Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia ... · 4 000 malaria cases per year and...

6
Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia de escalas ? Dr Laurent Durieux Dr Emmanuel Roux Um ciclo de transmissão de aparência simples Água Necessária Diferentes vetores da espécie Anófele (darlingi, aquasalis, brasiliensis, nuneztovari, oswaldoi) Diferentes parasitos (P. vivax, P. falciparum, P. Malariae) Presencia difusa dos vetores no meio ambiente bio-ecologia dos vetores mal conhecida diversidades dos sítios de larvas Uma realidade muito mais complexa Diversidade dos ambientes, das escalas Migrações Demografia Atividades Clima Hidrologia Paisagens HOMENS MOSQUITOS Adaptação Políticas Publicas – Infra-estruturas de saúde Programas de luta contra a malaria : Parasites Plasmódio Região de risco de malária Índice de parasitismo ativo (IPA) Brasil, 2002 No tempo... & No espaço... fonte: Ministério da Saúde Situação epidemiológica contrastada ... P Falciparum P vivax Incidence ratio reach 50% among children of camopi 4 000 malaria cases per year and an incidence rate around 2% [Carme et al. 2009] % P falciparum % P vivax ; 2.6% P malariae Not homogeneous in space and time [Carme 2005, Carme et al. 2005] Também nas escalas mais locais ...

Transcript of Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia ... · 4 000 malaria cases per year and...

Page 1: Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia ... · 4 000 malaria cases per year and an incidence rate around 2% [Carme et al. 2009] % P falciparum ˙% P vivax ; 2.6%

Da dinâmica das águas

aos picos de malaria :

uma historia de escalas ?

Dr Laurent Durieux

Dr Emmanuel Roux

Um ciclo de transmissão de aparência simples

Água Necessária

• Diferentes vetores da espécie Anófele (darlingi, aquasalis, brasiliensis, nuneztovari, oswaldoi)

• Diferentes parasitos (P. vivax, P. falciparum, P. Malariae)

• Presencia difusa dos vetores no meio ambiente

• bio-ecologia dos vetores mal conhecida

• diversidades dos sítios de larvas

Uma realidade muito mais complexa Diversidade dos ambientes, das escalas

Migrações

Demografia

Atividades

Clima Hidrologia

Paisagens

HOMENS

MOSQUITOS

Adaptação

Políticas Publicas – Infra-estruturas de saúde

Programas de luta contra a malaria

: Parasites Plasmódio

Região de risco de maláriaÍndice de parasitismo ativo (IPA) Brasil, 2002

No tempo...&No espaço...

fonte: Ministério da Saúde

Situação epidemiológica contrastada ...

P FalciparumP vivax �

Incidence ratio reach 50%

among children of camopi

4 000 malaria cases per year and an incidence rate around 2% [Carme et al. 2009]

% P falciparum � % P vivax ; 2.6% P malariae

Not homogeneous

in space and time

[Carme 2005, Carme et al. 2005]

Também nas escalas mais locais ...

Page 2: Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia ... · 4 000 malaria cases per year and an incidence rate around 2% [Carme et al. 2009] % P falciparum ˙% P vivax ; 2.6%

Risk ratios for malariaincidence for $ 14cm change

in monthly precipitation

% Wetland

Relações Água - Malaria heterogêneos

[Olson, Durieux et al 2009]

Questões de Pesquisa...

Considerar a complexidade

permitir os câmbios de escalas das observações

e dos modelos

abordagem integrada, inter-disciplinares

Dar as possibilidades de otimizar os controles da doença

no âmbito do câmbios globais e locais do meio ambiente

e da sociedade

EDITAL CNPq/EUROPA 61/2008

Convênios bilaterais de Cooperação com a Europa CNPq/IRD

Dinâmica Sócio-Ambiental

e Malária na Amazônia

Uma Abordagem Multi-Escala

Objetivos Específicos

Identificar e caracterizar as relações entre

as dinâmicas hidrológicas e a Malaria

Dinâmica Hidrológica Particular (Região de Coari)

Page 3: Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia ... · 4 000 malaria cases per year and an incidence rate around 2% [Carme et al. 2009] % P falciparum ˙% P vivax ; 2.6%

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CLIMA E AMBIENTE

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA ESPACIAL, TEMPORAL E SUAS RE LAÇÕES

COM AS VARIÁVEIS AMBIENTAIS SOBRE A INCIDÊNCIA DA M ALÁRIA

NO PERÍODO DE 2003 A 2009 EM 4 MUNICÍPIOS DO ESTADO DO

AMAZONAS, BRASIL.

Aluna: Bruna Raquel Wolfarth

Orientador: Dr. Naziano Filizola

Fonte financiadora: FAPEAM (Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas)

Convênio: CNPq/IRD

Regime hidrológico

Funcionamento do clima regional e global;

Águas altas (mai-ago) e águas baixas (set-out);

Variações das cotas: 2 – 18m.(cota máx – cota mín)

Filizola et al., 2006.

Fonte: Filizola et al., 2002.Figura 9. Variabilidade sazonal dos níveis dos rios na bacia Amazônica.Fotos: Bruna Wolfarth

Figura 8. A) Águas altas e B) águas baixas da bacia do rio Negro.

A B

7

Regime hidrológico

8

Meade et al., 1991.

Características das varições sazonais.

Diferença entre os picos de descargas dos grandes tributários e o curso principal.

Rio madeira – pico 2 meses antes do Amazonas. Efeito de barramento. Am→Mad

Interfere na descarga.

Fonte: Meade et al., 1991.Figura 10. A) Estágio diário do rio Madeira (em Fazenda vista) e rio Negro (em Barcelos), 1979-1981, mostrando a diferença no tempo de máxima e mínima descarga anual. B) Estágio diário do rio Madeira (em Fazenda vista) e rio Amazonas (em Itacoatiara), 1977, mostrando a diferença no tempo do pico de descarga.

A B

A

B

Foto: Bruna Wolfarth.Figura 11. A) período da vazante no ano de 2009, B) período da vazante no ano de 2010. Ambas as fotos tiradas do mesmo local, comunidade Livramento, Amazonas.

Cheia histórica

Seca históricaMuitos fatores podem alterar o regime hidrológico.

Marengo et al., 2001.

Variabilidades interanuais alteram o fluxo de cheia e vazante da região.

Silva, 2006; Santos 2006.

Flutuações climáticas

Efeito : doenças vetorias

Os fenômenos hidrológicos apresentam variabilidade ao longo do tempo e espaço.

Repiquete – Variação repentina do nível d’água dos rios no período que corresponde à tendência geral do regime hidrológico, ou seja, repiquetes na descida das águas, e/ ou na subida das águas .

• Associado aos processos de variabilidade climática.

• Influenciar os casos de malária fora da sua época característica.

Variabilidade hidrológica

Ponto de inflexão

Mesma cota

Estágio diário na estação do Rio Solimões (Coari) em 2009, e do Rio Negro (Manaus) em 2004 com seus respectivos repiquetes.9

ResultadosRepiquetes

26

• Repiquetes – Subida das águas;• 1o trimestre, mês + comum, março;• Coari – repiquetes no período de descida do rio;

• 9 a 56 dias;• > 30 dias, aprox. (30 a 45 dias) 1 a 1 mês e meio após o repiquete;

Codajás (2006), Manacapuru (2008 e 2009) e Manaus (2006) –Ações de controle, mobilidade e percepção de risco.

• Dias da variação da cota do repiquete ↑ 20 dias;

• Repiquetes – vazantes pouco e muito intensos;

• Repiquetes, pouca intensidade.

1 Tabela. Duração total e dias da variação dos repiquetes, para os 4 municípios estudados. Média rep em cm/dia - Coari (4,02 e 5,3), Codajás (3,63), Manacapuru (1,68) e Manaus (2,22).

Coari

AnosDuração

totalDias da variação

Gradientcm/dia

2003 51 dias 29 dias 2,382004 56 dias 25 dias 11,56

2005 44 dias 32 dias 2,03

2005 26 dias 16 dias 5,75

2006 16 dias 11 dias 1,36

2007 50 dias 30 dias 3,33

2008 9 dias 7 dias 0,57

2008 28 dias 14 dias 6,712009 18 dias 11 dias 4,272009 43 dias 29 dias 7,38

CodajásManacap

uru Manaus

AnosDuração

totalDias da variação

Gradient cm/dia

Duração total

Dias da variação

Gradient cm/dia

Duração total

Dias da variação

Gradientcm/dia

2003 44 dias 29 dias 1,55 38 dias 31 dias 0,45 30 dias 10 dias 1,6

2004 54 dias 28 dias 7,54 47 dias 27 dias 3,85 37 dias 21 dias 2,57

2005 40 dias 27 dias 2,48 Não teve x x Não teve x x

2006 Não teve x x Não teve x x Não teve x x

2007 42 dias 20 dias 2,95 32 dias 23 dias 0,74 32 dias 6 dias 2,52008 x x x Não teve x x Não teve x x2009 x x x Não teve x x Não teve x x

25

Resultados Manaus

Figura 22. Série temporal dos casos de malária e nível d’água em média mensal (Estação Manaus – Negro) com repiquetes em escala diária no período de 2003 à 2009 no município de Manaus.

2003 – 30 dias2004 – 37 dias2007 – 32 dias

Repiquetes

Page 4: Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia ... · 4 000 malaria cases per year and an incidence rate around 2% [Carme et al. 2009] % P falciparum ˙% P vivax ; 2.6%

10/19/09

Relações entre zonas úmidas, hidrologia e malaria... Mudança de Escala, Mudança de Resolução, ...

h= H– R + [DTC + WTC + IC + Ts ] Source AVISO

ENV 306

SV1

SV2

SV3

SV4

Altimétrie

Page 5: Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia ... · 4 000 malaria cases per year and an incidence rate around 2% [Carme et al. 2009] % P falciparum ˙% P vivax ; 2.6%

Global inundated-

wetlands Earth System

Data Record:

ALOS ScanSAR

Time Series

ALOS Kyoto & Carbon

Initiative

Start date: 4 Nov 2006

End date: 7 Nov 2007

Repeat interval: 46 days

For further information contact:

L. Hess, UC Santa Barbara, [email protected]

An ALOS Kyoto & Carbon Initiative

Wetlands Theme Product

ALOS PALSAR, ScanSAR mode

L-band, HH-pol

350-km swath width

100 m pixel

http://www.eorc.jaxa.jp/ALOS/kyoto/kyoto_index.htm

62W

4S A ma z o

n R.

Pur us R.

Ma de i ra R

.

N

50 km

ALOS ScanSAR acquisition dates relative to Amazon River stage at Tefé

ScanSAR acquisition date

200

400

600

800

1000

1200

1400

1-Nov-2006

9-Feb-2007

20-May-2007

28-Aug-2007

6-Dec-2007

15-Mar-2008

River

stage

at

Tefé

(cm)

R : HV – Jul

G : HH – Jul

B : HH - Jun

Forest flooded < 3 months/year

Forest flooded 3-6 months/year

Forest flooded >6 months/yearForest flooded >6 months/year

Seasonal aquatic macrophyte

Seasonally flooded shrub

Open water

Validation: Thermochron iButtons

- deployed at Mamirauá in Nov 2009

- temperature readings every 6 hours

- testing suitability for low-cost floodplain gauging

Validation: Thermochron iButtons

Page 6: Da dinâmica das águas aos picos de malaria : uma historia ... · 4 000 malaria cases per year and an incidence rate around 2% [Carme et al. 2009] % P falciparum ˙% P vivax ; 2.6%

Classification of water types from Landsat TM

Adriana Affonso, INPE

Abordagem Integrada : Chave desse estudo

Obrigado !!!