do programa, percorrer-se-á a genealogia do conceito de cultura, a fim de se problematizarem os múltiplos significados que a palavra foi adquirindo ao longo dos séculos XIX e XX. A progressiva complexidade que a palavra “cultura” vai adquirindo no século XX será estudada à luz da formação de diferentes linhas de teoria e análise cultural , buscando-se a relação entre a produção de pensamento sobre cultura e os contextos político-ideológicos, localizados no tempo e no espaço, que precipitam a formação de novas acepções. A transmissão da “cultura”, sobretudo no contexto da Universidade, será também estudada, oferecendo este ponto a oportunidade para uma reflexão fundamentada sobre o papel da Universidade no mundo ocidental moderno, e da Universidade como foco de resistência e de inovação. As Culture Wars da última fase do século XX serão analisadas, bem como a transição dos estudos literários para os estudos culturais. A relação entre a cultura e o poder será o objecto de estudo da última parte deste programa.

OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR Objectivos: O objectivo geral deste seminário consiste no estudo dos conceitos de cultura cultivados na modernidade e na pós-modernidade. Os textos seleccionados como ponto de partida para a análise ilustram diferentes modos de perspectivar a “cultura”, em diferentes momentos históricos e diferentes contextos culturais, devendo contribuir para a construção de um acervo de conhecimentos sólidos sobre a temática em apreço, que, articulado com a bibliografia crítica, constitua uma base de desenvolvimento de investigação pessoal. Competências: As competências genericamente indicadas na legislação para a obtenção do grau de mestre, aplicam-se neste curso. Assim, os diplomados deverão saber aplicar os seus conhecimentos e a sua capacidade de compreensão e de resolução de problemas em situações novas e não familiares, em contextos alargados e multidisciplinares, relacionados ou não com a área dos estudos de cultura. Deverão desenvolver capacidades para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, desenvolver soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou incompleta, incluindo reflexões sobre as implicações e responsabilidades éticas e sociais que resultem dessas soluções e desses juízos ou os condicionem. Deverão, ainda, ser capazes de comunicar as suas conclusões, e os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas, de uma forma clara e sem ambiguidades. Finalmente, espera-se que o curso contribua para a realização pessoal dos estudantes, e lhes ofereça os instrumentos que permitirão o desenvolvimento de competências ao longo da vida, de um modo fundamentalmente auto-orientado ou autónomo.

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Newman, John Henry (1962) The Idea of a University, Defined and Illustrated, in Nine Discourses Delivered to the Catholics of Dublin in Occasional Lectures and Essays Addressed to the Members of the Catholic University, ed. Martin Svaglic. New York: Holt, Reinehart and Winston. Oakeshott, Michael (1996) On Human Conduct. Oxford: Clarendon Press. Ortega y Gassett, Jose (1946), Missão da Universidade. Versão portuguesa de Sant’Ana Dionísio. Lisboa: Seara Nova. Parsons, Talcott and Gerald Platt (1974), The American University. Cambridge, Mass.: Harvard University Press. Popper, Karl L. (1959, 1992) The Logic of Scientific Discovery. London and New York: Routledge. Pricket, Stephen and Patricia Erskine-Hill (2002), Education! Education! Education!: Managerial Ethics and the Law of Unintended Consequences. Thorverton, U. K. and Charlottesville, U. S. A.: Imprint Academic. Rauch, Alan (2001) Useful Knowledge: The Victorians, Morality, and the March of Intellect. Durham and London: Duke University Press. Readings, Bill (1999), The University in Ruins. Cambridge, Massachusetts, and London, England, Harvard University Press. Robbins, Bruce (1993) Secular Vocations: Intellectuals, Professionalism, Culture. London, New York, Verso. Said, Edward (1991). The World, The Text and the Critic. London: Vintage. ………………(1994). Representations of the Intellectual. London: Vintage. Scholes, Robert (1998), The Rise and Fall of English: Reconstructing English as a Discipline. New Haven and London: Yale University Press. Thompson, E. P. (1966), The Making of the English Working Class. New York: Vintage Books. Turner, Graeme (2003) British Cultural Studies: An Introduction. Third edition. London and New York, Routledge. Young, Robert (1996). White Mythologies: Writing History and the West. London and New York: Routledge. ……………….(1996) Torn Halves: Political Conflict in Literary and Cultural Theory. Manchester and New York: Manchester University Press. Weber, Max (1930, 1978) The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism. Translated by Talcott Parsons; Introduction by Anthony Giddens. London: George Allen & Unwin. Weber, Samuel (2001), Institution and Interpretation: Expanded Edition. Stanford, Stanford University Press. Williams, Raymond (1971) Culture and Society, 1780-1950. Harmondsworth: Penguin Books. ……………………(1971). The Long Revolution. Harmondsworth, Penguin Books. …………………….(1988), Keywords: A Vocabulary of Culture and Society. London: Fontana Press. ……………………(1997) The Politics of Modernism: Against the New Conformists. Ed. and Intr. by Tony Pinkey. London, New York: Verso. Wilshire, Bruce (1990), The Moral Collapse of the University: Professionalism, Purity, and Alienation. Albany, State University of New York Press. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) Ensino: A dimensão presencial do ensino é organizada em sessões de três horas, uma vez por semana, ao longo de oito semanas., funcionando em modelo de seminário. Cada sessão está sujeita a um programa previamente anunciado, sustentado por um corpus de leituras também previamente anunciado, permitindo aos estudantes a preparação antecipada do debate em torno de conceitos, teorias e contextos culturais. Cada aluno prepara, em calendário fixado até à segunda sessão, um paper, a ser apresentado de acordo com o programa e calendário fixado para todas as sessões, que será discutido presencialmente. Estes trabalhos irão recorrer a bibliografia fundamental indicada pelo docente,

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esperando-se, além disso, o alargamento do corpus por iniciativa do aluno. As sessões de seminário presencial assentam, assim, decisivamente, no trabalho de preparação a ser desenvolvido pelos alunos. Os recursos electrónicos disponibilizados apoiarão os contactos a estabelecer entre os estudantes e o docente, prolongando-se para lá do período em que decorrem os seminários, designadamente para acompanhamento e orientação do trabalho final.

Avaliação: A avaliação irá valorizar a capacidade de produção de discurso crítico sobre as temáticas estudadas. Os critérios de avaliação tomarão em linha de conta a estrutura do discurso, a sua fundamentação teórica, a capacidade de expressão em português ou em inglês. Serão tomados como elementos de avaliação os seguintes: a participação oral nas sessões presenciais, o paper apresentado presencialmente, e um trabalho final, mais desenvolvido, a ser produzido após a conclusão do seminário. Este trabalho pode ser o desenvolvimento da temática já apresentada em formato de paper, ou debruçar-se sobre outra temática, sempre sujeita a aprovação do docente. A nota final será atribuída de acordo com as seguintes percentagens: trabalho final, 45%; paper presencial, envolvendo a capacidade de argumentação oral, 35%; participação oral ao longo das sessões presenciais, 15%; assiduidade, 5%.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Mestrado em Estudos de Cultura UNIDADE CURRICULAR: Modernidade e Literatura 6 ECTS 2009/2010 DOCENTE RESPONSÁVEL: Jorge Fazenda Lourenço 1.º Semestre CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Este seminário propõe a leitura de A Montanha Mágica (Der Zauberberg, 1924), de Thomas Mann, na perspectiva do “romance de formação”. O Bildungsroman, forma literária que nasce, historicamente, com a modernidade estética, pela pena de Goethe e outros, foi, no início, um meio de propagação dos ideais da Aufklärung, acabando por se transformar num instrumento crítico da cultura burguesa e da civilização ocidental, nas primeiras décadas do século XX. Deste modo, o “romance de formação” afirma-se como um espaço privilegiado de reflexão, no duplo sentido da palavra, da própria Modernidade e do seu regime de conflitualidades estruturantes.

Estrutura do seminário: 1. Caracterização geral da Modernidade. Moderno, modernidade, modernismo, modernização.

Modernidade ou modernidades? Modernidade, formação, educação. 2. Modernidade e literatura. O conceito de literatura no contexto da modernidade. Funções da

literatura. A literatura como espaço de reflexão, refracção e configuração da modernidade, entendida como um processo e um projecto civilizacional: o conflito entre modernidade estética e modernidade sociológica; a construção das identidades sociais e de género; a metrópole e a estetização da experiência; o novo imaginário das metamorfoses (sujeito, corpo, máquina); o “desencantamento do mundo”.

3. A Bildung e o Bildungsroman no contexto da modernidade. Definições de um género indefinido. Romance de formação (educação, iniciação, aprendizagem) masculina. E feminina? Alguns temas conexos: a educação estética, a adolescência, a busca da felicidade, o imaginário urbano, o género e as identidades.

4. Thomas Mann, a Alemanha, a Europa e a Grande Guerra. 5. A Montanha Mágica, de Thomas Mann. Análise e comentário.

OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR

Objectivos: Este seminário visa o desenvolvimento das capacidades críticas e de compreensão sistemática de práticas literárias e problemas culturais, permitindo a produção de conhecimentos científicos e a integração dos mestrandos em equipas de investigação. Em particular, procura-se: apresentar, discutir, problematizar, noções como Modernidade, Educação Estética, Literatura, Experiência, reflectindo sobre a função da literatura na Formação Cultural dos indivíduos e das sociedades; fornecer instrumentos metodológicos que habilitem os mestrandos a proceder a uma investigação autónoma de qualidade.

Competências: Este seminário procura fomentar o alargamento e aprofundamento de conhecimentos e capacidades de compreensão e formulação adquiridos anteriormente; a melhor, porque mais crítica, aplicação desses mesmos saberes e capacidades; a capacidade de recolher, seleccionar e interpretar a informação cultural pertinente, de modo a se descodificarem textos, conteúdos e formatos; o cultivo criativo e inteligente do espírito crítico e do consequente imperativo da formação e pesquisa contínuas; a produção de investigação autónoma, original e de excelência.

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BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL Primária MANN, Thomas (2009), A Montanha Mágica, trad. Gilda Lopes Encarnação, Lisboa: Dom Quixote. Secundária (a expandir, no decurso do seminário) AGUIAR E SILVA , Vítor Manuel de (1982), Teoria da Literatura, 4.ª ed., Coimbra: Almedina. AGUIAR E SILVA , Vítor Manuel de (1990), Teoria e Metodologia Literárias, Lisboa: Universidade Aberta. BAKHTIN , Mikhail (2003), “O romance de educação e sua importância na história do realismo”,

Estética da Criação Verbal, trad. Paulo Bezerra, São Paulo: Martins Fontes, pp. 205-224. BERMAN, Marshall (1982), All That Is Solid Melts into Air: The Experience of Modernity, Londres:

Verso. BRAUNSTEIN, Florence e PÉPIN, Jean-François (2001), O Lugar do Corpo na Cultura Ocidental, trad.

João Duarte Silva, Lisboa: Instituto Piaget. BRUFORD, W. H. (1975), The German Tradition of Self-Cultivation: “Bildung” from Humboldt to

Thomas Mann, Cambridge: Cambridge University Press. BUCKLEY, Jerome Hamilton (1974), Season of Youth: the Bildungsroman from Dickens to Golding,

Cambridge, MA: Harvard University Press. CALINESCU, Matei (1987), Five Faces of Modernity. Modernism, Avant-Garde, Decadence, Kitsch,

Postmodernism, Durham: Duke University Press. CASTLE, Gregory (2006), Reading the Modernist Bildungsroman, Gainesville: University Press of

Florida. DANIUS, Sara (2002), The Senses of Modernism: Technology, Perception, and Aesthetics, Ithaca e

Londres: Cornell University Press. DOWDEN, Stephen D., ed. (2002), A Companion to Thomas Mann’s The Magic Mountain, Rochester,

NY: Camden House. EAGLETON, Terry (1990), The Ideology of the Aesthetic, Oxford, Blackwell. JOST, François (1969), “La tradition du Bildungsroman”, Comparative Literature, n.º 21, pp. 97-115. LUKÁCS, Georg (2000), A Teoria do Romance, trad. José Marcos Mariani de Macedo, São Paulo: Duas

Cidades e Editora 34. MAAS, Wilma Patrícia (2000), O Cânone Mínimo: o Bildungsroman na História da Literatura, São

Paulo: Unesp. MATZ, Jesse (2004), The Modern Novel: A Short Introduction, Malden, MA: Blackwell. MORETTI, Franco (2000), The Way of the World: The Bildungsroman in European Culture, Londres:

Verso. ROBERTSON, Ritchie, ed. (2003), The Cambridge Companion to Thomas Mann, Cambridge: Cambridge

University Press. SAGARRA, Eda e Peter SKRINE (1997), A Companion to German Literature: From 1500 to the Present,

Oxford: Blackwell. SIMMEL , Georg (1997), Simmel on Culture, ed. David Frisby e Mike Featherstone, Londres: Sage. TADIÉ, Jean-Yves (1990), Le roman au xxe siècle, Paris: Belfond. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA)

Ensino: Constituindo um espaço de reflexão e de debate, o regime de seminário implica um estudo continuado e a busca de uma produção regular de conhecimento, em termos orais e escritos. Como diz Roland Barthes: “No seminário (é a sua definição), todo o ensino é excluído: nenhum saber é transmitido (mas pode ser criado um saber), nenhum discurso é efectuado (mas procura-se um texto): o ensino é decepcionado. Ou alguém trabalha, investiga, produz, monta, escreve diante dos outros; ou

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então todos se incitam, se chamam, põem em circulação o objecto a produzir, o processo a compor, que passam assim de mão em mão, suspensos no fio do desejo, como o anel no jogo do anel” (“Ao/No Seminário”, O Rumor da Língua, trad. António Gonçalves, Lisboa: Edições 70, 1987, p. 284).

A obra proposta no programa será objecto de apresentações orais e discussões colectivas, antes da escolha, por cada estudante, do tema dos respectivos ensaios. O seminário possui um horário de atendimento, semanal, dedicado a um acompanhamento mais personalizado do trabalho dos mestrandos.

Avaliação: A avaliação é contínua e tem em conta os seguintes parâmetros: assiduidade e participação de qualidade (15% da nota final); uma apresentação oral (20% da nota final); um relatório de leitura (20% da nota final); um ensaio (45% da nota final), com um máximo de 10 páginas.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS

MESTRADO EM ESTUDOS DE CULTURA MESTRADO EM ESTUDOS DE CULTURA – Estudos Inter-Artes

Ano lectivo de 2009-2010 Programa

Questões de Estudos de Cultura Key Travelling Concepts in Literary and Cultural Studies:

Literary History, Genre Theory, Cultural Memory, Na rrativity

Semestre de Inverno 24h horas/total ANGLISTISCHES SEMINAR

Kettengasse 12, 69117 Heidelberg

Prof. Dr. Vera Nünning Tel: 06221-54 28 09

email: [email protected]

INSTITUT FÜR ANGLISTIK

Philosophikum I, Otto–Behaghel–Straße 10 B, 35394 Gießen

Prof. Dr. Ansgar Nünning Tel: 0641-99-30180

email: [email protected]

June 30, 2009

Series of Lectures and PhD-Seminars

October 21-26, 2009

Concepts, methods and theories, as well as metaphors and narratives, are the tools of academic discourse: Concepts such as ‘genre’, ‘history’, ‘cultural memory’, ‘narration’, ‘performativity’, ‘space’, ‘identity’, and ‘intertextuality’ constitute a common language and enable discussion and exchange between different disciplines as well as between scholars from different national cultures of knowledge. Like metaphors and narratives concepts shape and structure the way in which we discuss literature and culture, order our experiences and knowledge of the world, and greatly contribute to our ways of academic world-making. Rather than being univocal or firmly established, more often than not, the meaning and operational value of concepts, methods, theories, metaphors, and narratives differ between national literatures and cultures as well as between historical periods: They are dynamic and changeable as they travel back and forth between different academic and national contexts. Answering the demands of the time and adhering to paradigms dominant in a specific field of research, their scope of meaning usually changes significantly as the cultural baggage attached to them differs.

Especially in an age of interdisciplinary research, concepts, metaphors, and narratives are ‘on the move’, travelling across different cultural contexts, gaining access to new fields of research while promoting continuous re-negotiation and re-adaptation. What does actually happen when concepts, metaphors, and narratives travel across (disciplinary and national) boundaries? What is the relationship between concepts, metaphors, and narratives in the interdisciplinary contact zone? And which role does literature play in these journeys and in the establishment of newly adapted concepts, metaphors, and narratives?

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Based on what Mieke Bal (2002) has felicitously called “travelling concepts”, the series of lectures and seminars pursues three main goals: First, it invites participants to explore and discuss some key concepts, methods and theories in literary and cultural studies; second, it will trace the journeys of concepts, metaphors, and narratives across different boundaries in literary and cultural studies and further explore the challenges and transformations that occur during their literary and cultural transition(s); third it will offer a wide range of literary and cultural examples that illustrate the uses and functions of the concepts, methods and theories, as well as the metaphors and narratives that will be discussed.

Each meeting will be devoted to a particular topic revolving around one or more key concepts. Suggested topics and concepts include:

- „The Development of the Study of Culture in Europe: Travelling Theories, Concepts, Metaphors and Narratives“

- „Writing Literary History: Approaches, Concepts, Recent Developments“ - „Why Genre Theory Matters: Approaches, Concepts, Recent Developments“ - „Cultural Memory Studies: Approaches, Concepts, Recent Developments“ - „Narrativity and Narrative Theory: Approaches, Concepts, Recent Developments“

Participants are invited to address the topic of the series of lectures and seminars by identifying key concepts, metaphors, and narratives which are at the core of their own research projects, tracing the journey of specific concepts, metaphors, and narratives in (historical) case-studies. The theoretical framework of the individual topics and sessions will be provided in keynote lectures, while the seminars will offer ample opportunity to discuss both a wide range of examples and the research projects of the participants.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Mestrado em Estudos de Cultura – Especialização em Estudos Inter-Artes UNIDADE CURRICULAR: Literatura e Outras Artes 6 ECTS 2009/2010 DOCENTE RESPONSÁVEL: Jorge Fazenda Lourenço 1.º Semestre CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

A especialização em Estudos Inter-Artes tem como objectivo o estudo das relações entre as artes, quer de um ponto de vista comparatista, oriundo dos estudos literários e, nomeadamente, da literatura comparada, quer do ponto de vista dos sistemas de signos que as estruturam e da sua consequente tradução intersemiótica, trabalhando conceitos como analogia, homologia, texto, intertextualidade, colagem, montagem. Este percurso visa, portanto, articular o estudo das confluências e interferências entre as diversas artes com o estudo das relações intersemióticas entre elas ou no interior de um determinado campo artístico. Neste enquadramento teórico, o propósito deste seminário é estudar as relações (ancestrais) da literatura, e em especial da poesia, com as outras artes, com destaque para as artes visuais e a música, no contexto da modernidade estética.

Estrutura do seminário: 1.- A tradição (e o mito) do diálogo/convergência/complementaridade entre as artes: Mnemosine

e Orfeu; sistemas e hierarquias; o momento simbolista e o projecto da “obra de arte total”; 2.- O triângulo poesia, música, pintura; o cânone dos estudos inter-artes; 3.- Poesia portuguesa moderna e contemporânea: estudos de caso.

OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR

Objectivos: Este seminário visa o desenvolvimento das capacidades críticas e de compreensão sistemática de práticas literárias e problemas culturais, permitindo a produção de conhecimentos científicos e a integração dos mestrandos em equipas de investigação. Em particular, procura-se: apresentar, discutir, problematizar as relações (ancestrais) entre a literatura e as outras artes no contexto da modernidade estética; fornecer instrumentos metodológicos que habilitem os mestrandos a proceder a uma investigação autónoma de qualidade.

Competências: Este seminário procura fomentar o alargamento e aprofundamento de conhecimentos e capacidades de compreensão e formulação adquiridos anteriormente; a melhor, porque mais crítica, aplicação desses mesmos saberes e capacidades; a capacidade de recolher, seleccionar e interpretar a informação cultural pertinente, de modo a se descodificarem textos, conteúdos e formatos; o cultivo criativo e inteligente do espírito crítico e do consequente imperativo da formação e pesquisa contínuas; a produção de investigação autónoma, original e de excelência. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL Primária (a alargar, no decurso do seminário) LOURENÇO, Jorge Fazenda, org. (2009), Antologia de poemas de José de Almada Negreiros, Guillaume

Apollinaire, Charles Baudelaire, E. E. Cummings, John Keats, Stéphane Mallarmé, E. M. de Melo e Castro, Camilo Pessanha, Arthur Rimbaud, Mário de Sá-Carneiro, Jorge de Sena, Pedro Tamen, Cesário Verde e Paul Verlaine (edição fora do mercado).

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Secundária (a expandir, no decurso do seminário) AGUIAR E SILVA , Vítor Manuel de (1990), Teoria e Metodologia Literárias, Lisboa: Universidade

Aberta. AVELAR, Mário (2006), Ekphrasis: O Poeta no Atelier do Artista, Lisboa: Cosmos. BASÍLIO, Kelly, coord. (2007), Concerto das Artes, Porto: Campo das Letras. BRUNEL, Pierre e Yves CHEVREL, org. (2004), Compêndio de Literatura Comparada, trad. Maria do

Rosário Monteiro, rev. Helena Barbas, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. BUESCU, Helena et al., org. (2001), Floresta Encantada: Novos Caminhos da Literatura Comparada,

Lisboa: Publicações Dom Quixote. CAWS, Mary Ann (1982), The Eye in the Text: Essays on Perception, Mannerist to Modern, Princeton,

NJ: Princeton University Press. DAGHLIAN , Carlos, org. (1985), Poesia e Música, São Paulo: Perspectiva. DETHURENS, Pascal, org. (1998), Musique et Littérature au XX Siècle, Strasbourg: Presses

Universitaires de Strasbourg. FAGUNDES, Francisco Cota e Jorge Fazenda LOURENÇO, org. (2009), Jorge de Sena: Novas

Perspectivas, 30 Anos Depois, Lisboa: Universidade Católica Editora. GALARD , Jean e Julian Zugazagoitia, dir. (2003), L’Œuvre d’art totale, Paris: Gallimard e Musée du

Louvre. GUIMARÃES, Fernando (2003), Artes Plásticas e Literatura: Do Romantismo ao Surrealismo, Porto:

Campo das Letras. HEFFERNAN, James A. W. (1993), Museum of Words: The Poetics of Ekphrasis from Homer to

Ashbery, Chicago: The University of Chicago Press. HORÁCIO (1984), Arte Poética, trad. R. M. Rosado Fernandes, Lisboa: Inquérito. KRIEGER, Murray (1992), Ekphrasis: The Illusion of the Natural Sign, Baltimore e Londres: The Johns

Hopkins University Press. LISTA, Marcella (2006), L’Œuvre d’art totale à la naissance des avant-gardes 1908-1914, Paris:

Institut National d’Histoire de l’Art. LOCATELLI, Aude (2001), Littérature et Musique au XX Siècle, Paris: Presses Universitaires de France. LOURENÇO, Jorge Fazenda e Peter HANENBERG, org. (2008), Baudelaire e as Posteridades do Moderno,

Lisboa: Universidade Católica Editora. MITCHELL, W. J. T. (1986), Iconology: Image, Text, Ideology, Chicago e Londres: The University of

Chicago Press. MITCHELL, W. J. T. (1994), Picture Theory: Essays on Verbal and Visual Representation, Chicago e

Londres: The University of Chicago Press. MORLEY, Simon (2003), Writing on the Wall: Word and Image in Modern Art, Berkeley e Los

Angeles: University of California Press. TORRES, Alexandre Pinheiro (2003), A Paleta de Cesário Verde, Lisboa: Caminho. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA)

Ensino: Constituindo um espaço de reflexão e de debate, o regime de seminário implica um estudo continuado e a busca de uma produção regular de conhecimento, em termos orais e escritos. Como diz Roland Barthes: “No seminário (é a sua definição), todo o ensino é excluído: nenhum saber é transmitido (mas pode ser criado um saber), nenhum discurso é efectuado (mas procura-se um texto): o ensino é decepcionado. Ou alguém trabalha, investiga, produz, monta, escreve diante dos outros; ou então todos se incitam, se chamam, põem em circulação o objecto a produzir, o processo a compor, que passam assim de mão em mão, suspensos no fio do desejo, como o anel no jogo do anel” (“Ao/No Seminário”, O Rumor da Língua, trad. António Gonçalves, Lisboa: Edições 70, 1987, p. 284).

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Os textos propostos no programa serão objecto de apresentação oral e discussão colectiva, antes da escolha de um deles por cada um dos estudantes para núcleo central dos respectivos ensaios. O seminário possui um horário de atendimento, semanal, dedicado a um acompanhamento mais personalizado do trabalho dos mestrandos.

Avaliação: A avaliação é contínua e tem em conta os seguintes parâmetros: assiduidade e participação de qualidade (15% da nota final); uma apresentação oral (20% da nota final); um relatório de leitura (20% da nota final); um ensaio (45% da nota final), com um máximo de 10 páginas.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Mestrado em Estudos de Cultura — Especialização em Estudos Inter-artes UNIDADE CURRICULAR: Estudos Inter-artes 6 ECTS 2009/2010 DOCENTE RESPONSÁVEL: Alexandra Lopes 1.º Semestre CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

O seminário Estudos Inter-Artes deve entender-se como lugar de indagação dos pressupostos e de travejamento dos principais problemas teóricos que habitam um campo de estudos por natureza inter, multi e transdisciplinar. Tendo como como objectivo primeiro o estudo das relações entre as artes, quer de um ponto de vista comparatista, oriundo dos estudos literários e, nomeadamente, da literatura comparada, quer do ponto de vista dos sistemas de signos que as estruturam e da sua consequente tradução intersemiótica, este seminário introdutório interrogará conceitos como os de "texto", "intertextualidade", "analogia", "tradução", "paródia" e "pastiche", entre outros, procurando lê-los criticamente e descobrir elos e ecos por vezes insuspeitados. A par da definição tentativa e problematizadora do quadro teórico da disciplina, o seminário procurará iluminar a reflexão sobre o diálogo entre as artes com exemplos de confluências e cruzamentos de diversas expressões comunicativas, estudando as relações intersemióticas que se criam entre elas ou se desenvolvem no interior de um determinado campo artístico.

OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR Objectivos: São objectivos principais deste seminário: 1. Apresentar, discutir e problematizar quadros teóricos e práticas discursivas que assentam na

diversidade e pluralidade da abordagem; 2. Indagar concepções arraigadas e inquestionadas sobre o cânone através da consideração de

múltiplas reescritas; 3. Situar objectos artísticos no fluxo da memória do sistema, revelando-os como lugares de diálogo e

diferença perante a tradição; 4. Fornecer instrumentos teóricos e metodológicos que possibilitem a investigação autónoma e crítica

nesta área do saber; 5. Promover o debate informado sobre as redes e a densidade de relações, constrangimentos e

influências de pendor estético, ideológico, económico no interior do campo artístico. Competências: O seminário procurará promover: 1. o aprofundamento, pela problematização, de matérias já conhecidas, alargando assim os horizontes

da interpretação e da compreensão do fenómeno artístico; 2. a agilização das capacidades interpretativas em resultado do cruzamento de saberes, olhares e

modos de ler; 3. a consciencialização do aparente paradoxo de uma obra de arte que é, a um tempo, singular e

infinitamente traduzível e (re)apropriável; 4. a capacidade de articular e relacionar os ecos que a memória do sistema produz e guarda.

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BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL BIBLIOGRAFIA GERAL: AVELAR, Mário (2006), Ekphrasis: O Poeta no Atelier do Artista, Lisboa: Cosmos. BASÍLIO, Kelly (coord.) (2007), O Concerto das Artes, Porto: Campo das Letras. BASSNETT, Susan (1993), Comparative Literature: a Critical Introduction, Cambridge: Blackwell. BERNHEIMER, Charles (1995), Comparative Literature in the Age of Multiculturalism, Baltimore,

Londres: John Hopkins University Press. CLÜVER, Claus, PLESCH, Vera (2005),Orientations. Space/Time/Image/Word, Word and Image Interactions n.º 5, Amsterdão, Nova Iorque: rodopi. LAGERROTH, Ulla-Britta,LUND, Hans e HEDLING, Erik (Eds.) (1997), Interart Poetics: Essays on the Interrelations of the Arts and Media (Internationale Forschungen Zur Allgemeinen & Vergleichenden Literaturwissenschaft), Amsterdão, Atlanta: rodopi. LESSING, Gotthold Ephraim (1987), Laokoon, Stuttgart: Reclam. MACEDO, Ana Gabriela, GROSSEGESSE, Orlando (org.) (2006), Poéticas inter-artes : do texto à

imagem, ao palco, ao écran. Interart poetics: text to image, stage, screen and beyond, Braga: Universidade do Minho/Centro de Estudos Humanísticos.

STEINER, George (1997), No Passion Spent. Essays 1978-1996, Londres e Boston, Faber and Faber. WATSON, Peter (2000), A Terrible Beauty. The People and Ideas that Shaped the Modern Mind,

Londres, Phoenix. BIBLIOGRAFIA — ESTUDOS: ATTRIDGE, Derek (2004), The Singularity of Literature, Londres e Nova Iorque: Routledge, BORDWELL, David (1989), Making Meaning. Inference and Rhetoric in the Interpretation of

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Screen, Cambridge: Cambridge University Press. CLEC, Jeanne-Marie (1993), Littérature et cinéma, França: Editions Nathan. ELLIOTT, Kamilla (2003), Rethinking the Novel/Film Debate, Cambridge: Cambridge University

Press. GAULDREAULT, André, JOST, François, Le récit cinématographique, s.l.: Editions Nathan. GRILO, João Mário, MONTEIRO, Paulo Filipe (org.) (1996), O Que é o Cinema?, Revista de

Comunicação e Linguagens, Lisboa: Cosmos. HILL, John, GIBSON, Pamela Church (eds.) (2000), Film Studies. Critical Approaches, Oxford,

Oxford University Press. HOCKNEY, David (2006), Secret Knowledge. Rediscovering the Lost Techniques of the Old Masters,

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Routledge. SONTAG, Susan (2004), Contra a Interpretação e Outros Ensaios, trad. José Lima, Lisboa: Gótica. STAM, Robert, MILLER, Toby (2000), Film Theory: An Anthology, Malden, Oxford: Blackwell. STAM, Robert, MILLER, Toby (2003), A Companion to Film Theory, Malden, Oxford, Carlton:

Blackwell. VANOYE, Francis (1989), Récit écrit. Récit filmique, s.l.: Editions Nathan. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA)

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Ensino: Sendo teórico-prático e funcionando em regime de seminário (exposição, debate e apresentação de trabalhos orais), o ensino é presencial, o que implica que os mestrandos terão de assistir e em, participar pelo menos, seis das oito sessões.

Avaliação: A avaliação dos alunos é contínua, decorrendo daí que a participação (quer no espaço do seminário quer na preparação das sessões) é fundamental. Para além desse elemento de avaliação (20%), os alunos terão de fazer um resumo crítico (20%), apresentar um trabalho oral (20%) escrever um ensaio (40%). Condições essenciais para ter aproveitamento neste seminário são um conhecimento da matéria debatida ao longo das sessões, a capacidade para reflectir e discutir sobre as questões pertinentes e um bom domínio da língua portuguesa.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Mestrado em Estudos de Cultura/ Doutoramento em Estudos de Cultura UNIDADE CURRICULAR: Teorias da Representação 6 ECTS 2009/2010 DOCENTE RESPONSÁVEL: Adriana Martins 2.º Semestre CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS O curso examinará as mudanças paradigmáticas nos sistemas de representação cultural no mundo contemporâneo, com especial enfoque na problematização teórica das representações em função do impacto dos novos media e do seu relevante papel na (re)mediação da experiência do real empírico. Através da análise de diversos artefactos culturais que serão postos em diálogo, será possível problematizar algumas das várias políticas da representação do mundo ocidental no que diz respeito a questões como a representação do Outro, o género, a raça e a religiosidade. Autores como Benjamin, Bakhtin, Barthes, Iser, Derrida, Hall, Bhabha, Anderson, Jameson, Said, e Silverstone, dentre outros, permitirão delinear a evolução das principais abordagens críticas da representação nos séculos XX e XXI.

OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR Objectivos:

• Examinar criticamente as mudanças paradigmáticas nos sistemas de representação cultural no mundo contemporâneo.

• Reflectir sobre as implicações epistemológicas, ideológicas e éticas da emergência dos novos media nos sistemas de representação do real empírico.

• Analisar diferentes produtos culturais e os seus processos de (re)mediação a partir de diversas abordagens teórico-críticas.

Competências:

• Analisar criticamente diversos sistemas de representação cultural no mundo contemporâneo a partir de diferentes perspectivas teóricas.

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

- Anderson, Benedict (1991 [1983]). Imagined Communities: Reflections on the Origin and Spread of Nationalism, Revised edition. London and New York, Verso.

- Appadurai, Arjun (1996), Modernity at Large. Cultural Dimensions of Globalization, Minneapolis, London: University of Minnesota Press.

- Bakhtine, Mikhail (1978 [1975]). Esthétique et théorie du roman (Trad. Daria Olivier), Paris, Gallimard.

- Barthes, Roland (1981 [1953]). O Grau Zero da Escrita Seguido de Elementos de Semiologia (Trad. Maria Margarida Barahona), Lisboa, Edições 70.

- Barthes, Roland (1978 [1957]). Mitologias (Trad. José Augusto Seabra), Lisboa, Edições 70. - Benjamin, Walter (2008). The Work of Art in the Age of Mechanical Reproduction (Trans. J. A.

Underwood), London, Penguin. - Bhaba, Homi (1997 [1994]). The Location of Culture. London/New York, Routledge.

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- Bolter, Jay David & Grusin, Richard (2000 [1999]). Remediation. Understanding New Media, Cambridge, London: The MIT Press.

- Butler, Judith (1999), Gender Trouble. Feminism and the Subversion of Identity, New York and London: Routledge.

- Dayan, Daniel (2009) (dir.). O Terror Espectáculo: Terrorismo e Televisão (Trad. Pedro Duarte). Lisboa, Edições 70.

- Derrida, Jacques (1978 [1967]). Writing and Difference (Trans. The University of Chicago), London, Routledge.

- Derrida, Jacques (1981 [1972]). Dissemination (Trans. The University of Chicago), London, Continuum.

- Erll, Astrid (2008). “Literature, Film, and the Mediality of Cultural Memory”. In: Astrid, Erll, Ansgar Nünning & Sarah Young (eds.), Cultural Memory Studies: An International and Interdisciplinary Handbook, Berlin/New York: de Gruyter, pp. 389-398.

- Foucault, Michel (1988 [1966]). As Palavras e as Coisas (Trad. Isabel Dias Braga), Lisboa, Edições 70.

- Goldberg, David Theo (2009). The Threat of Race: Reflections on Racial Liberalism, Maden [MA], Oxford [UK], Victoria [Australia], Blackwell.

- Hall, Stuart (1997) (ed.). Representation. Cultural Representations and Signifying Practices, London, Sage Publications.

- Iser, Wolfgang (1993), The Fictive And The Imaginary. Charting Literary Anthropology, Baltimore and London, The Johns Hopkins University Press.

- Jameson, Fredric (1995 [1991]). Postmodernism or the Cultural Logic of Late Capitalism, Durham, Duke University Press, 6th ed.

- Macdonald, Myra (1995). Representing Women : Myths of Femininity in the Popular Media. London, Edward Arnold.

- Nünning, Ansgar et al. (2008 a) (eds.). Cultural Memory Studies. An International and Interdisciplinary Handbook, Berlin, New York, Walter de Gruyter.

- Nünning, Ansgar et al. (2008 b) (eds.), Ethics in Culture. The Dissemination of Values through Literature and Other Media, Berlin, New York: Walter de Gruyter.

- Said, Edward (2003 [1978]). Orientalism, London, Penguin. - Said, Edward (1993). Culture & Imperialism, London, Vintage. - Saussure, Ferdinand de (1978 [1915]). Curso de Linguística Geral (Trad. José Victor Adragão),

Lisboa, Dom Quixote. - Silverstone, Roger (2007). Media and Morality: On the Rise of Mediapolis. Cambrigde, Polity

Press. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) Ensino:

Aulas teórico-práticas em regime de seminário, que incluirão o visionamento de filmes, discussões em grupo e conferências eventualmente proferidas por convidados.

Avaliação: A avaliação é contínua, em regime presencial, e tem em conta os seguintes parâmetros:

1.- Assiduidade e participação de qualidade na aula (20% da nota final); 2.- Apresentação oral (30% da nota final); 3.- Trabalho final escrito (50% da nota final).

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Doutoramento em Estudos de Cultura Curso de Mestrado em Ciências da Comunicação/ Estudos de Cultura UNIDADE CURRICULAR: Cultura Visual 6 ECTS 2009/2010 DOCENTE RESPONSÁVEL: Isabel Capeloa Gil 2º Semestre CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS I – Contextos da Cultura Visual 1. O que é Cultura Visual e o que querem as imagens? 2. Visualidade e visibilidade 3. Teorias do visual: semiótica, psicanálise (Barthes, Freud, Lacan), II – A modernidade e a cultura do olhar

1. Oculofilia e oculofobia ou a viragem pictográfica. 2. Distracção ou hiperatenção: a cultura urbana e as imagens modernas 3. As tecnologias do olhar – fotografia e cinema e a emergência do moderno 4. O panóptico: a visualidade perversa (M. Foucault) 5. Do moderno ao pós-moderno: pastiche, collage, bricolage e virtualização

III – O poder das imagens e as imagens do poder 1. O sistema das imagens: produção, enquadramento, selecção, distribuição e impacto. 2. Emoção e cognição: o impacto das imagens 3. Violência: o que torna uma imagem violenta? 4. Imagens de desejo. 5. Da sociedade do espectáculo ao teatro da celebridade.

IV – A Construção do Olhar 1. A invenção visual do Ocidente.: O que constitui o Outro? 2. Imagens imperiais/ Visões pós-coloniais 3. A identidade das imagens: género, identidade e classe (Annie Leibovitz, Women) 4. Imagens diaspóricas.

V – Imagens da morte 1. A fotografia e a morte (Baudelaire; Barthes, Sebald, Balufuks) 2. Imagens apesar de tudo: representações do holocausto. 3. Figurar a guerra (de F. Cappa a Errol Morris)

OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR Objectivos: O seminário de Cultura Visual tem como objectivo fornecer ao estudante mecanismos para contextualizar culturalmente, interpretar visualmente e descodificar o sentido da representação visual enquanto constructo que se ancora em pressupostos sócio-culturais, mas que simultaneamente os refaz, tornando-se assim em discurso legitimador da narrativa moderna. Competências: O seminário de Cultura Visual propicia o desenvolvimento de uma literacia visual. Pretende simultaneamente desenvolver competências de compreensão intercultural e de hermenêutica visual, bem como de competências comunicativas, que assentam na capacidade de ler, decifrar e atribuir sentido a signos visuais em contextos culturais próprios. O desenvolvimento da competência intercultural do discente assenta no cultivo dos seguintes formantes: a capacidade de diagnosticar um problema, de situar uma imagem ou filme num contexto cultural e sócio-histórico específico, de o relacionar com outras realidades culturais afins ou de o contrastar com realidades diferentes, e de o

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decifrar e interpretar no seu horizonte de sentido próprio, utilizando com correcção a linguagem própria da comunidade académica envolvente. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL BARTHES, Roland: La chambre claire. Note sur la photographie, Paris: Cahiers du Cinema, Seuil, 1980. BAUDRILLARD, Jean, Simulacro e Simulação, Lisboa: Edições 70, 1994. A Guerra do Golfo não Terá Lugar, Lisboa: Vega, 1994. BENJAMIN, Walter: Illuminations. Essays and Reflections (org. Hannah Arendt), New York: Schocken, 1969. CAVELL, Stanley, The World Viewed, N. York: Harvard U. Press, 1997. CRARY, Jonathan, Suspensions of Perception. Attention, Spectacle and Modern Culture, Boston: MIT Press, 1999. CRARY, Jonathan: Techniques of the Observer: On Vison and Modernity in the 19th Century, New Haven: MIT Press, 1992. DAYAN, Daniel (ed.): Terror Espectáculo, Lisboa: Ed. 70, 2009. DEBORD, Guy, La societé du spectacle, Paris: Seuil, 1980. DEBRAY, Régis, Vie et mort de l’image, Paris: Seuil, 1992. DELEUZE, Gilles, L’image-mouvement, Paris: Les Éditions du Minuit, 1980. DIDI-HUBERMAN, Georges: Images malgré tout, Paris: Editions du Minuit, 2005. DOANE, Mary Ann, The Desire to Desire. Woman’s Film and Classical Hollywood Cinema, Bloomington: Indiana U. Press, 1988. ELKINS, James (ed.): Visual Literacy, London: Routledge, 2009. FOUCAULT, Michel, Surveiller et punir. Naissance de la prison, Gallimard: Paris, 1990. FREUD, Sigmund, The Standard Edition of the Complete Psychological Works, London: Hogarth Press, 1962. (“Fetishism”, 1927; Introductory Lectures to Psychoanalysis; Three Essays on Sexual Theory) GLEDHILL, Christine; Linda Williams (eds.): Reinventing Film Studies, London: Arnold, 2004 HALL, Stuart (ed.), Representation and Signifying Practices, London: Open University, 1993. HALL, Stuart (ed.), The Visual Culture Reader, London: Sage, 1997. JAY, Martin, Downcast Eyes. The Denigration of Vision in Twentieth Century French Thought, Los Angeles: University of California, 1992. KRAUSS, Rosalind, The Optical Unconscious, New Haven: MIT Press, 1994. LACAN, Jacques, Les quatre concepts de la psychanalyse, Paris: Seuil, 1998. LAURETIS, Teresa, Technologies of Gender, Bloomington: Indiana U. Press, 1983 LEVIN, Robert, Modernity and the Hegemony of Vision, Los Angeles: The University of California Press, 2000. MANGHANI, Sunil; Arthur Piper, Jon Simons (ed.), Images. A Reader, London: Sage, 2006. MIRZOEFF, Nicholas: Introduction to Visual Culture, London: Routledge, 2009 (2ª ed.) MIRZOEFF, Nicholas (ed.), The Visual Culture Reader, London: Routledge, 2007. MITCHELL, W.J.T: Picture Theory, Chicago: Chicago U. Press, 1998 . MITCHELL, W.J.T.: What do Pictures Want?, Chicago: Chicago U. Press, 2006. PLATÃO: Fedro, Porto: Guimarães Editores, 1987. RANCIÈRE, Jacques, The Future of the Image, London: Verso, 2007. SONTAG, Susan, On Photography, Middelesex: Penguin, 1998. SONTAG, Susan: Regarding the Pain of Others, London: Verso, 1999. STAM, Robert; Toby Miller (eds.), Film and Theory, London: Blackwell, 2005. STURKEN, Marita, Tangled Memories. The Vietnam War, the Aids Epidemic and the Politics of Remembrance, Irvine: U. Califórnia, 2005. STURKEN, Marita; Lisa Cartwright: Practices of Looking. An Introduction to Visual Culture, Oxford: Oxford U. Press, 2003.

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ZELIZER, Barbie (ed.), Visual Culture and the Holocaust, London: The Athlone Press, 2001. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) O ensino é presencial, obrigando a uma assuidade de, pelo menos 2/3 dos seminários (6 sessões). Desenvolver-se-á de acordo com um modelo misto de exposição da docente e análise crítica dos textos de apoio e documentos visuais (fotografias e filmes) em estudo em cada sessão. A estrutura de cada sessão de trabalho será distribuída no início do seminário. A avaliação será contínua, baseando-se em intervenções relevantes durante as sessões e interpretação profunda das leituras obrigatórias (35%). A avaliação final consistirá na aplicação dos conteúdos teóricos à análise prática de um documento visual, disponibilizado pela docente, a apresentar por escrito (ensaio resumido de 5 páginas, a dois espaços, seguindo as regras de citação da MLA) (35%) e uma recensão da obra de Daniel Dayan, O Terror Espectáculo, Lisboa: Edições 70, 2008 (30%).

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Doutoramento em Estudos de Cultura UNIDADE CURRICULAR: Globalização e Cultura Contemporânea 6 ECTS 2009/2010 DOCENTE RESPONSÁVEL: Adriana Martins 2.º Semestre CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS O curso problematizará o fenómeno da globalização, compreendido como um processo que é simultaneamente hegemónico e contra-hegemónico, e o seu impacto na cultura global e na construção identitária dos povos, em função das frequentes interacções transnacionais que promovem a disseminação da informação e das imagens através de media cada vez mais rápidos e sofisticados. A partir da discussão das principais teorias que informam o debate sobre a globalização, os seus aspectos positivos e negativos, os alunos reflectirão sobre como a cultura e os media contemporâneos contribuem para a construção de um multiculturalismo emancipatório que é fundamental para o exercício de uma cidadania activa numa época de transição paradigmática.

OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR Objectivos:

• Compreender o fenómeno da globalização, os seus aspectos positivos e negativos e a novidade das formas de globalização actuais.

• Discutir a globalização como um processo hegemónico e contra-hegemónico, as suas contradições, tensões e conflitos, e o seu impacto na cultura contemporânea.

• Reflectir sobre a globalização dos novos media e das novas formas de interacção social em rede.

• Examinar os efeitos da construção de um imaginário mundial pós-electrónico nos processos de homogeneização e diferenciação social, económica, política e cultural.

Competências:

• Analisar criticamente o impacto do fenómeno da globalização sobre a cultura contemporânea a partir dos novos media e em função de diferentes perspectivas teóricas.

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL Anderson, Benedict (1991 [1983]), Imagined Communities, London, Verso. Appadurai, Arjun (1990), "Disjuncture and Difference in the Global and Cultural Economy", Public

Culture, 2, 1−24. Appadurai, Arjun (1997), Modernity at Large. Minneapolis: University of Minnesota Press. Appadurai, Arjun (1999), "Globalization and the Research Imagination", International Social Science

Journal, 160, 229−238. Berger, Peter; S. Huntington (orgs.) (2002), Many Globalizations. Cultural Diversity in the

Contemporary World, Oxford: Oxford University Press. Bhabha, Homi (1992), The Location of Culture, London: Routledge. Castells, Manuel (1996), The Rise of the Network Society. Cambridge: Blackwell.

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Featherstone Mike (1990), "Global Culture: An Introduction", in Featherstone (ed.), 1−14. FeatherstoneMike (ed.) (1990), Global Culture: Nationalism, Globalization and Modernity. London:

Sage. Featherstone,Mike et al. (1995), Global Modernities. Thousand Oaks: Sage. García Canclini, Nestor (1999), La globalizacion imaginada, Buenos Aires: Paidos Iberica. García Canclini, Nestor (2001), Culturas híbridas: estratégias para entrar y salir de la modernidad,

Buenos Aires: Paidos Iberica. Giddens, Anthony (1991), The Consequences of Modernity. Oxford: Polity Press. Gilroy, Paul (2004), After Empire. Melancholia or Convivial Culture?, London: Routledge. Hall, Stuart; McGrew, T. (eds.) (1992), Modernity and its Futures. Cambridge: Polity Press. Hannerz, Ulf (1990), "Cosmopolitan and Local in World Culture", in Featherstone (ed.), 237−251. Harvey, David (1989), The Condition of Postmodernity: An Enquiry into the Origins of Cultural

Change. Oxford: Basil Blackwell. Jameson, Fredric; Miyoshi, Masao (eds.) (1998), The Cultures of Globalization. Durham: Duke

University Press. Meyer, William (1987), "Testing Theories of Cultural Imperialism: International Media and Domestic

Impact", International Interactions, 13, 353−374. Ramalho, Maria Irene & A. S. Ribeiro (orgs.) (2001), Entre Ser e Estar. Raízes, Percursos e Discursos

da Identidade, Porto: Afrontamento. Ribeiro, António de Sousa (2001), “A Retórica dos Limites. Notas sobre o Conceito de Fronteira”, in

Santos (org.), 463-88. Ritzer, G. (1995), The MacDonaldization of Society. Thousand Oaks: Pine Forge. Santos, Boaventura de Sousa (1995), Toward a New Common Sense: Law, Science and Politics in the

Paradigmatic Transition. New York: Routledge. Santos, Boaventura de Sousa (org.) (2001 a), Globalização: Fatalidade ou Utopia?, Porto:

Afrontamento. Santos, Boaventura de Sousa (2001 b), “Entre Prospero e Caliban: Colonialismo, Pós-Colonialismo e

Inter-identidade”, in Ramalho e Ribeiro, 23-86. Santos, Boaventura de Sousa (2002), “The Processes of Globalization”, Eurozine 68/14,

http://www.ces.uc.pt/bss/documentos/the_processes_of_globalization_in_eurozine.pdf Smith, Anthony (1990), "Towards a Global Culture?", in Featherstone (ed.), 171−191. Wallerstein, Immanuel (1991a), Geopolitics and Geoculture. Cambridge: Cambridge University Press. Wallerstein, Immanuel (1991b), Unthinking Social Science. Cambridge: Polity Press. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) Ensino:

Aulas teórico-práticas em regime de seminário, podendo incluir conferências proferidas por convidados.

Avaliação: A avaliação é contínua, em regime presencial, e tem em conta os seguintes parâmetros:

1.- Assiduidade e participação de qualidade na aula (20% da nota final); 2.- Apresentação oral (30% da nota final); 3.- Trabalho final escrito (50% da nota final).

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Curso de Doutoramento/Mestrado em Estudos de Cultura Curso de Mestrado em Ciências da Comunicação UNIDADE CURRICULAR: Discursos da Lei na Cultura Contemporânea 6 ECTS 2009/2010 DOCENTES RESPONSÁVEIS: Isabel Capeloa Gil (FCH) 2º Semestre

Luís Fábrica (FD)

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS I – O discurso jurídico e a cultura popular. 1. O que são estudos culturais do Direito? 2. A legitimação do discurso jurídico. 3. A representação da lei na cultura popular (George Cukor, Adam’s Rib, 1949) II – A arqueologia do discurso legal: Problemas e abordagens da Antígona de Sófocles.

1. Antígona hipermoderna: uma terrorista moral? (Do Grupo Baader-Meinhof à Al Quaeda)

III – Ordem e transgressão 1. O que constitui a ordem legal? 2. Da necessidade da transgressão: de Eurípides (Bacantes) a Steven Spielberg (Minority Report)

IV – Discursos sobre a liberdade: de Tocqueville a Hardt e Negri. 1. Entre a autonomia e a submissão (F. Kafka, “Perante a Lei”) 2. Discursos sobre a democracia, a igualdade e a liberdade.

(Couraçado Potemkin, S. Eisenstein; Spartacus, Stanley Kubrick; Mr. Smith Goes to Washington, F. Capra) V – Legalidade e legitimidade 1. Dos limites e espectro da lei 2.Da legitimidade da tortura na cultura popular (A Vingadora e Susan Sontag, “Olhando a Tortura dos Outros”) VI – O julgamento

1. Teatralidade e ritualização da cena (Anatomy of a Murder ,Otto Preminger; Twelve Angry Men, Sidney Lumet; Dishonoured, Josef von Sternberg )

VII - Figurações da testemunha 1. Ética do testemunho. 2. Verdade material vs. verdade processual 3. Autenticidade e ficcionalidade do testemunho: o caso do Holocausto

(Bernard Schlink, O Leitor e Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém) VIII – O direito ao serviço da utopia

1. Refazer a comunidade em busca do paraíso. 2. Do paraíso ao pesadelo (de Platão a Hitler) (M. Nigh Shyamalan, The Village e/ou Orwell, 1984)

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OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR Objectivos: O seminário pretende discutir o ‘inconsciente jurídico’ na cultura contemporânea e simultaneamente reflectir sobre o papel da falsificação e ficcionalização do discurso da lei nas sociedades actuais. Competências: O seminário pretende desenvolver competências culturais e comunicativas, que assentam na capacidade de ler, decifrar e atribuir sentido ao discurso jurídico em contextos culturais próprios. O estudante deverá ser capaz de diagnosticar um problema, de o relacionar com outras realidades culturais afins ou de o contrastar com realidades diferentes, e de o avaliar criticamente, utilizando com correcção a linguagem própria da comunidade académica envolvente. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL (ABREVIADA) ASIMOW, Michael, Shannon Madder: Law and Popular Culture: A Course Book, New York: Peter Lang, 2004. BUTLER, Judith: Antigone’s Claim, New York: Columbia U. Press, 2002. FELMAN, Shoshana: The Juridical Unconscious. Trials and Traumas in the Twentieth Century, Cambridge, Mass.: Harvard U. Press, 2000. FELMAN, Shoshana: Testimony. Crises of Witnessing in Literature, Psychoanalysis and History, London: Routledge, 1991. FELMAN, Shoshana: “Approaches to the Cultural Study of Law: Freedom, Autonomy, and the Cultural Study of Law”, Yale Journal of Law and Humanities, 13, 2001, pp. 241- 297 KAHN, Paul W.: “Approaches to the Cultural Study of Law: Freedom, Autonomy and the Cultural Study of Law”, Yale Journal of Law and Humanities, 13, 2001, pp. 141- KAMIR, Orit: Women in Law and Film, Durham: Duke U. Press, 2006. NUSSBAUM, Martha: Poetic Justice: The Literary Imagination and Public Life, Cambridge. Mass: Harvard, 1997. NUSSBAUM, Martha: Hiding from Humanity: Disgust, Shame and the Law, Cambridge, Mass: Harvarad U. Press, 2006. PINCHEVSKY, Amit et al.: Media Witnessing, Testimony in the Age of Mass Communication, London: Palgrave, 2007. SCHLINK, Bernard: Vergangenheitsschuld und gegenwärtiges Recht, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2001. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) Ensino: O ensino será teórico-prático, consistindo numa abordagem culturalista e jurídica dos temas em discussão pelos dois docentes, seguido de análise aplicada de textos e imagens.

Avaliação: A avaliação consistirá na apresentação de um ensaio escrito (10 páginas, regras de citação da FCH), discutido oralmente com os dois docentes do seminário sobre um dos temas do programa.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Cursos de Mestrado em Estudos de Cultura e Ciências de Comunicação UNIDADE CURRICULAR: Seminário de Investigação I 6 ECTS 2009/2010 DOCENTE RESPONSÁVEL: Peter Hanenberg 1º Semestre CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS O Seminário acompanha os alunos nos primeiros passos do seu trabalho final de Mestrado e permite uma discussão dos temas e problemas deste processo. Alguns dos tópicos a abordar: - Ferramentas de pesquisa e de informação - Análise crítica de fontes de informação e do seu valor científico - Normas de citação e referência bibliográfica - Como definir uma questão científica? - Como definir um projecto? - Como organizar um índice? O seminário valoriza a discussão entre pares (peer discussion) e estimula o debate científico, preparando, neste sentido, para a discussão pública do trabalho final.

OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A A DQUIRIR Objectivos: Apoiar a elaboração do trabalho final de Mestrado Competências: - Saber informar-se e iniciar uma pesquisa

- Saber citar - Saber definir uma questão científica - Saber definir um projecto - Saber organizar um índice

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL Azevedo, Carlos A. Moreira e Ana Gonçalves de Azevedo (2008), Metodologia Científica. Contributos Práticos para a Elaboração de Trabalhos Académicos, 9ª edição, Lisboa: UCE. Azevedo, Mário (2008), Teses, Relatórios e Trabalhos Escolares. Sugestões Para a Estruturação da Escrita, 6ª edição, Lisboa: UCE. METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) Ensino: Será aplicada a metodologia de ensino investigativo (privilegiando o processo de reflexão e debate sobre os projectos a desenvolver).

Avaliação: Participação regular e apresentação de um projecto.

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HORÁRIOS DOS CURSOS DE MESTRADO E DOUTORAMENTO EM ESTUDOS DE CULTURA

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Mestrado em Estudos de Cultura Disciplinas – Docentes - Calendário Académico - Biénio 2009/2011 1º Semestre – Horário Nocturno 2º Ano Seminário de Investigação I - Prof. Doutor Peter Hanenberg

• 07.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 122 • 14.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 122 • 28.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 122 • 11.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 122 • 25.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 122 • 09.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 122 • 06.1. 2010 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 122 • 20.1. 2010 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 122

Mestrado em Estudos de Cultura – Estudos Inter-Artes Disciplinas – Docentes - Calendário Académico - Biénio 2009/2011 1º Semestre – Horário Nocturno 1º Ano Teorias da Cultura - Profª Doutora Luísa Leal de Faria

• 15.12.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 16.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Timor • 05.1.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 12.1.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 19.1.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 26.1.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 02.2.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 03.2.2010 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Timor

Questões de Estudos de Cultura - Prof. Doutor Ansgar Nünning

• 21.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Timor • 22.10.2009- 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Timor • 23.10.2009- 6ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 24.10.2009- Sábado, das 10h00 às 13h00, na Sala Exp. Missionária • 25.10.2009- Sábado, das 14h30 às 17h30, na Sala (a definir) • 26.10.2009- 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony

Literatura e Outras Artes - Prof. Doutor Jorge Fazenda Lourenço

• 30.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123

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• 07.12.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 14.12.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 04.1.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 11.1.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 18.1.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 25.1.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 01.2.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123

Estudos Inter-Artes - Mestre Alexandra Lopes

• 06.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 13.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 19.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 20.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 27.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 03.11.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 10.11.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 17.11.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124

Opções Mestrado em Estudos de Cultura – Estudos Inter-Artes Disciplinas – Docentes - Calendário Académico - Biénio 2009/2011 1º Semestre – Horário Nocturno Laboratório Multimedia 3D - Dr. Gonçalo Silva

• 30.9.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 07.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 14.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 21.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 28.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 04.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 11.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 18.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331

Programação e Gestão Cultural - Dr. António Pinto Ribeiro

• 14.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 21.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 28.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 04.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 25.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 02.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 09.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 16.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125

Media e Género - Prof. Doutora Ana Costa Lopes

• 30.9.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 7.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 14.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 21.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124

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• 28.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 4.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 11.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 18.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124

História e Estética do Cinema - Prof. Carlos Capucho

• 24.9.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 01.10.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 08.10.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 15.10.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 29.10.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 05.11.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 12.11.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 19.11.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony

Mestrado em Estudos de Cultura Disciplinas – Docentes - Calendário Académico - Biénio 2009/2011 2º Semestre – Horário Nocturno 2º Ano

Seminário de Investigação II - Prof. Carlos Capucho • 23.2.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 09.3.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 23.3.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 13.4.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 27.4.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 11.5.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 25.5.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 08.6.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124

Mestrado em Estudos de Cultura – Estudos Inter-Artes Disciplinas – Docentes - Calendário Académico - Biénio 2009/2011 2º Semestre – Horário Nocturno 1º Ano Teorias da Representação - Profª Doutora Adriana Martins

• 23.2.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 02.3.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 09.3.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 16.3.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 23.3.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 13.4.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 20.4.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 27.4.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123

Cultura Visual - Profª Doutora Isabel Capeloa Gil

• 11.2.2010 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 18.2.2010 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica

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• 25.2.2010 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 04.3.2010 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 11.3.2010 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 25.3.2010 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 15.4.2010 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 22.4.2010 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica

Arte e Técnica do Séc. XX - Prof. Doutor Peter Hanenberg

• 22.2.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 01.3.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 08.3.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 15.3.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 22.3.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 12.4.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 19.4.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 26.4.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123

Doutoramento em Estudos de Cultura Disciplinas – Docentes - Calendário Académico - Triénio 2009/2012 1º Semestre – Horário Nocturno 1º Ano Teorias da Cultura - Profª Doutora Luísa Leal de Faria

• 15.12.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 16.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Timor • 05.1.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 12.1.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 19.1.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 26.1.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 02.2.2010 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 03.2.2010 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Timor

Questões de Estudos de Cultura - Prof. Doutor Ansgar Nünning

• 21.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Timor • 22.10.2009 - 5ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Timor • 23.10.2009 - 6ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony • 24.10.2009 - Sábado, das 10h00 às 13h00, na Sala Exp. Missionária • 24.10.2009 - Sábado, das 14h30 às 17h30, na Sala (a definir) • 26.10.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala Sony

Modernidade e Literatura - Prof. Doutor Jorge Fazenda Lourenço

• 21.9.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 28.9.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 12.10.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 02.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 09.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 16.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 23.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 24.11.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124

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2º e 3ºs Anos Seminário de Investigação I/III - Profª Doutora Isabel Capeloa Gil

• 21.9.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 19.10.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Timor • 26.10.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Timor • 02.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 422 • 16.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Timor • 30.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 07.12.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Científica • 14.12.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala S. Timor

Opções Doutoramento em Estudos de Cultura Disciplinas – Docentes - Calendário Académico - Triénio 2009/2012 1º Semestre – Horário Nocturno Literatura e Outras Artes - Prof. Doutor Jorge Fazenda Lourenço

• 30.11.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 07.12.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 14.12.2009 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 04.1.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 11.1.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 18.1.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 25.1.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123 • 01.2.2010 - 2ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 123

Estudos Inter-Artes - Mestre Alexandra Lopes

• 06.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 13.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 19.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 20.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 27.10.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 03.11.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 10.11.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 17.11.2009 - 3ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124

Laboratório Multimedia 3D - Dr. Gonçalo Silva

• 30.9.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 07.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 14.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 21.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 28.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 04.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 11.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331 • 18.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 331

Programação e Gestão Cultural - Dr. António Pinto Ribeiro

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• 14.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 21.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 28.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 4.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 25.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 02.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 09.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125 • 16.12.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 125

Media e Género - Prof. Doutora Ana Costa Lopes

• 30.9.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 7.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 14.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 21.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 28.10.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 4.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 11.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124 • 18.11.2009 - 4ª feira, das 18h30 às 21h30, na Sala 124

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Leccionação 2009/10 1. Mestrado em Estudos de Cultura 2º Ano – Biénio 2008/2010 1º Semestre

Seminário Sem. ECTS Docente Seminário de Investigação I 1.º 6 Peter Hanenberg Dissertação Anual 48

2º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Seminário de Investigação II 2.º 6 Carlos Capucho Dissertação Anual 48

2. Mestrado em Estudos de Cultura — Estudos Inter-Artes 1º Ano 1º Semestre

Seminário Sem. ECTS Docente Teorias da Cultura 1.º 6 Luísa Leal Faria Questões de Estudos de Cultura* 1.º 6 Ansgar Nünning Estudos Inter-Artes 1.º 6 Alexandra Lopes Literatura e Outras Artes 1.º 6 Jorge Fazenda Lourenço Optativa I: 1.º

* Questões de Estudos de Cultura será dado em bloco 2º Semestre

Seminário Sem. ECTS Docente Teorias da Representação 2.º 6 Adriana Martins Cultura Visual 2.º 6 Isabel Capeloa Gil Arte e Técnica no século XX 2.º 6 Peter Hanenberg Optativa II: 2º Optativa III: 2º

** Questões de Estudos de Cultura será dado em bloco 3. Opções 1º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Laboratório Multimedia 3D 1.º 6 Gonçalo Silva Programação e Gestão Cultural 1º 5 António Pinto Ribeiro Media e Género 1º 6 Ana Costa Lopes História e Estética do Cinema 1º 6 Carlos Capucho 2º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Ateliê de Novas Tecnologias 2.º 6 Gonçalo Silva Discursos da Lei na Cultura Contemporânea 2º 6 Isabel Capeloa Gil

Globalização e Cultura Contemporânea** 2.º 6 Néstor García Canclini Adriana Martins

** Questões de Estudos de Cultura será dado em bloco Atenção - Para além destas opções, ou em substituição destas, os alunos poderão escolher outras disciplinas,

de outros Mestrados da FCH, desde que não criem sobreposições com as disciplinas obrigatórias do seu

próprio Mestrado. Deverão ter atenção aos ECTS das disciplinas escolhidas.

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1. Doutoramento em Estudos de Cultura 1º Ano – Triénio 2009/2012 1º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Teorias da Cultura 1.º 6 Luísa Leal Faria Questões de Estudos de Cultura* 1.º 6 Ansgar Nünning Modernidade e Literatura 1.º 6 Jorge Fazenda Lourenço Optativa I: 1.º * Questões de Estudos de Cultura será dado em bloco 2º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Teorias da Representação 2.º 6 Adriana Martins Cultura Visual 2.º 6 Isabel Capeloa Gil

Globalização e Cultura Contemporânea** 2.º 6 Néstor García Canclini Adriana Martins

Optativa II: 2º ** Globalização e Cultura Contemporânea será dado em bloco 2º Ano – Triénio 2008/2011 1º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Seminário de Investigação I 1.º 6 Isabel Capeloa Gil Tese (Redacção) Anual 108 Optativa III: 1º 2º Ano 2º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Seminário de Investigação II 2.º 6 Peter Hanenberg Tese (Redacção) Anual 108 Optativa IV: 2.º 3º Ano – Triénio 2007/2010 1º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Seminário de Investigação III 1.º 6 Isabel Capeloa Gil Tese (Redacção) Anual 108

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3º Ano 2º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Seminário de Investigação IV 2.º 6 Peter Hanenberg Tese (Redacção) Anual 108 2. Opções 1º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Laboratório Multimedia 3D 1.º 6 Gonçalo Silva Programação e Gestão Cultural 1º 5 António Pinto Ribeiro Media e Género 1º 6 Ana Costa Lopes Estudos Inter-Artes 1.º 6 Alexandra Lopes Literatura e Outras Artes 1.º 6 Jorge Fazenda Lourenço História e Estética do Cinema 1º 6 Carlos Capucho 2º Semestre Seminário Sem. ECTS Docente Ateliê de Novas Tecnologias 2.º 6 Gonçalo Silva Discursos da Lei na Cultura Contemporânea 2º 6 Isabel Capeloa Gil Atenção - Para além destas opções, ou em substituição destas, os alunos poderão escolher outras disciplinas,

de outros Mestrados da FCH, desde que não criem sobreposições com as disciplinas obrigatórias do

seu próprio Mestrado. Deverão ter atenção aos ECTS das disciplinas escolhidas.

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REGRAS DE ELABORAÇÃO DE UMA

DISSERTAÇÃO OU TESE DE PÓS-GRADUAÇÃO

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FCH – NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE UMA DISSERTAÇÃO OU TESE DE PÓS-GRADUAÇÃO

• Dimensão

Mestrado (Dissertação): 200 mil caracteres, sem espaços, não abrangendo índices, anexos, fontes

e bibliografia.

Doutoramento (Tese): 600 mil caracteres, sem espaços, não abrangendo índices, anexos, fontes e

bibliografia.

• Estrutura e organização

A Dissertação de Mestrado e a Tese de Doutoramento têm obrigatoriamente uma Introdução e

uma Conclusão, bem como uma Bibliografia, e são divididas em Capítulos, podendo estes estar

agrupados em Partes.

A Introdução e a Conclusão têm uma dimensão menor do que a dimensão média dos capítulos, e

a segunda deve ser menor do que a primeira.

As Partes (facultativas) seguem a numeração romana (I, II, III).

Os Capítulos seguem a numeração árabe (1, 2, 3).

Os Sub-Capítulos ou Secções e todas as suas divisões são também numerados (1.1, 1.2, 1.2.1).

A dissertação e a tese podem ter Apêndices ou Anexos, os quais serão ordenados por ordem

alfabética (A, B, C).

As Notas seguem a numeração árabe (1, 2, 3).

A Bibliografia identifica o autor, o ano da edição (e o ano da primeira edição, caso sejam

distintos), o título da obra, a editora e o local, sendo as obras ordenadas por ordem alfabética, pelo

apelido dos autores. Exemplificando:

Livros : apelido, nome próprio (data), Título, local: editora: Castells, Manuel (1989), The Informational City, Oxford: Blackwell.

Capítulo de livro: apelido, nome próprio (data), «Título do Capítulo», apelido, nome próprio (autor do livro) Nome do Livro, local: editora, páginas:

Featherstone, Mike (2001), “Culturas Globais e Cult uras Locais”, Carlos Fortuna (org.), Cidade Cultura e Globalização , Oeiras: Celta, pp. 83-103.

Artigo de publicação periódica: apelido, nome próprio (data), «Título do Artigo», Nome da Revista, número, local: editora, páginas:

Mateus, Osório (1993), «O Título Roubado», Românica, 27, Lisboa: Cosmos, pp. 317-321.

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As entradas de diferentes obras do mesmo autor, se publicadas no mesmo ano, devem ser

distinguidas com letras: Brown (1990a), Brown (1990b).

Todas as citações de texto mencionam apenas o apelido do autor (salvo casos de apelido

idêntico), o ano da obra (da edição efectivamente citada) e a respectiva página (Castells, 1989: 13).

As simples referências (sem citação de texto) mencionam apenas o nome do autor e o ano da

obra (cf. Castells, 1989).

A dissertação e a tese têm a seguinte estrutura (os elementos a negro são obrigatórios):

Capa (cf. Regulamento de Doutoramento da FCH) 1.ª página (cf. Regulamento de Doutoramento da FCH) Resumo / Abstract Dedicatória Agradecimentos Índices Prefácio

Introdução Capítulos (agrupados ou não em Partes) Conclusão Bibliografia Notas Finais Anexos

• Paginação do texto

Fonte: Times 12 (excepto citações com mais de 3 linhas e notas de rodapé).

Espaçamento: 1,5.

Margens: 3 cm em todas, excepto na margem direita com 2,5 cm.

Entre parágrafos: deixar uma linha de espaçamento ou recolher a primeira linha de cada

parágrafo (0,7 ou 1 cm);

Citações até 3 linhas: no corpo do próprio texto;

Citações com mais de 3 linhas: Times 11, a 1 espaço, recolhidas nas duas margens em 1 cm face

ao texto principal;

Notas de pé de página ou de rodapé: Times 10, a 1 espaço, na própria página a que dizem

respeito.

Bibliografia: Times 12 e 1,5 espaços.

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REGULAMENTO GERAL DE DOUTORAMENTO

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS

Regulamento Geral dos Doutoramentos da Faculdade de Ciências Humanas

[PROVISÓRIO]

PREÂMBULO

1. A Universidade Católica Portuguesa tem como uma das suas preocupações fundamentais a

preparação de elites para a sociedade civil e a realização da excelência na investigação, sempre na

busca do progresso do conhecimento nas diversas áreas em que ministra formação.

2. A par das Licenciaturas, a formação ao longo da vida e a especialização da aprendizagem em diálogo

com o mercado de trabalho têm vindo a assumir uma relevância cada vez maior no quadro das

universidades portuguesas. Para muitos, o aprofundamento de conhecimentos, o alargamento de

perspectivas culturais ou a obtenção de capacidades científicas específicas constitui aspiração natural

de um projecto de vida, podendo, em diversos casos, ter uma aplicação profissional mais ou menos

imediata. A isso se soma o facto de a qualificação do corpo docente, com vista a uma expectável

progressão na carreira académica, exigir, por norma, a frequência e conclusão de graus de ensino

superiores à Licenciatura. Deve, assim, a Faculdade de Ciências Humanas, enquanto unidade

pluridisciplinar da Universidade Católica Portuguesa, proporcionar, nas áreas de conhecimento nela

cultivadas, a possibilidade do prosseguimento de estudos conducentes à obtenção dos graus académicos

de Mestre e de Doutor, não apenas para os seus próprios docentes mas para todos os alunos

interessados.

3. O cumprimento deste objectivo enquadra-se, aliás, nos objectivos gerais traçados para o ensino

superior dos próximos anos, de garantir a qualificação dos portugueses no espaço europeu, melhorar a

qualidade e a relevância das formações oferecidas, e fomentar a mobilidade dos estudantes e

diplomados e a internacionalização das formações, por forma a criar parcerias internacionais, geradoras

de sinergias entre as instituições e optimizadoras da utilização dos recursos humanos e materiais

existentes.

4. Em face dos considerandos precedentes, e no cumprimento do Decreto-Lei 74/2006 de 24 de Março,

que transpõe para o ensino superior português a aplicação do Processo de Bolonha, o presente

Regulamento Geral tem por intenção fixar as normas gerais que devem reger o funcionamento geral

dos Doutoramentos a ministrar na FCH.

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5. Para efeitos do disposto no presente regulamento, entende-se por:

a) «Unidade curricular de aprendizagem», a unidade de ensino com objectivos de formação próprios

(seminário, cadeira, sessão de orientação pessoal de tipo tutorial, conferências ou outras), que é objecto

de inscrição administrativa e de avaliação traduzida numa classificação final;

b) «Plano de estudos de um curso», o conjunto organizado de unidades curriculares de aprendizagem

em que o aluno deve ser aprovado para reunir todas as condições para a obtenção do grau académico a

que se candidata;

c) «Duração normal de um ciclo de estudos», o número de anos ou semestres em que o ciclo de estudos

deve ser realizado pelo aluno;

d) «Crédito», a unidade de medida do trabalho do aluno sob todas as suas formas (sessões de ensino

colectivo, sessões de orientação individual, trabalho de campo, investigação e tempo de estudo), cuja

atribuição e contabilização visa assegurar aos alunos condições de formação e de integração

profissional similares, em duração e conteúdo, às dos restantes Estados que integram o espaço europeu.

O sistema ECTS pressupõe, consequentemente, a adopção, em cada área de formação, de um número

de créditos e de um limite de duração que não sejam diversos dos aplicados em instituições de

referência do ensino superior daquele espaço, e em áreas similares.

e) «Condições de acesso», as condições gerais que devem ser satisfeitas para requerer a admissão a um

ciclo de estudos;

f) «Condições de ingresso», as condições específicas que devem ser satisfeitas para requerer a

admissão a um ciclo de estudos concreto num determinado estabelecimento de ensino.

TÍTULO I

Disposições Gerais

Artigo 1.º

(Grau de Doutor)

1. A Universidade Católica Portuguesa, através da Faculdade de Ciências Humanas, confere o grau de

Doutor nas diferentes áreas científicas sob tutela da Faculdade, nos termos do presente Regulamento.

2. O grau de Doutor é conferido numa área de especialidade, no termo de uma especialização de

natureza académica com recurso a actividade de investigação individual, aos que demonstrem:

a) Capacidade de compreensão sistemática num domínio científico de estudo, envolvendo os

conhecimentos teóricos e as competências de investigação a ele associados;

b) Capacidade para conceber, projectar e realizar uma investigação significativa e apresentando uma

tese original que respeite as exigências impostas pelos padrões de qualidade e integridade académicas;

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c) Capacidade para comunicar com os seus pares, restante comunidade académica e a sociedade em

geral sobre a área em que são especializados;

d) Capacidade de, numa sociedade multidisciplinar baseada no conhecimento, promover, em contexto

académico e/ou profissional, o progresso cultural, social e tecnológico.

Artigo 2.º

(Áreas de Especialização)

O grau de Doutor é conferido no âmbito das áreas científicas de especialidade existentes no interior da

orgânica da Faculdade de Ciências Humanas, aprovadas pelo Conselho Científico da mesma, enquanto

órgão legal e estatutariamente competente para o efeito.

Artigo 3.º

(Condições Gerais de Acesso)

1. Podem candidatar-se ao ciclo de estudos conducente ao grau de Doutor os titulares de uma

licenciatura, preferencialmente em área afim à especialidade a que o candidato se propõe, em conjunto

com a titularidade de um curso de Mestrado ou, em alternativa, a titularidade de uma licenciatura,

também preferencialmente em área afim à especialidade a que o candidato se propõe, com a

classificação mínima de 16 valores.

2. Podem ser igualmente admitidos candidatos aos cursos de Doutoramento que não satisfaçam os

requisitos estabelecidos nos números anteriores, mas que sejam detentores de um currículo científico,

escolar ou profissional que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização do ciclo de

estudos a que se propõem.

3. A admissão de candidatos ao grau de Doutor obrigará sempre a entrevista e à elaboração de um

parecer informativo por parte da coordenação da respectiva Área Científica, a endereçar à Direcção da

FCH, que tomará a decisão final.

4. Nenhum candidato poderá inscrever-se em mais de um curso de Doutoramento simultaneamente,

quer dentro da Faculdade de Ciências Humanas quer acumulando com a frequência noutra Faculdade

da Universidade Católica ou noutra Universidade.

Artigo 4.º

(Composição dos Cursos)

1. Os Cursos de Doutoramento integram:

a) Um curso de especialização, constituído por um conjunto organizado de unidades curriculares de

aprendizagem, que forma a parte escolar ou lectiva;

b) Uma tese de natureza científica, original e especialmente realizada para este fim, e adequada à

natureza do ramo de conhecimento ou da especialidade de cada curso;

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2. Os cursos de especialização, ou partes lectivas, podem compreender uma fase comum ao

Doutoramento e a um curso de Mestrado, ou funcionarem de forma separada, sempre que a

especificidade das unidades curriculares de aprendizagem o justifique.

3. Os cursos de especialização, ou partes lectivas, organizam-se segundo o sistema de unidades de

crédito (ECTS), devendo a parte lectiva do Doutoramento totalizar um mínimo de 60 ECTS.

4. À tese de Doutoramento é atribuída uma creditação máxima de 120 ECTS.

5. Salvo nos casos das prorrogações previstas no número 2 do art. 16.º, e no caso da suspensão de

prazos prevista no art.º 27, do presente Regulamento, a duração total dos ciclos de estudos não deverá

ultrapassar seis semestres lectivos (três anos escolares).

6. O ciclo de estudos conducente ao grau de Doutor corresponderá a 180 ECTS.

Artigo 5.º

(Parte Escolar e Docentes)

1. A parte curricular dos Doutoramentos será preenchida por um plano de estudos preparado por cada

Área Científica da Faculdade e aprovado pelo Conselho Científico.

2. Os planos de estudos dos cursos referidos no número anterior incluirão seminários, cadeiras, ciclos

de conferências ou outras unidades curriculares de aprendizagem julgadas úteis.

3. A leccionação de qualquer uma das unidades curriculares de aprendizagem poderá ser ministrada em

língua estrangeira.

4. Cada um dos cursos de Doutoramento terá um coordenador científico, que poderá fazer-se coadjuvar

por um co-coordenador ou por um coordenador pedagógico.

5. O coordenador científico terá a seu cargo a organização do plano de estudos da parte lectiva, a

escolha do corpo docente e a supervisão geral do funcionamento do curso, respondendo, em todos estes

aspectos, perante a Direcção da FCH, a quem competirão sempre as decisões finais.

6. As tarefas de coordenação competirão sempre a um professor da FCH em regime de tempo integral

ou dedicação plena.

7. O corpo docente recrutado para os cursos deverá pertencer, em regra, à FCH, sem prejuízo de

algumas unidades curriculares de aprendizagem poderem ser ministradas por docentes especialmente

convidados para o efeito.

Artigo 6.º

(Regime de Presencialidade)

1. Aplica-se à frequência da parte escolar dos cursos de Doutoramento o disposto no Regulamento

Geral da Universidade Católica sobre avaliação contínua e presencialidade.

2. O número de faltas injustificadas dado a cada uma das unidades de aprendizagem estipuladas no

plano de estudos (seminários ou cadeiras), não deverá exceder 1/3 do total leccionado.

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3. As faltas dadas pelos alunos poderão ser justificadas nos casos e pelos meios previstos pela Direcção

da Faculdade de Ciências Humanas.

Artigo 7.º

(Avaliação)

1. O regime de avaliação de cada unidade curricular de aprendizagem é fixado entre a Coordenação

Científica de cada curso e os diferentes docentes que nele leccionam, devendo adaptar-se às

especificidades dos conteúdos leccionados.

2. Sem prejuízo no disposto no número anterior, os alunos deverão ser avaliados na oralidade e na

escrita, devendo haver pelo menos um elemento escrito (teste, relatório, trabalho, ficha de leitura, ou

outro), no final de cada unidade curricular de aprendizagem.

3. As classificações finais das unidades curriculares de aprendizagem são expressas na escala numérica

de 0 a 20.

4. Nos cursos de Doutoramento não há lugar à realização de exames complementares ou de recurso.

Artigo 8.º

(Prazos para publicação das classificações da parte escolar)

Os docentes das diferentes unidades curriculares de aprendizagem dos cursos de Doutoramento deverão

publicar as notas finais em pauta, impreterivelmente até 31 de Março, no caso do semestre de Inverno,

e 15 de Setembro, no caso do semestre de Verão.

Artigo 9.º

(Emolumentos e Propinas)

1. A frequência dos cursos de Doutoramento obriga ao pagamento das taxas previstas para candidaturas

e inscrições, bem como ao pagamento de uma propina mensal, quer durante o período curricular quer

durante a elaboração da tese. No caso dos doutoramentos não escolarizados esta propina poderá ser

uma anuidade, cujo valor é fixado anualmente.

2. Os montantes destes emolumentos e propinas são fixados anualmente pela Reitoria e aprovados pelo

Conselho Superior da UCP.

3. A propina mensal é paga 10 vezes por cada ano lectivo, de Outubro a Julho, independentemente da

data efectiva de início e termo das aulas ou seminários de orientação metodológica com vista à

elaboração da tese.

4. De modo a adequar o pagamento à modalidade de frequência de créditos, a Direcção da FCH irá

implementar um sistema de pagamento da mensalidade de acordo com os créditos a frequentar pelos

doutorandos.

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5. A taxa anual de inscrição e a propina mensal são devidas ao longo de toda a frequência da parte

escolar do curso de Doutoramento e até ao momento da entrega da tese por parte do candidato,

independentemente de esse acto ocorrer dentro dos prazos normais previstos, ou no termo do usufruto

das prorrogações previstas no número 2 do art.º 16.

6. O disposto no número anterior não se aplica apenas se, e quando, a entrega da tese ocorra até ao final

do mês de Setembro, caso em que se considera que o candidato terminou os seus trabalhos no ano

lectivo finalizado no mês de Julho anterior, ficando dispensado do pagamento da inscrição para o novo

ano lectivo.

7. Se a entrega da tese prevista no número anterior não ocorrer até ao final do mês de Setembro, o

candidato terá de liquidar, com multa, a taxa anual de inscrição para o novo ano lectivo, e pagar

propina mensal até à efectivação daquela entrega.

8. Não são concedidas quaisquer reduções sobre as taxas de candidatura ou de inscrição anual nos

cursos de Doutoramento.

Artigo 10.º

(Condições Gerais de Aprovação na Parte Lectiva)

1. Consideram-se aprovados na parte lectiva do Doutoramento todos os alunos que, sem exclusão por

faltas, obtenham um mínimo de 60 créditos ECTS, com média de 14 valores no conjunto das unidades

curriculares de aprendizagem.

2. A aprovação na parte lectiva do Doutoramento é titulada com um Diploma de Estudos Avançados e

constitui requisito obrigatório para a admissão à fase de elaboração da tese conducente ao grau de

Doutor.

TITULO II

Doutoramento

Artigo 11.º

(Condições de obtenção do grau de Doutor)

1. A obtenção do grau de Doutor em qualquer uma das áreas científicas da Faculdade de Ciências

Humanas pressupõe a aprovação na parte lectiva, nos termos do n.º 1 do art. 10º, nas áreas científicas

que para tal efeito constituam Cursos de Doutoramento e a elaboração, discussão e aprovação, em acto

público, de uma tese de Doutoramento na área de especialidade.

2. No caso dos doutoramentos não escolarizados, a obtenção do grau de Doutor pressupõe apenas a

elaboração, discussão e aprovação, em acto público, de uma tese de Doutoramento na área de

especialidade.

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3. A tese de Doutoramento deverá ser original e representar um contributo elevado e original para a

compreensão de uma matéria situada numa determinada área científica, produzindo, por essa via, um

avanço significativo dos conhecimentos nessa área de especialização.

4. A tese de Doutoramento não deverá ter uma extensão superior a 600 mil caracteres, sem espaços, e

não abrangendo índices, anexos, fontes e bibliografia.

5. Na redacção da tese de Doutoramento, o candidato deverá ter presente e cumprir as regras gerais de

citação em uso na Faculdade de Ciências Humanas (Anexo I).

6. A tese de Doutoramento deverá ser apresentada impressa ou policopiada, devendo a apresentação da

capa e da 1.ª página obedecer ao modelo em anexo (Anexo II).

7. A tese é obrigatoriamente acompanhada de um resumo até 400 palavras, em português e inglês.

8. Podem ser indeferidas liminarmente as teses que não cumpram os limites e requisitos estabelecidos

nos números 3 a 6 deste artigo.

Artigo 12.º

(Processo de Admissão)

1. No Doutoramento sem parte curricular, o candidato deve apresentar um requerimento dirigido ao

Conselho Científico, indicando o tema de tese que se propõe apresentar e o nome do(s) professor(es)

orientador(es) escolhido(s) (num máximo de dois), ou pedir ao Conselho Científico a designação de um

(ou dois) orientador(es).

2. Em anexo ao requerimento de admissão, cada candidato deverá juntar o curriculum vitae (com

documentação comprovativa de que o candidato reúne as condições de habilitação académica para a

candidatura ao grau), o plano provisório do trabalho de investigação a realizar (com indicação dos seus

fundamentos científicos, metodologia, bibliografia, calendarização e previsíveis objectivos), e a

declaração de aceitação e parecer científico sobre o projecto de tese do orientador, ou orientadores

(num máximo de dois) proposto(s).

3. O Conselho Científico terá até 60 dias após a recepção da candidatura para deliberar sobre a

admissão e as condições de preparação da tese.

4. Entre as condições mencionadas no número anterior, compete ao Conselho Científico nomear um

dos seus membros para assegurar as funções de ligação entre aquele órgão e o(s) orientador(es), quando

que este(s) seja(m) exterior(es) à Universidade Católica Portuguesa.

5. Ao candidato é dado conhecimento por escrito da decisão do Conselho Científico, devendo uma

eventual recusa ser devidamente fundamentada.

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6. A apresentação do requerimento de registo de tema ao Conselho Científico da Faculdade de Ciências

Humanas, para os candidatos com frequência de Curso de Doutoramento, deve respeitar os seguintes

preceitos:

a) O candidato deve preencher os critérios do ponto 1 do Art. 10º.

b) Para efeitos de registo, o projecto deverá ser apresentado ao coordenador do curso de Doutoramento

após a publicação da última nota obtida em parte curricular. Este nomeará de entre os docentes do

curso de Doutoramento dois relatores, que emitirão parecer sobre o projecto.

c) O pedido de registo de tema deve ser apresentado ao Conselho Científico até 60 dias após a

publicação da última classificação obtida na parte curricular, anexando o parecer do orientador e dos

dois relatores, referidos na alínea anterior.

d) Uma vez aprovado registo, o desenvolvimento do projecto será posteriormente apresentado pelo

candidato, durante o 2.º ano de inscrição, e discutido em sessão pública marcada pelo coordenador do

Curso de Doutoramento, com todos os professores que nele leccionaram. Desta sessão será lavrada uma

Acta.

e) Caso a especialidade do projecto de tese o exija, poderá ser requerido um parecer a um professor

especialista na matéria de outra Universidade portuguesa ou estrangeira. Este especialista poderá

também tomar parte na discussão pública do projecto.

7. A discussão pública referida no ponto 6, alínea d, deste artigo é igualmente exigida aos candidatos a

Doutoramento sem parte curricular. Neste caso, caberá ao Coordenador da Área organizar a discussão

científica do desenvolvimento do projecto de tese.

Artigo 13.º

(Orientador)

1. Na elaboração da tese, cada candidato é orientado, em regra por um professor doutorado da

Faculdade de Ciências Humanas, a designar no prazo máximo de 30 dias subsequente à apresentação

do requerimento de admissão à preparação da mesma.

2. O Conselho Científico pode admitir, a pedido do candidato ou sempre que não houver na Faculdade

de Ciências Humanas, doutores especialistas na temática da tese a apresentar, que a orientação seja

assegurada por um professor de outra Faculdade da Universidade Católica, ou de outra Universidade,

(portuguesa ou estrangeira), ou de um especialista de mérito reconhecido como tal.

3. O Conselho Científico poderá aceitar projectos de tese com dois orientadores, sendo recomendável,

que, nestes casos, um deles seja docente da Faculdade de Ciências Humanas.

4. Quando os dois orientadores propostos forem exteriores à Faculdade de Ciências Humanas, deve

assegurar-se o cumprimento do disposto no número 4 do Art. 12.º.

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5. A designação do orientador, ou orientadores, é feita pelo Conselho Científico, a requerimento do

candidato, mediante prévio assentimento do(s) professor(es) orientador(es) escolhido(s).

Artigo 14.º

(Orientação)

1. A orientação deve basear-se no princípio e na prática da liberdade intelectual e académica.

2. Ao professor orientador competirá acompanhar efectivamente o candidato na sua investigação e

elaboração da tese, nos termos livremente combinados entre os dois, assegurando ao doutorando o

direito deste às suas opções científicas.

3. O doutorando deve, sem prejuízo da liberdade de investigar, manter o professor orientador

regularmente informado sobre a evolução dos seus trabalhos.

4. O professor orientador mantém, em todo o tempo, o direito de renunciar à orientação do candidato,

por incumprimento de algum dos deveres deste.

5. Querendo exercer o direito de renúncia previsto no ponto anterior, o professor orientador deverá

dirigir requerimento fundamentado ao Conselho Científico, que deverá providenciar a sua substituição.

6. No caso de se tratar de um projecto de tese com dois orientadores, o Conselho Científico pode

deliberar pela não substituição do professor que exerceu o seu direito de renúncia, mantendo-se apenas

um orientador em funções.

Artigo 15.º

(Mudança de Tema ou de Orientador)

1. É admitida a mudança de tema da tese, a requerimento do candidato, acompanhado de um parecer

do(s) professor(s) orientador(es).

2. É igualmente admitida a mudança de orientador, a requerimento fundamentado do candidato,

devendo então o Conselho Científico providenciar a sua substituição.

3. No caso de se tratar de um projecto de tese com dois orientadores, o Conselho Científico pode

deliberar pela não substituição do professor cuja exclusão foi requerida pelo aluno, mantendo-se apenas

um orientador em funções.

4. A mudança de tema ou de orientador não dá lugar a qualquer prorrogação do prazo para

apresentação da tese.

Artigo 16.º

(Prazos para a entrega da Tese)

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1. O prazo para a entrega da tese é de 6 semestres após a data de admissão ao curso de Doutoramento, e

de 3 anos após o registo do tema, no caso de Doutoramentos não escolarizados.

2. Excepcionalmente, a requerimento do candidato, o Conselho Científico pode prorrogar o prazo de

entrega da tese até ao prazo máximo de dois anos.

3. Os requerimentos para prorrogação do prazo de entrega da tese deverão chegar ao Presidente do

Conselho Científico acompanhados de um parecer do(s) professor(es) orientador(es), sem o que

deverão ser liminarmente recusados.

Artigo 17.º

(Requerimento de admissão à prestação de provas)

1. O requerimento de admissão à prestação de provas de Doutoramento é apresentado na Direcção da

Faculdade de Ciências Humanas, acompanhado de 10 exemplares da tese e 10 exemplares do

curriculum vitae do candidato.

2. A discussão pública da tese deverá realizar-se até nove meses a contar da data da entrega da tese por

parte do candidato.

Artigo 18.º

(Deliberação sobre a admissão à prestação de provas)

O Conselho Científico reúne-se, até 30 dias após a apresentação do requerimento mencionado no artigo

anterior, para propor ao Reitor a nomeação dos membros do júri.

Artigo 19.º

(Designação do Júri)

O Reitor nomeará o júri por despacho, que deverá ser comunicado ao candidato, por escrito, no prazo

de 5 dias, e afixado em local público da Faculdade de Ciências Humanas.

Artigo 20.º

(Composição do Júri)

1. O júri é constituído pelos seguintes elementos:

a) O Reitor, que preside por inerência, podendo fazer-se substituir por um dos Vice-Reitores;

b) O(s) orientador(es);

c) Doutores da Faculdade de Ciências Humanas ou da Universidade Católica Portuguesa que leccionem

na área científica de especialidade da tese, até ao máximo de quatro;

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d) Dois doutores especialistas na área científica de especialidade da tese provenientes de outra

Universidade, portuguesa ou estrangeira.

e) Podem ainda fazer parte do júri especialistas não doutorados de reconhecida competência na área

científica em que se integra a tese.

2. No caso de os doutores mencionados na alínea c) não serem em número suficiente, o Reitor alargará

o número de elementos doutorados exteriores à Faculdade de Ciências Humanas, até um máximo de

quatro.

3. A totalidade do júri não deverá exceder oito membros (ou nove, no caso de serem dois os

orientadores), devendo, em regra, quatro desses membros ser provenientes da Faculdade de Ciências

Humanas ou de outra Faculdade da Universidade Católica Portuguesa.

Artigo 21.º

(Reuniões do Júri e marcação de data para a defesa da Tese)

1. No prazo de 90 dias contados após a sua nomeação, o júri reúne-se a fim de:

a) Proferir despacho sobre a aceitação da tese ou, em alternativa, recomendando ao candidato a sua

reformulação ou aperfeiçoamento, nos termos e com os efeitos previstos no artigo seguinte;

b) Distribuir o trabalho de arguição principal e proceder à marcação das provas de defesa pública da

tese dentro de um período de 60 a 120 dias.

2. Da arguição principal são encarregados dois membros do júri.

3. O(s) orientador(es) não pode(m) ser encarregado(s) da arguição.

Artigo 22.º

(Reformulação da Tese)

1. Na reunião de júri, este mediante deliberação fundamentada, pode propor a reformulação ou

aperfeiçoamento da tese.

2. Neste caso, o candidato disporá de 120 dias úteis para proceder à reformulação ou aperfeiçoamento

da tese, ou para declarar que pretende mantê-la inalterada.

3. Recebida a tese reformulada, ou a declaração referida no número anterior, o júri procederá a nova

marcação de data para discussão pública.

4. A nova data deverá situar-se até 90 dias após a recepção da tese reformulada ou da declaração

referida no número 2.

5. Considera-se que houve desistência do candidato se, esgotado o prazo referido no número 2, este não

apresentar a tese reformulada nem declarar que prescinde dessa faculdade.

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Artigo 23.º

(Prova pública de discussão da Tese)

1. A discussão da tese é pública e só pode realizar-se com a presença de uma maioria de 2/3 dos

membros do júri.

2. Compete ao presidente do júri estabelecer, antes do início das provas, a ordem das intervenções,

resolver quaisquer dúvidas, arbitrar eventuais contradições e velar para que os direitos de todas as

partes intervenientes sejam respeitados.

3. Antes do início da discussão, o candidato disporá de um período máximo de 20 minutos para

apresentação sintética da sua tese.

4. Cada arguição principal não pode exceder 30 minutos, cabendo ao candidato tempo igual ao de cada

arguente para a sua defesa.

5. Os membros do júri que não tenham sido arguentes principais podem também formular questões ou

observações, dispondo o candidato de tempo equivalente para responder.

6. A duração total da discussão pública não pode exceder três horas.

Artigo 24.º

(Deliberação do Júri)

1. O júri reúne-se, à porta fechada, após a discussão pública, para deliberar sobre o resultado final.

2. A votação é nominal e fundamentada, não sendo permitida a abstenção.

3. Em caso de empate, cabe ao Presidente do júri decidir, com voto de qualidade.

Artigo 25.º

(Resultado e classificação)

1. O resultado é expresso por Aprovado ou Não Aprovado.

2. Os candidatos aprovados são classificados com Aprovado (cum laude), Aprovado com distinção

(magna cum laude) e Aprovado com distinção e louvor (summa cum laude), admitindo-se ainda o uso

das expressões .por unanimidade ou por maioria.

3. Estas classificações são obtidas através de duas votações sucessivas, a primeira versando sobre a

aprovação/reprovação do candidato e a segunda, constatada a aprovação, sobre a classificação final a

atribuir ao candidato.

4. Terminadas as votações e apurado o resultado final da defesa pública da tese, o presidente do júri

comunicará de imediato ao candidato a sua classificação.

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Artigo 26.º

(Actas)

1. Das reuniões formais do júri e da prova final são lavradas actas.

2. Da acta da prova final constará o sentido dos votos emitidos por cada um dos elementos do júri, com

a respectiva fundamentação, que pode ser comum a todos ou a alguns membros do júri, e o resultado da

votação, sendo assinada por todos os membros do júri.

3. Das decisões do júri transcritas em Acta não há recurso possível, salvo em caso de preterição de

alguma formalidade legal ou processual.

TÍTULO III

Disposições Finais

Artigo 27.º

(Suspensão de prazos)

1. A contagem dos prazos para a entrega e para a defesa da tese de Doutoramento é suspensa nos

seguintes casos:

a) Prestação de serviço militar;

b) Doença grave e prolongada ou acidente grave do candidato, envolvendo internamento hospitalar ou

convalescença domiciliária;

c) Doença grave e prolongada, acidente grave ou morte de cônjuge do candidato ou de seu parente no

1.º grau da linha recta, que obrigue à prestação de assistência familiar por parte do candidato;

d) Exercício efectivo de uma das funções a que se refere o art.º 73.º do Decreto-Lei n.º 448/79, de 13 de

Novembro, ratificado, com alterações, pela Lei n.º 9/80, de 16 de Julho, ou de funções análogas.

2. O prazo de entrega das dissertações suspende-se por quatro meses, no caso de maternidade, e por um

mês, no caso de paternidade, sem prejuízo do disposto na lei geral sobre protecção da maternidade e da

paternidade.

3. A suspensão de contagem dos prazos nas situações previstas nos números 1 e 2 deste artigo deverá

ser solicitada pelo candidato até 30 dias após a verificação de qualquer das situações ali descritas,

mediante requerimento dirigido à Direcção da Faculdade de Ciências Humanas.

4. Aos casos de suspensão de contagem dos prazos previstos nos números 1 e 2 deste artigo

corresponde a suspensão do pagamento da propina mensal enquanto durar o impedimento legal do

candidato, mediante requerimento dirigido por este à Direcção da Faculdade de Ciências Humanas.

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5. Sempre que, nos termos deste regulamento, o prazo para uma deliberação do Conselho Científico, da

Direcção da Faculdade ou dos júris, ou o prazo de entrega da Tese, termine durante o período de férias

escolares de Verão, suspende-se até ao fim desse período.

Artigo 28.º

(Falta justificada do Candidato)

1. Se o candidato, por motivo justificado, faltar à prova pública de defesa da tese, serlhe-á marcada

nova data, a realizar entre 30 e 60 dias após a primeira data marcada.

2. Nestes casos, a justificação para a falta deverá ser apresentada pelo candidato, pessoalmente ou por

um seu representante, junto da Direcção da Faculdade, num prazo máximo de 5 dias.

3. A Direcção da Faculdade decidirá sobre a legitimidade da justificação.

Artigo 29.º

(Depósito legal)

Sem prejuízo do número de exemplares a entregar aquando do pedido de admissão da tese, fixado no

número 1 do art. 17.º, bem como do estabelecido no Regulamento Geral de Doutoramentos da UCP,

relativamente ao depósito legal, as teses de Doutoramento apresentadas e aprovadas na Faculdade de

Ciências Humanas obrigam os respectivos autores ao depósito de dois exemplares em formato digital, a

entregar na Biblioteca da Universidade.

Artigo 30.º

(Garantia de mobilidade e de creditação)

1. A mobilidade dos estudantes entre os estabelecimentos de ensino superior nacionais, do mesmo ou

de diferentes subsistemas, bem como entre estabelecimentos de ensino superior portugueses e

estrangeiros, é assegurada através do sistema europeu de transferência e acunulação de créditos, com

base no princípio do reconhecimento mútuo do valor da formação realizada e das competências

adquiridas.

2. Para o cumprimento do disposto no número anterior, e com vista a assegurar institucionalmente e a

proporcionar individualmente, a todos os seus candidatos, condições de transferência de processos

escolares, a Faculdade de Ciências Humanas pode creditar nos seus cursos de Doutoramento a

formação realizada, ao mesmo nível, em outros estabelecimentos de ensino superior, portugueses ou

estrangeiros, ou solicitar a creditação em outros estabelecimentos de ensino superior, portugueses ou

estrangeiros, da formação realizada num dos seus cursos de Doutoramento.

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Artigo 31.º

(Dúvidas)

As dúvidas suscitadas na interpretação e na aplicação do presente Regulamento serão resolvidas pela

Direcção da Faculdade de Ciências Humanas, a requerimento dos eventuais interessados.

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REGULAMENTO DO MESTRADO EM ESTUDOS DE

CULTURA

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS

MESTRADO EM ESTUDOS DE CULTURA

REGULAMENTO

PREÂMBULO

1. A Universidade Católica Portuguesa tem como uma das suas preocupações fundamentais a

preparação de elites para a sociedade civil e a realização da excelência na investigação, sempre na

busca do progresso do conhecimento nas diversas áreas em que ministra formação.

2. A par das Licenciaturas, a formação ao longo da vida e a especialização da aprendizagem em

diálogo com o mercado de trabalho têm vindo a assumir uma relevância cada vez maior no quadro

das universidades portuguesas. Para muitos, o aprofundamento de conhecimentos, o alargamento de

perspectivas culturais ou a obtenção de capacidades científicas específicas constitui aspiração

natural de um projecto de vida, podendo, em diversos casos, ter uma aplicação profissional mais ou

menos imediata. A isso se soma o facto de a qualificação do corpo docente, com vista a uma

expectável progressão na carreira académica, exigir, por norma, a frequência e conclusão de graus

de ensino superiores à Licenciatura.

3. Deve, assim, a Faculdade de Ciências Humanas, enquanto unidade pluridisciplinar da Universidade

Católica Portuguesa, proporcionar, nas áreas de conhecimento nela cultivadas, a possibilidade do

prosseguimento de estudos conducentes à obtenção do grau académico de Mestre, não apenas para

os seus próprios docentes mas para todos os alunos interessados.

4. O cumprimento deste objectivo enquadra-se, aliás, nos objectivos gerais traçados para o ensino

superior dos próximos anos, de garantir a qualificação dos portugueses no espaço europeu,

melhorar a qualidade e a relevância das formações oferecidas, e fomentar a mobilidade dos

estudantes e diplomados e a internacionalização das formações, de modo a criar parcerias

internacionais, geradoras de sinergias entre as instituições e optimizadoras da utilização dos

recursos humanos e materiais existentes.

5. Em face dos considerandos precedentes, e no cumprimento do Decreto-Lei 74/2006 de 24 de

Março, que transpõe para o ensino superior português a aplicação do Processo de Bolonha, o

presente Regulamento tem por intenção fixar as normas gerais que devem reger o funcionamento

geral do Mestrado em Estudos de Cultura a ministrar na FCH.

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6. Para efeitos do disposto no presente regulamento, entende-se por:

a) «Unidade curricular de aprendizagem», a unidade de ensino com objectivos de formação

próprios (seminário, cadeira, sessão de orientação pessoal de tipo tutorial, conferências ou

outras), que é objecto de inscrição administrativa e de avaliação traduzida numa classificação

final;

b) «Plano de estudos de um curso», o conjunto organizado de unidades curriculares de

aprendizagem em que o aluno deve ser aprovado para reunir todas as condições para a obtenção

do grau académico a que se candidata;

c) «Duração normal de um ciclo de estudos», o número de anos ou semestres em que o ciclo de

estudos deve ser realizado pelo aluno;

d) «Crédito», a unidade de medida do trabalho do aluno sob todas as suas formas (sessões de

ensino colectivo, sessões de orientação individual, trabalho de campo, investigação e tempo de

estudo), cuja atribuição e contabilização visa assegurar aos alunos condições de formação e de

integração profissional similares, em duração e conteúdo, às dos restantes Estados que integram

o espaço europeu. O sistema ECTS pressupõe, consequentemente, a adopção, em cada área de

formação, de um número de créditos e de um limite de duração que não sejam diversos dos

aplicados em instituições de referência do ensino superior daquele espaço, e em áreas similares.

e) «Condições de acesso», as condições gerais que devem ser satisfeitas para requerer a admissão

a um ciclo de estudos;

f) «Condições de ingresso», as condições específicas que devem ser satisfeitas para requerer a

admissão a um ciclo de estudos concreto num determinado estabelecimento de ensino.

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º

(Grau de Mestre)

1. A Universidade Católica Portuguesa, através da Faculdade de Ciências Humanas, confere o grau de

Mestre na área científica sob tutela da Faculdade, nos termos do presente Regulamento.

2. O grau de Mestre é conferido numa área de especialidade, no termo de uma especialização de

natureza académica com recurso a actividade científica individual, aos que demonstrem:

a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão a um nível que desenvolva e aprofunde os

conhecimentos obtidos no 1.º ciclo (Licenciatura) e que permite desenvolvimentos e/ou

aplicações originais em contexto de investigação autónoma;

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b) Saber aplicar os seus conhecimentos e capacidade de compreensão em contextos alargados e

multidisciplinares, que podem extravasar a sua área específica de estudo;

c) Integrar conhecimentos e desenvolver soluções em situações de informação limitada ou

incompleta, incluindo reflexões sobre as implicações e responsabilidades éticas e sociais que

resultem dessas soluções ou que as condicionem;

d) Dominar a linguagem da comunidade científica da sua área de saber e ser capaz de comunicar

as suas conclusões, e os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes a especialistas e não

especialistas, de forma clara e sem ambiguidades.

Artigo 2.º

(Áreas de Especialização)

O grau de Mestre é conferido no âmbito das áreas científicas de especialidade existentes no interior da

orgânica da Faculdade de Ciências Humanas, aprovadas pelo Conselho Científico da mesma, enquanto

órgão legal e estatutariamente competente para o efeito.

Artigo 3.º

(Condições Gerais de Acesso)

1. Podem candidatar-se ao ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre os titulares de uma

licenciatura, completada no mínimo com 180 ECTS.

2. Podem ser igualmente admitidos candidatos que não satisfaçam os requisitos estabelecidos no

número anterior, mas que sejam detentores de um currículo científico, escolar ou profissional que

seja reconhecido como atestando capacidade para a realização do ciclo de estudos a que se

propõem.

3. Nenhum candidato poderá inscrever-se em mais de um curso de Mestrado simultaneamente, quer

dentro da Faculdade de Ciências Humanas quer acumulando com a frequência noutra Faculdade da

Universidade Católica ou noutra Universidade.

4. A abertura do curso de Mestrado está limitada a um número mínimo de 10 candidatos.

Artigo 4.º

(Composição do Curso)

1. O Curso de Mestrado integra:

a) Um curso de especialização, constituído por um conjunto organizado de unidades curriculares

de aprendizagem, que forma a parte escolar ou lectiva;

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b) Uma dissertação de natureza científica, original e especialmente realizada para este fim, e

adequada à natureza do ramo de conhecimento ou da especialidade de cada curso;

2. O curso de especialização, ou partes lectivas, podem compreender uma fase comum ao Mestrado e

ao Doutoramento, ou funcionarem de forma separada, sempre que a especificidade das unidades

curriculares de aprendizagem o justifique.

3. O curso de especialização, ou partes lectivas, organizam-se segundo o sistema de unidades de

crédito (ECTS), totalizando a parte lectiva do Mestrado 60 ECTS, a que se somam 12 ECTS

relativos aos Seminários de Investigação.

4. À dissertação de Mestrado é atribuída uma creditação de 48 ECTS.

5. Salvo nos casos das prorrogações previstas no número 2 do art.º 18, e no caso da suspensão de

prazos prevista no art.º 45, do presente Regulamento, a duração total dos ciclos de estudos não

deverá ultrapassar quatro semestres lectivos (dois anos escolares).

6. O ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre terá 120 ECTS.

Artigo 5.º

(Parte Escolar e Docentes)

1. A parte curricular do Mestrado é preenchida por um plano de estudos preparado pela Área

Científica de Línguas e Literaturas da Faculdade e aprovado pelo Conselho Científico.

2. O plano de estudos do curso referido no número anterior inclui seminários, cadeiras, ciclos de

conferências ou outras unidades curriculares de aprendizagem julgadas úteis.

3. A leccionação de qualquer uma das unidades curriculares de aprendizagem pode ser ministrada em

língua estrangeira.

4. O curso de Mestrado tem um coordenador científico, que pode fazer-se coadjuvar por um

coordenador pedagógico.

5. O coordenador científico tem a seu cargo a organização do plano de estudos da parte lectiva, a

escolha do corpo docente e a supervisão geral do funcionamento do curso, respondendo, em todos

estes aspectos, perante a Direcção da FCH, a quem competirão sempre as decisões finais.

6. As tarefas de coordenação competem sempre a um professor doutorado da FCH em regime de

tempo integral ou dedicação plena.

7. O corpo docente recrutado para os cursos deve pertencer, em regra, à FCH, sem prejuízo de

algumas unidades curriculares de aprendizagem poderem ser ministradas por docentes

especialmente convidados para o efeito.

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Artigo 6.º

(Regime de Presencialidade)

1. Aplica-se à frequência da parte escolar do curso de Mestrado o disposto no Regulamento Geral da

Universidade Católica sobre avaliação contínua e presencialidade.

2. O número de faltas injustificadas dado a cada uma das unidades de aprendizagem estipuladas no

plano de estudos (seminários ou cadeiras), não deverá exceder 1/3 do total leccionado.

3. As faltas dadas pelos alunos poderão ser justificadas nos casos e pelos meios previstos pela

Direcção da Faculdade de Ciências Humanas.

Artigo 7.º

(Avaliação)

1. O regime de avaliação de cada unidade curricular de aprendizagem é fixado entre a Coordenação

Científica do curso e os diferentes docentes que nele leccionam, devendo adaptar-se às

especificidades dos conteúdos leccionados.

2. Sem prejuízo no disposto no número anterior, os alunos deverão ser avaliados na oralidade e na

escrita, devendo haver pelo menos um elemento escrito (ensaio, relatório, trabalho, ficha de leitura,

ou outro), no final de cada unidade curricular de aprendizagem.

3. As classificações finais das unidades curriculares de aprendizagem são expressas na escala

numérica de 0 a 20.

4. No curso de Mestrado não há lugar à realização de exames complementares ou de recurso.

Artigo 8.º

(Prazos para publicação das classificações da parte escolar)

Os docentes das diferentes unidades curriculares de aprendizagem do curso de Mestrado devem

publicar as notas finais em pauta, impreterivelmente até 31 de Março, no caso do semestre de Inverno,

e 15 de Setembro, no caso do semestre de Verão.

Artigo 9.º

(Emolumentos e Propinas)

1. A frequência do curso de Mestrado obriga ao pagamento das taxas previstas para candidaturas e

inscrições, bem como ao pagamento de uma propina mensal, quer durante o período curricular quer

durante a elaboração da dissertação.

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2. Os montantes destes emolumentos e propinas são fixados anualmente pela Reitoria e aprovados

pelo Conselho Superior da UCP.

3. A propina mensal é paga 10 vezes por cada ano lectivo, de Outubro a Julho, independentemente da

data efectiva de início e termo das aulas ou seminários de orientação metodológica com vista à

elaboração da dissertação.

4. De modo a adequar o pagamento à modalidade de frequência de créditos, a Direcção da FCH irá

implementar um sistema de pagamento da mensalidade, de acordo com os créditos a frequentar

pelos mestrandos.

5. A taxa anual de inscrição e a propina mensal são devidas ao longo de toda a frequência da parte

escolar do curso de Mestrado e até ao momento da entrega da dissertação por parte do candidato,

independentemente de esse acto ocorrer dentro dos prazos normais previstos, ou no termo do

usufruto das prorrogações previstas no número 2 do art.º 18 e no número 2 do art.º 34.

6. O disposto no número anterior não se aplica apenas se, e quando, a entrega da dissertação ocorra

até ao final do mês de Setembro, caso em que se considera que o candidato terminou os seus

trabalhos no ano lectivo finalizado no mês de Julho anterior, ficando dispensado do pagamento da

inscrição para o novo ano lectivo.

7. Se a entrega da dissertação prevista no número anterior não ocorrer até ao final do mês de

Setembro, o candidato terá de liquidar, com multa, a taxa anual de inscrição para o novo ano

lectivo, e pagar propina mensal até à efectivação daquela entrega.

8. Não são concedidas quaisquer reduções sobre as taxas de candidatura ou de inscrição anual no

curso de Mestrado.

Artigo 10.º

(Condições Gerais de Aprovação na Parte Lectiva)

1. Consideram-se aprovados na parte lectiva do Mestrado todos os alunos que, sem exclusão por

faltas, obtenham um mínimo de 60 créditos ECTS.

2. A aprovação na parte lectiva do Mestrado é titulada com um certificado de Pós-Graduação e

constitui requisito obrigatório para a admissão à fase de elaboração da dissertação conducente ao

grau de Mestre.

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TÍTULO II

Artigo 11.º

(Grau de Mestre)

1. A obtenção do grau de Mestre em Estudos de Cultura pressupõe a aprovação no curso de

especialização, ou parte lectiva, nos termos do n.º 1 do art.º 10.º, e a elaboração, discussão e

aprovação, em acto público, de uma dissertação de Mestrado na área de especialidade frequentada.

2. A dissertação de Mestrado deverá representar um contributo para a análise crítica e para a

compreensão de uma matéria situada na respectiva área de especialidade.

3. O grau de mestre é conferido na especialidade de Estudos de Cultura, sendo esta especialidade

desdobrada nas seguintes áreas de especialização: Estudos de Cultura, Estudos Americanos,

Estudos Inter-Artes e Culturas Europeias.

Artigo 12.º

(Dissertação de Mestrado)

1. A dissertação de Mestrado é escrita e não deverá ter uma extensão superior a 200 mil caracteres,

sem espaços, e não abrangendo índices, anexos, fontes e bibliografia.

2. Na redacção da dissertação de Mestrado, o candidato deverá ter presente e cumprir as regras gerais

de citação em uso na Faculdade de Ciências Humanas (Anexo I).

3. A dissertação de Mestrado deverá ser apresentada impressa, devendo a apresentação da capa e da

1.ª página obedecer ao modelo definido pela Faculdade, a fornecer, a pedido do mestrando, pelo

Secretariado do curso (Anexo II).

4. A dissertação é obrigatoriamente acompanhada de um resumo até 200 palavras, em português e

inglês.

5. Podem ser indeferidas as dissertações que não cumpram os limites e requisitos estabelecidos nos

números 1 a 4 deste artigo.

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Artigo 13.º

(Tema da Dissertação)

1. Até 30 dias após a publicação da última classificação obtida na parte escolar do curso de Mestrado,

os candidatos devem comunicar ao coordenador do curso que se propõem preparar uma dissertação

de Mestrado.

2. Esta comunicação deve ser feita em formulário a disponibilizar ao candidato, onde ele fará expressa

menção do tema escolhido, nome do professor que propõe para orientador e breve resumo (2

páginas) da investigação a desenvolver, sua metodologia e bibliografia de base.

Artigo 14.º

(Orientador)

1. Na elaboração da dissertação, cada candidato é orientado por um professor doutorado da Faculdade

de Ciências Humanas, a designar no prazo máximo de 30 dias subsequente à apresentação do

requerimento de admissão à preparação da dissertação.

2. O orientador é designado pelo coordenador científico do curso de Mestrado, a requerimento do

candidato, mediante prévio assentimento do professor orientador escolhido.

3. No caso de o professor orientador pretendido não poder assegurar a orientação, será dada ao

candidato a possibilidade de indicar um segundo nome, a aprovar nos termos do número anterior.

4. Em casos devidamente justificados, e a requerimento do candidato, o Conselho de Coordenação

poderá admitir a orientação por um professor de outra Faculdade da Universidade Católica

Portuguesa ou mesmo de outra Universidade (portuguesa ou estrangeira), ou de um especialista de

mérito reconhecido como tal.

Artigo 15.º

(Orientação)

1. A orientação deve basear-se no princípio e na prática da liberdade intelectual e académica.

2. Ao professor orientador competirá acompanhar efectivamente o candidato na sua investigação e

elaboração da dissertação, nos termos livremente combinados entre os dois, assegurando ao

mestrando o direito deste às suas opções científicas.

3. O mestrando deve, sem prejuízo da liberdade de investigar, manter o professor orientador

regularmente informado sobre a evolução dos seus trabalhos.

4. O professor orientador mantém, em todo o tempo, o direito de recusar a orientação do candidato,

por incumprimento de algum dos deveres deste.

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5. Querendo exercer o direito de recusa previsto no ponto anterior, o professor orientador deverá

dirigir requerimento fundamentado ao Director da Faculdade, sendo então aplicável o disposto nos

números 2 a 4 do art.º 14º.

Artigo 16.º

(Mudança de Tema ou de Orientador)

1. É admitida a mudança de tema da dissertação, a requerimento do candidato, acompanhado de um

parecer do professor orientador.

2. É igualmente admitida a mudança de orientador, a requerimento fundamentado do candidato, sendo

então aplicável o disposto nos números 2 a 4 do art.º 14º.

3. A mudança de tema ou de orientador não dá lugar a qualquer prorrogação do prazo para

apresentação da dissertação.

Artigo 17.º

(Frequência de seminário durante a preparação da Dissertação)

1. Sem prejuízo da periodicidade das reuniões com o orientador, o candidato será chamado a

frequentar, durante o período reservado à elaboração da dissertação de Mestrado, dois seminários

científicos de orientação metodológica, com vista à formação para a investigação julgada

necessária pela coordenação do curso.

2. Estes seminários de investigação terão classificação final e ser-lhe-ão atribuídos um total de 12

ECTS.

Artigo 18.º

(Prazos para a entrega da Dissertação)

1. O prazo para a entrega da dissertação é de um ano a contar da data da comunicação, ao candidato,

da designação de orientador.

2. Excepcionalmente, a requerimento do candidato, o Director da Faculdade pode prorrogar o prazo

de entrega da dissertação até ao prazo máximo de um ano.

3. Os requerimentos para prorrogação do prazo de entrega da dissertação deverão chegar ao Director

da Faculdade acompanhados de um parecer do coordenador científico do curso de Mestrado

frequentado pelo candidato e de um parecer do professor orientador, sem o que deverão ser

liminarmente recusados.

4. Em caso algum, salvo se resultar da aplicação do disposto no art.º 29.º sobre suspensão de prazos,

poderá o candidato exceder a prorrogação concedida pela Direcção da Faculdade.

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5. Findo o prazo legal de um ano, acrescido da prorrogação eventualmente concedida, sem que o

candidato tenha entregado a dissertação, considera-se, para todos os efeitos, ter o mesmo desistido

da sua apresentação.

6. Verificada a situação descrita no número anterior, o candidato poderá requerer o certificado de

Pós-Graduação referente à parte escolar finalizada ou, em alternativa, recandidatar-se, no início do

ano lectivo subsequente, a novo curso de Mestrado já frequentado. Poderá, neste caso, requerer a

equivalência da parte escolar já realizada, voltando a registar o projecto de dissertação em curso,

ou optar por outro tema de dissertação.

Artigo 19.º

(Requerimento de admissão à prestação de provas)

1. O requerimento de admissão à prestação de provas de Mestrado é apresentado na Direcção da

Faculdade de Ciências Humanas, acompanhado de 5 exemplares da dissertação em suporte de

papel, de 2 exemplares da dissertação em suporte digital e de 5 exemplares do curriculum vitae do

candidato, bem como do parecer do orientador.

2. Compete ao coordenador da Área Científica verificar o cumprimento dos requisitos formais e

solicitar ao coordenador científico do curso de Mestrado frequentado pelo candidato uma proposta

de composição do júri.

3. A discussão pública da dissertação deverá realizar-se até seis meses a contar da data da entrega da

dissertação por parte do candidato.

Artigo 20.º

(Designação do Júri)

1. Até 30 dias após a entrega da dissertação, o Presidente do Conselho Científico, após aprovação

neste órgão, envia ao Reitor a proposta de constituição do júri.

2. O Reitor nomeará o júri por despacho, que deverá ser comunicado ao candidato, por escrito, no

prazo de 5 dias, e afixado em local público da Faculdade de Ciências Humanas.

Artigo 21.º

(Composição do Júri)

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1. O júri é composto por 3 a 5 professores da Área Científica do Mestrado, sendo um de outra

Universidade, nacional ou estrangeira.

2. O orientador da dissertação integra necessariamente o júri.

Artigo 22.º

(Presidência do Júri)

1. O júri é presidido pelo professor da FCH mais graduado e mais antigo na categoria.

2. No caso do Reitor, ou de um vice-Reitor, fazer parte do júri, assume por inerência a presidência

deste, independentemente de o integrar na qualidade de arguente ou de orientador.

3. Ao presidente compete convocar e presidir às reuniões de júri, promover o que for necessário para a

pronta realização das provas e comunicar ao Director da Faculdade todos e quaisquer factos

julgados relevantes no processo de avaliação da dissertação do candidato.

Artigo 23.º

(Reunião do júri e marcação de data para a defesa da Dissertação)

1. Até 30 dias após a sua nomeação pela Reitoria, o presidente do júri marcará a data para a discussão

da dissertação, comunicando-a de imediato à Direcção da Faculdade.

2. O júri designa, de entre os seus membros, aquele a quem cabe a arguição principal da dissertação.

3. O orientador da dissertação não pode ser encarregado da arguição da mesma.

4. Os membros do júri serão solicitados a emitir parecer escrito e fundamentado sobre a

admissibilidade da dissertação a provas públicas.

5. No prazo de 10 dias após a recepção das deliberações do júri referidas no ponto 4, a Direcção da

Faculdade informará o candidato, por escrito, da data escolhida.

Artigo 24.º

(Reformulação ou aperfeiçoamento da Dissertação)

1. O júri, mediante deliberação fundamentada, pode propor a reformulação ou aperfeiçoamento da

dissertação até 30 dias úteis após a nomeação de júri.

2. Neste caso, o candidato disporá de 60 dias úteis, após a comunicação do júri, para proceder à

reformulação ou aperfeiçoamento da dissertação, ou para declarar que pretende mantê-la inalterada.

3. Recebida a dissertação reformulada, ou a declaração referida no número anterior, o júri procederá a

nova marcação de data para discussão pública.

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4. A nova data a propor ao candidato deverá situar-se até 90 dias úteis após a recepção da dissertação

reformulada ou da declaração referida no número 3.

5. Considera-se que houve desistência do candidato se, esgotado o prazo referido no número 3, este

não apresentar a dissertação reformulada, nem declarar que prescinde dessa faculdade.

Artigo 25.º

(Prova pública de discussão da Dissertação)

1. A discussão da dissertação é pública e só pode realizar-se com a presença de todos os membros do

júri.

2. Antes do início da discussão, o candidato disporá de um período de 15 minutos para apresentação

sintética do seu trabalho.

3. A arguição principal não pode exceder 30 minutos, cabendo ao candidato tempo igual ao do

arguente para a sua defesa.

4. Os membros do júri que não tenham sido designados arguentes principais podem também formular

questões ou observações, dispondo o candidato de tempo equivalente para responder.

5. A duração total da discussão pública não pode exceder duas horas.

Artigo 26.º

(Deliberação do Júri)

1. O júri reúne-se, à porta fechada, após a discussão pública, para deliberar sobre o resultado final.

2. A votação é nominal e fundamentada, não sendo permitida a abstenção.

3. Em caso de empate, cabe ao presidente do júri decidir, com voto de qualidade.

Artigo 27.º

(Resultado e classificação)

1. O resultado é expresso por Aprovado ou Não Aprovado.

2. Os candidatos aprovados são classificados com suficiente (rite), bom (feliciter), muito bom (magna

cum laude) e excelente (summa cum laude). À primeira nota corresponde a classificação numérica

de 10 ou 13, à segunda a classificação de 14 e 15, à terceira a classificação de 16 e 17, e à quarta a

classificação de 18 a 20.

3. Estas classificações são obtidas através de duas votações sucessivas, a primeira versando sobre a

aprovação/reprovação do candidato e a segunda, constatada a aprovação, sobre a classificação final

a atribuir ao candidato.

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4. Terminadas as votações e apurado o resultado final da defesa pública da dissertação, o presidente

do júri comunicará de imediato ao candidato a sua classificação.

Artigo 28.º

(Actas)

1. Das reuniões formais do júri e da prova final são lavradas actas.

2. Da acta constará a especialidade e a área de especialização do Mestrado, de acordo com o n.º 3 do

art.º 11.º.

3. Da acta da prova final constará o sentido dos votos emitidos por cada um dos elementos do júri,

com a respectiva fundamentação, que pode ser comum a todos os membros do júri, e o resultado da

votação, precedendo as assinaturas.

4. Das decisões do júri transcritas em Acta não há recurso possível, salvo em caso de preterição de

alguma formalidade legal ou processual.

TÍTULO III

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 29.º

(Suspensão de prazos)

1. A contagem dos prazos para a entrega e para a defesa da dissertação de Mestrado é suspensa nos

seguintes casos:

a) Prestação de serviço militar;

b) Doença grave e prolongada ou acidente grave do candidato, envolvendo internamento hospitalar

ou convalescença domiciliária;

c) Doença grave e prolongada, acidente grave ou morte de cônjuge do candidato ou de seu parente

no 1.º grau da linha recta, que obrigue à prestação de assistência familiar por parte do candidato;

d) Exercício efectivo de uma das funções a que se refere o art.º 73.º do Decreto-Lei n.º 448/79, de

13 de Novembro, ratificado, com alterações, pela Lei n.º 9/80, de 16 de Julho, ou de funções

análogas.

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2. O prazo de entrega das dissertações suspende-se por quatro meses, no caso de maternidade, e por

um mês, no caso de paternidade, sem prejuízo do disposto na lei geral sobre protecção da

maternidade e da paternidade.

3. A suspensão de contagem dos prazos nas situações previstas nos números 1 e 2 deste artigo deverá

ser solicitada pelo candidato até 30 dias após a verificação de qualquer das situações ali descritas,

mediante requerimento dirigido à Direcção da Faculdade de Ciências Humanas.

4. Aos casos de suspensão de contagem dos prazos previstos nos números 1 e 2 deste artigo

corresponde a suspensão do pagamento da propina mensal enquanto durar o impedimento legal do

candidato, mediante requerimento dirigido por este à Direcção da Faculdade de Ciências Humanas.

5. Sempre que, nos termos deste regulamento, o prazo para uma deliberação do Conselho Científico,

da Direcção da Faculdade ou dos júris, ou o prazo de entrega da dissertação, termine durante o

período de férias escolares de Verão, suspende-se até ao fim desse período.

Artigo 30.º

(Falta justificada do Candidato)

1. Se o candidato, por motivo justificado, faltar à prova pública de defesa da dissertação, ser-lhe-á

marcada nova data, a realizar entre 30 e 60 dias após a primeira data marcada.

2. Nestes casos, a justificação para a falta deverá ser apresentada pelo candidato, pessoalmente ou por

um seu representante, junto da Direcção da Faculdade, num prazo máximo de 5 dias.

3. A Direcção da Faculdade decidirá sobre a legitimidade da justificação.

Artigo 31.º

(Depósito legal)

Sem prejuízo do número de exemplares a entregar aquando do pedido de admissão da dissertação,

fixado no n.º 1 do art.º 19, bem como do estabelecido relativamente ao depósito legal, as dissertações

de Mestrado apresentadas e aprovadas na Faculdade de Ciências Humanas obrigam os respectivos

autores ao depósito de 2 exemplares em formato digital, a entregar na Biblioteca da Universidade.

Artigo 32.º

(Garantia de mobilidade e de creditação)

1. A mobilidade dos estudantes entre os estabelecimentos de ensino superior nacionais, do mesmo ou

de diferentes subsistemas, bem como entre estabelecimentos de ensino superior portugueses e

estrangeiros, é assegurada através do sistema europeu de transferência e acumulação de créditos,

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com base no princípio do reconhecimento mútuo do valor da formação realizada e das

competências adquiridas.

2. Para o cumprimento do disposto no número anterior, e com vista a assegurar institucionalmente e a

proporcionar individualmente, a todos os seus candidatos, condições de transferência de processos

escolares, a Faculdade de Ciências Humanas pode creditar nos seus cursos de Mestrado a formação

realizada, ao mesmo nível, em outros estabelecimentos de ensino superior, portugueses ou

estrangeiros, ou solicitar a creditação em outros estabelecimentos de ensino superior, portugueses

ou estrangeiros, da formação realizada num dos seus cursos de Mestrado.

Artigo 33.º

(Dúvidas)

As dúvidas suscitadas na interpretação e na aplicação do presente Regulamento serão resolvidas pela

Direcção da Faculdade de Ciências Humanas, a requerimento dos eventuais interessados.

Artigo 34.º

(Norma revogatória)

A entrada em vigor do presente regulament - 78 -o revoga e substitui o anterior Regulamento Geral de

Mestrados, aprovado pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa em

1993.

Artigo 35.º

(Entrada em vigor)

O presente regulamento, aprovado pelo Conselho Científico da Faculdade de Ciências Humanas em 13

de Outubro de 2006, entra em vigor imediatamente após aprovação pela Reitoria da Universidade

Católica Portuguesa.

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