CURSOS, EVENTOS E FEIRAS FOOD HOSPITALITY...

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74 PIZZAS&MASSAS Nº 11 - 2014 CURSOS, EVENTOS E FEIRAS FOOD HOSPITALITY WORLD: D urante três dias, empresários e profissionais que atuam no trade de turismo, hotelaria e gastronomia, discutiram as melhores práticas para aumentar a rentabili- dade dos negócios, durante a Food Hospitality World - Feira Profissional de Alimentação e Hospitalidade -, realizada entre os dias 9 e 11 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Voltado para o B2B, a 2ª edição do evento recebeu 4.200 visitantes - proprietários de hotéis, bares, restaurantes, distribuidores de food service, franquias de ali- mentação e importadores -, o que representa um aumento de 20% em relação a 2013, reforçando a evolução da feira e sua relevância para o setor. A FHW é organizada no Brasil pelo Grupo Cipa Fiera Milano. Nesta 2ª edição, além da área expositiva da feira, foram realizados eventos simultâneos, como o 56º Con- gresso Nacional de Hotéis (CONOTEL 2014); 7º Campeonato de Latte Art/ 7º Campeonato de Coffee in Good Spirits; 2º Congresso Internacional da Pizza (ConPizza); 1ª Copa Brasil de Confeitaria & Gelateria; Arena Gastronômica; 1ª Confe- rência FHW Food Service; e diversos workshops no Auditório do Conhecimento, com palestras voltadas à capacitação e atualização profissional, onde a gestão do empreendimen- to, a inovação nos produtos e serviços e o aprimoramento da mão de obra foram os temas relevantes. CONOTEL 2014 - CONGRESSO UNIU SETOR HOTELEIRO Com o tema “A nova hotelaria a partir do hóspede”, a 56ª edição do CONOTEL reuniu mais de mil profissionais durante os três dias de congresso. Existem no Brasil cerca de 25.800 meios de hospedagem, incluindo estabelecimentos de grande, pequeno e médio porte. Hoje, a associação conta com 10 mil estabelecimentos associa- dos e a meta é atingir 40% durante a gestão”, disse Enrico Fermi, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional). O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, ressaltou que entre os desafios dos hoteleiros está o investimento em tecnologia para tornar o serviço mais ágil, eficiente e competitivo. “Nos EUA, por exemplo, existem robôs que realizam o serviço pesado de limpeza, ficando a arrumadeira encarregada da manutenção e coordenação do trabalho automatizado”, disse Sampaio. O executivo diz que há dificuldades de mão de obra especializada no mercado de GESTÃO É DESAFIO CONSTANTE DO SETOR

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FOOD HOSPITALITY WORLD:

Durante três dias, empresários e profissionais que atuam no trade de turismo, hotelaria e gastronomia,

discutiram as melhores práticas para aumentar a rentabili-dade dos negócios, durante a Food Hospitality World - Feira Profissional de Alimentação e Hospitalidade -, realizada entre os dias 9 e 11 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Voltado para o B2B, a 2ª edição do evento recebeu 4.200 visitantes - proprietários de hotéis, bares, restaurantes, distribuidores de food service, franquias de ali-mentação e importadores -, o que representa um aumento de 20% em relação a 2013, reforçando a evolução da feira e sua relevância para o setor.

A FHW é organizada no Brasil pelo Grupo Cipa Fiera Milano. Nesta 2ª edição, além da área expositiva da feira, foram realizados eventos simultâneos, como o 56º Con-gresso Nacional de Hotéis (CONOTEL 2014); 7º Campeonato de Latte Art/ 7º Campeonato de Coffee in Good Spirits; 2º Congresso Internacional da Pizza (ConPizza); 1ª Copa Brasil de Confeitaria & Gelateria; Arena Gastronômica; 1ª Confe-rência FHW Food Service; e diversos workshops no Auditório do Conhecimento, com palestras voltadas à capacitação e atualização profissional, onde a gestão do empreendimen-to, a inovação nos produtos e serviços e o aprimoramento da mão de obra foram os temas relevantes.

CONOTEL 2014 - CONGRESSO UNIU SETOR HOTELEIRO

Com o tema “A nova hotelaria a partir do hóspede”, a 56ª edição do CONOTEL reuniu mais de mil profissionais durante os três dias de congresso.

Existem no Brasil cerca de 25.800 meios de hospedagem, incluindo estabelecimentos de grande, pequeno e médio porte. “Hoje, a associação conta com 10 mil estabelecimentos associa-dos e a meta é atingir 40% durante a gestão”, disse Enrico Fermi, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional). O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem

e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, ressaltou que entre os desafios dos hoteleiros está o investimento em tecnologia para tornar o serviço mais ágil, eficiente e competitivo. “Nos EUA, por exemplo, existem robôs que realizam o serviço pesado de limpeza, ficando a arrumadeira encarregada da manutenção e coordenação do trabalho automatizado”, disse Sampaio. O executivo diz que há dificuldades de mão de obra especializada no mercado de

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FOOD HOSPITALITY WORLD: hospedagem e alimentação. Mesmo assim, segundo a Confe-deração Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismos, de janeiro a abril de 2014, foram abertas 48 mil vagas na estrutura turística brasileira, sendo 22% no segmento de alimentação e 28% na hospedagem.

Bruno Omori, presidente da ABIH SP, destacou que o mercado brasileiro de turismo ainda tem muito para crescer. O setor fatura por ano, só com diárias, R$ 7,2 bilhões, além dos R$ 1,4 bilhão com o segmento de alimentação. Em São Paulo, cidade onde está concentrado o maior mercado, registra uma média de 365 mil hóspedes por dia. A taxa tem apresentado crescimento de 1% ao ano. De acordo com a associação, em 2012 foi de 65% e em 2013 fechou com 66%. Para 2014, em função da Copa do Mundo da FIFA, o crescimento deverá ser de 4% a 5%.

PAINEL ECONÔMICO

A palestra de abertura do CONOTEL, com o tema “Cenários Futuros”, foi apresentada pelo economista Paulo Hartung. Segundo ele, “mesmo com os entraves que o Brasil vem enfrentando e supe-rando para realização de grandes eventos internacionais, os meios de hospedagem e alimentação certamente contribuirão para melhorar a imagem do país no exterior, pois temos excelência de produtos e serviços nesta área, além da conhecida hospitalidade”.

O economista Ricardo Amorim, integrante da bancada de apresentadores do programa Manhattan Connection da Globo News, em sua palestra, lembrou que nos últimos anos de sua vida profissional passou 1.500 noites em quartos de hotéis por conta dos negócios. Amorim elogiou o setor de hotelaria brasileiro, mas alertou para os desafios que os empresários deverão enfrentar no próximo ano, a partir do resultado das eleições de 2014. Segundo ele, as áreas de educação e infraestrutura, além da alta carga de impostos e burocracia, têm retraído o crescimento do país, afas-tando investimentos nos setores produtivos. “Enquanto o Brasil investiu 2,5% do PIB em infraestrutura no ano passado (2013), a China destinou 13%, o Chile 6,3% e a Colômbia 5.1%”, comparou.

O economista disse ainda que o Brasil está em terceiro lugar em carga tributária entre os países emergentes e que 100 bilhões de reais são desviados anualmente pela corrupção. Observou também que nos últimos três anos, milhões de pessoas entraram no mercado de trabalho, porém a produtividade ainda é baixa. “O desafio é alcançar a produtividade, para sermos mais eficientes e competitivos. Na média, um trabalhador americano produz hoje o mesmo que cinco brasileiros”.

CONPIZZA DEBATE EMPREENDEDORISMO

O Congresso Internacional da Pizza teve como tema chave o planejamento e a capacitação para discutir os rumos do setor de pizzarias. O diretor da Associação das Pizzarias Unidas, Adilson Barbosa, informou que em São Paulo, onde se consome aproxi-madamente 1,1 milhão de unidades de pizza/dia, existem 10 mil pizzarias, grande parte delas micro e pequenas empresas.

Ao longo dos três dias de realização foram abordados diver-sos assuntos ligados ao segmento de pizzarias, debates sobre o setor, tendências e capacitação profissional. Estiveram em pauta a mão de obra no setor, cases de sucesso, como o da rede Outback,

empreendedorismo, recursos humanos e o mercado nos EUA. Um dos destaques foi a apresentação de Ricardo Garrido, sócio da pizzaria Braz, entre outros estabelecimentos do setor alimen-tício, que contou a trajetória da pizzaria, suas oportunidades e desafios até os dias atuais. Organizado pela ADEC Gestores de Eventos Corporativos, com o apoio da Associação das Pizzarias Unidas, a 2ª edição do ConPizza reuniu mais de 500 empresários.

ARENA GASTRONÔMICA COZINHA BRASILEIRA É SUCESSO NA FEIRA

Pelo segundo ano consecutivo, o Grupo Educacional HOTEC, primeira faculdade de tecnologia e gastronomia de São Paulo, organizou, com patrocínio do Makro, um circuito de gastrono-mia que atraiu não só empresários e estudantes de turismo, mas também o público da feira que não resistiu às “delícias brasileiras” preparadas pelos chefs.

A coordenadora do curso, Camila Landi, disse que a ideia da Arena, que teve como tema “Diversidade da Culinária Brasileira”, foi promover o trabalho dos alunos e professores da escola e divulgar a culinária regional, fazendo com que as pessoas conheçam os sabores da cozinha brasileira. Entre os pratos apreciados pelo público: arroz com carne seca, típico da cozinha do Norte do Brasil, e o peixe com purê de banana, da cozinha Caiçara.

A riqueza da culinária brasileira e as novas tendências deste segmento foram as grandes atrações para as oficinas da Arena Gastronômica, que contou com a participação de cerca de 800

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FOOD HOSPITALITY WORLD:

Durante três dias, empresários e profissionais que atuam no trade de turismo, hotelaria e gastronomia,

discutiram as melhores práticas para aumentar a rentabili-dade dos negócios, durante a Food Hospitality World - Feira Profissional de Alimentação e Hospitalidade -, realizada entre os dias 9 e 11 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Voltado para o B2B, a 2ª edição do evento recebeu 4.200 visitantes - proprietários de hotéis, bares, restaurantes, distribuidores de food service, franquias de ali-mentação e importadores -, o que representa um aumento de 20% em relação a 2013, reforçando a evolução da feira e sua relevância para o setor.

A FHW é organizada no Brasil pelo Grupo Cipa Fiera Milano. Nesta 2ª edição, além da área expositiva da feira, foram realizados eventos simultâneos, como o 56º Con-gresso Nacional de Hotéis (CONOTEL 2014); 7º Campeonato de Latte Art/ 7º Campeonato de Coffee in Good Spirits; 2º Congresso Internacional da Pizza (ConPizza); 1ª Copa Brasil de Confeitaria & Gelateria; Arena Gastronômica; 1ª Confe-rência FHW Food Service; e diversos workshops no Auditório do Conhecimento, com palestras voltadas à capacitação e atualização profissional, onde a gestão do empreendimen-to, a inovação nos produtos e serviços e o aprimoramento da mão de obra foram os temas relevantes.

CONOTEL 2014 - CONGRESSO UNIU SETOR HOTELEIRO

Com o tema “A nova hotelaria a partir do hóspede”, a 56ª edição do CONOTEL reuniu mais de mil profissionais durante os três dias de congresso.

Existem no Brasil cerca de 25.800 meios de hospedagem, incluindo estabelecimentos de grande, pequeno e médio porte. “Hoje, a associação conta com 10 mil estabelecimentos associa-dos e a meta é atingir 40% durante a gestão”, disse Enrico Fermi, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional). O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem

e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, ressaltou que entre os desafios dos hoteleiros está o investimento em tecnologia para tornar o serviço mais ágil, eficiente e competitivo. “Nos EUA, por exemplo, existem robôs que realizam o serviço pesado de limpeza, ficando a arrumadeira encarregada da manutenção e coordenação do trabalho automatizado”, disse Sampaio. O executivo diz que há dificuldades de mão de obra especializada no mercado de

GESTÃO É DESAFIO CONSTANTE DO SETOR

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FOOD HOSPITALITY WORLD: hospedagem e alimentação. Mesmo assim, segundo a Confe-deração Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismos, de janeiro a abril de 2014, foram abertas 48 mil vagas na estrutura turística brasileira, sendo 22% no segmento de alimentação e 28% na hospedagem.

Bruno Omori, presidente da ABIH SP, destacou que o mercado brasileiro de turismo ainda tem muito para crescer. O setor fatura por ano, só com diárias, R$ 7,2 bilhões, além dos R$ 1,4 bilhão com o segmento de alimentação. Em São Paulo, cidade onde está concentrado o maior mercado, registra uma média de 365 mil hóspedes por dia. A taxa tem apresentado crescimento de 1% ao ano. De acordo com a associação, em 2012 foi de 65% e em 2013 fechou com 66%. Para 2014, em função da Copa do Mundo da FIFA, o crescimento deverá ser de 4% a 5%.

PAINEL ECONÔMICO

A palestra de abertura do CONOTEL, com o tema “Cenários Futuros”, foi apresentada pelo economista Paulo Hartung. Segundo ele, “mesmo com os entraves que o Brasil vem enfrentando e supe-rando para realização de grandes eventos internacionais, os meios de hospedagem e alimentação certamente contribuirão para melhorar a imagem do país no exterior, pois temos excelência de produtos e serviços nesta área, além da conhecida hospitalidade”.

O economista Ricardo Amorim, integrante da bancada de apresentadores do programa Manhattan Connection da Globo News, em sua palestra, lembrou que nos últimos anos de sua vida profissional passou 1.500 noites em quartos de hotéis por conta dos negócios. Amorim elogiou o setor de hotelaria brasileiro, mas alertou para os desafios que os empresários deverão enfrentar no próximo ano, a partir do resultado das eleições de 2014. Segundo ele, as áreas de educação e infraestrutura, além da alta carga de impostos e burocracia, têm retraído o crescimento do país, afas-tando investimentos nos setores produtivos. “Enquanto o Brasil investiu 2,5% do PIB em infraestrutura no ano passado (2013), a China destinou 13%, o Chile 6,3% e a Colômbia 5.1%”, comparou.

O economista disse ainda que o Brasil está em terceiro lugar em carga tributária entre os países emergentes e que 100 bilhões de reais são desviados anualmente pela corrupção. Observou também que nos últimos três anos, milhões de pessoas entraram no mercado de trabalho, porém a produtividade ainda é baixa. “O desafio é alcançar a produtividade, para sermos mais eficientes e competitivos. Na média, um trabalhador americano produz hoje o mesmo que cinco brasileiros”.

CONPIZZA DEBATE EMPREENDEDORISMO

O Congresso Internacional da Pizza teve como tema chave o planejamento e a capacitação para discutir os rumos do setor de pizzarias. O diretor da Associação das Pizzarias Unidas, Adilson Barbosa, informou que em São Paulo, onde se consome aproxi-madamente 1,1 milhão de unidades de pizza/dia, existem 10 mil pizzarias, grande parte delas micro e pequenas empresas.

Ao longo dos três dias de realização foram abordados diver-sos assuntos ligados ao segmento de pizzarias, debates sobre o setor, tendências e capacitação profissional. Estiveram em pauta a mão de obra no setor, cases de sucesso, como o da rede Outback,

empreendedorismo, recursos humanos e o mercado nos EUA. Um dos destaques foi a apresentação de Ricardo Garrido, sócio da pizzaria Braz, entre outros estabelecimentos do setor alimen-tício, que contou a trajetória da pizzaria, suas oportunidades e desafios até os dias atuais. Organizado pela ADEC Gestores de Eventos Corporativos, com o apoio da Associação das Pizzarias Unidas, a 2ª edição do ConPizza reuniu mais de 500 empresários.

ARENA GASTRONÔMICA COZINHA BRASILEIRA É SUCESSO NA FEIRA

Pelo segundo ano consecutivo, o Grupo Educacional HOTEC, primeira faculdade de tecnologia e gastronomia de São Paulo, organizou, com patrocínio do Makro, um circuito de gastrono-mia que atraiu não só empresários e estudantes de turismo, mas também o público da feira que não resistiu às “delícias brasileiras” preparadas pelos chefs.

A coordenadora do curso, Camila Landi, disse que a ideia da Arena, que teve como tema “Diversidade da Culinária Brasileira”, foi promover o trabalho dos alunos e professores da escola e divulgar a culinária regional, fazendo com que as pessoas conheçam os sabores da cozinha brasileira. Entre os pratos apreciados pelo público: arroz com carne seca, típico da cozinha do Norte do Brasil, e o peixe com purê de banana, da cozinha Caiçara.

A riqueza da culinária brasileira e as novas tendências deste segmento foram as grandes atrações para as oficinas da Arena Gastronômica, que contou com a participação de cerca de 800

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pessoas. Durante três dias, seis professores, 13 especialistas e 40 alunos dos cursos de Gastronomia da Faculdade HOTEC comandaram um verdadeiro festival sobre a cozinha brasileira de raiz e suas infl uências, com base na trilogia do índio, do africano e do português, aliado a dos imigrantes que para cá vieram: italianos, espanhóis, alemães, libaneses e orientais, que enriqueceram o tempero brasileiro.

CENÁRIO DO SETOR DE ALIMENTAÇÃO É DESTAQUE NA FHW

Completando a programação do evento, o “Auditório do Conhecimento”, através de cinco workshops empresariais, reali-zou palestras gratuitas voltadas à atualização do profi ssional de alimentos & bebidas e aos empreendedores. O Grupo Cipa Fiera Milano, levou palestrantes especializados em dois workshops, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços e estimular à implementação de estratégias inovadoras e, consequentemente, aumentar a competitividade e rentabilidade nos negócios. Os des-taques fi caram por conta das palestras “Oportunidades com fran-quias de alimentação - Insights do segmento para o planejamento estratégico do seu negócio” e “Gelato artesanal - Oportunidade de aumentar a rentabilidade do seu negócio”, que apresentou business case e informações sobre como investir nesse segmento.

No Workshop “Franquias de Alimentação”, o consultor Reynal-do Zani deu orientações de como abrir um negócio no ramo de alimentação, desmistifi cando a ideia de que abrir franquia gera lucro imediato, já que não precisa investir em marca própria e ainda conta com apoio do franqueador. Reynaldo Zani advertiu: “É verdade que dependendo do prestígio e da abrangência da marca, o retorno é seguro, mas não necessariamente, imediato. O prazo médio de recuperação do investimento neste tipo de negócio é cinco anos”.

O segmento de sorvetes especiais também é promissor no Brasil, mas é um negócio que requer alto investimento. De acordo com Rodrigo Florim, gerente da MEC3 do Brasil, que realizou o workshop sobre “Gelato Artesanal”, abrir uma gelateria requer investimento inicial de R$ 300 mil, incluindo máquina, instalações e vitrine, que pode contar de seis até 24 sabores. Os ingredientes importados de melhor qualidade também contri-buem para o preço fi nal do produto, porém, segundo Florim, o brasileiro tem despertado para o consumo de produtos especiais na alimentação, a exemplo do que ocorre nos setores de bebidas. “O consumidor está descobrindo que degustar um gelato é desfrutar de uma iguaria, e não apenas tomar um sorvete em dia de calor”.

O consultor Carlos Alberto Biondo abordou no workshop “Engenharia de Cardápio” o novo projeto do SEBRAE denominado “Receitas de Sucesso”, voltado para o segmento de alimentação fora do lar. Biondo mostrou aos participantes como elaborar um plano estratégico para impulsionar as vendas e elevar a satisfação dos clientes. Engenharia de Cardápio é o estudo da rentabilidade e da popularidade dos pratos que compõem a lista do estabelecimento. Comparando o cardápio a uma fi cha técnica, o consultor mostrou como elaborar uma planilha com informações necessárias para o monitoramento dos custos e formação do preço de venda.

Ainda, dentro do projeto “Receitas de Sucesso”, foi apresentado pela consultora Maria Fernanda Victaliano o tema “Ingrediente

estratégico para a competividade do setor”. A especialista orientou como deve ser realizado o recrutamento e seleção dos funcionários. “As pessoas devem ser contratadas por competência, experiência e habilidades e não apenas por indicação. Lembre-se: nunca contrate quem você não poderá demitir”, alertou a consultora do SEBRAE.

O sócio-diretor da consultoria brasileira GS&MD Gouvêa de Souza, Sergio Molinari, expôs o perfi l do mercado de alimentação no Brasil. Segundo ele, são servidas diariamente no país cerca de 70 milhões de refeições, sendo 12 milhões em restaurantes industriais. Este consumo está mais concentrado nas classes A/B, mas um contingente expressivo da classe C vem adquirindo também o hábito de comer fora. É preciso esclarecer que o food service é toda alimentação feita fora de casa, desde as cadeias de lanchonetes, pizzarias, bares, restaurantes, bandejão, etc. Já o termo fast food é usado para designar o serviço de comida expressa, simples e barata, que é um dos segmentos deste setor. “O brasileiro gasta 22% da renda em alimentação, sendo que deste valor, 32% é food service. Ou seja, se ganha R$ 1 mil por mês, gasta R$ 220 com alimentação, dos quais R$ 70,00 em comida fora de casa. Nos Estados Unidos, o food service consome 40% da renda do americano médio”, explica Molinari.

Existe cerca de 1 milhão de estabelecimentos que vendem comida no Brasil, sendo que as redes de fast food representam 5% das vendas. De acordo com a Associação Brasileira das In-dústrias de Alimentação (ABIA), o faturamento da indústria de alimentos em 2013 foi de R$ 484,7 bilhões, sendo R$ 116,1 bilhões destinados ao food service. Embora reconheça que o preço da alimentação fora de casa ainda é elevado para as classes de baixa renda, Sergio Molinari acredita que o mercado brasileiro tem potencial. “Nos países emergentes, o food service tem dois fatores que explicam seu crescimento: renda e urbanização. No Brasil, a renda média tem aumentado gradativamente e a urbanização está crescendo de forma exponencial. Estima-se que até 2030, 90% da população estará concentrada nas cidades”, prevê.

Durante a FHW também ocorreu o campeonato brasileiro de baristas, promovido pela Associação Brasileira de Café e Baristas (ACBB). Os ganhadores conquistaram uma passagem para Melbourne, na Austrália, onde vão representar o Brasil no campeonato mundial das categorias, que acontece no mês de maio. Outra novidade da FHW foi a realização da 1ª Copa Brasil de Confeitaria & Gelateria, realizada em parceria com a Associação Brasileira de Confeiteiros e Sorveteiros (ABRACES). www.fhwbrasil.com.br

Food Hospitality World17 à 19 de março de 2015

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CAMPIONATO MONDIALE DELLA PIZZA

O campeonato, organizado pela revista Pizza e Pasta Italiana, foi re-

alizado entre os dias 7 e 9 de abril em Parma, na Itália, e contou com 600 participantes de 33 países. Os três primeiros colocados, na categoria principal, foram... italianos. Surpreendente, não?

O italiano Giulio Scialpi, da masseria Barsentum, em Putignano, comuna italiana da região da Puglia, província de Bari, na Itália, foi o vencedor do 23º Campionato Mondiale della Pizza. Agora, Scialpi pode ostentar o título de melhor pizza do mun-do. Scialpi venceu o campeonato com a sua Contadina, que leva queijo mozzarella stracciatella, berinjela salteada, queijo Ca-ciocavallo e pangrattato con alici e burrata (migalhas de pão crocante previamente untado com anchovas e burrata).

O segundo lugar foi para Diego Segato, da Pizzeria Rocca d’Asolo, em San Vito de Altivole, na província de Trieste, com a pizza Primavera Asolana. Essa pizza foi elaborada com tomates San Marzano, mozzarella bio, aspargos brancos, brotos de lúpulo selva-gem, pancetta (barriga de porco curada e seca), fl ocos ou escamas de parmesão, e tomates confi tas.

mas residindo em Florianópolis, foi representar o Brasil no 23º Campionato

Mondiale della Pizza. Ela é proprietária da Pizzeria Milano, que fi ca no Centro da Capital. Única com a bandeira brasileira no campeonato, Grazia ganhou a pri-meira colocação como…. representante brasileira na categoria Pizza Clássica. De acordo com Grazia, esta categoria é a mais importante e tradicional do campeonato. De todos os representantes brasileiros - como só tinha ela! - foi a primeira.

Nos três dias de evento, que teve mais de 10.000 visitantes, centenas de pizzaio-los de mais de 30 países competiram, forneando cerca de 3.000 pizzas. Foi um sucesso importante para a revista Pizza e Pasta Italiana, orgnizadora do evento e magazine de referência no setor, na Itália.

Diego Segato

Johnny Di Francesco

Giulio Scialpi

O terceiro lugar foi para Davide Bianchi, da Pizzeria Sant’Ampelio, de Bordighera, comuna italiana da região da Ligúria, pro-víncia de Impéria, com a pizza Bordighera Monet. A iguaria foi feita com molho de tomate, mozzarella Fior di Latte, ou seja, de leite de vaca, filés de peixe-espada marinados em azeite extra virgem, limão, pimenta rosa, tomates cerejas, parmiggia-no reggiano, rúcula e azeitonas taggiasche ou taggiasca (da comuna de Taggia, na Ligúria).

As pizzas são julgadas principalmente pelo sabor e a forma como foram assadas. Mas outros quesitos também são avalia-dos, como a fragrância e o profi ssionalismo do pizzaiolo enquanto está preparando a pizza. “O vencedor é aquele que conseguir computar o maior número de pontos”, ex-plica David Mandolin, o responsável pelo campeonato. Os pizzaioli são julgados por profi ssionais do ramo, como padeiros, professores, profi ssionais ligados ao mundo da pizza e chefs.

Outro campeão foi o chef australiano Johnny Di Francesco, do restaurante 400 Gradi, de Brunswick, no subúrbio de Mel-bourne, Austrália, que venceu o prêmio de melhor pizza Napolitana. Ele bateu competidores italianos e… napolitanos, levando para casa o prêmio Specialita Tra-ditionale Garantita. Segundo Di Francesco: “Muitas pessoas pensam que é fácil fazer uma Marguerita, mas é uma das pizzas mais difí-ceis”. Ele explica que com outras coberturas é possível mascarar sabores da massa, mas “Com a Marguerita não é possível esconder o que está errado”. As regras da competição determinam que os ingredientes da pizza Marguerita são: tomates pelados, mozza-rella, alho, azeite de oliva, sal e folhas de manjericão.

Johnny Di Francesco já tinha mostrado todo o seu savoir faire alguns dias antes, no Las Vegas Pizza Show, onde ganhou um brilhante terceiro lugar.

A pizzaiola Grazia Fraschini, italiana, www.campionatomondialedellapizzza.com

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C U R S O S , E V E N TO S E F E I R A S

pessoas. Durante três dias, seis professores, 13 especialistas e 40 alunos dos cursos de Gastronomia da Faculdade HOTEC comandaram um verdadeiro festival sobre a cozinha brasileira de raiz e suas infl uências, com base na trilogia do índio, do africano e do português, aliado a dos imigrantes que para cá vieram: italianos, espanhóis, alemães, libaneses e orientais, que enriqueceram o tempero brasileiro.

CENÁRIO DO SETOR DE ALIMENTAÇÃO É DESTAQUE NA FHW

Completando a programação do evento, o “Auditório do Conhecimento”, através de cinco workshops empresariais, reali-zou palestras gratuitas voltadas à atualização do profi ssional de alimentos & bebidas e aos empreendedores. O Grupo Cipa Fiera Milano, levou palestrantes especializados em dois workshops, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços e estimular à implementação de estratégias inovadoras e, consequentemente, aumentar a competitividade e rentabilidade nos negócios. Os des-taques fi caram por conta das palestras “Oportunidades com fran-quias de alimentação - Insights do segmento para o planejamento estratégico do seu negócio” e “Gelato artesanal - Oportunidade de aumentar a rentabilidade do seu negócio”, que apresentou business case e informações sobre como investir nesse segmento.

No Workshop “Franquias de Alimentação”, o consultor Reynal-do Zani deu orientações de como abrir um negócio no ramo de alimentação, desmistifi cando a ideia de que abrir franquia gera lucro imediato, já que não precisa investir em marca própria e ainda conta com apoio do franqueador. Reynaldo Zani advertiu: “É verdade que dependendo do prestígio e da abrangência da marca, o retorno é seguro, mas não necessariamente, imediato. O prazo médio de recuperação do investimento neste tipo de negócio é cinco anos”.

O segmento de sorvetes especiais também é promissor no Brasil, mas é um negócio que requer alto investimento. De acordo com Rodrigo Florim, gerente da MEC3 do Brasil, que realizou o workshop sobre “Gelato Artesanal”, abrir uma gelateria requer investimento inicial de R$ 300 mil, incluindo máquina, instalações e vitrine, que pode contar de seis até 24 sabores. Os ingredientes importados de melhor qualidade também contri-buem para o preço fi nal do produto, porém, segundo Florim, o brasileiro tem despertado para o consumo de produtos especiais na alimentação, a exemplo do que ocorre nos setores de bebidas. “O consumidor está descobrindo que degustar um gelato é desfrutar de uma iguaria, e não apenas tomar um sorvete em dia de calor”.

O consultor Carlos Alberto Biondo abordou no workshop “Engenharia de Cardápio” o novo projeto do SEBRAE denominado “Receitas de Sucesso”, voltado para o segmento de alimentação fora do lar. Biondo mostrou aos participantes como elaborar um plano estratégico para impulsionar as vendas e elevar a satisfação dos clientes. Engenharia de Cardápio é o estudo da rentabilidade e da popularidade dos pratos que compõem a lista do estabelecimento. Comparando o cardápio a uma fi cha técnica, o consultor mostrou como elaborar uma planilha com informações necessárias para o monitoramento dos custos e formação do preço de venda.

Ainda, dentro do projeto “Receitas de Sucesso”, foi apresentado pela consultora Maria Fernanda Victaliano o tema “Ingrediente

estratégico para a competividade do setor”. A especialista orientou como deve ser realizado o recrutamento e seleção dos funcionários. “As pessoas devem ser contratadas por competência, experiência e habilidades e não apenas por indicação. Lembre-se: nunca contrate quem você não poderá demitir”, alertou a consultora do SEBRAE.

O sócio-diretor da consultoria brasileira GS&MD Gouvêa de Souza, Sergio Molinari, expôs o perfi l do mercado de alimentação no Brasil. Segundo ele, são servidas diariamente no país cerca de 70 milhões de refeições, sendo 12 milhões em restaurantes industriais. Este consumo está mais concentrado nas classes A/B, mas um contingente expressivo da classe C vem adquirindo também o hábito de comer fora. É preciso esclarecer que o food service é toda alimentação feita fora de casa, desde as cadeias de lanchonetes, pizzarias, bares, restaurantes, bandejão, etc. Já o termo fast food é usado para designar o serviço de comida expressa, simples e barata, que é um dos segmentos deste setor. “O brasileiro gasta 22% da renda em alimentação, sendo que deste valor, 32% é food service. Ou seja, se ganha R$ 1 mil por mês, gasta R$ 220 com alimentação, dos quais R$ 70,00 em comida fora de casa. Nos Estados Unidos, o food service consome 40% da renda do americano médio”, explica Molinari.

Existe cerca de 1 milhão de estabelecimentos que vendem comida no Brasil, sendo que as redes de fast food representam 5% das vendas. De acordo com a Associação Brasileira das In-dústrias de Alimentação (ABIA), o faturamento da indústria de alimentos em 2013 foi de R$ 484,7 bilhões, sendo R$ 116,1 bilhões destinados ao food service. Embora reconheça que o preço da alimentação fora de casa ainda é elevado para as classes de baixa renda, Sergio Molinari acredita que o mercado brasileiro tem potencial. “Nos países emergentes, o food service tem dois fatores que explicam seu crescimento: renda e urbanização. No Brasil, a renda média tem aumentado gradativamente e a urbanização está crescendo de forma exponencial. Estima-se que até 2030, 90% da população estará concentrada nas cidades”, prevê.

Durante a FHW também ocorreu o campeonato brasileiro de baristas, promovido pela Associação Brasileira de Café e Baristas (ACBB). Os ganhadores conquistaram uma passagem para Melbourne, na Austrália, onde vão representar o Brasil no campeonato mundial das categorias, que acontece no mês de maio. Outra novidade da FHW foi a realização da 1ª Copa Brasil de Confeitaria & Gelateria, realizada em parceria com a Associação Brasileira de Confeiteiros e Sorveteiros (ABRACES). www.fhwbrasil.com.br

Food Hospitality World17 à 19 de março de 2015

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C U R S O S , E V E N TO S E F E I R A S

CAMPIONATO MONDIALE DELLA PIZZA

O campeonato, organizado pela revista Pizza e Pasta Italiana, foi re-

alizado entre os dias 7 e 9 de abril em Parma, na Itália, e contou com 600 participantes de 33 países. Os três primeiros colocados, na categoria principal, foram... italianos. Surpreendente, não?

O italiano Giulio Scialpi, da masseria Barsentum, em Putignano, comuna italiana da região da Puglia, província de Bari, na Itália, foi o vencedor do 23º Campionato Mondiale della Pizza. Agora, Scialpi pode ostentar o título de melhor pizza do mun-do. Scialpi venceu o campeonato com a sua Contadina, que leva queijo mozzarella stracciatella, berinjela salteada, queijo Ca-ciocavallo e pangrattato con alici e burrata (migalhas de pão crocante previamente untado com anchovas e burrata).

O segundo lugar foi para Diego Segato, da Pizzeria Rocca d’Asolo, em San Vito de Altivole, na província de Trieste, com a pizza Primavera Asolana. Essa pizza foi elaborada com tomates San Marzano, mozzarella bio, aspargos brancos, brotos de lúpulo selva-gem, pancetta (barriga de porco curada e seca), fl ocos ou escamas de parmesão, e tomates confi tas.

mas residindo em Florianópolis, foi representar o Brasil no 23º Campionato

Mondiale della Pizza. Ela é proprietária da Pizzeria Milano, que fi ca no Centro da Capital. Única com a bandeira brasileira no campeonato, Grazia ganhou a pri-meira colocação como…. representante brasileira na categoria Pizza Clássica. De acordo com Grazia, esta categoria é a mais importante e tradicional do campeonato. De todos os representantes brasileiros - como só tinha ela! - foi a primeira.

Nos três dias de evento, que teve mais de 10.000 visitantes, centenas de pizzaio-los de mais de 30 países competiram, forneando cerca de 3.000 pizzas. Foi um sucesso importante para a revista Pizza e Pasta Italiana, orgnizadora do evento e magazine de referência no setor, na Itália.

Diego Segato

Johnny Di Francesco

Giulio Scialpi

O terceiro lugar foi para Davide Bianchi, da Pizzeria Sant’Ampelio, de Bordighera, comuna italiana da região da Ligúria, pro-víncia de Impéria, com a pizza Bordighera Monet. A iguaria foi feita com molho de tomate, mozzarella Fior di Latte, ou seja, de leite de vaca, filés de peixe-espada marinados em azeite extra virgem, limão, pimenta rosa, tomates cerejas, parmiggia-no reggiano, rúcula e azeitonas taggiasche ou taggiasca (da comuna de Taggia, na Ligúria).

As pizzas são julgadas principalmente pelo sabor e a forma como foram assadas. Mas outros quesitos também são avalia-dos, como a fragrância e o profi ssionalismo do pizzaiolo enquanto está preparando a pizza. “O vencedor é aquele que conseguir computar o maior número de pontos”, ex-plica David Mandolin, o responsável pelo campeonato. Os pizzaioli são julgados por profi ssionais do ramo, como padeiros, professores, profi ssionais ligados ao mundo da pizza e chefs.

Outro campeão foi o chef australiano Johnny Di Francesco, do restaurante 400 Gradi, de Brunswick, no subúrbio de Mel-bourne, Austrália, que venceu o prêmio de melhor pizza Napolitana. Ele bateu competidores italianos e… napolitanos, levando para casa o prêmio Specialita Tra-ditionale Garantita. Segundo Di Francesco: “Muitas pessoas pensam que é fácil fazer uma Marguerita, mas é uma das pizzas mais difí-ceis”. Ele explica que com outras coberturas é possível mascarar sabores da massa, mas “Com a Marguerita não é possível esconder o que está errado”. As regras da competição determinam que os ingredientes da pizza Marguerita são: tomates pelados, mozza-rella, alho, azeite de oliva, sal e folhas de manjericão.

Johnny Di Francesco já tinha mostrado todo o seu savoir faire alguns dias antes, no Las Vegas Pizza Show, onde ganhou um brilhante terceiro lugar.

A pizzaiola Grazia Fraschini, italiana, www.campionatomondialedellapizzza.com

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C U R S O S , E V E N TO S E F E I R A S

Mais uma vez, a International Pizza Expo 2014 ocorreu no Convention

Center de Las Vegas, NV, bem ao lado do LVH - Las Vegas Hotel & Cassino -, hotel oficial do evento. Com mais de 1.000 expositores e cerca de 80 seminários e apresentações, o evento - sem sombra de dúvida o maior do mundo no gênero! - atraiu dos dias 24 a 27 de março milhares de visitantes dos quatro cantos do mundo. No decorrer dos últimos anos temos visi-tado eventos relativos ao setor de pizzas e pizzarias no mundo todo e, com certeza, não existe nenhum igual, nem similar, em nenhum país. A maioria dos eventos percorridos, na Europa ou na Ásia, são pequenos, para não dizer decepcionantes.

Esse ano foi um ano especial para o evento! O International Pizza Expo fes-tejou seu 300 aniversário, um marco que poucos eventos no mundo alcançaram. Segundo os organizadores, cinco elemen-tos contribuíram para que essa edição do evento batesse todos os recordes.

O MAIOR EVENTO E REFERÊNCIA MUNDIAL DO SETOR

THE PEOPLEA edição 2014 conseguiu quebrar

o recorde de visitação alcançado em 2013.

Cerca de 8.000 pessoas visita-ram o evento, percorrendo seus numerosos corredores, assistindo a palestras e seminários, e lotando as áreas de demonstração e concursos. Em 2013, o número de visitantes foi de quase 7.000, i.e. um impressio-nante crescimento de quase 16%. Adicionando a essa cifra cerca de 4.000 pessoas presentes nos estandes para atender os visitantes, fi ca-se frente a uma verdadeira cidade totalmente dedicada a indústria da pizza. Segundo Bill Oakley, Executive Vice President da Macfadden Protech, LLC, empresa responsável pela revista Pizza Today e a International Pizza Expo: “Penso que o nosso crescimento de dois dígitos, tanto em visitantes quanto em expositores, é devido ao nosso programa de marketing multifacetário, uma economia global novamente em fase de crescimento, um maior volume de programas educacionais (seminários, treinamentos, etc.) e a vitalidade global da indústria da pizza em geral”. Bill Oakley ainda completa: “Esse ano tivemos um aumento signifi cativo de visitantes e expositores estrangeiros, o que se deve a nosso maior esforço de marketing internacional e a reputação global do evento Pizza Expo como maior evento mundial do setor.

Marcia Fani, editora da revista Pizzas & Massas

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C U R S O S , E V E N TO S E F E I R A S

THE SHOW FLOORCobrindo uma área maior que cinco

campos e meio de futebol, a área exposi-tiva contou com 1.070 estandes de forne-cedores de ingredientes, equipamentos e serviços para o setor. Para 2016, os orga-nizadores planejam aumentar em 25% a área de exposição para poder atender a demanda crescente de espaço.

THE SEMINARSA parte educacional paralela ao evento é de grande impor-

tância. Ao contrário de muitas feiras onde os seminários são uma mera excrescência, um meio de vender estandes deixando as empresas compradoras se promoverem em seminários, ou uma maneira de tentar dar a um evento algum aspecto científico, - e ver salas de seminários geralmente povoadas por alguns poucos interessados! - a parte educacional da Pizza Expo é extrema-mente importante. É tão importante que alguns workshops já começam no domingo, ou seja, dois dias antes da abertura das portas da exposição, e muitos deles requereram o pagamento de US$ 250 por participante!

As sessões da segunda-feira tiveram grandes filas, algumas ocorrendo de forma totalmente lotada. No conjunto, entre workshops, seminários e demonstrações, foram mais de 90 palestras. Os principais temas abordaram aspectos práticos da abertura e gerenciamento de pizzarias (gerenciamento de pessoas, aspectos legislativos, aspectos sanitários, marketing nas redes sociais, como evitar erros no startup, engenharia de cardápios, etc., etc.).

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Mais uma vez, a International Pizza Expo 2014 ocorreu no Convention

Center de Las Vegas, NV, bem ao lado do LVH - Las Vegas Hotel & Cassino -, hotel oficial do evento. Com mais de 1.000 expositores e cerca de 80 seminários e apresentações, o evento - sem sombra de dúvida o maior do mundo no gênero! - atraiu dos dias 24 a 27 de março milhares de visitantes dos quatro cantos do mundo. No decorrer dos últimos anos temos visi-tado eventos relativos ao setor de pizzas e pizzarias no mundo todo e, com certeza, não existe nenhum igual, nem similar, em nenhum país. A maioria dos eventos percorridos, na Europa ou na Ásia, são pequenos, para não dizer decepcionantes.

Esse ano foi um ano especial para o evento! O International Pizza Expo fes-tejou seu 300 aniversário, um marco que poucos eventos no mundo alcançaram. Segundo os organizadores, cinco elemen-tos contribuíram para que essa edição do evento batesse todos os recordes.

O MAIOR EVENTO E REFERÊNCIA MUNDIAL DO SETOR

THE PEOPLEA edição 2014 conseguiu quebrar

o recorde de visitação alcançado em 2013.

Cerca de 8.000 pessoas visita-ram o evento, percorrendo seus numerosos corredores, assistindo a palestras e seminários, e lotando as áreas de demonstração e concursos. Em 2013, o número de visitantes foi de quase 7.000, i.e. um impressio-nante crescimento de quase 16%. Adicionando a essa cifra cerca de 4.000 pessoas presentes nos estandes para atender os visitantes, fi ca-se frente a uma verdadeira cidade totalmente dedicada a indústria da pizza. Segundo Bill Oakley, Executive Vice President da Macfadden Protech, LLC, empresa responsável pela revista Pizza Today e a International Pizza Expo: “Penso que o nosso crescimento de dois dígitos, tanto em visitantes quanto em expositores, é devido ao nosso programa de marketing multifacetário, uma economia global novamente em fase de crescimento, um maior volume de programas educacionais (seminários, treinamentos, etc.) e a vitalidade global da indústria da pizza em geral”. Bill Oakley ainda completa: “Esse ano tivemos um aumento signifi cativo de visitantes e expositores estrangeiros, o que se deve a nosso maior esforço de marketing internacional e a reputação global do evento Pizza Expo como maior evento mundial do setor.

Marcia Fani, editora da revista Pizzas & Massas

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C U R S O S , E V E N TO S E F E I R A S

THE SHOW FLOORCobrindo uma área maior que cinco

campos e meio de futebol, a área exposi-tiva contou com 1.070 estandes de forne-cedores de ingredientes, equipamentos e serviços para o setor. Para 2016, os orga-nizadores planejam aumentar em 25% a área de exposição para poder atender a demanda crescente de espaço.

THE SEMINARSA parte educacional paralela ao evento é de grande impor-

tância. Ao contrário de muitas feiras onde os seminários são uma mera excrescência, um meio de vender estandes deixando as empresas compradoras se promoverem em seminários, ou uma maneira de tentar dar a um evento algum aspecto científico, - e ver salas de seminários geralmente povoadas por alguns poucos interessados! - a parte educacional da Pizza Expo é extrema-mente importante. É tão importante que alguns workshops já começam no domingo, ou seja, dois dias antes da abertura das portas da exposição, e muitos deles requereram o pagamento de US$ 250 por participante!

As sessões da segunda-feira tiveram grandes filas, algumas ocorrendo de forma totalmente lotada. No conjunto, entre workshops, seminários e demonstrações, foram mais de 90 palestras. Os principais temas abordaram aspectos práticos da abertura e gerenciamento de pizzarias (gerenciamento de pessoas, aspectos legislativos, aspectos sanitários, marketing nas redes sociais, como evitar erros no startup, engenharia de cardápios, etc., etc.).

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80 PIZZAS&MASSAS Nº 6 - 2013

C U R S O S , E V E N TO S E F E I R A S

THE PARTYA festa de aniversário de 30 anos foi

também um evento marcante do qual ainda se falará nos próximos anos. A ban-da acompanhando o cantor de música pop atraiu muita gente; comidas, bebidas e mesas de jogo não faltaram para esse evento festivo.

A noite foi coroada pelas fi nais do WPG (World Pizza Games), com as apre-sentações excepcionais de Lee Mooney, da Coréia do Sul, em acrobacias indivi-duais, e do americano Justin Wadstein, da Pizza My Heart, em Los Gatos, CA, que já ganhou inúmeras títulos, tanto nos Estados Unidos quanto na Itália, em diversas modalidades de acrobacias com pizza. Um show!

THE COMPETITIONSO International Pizza Challenge e o World Pizza Games tiveram um recorde

de 11 títulos. Cerca de 170 pizzaiolos do mundo inteiro competiram face à face durante os três dias do evento para determinar quem era o melhor dos melho-res. A lista completa dos ganhadores das duas competições, bem como alguns vídeos do World Pizza Games podem ser visualizadas no site www.pizzaexpo.com, do evento, e www.pizzatoday.com, da revista. Os irmãos Testa, pela pouca idade, foram impressionantes!

Em 2015, o evento ocorrerá novamente em Las Vegas, NV, no mesmo Con-vention Center, de 23 a 26 de março. Não percam e, para as empresas que já abastecem o mercado brasileiro, que tal participar diretamente e mostrar os seus produtos para o maior mercado mundial de pizzas, os USA!

International Pizza Expo 2015Las Vegas Convention Center

23 à 26 de março

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C U R S O S , E V E N TO S E F E I R A S

THE PARTYA festa de aniversário de 30 anos foi

também um evento marcante do qual ainda se falará nos próximos anos. A ban-da acompanhando o cantor de música pop atraiu muita gente; comidas, bebidas e mesas de jogo não faltaram para esse evento festivo.

A noite foi coroada pelas fi nais do WPG (World Pizza Games), com as apre-sentações excepcionais de Lee Mooney, da Coréia do Sul, em acrobacias indivi-duais, e do americano Justin Wadstein, da Pizza My Heart, em Los Gatos, CA, que já ganhou inúmeras títulos, tanto nos Estados Unidos quanto na Itália, em diversas modalidades de acrobacias com pizza. Um show!

THE COMPETITIONSO International Pizza Challenge e o World Pizza Games tiveram um recorde

de 11 títulos. Cerca de 170 pizzaiolos do mundo inteiro competiram face à face durante os três dias do evento para determinar quem era o melhor dos melho-res. A lista completa dos ganhadores das duas competições, bem como alguns vídeos do World Pizza Games podem ser visualizadas no site www.pizzaexpo.com, do evento, e www.pizzatoday.com, da revista. Os irmãos Testa, pela pouca idade, foram impressionantes!

Em 2015, o evento ocorrerá novamente em Las Vegas, NV, no mesmo Con-vention Center, de 23 a 26 de março. Não percam e, para as empresas que já abastecem o mercado brasileiro, que tal participar diretamente e mostrar os seus produtos para o maior mercado mundial de pizzas, os USA!

International Pizza Expo 2015Las Vegas Convention Center

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