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urea Araujo Bruel - [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN
PROPOSTA DE UM ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO
PLANO DO EMPREENDIMENTO DE FORMA INTEGRADA EM
EMPRESAS DE CONSTRUO CIVIL
CURITIBA
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urea Araujo Bruel - [email protected]
2003
-
urea Araujo Bruel - [email protected]
UREA ARAUJO BRUEL
PROPOSTA DE UM ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO DE FORMA INTEGRADA EM
EMPRESAS DE CONSTRUO CIVIL
Dissertao apresentada como requisito parcial obteno do grau de Mestre, pelo Curso de Ps-Graduao em Construo Civil, Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paran. Orientador: PhD Prof. Silvio Aurlio de Castro Wille.
CURITIBA
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urea Araujo Bruel - [email protected]
2003
SUMRIO
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................9
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ 10
LISTA DE QUADROS.......................................................................................................... 12
1 INTRODUO ...................................................................................................................1
1.1 JUSTIFICATIVA ..............................................................................................................1
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA.........................................................................................2
1.3 OBJETIVO E HIPTESE ..............................................................................................3
1.3.1 OBJETIVO.....................................................................................................................3
1.3.2 OBJETIVOS SECUNDRIOS ...................................................................................3
1.3.3 HIPTESE PRINCIPAL..............................................................................................3
1.3.4 HIPTESES SECUNDRIAS ...................................................................................3
1.4 LIMITAES...................................................................................................................4
2 GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS..........................................................4
2.1 AS ESCOLAS DE GERENCIAMENTO.......................................................................6
2.2 O PMBOK UM GUIA PARA GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS E
O PMI ................................................................................................................................8
2.3 AS FASES DO EMPREENDIMENTO ...................................................................... 12
2.4 OS ENVOLVIDOS NO EMPREENDIMENTO......................................................... 15
2.5 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL........................................................................... 16
2.5.1 ESTRUTURAS FORMAIS E AS DIVISES DE TRABALHO ........................... 17
2.5.2 A INFLUNCIA DA ESTRUTURA DA ORGANIZAO NOS
EMPREENDIMENTOS ........................................................................................................ 19
2.6 OS FATORES CRTICOS DE SUCESSO DO EMPREENDIMENTO - FCS..... 22
2.7 NVEL DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE
EMPREENDIMENTOS........................................................................................................ 26
3 A GERNCIA DA INTEGRAO DOS EMPREENDIMENTOS............................ 32
3.1 O DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO........................ 34
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3.1.1 AS ENTRADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO ........................................................................................................... 35
3.1.2 AS FERRAMENTAS E TCNICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO
PLANO DO EMPREENDIMENTO ..................................................................................... 36
3.1.3 A FERRAMENTA REUNIO................................................................................... 37
3.1.4 AS SADAS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO... ........................................................................................................ 45
3.1.5 AS ETAPAS DO PLANEJAMENTO....................................................................... 52
3.2 O QUE CONTROLE?.............................................................................................. 57
3.3 PADRONIZAO DO CONTROLE.......................................................................... 60
3.4 O CONTROLE INTEGRADO DE MUDANAS ...................................................... 63
3.4.1 A GESTO E O CONTROLE DA CONFIGURAO......................................... 65
3.4.2 AS ETAPAS DO CONTROLE INTEGRADO DE MUDANAS......................... 68
3.4.3 AVALIAO DE IMPACTO DE MUDANAS...................................................... 73
3.4.4 REIVINDICAES NA CONSTRUO CIVIL REFERENTES S
MUDANAS .......................................................................................................................... 74
3.4.5 O PROCESSO DO CONTROLE INTEGRADO DE MUDANAS SEGUNDO O
PMI 79
4 METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................ 83
4.1 AS ETAPAS DA REALIZAO DA PESQUISA..................................................... 84
4.2 A PREPARAO PARA A CONDUO DO ESTUDO DE CASO..................... 88
4.2.1 UMA VISO GERAL DO PLANO DO ESTUDO DE CASO............................... 88
4.2.2 QUESTES GERAIS DO ESTUDO...................................................................... 88
4.2.3 AS POTENCIAIS FONTES DE INFORMAO .................................................. 88
4.2.4 UM GUIA PARA O RELATRIO............................................................................ 89
4.3 A CONDUO DO ESTUDO DE CASO................................................................. 89
4.3.1 DOCUMENTAO................................................................................................... 90
4.3.2 DADOS ARQUIVADOS ........................................................................................... 90
4.3.3 ENTREVISTAS.......................................................................................................... 90
4.3.4 OBSERVAO DIRETA.......................................................................................... 91
4.4 A ANLISE DAS EVIDNCIAS NO ESTUDO DE CASO..................................... 92
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4.5 CRITRIOS PARA A AVALIAO DA QUALIDADE DO PLANO DA
PESQUISA............................................................................................................................. 96
5 ANLISE DOS ESTUDOS DE CASO........................................................................ 98
5.1 ANLISE DOS RESULTADOS DO ESTUDO DE CASO 1 .................................. 98
5.1.1 CARACTERSTICAS GERAIS DA EMPRESA ESTUDO DE CASO 1 ............ 98
5.1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA............................................. 98
5.1.3 ENVOLVIDOS E SUAS RESPONSABILIDADES.............................................102
5.1.4 ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO E
DO CONTROLE DE MUDANAS ...................................................................................103
5.1.5 ETAPAS DO CONTROLE DE MUDANAS DO ESCOPO.............................105
5.1.6 VISO GERAL DO PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE
EMPREENDIMENTO .........................................................................................................106
5.1.7 LEVANTAMENTO DOS PONTOS FORTES E FRACOS E POSSVEIS
MELHORIAS........................................................................................................................110
5.1.8 PONTOS DE NECESSIDADE DE MELHORIA .................................................118
5.1.9 NVEL DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE
EMPREENDIMENTOS.. ....................................................................................................121
5.2 ANLISE DOS RESULTADOS DO ESTUDO DE CASO 2 ................................122
5.2.1 CARACTERSTICAS GERAIS DA EMPRESA ESTUDO DE CASO 2 ..........122
5.2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL......................................................................123
5.2.3 ENVOLVIDOS E SUAS RESPONSABILIDADES.............................................127
5.2.4 ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO E
DO CONTROLE DE ALTERAES ...............................................................................128
5.2.5 LEVANTAMENTO DOS PONTOS FORTES E FRACOS E POSSVEIS
MELHORIAS........................................................................................................................137
5.2.6 PONTOS DE NECESSIDADE DE MELHORIA .................................................145
5.2.7 NVEL DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE
EMPREENDIMENTOS.. ....................................................................................................150
5.3 ANLISE DOS RESULTADOS DO ESTUDO DE CASO 3 ................................151
5.3.1 CARACTERSTICAS GERAIS DA EMPRESA ESTUDO DE CASO 3 ..........151
5.3.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA...........................................151
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5.3.3 ENVOLVIDOS E SUAS RESPONSABILIDADES.............................................155
5.3.4 ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO E
CONTROLE DE MUDANAS ..........................................................................................157
5.3.5 LEVANTAMENTO DOS PONTOS FORTES E FRACOS E POSSVEIS
MELHORIAS........................................................................................................................168
5.3.6 PONTOS DE NECESSIDADE DE MELHORIA .................................................176
5.3.7 NVEL DE MATURIDADE EMGERENCIAMENTO DE
EMPREENDIMENTOS... ...................................................................................................179
5.4 CONCLUSES FINAIS SOBRE OS ESTUDOS DE CASO...............................180
6 PROPOSTA DE ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO PLANO E PARA O
CONTROLE DE ALTERAES......................................................................................184
6.1 O MTODO DE CONCEPO DOS ROTEIROS ...............................................184
6.1.1 DO ROTEIRO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO......................................185
6.2 DESCRIO DA MONTAGEM DOS ROTEIROS ...............................................186
6.2.1 INTRODUO ........................................................................................................186
6.2.2 MONTAGEM DO ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO EM EMPRESAS DE CONSTRUO CIVIL ...........................187
6.2.3 FORMULRIOS E MODELOS .............................................................................206
6.2.4 ESQUEMA DE MONTAGEM DO ROTEIRO......................................................207
6.3 ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO
EM EMPRESAS DE CONSTRUO CIVIL ...................................................................208
6.3.1 O QUE O PLANO DO EMPREENDIMENTO .................................................208
6.3.2 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO209
6.3.3 PRODUTOS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO.......................................211
6.3.4 QUAIS COMPONENTES INCLUIR NO PLANO? .............................................242
6.3.5 FERRAMENTAS E TCNICAS............................................................................244
7 CONCLUSO................................................................................................................251
7.1 VERIFICAO DA PROPOSTA INICIAL DA DISSERTAO..........................251
7.2 ESTUDOS DE CASO................................................................................................252
7.3 CONTRIBUIO DA DISSERTAO E TRABALHOS FUTUROS..................253
REFERNCIAS...................................................................................................................255
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LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas.
ART Anotao de Responsabilidade Tcnica.
BDI - Beneficio de Despesas Indiretas - ndice utilizado pelo construtor para ter a
remunerao pelo servio executado. (TAVARES, 2002)
CCB - Comit de Controle de Mudanas (Controle Change Board)
EAP Estrutura Analtica do empreendimento.
EVM Gerncia do Valor Agregado (Earn Value Management).
FCS Fatores Crticos de Sucesso
ISO Organizao Internacional para Normatizao (International Organization for
Standardization).
PBQP-H - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat
PCMAT - Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da
Construo.
PMBOK - Guia de Conhecimento Gerenciamento de Empreendimentos (Project
Management Body of Knowledge)
PM-CMM - Project Management Capability Maturity Model
PMI Project Management Institute
PMMM - Project Management Maturity Model
PMO Escritrio de gerenciamento de empreendimentos (Project Management
Office)
PTO Plano Ttico de Obra
SGQ - Sistema de Gesto da Qualidade
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - VISO DAS REAS DE CONHECIMENTO DO GERENCIAMENTO DE
EMPREENDIMENTOS.......................................................................................................9
FIGURA 2 - LIGAES ENTRE OS CINCO PROCESSOS OU FASES DE UM
EMPREENDIMENTO .......................................................................................................13
FIGURA 3 - CICLO DE VIDA DE UM EMPREENDIMENTO DE CONSTRUO .................15
FIGURA 4 - FATORES CRTICOS DE SUCESSO GENRICOS..........................................24
FIGURA 5 - EXEMPLO DE FATOR CRTICO DE SUCESSO ESPECFICO ........................25
FIGURA 6 - ALIMENTAO E RETROALIMENTAO ENTRE OS DIFERENTES NVEIS
DE MATURIDADE............................................................................................................30
FIGURA 7 - PROCESSOS DA GERNCIA DA INTEGRAO .............................................33
FIGURA 8 - FASES DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDIMENTO35
FIGURA 9 - REPRESENTAO GENRICA DAS CURVAS TEMPORAIS DE VALORES DA
GERNCIA DO VALOR AGREGADO.............................................................................44
FIGURA 10 - RELACIONAMENTO ENTRE OS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO DO
EMPREENDIMENTO .......................................................................................................52
FIGURA 11 - MODELO DETALHADO DO PLANEJAMENTO...............................................55
FIGURA 12 - O CICLO PDCA (CICLO DE DEMING) .............................................................58
FIGURA 13 - RELAO ENTRE PROCESSOS DE CONTROLE.........................................60
FIGURA 14 - O CICLO DE CONTROLE DO EMPREENDIMENTO.......................................62
FIGURA 15 - PROTOCOLO DE MUDANAS NOS PROJETOS DO EMPREENDIMENTO 70
FIGURA 16 - O PROCESSO ESSENCIAL DO GERENCIAMENTO DE MUDANAS ..........72
FIGURA 17 - GRFICO DE AVALIAO DE IMPACTO DE MUDANA..............................73
FIGURA 18 - VISO GERAL DO PROCESSO DE CONTROLE DE MUDANAS DO PLANO
DO EMPREENDIMENTO.................................................................................................80
FIGURA 19 - ETAPAS DA ELABORAO DA PESQUISA...................................................87
FIGURA 20 - ORGANOGRAMA GERAL DA EMPRESA ESTUDO DE CASO 1 PERCEBIDO
PELA AUTORA...............................................................................................................100
FIGURA 21 - ORGANOGRAMA MODELO DE OBRA DA EMPRESA ESTUDO DE CASO 1
........................................................................................................................................102
FIGURA 22- MATRIZ DE IMPORTNCIA VERSUS DESEMPENHO DO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO E DO CONTROLE DE MUDANAS DA EMPRESA
ESTUDO DE CASO 1 ....................................................................................................118
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FIGURA 23- ORGANOGRAMA FORNECIDO PELA EMPRESA ESTUDO DE CASO 2....124
FIGURA 24 - ORGANOGRAMA DA DIRETORIA DE OBRAS PERCEBIDO PELA
PESQUISADORA...........................................................................................................126
FIGURA 25 - MACRO FLUXOGRAMA DE PLANEJAMENTO DO ESTUDO DE CASO 2..129
FIGURA 26 - FLUXOGRAMA DE CONTROLE DE MUDANAS DA EMPRESA ESTUDO
DE CASO 2.....................................................................................................................131
FIGURA 27 - MATRIZ DE IMPORTNCIA VERSUS DESEMPENHO DO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO E DO CONTROLE DE MUDANAS DO PLANO
NA EMPRESA ESTUDO DE CASO 2 ...........................................................................146
FIGURA 28- ORGANOGRAMA GERAL FORNECIDO PELA EMPRESA ESTUDO DE CASO
3 .. ...................................................................................................................................153
FIGURA 29 - ORGANOGRAMA DA COORDENADORIA DE OBRAS DA EMPRESA
ESTUDO DE CASO 3 PERCEBIDO PELA PESQUISADORA.....................................154
FIGURA 30 - MACRO-FLUXOGRAMA DE PLANEJAMENTO FORNECIDO PELA
EMPRESA ESTUDO DE CASO 3..................................................................................159
FIGURA 31 - FLUXOGRAMA DE CONTROLE DE MUDANAS DA EMPRESA ESTUDO DE
CASO 3...........................................................................................................................161
FIGURA 32 - MATRIZ DE IMPORTNCIA VERSUS DESEMPENHO DO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO E DO CONTROLE DE MUDANAS NA EMPRESA
ESTUDO DE CASO 3 ....................................................................................................177
FIGURA 33 - VISO GERAL DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO .....................................................................................................187
FIGURA 34 - JUSTIFICATIVA DO FORMATO E CONTEDO DO ROTEIRO FINAL DO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO................................................................................207
FIGURA 35 - RELACIONAMENTO ENTRE OS COMPONENTES DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO .....................................................................................................210
FIGURA 39 - MODELO DE CURVA S ................................................................................226
FIGURA 40 - MODELO DE HISTOGRAMA DE MO-DE-OBRA BASEADO NOS
ESTUDOS DE CASO....................................................................................................237
FIGURA 41 - MODELO DE ORGANOGRAMA ADMINISTRATIVO DA OBRA BASEADO
NOS ESTUDOS DE CASO............................................................................................238
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - UMA VISO GERAL DO PENSAMENTO DAS ESCOLAS DE PESQUISA EM
GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS ...............................................................7
QUADRO 2 - MAPEAMENTO DOS PROCESSOS DA GERNCIA DE EMPREENDIMENTO
EM GRUPOS DE PROCESSOS E REAS DE CONHECIMENTO ...............................11
QUADRO 3 - CHECK LIST PARA AS PRINCIPAIS ATIVIDADES DOS PROCESSOS DE
UM EMPREENDIMENTO.................................................................................................13
QUADRO 4 - PRINCIPAIS ENVOLVIDOS TPICOS NUM EMPREENDIMENTO DE
CONSTRUO ................................................................................................................15
QUADRO 5 - INFLUNCIA DA ESTRUTURA DA ORGANIZAO NOS
EMPREENDIMENTOS.....................................................................................................21
QUADRO 6- CARACTERSTICAS DOS NVEIS DE PMMM RELACIONADAS S REGRAS
DE AVALIAO DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO........................................28
QUADRO 7 - NVEIS DE PMMM (PROJECT MANAGEMENT MATURITY MODEL) ...........29
QUADRO 8 - A FERRAMENTA REUNIO DENTRO DO PMBOK E SUAS FUNES.......39
QUADRO 9 - VARIAES ENTRE OS VALORES ORADO E O REALIZADO E SEUS
POSSVEIS SIGNIFICADOS ...........................................................................................42
QUADRO 10 - TERMOS RELEVANTES NA GERNCIA DO VALOR AGREGADO ............44
QUADRO 11 - COMPARAO ENTRE OS COMPONENTES DO PLANO DE
EMPREENDIMENTO PROPOSTO PELO PMI (2000) E POR OUTROS AUTORES...49
QUADRO 12 - PROCESSOS DO CONTROLE INTEGRADO DE MUDANAS....................68
QUADRO 13 - PRINCIPAIS ENVOLVIDOS E SUAS RESPONSABILIDADES NO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE EMPREENDIMENTO E NO CONTROLE DE
MUDANAS DA EMPRESA ESTUDO DE CASO 1 .....................................................102
QUADRO 14 - ETAPAS PRINCIPAIS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO E DO
CONTROLE DE MUDANAS NA EMPRESA ESTUDO DE CASO 1..........................104
QUADRO 15 - ENTRADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO DA EMPRESA ESTUDO DE CASO 1 .......................................106
QUADRO 16 - FERRAMENTAS E TCNICAS UTILIZADAS PELA EMPRESA ESTUDO DE
CASO 1 NO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO................107
QUADRO 17 - SADAS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO DA
EMPRESA ESTUDO DE CASO 1..................................................................................109
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QUADRO 18 - PONTOS FORTES E FRACOS DO CONTEDO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO DO ESTUDO DE CASO 1..........................................................112
QUADRO 19 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DAS
FERRAMENTAS E TCNICAS UTILIZADAS NO DESENVOLVIMENTO DO PLANO E
NO CONTROLE DE MUDANAS DO ESTUDO DE CASO 1......................................112
QUADRO 20 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DO
CONTROLE DE MUDANAS DO ESTUDO DE CASO 1 ............................................117
QUADRO 21 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DO
SUCESSO DO EMPREENDIMENTO NO ESTUDO DE CASO 1 ................................117
QUADRO 22 - IDENTIFICAO DOS PONTOS DE NECESSIDADE DE MELHORIA NO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO E NO CONTROLE DE MUDANAS NA EMPRESA
ESTUDO DE CASO 1 ....................................................................................................119
QUADRO 23 - NVEIS DE MATURIDADE E SUAS CARACTERSTICAS...........................122
QUADRO 24 - PRINCIPAIS ENVOLVIDOS E SUAS RESPONSABILIDADES NO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE EMPREENDIMENTO E NO CONTROLE DE
MUDANAS DA EMPRESA ESTUDO DE CASO 2 .....................................................127
QUADRO 25 - ETAPAS PRINCIPAIS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE
EMPREENDIMENTO E DO CONTROLE DE MUDANAS NA EMPRESA ESTUDO DE
CASO 2...........................................................................................................................132
QUADRO 26 - ENTRADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO DA EMPRESA DO ESTUDO DE CASO 2.................................134
QUADRO 27 - FERRAMENTAS E TCNICAS UTILIZADAS PELA EMPRESA ESTUDO DE
CASO 2 NO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO................135
QUADRO 28 - SADAS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DA EMPRESA ESTUDO DE
CASO 2...........................................................................................................................136
QUADRO 29 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DO
CONTEDO DO PLANO DO ESTUDO DE CASO 2....................................................139
QUADRO 30 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DAS
FERRAMENTAS E TCNICAS UTILIZADAS NO DESENVOLVIMENTO DO PLANO E
NO CONTROLE DE MUDANAS DO ESTUDO DE CASO 2......................................142
QUADRO 31 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DO
CONTROLE DE MUDANAS DO ESTUDO DE CASO 2 ............................................144
QUADRO 32 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DO
SUCESSO DO EMPREENDIMENTO NO ESTUDO DE CASO 2 ................................145
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QUADRO 33 - IDENTIFICAO DOS PONTOS DE NECESSIDADE DE MELHORIA NO
DESENVOLVIMENTO DO PLANO E NO CONTROLE DE MUDANAS NA EMPRESA
ESTUDO DE CASO 2 ....................................................................................................148
QUADRO 34 - NVEL DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS
DO ESTUDO DE CASO 2..............................................................................................150
QUADRO 35 PRINCIPAIS ENVOLVIDOS NO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE
MUDANAS NO ESTUDO DE CASO 3........................................................................156
QUADRO 36 - FASES PRINCIPAIS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO E DO
CONTROLE DE MUDANAS NA EMPRESA ESTUDO DE CASO 3..........................163
QUADRO 37 - ENTRADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO DA EMPRESA DO ESTUDO DE CASO 3.................................165
QUADRO 38 - FERRAMENTAS E TCNICAS UTILIZADAS PELA EMPRESA ESTUDO DE
CASO 3 NO DESENVOLVIMENTO DO PLANO E NO CONTROLE DE MUDANAS
........................................................................................................................................166
QUADRO 39 - SADAS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO EMPREENDIMENTO DA
EMPRESA ESTUDO DE CASO 3..................................................................................167
QUADRO 40 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DO
CONTEDO DO PLANO DO ESTUDO DE CASO 3....................................................170
QUADRO 41 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DAS
FERRAMENTAS E TCNICAS UTILIZADAS NO DESENVOLVIMENTO DO PLANO E
NO CONTROLE DE MUDANAS DO ESTUDO DE CASO 3......................................174
QUADRO 42 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DO
CONTROLE DE MUDANAS DO ESTUDO DE CASO 3 ............................................175
QUADRO 43 - PONTOS FORTES E FRACOS E SUGESTES DE MELHORIA DO
SUCESSO DO EMPREENDIMENTO NO ESTUDO DE CASO 3 ................................176
QUADRO 44 - IDENTIFICAO DOS PONTOS DE NECESSIDADE DE MELHORIA DA
EMPRESA ESTUDO DE CASO 3..................................................................................177
QUADRO 45 - NVEL DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS
DO ESTUDO DE CASO 3 .............................................................................................180
QUADRO 46 - SADAS OU PRODUTOS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO DA CONSTRUO CIVIL PARTE 1..........................................192
QUADRO 47 - SADAS OU PRODUTOS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE UM
EMPREENDIMENTO DA CONSTRUO CIVIL PARTE 2..........................................195
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QUADRO 48 - SUBSDIOS OU ENTRADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO DA CONSTRUO CIVIL ..........................................................196
QUADRO 49 - SUBSDIOS OU ENTRADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO DA CONSTRUO CIVIL RELACIONADAS AOS
COMPONENTES DO PLANO........................................................................................198
QUADRO 50 - FERRAMENTAS E TCNICAS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE
EMPREENDIMENTO DA CONSTRUO CIVIL PARTE 1..........................................201
QUADRO 51 - FERRAMENTAS E TCNICAS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE
EMPREENDIMENTO DA CONSTRUO CIVIL PARTE 2..........................................205
QUADRO 52 - PRODUTOS PRINCIPAIS DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO DO
EMPREENDIMENTO DA CONSTRUO CIVIL ..........................................................212
QUADRO 53 - PRINCIPAIS ENVOLVIDOS DE UM EMPREENDIMENTO DE
CONSTRUO CIVIL E SUAS RESPONSABILIDADES NA FASE DE
PLANEJAMENTO...........................................................................................................214
QUADRO 54 - MODELO DE FORMULRIO PARA EXPLICITAO DA MATRIZ DOS
PRINCIPAIS ENVOLVIDOS DO EMPREENDIMENTO................................................214
QUADRO 55 - MODELO DE EAP DA FASE DE EXECUO DA FUNDAO DE UM
EDIFCIO ALTO RESIDENCIAL BASEADO NOS ESTUDOS DE CASO.................221
QUADRO 56 - EXEMPLO DE CRONOGRAMA DE BARRAS OU DIAGRAMA DE GANTT
APLICADO FASE DE EXECUO DE FUNDAO DE UM EDIFCIO BASEADO
NOS ESTUDOS DE CASO............................................................................................222
QUADRO 57 - EXEMPLO DE FORMULRIO PARA CRONOGRAMA BASEADO NOS
ESTUDOS DE CASO.....................................................................................................222
QUADRO 58 - MODELO DE PLANILHA PARA ORAMENTO BASEADA NOS ESTUDOS
DE CASO........................................................................................................................224
QUADRO 59- FORMULRIO MODELO PARA CONTROLE DE VERSO DE PROJETOS E
ESPECIFICAES DO EMPREENDIMENTO BASEADO NOS ESTUDOS DE CASO
........................................................................................................................................226
QUADRO 60 - FORMULRIO MODELO PARA DEFINIO DOS PRINCIPAIS MARCOS E
SUAS DATAS PREVISTAS............................................................................................227
QUADRO 61 - FORMULRIO MODELO PARA PREVISO DE MO-DE-OBRA CHAVE
BASEADO NOS ESTUDOS DE CASO.........................................................................229
QUADRO 62 - FORMULRIO MODELO PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS.............230
QUADRO 63 - FORMULRIO MODELO PARA PLANO DE QUALIDADE..........................231
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QUADRO 64 - FORMULRIO MODELO PARA REQUISITOS DE COMUNICAES ......233
QUADRO 65 - FORMULRIO MODELO PARA DEFINIO DAS RESPONSABILIDADES
DOS PRINCIPAIS ENVOLVIDOS QUANTO S INFORMAES DO
EMPREENDIMENTO .....................................................................................................233
QUADRO 66 - FORMULRIO PARA PREVISO DE DESEMBOLSO MENSAL COM
SUPRIMENTOS .............................................................................................................234
QUADRO 67 - FORMULRIO MODELO PARA PREVISO DE PEDIDOS DE INSUMOS -
BASEADO NOS ESTUDOS DE CASO .........................................................................235
QUADRO 68 - FORMULRIO MODELO PARA PREVISO DE TREINAMENTO NO
EMPREENDIMENTO .....................................................................................................238
QUADRO 69 - FORMULRIO MODELO PARA PLANO DE GERNCIA AMBIENTAL......239
QUADRO 70 - FORMULRIO MODELO PARA LISTA DE PENDNCIAS DO
EMPREENDIMENTO .....................................................................................................240
QUADRO 71 - RELAO ENTRE COMPONENTES DO PLANO E O PORTE DA OBRA.243
QUADRO 72 - PROPOSTA DE CHECK LIST DE COMPONENTES DO PLANO DE
EMPREENDIMENTO PARA A CONSTRUO CIVIL FOLHA 1 ..............................245
QUADRO 73 - PROPOSTA DE CHECK LIST DE COMPONENTES DO PLANO DE
EMPREENDIMENTO PARA A CONSTRUO CIVIL FOLHA 2 ..............................247
QUADRO 74 MODELO DE ATA DE REUNIO .................................................................250
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1 INTRODUO
1.1 JUSTIFICATIVA
A crescente concorrncia entre empresas e o aumento do nvel de exigncia
do cliente esto levando as empresas, inclusive as de construo civil, a investir
mais em fatores que melhorem a sua performance. Alguns aspectos relevantes
devem ser considerados para auxiliar as empresas a atingir o sucesso esperado e
possibilitar a sua continuao num mercado competitivo.
Parte do sucesso de um empreendimento deve-se ao trabalho de
planejamento de seu produto. As empresas que utilizam ferramentas de
planejamento mais estruturadas e com menos empirismo, aliadas anlise profunda
do empreendimento na fase de concepo, podem elevar a sua capacidade de
competitividade (DALB, 1994).
A importncia do gerenciamento tambm colocada por DAVIS et al (1989),
que aponta maior oportunidade de influenciar o custo da produo de um
empreendimento na fase de planejamento.
Alm do planejamento adequado, tambm fundamental a integrao entre
os elementos que fazem parte do empreendimento, sejam eles pessoas,
informaes ou equipamentos.
O gerenciamento integrado mostra-se essencial especialmente nos
empreendimentos da construo civil. Estes so possuidores de algumas
peculiaridades que dificultam a transposio de conceitos e ferramentas da
qualidade correntemente aplicados na indstria (YAZIGI, 1998):
a) a construo uma indstria de carter nmade;
b) cria produtos nicos e quase nunca produtos seriados;
c) uma indstria muito conservadora, com grande inrcia a alteraes;
d) utiliza mo-de-obra pouco qualificada e com baixa motivao para o
trabalho;
e) o produto geralmente nico na vida do usurio;
f) as especificaes so complexas, muitas vezes conflitantes e confusas;
g) as responsabilidades so dispersas e pouco definidas;
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h) o grau de preciso com que se trabalha na construo , em geral, muito
menor do que em outras indstrias.
Seria muito difcil e complexo abordar com profundidade todos os nveis
gerenciais de um empreendimento envolvidos com a integrao, que estejam ligados
ao sucesso do empreendimento. Por este motivo, procurou-se estudar e
especificamente ferramentas para o gerenciador.
Num empreendimento existem diversos tipos de plano, para o
empreendedor ou tomador de deciso, o gerenciador e o executor. O plano do
empreendedor utiliza um plano que enfatiza a estratgia e a deciso. O executor o
plano ttico voltado para a ao. J o plano do gerenciador deve promover a
integrao e coordenao dos outros planejamentos, pois, do contrrio, corre-se o
risco de desconectar tanto a ao da estratgia como as decises atpicas da ao
(YAZIGI, 1998).
Este trabalho voltado para o gerenciador, que vai coordenar a gerao do
plano do empreendimento e a realizao do controle de mudanas de forma
integrada. O foco em empresas de construo civil, que planejam e executam
produtos complexos e singulares, e por este motivo revelam maior carncia de um
gerenciamento integrado.
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
Este trabalho foi realizado tendo em vista a resposta para o seguinte
problema de pesquisa:
Como desenvolver o plano de empreendimento e realizar o controle geral de
mudanas de forma integrada em empresas de construo civil no gerenciamento de
seus empreendimentos?
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1.3 OBJETIVO E HIPTESE
1.3.1 Objetivo
O objetivo desta pesquisa propor um roteiro para o desenvolvimento do
plano de empreendimento de forma integrada para empresas de construo civil em
seus empreendimentos.
1.3.2 Objetivos Secundrios
Os objetivos secundrios deste trabalho so:
a) identificao dos principais pontos falhos na elaborao do plano de
empreendimento e do controle geral de mudanas nas empresas estudo
de caso;
b) levantamento da situao do gerenciamento da integrao de
empreendimentos, do desenvolvimento do plano de empreendimento e
do controle geral de mudanas em empreendimentos de empresas de
construo civil, estudos de caso do mercado da cidade de Curitiba.
1.3.3 Hiptese Principal
As possveis falhas existentes no desenvolvimento do plano de
empreendimentos de construo civil podem ser minimizadas com o uso de um
roteiro padro.
1.3.4 Hipteses Secundrias
a) existem lacunas na prtica da integrao do plano de empreendimento e
do controle geral de mudanas, principalmente em funo da
comunicao falha;
b) as empresas do mercado de construo civil no utilizam um roteiro
formal para elaborao do plano de empreendimento e do controle geral
de mudanas.
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1.4 LIMITAES
O mtodo de pesquisa adotado restringiu-se aos dados e informaes
coletados nas trs empresas estudo de caso. Este estudo limitou-se a pesquisa dos
departamentos de obras e de oramentos das empresas estudo de caso, que
estavam diretamente envolvidos no gerenciamento dos empreendimentos.
A pesquisa tambm limitou-se ao prazo de 15 meses para sua realizao,
em trs empresas estudos de caso da cidade de Curitiba.
2 GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS
Existem diversas terminologias e definies possveis de gerenciamento de
empreendimento, e algumas delas foram colocadas aqui para esclarecer do que se
trata este estudo. Em alguns pases de lngua inglesa usa-se o termo projeto, em
ingls project, para definir um esforo temporrio, levado a afeito para criar um
produto ou servio nico. Porm no Brasil esta palavra pode ser confundida com o
termo projeto usado para designar uma concepo ou as especificaes tcnicas
de uma concepo, em ingls design. Na lngua portuguesa a palavra projeto pode
ser substituda pelos termos empreendimento, obra e investimento (PRADO, 2001).
Por este motivo, para evitar confuses, na elaborao deste trabalho optou-se pela
adoo do termo gerenciamento do empreendimento.
A NBR ISO 9000:2000 (ABNT, 2000) define empreendimento como um
processo nico que consiste em um conjunto de atividades coordenadas e
controladas, com datas de incio e concluso, realizado para atingir um objetivo em
conformidade com requisitos especificados, incluindo as limitaes de tempo, custo
e recursos.
Na construo civil, o termo empreendimento expressa um conjunto de
atividades que levam a atingir um objetivo especfico e nico, dispendioso, de alto
risco, que deve ser executado dentro de um cronograma e oramento definidos e de
acordo com o nvel de desempenho tcnico esperado (CORREA NETO, 2000).
Dependendo do tipo de empresa na construo civil, possvel determinar
dimenses diferenciadas para o gerenciamento do empreendimento.
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Uma obra pode ser um empreendimento para uma empresa construtora. Os
estudos e projetos de engenharia desta obra podem ser um empreendimento para a
empresa de projetos e consultoria que o elabora. Tanto o projeto de engenharia
como a obra pode ser parte de um empreendimento maior, que envolve ainda as
etapas de financiamento e comercializao. Portanto, gerenciar um empreendimento
muito mais abrangente do que gerir somente a obra, o que torna evidente a
diferena entre o gerenciamento de empreendimento e o gerenciamento somente da
construo (CORREA NETO, 2000).
A Fundao de Desenvolvimento Gerencial (FDG, 2002), traz a definio de
gerenciamento de empreendimentos como o ramo da Cincia da Administrao
que trata do planejamento e controle de empreendimentos. E ainda complementa
que a boa prtica do gerenciamento de empreendimentos proporciona resultados
relevantes para a sobrevivncia e progresso das organizaes.
Esta definio vem ao encontro da exposio de VARGAS (2001), que
afirma que o empreendimento no repetitivo, caracterizado por uma seqncia
clara e lgica de eventos, com inicio, meio e fim, que se destina a alcanar um
objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parmetros
predeterminados de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.
Pode-se ainda estabelecer o significado de gerenciamento de
empreendimentos como a execuo repetida das cinco atividades: planejar,
organizar, integrar, medir e revisar. Sendo que a atividade de integrar refora a
manuteno da unidade e operao livre da estrutura de recursos, sobretudo dos
recursos humanos, durante a real execuo do planejado (PAGE-JONES,1990).
Segundo o PMI (2000), gerenciamento de empreendimentos a aplicao
de conhecimento, habilidades, ferramentas e tcnicas em atividades do
empreendimento, a fim de satisfazer ou exceder as necessidades e expectativas dos
interessados e envolvidos no empreendimento. Para satisfazer ou exceder as
necessidades e expectativas dos envolvidos invariavelmente envolve equilibrar
demandas concorrentes em relao a:
a) escopo, prazo, custo e qualidade;
b) empreendimentos com necessidades e expectativas diferenciadas;
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c) requisitos identificados (necessidades) e requisitos no identificados
(expectativas).
PRADO (2001), divide em trs, as reas de conhecimento necessrias ao
gerenciamento de um empreendimento: conhecimento de empreendimentos,
conhecimento de administrao de um modo geral, incluindo finanas, produo e
marketing, e conhecimentos tcnicos do produto, seja ele servio ou bem que est
sendo desenvolvido. O gerente de empreendimentos se envolve simultaneamente
com todas as reas de conhecimento durante o ciclo de vida do empreendimento.
2.1 AS ESCOLAS DE GERENCIAMENTO
SDERLUND (2002) sugere uma categorizao das escolas de
gerenciamento de empreendimentos segundo as linhas de pensamento que
prevalecem atualmente. Ele identificou sete escolas, baseado na pesquisa da
literatura mais relevante. Estas escolas variam em termos de foco e questes de
pesquisa e tipo de teorizao. Em alguns aspectos, as linhas de pensamento destas
escolas opem-se, e em outros aspectos complementam-se.
Como todas as escolas tm seus pontos fortes e fracos, interessante a
proposta de categorizao do autor, que permite analisar qual a melhor proposta
individual de cada escola, ou conjunto de vrias delas que atendem a um propsito
acadmico ou profissional.
A pesquisa e o desenvolvimento em gerenciamento de empreendimentos
foram impulsionados no perodo compreendido entre 1950 e 1960 pela criao de
journals, conferncias anuais sobre o assunto e estabelecimento de organizaes
profissionais e acadmicas como o Project Management Institute PMI
(SDERLUND, 2002).
A escola da qual provm o principal material deste estudo esta categorizada
como a Escola de Otimizao, segundo pode-se verificar no resumo das escolas e
suas principais caractersticas no quadro a seguir.
A caracterstica essencial da Escola de Otimizao definir o objetivo do
empreendimento, seu contedo e os principais envolvidos. A preocupao de
como obter eficincia, baixo custo e solues timas na entrega das tarefas
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especificadas no empreendimento. O empreendimento abordado de forma
estruturada, sendo dividido em pacotes de trabalho, com seus custos e prazos
estimados (SDERLUND, 2002). Verifica-se na tabela que as principais
contribuies nesta rea so os livros de CLELAND e KING (1968) Systems
Analysis and Project Management e de Kerzner (1999) entitulado Project
Management a systems approach to planning, scheduling and controlling. Este
ltimo livro foi estudado neste trabalho, alm da publicao PMBOK do PMI (2000).
Algumas crticas a este pensamento so de que ele exclui alguns aspectos
do empreendimento, como o processo de deciso na especificao das tarefas, a
avaliao de idias de alternativas para o negcio e a concretizao de tarefas
paralelas (SDERLUND, 2002).
O pensamento da Escola de Otimizao vem de encontro ao objetivo
principal deste trabalho, que justamente propor uma ferramenta, um roteiro, para
realizar de forma estruturada e integrada, o plano do empreendimento e o controle
de mudanas.
QUADRO 1 - UMA VISO GERAL DO PENSAMENTO DAS ESCOLAS DE PESQUISA EM GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS
Linha de Pesquisa
Exemplos de Contribuio
Principal Foco de Anlise
Questo Chave/ Assunto Investigado
Idia de Gerenciamento de Empreendimento
Escola de Otimizao
Cleland e Kink (1968), Kerzner (1995)
Tcnicas de planejamento e diviso de tarefas complexas.
Como gerenciar/planejar um empreendimento?
Otimizando a implementao do empreendimento pelo planejamento.
Escola de Fatores Crticos de Sucesso
Baker et al (1983), Pinto & Prescott (1990), Morris (1983)
Fatores de sucesso e resultados do empreendimento.
O que determina o sucesso do empreendimento/
Balizando a organizao dos empreendimentos pelos fatores.
Escola de Contingncia
Shenhar & Dvir (1996), dvir et al (1998), Lindkvist et al (1998), Hobday (2000).
Projeto da organizao do empreendimento.
Por que as organizaes dos empreendimentos diferem?
Adaptando a organizao do empreendimento s contingncias.
Escola de Procedimentos
Lundin & Sderholm (1995), Kreiner (1995).
Processos do empreendimento da empresa
Como os empreendimentos da empresa acontecem?
Modelando os processos dos empreendimentos da empresa.
Escola de Negociaes de Custos
Eccles (1981), Stinchcombe (1985), Winch (1995).
Gesto de organizaes de empreendimentos/negociaes
Como so geridas as organizaes/negociaes dos empreendimentos?
Gerindo organizao do empreendimento/negociaes.
Escola de Marketing
Bansard, Cova & Salle (1993), Cova & Holstius (1993).
Gerenciamento da formao de fase do empreendimento
Como so geridos os incios de estgios dos empreendimentos?
Formando e fazendo o empreendimento vencedor.
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& Holstius (1993). empreendimento empreendimentos? vencedor.
Escola de Deciso
Sahlin-Anderssn (1992), Hellgren & Stjernberg (1995), Shapira & Berndt (1997).
A interao entre envolvidos e os estgios dos empreendimentos.
Como proceder no incio das fases de empreendimentos multiorganizacionais?
Poltica e posicionamento no ambiente de empreendimentos.
FONTE: SDERLUND (2002)
2.2 O PMBOK UM GUIA PARA GERENCIAMENTO DE
EMPREENDIMENTOS E O PMI
O PMI - Project Management Institute, uma instituio internacional sem
fins lucrativos dedicada ao avano do estado da arte em gerenciamento de
empreendimentos e seu principal compromisso "promover o profissionalismo e a
tica em gesto de empreendimentos". Entre as vrias publicaes deste instituto,
uma merece especial destaque: "A Guide to the Project Management Body of
Knowledge", mais conhecido como "PMBOK Guide" (PMI, 2000).
Segundo o PMBOK descreve o conhecimento e as melhores prticas dentro
da profisso de gerncia de empreendimentos, com um histrico de
aproximadamente 30 anos. Todo o conhecimento reunido neste guia comprovado
e no se restringe somente a prticas tradicionais, mas tambm s inovadoras e
avanadas. um material genrico que serve para todas as reas de conhecimento,
ou seja, tanto para construo de edifcio ou processo de fabricao industrial como
para a produo de software (PMI, 2000).
O PMBOK organizado em nove reas de conhecimento de gerenciamento:
prazo, custo, qualidade, escopo, suprimentos, comunicao, riscos, recursos
humanos e integrao, por sua vez, cada rea de conhecimento , descrita atravs
de processos. Cada rea de conhecimento se refere a um aspecto a ser considerado
dentro da gerncia de empreendimentos. (PMI, 2000). VALERIANO (2001),
acrescenta a estas reas de conhecimento a rea de gerenciamento ambiental.
DINSMORE (1999), apresenta a idia de que as reas essenciais do
gerenciamento de empreendimentos so o prazo, custo e qualidade, como
enfatizado por diversos autores, e acrescenta a rea de gerenciamento de escopo,
como sendo a quarta rea essencial. As outras reas referentes aos recursos
humanos, riscos, comunicao e suprimentos, que afetam o empreendimento, so
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consideradas como auxiliares. Acrescenta-se a idia de que todas as reas
essenciais e auxiliares contribuam para o sucesso do empreendimento e
necessrio integr-las atravs da gerncia da integrao.
A falta da sua execuo ir afetar negativamente o projeto, pois projeto um
esforo integrado.
As reas de conhecimento da gerncia de empreendimentos conforme o
PMBOK (PMI, 2000) so apresentadas na figura abaixo, com acrscimo do
gerenciamento ambiental proposto por VALERIANO (2001).
FIGURA 1 - VISO DAS REAS DE CONHECIMENTO DO GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS
FONTE: Adaptao do Diagrama do PMBOK (PMI, 2000) e do CBIC (2001).
A seguir apresenta-se no quadro 2 uma sntese dos principais processos de
cada uma destas reas de gerenciamento, segundo o PMI (2000).
Este panorama geral das reas de conhecimento pode ser complementado
pela rea de gerenciamento ambiental, que estende as obrigaes e atenes do
empreendimento a toda a sociedade, com o compromisso de emprego racional dos
recursos naturais e preservao da qualidade ambiental. Os processos requeridos
para o gerenciamento ambiental so (VALERIANO, 2001):
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a) planejamento ambiental: elaborar o plano de gesto ambiental,
envolvendo poltica ambiental e anlise de custo/benefcio na
determinao do atendimento aos requisitos ambientais;
b) controle, incluindo verificaes e aes corretivas: acompanhar o
empreendimento e verificar a conformidade com o plano de gesto
ambiental.
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QUADRO 2 - MAPEAMENTO DA GERNCIA DE EMPREENDIMENTO EM GRUPOS DE PROCESSOS E REAS DE CONHECIMENTO
Grupos de Processos
rea de Conhecimento
Iniciao Planejamento Execuo Controle Encerramento
Gerncia de Integrao do Empreendimento
Desenvolvimento do Plano do Empreendimento
Execuo do Plano do Empreendimento
Controle Integrado de Mudanas
Gerncia de Escopo do Empreendimento
Iniciao Planejamento do Escopo Detalhamento do Escopo
Verificao do Escopo Controle de Mudana de Escopo
Gerncia de Tempo do Empreendimento
Definio das Atividades Sequenciamento das Atividades Estimativa da Durao das Atividades Desenvolvimento do Cronograma
Controle do Cronograma
Gerncia de Custo do Empreendimento
Planejamento dos Recursos Estimativa dos Custos Oramento dos Custos
Controle de Custo
Gerncia da Qualidade do Empreendimento
Planejamento da Qualidade
Garantia da Qualidade
Controle da Qualidade
Gerncia de Recursos Humanos do Empreendimento
Planejamento Organizacional Montagem da Equipe
Desenvolvimento da Equipe
Gerncia de Comunicao do Empreendimento
Planejamento das Comunicaes
Distribuio das Informaes
Relato de Desempenho
Encerramento Administrativo
Gerncia de Risco do Empreendimento
Planejamento da Gerncia de Risco Identificao dos Riscos Anlise quantitativa dos Riscos Planejamento de Respostas a Riscos
Controle e Monitorao dos Riscos
Gerncia de Suprimentos do Empreendimento
Planejamento das Aquisies Preparao das Aquisies
Pedido de propostas Seleo de Fornecedores Administrao dos Contratos
Encerramento dos Contratos
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dos Contratos FONTE: PMI (2000).
Este estudo focou especificamente a rea de conhecimento da gerncia da
integrao dos empreendimentos, detalhada no captulo 4 do PMBOK (PMI, 2000), e
dentro desta, o desenvolvimento do plano do empreendimento e o controle de
mudanas.
2.3 AS FASES DO EMPREENDIMENTO
Uma das caractersticas principais do empreendimento seu ciclo de vida,
que pode ser constitudo por fases especficas de comeo, aes transitrias e um
fim, cujas atividades tero uma durao limitada (VIEIRA NETTO, 1988; YAZIGI,
1998). Cada fase marcada pela concluso e entrega de produtos e pela avaliao
do desempenho do empreendimento. Esta avaliao proporciona uma determinao
da continuidade ou no do empreendimento e ainda a deteco e correo de
eventuais erros (PMI, 2000).
Um empreendimento genrico pode ser caracterizado pelas fases de
(PRADO, 2001; PMBOK, 2000):
a) iniciao ou concepo: incio formal do empreendimento, elaborao de
oramentos e cronogramas prvios, preparao da proposta inicial e
definio da equipe do empreendimento;
b) planejamento ou desenvolvimento: documentos elaborados na fase
anterior so detalhados e desenvolvem-se projetos e prottipos.
Completa-se os planos do empreendimento;
c) execuo e controle ou produo e operao: os planos so colocados
em prtica e controlados;
d) encerramento ou concluso: entrega do produto ou servio produzido,
reviso e arquivamento dos documentos e desmobilizao da equipe.
O relacionamento entre as fases pode ser visto na figura seguinte.
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FIGURA 2 - LIGAES ENTRE OS CINCO PROCESSOS OU FASES DE UM EMPREENDIMENTO
FONTE: PMI (2000).
GASNIER (2000) comenta sobre as fases do empreendimento proposta pelo
PMI (2000), e prope um check list para verificao das principais atividades
referentes aos processos, apresentado no quadro abaixo.
QUADRO 3 - CHECK LIST PARA AS PRINCIPAIS ATIVIDADES DOS PROCESSOS DE UM EMPREENDIMENTO
PROCESSO PRINCIPAIS ATIVIDADES
INICIAO Identificao das necessidades dos clientes; Estudos e anlises de viabilidade; Formalizao de uma proposta executiva.
PLANEJAMENTO Detalhamento do planejamento (atividades, seqncia, recursos, durao, custos, programao, oramento); Plano de comunicao; Plano de qualidade; Plano de aquisio (desenvolvimento de fornecedores); Gerenciamento de riscos.
EXECUO Execuo e verificao; Desenvolvimento da equipe; Distribuio de informaes; Administrao de contratos (requisio e recebimento).
CONTROLE Controle de mudanas de escopo; Controle da qualidade; Acompanhamento e reviso do progresso; Acompanhamento de custos; Relatrios de acompanhamento; Respostas aos desvios.
ENCERRAMENTO Encerramento contratual;
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Encerramento administrativo. FONTE: GASNIER (2000).
As principais fases do ciclo de vida de um empreendimento de construo
civil so descritas por VIEIRA NETTO (1988) e pelo PMI (2000) e os eventos que
acontecem tipicamente nestas fases so:
a) fase 1 - iniciao, concepo ou viabilidade: formulao do
empreendimento, identificao das necessidades, estudo de viabilidade,
identificao das alternativas, preparao das propostas tcnicas e
comerciais, desenvolvimento de oramentos e programas prvios e
identificao da equipe do empreendimento;
b) fase 2 - planejamento: elaborao dos projetos arquitetnico e
complementares bsicos, conduo de estudos e anlises, projeto dos
sistemas, desenvolvimento de requisitos de manuteno, construo e
testes de prottipos, anlise de resultados, planejamento detalhado,
custos e programao, termos contratuais e condies e aprovao para
execuo da obra;
c) fase 3 - execuo e controle: trmino do projeto arquitetnico e
complementares detalhados, fabricao e fornecimento de materiais e
equipamentos, execuo das obras civis, montagens eletromecnicas,
controle de qualidade e quantidade, comissionamento e treinamento de
profissionais especializados em operao e manuteno;
d) fase 5 encerramento, entrada em servio e operao comercial:
comissionamento final, operao e manuteno, transferncia de
materiais, transferncia de responsabilidades, relocao dos membros da
equipe do empreendimento.
O ciclo de vida tpico de um empreendimento de construo pode ser
representado conforme a figura a seguir.
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FIGURA 3 - CICLO DE VIDA DE UM EMPREENDIMENTO DE CONSTRUO
FONTE: PMI (2000); VIEIRA NETTO (1988).
2.4 OS ENVOLVIDOS NO EMPREENDIMENTO
Os envolvidos so as pessoas ou organizaes que intervm diretamente no
empreendimento ou ainda aqueles cujos interesses so afetados durante o
empreendimento ou depois de sua concluso (PMI, 2000). O importante para a
gerncia do empreendimento conseguir identificar e comprometer os principais
envolvidos para obter resultados de sucesso.
O quadro a seguir relaciona pessoas ou organizaes que podem ser os
principais envolvidos de um empreendimento de construo. Pela sua anlise pode-
se observar que o empreendimento de construo civil complexo e inclui os
aspectos tcnicos, legais, institucionais, polticos e outros (YAZIGI, 1998).
QUADRO 4 - PRINCIPAIS ENVOLVIDOS TPICOS NUM EMPREENDIMENTO DE CONSTRUO
continua
Envolvido Funo no Empreendimento
Promotor/Incorporador Identifica as necessidades e toma deciso de construir; participa no planejamento
Projetista Participa do planejamento e elabora o projeto
Fabricante Produz materiais, componentes e equipamentos
Construtor Executa a obra e responde por sua manuteno aps concluda
Empreiteiro Executa parte da obra por encargo do construtor
Empresa de Gerenciamento
Representa o proprietrio nos aspectos tcnico de execuo das obras
Proprietrio o dono da construo e responde por sua manuteno aps concluda
Usurio (Adquirente/Inquilino)
Usufrui a construo e responde pelo seu bom uso
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(Adquirente/Inquilino)
Laboratrios Ensaiam materiais, componentes e equipamentos QUADRO 4 - PRINCIPAIS ENVOLVIDOS TPICOS NUM EMPREENDIMENTO DE CONSTRUO
concluso
Envolvido Funo no Empreendimento
Organizaes de Controle Desenham e executam planos de controle, interpretam resultados e assessoram seu cliente
Seguro na Construo Quando existe, influi de forma decisiva na qualidade
Normas Constituem a base tcnica de referncia para definir e comprovar a qualidade
Forma de Contratao Condiciona na origem a qualidade final
Ensino e a Formao Suporte profissional para obter a qualidade
Investigao Ponta-de-lana de todo progresso na construo
Legislao Regula a referncia tcnica geral e as responsabilidades dos distintos sujeitos
Colgios Profissionais Coordenam o exerccio das profisses
Administrao Pblica Atua em todos os mbitos e influi em todos os processos FONTE: YAZIGI (1998)
Alm dos envolvidos principais, tambm a estrutura organizacional da
empresa executora influencia o desenvolvimento e desempenho do
empreendimento, como pode-se verificar no item seguinte.
2.5 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A teoria tradicional da administrao sugere que cada pessoa deve ter um
patro, e cada unidade deve ter um lder. Sob estas circunstncias, h uma unidade
de comando, considerada necessria para evitar confuso, para atribuir
responsabilidades para pessoas especficas e para que a organizao tenha canais
claros de comunicao para cima e para baixo (SHERMEHORN,1999).
Dependendo da complexidade do empreendimento, e do nmero de
pessoas envolvidas, o gerenciamento e a comunicao podem acontecer de forma
diferente.
Quando existem muitos nveis de comando entre um lder at chegar ao
comandado, a comunicao passa a ser menos eficaz porque h anlises e
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modificaes sucessivas da informao causadas pelas pessoas envolvidas e os
gerentes ficam isolados e sem ao (SHERMEHORN,1999).
2.5.1 Estruturas Formais e as Divises de Trabalho
Os empreendimentos fazem parte de uma instituio maior, e so
influenciados pela organizao ou organizaes que o estabeleceu (PMI, 2000).
Para ajudar a atingir as suas metas, os gerentes desenvolvem uma estrutura
formal pretendida que mostra as configuraes gerais e planejadas de cargos, as
funes e as linhas de autoridade entre as diversas partes da empresa. Esta
estrutura formal importante porque fornece a base para a ao gerencial, delineia
o servio a ser feito e as pessoas que vo desempenhar atividades especficas, e as
formas pelas quais o trabalho da organizao vai ser realizado. Os organogramas
so os diagramas que mostram a estrutura formal da organizao e mostram os
vrios cargos, quem ocupa cada cargo e as linhas de autoridade que os relacionam
(SHERMEHORN,1999).
A boa organizao um dos principais fatores que colaboram para o
sucesso do empreendimento. O estabelecimento da estrutura organizacional
apenas uma parte do processo de gerenciar empreendimentos, mas uma parte
crucial. No contexto do empreendimento, a estrutura da organizao desempenha
as seguintes funes principais (DINSMORE, 1992):
a) partida psicolgica da organizao, indicando que os trabalhos devem
prosseguir;
b) define relacionamentos formais entre os membros das equipes do
empreendimento e as outras pessoas;
c) define responsabilidades, autoridade e o escopo do trabalho.
As estruturas das organizaes podem apresentar multiplicidade de
estruturas, da funcional projetizada, com uma vrias combinaes entre
elas. (PMI, 2000)
Os principais tipos de estruturas organizacionais que podem ser usados em
empreendimentos so (DINSMORE, 1992; PMI, 2000):
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a) a organizao funcional ou hierrquica: com formato piramidal, nveis de
gerncia estratificados e subordinados por camadas horizontais distintas.
So divididas funcionalmente por especialidades e disciplinas;
b) a organizao projetizada: a gerncia centralizada dirige os esforos do
empreendimento, e as equipes freqentemente trabalham juntas, num
mesmo local fsico. A maioria dos recursos da organizao est
envolvida em empreendimentos e seus gerentes tm grande autoridade e
independncia. Organizaes com estrutura projetizada normalmente
possuem unidades organizacionais denominadas departamentos, que se
reportam diretamente ao gerente de projeto ou fornecem servios de
suporte aos diversos empreendimentos existentes. Uma variante a
fora-tarefa, onde os recursos humanos da equipe do empreendimento
so nitidamente separados de outros grupos de pessoal da empresa;
c) a organizao matricial ou horizontal: uma estrutura mista que objetiva
otimizar os pontos fortes e minimizar os pontos fracos das estruturas
funcional e projetizada.Sua base uma estrutura funcional onde existe
ampla mobilidade lateral. A estrutura matricial pode ser classificada em:
- matriz funcional ou matriz fraca: o gerente funcional exerce influncia
mais forte sobre as atividades globais do que o coordenador ou o
gerente de projeto. A qualidade tcnica maior que prazos e
oramento;
- matriz de projetizada ou matriz forte: os coordenadores ou gerentes
de projeto assumem mais poder de deciso que os gerentes
funcionais correspondentes. Cronograma e custo so mais
enfatizados. Aplicvel s atividades que requerem recursos tcnicos
limitados, ou quando necessrio esforo em um grande projeto com
parmetros tcnicos e conceitos bsicos j estabelecidos.
- matriz equilibrada ou matriz balanceada: existe poder igual para
gerentes funcionais e coordenadores e gerentes de projeto, e o
conflito potencial maior.
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A estrutura organizacional projetizada apontada por diversos autores como
a melhor soluo para organizaes voltadas a empreendimentos complexos e que
envolvem grandes investimentos de recursos financeiros, de mo-de-obra e de
tempo. Estas caractersticas justamente encaixam-se no tipo de organizao objeto
deste estudo, as empresas de construo civil, por isto este tipo de estrutura foi
melhor delineada neste captulo.
As organizaes projetizadas so utilizada em empresas de grande porte
que fabricam produtos envolvendo muitos recursos durante muito tempo para a
produo, e exigem tecnologia sofisticada, pessoal especializado e reunio de
recursos diferentes ao longo do produto. Cada produto especial e sob encomenda
e exige um planejamento bem detalhado. Os funcionrios so destacados e
concentrados durante longo tempo em empreendimentos especficos e os recursos
so alocados para cada um destes empreendimentos (CHIAVENATTO, 1993).
CHIAVENATTO (1993) descreve as vantagens e desvantagens deste tipo de
estrutura, donde verifica-se mais uma vez que as caractersticas das empresas de
construo civil encaixam-se:
a) as vantagens: enorme concentrao de diferentes recursos em uma
atividade complexa, que exige pontos definidos de incio e trmino, com
datas e prazos determinados. Cada projeto tem seu ciclo de vida
especfico. Orientado para resultados.
b) as desvantagens: no final de um empreendimento, a empresa pode ser
obrigada a dispensar os funcionrios e paralisar equipamentos. Pode
provocar ansiedade e angstia pela falta de previso de novos
empreendimentos.
2.5.2 A Influncia da Estrutura da Organizao nos Empreendimentos
O modelo de organizao escolhido afeta fortemente o desempenho da
equipe gerencial, pois estabelece padres de ao, delegao de poder,
coordenao e comunicao (YAZIGI, 1998).
A influncia da estrutura organizacional nos empreendimentos foi estudada
por diversos autores, com o intuito de colaborar com a escolha da melhor estrutura a
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adotar na organizao, de maneira que houvesse maior probabilidade de sucesso
no empreendimento. Destacam-se aqui algumas comparaes entre as possveis
estruturas, analisadas sob a tica de diferentes critrios.
A influncia da estrutura organizacional nos empreendimentos destacada
pelo PMI (2000), por DINSMORE (1992) e BAKER (2000). Os resultados de
pesquisas e anlises dos autores direcionam concluso de que o melhor resultado
de empreendimentos acontecem em organizaes projetizadas, conforme pode ser
visto no quadro 5.
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QUADRO 5 - INFLUNCIA DA ESTRUTURA DA ORGANIZAO NOS EMPREENDIMENTOS
Matricial Tipo de Organizao
Caractersticas dos Empreendimentos
Funcional Matriz Fraca Matriz Equilibrada Matriz Forte
Projetizada
Autoridade do Gerente do Projeto
Pouca ou nenhuma Limitada
De Baixa a Moderada
De Moderada a Alta
De alta a Quase Total
Percentual do Pessoal da Organizao Executora Alocado em Tempo Integral ao Projeto
Virtualmente Nenhum 0-25% 16-60% 50-95% 85-100%
Alocao do Gerente do Projeto Tempo Parcial
Tempo Parcial
Tempo Integral Tempo Integral Tempo Integral
Designao mais Comuns para o Papel do Gerente do Projeto
Coordenador de Projeto/Lder de Projeto
Coordenador de Projeto/ Lder de Projeto
Gerente de Projeto/Diretor de Projeto
Gerente de Projeto/Gerente de Programa
Gerente de Projeto/Gerente de Programa
Suporte Administrativo ao Gerente do Projeto Tempo Parcial
Tempo Parcial Tempo Parcial Tempo Integral Tempo Integral
FONTE: PMI (2000).
LARSON e GOBELI apud BAKER (2000), mostram o resultado de uma
pesquisa realizada com 1.400 empreendimentos, onde foi analisado o grau com que
atenderam os objetivos de custo, prazo e resultado tcnico. O grau de sucesso
destes empreendimentos foi correlacionado com o tipo da estrutura organizacional
utilizada no seu desenvolvimento, cujos resultados obtidos podem ser verificados na
tabela abaixo. Conclui-se da que um empreendimento que acontece numa estrutura
projetizada ou numa estrutura tipo matriz forte tem maior probabilidade de sucesso.
TABELA 1 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL VS PROBABILIDADE DE SUCESSO DO EMPREENDIMENTO
Estrutura Organizacional Probabilidade de Sucesso
Funcional 34.0 %
Matricial Fraca 34.4 %
Matricial Balanceada 55.9 %
Matricial Forte 70.7 %
Projetizada 71.4 % FONTE: LARSON; GOBELI apud BAKER (2000).
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2.6 OS FATORES CRTICOS DE SUCESSO DO EMPREENDIMENTO -
FCS
Para que o gerenciamento de um empreendimento seja bem sucedido,
necessrio que alguns quesitos sejam seguidos. Esses quesitos so denominados
fatores crticos de sucesso - FCS. So utilizados na forma de uma lista de itens que
deve ser verificada em qualquer empreendimento, durante a fase de planejamento e
execuo, para que ocorra o sucesso do empreendimento (PRADO, 2001). Os itens
variam de acordo com a empresa e o objetivo do empreendimento, mas diversos
autores listam tpicos que exigem maior ateno
VARGAS (2000), observa que muitas falhas em empreendimentos so
decorrentes de problemas externos que esto completamente fora do controle da
organizao e que, na maioria das vezes s podem ser minimizados ou evitados
atravs de um gerenciamento de riscos eficiente. Estes problemas so os provveis
fatores que podem levar os empreendimentos ao insucesso:
a) alteraes na estrutura organizacional da empresa;
b) altos Riscos no meio ambiente;
c) alteraes na tecnologia disponvel;
d) alteraes nos preos e prazos;
e) adversidades no cenrio poltico-econmico.
Porm, a maior parte dos fracassos ocorre em funo de outros tipos de
falhas, como as falhas gerenciais, que podem perfeitamente ser evitadas, tais como
(VARGAS, 2000):
a) metas e objetivos mal definidos, ou ainda no entendidos pelos escales
inferiores;
b) pouco entendimento da complexidade do empreendimento;
c) muitas atividades no empreendimento e pouco tempo para realiz-las;
d) estimativas financeiras incompletas e pobres;
e) dados insuficientes, ou inadequados;
f) sistema de controle inadequado;
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g) falta de definio do gerente de empreendimento, ou passagem de
diversos gerentes pelo empreendimento, ocasionando confuses de
definio de poder;
h) dependncia excessiva dos softwares na gesto de empreendimentos;
i) empreendimento estimado com base na experincia emprica, ou feeling
dos envolvidos;
j) treinamento e capacitao inadequados;
k) falta de liderana do gerente de empreendimento;
l) falta de alocao de tempo para as estimativas e o planejamento;
m) desconhecimento das necessidades de pessoal, equipamentos e
materiais;
n) falta de integrao dos elementos-chave do escopo do empreendimento;
o) expectativas diferentes ou opostas do cliente/empreendimento;
p) desconhecimento dos pontos-chave do empreendimento;
q) falta de verificao da existncia de conhecimentos da equipe envolvida
na execuo do empreendimento;
r) falta de padronizao do trabalho, ou falta de seguir os padres
definidos.
Os fatores crticos de sucesso podem ser tambm classificados em
genricos e especficos, sendo que o primeiro necessrio em toda e qualquer
empresa e o segundo definido aps uma anlise dos FCS genricos tendo em
vista a situao especfica da empresa (PRADO, 2000). Pode-se identificar nas
figuras a seguir os possveis fatores de sucesso genricos de um empreendimento e
um exemplo de fatores especficos.
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FIGURA 4 - FATORES CRTICOS DE SUCESSO GENRICOS
FONTE: Adaptado de PRADO (2000).
O maior responsvel pelas mudanas e inovaes necessrias a alta
administrao, pois esta deve comunicar e estimular os demais integrantes da
empresa sobre o que se deseja fazer. O sucesso tambm depende muito do gerente
do empreendimento: se sua atuao for fraca, deve-se formar um comit para
resolver questes referentes ao empreendimento (PRADO, 2000).
Quando houver muitos empreendimentos ao mesmo tempo, conveniente
que se crie um escritrio de apoio ao empreendimento (PMO - Project Management
Office), que ter a funo de padronizar e normatizar os empreendimentos, fornecer
treinamento e consultoria e participar da avaliao de riscos (PRADO, 2000).
Diagrama de Gantt,
PERT/CPM,
diagrama em rvore,
estrutura de
decomposio do
empreendimento,
curva S de custos,
etc.
Deve ser ampla e
flexvel, permitir
adaptaes. Ex.:
PMBOK, PDCA.
Reunies, telefone,
fax, rede
corporativa, e-mail,
WEB, intranet, etc.
Eficiente
ferramenta para
aumento da
produtividade,
melhoria da
comunicao e
minimizao de
conflitos.
Interface com
gerenciamento de
operaes rotineiras
ou com
planejamento
estratgico.
Processo
impossvel de ser
deixado de fora.
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FIGURA 5 - EXEMPLO DE FATOR CRTICO DE SUCESSO ESPECFICO
FONTE: PRADO (2000)
Num dado momento, numa certa etapa do empreendimento, pode-se criar
uma lista de itens crticos especficos para o sucesso. Por exemplo, na situao
particular que aparece na figura 5, faltou treinamento no uso de uma metodologia e
deve-se escolher novas ferramentas para uso num empreendimento.
Independente de como denominado o fator que leva o empreendimento ao
sucesso ou insucesso, ele pode ser organizado na forma de uma lista que permite
auxiliar seu controle. Os FCS ou os provveis fatores que podem levar os
empreendimentos ao insucesso devem ser controlados pelo gerente e sua equipe
(VARGAS, 2000). Estes fatores devem ser mensurveis, de forma que permita uma
avaliao adequada em cada etapa do empreendimento (VALERIANO, 2001).
PRADO (2001) criou uma lista simplificada dos principais FCS a seguir para
que o empreendimento obtenha sucesso, abordando os fatores genricos e
especficos:
a) meta claramente definida;
b) gerncia competente;
c) equipe competente;
d) eficiente sistema de comunicaes;
e) comprometimento das principais partes envolvidas;
f) planejamento e controle adequados;
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g) inexistncia ou neutralizao de itens de alto risco.
PRADO (2001), considera o sistema de comunicaes como um FCS, pois a
comunicao vai ser til para aumentar o entendimento entre os envolvidos no
empreendimento e permite minimizar conflitos. J VALERIANO (2001), afirma que
no ser de utilidade definir como um fator crtico as comunicaes. Ele alega que
a comunicao abrange um campo muito vasto, podendo existir um fator crtico em
vrios setores diferentes.
Independente de idias diferentes entre autores, interessante possuir uma
lista completa e consistente para realizar a avaliao e controle dos FCS.
2.7 NVEL DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE
EMPREENDIMENTOS
As organizaes vm procurando identificar as melhores prticas em
gerenciamento como uma forma de melhorar a probabilidade de sucesso dos
empreendimentos. Na dcada de 1990 foi criado um sistema de avaliao da
maturidade em gerenciamento de empreendimentos, o PM-CMM (Project
Management Capability Maturity Model). Ele foi baseado no modelo de maturidade
em gerenciamento de software (SW-CMM) elaborado pela Universidade de Carnegie
Mellon e pelo Systems Engineering Institute dos Estados Unidos (PRADO, 2001;
FDG, 2002). O modelo de avaliao em gerenciamento de empreendimentos
tambm chamado de PMMM - Project Management Maturity Model (Kerzner,
2001).
Avaliar a maturidade de uma organizao significa aplicar um procedimento
para medir a sua eficcia em concluir empreendimentos, ou seja, a incorporao do
gerenciamento de empreendimentos. Os nveis de maturidade so refletidos nas
aes e decises das empresas. A idade relacionada esses nveis tem a ver com a
natureza do negcio e com as foras do mercado. Se a empresa apresentar uma
abordagem do gerenciamento de empreendimentos puramente intuitiva e aleatria,
sua classificao na escala de maturidade ser bem menor DINSMORE (1999).
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Os modelos de maturidade utilizados apresentam pequenas variaes de
classificao, porm aparecem descritos sempre em cinco nveis. PRADO (2001) e
DINSMORE (1999) descrevem detalhadamente as caractersticas de cada um dos
nveis, e este ltimo prope uma forma simples e rpida de identificar em que
estgio se encontra a empresa em questo.
Uma abordagem lgica avaliar o nvel de maturidade da organizao em
relao sua execuo nas reas do universo de conhecimento da gerncia de
empreendimentos do PMI (2000). Mas como esse tipo de avaliao requer um
estudo longo e detalhado sobre a empresa, faz-se necessria uma forma de
avaliao mais rpida, porm eficaz. Essa avaliao deve focalizar tanto as
competncias envolvidas no gerenciamento de um empreendimento como as
questes organizacionais mais amplas, e isso possvel atravs das seguintes
regras (DINSMORE,1999):
a) regra 1: quanto a estrutura, metodologia e procedimentos: comparar os
empreendimentos realizados na organizao aos procedimentos do
PMBOK atravs de perguntas;
b) regra 2: quanto ao conhecimento e capacidade das pessoas: determinar o grau
de instruo e competncia dos gerentes e profissionais atuantes na
organizao;
c) regra 3: quanto aos elementos bsicos da organizao: avaliar o funcionamento
de elementos bsicos como apoio tcnico e administrativo, com nfase na
promoo da causa do gerenciamento de empreendimentos, sistema de
relatrios organizacionais e sistema para gerenciar gerentes de
empreendimento.
estas trs regras pode-se acrescentar a regra 4, quanto ao sucesso dos
empreendimentos da empresa em atingir seus objetivos propostos, pois o sucesso
est diretamente ligado ao nvel de maturidade em gerenciamento de
empreendimentos, segundo PRADO (2001), DINSMORE (1999) e KERZNER
(2001).
No quadro a seguir pode-se verificar as caractersticas de cada um dos cinco
nveis de maturidade em gerenciamento segundo a descrio de PRADO (2001) e
DINSMORE (1999), que so similares. Cada caracterstica foi relacionada pela
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pesquisadora s quatro regras de avaliao do nvel de maturidade. Este quadro foi
montado desta forma para facilitar a identificao rpida do nvel de maturidade em
que se encontra uma empresa.
QUADRO 6- CARACTERSTICAS DOS NVEIS DE PMMM RELACIONADAS S REGRAS DE AVALIAO DE MATURIDADE EM GERENCIAMENTO
Nvel de maturidade
REGRA 1 Estrutura, metodologia
e procedimentos
REGRA2 Conhecimento e capacidade das
pessoas
REGRA 3 Elementos bsicos da
organizao
REGRA 4 Sucesso
1. Inicial ou embrionrio
Nem sempre h planejamento, o controle fraco, inexistem procedimentos padronizados ou so mal definidos. Experincia histrica das melhores prticas no arquivada. Sem avaliao de riscos nem verificao de lies aprendidas.
Cada empreendimento percebido como nico. Pessoas sem treinamento.
Gerenciamento executado na base do melhor esforo individual. Problemas de comunicao com outras reas. Cronogramas com viso inadequada de recursos e experincias anteriores.
Possibilidades grandes.de atraso, estouro de oramento e no atendimento a especificaes tcnicas.
2. Repetitivo Procedimentos padronizados em implantao, mas uso no difundido para todos empreendimentos. Treinamento geral em metodologia e ferramentas, mas nem todos os empreendimentos planejados e acompanhados desta forma.
Pessoas treinadas para realizar procedimentos. Falta experincia e viso geral do gerenciamento de empreendimentos.
Sistemas e processos de gerenciamento percebidos como importantes. Software sem resultados evidentes, devido falta de experincia e viso geral do gerenciamento. Falta de integrao de banco de dados.
Chances de fracasso ainda altas. Sucesso no previsvel, flutuaes de prazo e custo ao longo dos empreendimentos.
3. Definido ou padronizado
Padronizao de procedimentos usada em todos empreendimentos. Dados de planejamento e controle mais confiveis. nfase no gerenciamento do escopo, tido como parte fundamental.
Pessoas no sabem gerenciar banco de dados. Muito tempo gasto para manter templates , em detrimento anlise de soluo de problemas.
Execuo confivel de processos de planejamento e controle. Sistemas de gerenciamento integrados ao sistema da empresa. Banco de dados difcil de gerenciar.
Os resultados esto aparecendo. Desempenho previsvel, com alto grau de preciso. Prazo e custos tendem a melhorar.
4. Gerenciado ou Integrado
Empresa coleta e mantm banco de dados de execuo de empreendimentos. Gerenciamento de processos avaliado e controlado. Nvel de pacotes de trabalho insuficientes para planejar trabalho, precisa usar listas de verificao complementares.
Gerncia interligada ao fluxo de informaes dos principais empreendimentos sabe usar e interpretar informao.
Fluxo de informaes eficiente. Informaes gerenciais integradas sem reprocessamento e reformatao. Banco de dados consolidado acessado para estimativa e benchmarking.
Nvel de sucesso alto. Desempenho de acordo com o plano.
5. Otimizado Possvel otimizao dos empreendimentos com base no banco de dados. possvel escolher as melhores prticas.
Equipes usam naturalmente modelos para cronogramas, oramentos e processamento de informaes.
Banco de dados on-line de lies aprendidas, dados de referncia e critrios de estimativas. Sistema atende gerncia e cho de fbrica.
Nvel de sucesso prximo de 100%.
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Processos continuamente aperfeioados. Perfeita integrao de prazos, custos e escopo.
informaes.
cho de fbrica. Informaes confiveis transferidas entre empreendimentos e analisadas corporativamente. Otimizao de recursos de empreendimento e empresariais.
FONTE: Adaptado de PRADO (1999) e DINSMORE (1999).
KERZNER (2001), tambm descreve o Modelo de Maturidade em
Gerenciamento de Empreendimentos - PMMM dividido nos cinco nveis de
maturidade em gerenciamento de empreendimentos. Este autor apresenta uma
terminologia dos nveis um pouco diferente dos outros autores abordados neste item,
que aparece no quadro a seguir.
QUADRO 7 - NVEIS DE PMMM (PROJECT MAN