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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃODEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS

EDUCACIONAISCOORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE

NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL

MARIA LUZIA CARLOS DE ALMEIDA

FEIRA DO PEQUENO PRODUTOR DE CASCAVEL

Feira do Pequeno Produtor de Cascavel (fonte da autora)

CASCAVEL 2010

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA UNIDADE DIDÁTICA

FEIRA DO PEQUENO PRODUTOR DE

CASCAVEL

Produção Didático-Pedagógica (Unidade Didática) apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE pela Professora Maria Luzia Carlos de Almeida do Núcleo Regional de Educação de Cascavel, sob a orientação do Professor Dr. João Edmilson Fabrini da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

CASCAVEL 2010

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................... 04

2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS................................................... 06

2.1. A Luta Pela Sobrevivência No Campo..................................... 06

2.2. Origem Dos Latifúndios No Brasil: Distribuição Das Terras -

Capitanias Hereditárias.................................................................... 06

2.3. Mapa: Capitanias Hereditárias. …............................................ 07

2.4. Lei De Sesmarias...................................................................... 08

2.5. Lei De Terras............................................................................ 08

2.6. Estatuto Da Terra 1964............................................................ 09

2.7. Violência Contra Camponeses e Trabalhadores Rurais. 1986-

2006 ….............................................................................................10

3. AGRICULTURA CAPITALISTA E AGRICULTURA

CAMPONESA................................................................................. 10

3.1 Agricultura Capitalista................................................................11

3.2. Agricultura Camponesa............................................................ 12

4. SUGESTÕES DE ATIVIDADES................................................ 14

5. RECURSOS................................................................................. 20

6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES......................................... 20

7. AVALIAÇÃO............................................................................ . 21

8. SUGESTÕES DE VÍDEOS......................................................... 21

9. SUGESTÕES DE LEITURAS..................................................... 22

10. REFERÊNCIAS......................................................................... 22

11. ANEXOS.................................................................................... 24

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1- INTRODUÇÃO

A questão agrária tem gerado muitas discussões no decorrer dos tempos e está relacionada a

concentração de terras e riquezas no campo.

A agricultura se constitui numa das principais atividades econômicas do país, mas um dos

maiores problemas sociais brasileiros estão centralizados no campo. Citamos os exemplos da

estrutura fundiária marcada pela concentração de terras, os conflitos pela posse da terra e as

relações desiguais de trabalho desde o início da colonização.

No Brasil a ocupação das terras pelos portugueses assumiu características de uma

colonização de exploração, com uma agricultura voltada para produção de exportação.

A agricultura comercial no Brasil se iniciou no Nordeste e Sudeste, no século XVI, com as

Capitanias Hereditárias, através da monocultura da cana-de-açúcar, com mão-de-obra escrava nos

latifúndios. O cultivo dos canaviais era feito em grandes propriedades pertencentes aos senhores de

engenho.

Dessa forma podemos perceber que desde o início da ocupação das terras brasileiras a

concentração de terras predominou, e ainda persiste nos dias atuais nas mãos de poucos

proprietários, isso é uma das principais características da agricultura brasileira.

Pretendemos que estas atividades possam deixar evidente que a ocupação das terras não

ocorre por acaso, e nem de uma hora para outra. Essa ocupação foi resultado de um processo

histórico de longo tempo.

A posse concentrada da terra é responsável por inúmeros conflitos no campo. Nesse

contexto os camponeses se organizaram para lutar pela terra e reforma agrária. Existem muitas lutas

camponesas no Brasil feito, sobretudo nos movimentos sociais. A organização dos Pequenos

Produtores de Cascavel na Feira se constitui uma destas formas de lutas para se manterem na terra.

Para tanto, pretende-se com este trabalho desenvolver uma análise sobre a Feira do Pequeno

Produtor de Cascavel, possibilitando desse modo, maior compreensão sobre o Pequeno Agricultor

Camponês, considerando que grandes partes dos manuais didáticos de nossas escolas públicas do

Estado do Paraná não oferecem informações suficientes a esses conteúdos.

A partir de uma reflexão sobre a luta dos pequenos produtores pela sobrevivência no meio

rural e suas inter-relações com o urbano, problematizando sobre o conteúdo através de aulas

teóricas e práticas com visitas e diálogos com os feirantes, estudos de textos, pesquisas e atividades

no laboratório de informática. Isso Possibilitará ao aluno a construção do conhecimento crítico e

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autônomo para que os mesmo percebam e valorizem suas atividades e a luta pela permanência na

terra.

As atividades estão de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de

Geografia, as quais direcionam para uma aula de campo onde a teoria e prática se complementam

facilitando o aprendizado do educando, como podemos perceber nas palavras de Nidelcoff citadas

nas Diretrizes.

“{...} A aula de campo é um importante encaminhamento metodológico para analisar a área em estudo (urbano e rural), de modo que o aluno poderá diferenciar, por exemplo, paisagem de espaço geográfico. Parte-se de uma realidade local, bem delimitada para investigar a sua constituição histórica e as comparações com os outros lugares, próximos ou distantes. Assim a aula de campo jamais será apenas um passeio, por que terá importante papel pedagógico no ensino de Geografia.

“[...] A aula de campo abre, ainda, possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas, tais como consultas bibliográficas (livros e periódicos), análise de fotos antigas, interpretações de mapas, entrevistas com moradores, elaboração de maquetes, murais, etc..(NIDELCOFF, 1986) In: Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Geografia, 2008, pág. 36.

Acreditamos que através deste trabalho e com atividades in-loco possamos repassar aos

alunos um pouco mais de conhecimentos sobre o espaço que o cerca e as transformações que

ocorreram, bem como as lutas e interdependências que há entre o meio rural e urbano.

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2- PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

2.1- A Luta Pela Sobrevivência no campo

No início de sua organização, a sociedade humana se abastecia por meio de caça, pesca e

coletas, disputando com os animais os alimentos disponíveis.

As principais áreas agrícolas deram inicio há mais ou menos 12 mil anos atrás, e se

localizavam nos vales de rios, como o Tigre e o Eufrates (hoje pertencentes ao Iraque), o Nilo (no

Egito) e nas planícies do leste da China.

O cultivo seletivo das espécies vegetais mais produtivas deu origem às primeiras sementes

“híbridas”, resultantes do cruzamento de espécies diferentes.

Com o passar do tempo houve profundas transformações na superfície terrestre. As florestas

deram lugar a áreas agrícolas ou pastagens. Essa mudança de relação entre o homem e a natureza

provocou um impacto nas condições de vida dos seres humanos.

Antes da Revolução Industrial, a maior parcela da população vivia no campo e dele se

abastecia. O camponês, além de produzir alimento para seu sustento, produzia excedentes para

alimentar os exércitos e a população das cidades.

Com as atividades que foram surgindo com a Revolução Industrial, a população foi aos

poucos se deslocando do meio rural para as cidades, provocando diminuição de mão-de-obra no

campo. Com menos pessoas trabalhando na produção de alimentos e com o aumento do consumo

nas cidades, houve necessidade de novas técnicas de produção que aumentassem a produtividade

agrícola e suprisse o mercado, o que gerou uma interdependência ainda maior entre o campo e a

cidade.

2.2- A Origem dos Latifúndios no Brasil: Distribuição das terras

Primeira Divisão das Terras Brasileiras: Capitanias Hereditárias

Após o “descobrimento” do Brasil pelos portugueses (1500), Portugal começou a temer

invasões estrangeiras no território brasileiro, pois piratas ingleses, franceses e holandeses viviam

saqueando as riquezas da terra recém descoberta, Portugal então resolveu dividir as terras brasileiras

para melhor colonizar e se proteger contra os ataques invasores de estrangeiros.

Desde os primórdios do período colonial essa distribuição das terras foi desigual.

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Primeiro foram as capitanias hereditárias e seus donatários, as faixas de terra que partiam do litoral

até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas conhecidas como Capitanias Hereditárias, foram

doadas para nobres e pessoas de confiança do rei.

2.3- Capitanias Hereditárias

Os proprietários que recebiam as terras, chamados de donatários tinham a função de

administrar, colonizar, proteger e desenvolver a região. Cabia também aos donatários combater os

índios de tribos e escravos que tentavam resistir à ocupação do território.

Em troca destes serviços, além das terras, os donatários recebiam algumas regalias, como a

permissão de explorar as riquezas minerais e vegetais da região

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Estes territórios seriam transmitidos de forma hereditária, ou seja, passariam de pai

para filhos. Fato que explica o porque do nome Capitanias Hereditárias a este sistema

administrativo.

2.4 - Lei de Sesmarias

A partir das Capitanias Hereditárias, foi adotado o sistema de Sesmarias que constituía na

permissão do uso das terras pelos colonos. A função principal do sistema era estimular a produção,

quando o titular da propriedade não iniciava a produção dentro dos prazos estabelecidos, perdia o

direito de posse das terras. A Lei das Sesmarias foi adotada no Brasil até Julho de 1822, quando

terminou este regime de apropriação de terras, a posse tornou-se livre até a promulgação da Lei de

Terras.

2.5 - Lei de Terras

Com a Lei de Terras promulgada em 18 de agosto de 1850, ficou instituída que a compra

com pagamento em dinheiro, seria a única forma de obtenção de terras no Brasil. Nesta época

ocorre a regulamentação da venda de terras consideradas devolutas no Brasil, essas terras na

verdade não pertenciam ao domínio público e nem ao privado, por isso eram consideradas

devolutas, mas eram terras onde os índios e quilombolas tiravam seus sustentos. Como não tinham

renda, era praticamente impedido seu acesso à terra, assim como os trabalhadores escravos que

conquistava a liberdade, imigrantes europeus recém-chegados, negros libertos e pessoas sem

recursos. As terras foram compradas por abastados proprietários rurais. Isso deu origem a formação

dos quilombos, que muitas vezes eram destruídos pelos Bandeirantes. Nos séculos passados,

destacamos a luta de Canudos nos sertões da Bahia (1896-1897); o Contestado, no Sul do país, nas

regiões do Paraná e Santa Catarina (1912 a 1916), como mostra abaixo Martins:

A maior guerra popular da história contemporânea do Brasil foi a Guerra do Contestado, uma guerra camponesa no sul do país, nas regiões do Paraná e Santa Catarina, de 1912 a 1916. Abrangeu 20 mil rebeldes, envolveu metade dos efetivos do Exército brasileiro em 1914, mais uma tropa de mil “vaqueanos”, combatentes irregulares. Deixou um saldo de pelo menos três mil mortos. Pouco antes, em 1896-1897, a Guerra de Canudos, nos sertões da Bahia, que durou cerca de um ano, também envolvera metade do Exército e milhares de camponeses, tivera uns cinco mil mortos entre

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estes, impondo severas derrotas ás forças militares. Enquanto uma greve na região industrial de São Paulo estimula dúzias de artigos, teses e livros sobre a classe operária... (MARTINS, 1981, p.26)

Além dessas lutas especificadas ocorreram inúmeros movimentos que é muito pouco

divulgado e que pouco se sabe .

Os sistemas das Capitanias Hereditárias, Sesmarias e Lei de Terras deixaram marcas

profundas na divisão de terra do Brasil. Essa distribuição desigual das terras foi gerando os

latifúndios e causando desigualdades no campo. Atualmente, muitos não possuem terras, enquanto

poucos possuem grandes propriedades rurais, frutos da herança colonial de quando a terra era doada

pela Coroa aos membros da corte

2.6 -Estatuto da Terra 1964

Durante as décadas de 50 e 60, vários movimentos agitaram o campo, com o golpe militar

de 1964, os movimentos foram sufocados, suas lideranças presas e expulsas do país, quando não

foram assassinadas.

Os governos militares pós-64 tentaram elaborar uma estratégia geopolítica capaz de sufocar

lutas dos trabalhadores do campo.

Segundo Martins, O Estatuto da Terra de 1964 abre caminho para que o governo federal

enquadre e administre as reivindicações e os surtos de inquietação camponesa. Abrindo assim a

possibilidade de uma reforma agrária nas áreas de tensão social grave, e ao mesmo tempo

descartando a possibilidade de uma reforma agrária de âmbito nacional.

Com isso, o número de conflitos no campo aumentou e espalhou-se por todo o país e

passaram a revelar as contradições do processo de desenvolvimento do capitalismo no campo,

ampliando e favorecendo o surgimento de lutas e violências contra os camponeses, que lutam pela

permanência e acesso à terra até os dias de hoje, como mostra os mapas a seguir:

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Segundo Oliveira, os conflitos sociais no campo brasileiro não é exclusividade do

século XX. Os povos indígenas foram os primeiros a conhecerem este processo. Há mais de 500

anos, sendo submetidos a um verdadeiro etno/genocídio histórico. A partir dos indígenas foram

surgindo às lutas dos povos escravos negros contra os senhores fazendeiros.

Hoje a sociedade brasileira já começou a reconhecer os direitos dos remanescentes de

quilombos.

3 - AGRICULTURA CAPITALISTA E CAMPONESA

Para Oliveira, há no Brasil dois modelos de agricultura. Um é o agronegócio voltado para

exportação e industrialização (agricultura capitalista) e o outro é a agricultura camponesa,

(destinada à alimentação, principalmente). Para Oliveira a agricultura capitalista do agronegócio

não deveria receber recurso público, pois “quem não tem competência não se estabelece.” Afinal,

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Imagem:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/

Image/conteudos/imagens/2geografia/6agricanavial.jpg

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quem produz alimentos para o mercado interno é a agricultura camponesa (Revista Discutindo a

Geografia, Ano 4, Nº 21. p32

3.1 - AGRICULTURA CAPITALISTA

A agricultura capitalista ocupa os

solos mais férteis do país,

consequentemente, vai deslocando a

cultura dos alimentos básicos como

arroz, feijão e mandioca para as áreas

menos férteis.

A agricultura capitalista

apesar de ser voltada à exportação e

industrialização é a mais favorecida

pelos créditos agrícolas, existe um

grau de desigualdade muito grande

entre a agricultura capitalista

pertencentes aos latifundiários e os pequenos produtores camponeses quando se fala em crédito

agrícola. 80% dos créditos rurais destinados à agricultura ficam com os latifundiários que se dedica

à agricultura capitalista.

No Brasil tem aumentado a produção capitalista principalmente com produtos como: soja,

cana-de-açúcar, café, atividades extrativas (vegetal e/ou florestal) e a pecuária bovina,

intensificando a modernização das técnicas, substituindo mão de obra por máquinas, uso intensivo

de insumos (fertilizantes e agrotóxicos) sem pensar nas consequências para o meio ambiente e para

os seres humanos.

Diante disso podemos perceber algumas características da agricultura capitalista como:

• Utilização de grande extensão de terras (latifúndios), com culturas voltadas à

exportação e industrialização;

• Utilização de produtos químicos na agricultura e pecuária (fertilizantes, pesticidas,

adubos químicos, agrotóxicos, transgênicos, etc.);

• Contaminação do solo e destruição da biodiversidade;

• Geração de desequilíbrio ambiental, destruindo também as florestas, pois os

latifundiários foram os maiores responsáveis por estas destruições;

• Há um modelo voltado para a exportação;

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• Geralmente as plantações são de um só produto (monocultura);

• O maior compromisso é com o lucro;

• Os equipamentos utilizados e maquinários são os mais modernos possuindo

tecnologias.

3.2 -AGRICULTURA CAMPONESA

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/3geografia/8agricultores.jpg

As pequenas propriedades com baixas rendas, onde a família do produtor direto constitui a

unidade básica de produção e consumo, e onde sua reprodução se realiza sob precárias condições, é

que são os grandes responsáveis pela produção de alimentos básicos (arroz, feijão, mandioca, milho

e produtos hortifrutigranjeiros), e também das matérias-primas de transformação industrial.

A sobrevivência no campo para o camponês é o limite e não o lucro médio, pois uma parte

de sua produção agrícola é destinada ao consumo direto do camponês, como meio de subsistência

imediata, o excedente é comercializado e empregado no que não consegue produzir.

Assim podemos perceber que, desde o início o pequeno produtor camponês tem buscado

meios de sobrevivências para se manter na terra. Às vezes com uma pequena parcela de terra que

mal dá para manter seus filhos. Nesses casos, o camponês procura diversificar sua produção para

atender as necessidades básicas de sua família como é o caso dos feirantes. O camponês não tem

apoio para produzir, não tem acesso a lazer, muitas das vezes faltam atendimentos à saúde, à

educação, tornando sua qualidade de vida umas das piores.

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Ao desconsiderar a importância que tem a pequena propriedade por razões de

competitividade internacional, as políticas sempre agravaram o subemprego e o desemprego rural,

bem como as migrações constantes como esclarece Martins:

...A história dos camponeses-proprietários do Sul é uma história de migrações. Há cem anos, foram trazidos da Europa para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo. Há pouco mais de trinta anos deslocaram-se para as regiões novas do Paraná. Hoje, muitos estão migrando para Rondônia e Mato Grosso. Tanto o deslocamento do posseiro quanto o deslocamento do pequeno proprietário são determinados fundamentalmente pelo avanço do capital sobre a terra... (MARTINS, 1981, p.17).

A principal solução é a migração, sua causa está na falta de opções para o pequeno produtor

familiar camponês, ou seja, não existe política pública que o ampare, mesmo sendo responsável por

mais de 70% do volume total da produção agropecuária não tem sido contemplado com

financiamentos agrícolas do país, como mostra o exemplo dado por Oliveira (2003, p.474)

Quando se analisam os dados referentes ao ano de 1985, a obtenção desse crédito estava dirigida socialmente, pois 3% do total chegou aos estabelecimentos com menos de 10 ha; 28% aos de 10 a 100 ha, e os restantes 72% foram destinados às propriedades de mais de 1000 há.

Vemos então que a maior parte dos financiamentos agrícolas no Brasil tem ficado nas mãos

dos médios e grandes estabelecimentos agropecuários e muito pouco tem restado ao pequeno

agricultor camponês.

Assim como a agricultura capitalista tem suas características, a agricultura camponesa

também possui características, veja alguns exemplos:

• A produção ocorre sempre em pequenas propriedades familiares, assentamentos,

terras indígenas e quilombolas;

• Usa bem menos produtos químicos na produção, ao contrário, aproveita o máximo

dos recursos naturais disponíveis, pois tem uma preocupação muito grande com a

vida e o meio em que está inserido;

• Procura manter e restabelecer o equilíbrio ambiental;

• As propriedades são pequenas, sua produção está voltada para a produção de

alimentos básicos e consumo local;

• Possui uma preocupação muito grande em conservar o solo e preservar a

biodiversidade;

• Suas produções são sempre diversificadas;

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• Utilizam equipamentos tradicionais com muito pouca tecnologia, utilizando mais a

mão de obra familiar.

Analisando as características da agricultura capitalista e comparando com as características

da agricultura camponesa podemos perceber que o pequeno agricultor e camponês se preocupam

mais com a vida e o meio em que está inserido. Os camponeses utilizam o trabalho familiar,

diversificam suas atividades na busca de produção de alimentos, contribuindo melhor para a

conservação do meio em que vive.

Além destas características citadas que fazem parte do pequeno produtor, percebemos

algumas destas finalidades ao analisar o Regulamento da Feira do Pequeno Produtor de nossa

cidade. Pois de acordo com a Lei Municipal N° 4.636/2007, a qual regulamenta a Feira consta o

seguinte:

- Incentivar as atividades rurais e urbanas, valorizando os produtos e o pequeno produtor de

Cascavel, fixando o homem ao campo e oportunizando o pequeno produtor urbano;

-Proporcionar a comercialização de mercadorias e produtos hortifrutigranjeiros, agro-

industrializados e produtos resultantes da manipulação e transformação de matérias primas e

artesanatos produzidos em suas respectivas propriedades;

-Divulgar os diversos produtos que são produzidos na área rural e urbana do município de

Cascavel;

-Incentivar a diversificação na propriedade rural e urbana;

-Melhorar a qualidade de vida na zona rural e urbana;

-Oferecer alimentos de boa qualidade e segurança alimentar a população.

Entendemos que são políticas voltadas a um melhor incentivo e valorização ao pequeno

produtor de nossa região, pois o fato da Feira abrigar uma diversidade de comerciantes num mesmo

local facilita a aquisição de diversos produtos originários da agricultura camponesa.

Desta maneira, podemos perceber que os pequenos produtores agrícolas estão sempre na

luta, buscando estratégias para se manterem em suas pequenas propriedades.

4 - SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 01 (Carga horária: 2hs aula)

Assuntos: Exposição do Trabalho

Para a implementação do Material Didático (Unidade Didática) na escola, serão realizadas

as seguintes atividades:

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No primeiro contato com os alunos será feita uma breve apresentação do tema a ser

estudado. Em seguida será apresentado o material através da TV pendrive, mostrando o objetivo do

trabalho e o percurso a seguir dando ênfase à Feira e os problemas agrários no Brasil, de modo que

despertem a atenção e interesse pela busca no aprofundamento dos conteúdos contidos e o trabalho

proposto.

Haverá um momento para que os alunos questionem e deem sugestões para o

desenvolvimento do trabalho.

ATIVIDADE 02 – (Carga horária: 2 h aulas)

Assunto: Leis que Favoreceram a Concentração de Terras no Brasil e Reforma

Agrária

Nesta atividade os alunos serão organizados em grupos e retomada a leitura deste material

nas páginas 6, 7,8 e 9, será repassado a cada grupo um dos temas a serem estudados e exposto aos

demais grupos os temas proposto segunda as páginas citadas serão: Capitanias Hereditárias, Lei de

Sesmarias, Lei de Terras, Estatuto da Terra e sobre os mapas de conflitos em seguida, os alunos

deverão expor para os grupos sobre o que estudaram, abrindo espaços para questionamentos que

caberá ao professor conduzir este trabalho.

Em seguida será distribuído aos alunos xerox do livro Pascoalzinho Pé-no-chão, de Chico

Alencar para que o aluno possa entender como muitas vezes ocorrem as desapropriações de terras pelos

latifundiários e ao mesmo tempo entender porque é necessário uma reforma agrária no Brasil.

ATIVIDADES 03 – (Carga horária: 3hs aula)

Assunto: Concentração de Terras no Brasil

- Nesta atividade ainda será repassado aos alunos um xerox das páginas 488 a 491 do livro

do Jurandir Ross, capítulo 8 de Ariovaldo U. de Oliveira, mostrando onde se concentra os maiores

latifundiários no Brasil.

-Será feito um estudo de uma tabela citada em anexo neste material da distribuição de terras

por números de estabelecimentos no Brasil, no Paraná e em Cascavel, em seguida trabalharemos

com a tabela abaixo de melhor compreensão para os alunos.

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Estrato de área Nº de Imóveis % Área em ha %

Menos de 10 ha 1338711 31,6 7616113 1,8

10< de 100 ha 2272752 53,6 7675747 18,3

Menos de 100 há 3611463 85,2 84373860 20,1

100 há < de 1.000 ha 557835 13,2 152407223 36,3

1.000 há e mais 69123 1,6 183.564299 43,6

Total 4238421 100 420345382 100Base: Cadastro do INCRA - Situação em agosto de 2003

Fonte: II Plano Nacional de Reforma Agrária (MDA/INCRA, 2003

,

Após as leituras, análises e questionamentos com os alunos, haverá uma discussão em grupo

com objetivo dos alunos entenderem como se encontra distribuída as terras no território brasileiro,

visando a percepção por parte dos estudantes, as opiniões contraditórias existentes muitas vezes

incompletas sobre os camponeses na comunidade onde estão inseridos, será ainda apresentado um

vídeo do You tube sobre os quilombolas citado nas sugestões de vídeos páginas 21 e 22.

ATIVIDADE 04 –(Carga horária: 4 h aulas)

Assunto: Aula de Campo

Nesta atividade pretende-se levar o aluno a refletir sobre a produção e transformação do

espaço, com a preocupação de fazer uso do ensino da Geografia para o estudo da realidade em que

estamos inseridos. Propõe-se uma pesquisa de campo na Feira do Pequeno Produtor para contato

com os feirantes. Através de observações in-loco e de entrevistas, os alunos terão oportunidade de

levantar informações sobre a produção agropecuária e fazer uma análise crítica ampliando seus

conhecimentos sobre a atual situação em que se encontram os pequenos produtores, principalmente

os feirantes de nosso município

Os alunos serão orientados antecipadamente para a visita na Feira para que possam

providenciar os materiais necessários para a conclusão da entrevista, serão repassados a eles ainda

informações e procedimentos a serem feitos in-loco e um questionário para a entrevista com os

feirantes.

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A entrevista ocorrerá em forma de questionário que será aplicado pelos alunos em grupos

de dois ou três alunos aos feirantes, pelos alunos do 3° ano A e B, do Ensino Médio do Colégio

Estadual Cataratas do Núcleo de Cascavel. As respostas do questionário poderão ser filmadas,

gravadas ou escritas a próprio punho pelo aluno no ato da entrevista.

Após a entrega dos questionários, explicar aos alunos as questões do questionário e as

demais informações necessárias para a realização desta atividade. Será feito um breve treinamento

em sala, onde o aluno entrevistará o colega, para assimilar os procedimentos que deverão ser

adotados nas entrevistas.

Será entregue também aos alunos, o formulário de Termo de Cessão de Direitos Autorais,

que deverá ser preenchido antes da entrevista. O documento é necessário, pois as entrevistas

poderão se anexadas e publicada junto a esta Unidade Didática.

Questionários para Entrevista

1- O Senhor é o proprietário das terras que cultiva?

( )Sim ( ) Não, se não, quem é o proprietário?

R...

2-Quantos anos mora nesta chácara, sítio...?

.

3-Qual sua escolaridade?

( )Primário incompleto ( )Primário completo ( )Ensino Fundamental incompleto ( )

Ensino Médio incompleto ( )Ensino Médio completo ( ) outros.

4-Quantos filhos têm? Todos moram na propriedade ( ) sim ( ) não, se não para

onde foram? Por que foram?

R...

5-Quantas pessoas da família estão envolvidas da produção a comercialização de

seus produtos?

R...

6-Faixa etária (Produtor, familiares e funcionários)

( )entre 10 e 20 ( ) entre 51 e 60

( )entre 21 e 30 ( ) entre 61 e 70

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( )entre 31 e 40 ( ) acima de 70 anos.

( )entre 41 e 50

7-Qual a área de sua propriedade? É toda aproveitável?

R...

8- Como adquiriu esta propriedade?

R...

9-Quando comprou o que era produzido nesta propriedade?

R...

10-E hoje o que é produzido? Em maior quantidade?

R...

11-Qual o destino dos produtos cultivados em sua propriedade?

R...

12-Qual a renda mensal dos produtos comercializados na feira?

R...

13-Quais os produtos que dá mais lucros?

R...

14-Quantos quilos ou pés de verduras são comercializados por semana?

R...

15-Tem algum seguro agrícola para as lavouras? Qual?

R...

16-O governo tem contribuído com algum incentivo?Qual?

R...

17-Tem vontade de sair da zona rural e morar na cidade?Por quê?

R...

18-Já teve proposta para comprar sua propriedade? ( ) sim ( )não quem fez a

proposta?( )latifundiário( )empresário ( )pequeno produtor.

19-Possui empregados ( ) sim ( )não, são registrados? Por quê?

R...

20-Quais os tipos de ferramentas ou maquinários utilizados em sua propriedade?

R...

21-Toma alguma medida para preservar o meio ambiente?

R...

22-Qual a maior dificuldade que vocês encontram com as lavouras?E na Feira?

R...

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23-Como são os consumidores? Muito exigente?

24-Participam dos eventos como palestras, dias de campo, reuniões técnicas e

afins?

( )sim ( ) não

25- Quando foi fundada a Feira do Pequeno Produtor?

R...

26-Existe alguém responsável pela feira? Quem é?

R...

27- O que é necessário para ser feirante hoje?

R...

28- Há desistência dos feirantes?

R...

29- Quais os motivos que levam os feirantes a desistir de comercializar seus

produtos na Feira?

30- Os feirantes pagam algum tipo de imposto para usar esse espaço? Quais?

ATIVIDADE 05- (Carga horária: 3 h aula)

Assunto: Discussão do Trabalho de Campo e Confecção de Materiais

Os alunos em sala de aula e com suas entrevistas concluídas, discutirão em

grupos suas entrevistas e se organizarão para se apresentar aos demais grupos da

turma, visto que cada grupo entrevistará um feirante, esta apresentação permitirá que

todos fiquem por dentro do trabalho como um todo.

Os alunos discutirão os conhecimentos adquiridos com este material e as coletas

realizadas nas entrevistas

Em seguida os alunos serão incentivados a produzir painel com gravuras de

agricultura capitalista e de agricultura camponesa, textos, gráficos, cartazes e poemas os

quais serão apresentados aos demais alunos e comunidade escolar.

ATIVIDADE 06- (Carga horária: 2 horas aula)

Assunto: Exposição dos Trabalhos no Colégio

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Os alunos deverão se organizar com auxílio do professor para expor seus

materiais, cartazes, poemas, painéis, fotos e explicar sobre os trabalhos para os demais

alunos do Colégio Cataratas e comunidade escolar que serão convidados a participar da

exposição dos trabalhos.

Haverá uma sala onde serão apresentados vídeos do You Tube sobre o pequeno

agricultor e outros citados nas sugestões de vídeos.

Para encerramentos deste trabalho os alunos produzirão em sala de aula um texto

síntese, envolvendo a temática deste projeto, que será recolhido para análise avaliativa.

5 - RECURSOS

-Alunos do 3º ano A e B do Ensino Médio do Colégio Estadual Cataratas de

Cascavel no Estado do Paraná;

-Sala de aula com quadro para uso de giz;

- TV Pendrive

-Laboratório de Informática para acesso a internet;

-Biblioteca da escola;

-Xerox;

-Meio de transporte;

-Câmara fotográfica e filmadora.

-Livros

− 6 - CRONOGRAMAS DE ATIVIDADES

A implementação do material didático (Unidade Didática) no Colégio Estadual

Cataratas Ensino Fundamental e Médio, acontecerá no segundo semestre de 2010 e

seguirá o cronograma abaixo:

Apresentação do tema e

aprofundamento do assunto.

2h/aula

Leituras, e aprofundamentos

dos conteúdos deste trabalho e do

livro de Chico Alencar

2h/aula

Leituras, análise e

questionamentos do livro de Jurandyr

Ross, capítulo 8 de Ariovaldo U.de

3h/aula

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Oliveira, tabelas e apresentação de

um vídeo sobre os quilombos.

Entrega dos questionamentos,

orientações referentes à pesquisa e

trabalho de campo na feira.

4h/aula

Discussão e apresentação da

pesquisa de campo realizada, estudo

do poema: Produção dos trabalhos

que serão apresentados: cartazes,

poema, músicas, frases e produção de

textos.

3h/aula

Organização e exposição dos

trabalhos para os demais alunos e

comunidade escolar, produção de

textos pelos alunos sobre o tema,

vídeo youtube sobre pequeno

agricultor.

2h/aula.

7 - AVALIAÇÃO

A avaliação terá caráter formativo, diagnóstico e contínuo e os alunos serão

avaliados através dos seguintes instrumentos:

Discussão em sala de aula sobre o assunto em questão;

Resolução das atividades;

Participação e desempenho na busca de informações na entrevista;

Apresentação dos resultados da entrevista;

Exposição dos trabalhos;

Produção de um texto sobre o tema.

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8 - SUGESTÕES DE VÍDEOS:

<http://www.youtube.com/watch?v=GWr4jCS2aLQ&feature=related> (pequeno agricultor) Acessado em 05 de maio de 2010<http://www.youtube.com/watch?v=FKGizjrR35U&feature=related> (como fazer compostagem) Acessado em 05 de maio de 2010 <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/3geografia/8agricultores.jpg> Acesso em 06 de junho de 2010.<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=318(quilombolas)> Acessado em 20 de junho de 2010<http://www.youtube.com/watch?v=Yv1qqpabiuU&feature=related>(quilombola)Acessado em 02 de julho de 2010Canudos. Direção: Ipajuca Pontes, 1978.Terra para Rose. Direção: Tetê Morais, 1989.Califórnia brasileira.Teodorico o Imperador do Sertão.O Arquiteto da ViolênciaQuadra Fechada.História do Campo.

9 - SUGESTÕES DE LEITURAS E SITES

Os livros citados nas referências bibliográficas;Pascoalzinho Pé-no-chão de Chico AlencarLei N° 4.636/2007 (Regulamentação da Feira do Pequeno Produtor e da outras Providências)<http://www4.fct.unesp.br/nera/atlas/violencia.htm>Acessado em 08 de maio de 2010<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=11>Acessado em 08 de maio de 2010

10 - REFERÊNCIAS:

ALENCAR, Chico. Pascoalzinho Pé-no-chão: uma fábula da reforma agrária. 23ª

edição, São Paulo, Editora Moderna, 1987.

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves e Rigolin. Tércio Barbosa. Geografia Geral e do Brasil.

São Paulo, Editora ática, 2008.

COTRIM, Gilberto, História Global - Brasil e Geral. Volume único, 8ª edição, São Paulo:

Editora Saraiva. 2005.

GIRARDI, Eduardo Paulon. Atlas da Questão Agrária Brasileira: Disponível em:

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<http://www4.fct.unesp.br/nera/atlas/violencia.htm> Acessado em 27 jun. 2010.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Livro Didático Público. Geografia Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação.

Curitiba: SEED PR, 2006.

MARTINS, J. de Souza. Camponeses e a Política no Brasil. Petrópolis Rio de Janeiro,

Editora Vozes, 1985

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Agricultura Brasileira Transformações

Recentes./In: Ross, Jurandyr L. Sanches.Org. Geografia do Brasil-4ª edição, São Paulo,

Editora Edusp, 2003, páginas 467-534.

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Modo Capitalista de Produção e Agricultura, São

Paulo: Editora Ática. 1986.

SEED, Diretrizes Curriculares de Geografia para Educação Básica, Curitiba, PR,

2006.

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11 - ANEXO

ANEXO I - Tabela Número de Estabelecimentos Agropecuários, por Grupos de Área Total.

Tabela 787 - Número de estabelecimentos e Área dos estabelecimentos agropecuários, por grupos de área total Ano = 2006

Brasil, Unidade da Federação e Município X Variável Brasil Paraná Cascavel - PR Grupos de área

total Estabelecimentos Área Estabelecimentos Área Estabelecimentos Área Total 5.175.489 329.941.393 371.051 15.286.534 4.034 143.205 Mais de 0 a menos de 0,1 ha 101.287 3.749 3.776 199 5 0 De 0,1 a menos de 0,2 ha 50.194 7.037 2.814 399 18 2 De 0,2 a menos de 0,5 ha 165.434 55.028 5.899 2.050 103 32 De 0,5 a menos de 1 ha 289.893 199.005 15.327 9.052 190 115 De 1 a menos de 2 ha 442.148 563.880 14.724 19.482 780 877 De 2 a menos de 3 ha 319.656 711.113 21.020 50.882 159 386 De 3 a menos de 4 ha 256.145 826.217 16.173 56.377 137 483 De 4 a menos de 5 ha 215.977 947.732 23.910 113.809 205 979 De 5 a menos de 10 ha 636.337 4.484.847 61.870 473.299 543 4.333 De 10 a menos de 20 ha 736.792 10.289.684 81.907 1.180.900 736 10.772 De 20 a menos de 50 ha 843.911 26.120.628 66.193 2.040.801 564 17.177 De 50 a menos de 100 ha 390.874 26.482.780 22.303 1.570.043 219 15.437 De 100 a menos de 200 ha 220.255 29.342.738 12.402 1.734.021 132 18.041 De 200 a menos de 500 ha 150.859 46.395.555 10.314 3.433.260 121 39.423 De 500 a menos de 1000 ha 53.792 36.958.185 2.396 1.647.009 27 19.431 De 1000 a menos de 2500 ha 31.899 48.072.546 950 1.410.273 10 15.717 De 2500 ha e mais 15.012 98.480.672 241 1.544.679 - - Produtor sem área 255.024 - 8.832 - 85 -