Custo Operacional de Equipamento de Terraplenagem
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MARCELLO MINELLI JUNIOR
CUSTO OPERACIONAL DE EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM
JOINVILLE SC
2009
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CINCIAS TECNOLGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MARCELLO MINELLI JUNIOR
CUSTO OPERACIONAL DE EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM
Trabalho de graduao apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC, como requisito para obteno do grau de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Especialista Dieter Neermann
Co-orientador(a): Msc. Lgia Vieira Maia Siqueira
JOINVILLE SC
2009
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MARCELLO MINELLI JUNIOR
CUSTO OPERACIONAL DE EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM
Trabalho de graduao aprovado como requisito para obteno do grau de
Bacharel, no curso de graduao em Engenharia Civil da Universidade do Estado de
Santa Catarina.
Banca Examinadora:
Orientador: __________________________________________________
Prof. Especialista Dieter Neermann
Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC
Co-orientador(a): __________________________________________________
Prof(a). Mestre Lgia Vieira Maia Siqueira
Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC
Membro: __________________________________________________
Eng.(a) Vanessa Farias Mafra
Terraplenagem Medeiros Ltda.
Joinville / SC 17 de Novembro de 2009
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Dedico este trabalho e todo o suor dos meus anos de estudo, a meu pai Marcello, a minha me Jussara e a meu irmo Leonardo, que me apoiaram incondicionalmente durante todo o curso.
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AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente a Deus aos meus pais Marcello Minelli, Jussara
Minelli e a meu irmo Leonardo Minelli, que me ajudaram atravs de conselhos,
pensamentos positivos e muitas oraes, fatores determinantes para que eu viesse
a realizar o sonho de me tornar engenheiro civil.
Ao Prof. Especialista Dieter Neermann pelo seu conhecimento da rea, ajuda
prestada na pesquisa junto s empresas, ao incentivo dado desde o comeo, o que
contribuiu para o desenvolvimento deste trabalho.
Prof(a) Msc. Lgia Vieira Maia Siqueira pela sua disponibilidade de tempo,
em ser minha co-orientadora e fazer parte da banca examinadora, por ler, sugerir
mudanas e correes.
Ao Prof. Msc. Nlson lvares Trigo, por ser um excepcional professor, por ter
ajudado muitos alunos a seguirem no curso e no desistirem, foi sem dvidas um
dos melhores professores que j tive.
Aos funcionrios da PESA Caterpillar do Brasil, Gerson Mello Borges e
Rafael Veiga, pela colaborao nas informaes concedidas e a oportunidade de
conhecer um pouco mais do trabalho desenvolvido pela empresa.
Terraplenagem Medeiros Ltda., em especial a Pedro Medeiros de Farias e a
Eng(a) Vanessa de Farias Mafra pela colaborao em me auxiliar com o
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fornecimento dos dados dos equipamentos que foram fundamentais para este
trabalho e se disponibilizar a fazer parte da banca examinadora. Meus mais
profundos agradecimentos.
Aos meus colegas e amigos de curso, Ricardo Fabrcio Dias de Toledo,
Rafael Jacob, Andreisse Aparecida Hannmann, Hugo Csar Parra Santos e Jferson
da Silveira, pessoas com quem convivi maravilhosos anos na faculdade.
A todos os meus amigos da Construtora Dona Francisca Ltda. com quem tive
meus maiores aprendizados do que fazer engenharia, Vanderlei, Vilmar, Mrcio,
Jorge, Juliana, Francine, ao meu mestre com quem aprendi muito sobre oramentos
Amarildo, Luciano, Jian Carlos, Flvio, Milton, e ao mestre de obras Gilmar, aonde
tive a oportunidade de aprender na prtica a construir.
A todos os antigos moradores do Residencial Lbeck onde tudo comeou:
Marcel, Gustavo, Yuri, Rodrigo, Vinicius, Vladimir, Murilo, Mrio Joaquim (In
memorian), Jonas, Jones, Joo Evaristo, Gevaerd, Charles, Paulo Carioca e
famlia, Raquel e Lus Renato.
E um agradecimento especial, pelos anos de amizade com meu grande e
eterno amigo de Ijui/RS, Dr. Avelino Scarton Neto.
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MANUTENO
ISTO AI:
Quando tudo vai bem,
ningum lembra que existe, Quando vai mal,
dizem que no existe Quando para gastar,
acha-se que no preciso que exista Porm quando realmente no existe, todos concordam que deveria existir,
A. SUTER
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RESUMO
Esta pesquisa visa dar um parecer terico de como poderia ser calculado o custo operacional de alguns equipamentos de terraplenagem, com o objetivo de analisar entre as metodologias utilizadas, qual a que mais representaria a realidade do setor. A estimativa destes custos foi realizada, por mtodos estatsticos e matemticos existentes, com o auxlio de uma coleta de dados junto a Terraplenagem Medeiros Ltda. da cidade de Joinville/SC. No decorrer dos captulos apresentaram-se os objetos do estudo, caminhes basculante, tratores de esteira, retro-escavadeiras, escavadeiras hidrulicas, rolo compactador, ps-carregadeira e moto-niveladoras, os mtodos utilizados, Mtodo de FAO, Mtodo de FAO/ECE/KWF e o Mtodo de Battistella/Scania, estes da rea de equipamentos florestais, e a metodologia utilizada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infra estrutura e Transportes). Aps efetuar os clculos, apresentou-se os resultados finais atravs de grficos comparativos entre os mtodos, empresa e ndice da SOBRATEMA (Associao Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manuteno), aonde se buscou identificar as principais diferenas entre as metodologias.
Palavras-chave: Equipamentos, Terraplenagem, Mtodos, Custos
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ABSTRACT
This research aim a teorical vision about to calculate the operational costs of land planing equipments, doing an analisis based on searched methodologies, which one could represent this sector reality better. The evaluation of these costs was held using some statistical and mathematical existing methods, through a data collection from Terraplenagem Medeiros Ltda. at Joinville, SC. Throughout the chapters will be presented the study objects, mixer trucks, track-type tractors, backhoes, bulldozers, sheepsfoot rollers, wheel loaders and motor graders. Was analyzed the costs by the following methodologies, FAO method, FAO/ECE/KWF method, and Battistella/Scania method, these from forestry equipment area, and the methodology used by DNIT (National Department Infra structure and Transports). Finally are shown the final results by comparative graphics between the methods, company and SOBRATEMA (Associao Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manuteno) index, where was searched indentify the main differences through the studied methods. .
Keywords: Equipments, Land planing, Methods, Costs
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Caminho basculante Off-Road........................................................................23
Figura 2 - Detalhe do Rpper uni-dente..........................................................................25
Figura 3 - Detalhe de um Rpper do tipo multi-dente.......................................................25
Figura 4 - Vista de um trator esteiras sendo transportado por um caminho..............26
Figura 5 - Vista frontal de um rolo compactador p de carneiro....................................30
Figura 6 Vista de um rolo compactador liso...................................................................32
Figura 7 Esboo de uma escavadeira tipo shovel......................................................36
Figura 8 Esboo de uma escavadeira tipo drag-line...............................................37
Figura 9 Esboo de uma escavadeira tipo backhoe...................................................37
Figura 10 Esboo de uma escavadeira do tipo clam-shell........................................38
Figura 11 - Alcance mximo do brao de uma escavadeira hidrulica.........................38
Figura 12 - Vista da escavadeira PC 200-8 Hybrid da Komatsu....................................41
Figura 13 Escavadeira hidrulica usada pela Terraplenagem Medeiros...................41
Figura 14 Retro-escavadeira usada pela Terraplenagem Medeiros..........................44
Figura 15 P-carregadeira usada pela Terraplenagem Medeiros..............................47
Figura 16 Esboo de trajetria de ida e volta de r de uma moto-niveladora..........48
Figura 17 Esboo de passagem contnua de uma moto-niveladora..........................48
Figura 18 Moto-niveladora usada pela Terraplenagem Medeiros..............................50
Figura 19 Distribuio das locadoras de equipamentos pelo pas.............................58
Figura 20 P carregadeira trabalhando em condio leve de servio.................85
Figura 21 - Moto-niveladora trabalhando em condio mdia de servio................85
Figura 22 - Trator de esteiras trabalhando em condio mdia de servio...............86
Figura 23 Caminho trabalhando em condio mdia de servio...........................86
Figura 24 Escavadeira trabalhando em condio mdia de servio.......................87
Figura 25 Rolo trabalhando em condio mdia de servio.....................................87
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Comparativo entre obras...................................................................................22
Tabela 2 Especificaes de alguns caminhes basculante.........................................24
Tabela 3 Especificaes de alguns tratores de esteira................................................26
Tabela 4 Especificaes de algumas patas para rolos p de carneiro...................28
Tabela 5 Especificaes de alguns rolos compactadores p de carneiro.................29
Tabela 6 Especificaes de alguns rolos de chapa lisa...............................................30
Tabela 7 Tabela de locais de utilizao dos rolos compactadores............................32
Tabela 8 Especificaes de algumas escavadeiras......................................................37
Tabela 9 Especificaes de algumas retro-escavadeiras............................................41
Tabela 10 Especificaes de algumas ps carregadeiras sobre rodas.....................43
Tabela 11 Produtividade de ps carregadeira...............................................................43
Tabela 12 Especificaes de algumas moto-niveladoras............................................46
Tabela 13 Coeficientes de rolamento para alguns tipos de superfcie......................51
Tabela 14 Coeficientes de aderncia..............................................................................52
Tabela 15 Tabela de vida til em relao condio de servio...............................57
Tabela 16 Classificao dos itens gerados numa manuteno..................................60
Tabela 17 Condies de trabalho dos equipamentos DNIT.....................................80
Tabela 18 Tabela de equipamentos cadastrados DNIT............................................85
Tabela 19 Tabela de percentuais residuais dos equipamentos DNIT....................87
Tabela 20 Tabela de coeficientes de manuteno DNIT..........................................89
Tabela 21 Tabela coeficientes de consumo - DNIT......................................................91
Tabela 22 Tabela de coeficientes de padro salarial - DNIT.....................................93
Tabela 23 Tabela de encargos sociais incidentes.......................................................94
Tabela 24 - Tabela de coeficientes de consumo dos equipamentos DNIT...........106
Tabela 25 - Tabela de coeficientes de consumo p/ caminhes DNIT....................107
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Tabela 26 - Tabela de custo horrio da SOBRATEMA.............................................108
Tabela 27 - Resumo frmulas dos mtodos florestais..............................................109
LISTA DE EQUAES
Equao 1 Esforo trator mximo....................................................................................50
Equao 2 Fora de rolamento........................................................................................50
Equao 3 Fora de rampa...............................................................................................51
Equao 4 Fora de aderncia.........................................................................................52
Equao 5 Fora de inrcia..............................................................................................53
Equao 6 Fora do ar.......................................................................................................53
Equao 7 Juros pelo mtodo de FAO...........................................................................61
Equao 8 Hora efetiva de trabalho por ano.................................................................62
Equao 9 Seguros pelo mtodo de FAO......................................................................62
Equao 10 Impostos pelo mtodo de FAO...................................................................63
Equao 11 Depreciao pelo mtodo de FAO............................................................64
Equao 12 Combustveis pelo mtodo de FAO...........................................................65
Equao 13 Graxas e lubrificantes pelo mtodo de FAO............................................65
Equao 14 Manutenes e consertos pelo mtodo de FAO..................................66
Equao 15 Hora efetiva de viagem por ano.................................................................66
Equao 16 Pneus pelo mtodo de FAO........................................................................67
Equao 17 Mo de obra pelo mtodo de FAO............................................................67
Equao 18 Administrao pelo mtodo de FAO..........................................................68
Equao 19 Umbral pelo mtodo de FAO/ECE/KWF...................................................69
Equao 20 Depreciao quando valor do umbral menor que a hora efetiva de
trabalho por ano pelo mtodo de FAO/ECE/KWF............................................................69
Equao 21 Depreciao quando o valor do umbral maior que a hora efetiva de
trabalho por ano pelo mtodo de FAO/ECE/KWF............................................................69
Equao 22 Consertos quando o valor do umbral maior que a hora efetiva de
trabalho por ano pelo mtodo de FAO/ECE/KWF............................................................70
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Equao 23 Consertos quando o valor do umbral maior que a hora efetiva de
trabalho por ano pelo mtodo de FAO/ECE/KWF............................................................70
Equao 24 Combustveis pelo mtodo de Battistella/Scania....................................72
Equao 25 leo do motor pelo mtodo de Battistella/Scania...................................73
Equao 26 leo de transmisso/hidrulico pelo mtodo de Battistella/Scania.....73
Equao 27 Lavagem e lubrificao pelo mtodo de Battistella/Scania..................74
Equao 28 Pneus, cmaras e recapagens pelo mtodo de Battistella/Scania.....74
Equao 29 Peas e materiais p/ oficina pelo mtodo de Battistella/Scania...........75
Equao 30 Salrio de oficina e leis sociais............................................................75
Equao 31 Depreciao pelo mtodo de Battistella/Scania..................................76
Equao 32 Remunerao do capital (Juros) pelo mtodo de Battistella/Scania...76
Equao 33 Salrios e encargos dos operadores pelo mtodo de
Battistella/Scania........................................................................................................77
Equao 34 Licenciamento pelo mtodo de Battistella/Scania..................................77
Equao 35 Seguros pelo mtodo de Battistella/Scania.........................................78
Equao 36 Depreciao pelo mtodo do DNIT.....................................................90
Equao 37 Seguros e impostos pelo mtodo do DNIT..........................................88
Equao 38 Manuteno pelo mtodo do DNIT......................................................89
Equao 39 Equipamentos movidos a diesel pelo mtodo do DNIT.........................91
Equao 40 Equipamentos movidos a gasolina pelo mtodo do DNIT...................92
Equao 41 Custo horrio da mo de obra pelo mtodo do DNIT..........................93
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LISTA DE GRFICOS
Grfico 1 Porcentagem dos itens gastos em uma obra de terraplenagem...............21
Grfico 2 Produtividade de um rolo p de carneiro.......................................................33
Grfico 3 Produtividade de um rolo liso trabalhando no asfalto..................................33
Grfico 4 Produtividade de uma moto-niveladora c/ lmina de 3,658m....................48
Grfico 5 Produtividade de uma moto-niveladora c/ lmina de 4,267m....................49
Grfico 6 Percentuais gastos com manuteno dos equipamentos..........................59
Grfico 7 Custos finais p/ o caminho basculante........................................................97
Grfico 8 Custos finais p/ o trator de esteiras..........................................................98
Grfico 9 Custo final p/ a escavadeira hidrulica..........................................................99
Grfico 10 Custo final p/ o rolo compactador...............................................................101
Grfico 11 Custo final p/ a retro-escavadeira.............................................................102
Grfico 12 Custo final p/ a p carregadeira sobre rodas............................................103
Grfico 13 Custo final p/ a moto-niveladora.................................................................104
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SUMRIO
1 INTRODUO...........................................................................................................17
1.1 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................18 1.2 OBJETIVO................................................................................................................19 1.3 LIMITAES DO TRABALHO.................................................................................19 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO.................................................................................19
2 OS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM.........................................................21
2.1 CAMINHO BASCULANTE....................................................................................22 2.2 TRATOR DE ESTEIRAS..........................................................................................24 2.3 ROLOS COMPACTADORES...................................................................................27 2.4 ESCAVADEIRA HIDRULICA.................................................................................34 2.5 RETRO ESCAVADEIRAS........................................................................................40 2.6 PS CARREGADEIRAS SOBRE RODAS................................................................42 2.7 MOTO-NIVELADORA................................................................................................44
2.8 VERIFICAO DA ESCOLHA DE UM EQUIPAMENTO DE TERRAPLENAGEM ATRAVS DA SUA POTNCIA..............................................................49
2.9 OS ITENS CONSIDERADOS PARA A ESTIMATIVA DO CUSTO OPERACIONAL...................................................................................................................54
2.9.1 Custo de aquisio dos equipamentos..................................................................54 2.9.2 Valor residual...........................................................................................................55 2.9.3 Vida til do equipamento........................................................................................55 2.9.4 Custo de oportunidade de capital Juros...........................................................57 2.9.5 Seguros e impostos...................................................................................................58 2.9.6 Custo de manuteno............................................................................................58 2.9.7 Custo de operao....................................................................................................60
3 MTODOS TERICOS DA REA FLORESTAL.....................................................61
3.1 MTODO DE FAO...................................................................................................61 3.1.1 Descrio do mtodo.............................................................................................61 3.1.2 Custos fixos..............................................................................................................61
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3.1.2.1 Juros...................................................................................................................61 3.1.2.2 Seguros................................................................................................................62 3.1.2.3 Impostos...................................................................................................................63 3.1.2.4 Depreciao..........................................................................................................63 3.1.3 Custos variveis.........................................................................................................64 3.1.3.1 Combustveis..........................................................................................................64 3.1.3.2 Graxas e lubrificantes...........................................................................................65 3.1.3.3 Manutenes e consertos..................................................................................66 3.1.3.4 Pneus.....................................................................................................................67 3.1.3.5 Mo de obra.....................................................................................................67 3.1.3.6 Administrao..........................................................................................................67 3.2 MTODO DE FAO/ECE/KWF..................................................................................68 3.2.1 Descrio do mtodo................................................................................................68 3.2.2 Custos fixos...........................................................................................................68 3.2.3 Custos semi-fixos...................................................................................................68 3.2.3.1 Depreciao..........................................................................................................68 3.2.3.2 Consertos...........................................................................................................70 3.2.4 Custos variveis.....................................................................................................70 3.3 MTODO DE BATTISTELLA/SCANIA........................................................................71 3.3.1 Descrio do mtodo..............................................................................................71 3.3.2 Custos variveis.........................................................................................................72 3.3.2.1 Combustveis..........................................................................................................72 3.3.2.2 leo do motor.........................................................................................................73 3.3.2.3 leo de transmisso/hidrulico.........................................................................73 3.3.2.4 Lavagem e lubrificao.......................................................................................73 3.3.2.5 Pneus, cmaras e recapagens.........................................................................74 3.3.2.6 Peas e material de oficina...................................................................................74 3.3.2.7 Salrio de oficina e leis sociais..........................................................................75 3.3.3 Custos fixos................................................................................................................75 3.3.3.1 Depreciao......................................................................................................75 3.3.3.2 Remunerao do capital.....................................................................................76 3.3.3.3 Salrios e encargos sociais dos operadores....................................................76 3.3.3.4 Licenciamento.......................................................................................................77 3.3.3.5 Seguros.................................................................................................................77 3.3.3.6 Administrao..........................................................................................................78
4 METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT.....................................................................79
4.1 CUSTO DE AQUISIO DOS EQUIPAMENTOS..................................................79 4.2 VIDA TIL DO EQUIPAMENTO..............................................................................79 4.3 DEPRECIAO..........................................................................................................86 4.4 SEGUROS E IMPOSTOS........................................................................................88 4.5 MANUTENO...........................................................................................................88 4.6 OPERAO...................................................................................................................90 4.6.1 Custo horrio dos materiais.....................................................................................90 4.6.1.1 Equipamentos movidos a diesel...........................................................................91 4.6.1.2 Equipamentos movidos a gasolina......................................................................92
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4.6.2 Custo horrio da mo de obra................................................................................92
4.7 CUSTO HORRIO PRODUTIVO..............................................................................95
4.8 CUSTO HORRIO IMPRODUTIVO..........................................................................95
5 APRESENTAO DOS RESULTADOS FINAIS..........................................................96
5.1 MTODO DE FAO X FAO/ECE/KWF X BATTISTELLA/SCANIA X DNIT..............96
5.1.1 Caminho basculante.............................................................................................96 5.1.2 Trator esteira............................................................................................................97 5.1.3 Escavadeira hidrulica.............................................................................................98
5.1.4 Rolo compactador..................................................................................................100
5.1.5 Retro-escavadeira..................................................................................................101
5.1.6 Ps carregadeiras sobre rodas..............................................................................102
5.1.7 Motoniveladora......................................................................................................103
CONCLUSO.......................................................................................................................105
ANEXOS................................................................................................................................106
APNDICE............................................................................................................................109
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.................................................................................139
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17
1. INTRODUO
O desenvolvimento de mquinas pesadas para a construo civil, teve um
grande avano no incio do sculo XX. Foi quando surgiram grandes empresas no
setor como a CASE Construction, BOMAG Fayat Group, Caterpillar, Terex, Dynapac
entre outras, com o objetivo de produzir equipamentos que facilitassem o trabalho da
construo civil. No Brasil estas mquinas esto presentes na maioria dos canteiros
de obras, com a aproximao de grandes eventos esportivos nos prximos anos, o
mundo volta os olhos para as grandes obras de infra-estrutura que ocorrero
podendo selar o to esperado desenvolvimento sustentado do pas, mudando
definitivamente a histria econmica e social da nao.
Para que isto ocorra ser necessria uma grande quantidade de
equipamentos de terraplenagem, trabalhando a uma grande velocidade de modo a
cumprir cronogramas e oramentos dos custos previstos. Portanto a estimativa do
custo operacional dos equipamentos de terraplenagem uma tarefa das mais
importantes, o que nem sempre realizado com o devido cuidado pelas empresas,
sendo determinado muitas vezes, atravs da experincia do proprietrio ou gerente
junto ao mercado.
Muitos so os mtodos para estimar este custo de operao, o mais
conhecido e usado por muitas empresas a TCPO (Tabela de Composio de
Preos para Oramentos). Porm este visto como duvidoso pelos oramentistas
das empresas, por um motivo muito simples, o fato dos coeficientes multiplicadores
da composio do custo ser disponvel apenas para uma faixa de potncia, no
sendo aplicado para outras faixas de potncia, o que representa diferentes gastos,
com combustvel, manutenes, pneus e peas por exemplo.
Porm alguns mtodos utilizados na rea florestal e a utilizada pelo DNIT
(Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes) e que serviram para
abordar esta questo no trabalho, levam este motivo em considerao, descrevendo
o custo final do equipamento de uma forma mais real. Conhecer este custo
fundamental, repercutindo no sucesso ou no na contratao do servio por um
cliente.
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1.1 JUSTIFICATIVA
O mercado apresenta hoje uma competio muito grande entre empresas,
todas buscando possuir o preo mais atraente para o cliente, atravs de reduo de
custos, formulada conforme a poltica de cada empresa. Quando se trata do setor
de terraplenagem quanto menor for o custo de operao de um equipamento mais
atraente este para o mercado, pois os custos envolvidos com os maquinrios nos
servios de movimentao de terra so relativamente caros, envolvendo uma boa
parte do investimento previsto para uma determinada obra. O fato de no se
observar os custos estimados por parte das empresas de terraplenagem para seus
equipamentos, faz com que se percam boas oportunidades de ganhar valiosos
contratos de prestao de servio por exemplo.
O engenheiro civil e consultor de empresas Aldo Drea Mattos em seu artigo
publicado na revista Construo e Mercado, observa a dificuldade das empresas
privadas em determinar os custos operacionais de seus equipamentos:
corrente o desconhecimento sobre como se chega ao custo da hora de um equipamento, a falta de entendimento leva a erros de oramento e a negociaes de preos e reivindicaes contratuais feitas sobre bases equivocadas. (REVISTA CONSTRUO E MERCADO n 72, p. 34 - 2007)
Porm a dificuldade se expande tambm para o setor pblico, atravs da falta
de atualizao de bancos de dados com a realidade, conforme se observa na
citao dos engenheiros Joo Carlos Chimara do Tribunal de Contas do municpio
de So Paulo, Jony Pedro Camacho Greilberger e Valria P.M Tiveron, ambos da
Prefeitura municipal de So Paulo.
Alguns custos de servios de engenharia esto diretamente relacionados, ou mesmo so exclusivamente determinados pelos custos de equipamentos, no entanto, no so vistos desta forma. Este o caso dos servios de movimento de terra em geral e, mais especificamente, do transporte de terra. explanada a experincia da Prefeitura da Cidade de So Paulo, onde, at a tabela data base de janeiro de 2005 e os critrios para o clculo do custo horrio de equipamentos eram os mesmos desde cerca dos dez anos anteriores, sem que se submetesse a nenhuma atualizao (CHIMARA, GREILBERGER e TIVERON, s.d p.2)
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19
1.2 OBJETIVO
Com o intuito de melhor conhecer como deve ser feita a composio do custo
operacional, o objetivo principal deste trabalho, investigar os valores finais
estimados pela Terraplenagem Medeiros da cidade de Joinville/SC, utilizando para
isto quatro metodologias diferentes, observando atravs de anlise grfica final dos
resultados obtidos, qual mtodo melhor espelha a estimativa de custos da empresa.
1.3 LIMITAO DO TRABALHO
A limitao do trabalho, investigar os valores estimados pela Terraplenagem
Medeiros para seus equipamentos, verificando a validade de quatro metodologias
tericas utilizadas analisando por fim, qual que mais se aproxima da realidade dos
valores usados pela empresa.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
Visto que os mtodos para efetuar esta estimativa so muitos, concentrou-se
a ateno em trs metodologias da rea florestal, a escolha destes trs mtodos foi
definida pelo fato dos equipamentos desta rea serem produzidos pelos mesmos
fabricantes, dos utilizados em obras de terraplenagem como o caso da Caterpillar,
o que reflete que apresentem caractersticas similares em relao confeco dos
componentes mecnicos. Esta escolha foi sanada quando entrou-se em contato com
Carlos Cardoso Machado, professor e pesquisador da Universidade Federal de
Viosa - UFV um dos autores do artigo Estudo comparativo envolvendo trs
mtodos de clculo do custo operacional para o caminho bitrem aonde o mesmo
afirmou que poderia ser utilizado os mtodos sem problemas e que no
influenciariam no resultado por se tratar de uma rea diferente da construo civil. A
quarta metodologia escolhida foi a do DNIT, onde atravs de dados estatsticos o
rgo obtm uma srie de tabelas atravs de modelos matemticos prprios, que
so utilizadas no decorrer dos clculos para chegar ao custo final.
Portanto o presente trabalho foi tratado como um estudo de caso, onde se
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20
escolheu os equipamentos, a empresa, que foi a Terraplenagem Medeiros da cidade
de Joinville/SC onde se coletaram dados de seus equipamentos para efetuar o
respectivo estudo. O trabalho se divide em cinco captulos, no primeiro est a
introduo, objetivo, limitaes do trabalho e a estrutura do trabalho. No segundo
apresentaram-se os equipamentos de terraplenagem utilizados, descrevendo de
cada um, questes relacionadas produtividade, seus custos nas obras, novidades
do mercado, como pode ser determinada a potncia de um equipamento e realizar a
sua escolha atravs de um catlogo tcnico, e os itens que devem ser considerados
para estimarmos o gasto operacional. No terceiro captulo descreveram-se os trs
mtodos da rea de equipamentos florestais utilizados, suas frmulas e os itens que
compem cada um. O quarto captulo da mesma forma que o segundo, ficou
reservado para a metodologia utilizada pelo DNIT, aonde se coloca todas as
expresses e uma srie de tabelas utilizadas pelo mtodo. O quinto e ltimo captulo
destacou-se os itens que apresentaram maior para o menor gasto, para cada
mtodo aplicados e atravs de grficos pode-se visualizar os valores encontrados
nas teorias, com o valor utilizado pela empresa, e o valor estimado pela
SOBRATEMA (Associao Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e
Manuteno).
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21
2. OS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM
Conforme, definio inicial de equipamentos de terraplenagem, Santos, Mello
e Almeida (2007) dizem que, so mquinas destinadas a obras de terra, e que
representam um elevado investimento, proporcionando o sucesso ou o insucesso de
uma obra.
Ricardo e Catalani (1990) classificam estes equipamentos em sete categorias
diferentes:
Unidades escavoempurradoras;
Unidades escavotransportadoras;
Unidades escavocarregadoras;
Unidades aplainadoras;
Unidades transportadoras;
Unidades compactadoras;
Unidades escavoelevadoras;
Segundo Pedrozo (2001), estes equipamentos tem um percentual de 52% do
custo de uma obra de terraplenagem, conforme indicado no grfico 1 abaixo.
Grfico 1 - Porcentagem dos itens gastos em uma obra de terraplenagem
Fonte: PEDROZO - (2001)
Em outras obras tais como pavimentao e drenagem, pode-se observar
tambm uma grande presena destes equipamentos. Em cima disto Pedrozo (2001),
apresenta uma tabela (ver tabela 1 na pgina seguinte) aonde feita uma anlise
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dos percentuais gastos com materiais, mo de obra, equipamentos e transportes.
Tabela 1 Comparativo entre obras
OBRA MATERIAIS MO DE OBRA EQUIPAMENTOS TRANSPORTES
Terraplenagem 18% 15% 52% 15%
Pavimentao 74% 3% 19% 4%
Drenagem 69% 23% 4% 4%
Fonte: PEDROZO - (2001)
Em seu estudo realizado no estado de So Paulo, Chimara, Greilberger e
Tiveron (s.d), afirmaram que os equipamentos representavam, a anos atrs um
percentual que variava na ordem de 22% a 53% dependendo do tipo da obra.
2.1Caminho basculante
Os caminhes basculantes so equipamentos de carga, destinados ao
transporte e descarga de material, sendo indicados para grandes distncias. Estes
podem ser utilizados segundo Ricardo e Catalani (1990) em terraplenagem em
substituio ao motoscraper, devido facilidade deste equipamento tem em
percorrer maiores distncias.
Diversas caractersticas so determinantes, para a escolha de um caminho,
potncia, consumo de combustvel, pneus, manuteno entre outras. O engenheiro
de transportes Antnio Laura Valdvia Neto em entrevista a Revista O Carreteiro diz
que a escolha de um caminho deve ser feita respeitando vrios fatores, porm se
destacam os seguintes:
Preo de compra (quanto vai se gastar para adquirir o equipamento)
Preo de venda (quanto se conseguir na hora da troca no futuro)
Gasto com manuteno (que caminho tem o menor custo)
Consumo de combustvel (quanto ele gasta com diesel)
Capacidade de carga til
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23
Segundo a Revista M&T (2007) os caminhes basculantes tornaram-se um
padro no transporte de materiais em canteiros de obras, por este motivo, este
eficiente equipamento sofre grandes desgastes conforme os anos de utilizao.
Atualmente novos caminhes vm sendo lanados no mercado brasileiro, para
suprir esta necessidade, substituindo antigos modelos. A Revista M&T (2007 n 100)
observa que, os novos modelos presentes no mercado atual, ocuparam o espao
antes reservado aos tradicionais fora de estrada, usados apenas em aplicaes
especficas. Para vencer as severas condies do terreno os caminhes j esto
sendo projetados como verdadeiros equipamentos Off Road, (ver figura 2).
Figura 1 - Caminho basculante Off Road Fonte: Terraplenagem Medeiros Joinville/SC
De acordo com Chimara, Greilberg e Tiveron (s.d), os custos com caminhes
em uma obra de terraplenagem representam em mdia, algo em torno de 22% do
custo da obra.
Faria (2009) apresenta uma especificao geral deste equipamento para
diferentes fabricantes, conforme se observa na tabela abaixo (ver tabela 2).
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Tabela 2 Especificaes de alguns caminhes basculante
Comprimento 6,34 10,0 m
Largura 2,30 2,50 m
Altura 2,55 2,94 m
Comprimento til do chassis 3,83 7,19 m
Distncia ao solo em carga 0,29 1,06 m
Altura do chassis em carga 0,97 1,14 m
Massa vazio 6,6 16,1 t
Carga til 16,1 24,3 t
Potncia (DIN) 162 270 ch
Regime trabalho do motor 2100 2800 rpm
Vida tcnica 8000 horas
Taxa anual de grande conservao 20 %
MARCAS: Berliet, DAF, Dodge, Ford, Hanomag, Mack, Magirus, Deutz, Mercedez-Benz, Saviem, Unic
Fonte: Adaptado de FARIA - (2009)
2.2 Trator de esteiras
Segundo Pacheco (2008), os tratores de esteira so utilizados para
construes residenciais, realizando tarefas como limpeza de terreno, nivelamento
execuo de taludamento nas laterais das estradas, aterro e trabalho de
acabamento para construes paisagsticas e obras de estradas. Estes
equipamentos segundo Pereira et al (2006) e Pacheco (2009), trabalham sobre duas
esteiras de ao, com o auxilio de duas lminas uma que fica na parte da frente do
equipamento, e outra na parte traseira do equipamento. A segunda lmina
chamada por Pacheco (2008), Pereira et al (2006) e Ricardo e Catalani (1990) de
Rpper, ou escarificador (ver figura 2 e 3), que pode ser do tipo uni-dente ou multi-
dente. Esta lmina posterior tem a funo de efetuar acabamentos sobre o solo
atravs de ranhuras utilizada principalmente em solos mais duros, aonde a lmina
frontal no consegue cortar. Na pgina 26 se encontra uma imagem do equipamento
utilizado pela Terraplenagem Medeiros (ver figura 4).
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25
Figura 2 - Detalhe do Rpper uni-dente Fonte: Caterpillar - (2004)
Figura 3 - Detalhe de um Rpper do tipo multi-dente Fonte: PACHECO - (2009)
Furlani e Silva (2006) apresentam algumas vantagens e desvantagens do
trator de esteiras, que pode ser observada, conforme a citao:
Estes tratores so geralmente utilizados em trabalhos pesados de mobilizao do solo, e tm como vantagens: - maior estabilidade em terrenos inclinados devido grande superfcie de apoio do sistema de locomoo e da pequena distncia do centro de gravidade ao solo. - pequeno raio de giro devido imobilizao de uma das esteiras. - elevada fora de trao, que pode ser superior a 80% da sua massa total, e baixa patinagem, devido grande superfcie de contacto rasto solo. - baixa compactao do solo devido baixa presso exercida (0.3 - 0.4 kgf/cm2) e da regularidade da distribuio da carga em toda a superfcie de apoio. Desvantagens: - impossibilidade de circulao pelas estradas devido ao estrago causado
-
26
pelas esteiras ao pavimento. - custo de aquisio e encargos com manuteno bastante altos, especialmente das transmisses e esteiras, tem se observado uma tendncia em aproximar os custos com as esteiras ao dos pneus. (FURLANI e SILVA 2006 p.11)
Figura 4 - Vista de um trator de esteiras sendo transportado por um caminho Fonte: Terraplenagem Medeiros Joinville/SC
Faria (2009) apresenta algumas especificaes gerais para diferentes
fabricantes, de um trator de esteiras similar, conforme tabela 3.
Tabela 3 Especificaes de alguns tratores de esteira
Comprimento 3,11 7,75 m
Largura 1,98 4,89 m
Altura 1,59 3,40 m
Distncia ao solo em carga 0,25 0,60 m
Massa 2,6 46 t
Potncia (DIN) 38 531 ch
Velocidade p/ frente 2,0 8,0 km/h
Velocidade p/ trs 0 13,5 km/h
Esforo mximo de trao 2,5 80 t
Vida tcnica 6000 10000 horas
Taxa anual de amortizao 16,66 %
MARCAS: Allis Chalmers, Case, Caterpllar, Deutz, Fiat, Hanomag, International Harvester, John Deere, Komatsu, Massey Ferguson
Fonte: Adaptado de FARIA - (2009)
-
27
Segundo o Manual de Custos de Infra-estrutura de Transportes do DNIT (V.4,
p. 152 e 206 2007), os tratores de esteira apresentam uma produtividade estimada
para obras de terraplenagem em mdia de 234m3/h para materiais de primeira
categoria e de 177m3/h para os de segunda categoria. Para construo de aterros
de rocha, a produo cai para 63 m3/h em mdia. Pereira et al (2006) apresentam
as seguintes definies para materiais de 1, 2 e 3 :
1 categoria: Compreendem os solos em geral, de natureza sedimentar
ou residual, material granular, saibros independentemente do teor de
umidade apresentado.
2 categoria: Compreendem os materiais com resistncia ao desmonte
mecnico inferior ao da rocha no alterada.
3 categoria: Compreendem a rocha s, os mataces macios e os
blocos e rochas fraturadas de volume igual ou superior a 2,0 m, que
s possam ser extrados aps reduo em blocos, exigindo o uso
contnuo de explosivos para desagregao da rocha.
A Revista M&T (2007) diz que, o material rodante dos tratores de esteiras,
figura entre os mais relevantes no quesito custo de manuteno, chegando a
representar quase 40% deste gasto.
2.3 Rolos compactadores
Schiavo, Nascimento e Coutinho (2007) dizem que, os rolos compactadores
so mquinas destinadas a compactar, e que podem ser de trs tipos, p de
carneiro, liso e pneumtico, sendo que este ltimo destina-se a obras de
pavimentao. Segundo Arquie (1972) apud Sotomayor (2008) os rolos do tipo p de
carneiro trabalha da seguinte forma:
Os rolos p-de-carneiro tm como elementos ativos cilindros metlicos eriados de protuberncias geralmente fixas, chamados p-de-carneiro. A ao do compactador semelhante ao passo de um rebanho aonde seus inumerveis ps penetram ao solo e o compactam. (ARQUIE - 1972 apud SOTOMAYOR - 2008)
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28
Jeuffroy (1973) apud Sotomayor (2008), dizem que este equipamento til
em solos finos mais ou menos coesivos. No recomendvel para materiais
pulverulentos nem para materiais ptreos. Segundo Rico e Del Castillo (1982) apud
Sotomayor (2008) esses rolos concentram seu peso sobre a pequena superfcie de
todo um conjunto de pontas de forma variada, exercendo presses estticas maiores
nos pontos em que as mencionadas protuberncias penetram ao solo. Conforme se
vo dando passadas e o material vai se compactando, os ps aprofundam cada vez
menos no solo, chegando um momento em que j no se produz nenhuma
compactao adicional, numa profundidade da ordem dos 6 centmetros. A esta
peculiar maneira de compactar, denomina-se amassado.
Segundo Pacheco (2008), para os rolos tipo p de carneiro, o tipo de ponta ou
pata que o rolo possui, influi diretamente na presso e na compactao do solo,
sendo um fator determinante para que se atinja mais rpido o ndice de
compactao desejado. Abaixo, tm-se alguns modelos de patas comercialmente
usadas representados, com algumas caractersticas de cada uma (ver tabela 4).
Tabela 4 Especificaes de algumas patas para rolos p de carneiro
TIPO DE PONTA ou PATA A b c d
Tamping
E
Cnica
rea de contato cm2 45 77 116 135 45
Presso no solo com tambor vazio Kg/ cm2 52,5 31,4 20,7 17,4 52,5
Presso no solo tambor com lastro
de gua Kg/ cm2 82,0 44,6 29,5 27,2 82
Altura das patas Mm 216 216 216 178 254
Fonte: PACHECO - (2008)
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Faria (2009) apresenta alguns dados gerais de vrios fabricantes de um rolo
compactador p de carneiro apresentados na tabela a seguir, (ver tabela 5) e
ilustrado na figura 5.
Tabela 5 Especificaes de alguns rolos compactadores p de carneiro
Comprimento 5,23 7,80 m
Largura 2,26 4,00 m
Altura 2,00 3,75 m
Massa 10,8 30,5 t
Potncia (DIN) 48 360 ch
Velocidade p/ frente 0 37,0 km/h
Velocidade p/ trs 0 37,0 km/h
N de patas 108 384 und
Largura de compactao 1,85 3,80 m
Vida tcnica 30000 horas
Taxa anual de amortizao 16,66 %
MARCAS: Bomag, Caterpillar, Hyster, Rex, Tramac, Weller
Fonte: Adaptado de FARIA - (2009)
Figura 5 - Vista frontal de um rolo compactador p de carneiro Fonte: Terraplenagem Medeiros Joinville/SC
Os rolos lisos segundo Guimares (2001) apud Sotomayor (2008) pode ser
entendido da seguinte forma:
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So equipamentos dos quais a parte que entra em contato com o material a ser comprimido responsvel pela operao e o componente da parte rodante, so rodas metlicas aonde o peso do equipamento transferido ao terreno. Estes equipamentos se dividem em dois grupos: rebocveis e autopropelidos. Os primeiros constam geralmente de dois tambores montados num marco ao que se sujeitam os eixos; seu peso varia comumente de 14 a 20 toneladas e podem se incrementar enchendo um depsito sobre o marco com gua ou areia mida. Os autopropelidos constam de uma roda dianteira e uma ou duas traseiras, se fabricam com pesos de 3 a 13 toneladas.
(GUIMARES - 2001 apud SOTOMAYOR - 2008)
Este tipo de rolo segundo Rico e Del Castillo (1982) apud Sotomayor (2008)
tm seu campo de aplicao restrito aos materiais que no requerem concentraes
elevadas de presso. Geralmente estes, so utilizados em areias e britas
relativamente limpas, e empregados para auxlio no acabamento da superfcie
superior das camadas compactadas (acabamento do subleito, da base e de misturas
asflticas).
Novamente Faria (2009), apresenta uma descrio geral de vrios fabricantes
de rolos liso (ver tabela 6) e que pode ser visto na figura 6 na pgina seguinte.
Tabela 6 Especificaes de alguns rolos de chapa lisa
Comprimento 3,57 6,62 m
Largura 1,38 2,90 m
Altura 2,00 3,10 m
Massa 5,0 19,0 t
Potncia (DIN) 27 120 ch
Regime 1800 2800 rpm
Velocidade p/ frente trs 0 24,0 km/h
Raio de giro 3,0 9,5 m
Freqncia 1100 2500 n/min
Vida tcnica 8000 horas
Taxa anual de amortizao 16,66 %
MARCAS: AB, Albaret, A-B, Bomag, Richier, Tramac, Weller
Fonte: Adaptado de FARIA - (2009)
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Figura 6 - Vista de um rolo compactador liso Fonte: Terraplenagem Medeiros Joinville/SC
Vivar (1991) apud Sotomayor (2008) colocam uma observao importante
relativo ao modo de utilizao dos rolos compactadores, e como eles influenciam
num melhor ou pior resultado numa obra conforme citao abaixo.
Apesar de ter sido comprovada que a vibrao um fator importante para obter a densidade requerida de uma maneira mais rpida, tem se determinado tambm que a velocidade de rolamento o parmetro talvez mais importante na compactao de solos. Quanto mais lento se movimente o rolo sobre a superfcie que se compacta, mais perto estaro os pontos de impacto devidos vibrao e, pelo contrrio, quanto mais rpido se movimenta o rolo, mais apartados estaro os pontos de impacto. Isto significa que de dois rolos com as mesmas amplitudes, o de maior velocidade necessitar dar maior nmero de passadas para conseguir os mesmos resultados que o de menor velocidade. (VIVAR 1991 apud SOTOMAYOR - 2008)
Hackbarth (2005) apresenta as seguintes vantagens do equipamento:
Pode completar um ciclo sobre o mesmo ponto, indo e voltando na
mesma faixa, por serem autopropulsados, ou seja, um equipamento
assim como os demais que tem a capacidade de se impulsionarem por
seus prprios meios.
Possuem trao e vibraes independentes acionadas por bombas de
vazo varivel, em funo do tipo de material com que est trabalhando.
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Os rolos de compactao podem atuar em qualquer terreno, sem
problemas de rendimento.
Segundo Arquie (1972) apud Sotomayor (2008), a produo de um
equipamento de compactao, num solo determinado e para uma densidade
especificada fixada como objetivo o nmero de metros cbicos que o compactador
pode conseguir com essa densidade especfica em uma unidade de tempo. Para
Jeuffroy (1973), os problemas essenciais da compactao esto na escolha do
equipamento que melhor se adapte aos solos ou aos materiais a compactar e
determinao do nmero de passadas mais econmico. Abaixo Schiavo,
Nascimento e Coutinho (2007) apresentam uma tabela (ver tabela 7), que compara
diversos tipos de rolos compactadores em relao a seu peso, espessura mxima
da camada aps compactao, uniformidade da camada e tipo de solo aplicvel.
Tabela 7 Tabela de locais de utilizao dos rolos compactadores
Tipo de rolo Peso Max
(t)
Espessura Max aps
compactao Tipo de solo
P de carneiro esttico 20 40 cm Argilas e siltes
P de carneiro
vibratrio 30 40 cm Misturas de areia c/ silte e argila
Pneumtico leve 15 15 cm Misturas de areia c/ silte e argila
Pneumtico pesado 35 35 cm Praticamente todos
Vibratrio c/ rodas
metlicas lisas 30 50 cm
Areias, cascalhos, material granular,
brita
Liso metlico, c/ 3
rodas 20 10 cm Materiais granulares, brita
Rolo de grade ou
malha 20 20 cm Materiais granulares ou em bloco
Combinados 20 20 cm Praticamente todos
Fonte: SCHIAVO, NASCIMENTO e COUTINHO - (2007)
Sotomayor (2008) realizou em sua pesquisa uma determinao de
produtividade envolvendo um rolo compactador p de carneiro, encontrando o
seguinte grfico (ver grfico 2) onde n representa o nmero de passadas.
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Grfico 2 Produtividade de um rolo p de carneiro
Fonte: SOTOMAYOR - (2008 p. 94)
Para um rolo liso trabalhando no asfalto, Sotomayor (2008) apresenta os
seguintes resultados de produtividade (ver grfico 3 ):
Grfico 3 Produtividade de um rolo liso trabalhando no asfalto
Fonte: SOTOMAYOR - (2008 p.95)
-
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O Manual de Custos de Infra-estrutura de Transportes do DNIT (V.4, p 205 e
206 2007) em seu estudo, encontrou uma produo para os rolos p de carneiro
estimada em 224 m3/h para os materiais de primeira e segunda categoria, e de 168
m3/h para os de terceira categoria. Para rolos lisos na compactao final de um
aterro com rocha a produo estimada ficou em torno de 144 m3/h.
Em relao aos custos numa obra de terraplenagem, Chimara, Greilberger e
Tiveron (s.d), afirmam em seu estudo no estado de So Paulo, que estes
equipamentos podem representar em mdia um total de 5% do custo de uma obra
de movimentao de terra.
2.4 Escavadeiras hidrulicas
Segundo Pereira et al (2006), escavadeira hidrulica pode ser entendida
conforme a seguinte forma:
So equipamentos constituidos por uma infra-estrutura, em geral apoiada sobre esteiras, que suporta conjunto superior que pode girar em torno do seu eixo vertical, podendo ser do tipo p frontal ou shovel, caamba de arrasto ou drag-line, caamba de mandbula ou clam shell e retro-escavadeira ou backhoe.
(PEREIRA et al 2006 p. 40)
Pereira et al (2006), dizem que para cada tipo de servio, deve-se encontrar
uma escavadeira adequada, conforme a classificao anteriormente ressaltada. As
escavadeiras tipo shovel so utilizadas geralmente a escavar taludes acima do
nvel que a mquina se situa. Este equipamento composto de por um brao mvel
aonde se encontra acoplado um brao mvel, sendo que este acionado em
movimento ascendente permite a caamba efetuar o corte do talude. O acionamento
do brao feito por um sistema de cabos ou hidraulicamente. A descarga do
material escavado se d pelo giro da plataforma, at que a caamba se posicione
sobre o veculo transportador, quando ento aberta a tampa mvel inferior desta
caamba. (ver figura 7).
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Figura 7 Esboo de uma escavadeira tipo shovel
Fonte: CARDOSO - (2002 p.3)
Segundo Pereira et al (2006) as escavadeiras tipo drag-line objetivam
escavar em nveis situados abaixo do terreno de apoio da mquina, sendo sua
grande aplicao estendida a uma grande gama de materiais pouco consistentes,
mesmo quando possuindo elevado fator de umidade. Sua superestrutura
composta por uma trelia metlica, a qual se aciona a caamba por um sistema de
cabos e roldanas, aonde a operao de escavao feita pelo arrastamento da
caamba devidamente posicionada pelo operador. (ver figura 8).
Figura 8 Esboo de uma escavadeira tipo drag-line
Fonte: CARDOSO - (2002 p.3)
As escavadeiras tipo backhoe segundo define Pereira et al (2006) um
equipamento similar as do tipo shovel, diferenciando-se pelo fato da caamba
trabalhar invertida, ou seja, voltada para baixo, destinada para operaes abaixo do
nvel em que se apia, garantindo boas precises na vala escavada. (ver figura 9).
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Figura 9 Esboo de uma escavadeira tipo backhoe
Fonte: CARDOSO - (2002 p.3)
Por fim Pereira et al (2006) dizem que as escavadeiras do tipo clam-shell
realizam a remoo do material avanando verticalmente e em profundidade,
destinado a abrir valas com dimenses restritas mesmo com a presena de gua,
isto possvel pelo fato do equipamento possuir uma lana treliada que aciona uma
caamba composta por duas partes mveis, as quais caem sobre o terreno
fechando-se ao serem erguidas (ver figura 10).
Figura 10 Esboo de uma escavadeira tipo clam-shell
Fonte: CARDOSO - (2002 p.3)
Abaixo pode-se observar, uma figura (ver figura 11) aonde se detalha, duas
condies em que uma escavadeira hidrulica moderna pode trabalhar nos dias
atuais, no lado esquerdo tem-se as faixas mximas de trabalho quando a
escavadeira necessita de grande alcance e a direita as faixas mxima de trabalho
para grandes volumes de escavao.
-
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Figura 11 - Alcance mximo do brao de uma escavadeira hidrulica Fonte: Catlogo tcnico modelo 336DL da Caterpillar - (2004)
Hackbarth (2005) coloca que, a caamba da escavadeira hidrulica pode ser
classificada por sua capacidade rasa e coroada, e a quantidade que pode ser
carregada na caamba em cada ciclo de escavao, esta eficincia depende das
caractersticas do solo e fator de carregamento.
Faria (2009), apresenta algumas especificaes gerais deste equipamento,
segundo alguns fabricantes deste equipamento, (ver tabela 8).
Tabela 8 Especificaes de algumas escavadeiras
Comprimento 3,39 11,70 m Largura 2,05 5,58 m Altura 2,30 5,68 m
Massa 5,6 137,0 t Potncia (DIN) 31 780 ch
Velocidade translao 1,1 4,6 km/h Capacidade standard 50,0 8000 litros
Profundidade de trabalho 3,60 10,50 m Vida tcnica 8000 10000 horas
Taxa anual de amortizao 16,66 %
MARCAS: Atlas, Bucyrus Erie, Fiat Simit, Hanomag, Hidromac, Liebherr
Fonte: Adaptado de FARIA - (2009)
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38
De acordo com o Manual de Custos de Infra-estrutura de Transportes do
DNIT (V.4, p. 172 e 198 2008), a produo mdia das escavadeiras de 192 m3/h
para materiais de primeira categoria e de 127m3/h para os de segunda categoria. E
para solos moles a estimativa para uma escavadeira com caamba de 600l de
capacidade de 38 m3/h. Cardoso (2002), diz que a produtividade das
escavadeiras, com uma concha de capacidade de 1m3 de aproximadamente
160m3 por hora trabalhando no solo comum, para argilas midas coesivas este valor
cai para metade cerca de 90m3 por hora.
Porm, conforme as obras vo se tornando cada vez mais complexas, a
tecnologia acaba evoluindo quase que proporcionalmente. As escavadeiras so
sinnimas disso, e vem se atualizando muito rapidamente ao mercado consumidor,
Pedrozo (2001), afirma que o gerenciamento eletrnico proveniente nas
escavadeiras hidrulicas, possibilita observar diversos problemas caso a mquina
necessite de manuteno. Outro aspecto observado por Pedrozo (2001), que
estes sistemas eletrnicos modernos, podero eliminar o uso do teodolito por
exemplo, pois a topografia estar por satlite na tela da cabine do operador.
A Revista M&T (2009) afirma que empresas fabricantes de escavadeiras
hidrulicas, como a Volvo, Caterpillar, Komatsu, CASE Construction, apresentaram
recentemente modelos de escavadeiras movidas com combustvel hbrido, ou seja,
ecologicamente correto. Os fabricantes apresentaram esta tecnologia que
proporciona o equipamento ser operado por diesel ou eletricidade, como uma
soluo j comercialmente disponvel. Em comum eles apontam uma reduo
equivalente a 10% no consumo de combustvel pelo maquinrio.
Ainda segundo a Revista M&T (2009), a CASE Construction lanou, o seu
equipamento no mercado japons apontando nos testes preliminares com a nova
escavadeira lanada, uma reduo equivalente a 20% de combustvel, quando a
mquina estava em operao. Outra empresa citada pela revista, a Komatsu lanou
a sua nova escavadeira, denominada PC200-8 Hybrid (ver figura 12 na pgina
seguinte), sendo esta a primeira a ser, movida com combustvel hbrido. O
presidente da Komatsu em entrevista e revista ressalta que, a nova tecnologia
implantada na nova escavadeira, proporcionou uma reduo de combustvel na
ordem de 25%, podendo este chegar a 41%. No decorrer da reportagem a revista
-
39
aponta que, segundo pesquisa solicitada pela Komatsu, a reduo no consumo de
combustvel de 41% em servios efetuados quando a mquina est operando na
lama, caindo para 31% nas operaes no solo e 30% para o servio de remoo de
entulhos.
Figura 12 - Vista da escavadeira PC200-8 Hybrid da Komatsu
Fonte: Revista M&T n 124 - (2009)
Abaixo se tem uma imagem do equipamento utilizado pela Terraplenagem
Medeiros e que ser estudado a estimativa de custo operacional, (ver figura 13).
Figura 13 - Escavadeira hidrulica usada pela Terraplenagem Medeiros
Fonte: Terraplenagem Medeiros Joinville/SC
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40
2.5 Retro-escavadeiras
Cardoso (2002) diz este equipamento pode ser definido como sendo um trator
composto de uma pequena p na parte frontal com capacidade de 0,6m3, e uma
segunda p chamada de retro na parte traseira com capacidade de 0,3m3 .
Segundo Cardoso (2002) e Pacheco (2008) as retro-escavadeiras so mquinas que
trabalham com comandos hidrulicos e so muito utilizadas para efetuar servios
como, construo de valas, transportes de materiais para construo, limpeza de
terrenos, e em obras de infra-estrutura de abastecimentos de gua e esgoto,
eletricidade e telefone. De acordo com a funcionalidade Cardoso (2002) destaca
que:
As escavaes com uma retro-escavadeira so bastante simples de serem executadas, sobretudo no caso da largura da vala ter exatamente a largura da caamba. Isso permite que o equipamento fique alinhado com a escavao, depositando o material ao seu lado. (CARDOSO p. 21 - 2002)
A vantagem deste equipamento a sua versatilidade segundo Cardoso
(2002), esta advm da combinao de uma caracterstica da escavadeira do tipo
shovel, ou seja, a de poder pressionar fortemente o solo que escavado com a p
frontal, alcanando assim razoveis profundidades de escavao. As suas maiores
desvantagens ainda segundo Cardoso (2002) o fato de ser meio desajeitada para
despejar o solo nos equipamentos de transporte, e de boa parte destes serem
pneumticos, ou seja, terem pneus ao invs de esteiras como forma de se
deslocarem, estando, portanto submetidos a atolamentos
Ricardo e Catalani (1990) ressaltam que, este equipamento no indicado
para servios muito pesados, caso ocorra este tipo de situao o equipamento
estar submetido a grandes custos com manutenes. Portanto este deve ser usado
para servios mais leves tais como, nivelamento de terrenos, remoo de entulhos,
pequenas escavaes que no sejam to profundas e volumosas. Isto se deve a sua
limitao de fora no brao, capacidade de carga da concha.
Cardoso (2002) diz que a produtividade mdia das retro-escavadeiras varia de
100 a 240 m3/h, dependendo das condies de servio e do tipo de solo, e que de
qualquer modo, estes valores so bastante elevados superiores a uma escavadeira
-
41
de colher tipo shovel.
Faria (2009) apresenta algumas especificaes gerais de alguns fabricantes
de retro-escavadeira, (ver tabela 9).
Tabela 9 Especificaes de algumas retro-escavadeiras
Comprimento 4,47 8,48 m
Largura 1,80 2,49 m
Altura 2,60 4,09 m
Massa 4,1 9,2 t
Potncia (DIN) 40 93 ch
Velocidade p/ frente 0 34,1 km/h
Velocidade p/ frente 4 10,0 rpm
Velocidade p/ trs 0 40,0 km/h
Capacidade da p 450 1150 litros
Capacidade de retro 42 450 litros
Carga mxima da p 910 3100 kg
Mxima profundidade trabalho da retro 2,87 5,48 m
Vida tcnica 6000 horas
Taxa anual de amortizao 16,66 %
MARCAS: BM Volvo, Case, Ford, IH, Jcb, John Deere, MF.
Fonte: Adaptado de FARIA - (2009)
Abaixo podemos visualizar o modelo de retro-escavadeira usada pela
Terraplenagem Medeiros (ver figura 14), e que ser feita a anlise de custo.
Figura 14 - Retro-escavadeira usada pela Terraplenagem Medeiros Fonte: Terraplenagem Medeiros Joinville/SC
-
42
Chimara, Grieilberg e Tiveron (s.d), afirmam que os custos com equipamentos
do tipo retro-escavadeiras, ps carregadeiras e as escavadeiras, representam algo
em torno de 10% do custo de uma obra de terraplenagem.
2.6 P carregadeira sobre rodas
Segundo Pereira et al (2006), as ps carregadeiras so equipamentos
destinados principalmente a transportar material para veculos de carga, como os
caminhes basculantes. Utilizado em obras de terraplenagem principalmente, na
fase de corte e aterro de terrenos, e tambm por empresas fornecedoras de material
de construo e indstria.
Pereira et al (2006) e Santos, Mello e Almeida (2007) dizem que, alm das
carregadeiras de rodas ou pneumticos, existe um segundo tipo de carregadeira que
a carregadeira sobre esteiras, comparado com o trator de esteiras. Shimizu (2002)
destaca este ltimo como indicado para terrenos acidentados, aonde a carregadeira
sobre rodas no consegue chegar, porm a carregadeira sobre esteiras apresenta a
desvantagem de locomoo at o local de operao, sendo necessrio um
caminho prancha para isso, tornando o seu custo final de operao maior do que o
pneumtico que se desloca por condies prprias. Porm no caso do equipamento
com esteiras, a manuteno mecnica se torna mais cara e com custos elevados,
similares ao que se observou para o trator de esteiras no item 2.2. No entanto,
Shimizu (2002) diz que, em qualquer caso as ps-carregadeiras por trabalharem
diretamente sobre as superfcies escavadas so mais recomendadas para terrenos
mais secos e duros, pois desta forma as esteiras ou as rodas no causam danos
superfcie acabada. Faria (2009) apresenta abaixo algumas especificaes (ver
tabela 10), deste equipamento.
-
43
Tabela 10 Especificaes de algumas ps carregadeiras sobre rodas
Comprimento 2,90 11,96 m
Largura 1,20 4,12 m
Altura 1,61 4,36 m
Massa 2,2 71,7 t
Potncia (DIN) 32 562 ch
Velocidade p/ frente 0 51,6 km/h
Velocidade p/ trs 0 58,0 km/h
Capacidade da p 360 9200 litros
Carga mxima da p 1,00 19 t
Vida tcnica 6000 8000horas
Taxa anual de amortizao 16,66 %
MARCAS: Agrip, Allis Chalmers, Aveling Barford, Benatti, Benoto, BM Volvo, Case, Caterpillar, CMC, Fiat, Ford, Hanomag International, Jcb, John Deere, Kawasaki, Kramer, MF, Michigan, Yale.
Fonte: Adaptado de FARIA - (2009)
No que se refere produtividade deste equipamento, o mesmo varia
dependendo do tipo de solo aonde se encontra o maquinrio, conforme podemos
observar abaixo (ver tabela 11). Na pgina seguinte apresenta-se uma imagem do
equipamento utilizado pela Terraplenagem Medeiros. (ver figura 15 na pgina
seguinte).
Tabela 11 Produtividade de ps carregadeiras (m3/h)
MATERIAL CAPACIDADE DA CAAMBA (m
3)
0,29 0,38 0,58 0,77 0,96 1,15 1,35 1,50 1,90
Terra mida ou argila 65 88 125 155 190 220 245 270 310
Areia e pedregulho 60 85 120 150 175 205 230 250 300
Terra comum 53 73 105 135 160 185 205 230 270
Argila dura 38 57 85 110 140 160 180 200 235
Rocha bem
fragmentada 30 45 72 95 120 140 155 175 210
Terra comum e
pedra 23 38 61 80 100 120 140 155 185
Argila molhada e
pegajosa 19 30 54 73 92 110 125 140 175
Rocha mal
fragmentada 12 20 38 57 73 88 110 122 150
MATERIAL CAPACIDADE DA CAAMBA (m3)
-
44
2,10 2,30 2,70 3,05 3,45 3,80 4,20 4,60 4,95
Terra mida ou argila 330 350 400 445 485 525 565 610 640
Areia e pedregulho 320 345 385 425 460 495 530 565 600
Terra comum 290 310 345 390 430 460 495 525 555
Argila dura 255 275 310 345 375 405 460 460 490
Rocha bem
fragmentada 230 245 280 315 350 380 405 440 465
Terra comum e
pedra 205 220 255 290 320 350 380 415 440
Argila molhada e
pegajosa 190 205 235 265 295 320 350 375 400
Rocha mal
fragmentada 165 180 205 235 260 285 315 335 360
Fonte: SANTOS, MELLO e ALMEIDA - (2007)
Figura 15 - P-carregadeira usada pela Terraplenagem Medeiros
Fonte: Terraplenagem Medeiros Joinville/SC
2.7 Motoniveladora
Segundo o Manual de Custos de Infra-estrutura de Transportes do DNIT (V.4,
p. 251 2008) a moto-niveladora empregada nos servios de terraplenagem e
-
45
pavimentao para a execuo de diversos trabalhos tais como manuteno dos
caminhos de servio, a conformao dos taludes de corte, abertura de valetas de
drenagem superficial, o espalhamento e regularizao das camadas a serem
compactadas nos aterros. Este equipamento possui uma lmina de corte, que
proporcionam movimento vertical e horizontal e de rotao e translao em seu
prprio plano. Alm desta lmina a moto-niveladora apresenta tambm o
escarificador ou rpper, que usada quando o material a ser cortado se apresentar
muito duro para o corte da lmina, principal. A ferramenta de escarificao
normalmente composta de 11 dentes removveis que podem ser ajustados a uma
profundidade de at 30 cm.
Sotomayor (2008), apresenta dois modelos de trajetria utilizados empregado
pelos operadores deste tipo de equipamento: a de trajetria de ida e volta de r com
a lmina virada e a de passagem contnua conforme ilustra as (figuras 16 e 17).
Figura 16 Esboo de trajetria de ida e volta de r de uma moto-niveladora
Fonte: SOTOMAYOR - (2008)
-
46
Figura 17 Esboo de passagem contnua de uma moto-niveladora Fonte: SOTOMAYOR - (2008)
Faria (2009) apresenta (ver tabela 12) algumas especificaes de uma moto
niveladora produzida por algumas empresas
Tabela 12 Especificaes de algumas moto-niveladoras
Comprimento 5,94 9,50 m
Largura 1,87 2,95 m
Altura 2,11 2,74 m
Massa 4,8 21,1 t
Potncia (DIN) 58 228 ch
Velocidade p/ frente trs 0,5 49,7 km/h
Largura da lmina 3,0 4,27 m
Altura da lmina 0,39 0,81 t
Vida tcnica 10000 horas
Taxa anual de amortizao 16,66 %
MARCAS: Allis Chalmers, Austin Western, Aveling Bardford, BM Volvo, Caterpillar, Galion, John Deere, Richier.
Fonte: Adaptado de FARIA - (2009)
-
47
Abaixo temos uma imagem (ver figura 18) da moto niveladora utilizada pela
Terraplenagem Medeiros em suas obras.
Figura 18 - Moto-niveladora usada pela Terraplenagem Medeiros Fonte: Terraplenagem Medeiros Joinville/SC
A produtividade de uma moto-niveladora difcil de ser determinada conforme
a citao de Day (1989) apud Sotomayor (2008) pelos seguintes motivos:
A produtividade de uma moto-niveladora, em sua operao bsica de nivelamento, se calcula de acordo com o tempo utilizado para fazer seu trabalho. Essa a diferena com a produtividade de um trator de lmina frontal e de outros equipamentos empregados para a movimentao de terras, os quais se calculam baseando-se nos metros cbicos movimentados por hora. No caso de uma motoniveladora, o volume real de material movido demasiado varivel e no considerado de primeira importncia. O que mais significativo para esse equipamento o nmero de passadas que se requerem para nivelar uma rea dada, ou seja, as vezes que a motoniveladora tem que percorrer a rea at nivel-la completamente. O nmero de passadas depende do estado inicial da superfcie a ser nivelada e da preciso no acabamento. (DAY 1989 apud SOTOMAYOR 2008)
Do mesmo modo, Helio de Souza e Catalani G. (2002) apud Sotomayor
(2008) reforam a dificuldade de se encontrar a produtividade das motoniveladoras,
com a seguinte citao:
-
48
As motoniveladoras, por serem mquinas para acabamento de terraplenagem, sendo seu emprego muito diversificado, torna impraticvel a determinao da estimativa de produo, a no ser para algumas tarefas simples, como o espalhamento e regularizao de camadas de terra para a compactao, atravs de muitas passadas de ida e retorno da lmina do equipamento. (SOTOMAYOR - 2008)
Devido a estas dificuldades apresentadas, Sotomayor (2008) realizou em sua
pesquisa, uma estimativa de produo envolvendo para motoniveladoras com
tamanhos de lminas diferentes atuando em uma mesma velocidade, encontrando
assim dois grficos (ver grficos 4 e 5), onde n representa o nmero de passadas
por um determinado terreno:
Grfico 4 Produo de uma moto-niveladora c/ lmina de 3, 658m Fonte: SOTOMAYOR - (2008 p. 82)
-
49
Grfico 5 Produo de uma moto-niveladora c/ lmina de 4, 267m Fonte: SOTOMAYOR - (2008 p. 83)
2.8 Verificao da escolha de um equipamento de terraplenagem atravs da sua
potncia
Segundo Gonalves (2009), alm dos fatores econmicos, um fator
determinante na escolha de um equipamento a potncia utilizvel do equipamento,
que pode ser determinada analisando os seguintes fatores:
Esforo trator
Resistncia de rolamento
Resistncia de rampa
Aderncia
Inrcia
Ar
O item denominado esforo trator, representa segundo Gonalves (2009):
-
50
Trata-se de parte da potncia do motor da mquina efetivamente usada para promover o movimento da mesma nas diversas operaes escavar, rebocar, empurrar, transportar, etc. a uma determinada velocidade de trabalho (marcha). (GONALVES p. 9 - 2009)
Para determinar este item, Gonalves (2009), apresenta a seguinte expresso
(ver equao 1):
ET = 273,8 .Pot . (equao1) V Onde:
ET - Esforo Trator (kg)
POT - Potncia do equipamento (HP)
V - Velocidade do equipamento (km/h)
- coeficiente de eficincia que varia de 0,8 a 0,9
Segundo Gonalves (2009) e Pacheco (2008) a resistncia ao rolamento
fora de represso das rodas/esteiras sobre o solo devido movimentao do
maquinrio sobre uma superfcie horizontal. E pode ser determinado utilizando-se a
equao abaixo (ver equao 2), com o auxlio da tabela de coeficiente de rolamento
que representa a fora que o terreno exerce por tonelada do equipamento, (ver
tabela 13 na pgina seguinte).
FROL = R ROL . P (equao 2)
Onde:
FROL - Fora de rolamento (kg),
RROL - Coeficiente de rolamento (kg/toneladas)
P - Peso do equipamento (toneladas)
-
51
Tabela 13 Coeficientes de rolamento para alguns tipos de superfcie
Superfcie
Coeficiente de rolamento
Esteira Pneu presso
baixa Pneu
presso alta
Placas de concreto de cimento 27,5 22,5 17,5
Concreto betuminoso 30 35 25 30 20 32,5
Estr. terra compactada, boa conservao 30 40 25 35 20 35
Estr. terra c/ sulcos, conservao precria
40 55 35 50 50 70
Terra escarificada 65 45 95
Estr. terra c/ sulcos, lamacenta, s/ conservao
70 90 75 100 90 110
Areia e cascalho soltos 80 100 110 130 130 145
Estr. terra lamacenta, mole 100 - 120 140 170 150 200
Fonte: GONALVES - (2009)
Para a resistncia de rampa, Gonalves (2009) e Pacheco (2008) dizem que
este representa a fora da gravidade que deve ser superada ao subir uma ladeira,
agindo contra o peso de um equipamento de pneus ou esteiras. E pode ser
determinada pela expresso abaixo (ver equao 3):
FRAM = + 10 . i . P (equao 3)
Onde:
FRAM - Fora de rolamento (kg),
i ngulo de inclinao do talude (%)
P - Peso do equipamento (toneladas)
Segundo Gonalves (2009) e Pacheco (2008) se equipamento estiver no
sentido adverso a subida, ou seja, descendo a rampa esta resistncia tomada
como negativa, j que no h esforo proveniente da rampa e positiva no caso
contrrio.
Com relao aderncia para Gonalves (2009) e Pacheco (2008) esta
representa a capacidade que as esteiras ou pneus tm de aderirem ao solo, o que
influencia diretamente na fora tratora, em que quanto menor a aderncia menor a
-
52
fora tratora. Este fator pode ser determinado segundo a expresso abaixo (ver
equao 4) colocada por Gonalves (2009), e da tabela de coeficientes de aderncia
(ver tabela 14):
ET mx = Pm . (equao 4)
Onde:
ETmx - Fora de aderncia (kg),
Pm Peso sobre os eixos motrizes (kg)
- Coeficiente de aderncia
Abaixo Pacheco (2008) apresenta a tabela (ver tabela 14) de coeficientes de
aderncia para diversos tipos de superfcies.
Tabela 14 Coeficientes de aderncia
COEFICIENTES DE ADERNCIA ou TRAO PARA TRATORES
MATERIAL PNEUS ESTEIRAS
Concreto 0,90 0,45
Argila seca 0,55 0,90
Argila molhada 0,45 0,70
Estrada comum mal
conservada 0,40 0,70
Areia solta seca 0,20 0,30
Areia solta mida 0,40 0,50
Material de pedreira 0,65 0,55
Estrada encascalhada 0,35 0,50
Terra firme 0,55 0,90
Terra solta 0,45 0,60
Fonte: PACHECO - (2008)
Para melhor entendimento deste coeficiente, se o coeficiente de aderncia
para um terreno encascalhado de 0,35, isto significa que o esforo mximo de
-
53
trao para este terreno de 35% do peso suportado pelas rodas motrizes.
A inrcia do equipamento, de acordo com Gonalves (2009), deve ser levada
em considerao, pois esta surge devido alterao de velocidade da mquina E
pode ser determinada com auxlio da seguinte expresso (ver equao 5):
FINR = + 28,3 . V . P (equao 5)
t
Onde:
FINR - Fora de inrcia (kg)
V - Variao da velocidade (km/h)
t - Variao de tempo entre as aceleraes ou desaceleraes (seg)
P - Peso do equipamento (toneladas)
Por fim a resistncia do ar, conforme Gonalves (2009) coloca que esta surge
devido ao do vento e ao deslocamento da mquina em relao massa de ar;
depende da velocidade da mesma, da projeo vertical da rea de sua seo frontal
e de sua forma. Para determinar esta influncia, utiliza-se a expresso abaixo (ver
equao 6):
FAR = K . S . V2 . P (equao 6)
13
Onde:
FAR Fora do ar sobre o equipamento (kg)
S rea de incidncia do ar sobre o equipamento (m2)
V Velocidade do vento (45 km/h)
P Peso do equipamento (toneladas)
K coeficiente de forma 0,02 a 0,07 (veculos) - 0,07 (mquinas)
Portanto, segundo Gonalves (2009) a energia final mnima necessria para o
equipamento em uma dada atividade ser igual diferena entre o esforo trator e a
somatria de todos os esforos resistentes. A partir disto, entra-se em contato com o
fabricante que passar as opes de equipamentos para esta situao.
-
54
2.9 Os itens considerados para a estimativa do custo operacional
2.9.1 Custo de aquisio
Segundo Pereira et al (2007) a aquisio de um equipamento por uma
empresa, definida em funo de pesquisa do mercado, na qual devem ser
considerados a denominao do equipamento, sua potncia, a vida til, o nmero de
horas trabalhadas por ano. Chaves (1955) apud Ricardo e Catalani (1990)
mencionam que a seleo de um equipamento de terraplenagem no momento de
sua aquisio deve obedecer aos seguintes princpios bsicos:
Reduo, tanto quanto possvel das inverses de capital;
Equilbrio de trabalho entre os equipamentos, afim que o rendimento de
cada mquina seja o mximo;
Custos unitrios de produo sempre menores do que aqueles que
resultariam do emprego de outras mquinas ou de outros quaisquer
mtodos de trabalho;
Sabemos que nos dias atuais em meio crise econmica global, os
equipamentos de terraplenagem esto relativamente caros para uma aquisio a
curto, mdio e s vezes a longo prazo, o que torna o custo de operao
relativamente alto de ser administrado. Em virtude da necessidade destas mquinas
nos canteiros de obras, e pelo elevado custo de pelas empresas, se destaca no
mercado brasileiro de equipamentos, a presena cada vez maior das locadoras. No
Brasil, existem diversas delas, algumas que possuem frotas de quase 400
equipamentos de escavao, carregamento e compactao.
Segundo a Revista M&T (2009), o crescimento no setor de locao de
equipamentos pesados tem uma previso de crescimento entre 10 a 15% para o ano
de 2009. O setor de locao de equipamentos colabora com 15% do mercado de
equipamentos pesados, e que os custos com a locao pelas construtoras no
representam mais que 3% do custo com equipamentos em uma obra. Abaixo se
apresenta uma distribuio das locadoras pelo pas (ver figura 19). Segundo o
-
55
presidente da Alec (Associao Brasileira das Empresas Locadoras de Bens
Mveis) Expedito Arena, em entrevista a Revista Guia da Construo (2009) a
disponibilidade de equipamentos acompanha o ritmo da demanda de cada estado, e
que a locao ser cada vez maior quanto mais rpida, segura e planejada for uma
obra. Vanderlei Florenzo, consultor de marketing da Alec, afirma que muitas pessoas
j perceberam as vantagens da locao, aonde se superou a cultura da propriedade,
referindo-se a questo de posse dos equipamentos por parte de uma construtora por
exemplo. A aquisio de um equipamento s se justificaria se uma empresa
depende diretamente deste, para se manter no mercado.
Figura 19 - Distribuio das locadoras de equipamentos pelo pas Fonte: Revista Guia da Construo - (2009 n 72, p. 12)
2.9.2 Valor residual
Ricardo e Catalani (1990) e Pereira et al (2007) afirmam de forma sucinta que
o valor residual pode ser entendido como sendo, o valor de venda aps transcorrido
o perodo de vida til deste. Neto (2005) observa que o valor residual do maquinrio
deve ser levado em considerao para a estimativa dos custos operacionais, pois
isto faz diminuir os custos com depreciao e por conseqncia seu custo final.
2.9.3 Vida til do equipamento
-
56
A vida til de um equipamento pode ser definida como sendo, o tempo em
que o equipamento ir operar gerando recursos econmicos. Ricardo e Catalani
(1990) observam que deve ser considerada dois modos de ver a vida til de um
equipamento, a vida til tcnica e a econmica. A primeira depender dentre outros
fatores, do projeto adequado, das condies de operao e especialmente de
manuteno. A vida da mquina pode ser prolongada atravs de reparos e reformas
dos equipamentos, motivo do qual que existe uma boa parte de mquinas
trabalhando nos dias atuais a mais de 10 anos, e algumas poucas atingindo a
impressionante marca de 30 a 40 anos de uso
Determinar o seu real valor um fator extremamente delicado e difcil para os
fabricantes destes equipamentos. Segundo entrevista feita com a empresa CASE via
email no dia 14/09/2009, a determinao deste fator extremamente difcil de ser
determinada, envolvendo principalmente os seguintes fatores:
Periodicidade de manuteno;
Tipo de aplicao;
Modo de operao;
Plano de troca do maquinrio;
Em relao ao plano de troca segundo a empresa, muitos dos clientes
buscam trocar o maquinrio logo com 3 anos de uso, pelo fato de poderem ocorrer
elevados gastos com manuteno aps este perodo. Porm existem proprietrios
que, trabalham com seus equipamentos de uma forma mais suave, no tendo a
necessidade de fazer a troca dos componentes com tanta freqncia, aumentando
assim a sua vida til.
Em funo desta dificuldade, Ricardo e Catalani (1990) apresentam uma
tabela, sugestiva destes valores de vida til para diferentes condies de servio
(ver tabela 15 na pgina seguinte).
-
57
Tabela 15 Tabela de vida til em relao condio de servio
Equipamento Condio favorvel Condio mdia Condio severa
Trator de esteiras 6 a 11 anos
12000 a 22000 horas
5 a 9 anos
10000 a 18000 horas
4 a 7,5 anos
8000 a 15000 horas
Motoniveladora 10 anos
22000 horas
7,5 anos
15000 horas
6 anos
12000 horas
Caminho
fora de estrada
12,5 anos
25000 horas
10 anos
20000 horas
7,5 anos
15000 horas
Motoscraper 6 a 10 anos
12000 a 20000 horas
5 a 7,5 anos
10000 a 15000 horas
4 a 5 anos
8000 a 10000 horas
Carregadeira
de pneus
6 a 7,5 anos
12000 a 15000 horas
5 a 6 anos
10000 a 12000 horas
4 a 5 anos
8000 a 10000 horas
Carregadeira
De esteiras
6 anos
12000 horas
5 anos
10000 horas
4 anos
8000 horas
Compactadores 7,5 anos
15000 horas
6 anos
12000 horas
4 anos
8000 horas
Escavadeiras 9 anos
18000 horas
7,5 anos
15000 horas
5 anos
10000 horas
Fonte: RICARDO e CATALANI - (1990)
2.9.4 Custo de oportunidade de capital Juros
Atualmente, a taxa de juros do Brasil se configura entre as mais altas do
mundo, o que proporciona um custo relativamente significante sobre os
equipamentos pesados no momento de adquiri-los. Para Pereira et al (2007), os
juros acabam representando o capital incidido, pelo fato de aplicar num negcio
especfico. O juro relativo aos equipamentos, pode se enquadrar em duas
alternativas de atribuio:
Tradicionalmente, aonde so atribudos diretamente no custo horrio
de um equipamento;
Quando co