Cyber agosto/setembro

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Ano I Nº 1 - Agosto - Setembro de 2014 A vocação na Biblía Frei Romano Dellazari, OFM Revista Província São Francisco de Assis - OFM/RS FRANCISCANOS C BER Y Vocação e Missão Clara e a Vocação no seguimento a Jesus Frei Pedro Bruxel, OFM Irmã Mônica de Azevedo Evangelizar no ambiente digital Frei Malone Rodrigues, OFM Vocação TEMA:

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Eis que chega até vocês nossa revista Cyber Franciscanos. Ela nasce do sonho de evangelizar, anunciar a Boa Nova de cima dos telhados. Nossa Província compreende a importância de evangelizar também no ambiente digital.

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Ano I Nº 1 - Agosto - Setembro de 2014

A vocação na BiblíaFrei Romano Dellazari, OFM

Revista

Província São Francisco de Assis - OFM/RSFRANCISCANOSC BERY

Vocação e Missão

Clara e a Vocação noseguimento a Jesus

Frei Pedro Bruxel, OFM

Irmã Mônica de Azevedo

Evangelizar noambiente digital

Frei Malone Rodrigues, OFM

VocaçãoTEMA:

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Carta do Editor

Paz e bem queridos irmãos e irmãs!

Eis que chega até vocês nossa revista Cyber Franciscanos. Ela nasce do sonho de evangelizar, anunciar a Boa Nova de cima dos telhados. Nossa Província compreende a importância de evangelizar também no ambiente digital.

A revista que nasce, sendo totalmente digital, vem até vocês de uma maneira dinâmica e interativa. Ainda estamos no formato Beta, no decorrer da caminhada queremos evoluir, transformar, e para isso contamos com a ajuda de vocês.

Cada edição terá uma temática. Neste mês de Agosto, queremos aprofundar a Vocação. Olhar para a vocação pela perspectiva bíblica e missionária. Compreender a vocação de Santa Clara, amiga el de Francisco. Também damos início a dois quadros: Espaço Vocacional e JUFRA, que no decorrer do tempo serão aprofundados.

Esperamos que vocês curtam e compartilhem, este nosso novo projeto.

Que a paz do Senhor esteja com vocês!

Frei Malone Rodrigues, OFMGerente de Produção de Conteúdo e Criação.

[email protected]

Revista DigitalCyber Franciscanos

Ano I - Nº 1Agosto - Setembro de 2014

Revista Digital da Provincia São Francisco de Assis -

Franciscanos do Rio Grande do Sul.

OFM - Brasil

Propriedade:Instituto Cultural São Francisco de Assis

Serviço de Comunicação Freis RS

Direção:Frei Arno Frelich, OFMEditor e coordenador:Frei Malone Rodrigues, OFM

Redação:Frei Guilherme Johann (Noviço)Social Mídia:Fr. Rômulo Ferreira (Noviço)Fr. Guilherme Ximenes (Noviço)

Coordenador News:Marcelo Schneider (Pré-postulante)

Coordenador Artigos:Maicon Rohr (OFM)Equipe Apoio Site:Frei Antonio Izael (OFM)Frei Benício Warken (OFM)

Revista Digital hospedado no site:www.franciscanos-rs.org.br/revistas

Publicação:Bimestral

Fones:(51) 3246-9937(51) 3061-0353

e-mail:[email protected]

www.FRANCISCANOS-RS.org.br

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ÍNDICE EXPLICAÇÃO LEITURA DIGITAL

02 - EDITORIAL

03 - ÍNDICE

08 - VOCAÇÃO E MISSÃO

12 - ESPECIAL JUFRA

4VOCAÇÃONA BÍBLIA

24CLARA E A VOCAÇÃONO SEGUIMENTOA JESUS CRISTO

16ESPECIALVOCACIONAL

19 - PARTILHA VOCACIONAL

20 - EVANGELIZAR NO AMBIENTE DIGITAL

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fora do cristianismo (monges budistas que se isolavam dentro de cavernas), não existam pessoas que viveram seu contato com Deus isolado dos outros seres humanos. Mas para que assim pudessem viver, eles necessitavam que outros os acudissem... A partir de Pentecostes, de forma clara, como já o expressara Joel (3,1-5), o Espírito Santo conduzirá suas comunidades, agora não mais por meio de pessoas escolhidas apenas, mas por meio de cada ser humano. Cada um com seus dons: ou a sabedoria, ou a palavra de ciência, ou a fé, ou o dom das curas, ou o dom de fazer milagres, ou a profecia, ou o discernimento dos espíritos, ou o falar em línguas, ou o dom de interpretar as línguas, e assim por diante... (1Cor, 12,4-11). Num contexto mais amplo, portanto, o Novo Testamento vai considerar todo o ser humano um vocacionado. Este, por meio de sua liberdade, deverá procurar concretizar em si o projeto que Deus tem a seu respeito. A vocação torna-se assim também um devolver a Deus com frutos os investimentos que Deus nele fez. São os talentos do Evangelho. De forma empreendedora, os dons que Deus investiu em cada ser humano individualmente para o bem de todos, deverão produzir muitos frutos, trinta por um, sessenta por um ou cem por um. Um vocacionado não deixará escorregar através de seus dedos essa oportunidade!

das comunidades de língua aramaica, seguidos pelos sete diáconos, que terminam por serem os chefes das igrejas que não falavam aramaico. É por meio deles, e com S. Paulo, que a Igreja sai do diminuto mundo judaico para todo o mundo conhecido de então. To d o s o s v o c a c i o n a d o s f o r a m chamados por Deus com uma finalidade bem específica, ou seja, fazer com que a dimensão humana, ou seja, a dimensão da misericórdia, da paz e do bem de Deus transparecesse nos rostos de cada ser humano em particular. Se o ser humano foi criado"como que imagem e como que semelhança" de Deus (Gn 1 26), e que Deus é um Deus criador e conservador de cada criatura que existiu, existe e existirá, este ser humano é chamado a cuidar dessa criação. Por isso o vocacionado dentro do contexto bíblico é como que um pastor, segundo a visão dos reis pré-bíblicos do mundo antigo oriental. Ele deve, por seu jeito de ser e agir, deixar transparecer em si mesmo o cuidado com cada criatura, seja ela humana em especial, seja ela um animal ou um vegetal, ou ainda toda a mãe terra. Já no segundo capítulo da Bíblia Deus fala que "não é bom que o ser humano esteja só. Vamos fazer um auxiliar que lhe corresponda" (Gn 2,18). O ser humano foi feito para viver em comunidade. Isso não quer dizer que, tanto dentro do cristianismo (Simão, o estilita) como

Frei Romano Dellazari, OFM - possui graduação em Faculdade de Estudos Sociais pela Universidade de Passo Fundo (1975), graduação em Faculdade de Filosofia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Íjuí (1970), mestrado em Ciências Bíblicas pela Pontifícia Universidade Gregoriana (1983) e doutorado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (2004). Atualmente é professor (especifique) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

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Deus. E muitos dos convidados tinham exatamente a função de falar em nome de Deus em uma situação muito concreta onde o povo, em geral o povo eleito, estava tão distante da vivência da vida proposta por Deus e que fora aceita por esse mesmo povo. Era necessário que alguém, mesmo às custas de mais ou menos sofrimentos ou até às custas da própria vida, falasse em nome desse mesmo Deus. Ele recordava ao povo eleito em que bases fora feita anteriormente um pacto ou uma aliança, ou seja, o compromisso de aceitar, se assim dá para dizer, certas regras de conduta. Essas regras não eram para cercear a liberdade, mas exatamente para poderem vivem em comunidade. Os mandamentos são um exemplo disso. E m c a s o s m u i t o c o n c r e t o s vocacionados são chamados para defender o povo trabalhador por causa injustiças que eles sofriam frente à seus exploradores. Amós e Miqueias estão se defrontando com as injustiças sofridas pelos trabalhadores da terra. Outras vezes os convidados deverão se preocupar diante de um culto mecânico, vazio, apenas para cumprir o mandamento, inclusive o culto exercido por seus dirigentes de culto, os sacerdotes e auxiliares deles. Porém é um culto apenas formal, onde não existe nem amor a Deus e nem ao próximo. Deus dirá então que a misericórdia é mais importante do que o sacrifício. Isaías e Oseias são dois exemplos de combate a esse tipo de culto. Outras vezes o povo vivia no meio de tantas superstições, crendices, simpatias, magias que a experiência em um Deus pessoal desaparecia de tal jeito que se colocava em lugar de Deus tantos ídolos, ou

seja, tantos interesses pessoais que Deus se tornava supérfluo ou se já se caía propriamente na idolatria adorando outros deuses (Gedeão em Jz 6). No Antigo Testamento, numa sociedade em que se atribuía ao homem toda a força e poder, por incrível que pareça, encontramos personagens femininos em momentos cruciais da História da Salvação. No livro dos Juízes encontramos tanto Débora como profetiza e Jael. Esta é a executora de morte Sísara, general de Jabin. Este oprimira terrivelmente os judeus. Sísara foi perseguido pelo juiz Barac e se escondeu, em sua fuga, na tenda de Jael. Esta o escondeu. Mas quando estava num profundo sono ela lhe cravou uma estaca da tenda na cabeça. Em momentos em que a sobrevivência do judaísmo estava por um fio e que os generais homens não mais sabiam o que fazer, duas personagens são colocadas como modelo de persistência: Judite e Ester que através de artimanhas (Judite) ou arriscando a própria vida (Ester), cada uma a seu jeito salvam a vida de seu povo. Rute, uma moabita, é colocada como antepassada do rei Davi. Raab, uma prostituta, em Jericó salva os espiões hebreus porque acreditava que Deus estava com eles. No Novo Testamento, com a vinda de Cristo, muitos novos vocacionados são encontrados. A maior de todas é Maria, pois foi escolhida para ser a mãe de Deus. Não se pode esquecer, falando de figuras femininas, de Maria Madalena! Quantas mulheres aparecem com seus nomes próprios nas cartas de Paulo! Os grandes vocacionados nos albores da era cristã são os apóstolos, os dirigentes

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ser humano a fim de que, generosamente, se abra às manifestações da revelação de Deus, tanto internamente como por meio de fenômenos da natureza, ou seja, as teofanias. Em vez de teoretizar sobre o tema, vamos analisar casos concretos de vocações ou de chamados dentro do contexto bíblico. Quando, na Bíblia, se fala de vocação, de escolha ou de chamado, deve-se levar em consideração o fato de que é sempre Deus quem chama ou escolhe. Ele escolhe alguém, homem ou mulher, para uma missão específica em um determinado momento da história. Ele oferece ao escolhido sua ajuda, ou seja, não o deixa só ou abandonado. O fato de Deus escolher para uma missão, significa também que este alguém tem as capacidades para poder executar a tarefa independentemente de aparentes deficiências pessoais, sejam elas físicas ou psicológicas, para o cumprimento da missão.

Um outro aspecto que transparece na escolha por parte de Deus é a liberdade que o escolhido tem de poder aceitar (Isaías) ou negar o convite (Jonas) mesmo que depois ele execute a missão a ele confiada. Às vezes o escolhido coloca empecilhos por causa de limitações que o leva a se julgar incapaz (Moisés, ao que parece, era gago ou, porque criado na corte egípcia, falaria mal a língua dos hebreus). Uma outra característica que transparece é o fato de que o convidado, às vezes, recebendo o convite para uma missão específica, executada a tarefa, desaparece de cena (Amós). Outras vezes o convidado já é escolhido ou chamado desde o ventre de sua mãe (Jeremias, João Batista). Muitos dos convidados, no futuro, acabarão elencados por seus seguidores no rol de profetas, apesar de que no início de seu chamado não o serem assim denominados, nem por Deus e nem pelos que com eles conviveram (Abraão, Moisés, Samuel). O profeta se caracteriza, não tanto, por cumprir uma tarefa, mas em falar em nome de

Na Bíblia, quando se fala de vocação, ela está ligada à misteriosa natureza de Deus que se revela como amor, como misericórdia e que interpela o

VOCAÇÃONA BÍBLIA

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Deus. E muitos dos convidados tinham exatamente a função de falar em nome de Deus em uma situação muito concreta onde o povo, em geral o povo eleito, estava tão distante da vivência da vida proposta por Deus e que fora aceita por esse mesmo povo. Era necessário que alguém, mesmo às custas de mais ou menos sofrimentos ou até às custas da própria vida, falasse em nome desse mesmo Deus. Ele recordava ao povo eleito em que bases fora feita anteriormente um pacto ou uma aliança, ou seja, o compromisso de aceitar, se assim dá para dizer, certas regras de conduta. Essas regras não eram para cercear a liberdade, mas exatamente para poderem vivem em comunidade. Os mandamentos são um exemplo disso. E m c a s o s m u i t o c o n c r e t o s vocacionados são chamados para defender o povo trabalhador por causa injustiças que eles sofriam frente à seus exploradores. Amós e Miqueias estão se defrontando com as injustiças sofridas pelos trabalhadores da terra. Outras vezes os convidados deverão se preocupar diante de um culto mecânico, vazio, apenas para cumprir o mandamento, inclusive o culto exercido por seus dirigentes de culto, os sacerdotes e auxiliares deles. Porém é um culto apenas formal, onde não existe nem amor a Deus e nem ao próximo. Deus dirá então que a misericórdia é mais importante do que o sacrifício. Isaías e Oseias são dois exemplos de combate a esse tipo de culto. Outras vezes o povo vivia no meio de tantas superstições, crendices, simpatias, magias que a experiência em um Deus pessoal desaparecia de tal jeito que se colocava em lugar de Deus tantos ídolos, ou

seja, tantos interesses pessoais que Deus se tornava supérfluo ou se já se caía propriamente na idolatria adorando outros deuses (Gedeão em Jz 6). No Antigo Testamento, numa sociedade em que se atribuía ao homem toda a força e poder, por incrível que pareça, encontramos personagens femininos em momentos cruciais da História da Salvação. No livro dos Juízes encontramos tanto Débora como profetiza e Jael. Esta é a executora de morte Sísara, general de Jabin. Este oprimira terrivelmente os judeus. Sísara foi perseguido pelo juiz Barac e se escondeu, em sua fuga, na tenda de Jael. Esta o escondeu. Mas quando estava num profundo sono ela lhe cravou uma estaca da tenda na cabeça. Em momentos em que a sobrevivência do judaísmo estava por um fio e que os generais homens não mais sabiam o que fazer, duas personagens são colocadas como modelo de persistência: Judite e Ester que através de artimanhas (Judite) ou arriscando a própria vida (Ester), cada uma a seu jeito salvam a vida de seu povo. Rute, uma moabita, é colocada como antepassada do rei Davi. Raab, uma prostituta, em Jericó salva os espiões hebreus porque acreditava que Deus estava com eles. No Novo Testamento, com a vinda de Cristo, muitos novos vocacionados são encontrados. A maior de todas é Maria, pois foi escolhida para ser a mãe de Deus. Não se pode esquecer, falando de figuras femininas, de Maria Madalena! Quantas mulheres aparecem com seus nomes próprios nas cartas de Paulo! Os grandes vocacionados nos albores da era cristã são os apóstolos, os dirigentes

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fora do cristianismo (monges budistas que se isolavam dentro de cavernas), não existam pessoas que viveram seu contato com Deus isolado dos outros seres humanos. Mas para que assim pudessem viver, eles necessitavam que outros os acudissem... A partir de Pentecostes, de forma clara, como já o expressara Joel (3,1-5), o Espírito Santo conduzirá suas comunidades, agora não mais por meio de pessoas escolhidas apenas, mas por meio de cada ser humano. Cada um com seus dons: ou a sabedoria, ou a palavra de ciência, ou a fé, ou o dom das curas, ou o dom de fazer milagres, ou a profecia, ou o discernimento dos espíritos, ou o falar em línguas, ou o dom de interpretar as línguas, e assim por diante... (1Cor, 12,4-11). Num contexto mais amplo, portanto, o Novo Testamento vai considerar todo o ser humano um vocacionado. Este, por meio de sua liberdade, deverá procurar concretizar em si o projeto que Deus tem a seu respeito. A vocação torna-se assim também um devolver a Deus com frutos os investimentos que Deus nele fez. São os talentos do Evangelho. De forma empreendedora, os dons que Deus investiu em cada ser humano individualmente para o bem de todos, deverão produzir muitos frutos, trinta por um, sessenta por um ou cem por um. Um vocacionado não deixará escorregar através de seus dedos essa oportunidade!

das comunidades de língua aramaica, seguidos pelos sete diáconos, que terminam por serem os chefes das igrejas que não falavam aramaico. É por meio deles, e com S. Paulo, que a Igreja sai do diminuto mundo judaico para todo o mundo conhecido de então. To d o s o s v o c a c i o n a d o s f o r a m chamados por Deus com uma finalidade bem específica, ou seja, fazer com que a dimensão humana, ou seja, a dimensão da misericórdia, da paz e do bem de Deus transparecesse nos rostos de cada ser humano em particular. Se o ser humano foi criado"como que imagem e como que semelhança" de Deus (Gn 1 26), e que Deus é um Deus criador e conservador de cada criatura que existiu, existe e existirá, este ser humano é chamado a cuidar dessa criação. Por isso o vocacionado dentro do contexto bíblico é como que um pastor, segundo a visão dos reis pré-bíblicos do mundo antigo oriental. Ele deve, por seu jeito de ser e agir, deixar transparecer em si mesmo o cuidado com cada criatura, seja ela humana em especial, seja ela um animal ou um vegetal, ou ainda toda a mãe terra. Já no segundo capítulo da Bíblia Deus fala que "não é bom que o ser humano esteja só. Vamos fazer um auxiliar que lhe corresponda" (Gn 2,18). O ser humano foi feito para viver em comunidade. Isso não quer dizer que, tanto dentro do cristianismo (Simão, o estilita) como

Frei Romano Dellazari, OFM - possui graduação em Faculdade de Estudos Sociais pela Universidade de Passo Fundo (1975), graduação em Faculdade de Filosofia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Íjuí (1970), mestrado em Ciências Bíblicas pela Pontifícia Universidade Gregoriana (1983) e doutorado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (2004). Atualmente é professor (especifique) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

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Uma entidade mantida pelo ICSFA – Instituto Cultural São Francisco de Assis, entidade de caráter público, sem ns lucrativos, de assistência social, dos Freis Franciscanos do Rio Grande do Sul. Desenvolvendo inúmeras atividades que possam garantir o desenvolvimento e assistência de muitos jovens em situação de vulnerabilidade social.

www.cpca.org.br

Conheça nossa Instituição

acessando nosso site:

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Evangelho nos impele para a missão. Quem experimenta a alegria do Evangelho não consegue conter em s i es ta fo rça e necessariamente se põe em movimento de compartilhar esta experiência no testemunho e anuncio do Reino de Deus. Toda experiência contida nas sagradas Escrituras são expressão do plano amoroso de Deus que é de salvação e de vida. Ao enviar Jesus ao seio da humanidade, manifesta ainda mais claramente o seu plano: “o Reino de Deus está próximo” (Mc 1,15). Deus 'sai de casa' e vem ao nosso encontro. Em Jesus Ele se aproxima da nossa humanidade para elevá-la e para manifestar a vocação para a qual ela é chamada. Mas também nos envolve e confia em nós. Ao chamar discípulos e enviá-los e ao rejeitar a tentativa que muitos tiveram de

transformá-lo em rei são os sinais mais evidentes de que a missão do Reino não é só de Deus, mas de todos. Não adianta continuamente fazer milagres se o milagre da transformação do coração humano endurecido e corrompido não acontece. Ai depende de nós. Neste sentido podemos entender que é a missão de todos nós. E não conseguiremos isto a sós, mas junto ao outro.Podemos entender o convite do Papa Francisco neste sentido de não podermos ficar parados e indiferentes diante dos inúmeros sofrimentos humanos do nosso tempo e também da criação tão maltratada. Deus nos convida a aproximarmo-nos d'Ele nos aproximando dos outros, especialmente aqueles que estão à beira do caminho. O apelo e envio de Jesus “ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei”

Na recente Exortação Apostólica Evangelii Gaudium o Papa Francisco insiste em afirmar que a força do

VOCAÇÃOE MISSÃO

O apelo e envio de Jesus “ide e fazei discípulos meus

todos os povos,batizando-os em

nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo,

ensinando-os aobservar tudo

o que vos ordenei”(Mt 28,19-20), apontam

para o que deve ser a missão.

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(Mt 28,19-20), apontam para o que deve ser a missão. Iniciação, catequese e batismo em função do que é o essencial: cumprir o que ele ordenou. Sermos homens novos, diminuir o mal e fazer crescer o bem, restituir a vida daqueles que na foram tirada. Poderíamos lembrar ainda a revelação da missão de Jesus: “O Espirito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me para anunciar aos prisioneiros a libertação, aos cegos a recuperação da vista, para por em liberdade os oprimidos, e para anunciar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19).Logo é o Reino de Deus que é o foco da missão de todos nós. Reino de novas relações onde a corrupção, a dominação de uns sobre outros e todos os tipos de opressões sejam eliminadas. Parece que a busca religiosa dos cristãos nos dias de hoje não tem muito claro esta dimensão tão importante do mandato de Jesus. Alargando deste modo a visão da missão de Jesus a nós confiada, podemos entender que vai muito além da Igreja, dos sacramentos e da liturgia. Assim, quando alguém que exerce a tarefa da medicina com caridade e empenho sob o princípio da justiça e em vista do bem comum, entendemos que contribui para a

edificação do Reino. O sentido mais conhecido da missão ou tarefa missionária é o de que alguém é enviado para um lugar onde o Evangelho ainda não foi anunciado ou onde há maiores necessidades de pessoas para o serviço da Igreja. É o que de certa forma realizamos aqui nesta missão franciscana em Roraima já a vinte e um anos. Viemos de diferentes lugares do Brasil para ajudar a tarefa da Igreja e evangelizar pelo anúncio, testemunho e na defesa da vida. Quando já me preparava para vir a Roraima ha seis anos atrás, estive morando numa pequena cidade do Rio Grande do Sul (Agudo), e envolvido com a vida das pessoas, nas comunidades e conhecendo o povo do interior e da cidade, logo fiquei convencido que lá mesmo seria um lugar necessitado de missão. Desejoso que chegasse logo a hora da partida da missão ficava inquieto com tantas necessidades locais que clamavam por nossa atenção. Embora as necessidades sejam muitas, o olhar missionário não é de quem pensa que colocará em ordem ou dará jeito em todas as urgências que existem. Exige acima de tudo um espírito humilde que reconhece as diferenças, os valores, o tempo e o ritmo daqueles que o recebem.

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Requer a capacidade de se deixar encantar e encantar os outros. Primeiro reconhecer que a outra cultura tem valores importantes que são uma riqueza, e depois conquistando as pessoas para um engajamento na missão mais ampla do Reino. É muito interessante ver que aqui neste estado mais ao Norte do Brasil haja missionários até mesmo de países africanos onde sabemos haver tanta necessidade de ajuda missionária. Mas ai está de certa forma o segredo missionário da Igreja. Necessidades há em toda parte. Todo lugar é lugar de missão. Uma comunidade ou Igreja Local que se dá conta de que não apenas precisa receber recursos humanos e materiais, mas que tem algo a partilhar está começando a abrir-se ao espirito missionário. Existem Igrejas que tem tanto recurso humano e mesmo material que estão tão fechadas em si mesmas que não

conseguem em nada a sair de si. Às vezes sequer surgiu alguma vocação sacerdotal ou religiosa. Sempre recebeu tudo, e pouco ou nada soube partilhar ou doar. De outro lado há comunidades que na sua pobreza conseguem ter algo a oferecer. É uma Igreja que tende a crescer e tende a gerar novas vocações. Neste mês das vocações vamos acolher o convite de Jesus que pediu que orássemos ao Pai para que envie trabalhadores para a messe, pois é grande e precisa de operários. Peçamos que suscite vocações missionárias leigas, religiosas e sacerdotais que se dispunham a deixar sua terra e tudo pela missão; oremos para que cada cristão também reconheça a tarefa missionária na sua Igreja e para além dela, no seu trabalho, família e lugar de vida. Peçamos ao Pai com os ouvidos e coração abertos para que também nós acolhamos o convite que ele nos dá.

Frei Pedro Geremias Bruxel - OFM

Baixe a exortaçãoem seu aparelho!

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www.FRANCISCANOS-RS.org.br

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JUFRAJuventude Franciscana

Um jeito #jovem de #seguiros passos de São

#Franciscode Assis

JUFRA - Horizontina/RS

O que é vocação?

‘‘ Senhor!

Fazei de mim

um instrumento

de vossa paz.São Francisco de Assis

Que o Senhor te abençoe e te guarde, que Ele te mostre a Sua face e se compadeça de ti. Que Ele volva o Seu olhar para ti e te dê a Sua Paz. Que te abençoe o Deus Todo-Poderoso, que é Pai, Filho e Espírito Santo, amém!

Benção de S. Francisco de Assis

A vocação é um chamado de Deus o qual exige uma resposta e evidencia que Ele tem uma missão para nós conforme nossos dons e dádivas.

A vocação não é simplesmente uma escolha, mas sim assumir um compromisso com muita dedicação, responsabilidade e coragem para prosperar na caminhada de fé.

Música - Oração de São Francisco - JMJ 2013

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JUFRAJuventude Franciscana

Um jeito #jovem de #seguiros passos de São

#Franciscode Assis

JUFRA - Horizontina/RS

O que é vocação?

‘‘ Senhor!

Fazei de mim

um instrumento

de vossa paz.São Francisco de Assis

Que o Senhor te abençoe e te guarde, que Ele te mostre a Sua face e se compadeça de ti. Que Ele volva o Seu olhar para ti e te dê a Sua Paz. Que te abençoe o Deus Todo-Poderoso, que é Pai, Filho e Espírito Santo, amém!

Benção de S. Francisco de Assis

A vocação é um chamado de Deus o qual exige uma resposta e evidencia que Ele tem uma missão para nós conforme nossos dons e dádivas.

A vocação não é simplesmente uma escolha, mas sim assumir um compromisso com muita dedicação, responsabilidade e coragem para prosperar na caminhada de fé.

Música - Oração de São Francisco - JMJ 2013

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A Juventude Franciscana – JUFRA, de acordo com o Estatuto Nacional da Juventude Franciscana do Brasil é formada por jovens que se sentem chamados pelo espírito Santo para, em fraternidade, viver uma experiência cristã, a luz da mensagem de São Francisco de Assis, aprofundando a própria vocação no âmbito da Ordem Franciscana Secular. Nós jufristas assumimos em nossa vocação um compromisso com a juventude, com a Igreja, com a Família Franciscana e também com a sociedade em transmitir o ideal franciscano de vida.

O que é JUFRA?

A Vocação do Jovem Jufrista2

A vocação do Jovem jufrista está em viver em fraternidade

e seguir o Evangelho de Jesus Cristo segundo os valores

francisclarianos. Parece uma tarefa fácil, porém como toda

vocação exige compromisso.

Qual a vocação do Jovem Jufrista?

O propósito de uma fraternidade vai além da

simples convivência ou de discussões teológicas e

pastorais. Em fraternidade, os irmãos buscam entrar

em sintonia com Jesus aproximando-se Dele por meio

de São Francisco de Assis. Ao abraçar essa vocação

com o espírito de fraternismo, o jovem franciscano

busca uma resposta aos seus próprios anseios.

Anseios esses de construir uma nova sociedade,

“a Civilização do Amor, baseada na prática da Justiça Social e da promoção da Paz” (A jufra que queremos ser – Carta de Guaratinguetá).

Outro anseio e um dos objetivos da Juventude Franciscana conforme seu estatuto está em: levar o jovem a um compromisso de vida evangélica, em Fraternidade, segundo o carisma franciscano, inserindo-o na caminhada da JUFRA como leigo comprometido, estimulando o ingresso na Ordem Franciscana Secular como aprofundamento de sua vocação. Assim, o diferencial do jovem jufrista não está apenas na alegria franciscana, mas também nesse aprofundamento da vocação franciscana assumida perante Deus e a comunidade como franciscano secular.

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A Realidade atual das fraternidades do Rio Grande do SulAs fraternidade de JUFRA no Rio Grande do Sul estão passando por um processo de expansão,

fruto do trabalho dos jovens realizado juntamente com a família franciscana – frades menores (OFM), frades menores capuchinhos (OFMCap), irmãs franciscanas e também com a Ordem Franciscana Secular. Atualmente no Rio Grande do Sul são 06 fraternidades de JUFRA, sendo 04 iniciantes e 02 oficializadas.Garibaldi/RS – A fraternidade de JUFRA dessa cidade está se estruturando e encontram-se todos os segundos e quartos sábados. Maiores informações – entrar em contato com nosso Regional ou procurar a Igreja Matriz São Pedro em Garibaldi.Horizontina/RS – A fraternidade de JUFRA dessa cidade possui encontros todos os terceiros sábados às 13h30min na Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Avenida Tucunduva, 141 – Bairro Centro.Porto Alegre/RS

Fraternidade Monte Alverne encontra-se na Paróquia São Francisco de Assis no primeiro e terceiro domingo às 17h. Rua São Luís, 607 – Bairro Santana.·Fraternidade Santo Antônio encontra-se na Paróquia Santo Antônio do Partenon nos segundos e quartos domingos às 16h30min. Rua Luís de Camões, 35 – Bairro Partenon. Fraternidade Santa Clara encontra-se na Paróquia Santa Clara nos segundos e quartos sábados às 17h30min. Estrada João de Oliveira Remião 4444, Bairro Lomba do Pinheiro, Parada 10.Santa Maria/RS – Fraternidade Utopia: Encontros todos os sábados às 17h30min no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora de Fátima localizado na Av. Presidente Vargas, 1517 – Bairro Nossa Senhora de Fátima.

Quer saber mais sobre como seguir os passos de São Francisco de Assis de um jeito jovem. Entre em contato: [email protected] ou (055) 9939-0474.

Abraço Fraterno!Paz e Bem!

Andressa Baccin dos Santos

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‘‘A #coragem de iniciar

caminhos inéditos depresença e testemunho.’’

O Senhor nos falapelo caminho. 33

ESTE PODE SERO SEU #CAMINHO!

ENTRE EM CONTATO

JOVEM

FREI PAULO REIS ; (51) 8165 5715 ou [email protected] FRANKLIN FREITAS ; (51) 9133 36 84 ou [email protected] MIGUEL BECKER ; (51) 9539 8196 ou [email protected]

Pastoral Vocacional -

Mais informação acesse;

www. .com.brEU PAZ BEMVIVO EA O

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passos iniciais 7OS

para tornar-se Frei Franciscano

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O papa Francisco, quando visitou Assis, nos festejos de São Francisco

no ano de 2013, lembrava que “o encontro com Jesus levou São Francisco a

despojar-se de uma vida confortável e despreocupada para casar-se com a

“Mãe Pobreza” e viver como verdadeiro filho do Pai que está nos céus. Esta

escolha, por parte de São Francisco, representava um modo radical de imitar

Cristo, de revestir-se Daquele que, rico que era, fez-se pobre para enriquecer-

nos por meio da sua pobreza (cfr Cor 8, 9)”. Nas palavras do papa podemos

perceber, a grande beleza da vocação franciscana, que nestes 805 anos de

caminhada da Ordem tem encantado e chamado tantos irmãos ao seguimento

radical a Jesus Cristo da mesma forma que o fez Francisco de Assis.

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Hoje, os mais de 13.500 freis franciscanos, encontram-se

espalhados em varias partes do mundo vivendo em fraternidade e

doando sua vida na construção do Reino de Deus. Aqui no RS, onde

estamos há 88 anos, os freis (irmãos e padres) se dedicam nas mais

variadas funções junto ao povo de Deus. Se você, jovem, sente-se

chamado por Deus a doar a sua vida da mesma forma que o fez São

Francisco, entre em contato. O caminho é o seguinte:

Primeiro passo: Aqueles que desejam conhecer mais de perto a

forma de Vida dos freis devem contatar o frei franciscano mais próximo.

Se não há esta possibilidade, podem entrar em contato com os freis do

SAV (Serviço de Animação Vocacional) através dos endereços que se

encontram no final deste artigo.

Segundo passo: Depois de realizar este primeiro contato o jovem

receberá a visita ou será contatado por um dos freis do SAV . Este frei

iniciará um processo de acompanhamento vocacional junto ao candidato

que passará a ser um vocacionado franciscano. Este período varia

conforme as circunstâncias de cada candidato. Pede-se o mínimo de 06

meses de acompanhamento e diálogo entre o animador vocacional e o

candidato.

Terceiro passo: Passado o período de acompanhamento e

discernimento inicial, o vocacionado passará a residir em uma

fraternidade da província. Se ele ainda não tiver concluído o ensino médio

residirá no seminário São Pascoal em Três Passos. Se já concluiu o

ensino médio ele poderá morar, como pré-postulante, no centro

vocacional em Estrela ou na casa de acolhida em Gravataí. Para este

período o pedido é de 01 ano de convivência com os freis.

Quarto passo: No ano seguinte o vocacionado é acolhido no

postulando que fica na cidade de Estrela. Passa ali um ano se preparando

para o noviciado.

Quinto passo: O primeiro ano como frei franciscano é a etapa do

noviciado. Onde o vocacionado torna-se frei noviço. Aprofunda a vida e o

carisma franciscano entre outras dimensões da nossa forma de vida. Ao

final o frei emite os primeiros votos na Ordem que serão renovados a cada

solenidade de Pentecostes.

Sexto passo: Nos 03 próximos anos, o frei de votos simples (ainda

não perpétuo), irá realizar os estudos de filosofia em Porto Alegre. E ao

concluir a faculdade de filosofia irá realizar um ano de prestação de

serviço (estágio) em uma das fraternidades da província.

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Sétimo passo: Após o ano da prestação de serviço

o frei irá realizar os estudos de teologia que também são

realizados em Porto Alegre. A faculdade é realizada em 04

anos. Dentro deste período também acontecerá a

emissão dos votos perpétuos (tornar-se frei para sempre).

E aqueles que sentirem-se chamados a serem

presbíteros (padres), em sintonia com o reitor do

seminário maior, após o 3º ano do curso de Teologia,

podem pedir para serem ordenados diáconos e

posteriormente padres.

Como vimos, o caminho formativo parece ser

longo, porém, faz-se necessário diante das demandas

que a evangelização e missão da nossa Igreja necessitam

nos dias de hoje. O caminho é bonito e cheio de

descobertas. Se você, jovem, sente-se chamado por

Deus a entregar a sua vida no seguimento radical a Jesus

Cristo Pobre, Humilde e Crucificado, junte-se a nós e faça

parte da grande família de São Francisco de Assis.

Fraterno abraço e votos de Paz e Bem !

Frei Franklin Freitas, OFM

Contatos:

www.euvivoapazeobem.com.br

Frei Franklin Freitas – (51) 9133 3684 ou

[email protected] (região metropolitana de Porto

Alegre e litoral norte).

Frei Miguel Becker – (51) 9539 8196 ou

[email protected] (região noroeste do RS).

Fre i Pau lo Re is – (51 ) 8165 5715 ou

[email protected] (região central do RS, vale do

Taquari, serra gaúcha).

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PARTILHAVOCACIONADOS

!

"Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me." O grande mistério do chamado, e a perfeita alegria, se dá com uma entrega plena, verdadeira e sincera àquele que nos chama. O convite é claro e de grande alegria, quem perder sua vida por mim vai encontrá-la, não há maior amor que doar a própria vida.

O convite se realiza diariamente e o Senhor não cessa de realizá-lo. Somos chamados à perfeição, a um amor incondicional, amor esse que no mundo ninguém supera. Deixar a família, casa, amigos, tudo por Cristo não é simples, não é fácil, não é obvio. Deixar uma vida, para iniciar um caminho novo, requer ousadia. Ousadia de deixar uma casa onde temos tudo por outra onde há o necessário, ousadia de deixar pessoas que amamos por outras que até então não conhecemos, que teremos que aprender a amar, pessoas que nunca vimos antes ou pouco convivemos. Uma decisão de muitas noites mal dormidas, muitas lágrimas roladas e acima de tudo muita oração. É necessário uma profunda reflexão e abertura para deixar o Espirito Santo de Deus agir e falar em nós.

Quando nos deixamos guiar por Deus, cometemos a loucura da confiança, loucura esta que nos conduz por caminhos antes nunca vistos, caminhos nunca trilhados, caminhos que vão contra nossos planos pessoais. Uma decisão corajosa, decisão que nos traz a perfeita alegria, a vivência evangélica. Caminhamos com o exemplo de Maria. Ela como escola vem nos ensinar que quando respondemos o nosso “Fiat”, nosso faça-se, vem com ele todos os nossos outros sim, por mais que venham eles contra nós, no sentido de vontade pessoal. Ela vem nos ensinar a humildade no servir, no viver e no amar.

A decisão pelo Cristo também nos leva a morrer e ressuscitar com Ele. A fidelidade, o ânimo, o amor vem com a graça de uma vida íntima com Ele, quando nos abrimos para que seu espírito habite em nós. O mistério do chamado é a experiência de que aos poucos vamos morrendo dentro de nós e que uma outra pessoa vem nascendo, até que um dia, como São Paulo, dentro de nós vem o dom, a alegria de dizer: “Eu vivo, mas não eu: É Cristo que vive em mim.” (Gl 2:20) A alegria de viver o maior tesouro que tenho, o Evangelho, minha bússola. Ele aponta o caminho a seguir, ele aponta os passos que devo dar, ele me mostra o caminho e modo de ser e de viver.

Não há maior amor e realização que abraçar a cruz. Não há maior alegria que ser um instrumento d'Aquele que um dia se fez pobre, humilde e ressuscitou por amor a nós. Como Maria quero seguir os passos em total confiança e entrega, no silêncio de uma entrega que me levará das Bodas de Canãa até os pés da cruz e o glorioso dia da ressureição. A alegria do evangelho que devemos viver nos levará a uma única prova de amor, amor que nos mostrará que o Cristo é o caminho e a porta.

Marcelo Schneider, Postulante

Cristo, caminho e a porta

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Evangelizar no ambiente digital

Essas palavras são retiradas da carta que São Francisco que escreve aos fiéis de todo mundo. Minha reflexão quer partir do movimento que aqui encontramos, Francisco sabe de sua missão, de transmitir a mensagem do evangelho a todo mundo, porém, no entanto reconhece a sua limitação corporal. Ele diz que gostaria de visitar a cada um, mas não podendo os envia uma carta. A carta no século doze é o que mais se aproxima de tecnologia de comunicação. Francisco reconhece que não pode visitar a todos, por isso envia uma carta. Ele reconhece a importância de cada irmão. A carta não é ele, mas transmite as suas palavras que querem ser caminho para levar a Cristo.Desde a sua criação a internet foi evoluindo e penetrando cada vez mais no cotidiano de cada um. Hoje não conseguimos pensar nosso dia-a-dia, seja profissional, pessoal e até mesmo espiritual sem a web. Quando o Pe. Antonio Spadaro criou o termo Ciberteologia ele queria, com esse termo, pensar a fé em tempos de rede. É importante compreender que a rede não existe, o que existem são as pessoas. A tecnologia mudou o nosso modo de pensar e interagir. A Igreja não é chamada a ser moderna, é chamada além disso: interpretar teologicamente a rede. A ciberteologia, como Spadoro define, é sempre um conhecimento que parte da experiência da fé de cada um.

“Sendo servo de todos, tenho por obrigação servir e ministrar a todos as odoríferas palavras de meu Senhor. Por isso, considerando em [meu] espírito que não posso visitar a cada um pessoalmente por causa da enfermidade e fraqueza do meu corpo, resolvi transmitir-vos por meio da presente carta e de mensageiros as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Palavra do Pai, e as palavras do Espírito Santo, que são espírito e vida.” 1

1 - Escritos de São Francisco / Carta aos Fiéis 2-3

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Diante desse ambiente d ig i ta l , como evangelizar? Spadaro partilhou no 4º encontro Nacional da Pascom, que não basta compartilhar imagens piedosas. Evangelizar não é apenas postar e compartilhar frases do evangelho. Vai além é testemunhar à fé.Quando nos perguntamos, o que é a internet? Se dissermos que a internet é simplesmente cabos, fios e modens é como se disséssemos que a família é simplesmente a parede da casa. A internet é a experiência que estrutura e torna possível a relação com a nossa rede. É um ambiente de comunicação que não é paralelo ou puramente virtual, mas parte da realidade cotidiana de muitas pessoas - não é virtual, mas real. Spadoro é bem taxativo, sugere que esqueçamos o termo virtual e compreendamos como ambiente digital. Não existe dois mundos, não existe a vida offline e vida online, existe a vida.A evangelização não é uma transmissão de fé, mas um testemunho da fé. Não é uma transmissão de conteúdo, mas são relações, comunicação. No último ano a rede mostrou um impacto decisivo na palavra comunicação. Se você não tem amigos, não comunica nada.A cultura no tempo digital não se compreende pensando somente em conteúdos, mas pensando em relações e pessoas. Existe uma harmonia ent re a cu l tura d ig i ta l e a comunicação do evangelho.

“Evangelizar no Facebook não significa colocar imagens de an jos de a l tar, mas s im testemunhar uma vida que encarna os valores cristãos." Evangelho não é uma mensagem abstrata, mas que só se pode compreender através de uma vivência concreta.O nosso testemunho pessoal é a chave no processo de evangelizar na rede. Francisco, quando escreveu a carta aos fiéis, em parte sabia disso. Não é simplesmente a carta que evangeliza, mas o seu testemunho. As pessoas conheciam a ele. Quando a carta chega, não é de qualquer um, é de Francisco, o Pobre de Assis. Aquele a quem os atos dizem mais que as pa lavras . Quando pensarmos em evangelizar na rede, nos lembremos que nós, cristãos, que tivemos a graça de conhecer o amor de Cristo, somos chamados e partilhar e compartilhar com o nosso testemunho. Procurando sempre acolher, escutar e partilhar como cristãos.

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Frei Malone Rodrigues, OFM

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www.facebook.com/

FREISRS

Rumo as

10.000curtidas!

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“Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia e pelos quais temos que agradecer ao glorioso Pai de Cristo, está a nossa vocação que, quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida. Por isso diz o apóstolo: Reconhece a tua vocação!(cf. 1Cor 1,26)

O Filho de Deus fez-se para nós o Caminho, que nosso bem-aventurado pai Francisco, que o amou e seguiu de verdade, nos mostrou e ensinou por palavra e exemplo.” Testamento de Santa Clara 1-5

A decisão de Clara pela vida religiosa consagrada foi uma mudança radical de vida após um período de inquietude e busca. Inspirada por Deus e motivada por Francisco, ela rompe com a família e com sua classe social para seguir Jesus Cristo na condição dos pobres de seu tempo. A pobreza foi entendida por Clara como síntese do mistério da encarnação e expressão concreta do esvaziamento do Filho de Deus. Esse caminho, assumido por Jesus Cristo, torna-se a identidade da forma de vida clariana.

Ir. Mônica de Azevedo - FPCC

Clara e a vocação

no seguimento

a Jesus Cristo

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Ao relembrar a sua vocação em seu testamento, com uma profunda atitude de gratidão, Clara destaca três aspectos: a iniciativa de Deus, a mediação de Francisco e o seguimento de Jesus Cristo como Caminho. A iniciativa da vocação, conforme Clara, é de Deus, o Pai de toda misericórdia, e que se dignou a iluminar seu coração para fazer penitência (TestCl 24).

Fazer penitência ou converter-se é mudar de mentalidade, é realizar uma reviravolta que tem consequências em todas as dimensões da vida. É voltar-se para o que realmente é essencial na vida. Clara percebe a própria conversão como o início de uma vida totalmente nova, como se fosse um novo nascimento.

O exemplo e o ensinamento de Francisco estão na origem da vida nova iniciada por Clara. Como João Batista, Francisco aponta para um Outro a quem os discípulos devem seguir e a quem ele mesmo segue. Com sua palavra e com seu exemplo aponta e mostra o Caminho que é o próprio Jesus Cristo.

O seguimento de Jesus Cristo é o núcleo da vida de Clara e também o tema central nos seus escritos. Clara não tem diante dos olhos um programa de virtudes a serem praticadas e integradas em sua vida. Quem está diante dela é uma pessoa, Jesus Cristo, que traz uma proposta capaz de apaixonar e atrair discípulos e discípulas para a grande alegria de viver o Evangelho.

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Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.Onde houver Discórdia, que eu leve a União.Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!Ó Mestre,fazei que eu procure mais:consolar, que ser consolado;compreender, que ser compreendido;amar, que ser amado.Pois é dando que se recebe,perdoando que se é perdoado,e é morrendo que se vive para a vida eterna!Amém.