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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

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PARANÁGOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPEPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Ficha para CatálogoArtigo Final

Professor PDE/2009

TítuloO SOLO E A VEGETAÇÃO COMO INSTRUMENTOS BÁSICOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Autor EUCLIDES BASSO

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL PEDRO AMÉRICO

Município da Escola SERRANÓPOLIS DO IGUAÇU

Núcleo Regional de Educação FOZ DO IGUAÇU

Orientadora PROFª Drª MARLENE LURDES FERRONATO

Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PA-RANÁ – CAMPUS DE PATO BRANCO

Área do Conhecimento/Disciplina GEOGRAFIA

Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

GEOGRAFIA. CIÊNCIAS, PORTUGUÊS E ARTE.

Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: pro-fessores, alunos, comunidade...)

FOI REALIZADO COM OS ALUNOS DA 5ª SÉRIE “A” DO ENSINO FUNDAMENAL E DEMAIS MEMBROS DA COMUNIDADE ESCOLAR.

Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação)

COL. EST. PEDRO AMÉRICO ENSINO FUNDAMEN-TAL E MÉDIO, LOCALIZADO NA RUA MARECHAL CASTELO BRANCO Nº 695 - BAIRRO JARDINÓPO-LIS – SERRANÓPOLIS DO IGUAÇU – Pr.

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Resumo: (no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Ro-man, tamanho 12 e espaçamento simples)

Esse estudo didático pedagógico é parte do programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) que foi im-plantado em uma Escola Estadual de Ensino Funda-mental, com o intuito de proporcionar a discussão, aprendizagem, e mudanças de atitudes, no que diz respeito, sobre as questões ambientais mais especifi-camente, o estudo da formação do solo e o plantio convencional da palmeira juçara. Inicialmente foi ela-borada uma proposta de estudo na construção peda-gógica de forma coletiva, envolvendo toda a comuni-dade escolar, com o objetivo de mostrar, o estudo da formação do solo e da palmeira juçara na disciplina de geografia, contribuindo na práxis do educando, em suas atitudes diante dos problemas ambientais. Pre-tendeu-se através desse estudo, apresentar o proble-ma, no que tange sobre a proposta do currículo esco-lar, pertinentes a formação do solo e da vegetação na-tiva. Os objetivos metodológicos desse trabalho foram através do estudo bibliográfico, desses problemas e a buscar de informações precisas, à respeito das mes-mas. A seguir foi elaborado o material didático peda-gógico para ser trabalhado em sala de aula, com os alunos da 5ª série, bem como a reflexão feita através da exposição dos trabalhos aos demais professores e a toda a comunidade escolar. Os resultados foram animadores, pois houve grande interesse por parte dos alunos quanto a participação das aulas e com cer-teza com a aprendizagem.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Solo; Palmeira Juçara; Educação Ambiental.

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O SOLO E A VEGETAÇÃO COMO INSTRUMENTOS BÁSICOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Autor: Euclides Basso1

Orientador(a): Profª Drª Marlene Lurdes Ferronato2

Resumo

Esse estudo didático é parte do programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) que foi implantado na escola estadual de ensino fundamental, com o intuito de proporcionar a discussão, aprendizagem, e mudanças de atitudes, no que diz respeito, sobre as questões ambientais mais especificamente, o estudo da formação do solo e o plantio convencional da palmeira juçara. Esse estudo foi uma proposta que visa, uma construção pedagógica, coletiva, envolvendo toda a comunidade escolar, com o objetivo de mostrar, o estudo da formação do solo e da palmeira juçara na disciplina de geografia, contribuindo na práxis do educando, em suas atitudes diante dos problemas ambientais. Pretendeu-se através desse estudo, apresentar o problema, no que tange aos estudos propostos do currículo escolar, pertinentes a formação do solo, pois os livros didáticos, apresentam esses conteúdos, de forma resumida, fragmentada e muitas vezes não apresentam nada a esse respeitos, sendo que os mesmos são básicos e fazem parte das Diretrizes Curriculares Nacionais, elaboradas pelo MEC. Os objetivos metodológicos desse trabalho foi através do estudo bibliográfico, desses problemas propostos, buscando-se informações precisas, à respeito dos mesmos e a seguir, a elaboração do material didático pedagógico, que foi trabalhado em sala de aula, com os alunos da 5ª série, e a reflexão feita através da exposição dos trabalhos juntamente com professores e os alunos e a comunidade escolar. Os resultados foram animadores, houve grande interesse por parte dos alunos em participar das aulas. A presença dos por parte dos estudantes foi satisfatória. Quase todos os alunos da turma compareceram nos encontros na implementação do projeto. Com certeza tal fato se deve, aos alunos terem interesse de aprender e de gostar da forma pedagógica trabalhada com os mesmos.

Palavras-chave: Solo; Palmeira Juçara; Educação Ambiental.

1 Especialista em Supervisão Escolar pela Universidade Salgado de Oliveira Universo – RJ., Graduação em Geografia pela UNIJUI – RS. Professor do Colégio Estadual Pedro Américo – Pr.2 Profª Drª Engª Agrônoma da UTFPR do Curso de Agronomia – Campus de Pato Branco - Pr.

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1. INTRODUÇÃO

O estudo da formação do solo faz parte do currículo da 5ª série do ensino

fundamental, sendo um dos conteúdos de grande valia para o conhecimento dos

educandos.

Sabe-se muito bem, que é através do solo que se obtém, a maior parte dos

alimentos que dão o sustento para a humanidade. É por essa razão, que os alunos

devem entender a dinâmica de sua formação, para serem os futuros defensores da

preservação ambiental.

O processo de formação do solo, demorou milhões de anos para acontecer

e atualmente em apenas um curto espaço de tempo, ele é depauperado pela ação

do homem. A falta de manejo adequado e técnicas corretas, o solo é destruído e

transformado em verdadeiros desertos, se tornando estéril e impróprio para a

sobrevivência de plantas e animais.

Diante do exposto, os alunos devem conhecer essa dinâmica, para não

continuar existindo tantos desastres ecológicos, causados por intempéries e pela

culpa do próprio homem. A recuperação de um solo esgotado, erodido, pode ser

feita através de investimentos pelo homem, mas o custo muitas vezes não permite

fazer tais ações.

Existem lugares no Brasil que a erosão erodiu tanto, que não compensa

mais investir tais montantes de dinheiro, necessário para recuperar os danos

causados pelas intempéries, devido a imprudência do homem cometido com a

natureza.

Juntamente com o estudo do solo, também foi realizado o estudo do plantio

convencional da palmeira juçara, cuja planta é nativa da florestas, da Mata Atlântica,

chamadas nessa região do Paraná, de Floresta Pluvial Subtropical.

A palmeira juçara, é uma planta que se encontra em extinção, devido ao seu

palmito ser muito apreciado na alimentação humana.

O corte desenfreado dessa palmeira, não foi acompanhado por um

planejamento sustentável, no sentido de repor, as árvores que foram abatidas no

decorrer dos anos.

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Esse foi um dos objetivos básicos desse trabalho, fazer uma reflexão sobre

os erros cometidos pelo homem, em sua interação com o meio ambiente e citar suas

falhas. Diante de tanto depauperamento ambiental, estou apresentando nesse

trabalho, uma proposta (alternativa), para amenizar esses problemas, principalmente

com a palmeira juçara, já que a mesma se encontra na lista de plantas em extinção.

Solucionar esse problema a curto prazo é quase impossível, mas temos que

ser persistentes, na educação de nossos alunos, refletindo com mais frequência tais

problemas.

Devemos lutar para que ocorra o resgate dessa planta, e manter o meio

ambiente mais equilibrado, para o bem da natureza e do próprio homem.

Gostaria apresentar alguns aspectos sobre como foi realizado esse

trabalho, que foi implementado em sala de aula. Inicialmente tivemos muitas

palestras sobre alguns dos problemas existentes no Brasil, como por exemplo, o

êxodo rural e outros casos como a polêmica mundial, sobre a falta de alimentos

básicos para o sustento da humanidade.

É do conhecimento de todos, que muitos agricultores, vendem suas

propriedades rurais para os grandes latifundiários, e migram para as cidades, em

busca de trabalho e qualidade de vida. No entanto, o trabalho e a qualidade de vida

desses agricultores, está no próprio campo.

Para que o trabalho agrícola/familiar, seja bem recompensado, é necessário

explorar essas terras de forma racional e diversificada.

É por isso que através desse estudo eu professor de geografia, apresento

uma nova proposta de exploração econômica e ambiental ou seja, uma alternativa

sustentável, tanto para os agricultores, como para com o meio ambiente.

As cidades não vão apresentar a qualidade de vida, que essas famílias

estão pensando. Muitos desses camponeses, acabam se instalando, na maioria das

vezes em locais pouco valorizados, sujeitos às intempéries como alagamentos e

deslizamentos de encostas de morros.

O projeto pedagógico que foi trabalhado com os alunos, está construído

sobre as propostas apresentadas pelos palestrantes, que estiveram conosco no

início desse curso (PDE).

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Eles nos deram todas as coordenadas, (dicas) sobre os temas e os

assuntos que deveríamos priorizar para serem pesquisados nesse trabalho.

Foi comentado por alguns palestrantes, que o governo estaria investindo

muito dinheiro, com o curso do PDE e apostariam na capacidade dos cursistas,

diante de tantos problemas ambientais e sociais, que devem ser solucionados, para

que haja melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

Os palestrantes citaram, alguns problemas, da atual conjuntura sócio/

ambiental do Brasil e do mundo, que estão atualmente acontecendo e pediram que

nossos trabalhos, fossem direcionados na busca de soluções sobre os mesmos.

Também muitos especialistas que palestraram, fizeram algumas

recomendações para nós cursistas. Nos pediram para não realizar um trabalho

referente a qualquer assunto, que estivesse em alta no momento e nas principais

manchetes da mídia.

O tema desse trabalho, tem à ver com os conteúdos do currículo básico do

ensino fundamental da 5ª série, que trata-se sobre a formação do solo e o estudo

da palmeira juçara, que a mesma faz parte das plantas nativas da floresta Pluvial

Subtropical, dessa região do estado do Paraná.

Depois de receber as instruções pelos palestrantes e professores das

universidades, inicie a pesquisa bibliográfica, através de livros, revistas e sites da

internet. Realizei a produção didática pedagógica e posteriormente a correção com a

orientadora.

A implementação foi realizada, através do acompanhamento do texto da

produção pedagógica com ilustrações, maquetes, peças industrializadas e

artesanais e mais os recursos áudio visuais disponíveis na escola.

Tudo isso foi utilizado, para facilitar a aprendizagem por parte dos alunos,

como veremos mais adiante.

Cada aluno recebeu o texto e também um caderno de atividades e mais os

demais materiais didáticos, como, caneta, lápis etc. O caderno de exercícios foi

montado com atividades variadas e provocativas sobre o estudo.

Essa provocação foi intencional, por minha parte como professor, para

acontecer durante as aulas o debate e consequentemente a aprendizagem por parte

dos educandos. Os alunos não precisaram perder tempo, em copiar da lousa as

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tarefas, pois as mesmas, foram elaboradas através do auxílio do computador e

depois coladas no caderno de atividades, com o intuito de ganhar mais tempo.

Sabe-se muito bem, que é muito recomendado a pedagogia do ensino

através de imagens. Isso acontece por que vivemos, num momento tecnológico

avançado, cuja conjuntura mundial da aprendizagem ocorre através da interpretação

e o estudo feito através das mesmas.

Essa técnica pedagógica que foi usada, funcionou muito bem, por que os

alunos demonstraram boa participação e interesse de conhecer as novas dinâmicas

com as tecnologias modernas.

Os resultados esperados, superaram as expectativas. Essa didática

utilizada surtiu bons resultados, pois pude observar que os educandos, tinham

entusiasmo e seriedade e participação ativa nas aulas.

Outro aspecto relevante, foi a boa frequência que ocorreu com a maior parte

dos alunos. Foram poucas faltas, apesar do curso ser ministrado no contra turno e

os estudantes participar de outros projetos.

O que posso concluir com esse trabalho, é que temos de conquistar nossos

alunos, através dos recursos virtuais que existem principalmente os da internet.

Sabe-se que esse acervo é muito grande e diversificado e atraente por

nossos alunos. Esse potencial existe e deve ser aproveitado com muita frequência.

É preciso ressaltar, que para os educandos se sentirem bem e aprenderem

muito, o segredo está na pedagogia em ministrar as aulas. Deve existir muito

carisma por parte do professor, por que muitos alunos trazem de casa essa

carência de estima.

Outro aspecto importante, é a variedade de atividades que devemos explorar,

quando fazemos os questionamentos teóricos dos conteúdos propostos. Atualmente

nossos alunos, são diferente dos que tínhamos em muitos anos atrás.

Nossos educandos detestam copiar da lousa. Fiquei surpreso com certos

alunos pois no curso regular, apresentavam muitos problemas como de indisciplina e

de pouco rendimento escolar, no entanto nas aulas do projeto se destacaram com

bom desempenho.

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Para alguns alunos, as atividades foram trabalhadas de forma individual,

enquanto que para outros, por terem certas dificuldades, as tarefas foram

trabalhadas em grupo.

Durante a aplicação do projeto, haviam alunos que realizavam as atividades

de forma lenta, no entanto, não deixavam de fazê-las.

O que mais me surpreendeu como educador, foi o último dia de aula, em que

a maioria dos alunos não queriam se retirar das dependências da escola, mesmo

com o término do horário da aula.

Diante do exposto, posso concluir, que para realizar um bom trabalho ou

uma boa aula, é preciso ter muito amor pelos alunos e com o trabalho que vai ser

realizado e também é importante ser persistente, dedicado e ter muita paciência.

2 CITAÇÕESQuando os homens passaram a cultivar as plantas, logo procuraram

reconhecer as melhores terras, para produzirem alimentos, daí, foi surgindo a

necessidade de produzir alimentos, material para abrigo e para sua proteção, o que

resultou em um conhecimento maior, sobre as terras para o cultivo, tornando-se uma

das condições básicas do homem, para o desenvolvimento de seu estudo. Nesta

perspectiva surgiram muitos estudos sobre o solo e a vegetação.

2.1 SoloSolo é a parte mais superficial da terra onde as plantas penetram suas raízes

para se alimentarem e também para se fixarem. Ele também pode ser definido como

crosta superior da terra, misturado com matéria orgânica, em que os animais e

microorganismos vivos e as plantas crescem.

O solo também pode ser definido como um corpo de material esfarelado

(inconsolidado), que recobre a superfície emersa terrestre, entre a litosfera e a

atmosfera. Base da agricultura é o meio, onde a planta retira os seus alimentos

(nutrientes e água) ao mesmo tempo em que é um suporte ao qual ela se segura.

A educação em solos é importante para a Educação Ambiental, porque o solo

é o suporte da vida. O solo é um meio dinâmico e para conservá-lo é preciso

conhecê-lo.

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De acordo com o caderno de resumos do IV Simpósio Brasileiro de Ensinos

de Solos, eles são o nosso chão, a base da nossa vida, o lugar onde caminhamos,

onde plantamos, e onde construímos as nossas casas; enfim o espaço de produção

da nossa vida. Eles não são reconhecidos pelo papel que desempenham na

manutenção da vida sobre a Terra e na conservação da biodiversidade, e são ainda

menos percebidos e valorizados em seu papel na vida humana.De modo geral, as pessoas têm uma atitude de pouca consciência e sensibilidade em relação ao solo, e a sua conservação tem sido, na maioria dos casos, negligenciada. A conseqüência dessa negligência é o crescimento contínuo dos problemas ambientais ligados à degradação do solo, como erosão, poluição, deslizamentos, assoreamento de cursos de água etc. (GALETI; SANTIAGO 1992):

Sua degradação tem sido considerada de forma destacada em todos os

países. É a erosão, o processo que mais claramente causa impacto ao homem pela

sua ação devastadora, visivelmente chamando a atenção de especialistas e leigos.

Ela tem sido foco de atenção conservacionista nos países do primeiro mundo e,

também, em muitos países emergentes (CAMARGO, 2004, p.43).

O cientista que fundou a ciência que estuda o solo foi o russo Dokuchaev

Vassilii Vasil’evich (1877-1878). Segundo um Projeto Solo na Escola, apresentado

por escolas agrárias em parceria com a UFPR, Dokuchaev, em seus estudos

constatou, que o solo é constituído por uma sucessão vertical de camadas

horizontais, resultantes da ação conjunta de diversos fatores. Essa seqüência

vertical de horizontes é denominada de perfil do solo.

2.1.1 IntemperismoLima et. al. (2005) define intemperismo como fenômenos físicos, químicos e

biológicos que agem sobre a rocha e conduzem à formação de partículas não

consolidadas. Segundo o autor esse processo pode se dividir em 4 tipos:

a) Intemperismo físico: promove a modificação das propriedades físicas das

rochas (morfologia, resistência, textura) através da desagregação ou separação dos

grãos minerais antes coesos, acarretando no aumento da superfície das partículas,

mas não modificando sua estrutura.

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Sua atuação é acentuada em virtude de mudanças bruscas de temperatura.

Ciclos de aquecimento e resfriamento dão origem à tensão que conduzem a

formação de fissuras nas rochas assim desagregando-as.

A mudança cíclica de umidade também pode causar expansão e contração.

Espécies vegetais de raízes profundas, ao penetrarem nos vazios existentes,

também provocam aumento de fendas, deslocando de blocos de rochas e

desagregação.

b) Intemperismo químico: ocorre quando estratos geológicos são expostos à

ação das águas providas de compostos que reagem com os componentes minerais

das rochas e alteram significativamente sua constituição. Em muitos casos, isso

provoca o acréscimo de hidrogênio (hidratação), oxigênio (oxigenação) ou carbono e

oxigênio (carbonatação) em minerais que antes não continham nenhum destes

elementos.

c) Intemperismo biológico: é caracterizado por rochas que perdem alguns de

seus nutrientes essenciais para os organismos vivos e plantas que crescem em sua

superfície.

À medida que o intemperismo vai atuando, a camada de detritos torna-se

mais espessa e se diferencia em subcamadas (horizontes do solo) que, em

conjunto, formam o perfil do solo.

d) Microorganismos: a decomposição de matéria orgânica libera gás

carbônico cuja concentração no solo pode ser até 100 vezes maior que na

atmosfera. Esse gás vai atuar contra a resistência sólida da rocha ajudando à se

desmanchar e se transformar em solo, ou seja, material completamente esfarelado.

2.2 Palmeira Juçara (Euterpe edulis)A palmeira juçara é uma planta nativa da Mata Atlântica, pertencente à família

das palmáceas, e do gênero Euterpe. O nome científico é Euterpe edulis. A origem

da palavra juçara é indígena por isso se usa o “c” cedilha, assim como todas as

palavras de origem indígena.

Segundo o Portal de notícias Ambiente Brasil (2010), a América do Sul possui

uma das maiores diversidades de palmeiras do mundo. A palmeira juçara é uma das

palmeiras mais belas de toda a flora brasileira. Sua distribuição original ocorre do sul

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da Bahia até Misiones na Argentina. Também há registros da juçara em brejos

próximo ao Distrito Federal.

O palmito é uma iguaria (comida) fina, valiosa e de grande aceitação no

mercado, tanto no Brasil como no exterior. Corresponde ao produto comestível,

extraído da extremidade superior do tronco de certas palmeiras, constituindo-se de

folhas jovens, internas, ainda em desenvolvimento, envolvidas pela bainha das

folhas mais velhas.

De acordo com o Portal Educacional São Francisco (2010), devido ao fato

dessa planta ser muito bonita, ela começou a ser usada como ornamental, e ali está

a prova que é viável fazer seu plantio, como cultura agrícola convencional, por ser

muito rústica e de fácil manejo. No entanto, as formas de cultivo mais indicadas são

as consorciadas com outras plantas.

3. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

3.1 Preparação do Material Didático PedagógicoTendo em vista os vários momentos que o curso teve, essa foi a vez, da

elaboração do artigo final, como apresentação e conclusão de todo o trabalho.

O projeto pedagógico, foi aplicado em uma turma das 5ªs séries, do Colégio

Estadual Pedro Américo – bairro Jardinópolis, elaborado nas seguintes formas.

Primeiramente foi organizado o material didático/

pedagógico para cada aluno, bem como; um Kit de material escolar, incluído desde

a cópia do projeto pedagógico como também o caderno de atividades, lápis, caneta,

etc., em fim, tudo o que foi necessário para o uso do aluno, na aplicação do projeto,

conforme a Figura 1.

Não foi exigido nada, que os alunos precisassem trazer de casa. Essa norma

ou tática foi proposital, para estimular o comparecimento do máximo possível de

educandos.

O projeto foi aplicado no contra turno ou seja no período da tarde. Os alunos

foram dispensados do uso do uniforme de forma proposital, para que se sentissem

mais à vontade para evitar as faltas ou o comparecimento dos mesmos.

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FIGURA 1 – Materiais Didáticos/Pedagógicos utilizados para as aulas, (EUCLIDES, 2011).A: Material de apoio (apostila, caderno, caneta e lápis); B: Sala de aula com recursos e materiais para ministrar as aulas; C: Televisão como instrumento educativo; D: Exposição de material didático para aula de geografia.

Além do material de uso exclusivo para os alunos, também foi preparado o

material pedagógico para o uso do professor, assim como:

• Uso de imagens: muitas imagens foram extraídas da internet e ampliadas

para melhor compreensão do estudo. Sabe-se muito bem, que estamos

vivenciando um momento tecnológico com muita virtualidade e da

informatização. Tudo é visto, informado e estudado através de imagens. Essa

metodologia foi bem aceita pelos alunos e surtiu bons resultados na

participação e na aprendizagem.

• Diferentes tipos de solo: foi utilizado, vários tipos de solos, com cores, grau de

fertilidade e textura, para os alunos perceberem a origem dos diferentes tipos

de rochas.

• Maquete de vidro: foi montada essa maquete de vidro para os alunos

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A B

C D

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visualizarem, o perfil do solo, bem como os horizontes do mesmo.

• Material de construção e artesanato: a utilidade do solo argiloso também

chamado de solo de várzea é fonte de matéria-prima para as cerâmicas na

fabricação de telhas, tijolos, lajotas, e no uso artesanal em geral. Foi

apresentado aos alunos, algumas peças para eles verificarem a importância

desse tipo de solo, para a sociedade no geral. O esgotamento desse tipo de

solo já é comum, em muitos lugares desse município.

3.2 Perfil da TurmaA 5ª série “A” é uma das turmas mais agitadas da escola, existem alunos

que tem facilidade de aprendizagem, enquanto que outros possuem dificuldades de

concentração, (Figura 2).

A turma ainda possui alunos,que já passaram da faixa etária,

correspondente à 5ª série. Nessa turma também tem casos de estudantes carentes

de auto estima, e que necessitam de muito afeto e atenção por parte dos

professores.

FIGURA 2 – Acadêmicos da 5ª série participantes do projeto na disciplina de geografia, (EUCLIDES, 2011).

No geral os alunos são muito inteligentes e isso é muito bom para o

educador, pois facilita trabalhar com muita criatividade e dinamismo.

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3.3 Mobilização da Turma para Início das AulasCada aluno levou para sua casa, uma cartinha contendo todas as explicações

referentes ao projeto. Foi salientado aos pais e/ou responsáveis dos educandos,

sobre o conteúdo a ser estudado, ou seja, que era pertinente ao currículo da 5ª

série.

Os estudantes trouxeram para a escola e devolveram ao professor a

autorização, devidamente assinada.

3.4 Apresentação do projeto aos alunosPrimeiramente foi esclarecido aos alunos, sobre o porquê, da realização

desse trabalho, referente a formação do solo e da palmeira juçara, bem como, em

forma de projeto e por que o professor deles, estaria trabalhando esses conteúdos

de forma tão diferenciada.

Também foi salientado à eles (estudantes), por que não haviam estudado até

o momento os conteúdos pertinentes à formação do solo, pois fazem parte dos

conteúdos básicos do currículo da 5ª série. Em seguida foi realizado a motivação, no

que diz respeito ao estudo sobre a palmeira juçara e a importância do conhecimento

da mesma.

O solo é fonte de vida, e por intermédio dele, as plantas se desenvolvem,

servindo-o de suporte e sustentação, e também absorvendo minerais e água.

No caso da palmeira juçara, essa planta é nativa do ecossistema de nossa

região chamada de Floresta Pluvial Subtropical, e por possuir uma parte de seu

caule comestível, encontra-se em fase de extinção.

Os dois assuntos ou temas tem a ver com os problemas que existem em

relação ao meio ambiente e não podem ser estudados de forma isolada.

O homem, é o principal responsável em manter a conservação do solo, pois o

mesmo, é fonte de vida e é através dele que as plantas se desenvolvem e frutificam.

Diante do exposto, devemos assumir o compromisso, com muita

responsabilidade, para a garantia da continuidade da vida no Planeta, e que a

natureza possa continuar existindo, através de nossas boas ações.

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Da mesma forma a palmeira juçara, considerada uma das plantas mais belas

da mata atlântica, na concepção das comunidades nativas/indígenas, e do seu fruto

alimentar uma série de animais, que fazem parte desse enorme ecossistema das

matas da América do Sul.

O homem é o principal mediador desse convívio harmônico, em relação com

a natureza, e se ele não lidar com muito cuidado e carinho, esse equilíbrio ficará

comprometido e poderá desaparecer para sempre.

Essa mensagem foi levada aos alunos, por que eles como estudantes,

precisam ficar cientes desse problema, que pode ser harmônico para a

sobrevivência do humana ou pode comprometer a vida e o bem estar dos

habitantes do Planeta.

No primeiro dia de aula, foi trabalhado a questão da importância do solo, os

principais conceitos, e onde o mesmo foi estudado pela primeira vez no mundo e por

quem ele foi realizado esse estudo, (Figura 3).

A seguir, os alunos conheceram a origem da palavra solo e a diferença entre

“Terra” e “terra”.

Durante a primeira parte do estudo, os alunos também puderam conhecer a

diferença entre a interpretação de solo para a engenharia civil com a agronomia a

arqueologia a geologia e a pedologia.

3.5 Estudo sobre a formação do solo

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FIGURA 3 – Foto do cientista russo, Vassilii Vasil'Evich Dokuchaev, protagonista do estudo sobre o solo. O cientista desenvolveu esse trabalho a pedido do governo russo.< http://commons.wikimedia.org > (data de acesso: 24/06/2010)

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Nesse momento do estudo foram apresentadas várias imagens extraídas da

internet, revistas e livros para que os alunos pudessem compreender, de forma clara

e objetiva, como ocorreu esse fenômeno, no decorrer de milhões de anos.

Inicialmente a Terra era formada, por uma grande esfera de magma

incandescente, na qual ainda não havia rocha consolidada. A única cor do Planeta

Terra era o vermelho, pois a rocha encontrava-se no estado viscoso ou líquido e

com temperaturas elevadíssimas, (Figura 4).

FIGURA 4 – Imagem representando a Terra, formada por uma esfera de magma incandescente.http://www.missoeside.com/vida/index.php?option=com_content&view=article&id=144:terra-oca&catid=43:subliminares

Com o passar do tempo, essa grande massa incandescente, foi se resfriando

e uma pequena camada consolidou-se formando a rocha, (Figura 5).

Cortando ao meio, o planeta se parece com um ovo cozido. Nós vivemos na

casca.

FIGURA 5 – Ilustração representado as camadas internas do Planeta Terra. Revista Super interessante, Ed. 297, Nov. 2011, adaptado por Euclides, 2011

14

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O solo é o resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas

mudanças são bem lentas, sendo que as condições climáticas e a presença de

seres vivos, são os principais responsáveis pelas transformações que ocorrem com

a rocha, até a formação do mesmo. Para entender melhor este processo,

acompanhe atentamente os passos a seguir (Figura 6):

1º passo rocha matriz;

2º passo solos jovens;

3º passo solo maduro.

A ação do tempo chamado de intemperismo é muito importante, para o

processo de formação do solo ou seja, para acelerar ou não a decomposição da

rocha, esfarelando-a transformando em solo. Por isso, existem lugares no planeta,

onde ocorre chuvas regulares os solos são profundos, como por exemplo o sul do

Brasil. Em outros lugares, como no nordeste brasileiro, os solos são rasos devido a

escassez de chuva.

3.5.1 Perfiz e Horizontes

15

FIGURA 6 – O Conjunto de figuras, mostra um esquema, sobre os diferentes estágios, que a rocha sofre, com a ação do intemperismo, no processo de formação do solo. Da esquerda para a direita temos; a rocha matriz exposta ao intemperismo, iniciando a decomposição. A seguir temos solos jovens, apresentando um estágio bem desenvolvido em sua formação. E por último, a figura representa um solo maduro, com o estágio completo na sua formação. < educar.sc.usp.br/ciencias/recursos/solo.html > (acesso em 25/06/2010) Adaptado Euclides, 2011.

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Um solo possui horizontes de morfologia diferentes entre si. Essas camadas

são chamadas de horizontes.

As somas dessas camadas define o perfil do solo. Diz-se que quanto mais

distante da rocha , mais intensa e/ou antiga foi a ação pedológica.

A natureza e o número de horizontes variam de acordo com os diferentes

tipos de solo. Lima et. al. (2005) explica que os solos geralmente não possuem

todos esses horizontes bem caracterizados, entretanto, pelo menos possuem partes

deles, (Figura 7).

FIGURA 7 – Maquete de vidro elaborada pelo professor, (EUCLIDES 2011).A1: Maquete mostrando o perfil de um solo; B1: Maquete mostrando os horizontes de um solo.

O termo “horizonte” descreve cada uma das camadas distintivas que ocorre

em um solo. Cada tipo de solo tem pelo menos uns três ou quatro horizontes

diferentes (Figura 8).

a) Horizonte O: camada orgânica superficial. É constituída por detritos

vegetais e substâncias de humos acumuladas na superfície, ou seja, em ambiente

onde a água não se acumula. É bem visível em áreas de florestas e distingue-se

pela coloração escura e pelo conteúdo de matéria orgânica.

b) Horizonte A: é a camada de cima para baixo. É o horizonte onde ocorre

grande atividade biológica e de coloração escurecida pela presença de matéria

orgânica. Esse horizonte é a camada que chamamos de solo. São os primeiros 15

ou 20 centímetros de terra. É também chamada de camada arável por ser usada

para o plantio e a germinação das plantas em geral.

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A1 B1

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c) Horizonte B: apresenta menor quantidade de matéria orgânica é mais clara,

não tão fofa, mais seca, com menos raízes. Também chamadas de subsolo. Essa

camada de terra possui o pH baixo e de menos fertilidade.

d)Horizonte C: é de coloração clara, não possui matéria orgânica, nem raízes,

só tem minerais. Essa camada é pouca afetada por processos pedológicos, ou seja,

a rocha matriz ou rocha mãe, foi pouco alterada.

e) Horizontes R: camada mineral de material consolidado, que constitui

substrato rochoso contínuo e pode apresentar pequenas fendas.

FIGURA 8 – A figura mostra o perfil do solo com os diferentes tipos de horizontes. http://professorthiagorenno.blogspot.com/2011/07/solo-001-horizontes-do-solo.html Adaptada por Euclides, 2011.

3.5.2 Tipos de SolosNa superfície terrestre, podemos encontrar diversos tipos de solo. Cada um

deles, possui as características do tipo de rocha que a originou, tais como

densidade, estrutura, cor, consistência formação química, etc.(Figura 9).

Os principais tipos de solos são:

a) Solo Argiloso:

Possui consistência fina e é impermeável a água. Um dos principais tipos de

solo argiloso é a terra roxa, encontrada principalmente nos Estados de São Paulo,

Paraná e Santa Catarina. Este tipo de solo é bom para a prática da agricultura

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principalmente para o cultivo do café. Na região litorânea do Nordeste brasileiro

encontramos o massapé, solo de cor escura e também muito fértil, usado para o

cultivo da cana-de-açúcar, desde muitos anos atrás.

b) Solo Arenoso:

Possui consistência granulada como areia. Muito presente na região nordeste

do Brasil, sendo permeável à água. Existem grandes trechos desse tipo de solo

também em outros estados do Brasil como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

c) Solo Humoso:

Presente em território com grande concentração de matéria orgânica em

decomposição (húmus). É muito utilizado para a prática da agricultura, pois é

extremamente fértil (rico em nutrientes para as plantas).

d) Solo calcárico:

É um tipo de solo formado por partículas de rochas sedimentares,

provenientes de restos de animais marinhos. É um solo seco e esquenta muito ao

receber os raios solares. Inadequado para a agricultura. Este tipo de solo é muito

comum em regiões de deserto.

FIGURA 9 – Frascos contendo solos de diferentes tipos de texturas, cores e fertilidades, (EUCLIDES, 2011).

3.5.3 Importância do solo argiloso para a indústriaO solo argiloso, conhecido como solo de várzea, tem grande importância para

o homem, pois é através dele, que a indústria transforma-o em materiais de

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construção como, por exemplo, telhas tijolos, pisos, peças artesanais e etc., (Figura

10).

Esse tipo de solo é encontrado próximo aos rios e é explorado intensamente

pelas indústrias de transformações, usado como matéria-prima na elaboração de

material para construção.

Existem muitas áreas de terra completamente esgotadas, pela intensa

exploração desse tipo de solo. As indústrias retiram todas as camadas superiores

férteis, que possuem matéria orgânica para uso na matéria-prima para as olarias.

Só fica para trás, o solo estéril, chamada de subsolo, que vem

comprometendo o surgimento de novas plantas nesses locais.

Esse tipo de solo é também utilizado pelos artesãos, para a fabricação de

vasos e outros tipos de objetos. Os artesões por sua vez, não danificam tanto ao

meio ambiente.

FIGURA 10 – Importância do solo argiloso para indústria e artesanato. Confecção de vasos, tijolos, telhas, pisos, etc.,(Euclides, 2011).

3.5.4 Fertilidade dos SolosO solo funciona como alicerce da vida terrestre. Os nutrientes existentes no

solo chamados de micro e macronutrientes, assim como porção da água que as

plantas necessitam, estão nos solos.

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Para que essa vida possa existir, deve haver equilíbrio dentro do solo, para

agir como um corpo mediador entre litosfera, hidrosfera, biosfera e a atmosfera,

esses devem estar preservados. Quando isso ocorre, diz-se que o solo está fértil. Se

um dos elementos necessários à vida estiver presente, ou estiver em quantidade

insuficiente para aquele bioma, o solo está infértil e deve ser artificialmente corrigido.

Muitas vezes é o próprio homem que torna o solo estéril e infértil, através da

falta de cuidados com a erosão ou da exploração intensiva, o qual fica vulnerável à

doenças, pragas e pouca produtividade, (figura 11).

FIGURA 11 – B1: A figura da esquerda está representada a planta prejudicada pelo solo com

deficiência de minerais, e/ou doenças;

http://www.folhadaregiao.com.br/jornal/1999/12/14/economia.php?PHPSESSID=9f055e9f603fac56208f2bb8f4f66a03 B2: Produção de trigo em um solo fértil. http://www.imbitubagospel.com.br/capa/producao-de-alimentos-precisa-aumentar-70-ate-2050-diz-onu/

3.6 Apresentação do Estudo da Palmeira JuçaraFalar de solo de forma isolada, o trabalho ficaria vago e incompleto. É preciso

incluir o vegetal, para que o aluno entenda e saiba relacionar a importância que o

mesmo tem, para com a existência de milhões de espécies vegetais, encontradas

nos diferentes ecossistemas, (Figura 12).

É através do solo e da água, que existem as condições mínimas para os

vegetais se desenvolverem, produzindo alimentos para outros seres vivos, da cadeia

alimentar. Esses alimentos podem ser na forma de folha, fruto, semente, raízes, etc.

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B1 B2

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É através dos minerais chamados de micro e macro nutrientes, contidos no

solo e na água, que existe vida no Planeta. Através do solo, as plantas fixam suas

raízes e absorvem a água e os minerais, necessários para a elaboração dos tecidos

celulares das plantas.

A palmeira juçara, foi escolhida para realizar esse estudo, por que é uma

planta nativa dessa região do Brasil e encontra-se em fase de extinção.

O perigo da extinção desse vegetal é devido, a extração intensiva e predatória

de seu palmito usado para alimentação humana. O palmito é uma parte do caule

próximo às folhas, muito utilizado principalmente para a fabricação de conservas..

Esse estudo tem por objetivo, motivar os alunos para que conheçam e

adquirem amor, principalmente pela palmeira juçara, para que possamos dessa

forma, resgatar o que é de suma importância, para o homem e ao meio ambiente.

A natureza precisou milhões de anos, para formar os ecossistemas e o

homem em poucos anos ou em algumas décadas, destrói de forma impiedosa e

brutal esse patrimônio ambiental, de suma importância para o próprio homem e sua

qualidade de vida.

A palmeira juçara, faz parte da cadeia alimentar do ecossistema, e se ela vier

a desaparecer, com certeza, outros seres vivos, como certas espécies de aves e

mamíferos que dependem dos frutos da palmeira, certamente deixarão de existir.

Os animais comem os frutos e dispersam as sementes da juçara pela mata.

Sem a juçara várias espécies de animais irão desaparecer, como já citei

anteriormente. Diante do grave problema ambiental, ainda está em tempo em

agirmos e fazermos alguma coisa.

Em alguns lugares, onde não existem reservas florestais, e a palmeira juçara,

já se pode notar, a ausência da fauna. Isso veio a acontecer, por que foi

interrompido nesses lugares, a sustentabilidade do ecossistema.

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FIGURA 12 - A imagem representa o estudo do solo e ao fundo a presença de palmeiras juçara. adaptado por Euclides, 2011.

3.6.1 Aspecto Biológico da PlantaA palmeira juçara é uma planta nativa da Mata Atlântica da Floresta Pluvial

Subtropical da família das palmáceas, e do gênero Euterpe. O nome científico é

Euterpe edulis. A origem da palavra juçara é indígena por isso se usa o “c” cedilha,

bem como, em todos os seus vocábulos.

Segundo o Portal de Notícias Ambiente Brasil (2010), a América do Sul possui

uma das maiores diversidades de palmeiras do mundo. A palmeira juçara é uma das

plantas mais belas de toda a flora brasileira. Observa a ilustração (Figura 13), da

Mata Atlântica.

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FIGURA 13 – Aspectos da palmeira juçara considerada uma das mais belas plantas da mata atlântica. http://fotos.estadao.com.br/mata-atlantica-palmito-jucara-especie-ameacada-de-extincao-no-estado-de-sao-paulo,galeria,827,21522,,,0.htm?pPosicaoFoto=3

O palmito é uma iguaria (comida) fina, valiosa e de grande aceitação no

mercado, tanto no Brasil como no exterior, (Figura 14). Corresponde ao produto

comestível, extraído da extremidade superior do tronco, constituindo-se de folhas

jovens, internas, ainda em desenvolvimento, envolvidas pela bainha das folhas mais

velhas.

Essa palmeira, leva mais de 7 anos para crescer, até formar o tamanho para

o corte. Devido a super exploração ilegal, juçaras muito pequenas, já estão sendo

cortadas, impedindo a regeneração natural nas florestas.

FIGURA 14 – Na alimentação, a pizza de palmito juçara é considerada uma das mais saborosas servidas nos restaurantes. http://www.ditaliapizzaria.com.br/cardapio/vegetais.html

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3.6.2 Aspecto Predatório da PlantaOriginalmente o palmito extraído da palmeira juçara (Euterpe edulis), que

possui palmito de altíssima qualidade, mas devido o seu ciclo de produção ser muito

longo, fez com que sua exploração predominantemente extrativa, encontra-se em

vias de extinção.

Praticamente todo o palmito, com exceção da pupunha Bactris gasipaes, que

chega na sua mesa vêm da extração na natureza. A extração do palmito não é feita

de forma sustentável para a espécie.

A maioria do palmito da palmeira juçara, encontrado nos supermercados e

restaurantes vêm de corte ilegal. Esse corte é feito geralmente dentro das Unidades

de Conservação (Parques Estaduais, Nacionais, Estações Ecológicas).

Os palmitos são cortados dentro da mata e cozidos na hora sob péssimas

condições de higiene. O corte do palmito está se tornando tão organizado, quanto ao

tráfico de drogas, (Figura 15).

Sabe-se, hoje, que os palmiteiros possuem rádios, armas e transporte mais

eficientes que os guardas. Além de cortar os palmitos, muitos animais são abatidos

pelos palmiteiros.

FIGURA 15 – Automóvel da força verde e apreensão de palmitos no corte ilegal. http://www.policiamilitar.pr.gov.br/modules/noticias/index.php?storytopic=4&start=90

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3.6.3 ImportânciaA preservação da palmeira juçara, está ligada à manutenção da

biodiversidade das florestas, principalmente da mata atlântica. Sua semente e seu

fruto servem de alimentos para diversos animais como; tucanos, sabiás, macacos,

periquitos, jacus, porcos do mato, antas, tatus, capivaras e outros, de acordo com a

Figura 16.

A importância da conservação da espécie, também está relacionada ao

período da frutificação. Por ocorrer no inverno, quando a maioria das outras árvores

estão sob o estresse hídrico devido ao período seco, esse alimento é fundamental

na mata.

Além disso, a palmeira juçara serve de alimento para o homem e suas

palmeiras fornecem frutos, cera, fibras, material para construções rústicas, matéria-

prima para a produção de celulose, entre outros.

FIGURA 16 – O fruto da palmeira juçara é alimento fundamental para a fauna silvestre (papagaios, tucanos, etc.) http://www.pulsarimagens.com.br/details.php?tombo=02ZZ291&search=mostviewed

3.6.4 PlantioDe acordo com o Portal Educacional São Francisco (2010), devido ao fato

dessa planta ser muito bonita, ela começou a ser usada como ornamental, e ali está

a prova que é viável fazer seu plantio, como cultura agrícola convencional, por ser

muito rústica e de fácil manejo, (Figura 17). No entanto, as formas de cultivo mais

indicadas são as consorciadas com outras plantas,

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Figura 17 - Plantação de palmeira juçara, em um lote baldio, na cidade de Medianeira – Paraná. Euclides, 2011.

Recomenda-se, primeiramente, fazer a semeadura em canteiros, localizados

em lugares sombrios e com boa umidade, sendo necessário molhar até que a

semente comece a germinar, assim como qualquer outra planta.

A coleta das sementes deve ser realizada quando os frutos passam da

coloração esverdeada para violácea, até chegar em plena maturação com o

pericarpo preto, roxo e rosado, ( NOGUEIRA; MEDEIROS, 2007).

Em média, uma palmeira de porte médio pode produzir até cinco cachos, ou

de 5 a 8 Kg de sementes. Um quilo do fruto da palmeira possui 2.000 sementes. Os

melhores frutos provém das palmeiras de meia idade, (Figura18) .

FIGURA 18 – Cacho de frutos da palmeira juçara. A semente da palmeira juçara, é importante para a manutenção da espécie vegetal, e também serve de alimento para pássaros e pequenos mamíferos do ecossistema.< http://www.clickmudas.com.br > (acesso em: 24/06/2010)

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3.6.5 Produção de Mudas e SemeaduraRecomenda-se semear duas a três sementes (caroço) da palmeira ou fazer a

semeadura direta no campo, utilizando-se de três sementes ou mais previamente

despolpadas, colocando-as em covas de 5 centímetros de profundidade, (Figura 19).

Em canteiros, deve-se utilizar substrato e mantê-las úmidas. A germinação

inicia-se entre 30 e 170 dias.

A repicagem é realizada de uma a três semanas após a germinação, ou

após o aparecimento das folhas. O tempo total de viveiros é de no mínimo, 9 meses.

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FIGURA 19 – Canteiro com mudas de palmeiras juçara, com tamanho ideal para serem transplantadas, em garrafas pet adaptadas, (EUCLIDES, 2010).

FIGURA 20 - Mudas de palmeiras juçara, transplantadas em garrafas pet para o crescimento das mudas, (EUCLIDES 2010).

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O plantio da palmeira a pleno sol não é viável. A espécie é adequada para

plantio de enriquecimento em vegetação secundária, podendo o sombreamento ser

definitivo ou temporário. Mudas com até 3 anos não suportam sombreamento

excessivo nem sol direto, (Figura 21).

3.6.6 A Ave Semeadora da juçaraA natureza é autosustentável e harmônica. O único ser vivo que é capaz de

atrapalhar essa harmonia é o próprio homem. Isso acontece través de suas ações

predatórias transformando a natureza em mercadoria.

No sistema capitalista, a natureza se torna uma mercadoria e vítima do

sistema, onde o homem procura obter, o máximo possível de lucro a qualquer custo.

Tudo isso ocorre, através de suas ações predatórias, agindo sem se importar, com

os danos que ele causa, para o meio ambiente.

É muito triste fazer esse tipo de reflexão, por que o homem possui inteligência

e não age através do extinto, como acontece com os animais. Graças a sua

inteligência, o homem deveria ter mais cuidado e jamais promover o desequilíbrio

dos ecossistemas.

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FIGURA 21 - Muda de palmeira juçara, com 30 cm de altura para ser transplantada no campo, (EUCLIDES, 2010).

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Apesar do homem ser o detentor da ciência, ele precisa aprender muito com

a própria natureza, para manter o equilíbrio da mesma e a manutenção da sua

própria sobrevivência.

Um exemplo típico que podemos observar, é o que diz respeito ao

comportamento do tucano Ramphastus dicolores, (Figura 22). Essa ave de bico

alongado e de plumagem colorida se alimenta do fruto da juçara. Após a digestão do

pericarpo do fruto, a ave regurgita a semente pela floresta, realizando a semeadura

natural da palmeira.

A semente no chão, vai encontrar matéria orgânica, umidade e sombra e irá

germinar. Dessa forma faz-se a manutenção natural da espécie, mantendo o

equilíbrio da natureza.

FIGURA 22 – O tucano Ramphastus dicolorus, é uma das aves responsáveis pela semeadura da palmeira juçara nas matas. http://www.pousadadafazenda.com.br/amigodabiodiversidade.htm

3.6.7 ExploraçãoA palmeira juçara, demora no mínimo sete anos, para atingir o tamanho ideal,

para ser abatida. Quando a palmeira está na fase adulta, pronta para ser feito o

corte, realiza-se, então, a extração do palmito, e a cada três ou quatro anos de idade

da planta, para possibilitar a regeneração natural da espécie.

O corte é recomendado somente após a primeira florada, pois, se houver

essa prática na fase prematura, do ciclo vegetativo, haverá então a interrupção da

formação das sementes.

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A palmeira juçara, é uma planta que não rebrota da base, como é o caso do

açaí e da pupunha. Por isso o corte vai implicar, necessariamente na morte da

árvore. Esse é o principal motivo que leva à muita gente, não aceitar a fazer o

plantio comercial dessa espécie.

Existem atualmente no município de Serranópolis do Iguaçu grandes

plantações de palmeira pupunha, no entanto ninguém até o momento, sentiu-se

motivado, a cultivar a palmeira juçara para fins comerciais.

Esse trabalho realizado com os alunos da 5ª série, foi o primeiro a ser

apresentado nessa localidade, como uma proposta/alternativa, para obter mais

geração de renda, nas propriedades rurais, diversificando e melhorando as

condições de vida das família do campo.

Quanto aos aspectos anteriormente citados, cabe a nós educadores,

principalmente professores da área de geografia, convencer os alunos, filhos de

agricultores, motivando-os para que eles possam muito bem permanecer no campo,

e não migrar para as cidades.

As estatísticas nos mostram dados preocupantes, sobre a evasão dos

habitantes do campo rumo às cidades. Isso está acontecendo, nessas últimas

décadas, de forma muito intensa. Muitos agricultores vendem suas terras, para os

latifundiários e se instalam, principalmente nas áreas periféricas das cidades.

Essas pessoas chegam até os núcleos urbanos, com pouco estudo ou

preparadas para exercer uma determinada profissão e acabam gastando todo o

dinheiro obtido da venda da terra.

Chegando na cidade, essas pessoas ficam vulneráveis aos negócios mal

realizados. Consequentemente eles acabam se instalando nas periferias das

cidades, somando o número de barracos das favelas ou residindo em lugares

impróprios, sujeitos aos perigos dos fenômenos meteorológicos, como as enchentes

e os deslizamento de encostas.

Os trabalhadores do campo, bem como aqueles que praticam a agricultura

familiar, não podem fracassar em hipótese alguma, em suas funções agrícolas. O

trabalho que eles realizam é de suma importância para a economia e para a

sociedade em geral.

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Esses trabalhadores, produzem os alimentos básicos, para o sustento

humano como o trigo, feijão, verduras, legumes, frutas, carnes, leite e outros

derivados.

Se a agricultura fracassar, haverá com certeza um colapso na economia do

país, pois com certeza o Brasil terá que importar alimentos essenciais, consumidos

diariamente na mesa dos brasileiros.

Outro grande choque, seria com relação a economia. O Brasil como é um

país exportador de alimentos passaria a ser importador, vindo dessa forma, a

comprometer o equilíbrio da balança comercial do país.

Cabe a nós educadores, em insistir sobre esse aspecto, com nossos

educandos, e falar muito sobre a importância que o campo tem, tanto para eles

(agricultores) que conhecem muito bem as lidas do trabalho familiar, como também

para a estabilidades da produção agrícola do país.

Os trabalhadores do campo devem ficar cientes, que para terem sucesso em

suas funções, eles precisam instigar, sobre as alternativa agrícolas que existem,

como por exemplo, esse tipo de projeto que está sendo apresentado.

O plantio da palmeira juçara está tecnicamente comprovado que é viável. Sua

exploração pode ser feita de forma convencional, pois em outros lugares do Paraná

já existem grandes lavouras dessa palmeira e os cultivadores estão obtendo bons

resultados, com o comércio do seu palmito.

A hipótese de que é viável o plantio convencional dessa palmeira, está

justamente na resposta da planta ser nativa dessa região. É uma planta rústica e

bem adaptada ao solo e ao clima. Então por que muitos camponeses, duvidarem da

idéia de por em prática esse tipo de projeto, (Figura 23).

Eu como professor e também técnico agrícola, lembro como foi difícil as

pessoas aceitar a iniciativa que tive, com a criação de abelhas africanizadas, quando

apareceram os primeiros enxames em algumas décadas atrás. Lembro que ninguém

imaginava que esse tipo de abelha, pudesse produzir tanto mel.

Por volta da década de 1978, fui o primeiro a interessar por esse tipo de

atividade. Nessa época eu cursava o Técnico Agrícola e vendo esse tipo de

atividade como aluno, em um Colégio Agrícola estabelecido na região, tomei a

iniciativa em iniciar esse tipo de criação.

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Estudei toda a literatura sobre o assunto e coloquei a teoria em prática.

Atualmente continuo persistindo com a criação, pois os resultados são satisfatórios.

Eu vejo que as pessoas tem muita resistência em inovar, investir e apostar,

em tudo o que é novo. Para ter sucesso em qualquer empreendimento o grande

segredo, é a persistência e acima de tudo, muito amor por aquilo que se faz.

FIGURA 23 – C1: Ilustração da palmeira juçara Euterpe edulis resistente ao frio; C2: Ilustração da palmeira pupunha Bactris gasipaes, susceptível ao frio. (Euclides, 2011).

3.6.8 Resolução Sobre a Legalidade do Plantio da Palmeira Juçara no ParanáA Resolução Nº 019/2010 – SEMA, estabelece normas e procedimentos para

a proteção e utilização do palmito, Euterpe edulis Martinus, no Estado do Paraná.

Especificamente o Capítulo II aborda sobre o plantio de palmito (Euterpe edulis) em

áreas desprovidas de vegetação nativa, (Figura 24).

Artigo 11; O plantio de palmito (Euterpe edulis) em áreas desprovidas de vegetação

nativa independe de autorização do órgão ambiental competente, no entanto a

autorização para o corte dos indivíduos só será emitida mediante cadastramento do

plantio.

FIGURA 24 – Cabeçalho da resolução que autoriza o plantio convencional da palmeira juçara para fins comerciais.

32

C1 C2

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3.7 Plantio da Palmeira Juçara Realizada Pelos AlunosPrimeiramente o local foi escolhido, juntamente com a direção da escola.

Após a localização da área, foram preparadas as covas com o tamanho ideal e o

distanciamento bem como o alinhamento igual para cada planta.

No dia escolhido, para a realização do plantio das mudinhas das palmeiras,

todas as ferramentas de jardinamento, o adubo (matéria orgânica), já estavam

previamente preparados, bem como, também as covas e as mudas, etc. Os alunos

fizeram a mistura do material orgânico formando o substrato e posteriormente foi

realizado o plantio.

Essa parte do projeto, foi muito gratificante, por que todos os educandos

estavam muito interessados a fazer essa tarefa. Todos queriam realizar o plantio da

palmeirinha ao mesmo tempo. Em fim, a pressa e a vontade de participar foi

impressionante.

Foi planejado anteriormente que cada aluno plantaria somente uma

arvorezinha, a qual receberia uma plaqueta com o nome do mesmo(a), e também

outro nome fictício, representando um tipo de rocha.

Cada educando ficou responsável (padrinho) por sua palmeirinha, prestando

todos os cuidados possíveis como; a falta de água e a vigilância da mesma. No caso

da ocorrência de acidentes, morte ou danificações o professor providenciará outra

plantinha para ser reposta nesse mesmo local. Estas plantas ficarão aos cuidados

desses alunos, até o dia da conclusão do curso que estão realizando, (Figura 25).

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FIGURA 25 – A foto mostra, os alunos no momento da realização do plantio das palmeiras juçara no jardim lateral do Colégio Estadual Pedro Américo em Serranópolis do Iguaçu, (EUCLIDES, 2011).

3.8 Resultados ObtidosOs resultados esperados foram satisfatórios e superaram as expectativas que

haviam sidas previstas. Quase todos os alunos da turma compareceram no decorrer

da implementação do projeto, do início até o final.

Esse fato chamou atenção, já que o projeto foi aplicado no contra turno e os

estudantes participam de outros cursos durante a semana, ficando dessa forma

sobrecarregados.

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Fiquei muito satisfeito diante da boa participação por parte da maioria dos

alunos, por que teve poucos casos de falta de freqüência no decorrer da

implementação do projeto.

Outro fato curioso, foi com relação a disciplina de alguns alunos, pois no

curso regular, muitos deles são desinteressados, possuem baixa estima e conduta,

por serem relapsos com relação às suas responsabilidades escolares.

Muitos deles no curso regular, causam transtornos para os professores, pois

dificultam aos mesmos, em administrar suas aulas, com sucesso e que ocorra

aprendizagem por parte dos educandos.

No entanto como participantes do projeto, os mesmos tiveram bom empenho,

foram obedientes e realizaram tudo certinho, conforme as orientações propostas

pelo professor.

No plantio das palmeirinhas, os educandos, também tiveram muito interesse

em realizar essa atividade. Diante desses resultados surpreendentes, nós

educadores podemos ficar felizes de saber que nossos estudantes, possuem muito

amor pela natureza, pois ela merece e deve ser muito bem cuidada e preservada.

Eu como educador, já pensei, que o plantio da palmeira juçara, não vai ficar

restrita apenas nas dependências da escola, mas também esse tipo de plantio será

feito em outros lugares do bairro, para estimular outras pessoas a realizar tal prática.

Posso concluir, que a boa participação dos estudantes se deve a diversidade

das atividades, variando a forma de serem trabalhadas, daquelas habitualmente

feitas no curso regular.

Esses recursos pedagógicos foram extraídos de ferramentas virtuais, que

podemos ter acesso, através da internet e que surtiram resultados surpreendentes e

de ótima aceitação por parte dos educandos.

O aspecto disciplinar de certos alunos da turma antes da implementação do

projeto era tão sério, que eu como professor e a equipe pedagógica mais a direção

da escola, chegamos pensar, em fazer uma seleção de alunos, pois ficamos

preocupados de que alguns deles, fossem atrapalhar e prejudicar o bom andamento

das aulas.

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Conforme os argumentos citado anteriormente, certos alunos considerados

relapsos, nas aulas do curso regular, não deram problemas que viessem a

comprometer o rendimento e a aprendizagem dos conteúdos do projeto.

Pelo contrário, se comportaram decentemente e até alguns se destacaram,

principalmente nas aulas práticas, demonstrando muita vontade e satisfação de

participar ativamente todas as etapas desse projeto.

Outro aspecto relevante que aconteceu no decorrer das aulas, foi a grande

presença e a visitação da comunidade escolar na exposição. A mesma foi realizada

nas dependências do saguão da escola e foi mostrado todos os recursos

didáticos/pedagógicos, utilizados na implementação do projeto e os resultados

obtidos.

Na exposição dos trabalhos, também foi usado, cem mudas da palmeira

juçara, as quais foram muito disputadas entre os visitantes. Diante dessa boa

vontade de plantar as palmeiras, eu pretendo continuar com esse trabalho,

produzindo mudas e distribuindo para as pessoas que possuem amor e dedicação

por esse tipo de planta.

Entre os visitantes da exposição compareceram; a equipe pedagógica do

Colégio Estadual bem como, os colegas professores e funcionários, a equipe

pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, alunos das demais turmas do

estabelecimento de ensino, os pais de alunos e outras pessoas da comunidade.

A grande satisfação e alegria dos alunos, quanto a participação do projeto,

aconteceu durante o momento da exposição dos materiais pedagógicos trabalhados,

no decorrer do curso. Cada aluno escolheu um tema para explicar aos pais e aos

visitantes, sobre o estudo realizado no projeto.

Outro fato curioso, foi o comparecimento de todos país dos alunos cursistas,

pois os mesmos ficaram orgulhosos, de ver seus filhos atuantes e participativos. Os

pais tiraram muitas fotos juntamente com os filhos e também dos trabalhos que

estavam expostos.

Todo material utilizado para aplicação do projeto, será doado para a

instituição e colocado no laboratório da mesma, o qual ficará a disposição para uso

pedagógico e à quem queira fazer uso do mesmo.

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O plantio das espécies vegetais no jardim do Colégio, proporcionou um

comprometimento dos alunos com o meio ambiente e promoveu o conforto,

harmonia e satisfação.

Além de ser agradáveis aos nossos sentidos, melhora a estética do local e

aumenta a qualidade de vida dos indivíduos da comunidade, (FERRONATO, 2011).

A melhoria do paisagismo em ambientes escolares, assume papel cada vez

mais importante na sociedade influenciando no comportamento das pessoa, (Figura

26).

FIGURA 26 – A: jardim externo do colégio antes do plantio das mudas; B: jardim externo do colégio, após o plantio das mudas de palmeira juçara, (EUCLIDES,2011).

3.9 Enceramento do projetoO Enceramento do projeto foi realizado no saguão da escola com uma

confraternização entre os alunos e os demais professores e funcionários. Os

estudantes também receberam um certificado do curso e como presente ganharam

um kit de material escolar.

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A B

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FIGURA 27 – Modelo do certificado, que cada aluno participante do projeto recebeu no encerramento do curso, (EUCLIDES, 2011).

3.10 Considerações FinaisA conscientização de que deve existir uma postura adequada, com relação ao

meio ambiente, de que existem aspectos determinantes pelos quais, cada cidadão é

responsável pela preservação, e essas ações devem estar presentes, de forma

permanente, em todos os lugares do meio onde vivemos.

Por esta razão, o estudo do solo e da palmeira juçara, devem ultrapassar o

nível da informação sobre as características dos mesmos, permitindo a reflexão

sobre suas importâncias para o bem de todos os seres vivos e para o equilíbrio dos

ecossistemas.

Assim, ao mesmo tempo, em que tratamos de desenvolver questões como

diferentes tipos de solo e da palmeira juçara, suas adequações ao plantio,

procuramos debater com os adolescentes os cuidados de que o solo e a palmeira

necessitam.

Diante do exposto, deve haver empenho de todos, para que o homem possa

interagir com o meio, de forma harmônica e com respeito sobre os aspectos

biológicos ambientais.

Se cada um fazer sua parte, poderemos então, quem sabe, salvar o Planeta

diante de todas as maldades que o homem já cometeu, principalmente com a

natureza.

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Tudo isso acontece devido ao sistema capitalista, o qual muitas vezes é

degradante com o meio ambiente. Nesse sistema, muitas vezes o homem age de

forma individualista, egoísta com a sociedade.

A grande preocupação que o homem tem no sistema capitalismo, é o lucro, e

o acúmulo de bens materiais e isso num curto espaço de tempo, sem se importar

com as conseqüências desse processo predatório.

4. CONCLUSÃO

Apesar de muitos esforços, estou feliz e realizado em escrever a conclusão

desse artigo. Os resultados esperados corresponderam minhas expectativas. Com

certeza consegui atingir os objetivos esperados, sobre o desfecho do projeto. O que

eu tinha planejado fazer, realmente aconteceu e me sinto muito satisfeito, diante dos

resultados obtidos.

No decorrer da pesquisa, realizei muita leitura e todo esse aprendizado,

está sendo muito gratificante. Fazer o PDE, foi um dos grandes sonhos da minha

vida e graças a esse esforço e dedicação, consegui atingir esse objetivo.

Foi muito bom voltar a ser aluno e frequentar as Universidades. Além do

conhecimento que obtive, na realização do PDE, ainda surgiram outras

oportunidade, bem como; novas amizades, novos professores, orientadores,

palestras interessantes, gostei de ser aluno novamente, os debates de temas

diversificados e de conhecer novas cidades, entre outros motivos.

Como professor, retornei para sala de aula rejuvenescido, com muito ânimo,

devido a bagagem de conhecimentos que adquiri, através da frequência e do retorno

nos bancos universitários.

Foi também, muito gratificante a experiência que tive, na implementação do

projeto, com os alunos. No início, eu estava com certo receio e um pouco

preocupado, pois essa turma de alunos (5ª série “A”), eram muito agitados,

inquietos e até mesmo existiam alguns casos de rebeldia.

No entanto, não senti problemas indisciplinares com os estudantes. Pelo

contrário, conquistei logo no início a turma, nos primeiros dias de aula. Os encontros

foram realizadas num clima de amizade e de bom relacionamento.

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Tal fato se deve, por que as aulas foram preparadas de forma diferenciada

daquelas que eram trabalhadas no período regular. Isso aconteceu pelo maior

tempo disponível, para preparar as atividades de forma variada e atrativa para os

educandos.

Os alunos foram muito motivados para participar do projeto, através de

minha fala como professor e também através da motivação por parte da direção da

escola. Os alunos participantes, despertaram muito interesse e curiosidade pelo

assunto trabalhado e com certeza eles aprenderam mito bem o conteúdo transmitido

à eles.

No decorrer dos encontros, os educandos se sentiram muito à vontade e

contentes de participar do evento. Tive impressão que gostaram muito, tanto do

tema estudado como da dinâmica que foi usada. As ilustrações fizeram muito

sucesso e demonstraram que é um ótimo recurso pedagógico, para cativar os

educandos e despertar mais interesse, curiosidade e consequentemente a

aprendizagem.

Muitas vezes a escola tem esses recursos, mas não são usados, por que os

professore não sabem que existem ou desconhecem o local, onde estão guardados.

No final da implementação do projeto, os estudantes entenderam muito bem

o processo de formação do solo e o estudo sobre o problema da palmeira juçara

ameaçada de extinção.

Os educandos foram testados, através da exposição que foi realizada no

saguão do Colégio. Nessa exposição os alunos tinham que explicar para os pais e

aos visitantes, tudo o que foi apresentado à eles.

Percebi também, muito interesse por parte dos estudantes, em realizar o

plantio das palmeirinhas. No meu ponto de vista, esse tipo de projeto, deve continuar

existindo no estabelecimento de ensino. Os cursistas correspondem muito bem

sobre as atividade diferenciadas das rotineiras surtindo grande repercussão na

aprendizagem.

No meu caso, as que trabalhei no decorrer das aulas, foram muito aceitas

pelos educandos e ajudou a motivá-los, para que realizem esse tipo de prática em

suas casas e passam a respeitar o meio ambiente com mais cuidado e respeito.

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Na minha concepção, esse tipo de trabalho deve continuar, principalmente

nas escolas que possuem muito espaço vazio e podem ser usados para a formação

de jardinamento e paisagismo, melhorando o visual escolar e o bem estar de todos.

Esse é o caso do colégio onde realizei a implementação do projeto, pois

existem muitos espaços desprovido de plantas e que podem ser arborizados para

fins de sombreamento.

Está comprovado cientificamente que um ambiente educativo, deve ser

ornamentado por plantas, pois as mesmas, embelezam e criam um clima de paz e

de harmonia. As palmeiras com certeza irão embelezar muito bem, o visual

paisagístico das dependências da escola e com certeza ficará gravado para sempre,

na memória desses alunos.

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