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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

MARIA MADALENA DE ANDRADE LAZZARETTI

PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA

CADERNO PEDAGÓGICO

ENSINO DOS CONCEITOS DE ASTROS E CÉU COM APOIO DE

INSTRUMENTOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM À LUZ DA TEORIA DA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

PATO BRANCO - PR

AGOSTO/2010

2

MARIA MADALENA DE ANDRADE LAZZARETTI

PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA

CADERNO PEDAGÓGICO

ENSINO DOS CONCEITOS DE ASTROS E CÉU COM APOIO DE

INSTRUMENTOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM À LUZ DA TEORIA DA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Produção Didático- Pedagógica desenvolvido ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE – SEED/PR, sob orientação do Professor Dr. Sandro Aparecido dos Santos, do Departamento de Física da Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO.

PATO BRANCO - PR

2010

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Maria Madalena de Andrade Lazzaretti

Área PDE: Ciências

NRE: Pato Branco

Professor Orientador IES: Sandro Aparecido dos Santos

IES vinculada: UNICENTRO

Escola de Implementação: Colégio Estadual Professor Agostinho Pereira

Público objeto da Intervenção: Alunos da 6ª série do Ensino Fundamental –

Educação Básica

Tema de Estudo: Astronomia

Titulo da Unidade Temática: Ensino dos conceitos de Astros e Céu com apoio de

instrumentos facilitadores da aprendizagem à luz da teoria da aprendizagem

significativa.

4

DEDICATÓRIA

“Munido dos cinco sentidos, o homem explora o

universo à sua volta e chama a essa aventura

Ciência”. (Edwin Hubble)

Dedico:

A todos os professores, estudantes que acreditam na Educação, como forma

de trazer às pessoas condições de vida digna, feliz, expressando alegria e prazer na

condição de ser humano.

Em especial àqueles que ousam, experimentam, motivam e buscam

incansavelmente sair do trivial, fazendo a diferença com a construção de um ensino,

imprimindo caráter e rigor científico, ao mesmo tempo lúdico, prazeroso, com o

encantamento do conhecimento, que dá asas para voar com plena liberdade e

realização dos sonhos.

Ao meu marido pelo amor, dedicação, pelo apoio e compreensão nos

momentos difíceis, foi meu porto seguro, e aos filhos, parceiros em tudo, dedicação

incondicional, em todos os momentos, para que se lembre que toda vitória exige

esforço, dedicação de corpo e mente, que tudo vale apena quando alma não é

pequena.

Também aos curiosos, apaixonados pela Astronomia, que se encantam com

as maravilhas do Céu diurno e em especial o firmamento noturno, que interpretam

esse Palco, com criatividade, imaginação, arte, e fazem Ciência, que ajuda o homem

a ser mais humano e feliz.

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Grande Arquiteto do Universo, pela tamanha beleza e

complexidade na expansão há 13 bilhões de anos, no início tão pequeno, hoje

imensamente grande, completo, porém continua em expansão, que nos encanta e

fascina, levando-nos a descobrir a estrada do Céu. “Onde se sabe que a Terra está

no Céu, que há séculos o Céu está na Terra. Assim pode-se afirmar: somos felizes

porque o Céu também é aqui.” A este Deus do meu coração, louvo pela inspiração,

pela proteção nos momentos difíceis, dando-me discernimento, saúde e ânimo para

produzir este Material Didático.

Aos Professores Sueli Veigas – USP – SP, Rute Helena Trevisan – UEL –

Londrina – PR, a João Batista Garcia Canalle – UERJ - RJ e Rodolpho Caniato –

Campinas SP, que incondicionalmente, apoiaram e motivaram. Orientando-me nos

conhecimentos da Astronomia, pela indicação de fontes confiáveis, pelo rigor nos

conceitos científicos, pelos livros, artigos, pelas leituras e sugestões, pela dedicação

e enorme gentileza em socializar comigo o conhecimento. Orientaram-me sempre

com humanidade, zelo e competência, acreditando na contribuição deste Material

Didático. Vocês foram autênticos colaboradores, manifestando desejo profundo de

um sonho, contribuir para a melhoria do Ensino público, onde as pessoas se tornem

protagonistas, transformando a si mesmo e a realidade onde vivem.

À Profª Suzete Bofi, colega e amiga de PDE, pela troca de materiais, idéias,

sugestões, companheira na participação de cursos e principalmente pelo ombro

amigo na esperança de construirmos um material, com conhecimento científico, que

desperte o lúdico nas pessoas, o gostar de aprender.

Á professora e pedagoga Rosangela Maria Stahlschmidt, por todo apoio,

estímulo, dizendo você é capaz. Pelas sugestões e revisão de normas, correções,

citações e referências bibliográficas.

Ao Orientador Professor doutor Sandro dos Santos, por seu compromisso

assumido, comigo, nos momentos que nem eu me achava, e acreditava que daria

conta da produção do trabalho. Muitas vezes apenas me olhava, firme, ouvindo as

minhas argumentações e dizia vai dar certo, o caminho é esse.

A minha família pelo apoio nas horas de aperto, pela compreensão e pela

esperança de que tudo dá certo, sempre seguraram as pontas, tornando possível a

realização desse sonho.

6

Em memória aos meus pais e aos meus antepassados, pela transmissão

dos genes, permitindo-me desfrutar o supremo e efêmero bem que é a vida. Pela

transferência extraordinária de se encantar e gostar da beleza do Céu. Usando-a

como referência para se localizar no tempo e no espaço, observando os astros que

transitam no Céu. Na mais remota memória sempre me lembra, olhar para o espaço

cheio de estrelas e planetas, cintilando, onde eles, também brilham fazendo parte

das estrelas do Universo em expansão.

A todos que me ajudaram e acreditaram efetivamente ou tacitamente, no

extraordinário bem que é a vida humana, que pode desfrutar do conhecimento,

tornando-nos melhores, muito obrigada de coração.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................... ................................................................ 08

I INTRODUÇAO .................................................................................................... 10

II FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................... ................................................ 13

2.1 Aprendizagem significativa..................... ......................................................... 18

2.2 Mapas Conceituais ............................. .............................................................. 21

2.3 Diagrama ADI – (Atividades Demonstrativo-Intera tivas) ............................... 24

III NA SALA DE AULA ............................... ............................................................ 28

3.1 Unidade 1 – Conteúdo estruturante – Astronomia Conteúdo Básico –

Astros e Céu ...................................... ........................................................................ 29

3.1.1 Contextualizando a temática ................. ................................................... 29

3.1.2 Atividade – O gnômon ........................ ....................................................... 35

3.2 Unidade 2 – Conteúdo estruturante – Astronomia Conteúdo Básico –

Sistema Solar ..................................... ........................................................................ 40

3.2.1 Contextualizando a temática ................. ................................................... 40

3.2.2 Atividade experimental: comparação entre o ta manho dos planetas e

do sol ............................................ .............................................................................. 45

3.3 Unidade 3 – Conteúdo estruturante – Astronomia Conteúdo Básico:

Sistema Terra/Lua/Sol ............................. .................................................................. 48

3.3.1 Contextualizando a temática ................. ................................................... 48

3.3.2 Força da gravidade .......................... .......................................................... 50

3.3.3 Fases da Lua ................................ .............................................................. 53

3.3.4 Atividade experimental : comparação dos volum es da Terra e da

Lua ............................................... ........................................................................ 59

3.4 Unidade 4 – Conteúdo estruturante – Astronomia Conteúdo Básico –

Movimentos da Terra – principais componentes ...... ............................................. 63

3.4.1 Contextualizando a temática ................. ................................................... 63

3.4.2 Atividade experimental: entendendo as estaçõe s do ano com uma

bola de isopor ................................... ................................................................. 69

IV CONSIDERAÇÕES FINAIS............................ .................................................... 74

V REFERÊNCIAS GERAIS .............................. ..................................................... 75

VI APÊNDICES ....................................................................................................... 79

8

APRESENTAÇÃO

Observa-se que vivemos momentos diferenciados em nossa vida, alguns vem

e apenas passam, outros, porém nos marcam profundamente, seja pela intensidade

da alegria ou pela dificuldade na superação, pois o ser humano está sempre na

busca de conhecer o novo, conquistando novos espaços.

Espaços estes cheio de vida, ainda pouco conhecidas pelo homem. Pois a

vida é uma das coisas menos pesquisadas. A vida aqui no Planeta se mantém

graças ao efeito “estufa”, que está controlado, a um bom tempo, pela ação da deriva

dos Continentes, como um termostato, mantém a temperatura da terra. É as

chamadas “tectônicas de placas”, que faz os Continentes movimentarem-se,

arrastando o magma, para baixo das placas. Cientistas afirmam que a química

dominante no espaço é mesma química da vida.

Com esse pensamento, reportamo-nos ao momento em que a Educação

Paranaense vive a experiência da busca pelo conhecimento, com os seus pares,

professores da Rede Estadual, na concretização do Programa de Desenvolvimento

Educacional – (PDE)1, sonho que se sonhou junto, por isso tornou-se realidade, no

magistério do Estado do Paraná.

Este trabalho inicia-se com a construção do Projeto de Intervenção

Pedagógica na Escola, que contempla as idéias centrais, o tema, situações

problema, estratégias de ações, para que seja elaborado este Material Didático, a

ser aplicado na escola, com estudantes da 6ª série, para contribuir na apropriação

dos Conceitos Científicos do Conteúdo Estruturante Astronomia.

Nesse contexto, espera-se elaborar o Material Didático – Caderno

Pedagógico, na intenção de se tornar um subsídio na prática docente em sala de

aula.

Portanto, esta etapa de trabalho no PDE, será gradativamente aplicado e

implementado na Escola, com objetivos de abrir um espaço de reflexão, discussão e

análise dos Conceitos no Ensino de Astronomia. Serão desenvolvidas atividades

pedagógicas, com os estudantes, que venha de encontro às necessidades de

aprender os conhecimentos científicos. Focando mais diretamente sobre o Ensino

1A sigla “PDE” será usada sempre que se referir ao Programa de Desenvolvimento Educacional - Estado do

Paraná.

9

dos conceitos de Astros e Céu, com apoio de instrumentos facilitadores da

Aprendizagem Significativa, que pode colaborar no entendimento dos estudantes, na

apropriação desses conhecimentos.

Espera-se ao produzir este Material Didático, efetivando a implementação,

com a intenção de demonstrar que é possível trabalhar de forma articulada com os

demais Conteúdos Estruturantes, contemplados na Diretriz Curricular de Ciências do

Estado do Paraná (PARANÁ, 2008).

Dividimos este Caderno Pedagógico em seis partes: Apresentação,

Introdução, Fundamentação Teórica, Sala de Aula, Considerações Finais e

Apêndices.

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I. INTRODUÇÃO

Esta produção do Material Didático Caderno Pedagógico destina-se a

contribuir para o ensino de Astronomia, superando as dificuldades, a fragmentação

que os professores encontram na sua prática de sala de aula, com os estudantes da

rede Estadual de Ensino no Estado do Paraná. Destacando-se a importância do

conhecimento da Astronomia, com ênfase nos conceitos de Astros e Céu, como

possibilidade de aprendizagem e compreensão do espaço “céu”, onde transitam

todos os corpos celestes.

A opção pela abordagem do tema Astronomia, inclui a necessidade de

mudanças no Ensino pautado na memorização e fragmentação. Opondo-se a essa

situação, com a expectativa de contribuir, quanto ao ensinar e aprender os conceitos

científicos da ciência do céu, superando as visões empobrecidas, fragmentadas e

distorcidas, que afetam a natureza do ensinar e aprender ciências. Na opinião de

(CANIATO, 1989), “o ensino que fazemos, colabora a domesticação dos estudantes,

levando-os a terem uma atitude passiva, de imobilidade e silêncio, desta forma

estamos agindo exatamente ao contrário do que pensamos e fazemos quando

ensinamos.”

Reportando-se às experiências, que de longa data, nos causam um

profundo sentimento de impotência, inquietações, insegurança e questionamentos

que ninguém queria ouvir. A realidade era angustiante, quanto à dificuldade no

Ensino dos Conteúdos Básicos de Astronomia, aos estudantes do Ensino

Fundamental, na rede pública estadual. Primeiramente como docente em sala de

aula, repetindo modelos, métodos, que eram apenas de memorização, repetição,

pois era o que sabíamos e fazíamos pensado que estava certo. A situação tornou-se

mais complexa quando se determinou uma função na Equipe Pedagógica no Núcleo

Regional de Educação de Pato Branco (NRE)2. Ao tomar ciência do que seria a

função, responsável pela disciplina de Ciências, em relação ao compromisso

assumido as angústias e inquietações se tornaram ainda mais preocupantes, pois

tamanha era a responsabilidade diante dos colegas de 15 municípios, área de

abrangência do NRE.

Acredita-se que o Ensino de Astronomia nos Anos Finais do Ensino

2 A sigla “NRE” será usada sempre que se referir ao Núcleo Regional de Educação de Pato Branco.

11

Fundamental constitui-se em excelente recurso, a fim de que se possa promover a

Aprendizagem Significativa, pelo fato de atrair a curiosidade pela beleza dos

aspectos lúdicos e facilidade de relacionar este conhecimento com outras áreas do

ensino, ingredientes estes que prendem a atenção das pessoas em qualquer

momento da vida.

No entanto, a realidade que se vivencia mostra-se preocupante, pois os

professores encontram dificuldades no processo de ensinar os conceitos pertinentes

a esta temática, causadas pelas lacunas resultantes do período inicial de formação,

causa principal dos problemas encontrados pelos professores afetados, ousarem

desenvolver atividades significativas, (CARVALHO e PEREZ, 2009).

Tornar o Ensino de Astronomia uma realidade para os professores e estes,

com os estudantes não é apenas um compromisso pedagógico, mas uma

necessidade cotidiana, com a população escolar, ter acesso a esse conhecimento.

Pretende-se assim a partir do desenvolvimento deste Caderno Pedagógico,

aplicando aos estudantes, subsidiar a prática pedagógica do professor de Ciências,

possibilitando-lhes a compreensão de conceitos, a partir do domínio da linguagem

científica. As descobertas científicas no campo da Astronomia vêm alargando as

fronteiras do conhecimento espacial, evidenciando que essas interfaces demandam

um entendimento mais amplo do estudo da esfera celeste para haver a socialização

no espaço escolar.

Confrontando-se com a dificuldade, na construção do ensinar Astronomia,

(CANIATO)3 diz que o sentir-se alienado naquilo que faz, pensando que

aprendemos, e estávamos ensinando, porém sem perceber que não havíamos

aprendido e estaríamos repetindo falsos conceitos, durante um longo tempo.

Neste contexto, o desafio que se apresenta é construir uma proposta de

trabalho, que vá de encontro às necessidades do Ensino de Astronomia, aos

estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental, pois, de acordo com

(WORTMANN, 2003) entende-se que a disciplina de Ciências, imprime caráter

unificador, entre os conceitos das diversas ciências, com uma abordagem que

integra os demais conteúdos, outrora estudados em outras disciplinas.

Ao ver-se confrontado com o conteúdo da Astronomia, (LANGHI e NARDI,

2005) sem saber fazer a transposição didática com metodologias adequadas, o

3 Caniato – Astronomia e Educação, disponível em: http://www.liada.net/

12

docente simplesmente ignora o Conteúdo ou trabalha-se superficialmente. Superar

as dificuldades no ensino da Astronomia é o grande desafio, para todos nós.

O contexto do Ensino de Astronomia encontra-se numa situação de

dificuldades, onde os professores sendo que a maioria quase absoluta deles não

teve esta disciplina contemplada em seu currículo no curso de graduação. Porém

precisam ensinar os conceitos Básicos de Astronomia no Ensino Fundamental. Que

atende de 5ª série/6º ano à 8ª série/9º Ano, da Educação Básica, conforme a Diretriz

Curricular de Ciências do Estado do Paraná, (PARANÁ, 2008).

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II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Astronomia hoje está presente como Conteúdo Estruturante na disciplina de

Ciências, Ensino Fundamental, na Rede Pública Paranaense. Vale destacar que

temos antecedentes históricos que relatam os diversos movimentos de âmbitos

nacionais e inclusive estaduais, referentes à trajetória do Ensino de Astronomia no

Currículo do Paraná.

Pode-se citar que desde a década de 50 acontecem modificações, no sentido

de melhorar o Ensino de Ciências aos estudantes da rede pública. Na época era

chamado de ciências naturais e programa de saúde.

A LDB4 4024/61 (BRASIL, 1961), fortalece e amplia o currículo de Ciências

para todas as séries do Ensino Básico.

A partir de 1971, a LDB 5.692/71 (BRASIL, 1971), imprime caráter obrigatório

do ensino nas oito séries e o conteúdo da Astronomia, na disciplina de Geografia.

Porém, as transformações continuaram e na década de 80, houve grandes debates

no sentido de termos propostas das disciplinas científicas em todos os níveis

(KRASILCHIK, 1987).

Entramos no período de 1990, com idéias claras, de construir um currículo

que atendesse às necessidades educacionais.

Efetiva-se, portanto o Currículo Básico para a escola pública do Estado do

Paraná. Com grande ênfase na disciplina de Ciências, o conteúdo de Astronomia

apresenta-se desde a pré-escola, até a 8ª série do Ensino Fundamental.

Neste momento da história, surgem graves problemas no ensino da

Astronomia. Os professores sem uma formação adequada utilizam-se dos livros

didáticos como forte apoio, sendo que estes apresentam distorções e omissões na

formação dos conceitos científicos, para ensinar o conteúdo de Astronomia. De

acordo com (PUZZO, TREVISAN e LATTARI, 2004) pode-se dizer que não existiu

na formação inicial dos professores, o estudo de Astronomia, além da falta de uma

metodologia apropriada, para ensinar tais conteúdos.

Confrontando-se com as dificuldades, na construção do Ensino da

Astronomia, (CANIATO, 2007) relata que no curso com professores do Estado do

Rio de Janeiro em 1978, estes, sentiram-se profundamente abalados ao constatar

4A Sigla “LDB” significa: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

14

que o conteúdo ensinado não tinha o menor rigor científico. Toda essa necessidade

era gerada pela ausência de preparo nos conhecimentos básicos e na prática

pedagógica.

(CANIATO, 1989) constatou a dificuldade que é “(...) de ensinar e aprender

ciência, em todos os níveis, que é trágico perceber: o quase nada que fica do quase

tudo que pensamos ter aprendido (... e também ter ensinado...).

A Secretaria Estadual de Educação (SEED),5 promove capacitação dos

profissionais da educação, através de cursos, simpósios, debates, oficinas

pedagógicas, livros, materiais didáticos e pedagógicos, porém, não superou as

necessidades dos professores, em aprender e aprender a ensinar. O apoio mais

próximo continua sendo o livro didático, com todas as falhas, prevalecendo às idéias

do senso comum.

Conforme (BACHELARD, 1996):

O primeiro obstáculo a superar, nem sequer era questionado, pois não podemos ter opinião sobre um tipo de problema, que nem sequer conhecemos. Os primeiros desafios a ser superado, é a nossa opinião formada, incrustada no senso comum. Requer que saibamos organizar as perguntas, as situações a serem respondidas, pois as barreiras científicas se apresentam exatamente no conhecimento não formulado.

Viveram-se momentos de grandes questionamentos, no Ensino de Ciências,

mais precisamente no enfoque das noções básicas da Astronomia. Quando se

pensava encontrar caminhos, vem a promulgação da LDB nº 9.394/96, com a

produção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, (PCN)6, com novo formato de

currículo (BRASIL, 1997).

O Paraná troca o Currículo Básico, pelos PCNs, causando transtorno no

Ensino de Ciências, perde-se parte da identidade do Ensino, deixando a produção

científica em segundo plano. Pois conforme os PCNs, a Astronomia apresenta como

eixo temático “Terra e Universo”, contemplados a partir do terceiro ciclo no Ensino

Fundamental. Neste período histórico foi grande a relevância dos temas transversais

no fazer pedagógico, com foco em projetos pontuais, onde houve um esvaziamento

do ensino dos conteúdos científicos escolares, (PARANÁ, 2008).

5 A sigla “SEED” significa; Secretaria Estadual de Educação - será usada no texto

6 Será usada esta sigla “PCN” no texto, quando se referir a Parâmetros Curriculares Nacionais

15

Frente a tal panorama educacional em 2003, nas mudanças de governos,

recobraram-se os ânimos, questionando-se: há necessidade rever o Ensino Público

Paranaense. De que forma? Com quem? Para quem? E para quê?

Inicia-se todo um processo de discussão coletiva com o magistério público e

seus pares. Idéias, construção de Diretriz Curricular, que atenda as necessidades

dos filhos do povo Paranaense. Com a participação, agora, maciça dos profissionais

da educação foi pensada, discutida, no coletivo das escolas, a nova Diretriz

Curricular, que não está pronta, acabada, mas sim na fase de complementação e

atualização na medida das leituras e dos entendimentos. O Ensino da Astronomia

apresenta-se como Conteúdo Estruturante, na Diretriz Curricular de Ciências, no

Estado do Paraná, e tem como objeto de estudo: “o conhecimento científico que

resulta da investigação da natureza”, que constitui o universo em toda sua

complexidade, (PARANÁ, 2008).

A construção dos conteúdos de Ciências foi fundamentada com base na

história e filosofia da ciência, considerando a natureza do Ensino de Ciências, que

possuí caráter multidisciplinar, com base na astronomia, física, geologia, química, e

biologia, entre outras, (MACEDO e LOPES, 2002) destacando as integrações

conceituais, multidisciplinar, interdisciplinares e contextuais das disciplinas

escolares.

Vale destacar que (PARANÁ, 2008), a Astronomia, no Ensino Fundamental

traz os Conteúdos Básicos, que abrange os conceitos científicos necessários para

compreensão das questões astronômicas, e para o entendimento do objeto de

estudo da disciplina de ciências, tais como (PARANÁ, 2008):

Conteúdo Estruturante: ASTRONOMIA

- Conteúdos Básicos:

o Origem e evolução do universo

o Universo em expansão

o Sistema solar

o Gravitação universal

o Astros

o Movimentos celestes e terrestres

o Movimento da Terra, com as componentes, como rotação, translação

entre outras

o Estações do ano, dia e noite

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o Características básicas de: galáxias, estrelas, constelações, planetas,

planetas anões, satélites naturais, cometas, asteróides, meteoros e

meteoritos

o História da Ciência – teorias geocêntricas e heliocêntricas

o Descobertas científicas, pesquisas espaciais

o E outros

O conceito de Estruturante, como conhecimento histórico, está atrelado a

uma concepção política de educação, que revela seu caráter político e politizador.

Esta postura determina o que ensinar como ensinar, quando e para quê ensinar,

portanto indica que não são escolhas neutras.

A Astronomia como Conteúdo Estruturante, essencializa o conhecimento da

disciplina, pois é uma das Ciências de referência para os conhecimentos sobre a

dinâmica do universo. Desta forma, a Astronomia encaminha os estudos, as

discussões, as análises, e as comprovações científicas sobre a origem e a evolução

do universo.

Portanto, o conteúdo da Astronomia no Ensino Fundamental pode se tornar

uma oportunidade de conhecimento real, por ser uma Ciência de vanguarda, que

revela o estudo e a história de nossos vizinhos no espaço, demonstrando todo o

interesse e fascínio que o céu exerce e encanta a humanidade.

Comemorou-se em 2009, o Ano Internacional da Astronomia, com tema: “O

Universo a ser descoberto por você”. Reviveram-se coletivamente, o significado dos

400 anos que Galileu apontou sua luneta ao Céu, também os 40 anos do homem

tocar o solo lunar, (AIA, 2009) 7.

Para rever toda essa época e entender as mudanças ocorridas, recorre-se

aos fatos históricos que na opinião de (NARDI, 1998), a História da Ciência, pode

ser um dos possíveis caminhos, que possibilitam a contextualização do Ensino de

Ciências. Fazendo deste um espaço cultural, onde o professor se apóia, para

garantir os conteúdos essenciais, o rigor dos conceitos científicos, partindo de uma

reflexão das atividades pedagógicas, realizando experimentos, que leve os

estudantes a questionar, formulando problemas, hipóteses sobre os conhecimentos

em foco.

7 AIA, 2009 – a sigla significa: Ano Internacional da Astronomia, será usada no texto.

17

(CASTRO, 1992) realizou experiências pedagógicas com alunos, utilizando-

se de conteúdos da História da Ciência, onde oportunizou vários questionamentos

por parte dos aprendentes, surpreendendo-se sobre os debates realizados, pela

riqueza que o subsídio trouxe à discussão científica, o intercâmbio entre os

aprendentes, aproximando-os da leitura do texto, com as suas construções e

interpretações relatadas pelo grupo.

Conforme argumentos citados as próprias Diretrizes Curriculares (PARANÁ,

2008), recomendam aspectos considerados essenciais tanto na formação dos

professores, quanto no fazer pedagógico na sala de aula, destacando-se como focos

primordiais, a saber: História da Ciência, divulgação científica aliada às atividades

experimentais, temas estes que não se esgotam em áreas isoladas, mas, estão

interligados se complementando no fazer pedagógico.

Conforme (CARVALHO e PEREZ, 2009), o conhecimento da História das

Ciências, possibilita a clareza na elaboração e execução de um bom planejamento

das práticas de sala de aula, contribuindo na contextualização dos saberes

científicos, mostrando a evolução e as conexões entre

Ciência/Tecnologia/Sociedade, facilitando a compreensão do tema estudado,

interligado no entendimento da Ciência.

Assim, sugere-se tratar de temas relevantes, no Ensino da Astronomia,

como recurso pedagógico, na construção dos conceitos, despertando a curiosidade

dos jovens e seu interesse pela Ciência, (CANIATO, 2007) declara que aprender

sim, e pode ser também prazeroso, superando os obstáculos epistemológicos dos

aprendentes.

Espera-se que este Caderno Pedagógico colabore no Ensino de Astronomia,

à medida que se programa o projeto junto aos alunos e professores a partir da

utilização do material pedagógico a ser disponibilizado, possibilitando a superação

das dificuldades, enfrentadas para ensinar/ aprender Astronomia nos Anos Finais do

Ensino Fundamental.

A Educação em Astronomia, Ciência que estuda os Astros e o Universo,

sempre despertou na humanidade a curiosidade do pensar, observar e registrar os

objetos do Céu.

As primeiras experiências humanas, pré-histórica neste planeta foram

registradas com os olhos, depois se ampliou com a evolução dos instrumentos.

18

Inicialmente com a Luneta, hoje com os potentes telescópios, rastreando e

buscando desvendar os mistérios do Céu.

Ensinar esta Ciência não é simples, pois é uma área de estudos complexa.

Considerando-se a Astronomia ser capaz de interagir naturalmente com todas as

disciplinas, apresentando desta forma um caráter interdisciplinar e integrador.

O panorama real dos conteúdos de Astronomia mostra-se preocupante, pois

os professores encontram dificuldades no processo de conceituar e ensinar.

Acredita-se que tais dificuldades encontradas devem-se ao fato de que não têm na

sua formação inicial, conteúdos e metodologias apropriadas, onde pudessem

aprender, para aprender a ensinar.

No ano de 2009 houve uma grande participação das escolas na Olimpíada

Brasileira de Astronomia e Astronáutica, (OBA)8. Conforme consta no site do Ano

Internacional da Astronomia: http://www.astronomia2009.org.br/index. php, isto em

relação à participação de outros anos.

A participação foi em torno de 858. 167 estudantes, com 74.555 professores

envolvidos. Considera-se um ótimo envolvimento e motivação em aprender

Astronomia, além de que a OBA envia materiais didáticos, livros para as escolas

públicas. Isto significa que os professores, já estão sendo sensibilizados e

motivados, para aprender e ensinar o conteúdo de Astronomia.

Diante desses pressupostos, espera-se com a produção deste Material

Didático, sirva de suporte teórico e metodológico, adequados às reais necessidades,

com fontes seguras, onde os profissionais possam desempenhar com firmeza o

interesse pela Ciência. Levando-se em conta que a Astronomia propicia aos

estudantes, compreender os conceitos científicos, resultando na Aprendizagem

Significativa.

2.1. Aprendizagem Significativa

O termo Aprendizagem Significativa consiste no conceito central da teoria da

aprendizagem defendida por David Ausubel. Conforme (MOREIRA, 2006), a teoria

da Aprendizagem Significativa nasceu e foi desenvolvida partindo da preocupação

em entender o fenômeno da aquisição do conhecimento que efetivamente ocorre na

8 OBA, a sigla significa “Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, e será usado no texto.

19

escola, no bojo da relação aluno-professor, privilegiando a análise da inter-relação

do ensinar e do aprender, logo, dos comportamentos do professor e dos alunos no

contexto do processo educativo.

De acordo com (MOREIRA e MASINI, 1982), a aprendizagem se trata de um

processo que envolve as esferas cognitiva, afetiva e motora sendo inferida a partir

das mudanças consideradas relativamente permanentes no comportamento e como

tal resultantes da prática. Ressalta ainda que conforme Klausmeier citado por

(BRITO, 2005) as mudanças não podem ser confundidas com as causadas pela

maturação biológica.

De acordo com AUSUBEL citado por (MOREIRA, 2006),

(...) o termo aprendizagem não pode referir-se apenas a eventos observáveis, pois muitas aprendizagens não se manifestam via comportamento. Muitas vezes a aprendizagem é confundida com aquisição de conhecimento acadêmico e acredita-se que esta se processa de uma única maneira. (...) estudos e pesquisas tem mostrado que existem diferentes aprendizagens e estas são específicas para cada tipo particular de situação.

Conforme a teoria de Ausubel, podemos verificar que existem dois tipos de

aprendizagem, a aprendizagem por descoberta e a aprendizagem por recepção.

A aprendizagem por descoberta conforme AUSUBEL citado (MOREIRA e

MASINI, 1982), ocorre quando o aprendiz é levado a encontrar sozinho, o significado

de um ou mais conceitos que se apresentam imersos no conteúdo total a ser

aprendido. Já na aprendizagem por recepção o material é apresentado ao sujeito em

sua forma pronta, final e acabado.

Entende-se assim conforme (MOREIRA, 2006), que quando o professor

organiza o material de forma a permitir que no curso da aprendizagem o sujeito

descubra, intuitivamente os significados e relações entre os conceitos e princípios,

maior será a probabilidade de ocorrer a aprendizagem por descoberta.

De acordo com os estudos de (AUSUBEL, 2006), a nova aprendizagem pode

ser incorporada à estrutura cognitiva sob duas maneiras: significativa e mecânica.

Entende-se que a Aprendizagem Significativa ocorre quando o novo material é

incorporado à estrutura cognitiva de maneira não arbitrária e substantiva, além de

que deve o aprendiz manifestar uma certa disposição para relacionar

significativamente o novo material aos elementos já existentes na estrutura

cognitiva.

20

A incorporação mecânica pressupõe a ausência de predisposição para a

Aprendizagem Significativa, sendo que o novo material é incorporado à estrutura

cognitiva de uma maneira arbitrária, juntam-se a estruturas já existentes, mas de

forma inadequada, podendo, ser facilmente esquecido.

Segundo (MOREIRA e MASINI, 1982), a Aprendizagem Significativa só

ocorre à medida que o novo material, que apresenta uma estrutura lógica, interage

com conceitos relevantes e inclusivos, claros e disponíveis na estrutura cognitiva.

Quando conceitos relevantes não existem na estrutura cognitiva do sujeito, novas

informações têm que ser aprendidas mecanicamente, não se relacionando a nova

informação com os conceitos já existentes.

Conforme (AUSUBEL, 2006), o mais importante fator isolado que influencia

a aprendizagem é o que o aprendiz já sabe. Determine isto e ensine-o de acordo.

Entende-se que a Aprendizagem Significativa caracteriza-se pela interação

entre o novo conhecimento e o conhecimento prévio, (MOREIRA, 2006). Significa

que aprendemos a partir do que já sabemos.

Na opinião de (MOREIRA, 1999), a Aprendizagem Significativa está inserida

no processo educativo, o qual apresenta experiências afetivas, cognitivas e motoras,

sendo estas características que conduz o ser humano a expressar-se como pensam,

sentem e efetivam as mudanças, com outros significados.

A premissa da Teoria da Novak é que os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam (fazem) Uma teoria de educação, segundo ele, deve considerar cada um destes elementos e ajudar a explicar como se podem melhorar as maneiras por meio das quais os seres humanos pensam, sentem e atuam (fazem). Qualquer evento educativo é, de acordo com Novak, uma ação para trocar significados (pensar) e sentimentos entre o aprendiz e o professor (MOREIRA, 1999, p.168)

Frente a este entendimento, compreende-se que todo momento educativo,

determina um fato, que envolve sentimentos recíprocos entre estudante e professor,

abrindo um campo mental com disposição e entusiasmos para aprender. Estes

espaços de construção do saber apresentam cinco elementos de NOVAK: aprendiz,

professor, conhecimento, contexto e avaliação. O envolvimento de todos estes

aspectos implica em um neo-conhecimento, contextualizado pelos pares,

conduzindo a permuta de novos significados.

21

A interpretação da permuta de significados, ganha espaço na Aprendizagem

Significativa, como instância primordial no mecanismo de aprender

significativamente, para atribuição de outros significados, firmando-se em pontos de

ancoragem para aquisição de outros conceitos.

2. 2. Mapas Conceituais

Tratando-se de aprender com significado, (MOREIRA, 1978 e BUCHWEITZ,

1993), destacam a importância de algumas estratégias facilitadoras, agindo como

elementos organizadores prévios, os denominados de “mapas conceituais” e

“diagrama V” (NOVAK e GOWIN, 1984, 1988 e 1996).

(MOREIRA, 2006), fala dos chamados organizadores prévios, que são

materiais didáticos que podem ser introduzidos na apresentação, anteriormente ao

material de aprendizagem por consequência, num grau elevado de apropriação,

inclusive de abstração, possibilitando ser o ele de ligação entre o que o estudante já

se apropriou e o que poderia saber para que esse recurso fosse um potencial para o

novo saber, apoiado no subsunçor9 anterior.

Portanto, mapas conceituais são encaminhamentos metodológicos de ensino, elaborados no sentido de facilitar a aprendizagem de conceitos, aos estudantes.

(...) Mapas conceituais não são quadros-sinóticos. Em um mapa conceitual não se busca apresentar em um diagrama as “partes” de um conceito. (Conceitos têm significados, não partes). Também não se trata de classificar conceitos. Trata-se, isso sim, de identificar os conceitos-chave de certo conhecimento, de organizá-los em um diagrama com algum tipo de hierarquia (quer dizer, diferenciando, de alguma maneira, entre conceitos subordinados, superordenados, inclusivos, específicos, exemplos) e de relacioná-los explicitamente (através de linhas conectando conceitos e de palavras-chave sobre tais linhas dando significado às relações) (MOREIRA, 2006, p.45)

Apresentam-se como recursos nos vários momentos de ensino e

aprendizagem, sendo instrumento pedagógico que o docente utiliza-se com

participação dos seus estudantes, fazendo e reconstruindo os saberes, num

processo coletivo da aprendizagem.

9 Subsunçor é o conhecimento prévio, já existente na estrutura cognitiva do indivíduo.

22

Entre os vários procedimentos dos temas no Ensino de Astronomia, mapas

conceituais, conforme (MOREIRA, 2006), pode ser aplicado tanto na escolha e

organização dos conteúdos, assim como no ensinar e avaliar a aprendizagem.

Espera-se que mapas conceituais, como instrumentos pedagógicos,

fortemente úteis que de ênfase aos conceitos, sendo assim, o professor percebe

como está o entendimento do aluno, sobre tal assunto. Isto determina trocarem

significados, idéias e conceitos. Utilizar-se deste recurso no Ensino, para apresentar

conteúdos, pode vir a ser uma oportunidade metodológica, considerada essencial,

perceber o estudante como um indivíduo que pensa, sente e faz.

Veja um exemplo mapa conceitual, conforme Figura nº 01.

Figura 01: Mapa Conceitual Geral de Astronomia - As tros e Céu. Elaborado por Maria Madalena Lazzaretti , (com apoio e colaboração da Professora Dra. Sueli Viegas, astrônoma da USP). (C om autorização de uso do titular (cedente), ver apê ndice II).

2. 3. Diagrama ADI – (Atividades Demonstrativo – I nterativas)

Outros instrumentos além de mapas conceituais têm-se também o diagrama

“V”,10 conhecido como Vê epistemológico de (GOWIN, 1988), que colabora no

sentido de fornecer vários links para uma Aprendizagem Significativa.

Sendo utilizado como instrumento de aprendizagem, (MOREIRA, 2006)

exprime como valor a utilização do recurso no Ensino de Ciências:

Várias das muitas aplicações possíveis do Vê no ensino de Ciências incluem seu uso no planejamento de uma pesquisa, na análise de relatórios (ou artigos) de pesquisa, de livros de texto e outros materiais curriculares que você estará usando quando estiver dando suas aulas e tentando melhorar sua ação docente. O Vê também poderá ajudar seus alunos a entender a pesquisa como produção de conhecimento. O aspecto excitante sobre o uso do Vê é justamente que ele nos ajuda a compreender mais claramente como nosso conhecimento é construído; uma compreensão enriquecedora, útil e duradoura.

De acordo com (SANTOS, 2008) no trabalho com professores da rede

estadual do Paraná, durante curso de formação continuada desenvolvida pela

UNICENTRO, notou a dificuldade dos professores em fazer as atividades utilizando-

se do diagrama de Gowin. Diante desta situação, fundamentado no V

epistemológico de (GOWIN, 1988), desenvolveu o modelo de diagrama com

Atividade Demonstrativo Interativa (ADI).

Este modelo de diagrama simplificou de maneira clara e objetiva e de

aplicação possível ao Ensino Fundamental, tanto no planejamento como nas

atividades colaborativas. Oportunizando o trabalho em grupo, troca de experiências,

além de desenvolver a cooperação entre os estudantes, (SANTOS, 2008).

Compartilhando essa idéia, ressalta-se que o diagrama ADI, apresenta

resultados próprios (SANTOS, 2008), transcritos em seguida, que legitima seu valor,

quando se trata de ensino aprendizagem, com entendimento da aprendizagem

significativa:

• Instrumento com estrutura semelhante ao V de (GOWIN, 1988), porém

usado para fins didático-pedagógicos.

• Usado para planejamento, abordagem e avaliação da aprendizagem.

• Pode ser utilizado pelo professor e alunos em atividades colaborativas.

10

“V” Será usado sempre que se reportar ao diagrama V epistemológico de GOWIN.

25

• Também necessita de planejamento prévio por parte do professor e deve

ser compatível com o nível cognitivo do aluno.

• Proporciona maior interação em sala de aula.

• Pode ser utilizado como um organizador prévio, por meio do pré-teste e

pós-teste.

• Substitui os relatórios de atividades experimentais, os quais não são

recomendados no ensino fundamental.

• Permite uma visão do todo para quem o utiliza.

• Deve estar associado a um mapa conceitual.

Como instrumento que o estudante participa, indica-se primeiramente que o

professor oriente na construção do recurso pedagógico. Ao praticar seus primeiros

exercícios, o aluno começa a construir seu diagrama. Cabendo ao professor

acompanhar, avaliar o desenvolvimento e aprendizado.

Trata-se de uma visão diferente do processo ensino e aprendizagem, onde o

desafio é entender e aceitar este método. Espera-se com essa prática, efetivar

mudanças significativas, descobrindo a possibilidade em fazer uma conexão ligando

os conteúdos estruturantes, pois não existe conhecimento isolado.

No cotidiano escolar depara-se com salas de aulas superlotadas, com uma

diversidade enorme em todos os aspectos. De acordo com (MOREIRA, 2006) deve-

se trabalhar conteúdos relevantes, contextualizando com os fatos científicos, como

aponta, (PARANÁ, 2008) e de acordo com, (SANTOS, 2008):

A proposta da abordagem integradora está fundamentada na visão da relação entre as áreas do conhecimento. Pretende-se que ela seja multidisciplinar, transdisciplinar e interdisciplinar, porque assim o professor consegue chegar com o seu discurso até o aluno que tem preferência por outra área que aparentemente não tem relação com a Ciência da natureza.

Pensando nesse contexto, pretende-se ao elaborar este Caderno

Pedagógico, para contribuir com os professores, nas atividades contextualizadas,

sobre os conceitos do Ensino de Astronomia, a partir dos estudos de Astros e Céu.

Apoiando-se com Instrumentos Facilitadores da aprendizagem, utilizando-se de

Mapas Conceituais, o diagrama V, conhecido como Vê epistemológico, com

26

Atividades Demonstrativo Interativa (ADI)11 e com isso possa melhorar a

compreensão dos estudantes, sobre os conceitos básicos desses conhecimentos.

Observe na Figura nº 02 como é estruturado esse instrumento, para fazer um

planejamento de trabalho.

11

A Sigla (ADI) será usada sempre que se referir a “Atividades Demonstrativo Interativas”.

T E M A S / C O N T E Ú D O S : : t e m a s e c o n te ú d o se n v o l v i d o s n o fe n ô m e n o d e i n te re s s e .

P O S S Í V E IS E X P A N S Õ E S D O F E N Ô M E N O D EIN T E R E S S E : o u t r a s p o s s ib i l id a d e s d e f e n ô m e n o s ,q u e s t ã o - f o c o , c o n t e ú d o s e c o n ce it o s ( a b o r d a g e min t e g r a d o r a ) .

F E N Ô M E N O D E IN T E R E S S E :

F e n ô m e n o a s e r e s t u d a d o

Q U E S T Ã O F O C O :

q u a l p e r g u n t a ( s ) a a t iv id a d e d e v e r e s p o n d e r

i n t e r a ç õ e s

C O N D IÇ Õ E S N E C E S S Á R IA S : f a t o r e s q u e s ã o e s s e n c ia is p a r a o b o m d e s e n v o lv im e n t o d a a t iv id a d e .

C O N C E IT O S : a q u e l e s q u e s ã o m a i s i m p o r t a n t e s p a r a a c o m p r e e n s ã o d o fe n ô m e n o . A S S E R Ç Õ E S :

D e v a lo r : a p a r t ir d a s a s s e r ç õ e s d e c o n h e c im e n t o , q u a isa s c o n t r ib u iç õ e s p a r a a v id a o a lu n o p o d e r á a s s im ila r .

R E S U L T A D O S C O N H E C ID O S :T e ó r ic o ( li t e r a t u ra ) : o q u e d iz a l it e r a t u r a a r e s p e it o d of e n ô m e n o d e in t e r e s s e .

D e c o n h e c im e n t o : c o n c e it o s e t e o r ia s q u e o p r o f e s s o ro b je t iv a q u e o a lu n o a p r e n d a .

E x p e r i m e n t a l: b a s e a d o n a s u a e x p e r iê n c ia o p r o f e s s o r f a z u mb r e v e r e la t o d o r e s u lt a d o d a a t iv id a d e r e a l iz a d a p o r e le .

V A L ID A Ç Ã O D A A T I V ID A D E : o q u e p o d e s e r u s a d o c o mc o m p r o v a ç ã o d e q u e a a t iv id a d e f u n c io n o u .

C A T E G O R IZ A Ç Ã OQ u a n t o a o m o d o : d e m o n s t r a t iv o , in t e r a t iv o o ud e m o n s t r a t iv o - in t e r a t iv o .Q u a n t o a o t ip o : q u a lit a t iv o , q u a n t it a t iv o , s e m i- q u a n t it a t iv o .

R E G I S T R O E R E P R E S E N T A Ç Õ E S : r e g is t r a r t u d o o q u e éo b s e r v a d o .

V A R I Á V E I S : r e g is t r a r a s v a r i á v e is d e t e c t a d a s e q u a n d o f o r oc a s o r e p r e s e n t á - la s e m g r á f ic o s e t a b e la s .

R O T E I R O D E P R O C E D IM E N T O S : s e q u ê n c ia d a s e t a p a s p a r a ar e a l iz a ç ã o d a a t iv id a d e .

E L E M E N T O S IN T E R A T I V O S : t u d o o q u e s e r á m a n u s e a d o .

M A T E R IA IS : m a t e r i a is e e q u ip a m e n t o s q u e s e r ã o u t i l iz a d o s n aa t iv id a d e .

P R E D IÇ Õ E S :

I. D O A L U N O : o b s e r v a ç ã o d o a lu n o s o b r e a a t iv id a d e a n t e s d e r e a l iz á -la ; r e s p o s t a s a s q u e s t õ e s p r e v ia m e n t e e la b o r a d a s p e lo p r o f e s s o r .

D O M Í N I O M E T O D O L Ó G I C O

( f a z e n d o )( p e n s a n d o )

D O M ÍN IO C O N C E IT U A L / T E Ó R IC O

S IT U A Ç Ã O - P R O B L E M A / E V E N T O :

A a t iv id a d e c o m a s c o n d iç õ e s e x is t e n t e s d e m a t e r ia l e e s t r u t u r a f ís ic a

I I . D O P R O F E S S O R :

B a s e a d o n a s u a ex p e r iê n c ia p r o f is s io n a l, o p r o f e s s o r f a za p o n t a m e n t o s s o b r e a s p o s s ív e is r e s p o s t a s d o s a lu n o s p a ra a sq u e s t õ e s p r e v ia m e n t e f o r m u la d a s , b e m c o m o p o s s ív e iso b s e rv a ç õ e s e d if ic u ld a d e s n o d e s e n v o lv im e n t o d a a t iv id a d e .

M a p a C o n c e it u a l

Figura: 02 Estrutura do Diagrama ADI.

III. NA SALA DE AULA

Caro colega professor, pensando em você, na sala de aula, este Caderno

Pedagógico, será composto de quatro unidades com abordagens no Ensino de

Astronomia, a partir dos conceitos de Astros e Céu. Apresentando textos de

fundamentação teórica, com recursos didáticos, indicações de atividades

experimentais a serem desenvolvidas com os estudantes.

Como sugestões, onde você e seus estudantes poderão dialogar sobre

alguns conceitos da Ciência do Céu, discutindo, analisando, experimentando com as

mãos e descobrindo o quanto o Ensino da Astronomia, pode realizar-se num clima

agradável, de conhecimento adquirido no espaço escolar.

As atividades e textos apresentados neste Caderno Pedagógico têm duplo

objetivo: promover e despertar a sensibilização e aprendizagem dos Conceitos

adequados ao Ensino de Astronomia (Astros e Céu), pelo próprio professor e seus

estudantes, o outro objetivo, oferecer meios para desenvolver, os Conteúdos

Básicos, utilizando-se dos organizadores prévios, mapas conceituais, diagrama V,

atividades experimentais, como estratégias que proporcionam a Aprendizagem

Significativa.

Primeiramente aplica-se o pré-teste aos estudantes, com questões básicas,

onde os estudantes expressaram seus conhecimentos prévios. O pré-teste encontra-

se no apêndice um (1) deste material. No final do estudo dos conteúdos propostos,

aplica-se o pós-teste, (mesmo pré-teste), que irá indicar o quanto houve de

aprendizagem.

O momento da aplicação do pré-teste é extremamente significativo, por isso

acontece no primeiro contato com a classe, onde as questões permitem ao

professor, analisar os conhecimentos prévios (subsunçor) dos estudantes, quanto

aos conceitos de Astronomia, a partir de Astros e Céu.

Espera-se com esses dados, que o docente possa ter uma idéia geral,

perceber os saberes dos estudantes, e a partir dessas respostas, fazer a

intervenção pedagógica, superando o saber (instantâneo) pelo saber científico,

sistematizado, possibilitando aos mesmos elaborar sínteses, do conhecimento

aprendido, pois já possuem uma estrutura cognitiva, onde a aprendizagem pode

ocorrer.

29

Por esta razão, este caderno pedagógico foi elaborado como apoio na sala

de aula, para você professor.

Além de que existe um motivo maior, tem-se uma Diretriz Curricular, com um

dos conteúdos Estruturante, Astronomia. Como professor de Ciências no Ensino

Fundamental, você precisa ensinar Astronomia. Ensinar este conteúdo de uma

forma integradora com os demais temas exige que saibamos os fenômenos

celestes. Faz-se necessário compreender os conceitos corretos, para construir esse

conhecimento, com os estudantes. Assim perceberá imediatamente como eles se

encantam com essas aulas. Apresentar cientificamente os conteúdos, numa

linguagem clara, lúdica, porém acessível e encantadora aos estudantes.

3. 1. UNIDADE 1 – Conteúdo Estruturante – Astronomi a:

CONTEÚDO BÁSICO: Astros e Céu

3.1.1. Contextualizando a temática:

Inicia-se aqui uma viagem, que nos conduzirá no espaço e no tempo,

passando por algumas estações, onde teremos a possibilidade de conhecer, a

ciência do Céu.

Por que estudar a Astronomia? Por que o estudo de Astros e Céu?

Teríamos muitos motivos para justificar a importância do estudo da

Astronomia. Entre os diversos motivos, ela é considerada a mais antiga das

ciências, certamente a observação do Céu, foi os primeiros registros que o homem

primitivo anotou, ainda na condição de nômade, em busca da sobrevivência, por

alimentos e onde morar.

Na pré-história que surge então a Astronomia, milhares de anos atrás. Pela

necessidade de medir o tempo, saber localizar-se, fazer previsões criar calendários

e principalmente para melhorar sua maneira de viver.

Movido pela necessidade de encontrar meios para as previsões, garantir a

sobrevivência, que conduziu o homem a olhar, registrar, desenhar e fazer as

relações dos corpos celestes que se moviam no Céu, com as mudanças que

acontecia na natureza. Impelidos por esta necessidade o homem deixou seus

registros, marcas, pois são encontrados desenhos, sobre o Céu, datando a mais de

dez mil anos de idade, nas cavernas em diversas regiões do mundo.

30

Diante da procura para entender as relações, que tornava possível prever

novas colheitas, saber o tempo de nascimento de animais, é que dá origem a ciência

que estuda o Céu, com seus astros e demais corpos celestes.

Deste continuo acompanhar o Céu, que o homem descobriu os Astros com

seus movimentos celestes e terrestres. Inicialmente entendia isso, como

manifestação dos deuses. Era preciso interpretar os sinais e as ordens desses seres

em relação ao homem, sujeito a ter benefícios ou castigos. Surgia a Astrologia, que

de certa forma deu origem e história da Astronomia.

As primeiras descobertas do homem como conhecimento de Astronomia,

foram os registros de conceitos, ligados a observação do Sol e da Lua. Despertada a

curiosidade na exploração do espaço, motivado pela conquista de outros objetos

celestes, posteriormente vem os planetas, estrelas, constelações e demais corpos

celestes.

O encanto e a contínua busca que este ramo da ciência provoca nos seres

humanos, é que originou e sustenta um dos mais atraentes campos do

conhecimento humano, as descobertas astronômicas evoluíram até hoje,

procurando as respostas a partir do espaço, no Universo.

Portanto após um longo tempo observando o céu, o homem começa a

entender as ligações que acontecia, entre o Céu e a Terra. Um dos primeiros fatos

contatado foi que o dia e a noite dependia da presença ou da falta do sol na esfera

celeste. Neste estagio, o homem primitivo já entendia se era longo ou curto o

período de claro ou de escuro, isso ocorreu ainda antes do conhecimento da escrita

e da contagem.

Este aprender observando o Céu, permitia ao homem sair para colher,

caçar, vigiar, controlando o tempo de volta a caverna, antes de ficar escuro, olhando

a posição do sol no Céu.

Na observação do Céu, investigando o espaço, que a humanidade evoluiu,

chegando ao estágio que se encontra hoje, com as descobertas científicas, trazendo

as descobertas em todos os campos das ciências. Isto graças a Astronomia, que

proporcionou esta evolução, do conhecimento astronômico, com acertos e erros

científicos, é que compreenderemos o desenvolvimento desta ciência, que se

utilizou dos instrumentos, começando pela luneta, hoje com as principais

ferramentas, os modernos telescópios.

Olhando para o Céu numa noite escura, você verá um espetáculo

31

encantador, milhares de pontinhos brilhantes piscando, outras não. São as estrelas

e planetas. Estão espalhados por todos os lados, alguns bem juntinhos, outros mais

distantes. Mas se for noite de Lua cheia, o Céu fica mais iluminado e parece que a

luz das estrelas fica fraca, mas não é isso. Temos apenas certa dificuldade em

avistar, por causa claridade da Lua.

Ao amanhecer, o Sol com luz bem mais forte que a Lua, encobre as estrelas,

mais perto do horizonte. Conforme faz sua trajetória no Céu, nascendo na direção

leste, pondo-se na direção oeste, a luz do Sol oculta as Estrelas e outros astros da

Esfera Celeste. Porém estão lá, no firmamento.

Por que o Céu é azul?

Quando a luz do Sol corta a atmosfera da Terra, encontra uma barreira: a

atmosfera, que é uma grande massa de ar que envolve o planeta. Acontece que ao

tocar nas moléculas de ar, as ondas (freqüências) de diferentes tamanhos e cores,

se separam cada uma a sua maneira.

Assim, a luz visível, luz branca que vem do Sol, compõe-se de diversas

cores: as cores do arco-íris. As ondas de tamanhos menores se organizam com

mais facilidade. As ondas menores são as azuis, as ondas mais compridas são as

vermelhas e amarelas.

Desta forma entendemos as variações de cor no Céu. Mais a presença de

moléculas de ar, partículas de poeiras suspensas na atmosfera. Se essas partículas

forem menores facilitam um espalhamento bem maior que a luz. As ondas de cor

azul sofrem uma dilatação, permitindo que enxerguemos as ondas mais longas,

como as vermelhas e amarelas. Isto você percebe no final do dia.

Que Céu é este? Por que nos encanta?

No imaginário das pessoas simples, o céu é desconectado da Terra, até

mesmo em oposição. Os Astros lá em cima, num mundo magnífico e nós aqui em

baixo na Terra.

Estamos no Universo, fazemos parte dele, está presente em tudo, na

matéria que compõe o Sol, na crosta terrestre, nos elementos que formam nosso

corpo, em todos os seres vivos e mesmo nos objetos que utilizamos no dia a dia. O

Universo sabe de sua história, da sua evolução, narrado por nossas bocas.

Com esta compreensão do espaço onde habitamos, precisa-se incorporar o

entendimento de que a Terra está no Céu, vivemos num astro. Sendo assim, nós

estamos no Céu, pois se no Céu estão os planetas e estrelas e nós estamos num

32

planeta, então, o Céu é aqui.

Sendo assim o estudo que envolve o Céu, além de fazer o papel de

paisagem de fundo, nos permite localizar, medir e determinar em que ponto da Terra

estamos e determinar a hora local. Para realizar isso precisamos observar o grande

relógio celeste, que gira a nossa frente, a abóbada celeste.

Encontramos nas Figuras nº 03 e nº 04 respectivamente, a construção do

ADI e o mapa conceitual, como instrumentos organizadores, com os

encaminhamentos pedagógicos sobre os conceitos de Astros e Céu, da Unidade 1.

Figura nº 03 (ADI) Planejamento da Unidade I – sobr e Astros e Céu – elaborado pelo autor

Figura 04– (ADI) Planejamento da Unidade I – sobre Astros e Céu. Elaborado por Maria Madalena Lazzaret ti – (com apoio e colaboração da Professora Dra. Sueli Viegas, astrônoma da USP). (C om autorização de uso do titular (cedente), ver apê ndice II) .

Para entendermos melhor, vamos fazer uma atividade, onde vamos marcar

a hora, posição do sol, comprimento da sombra, determinar de pontos cardeais do

lugar e meridiano astronômico do lugar (MAL )12 .

Céu: espaço ilimitado onde se situam os astros.

Astros: são corpos celestes, que se movimentam no céu.

Estrela: corpo celeste que tem luz própria, devido a energia produzida no seu interior.

A abóbada celeste é o Céu que se vê da Terra, na qual se encontram

projetados todos os corpos celestes.

3.1.2. Atividade - O gnômon

Esse é o nome de um dispositivo já usado na antiga Grécia e que os romanos

adotaram. Com ele, os povos antigos marcavam as horas do dia, desde que

houvesse sol.

Material:

� vareta ou um cabo

� folha de cartolina ou papelão, chão ou piso

� caneta colorida

� régua ou fita métrica

Montagem:

Consiste basicamente em uma haste vertical espetada em uma superfície horizontal

e lisa ou de um mastro. Se preferir coloque um papelão de baixo dessa vareta, pois

ela será utilizada para fazer marcações, ou pode fazer as marcações no chão ou

piso.

Você deve montar o seu aparelho em lugar de céu aberto, isto é, num lugar em que

a luz do Sol projete a sombra da varinha ou do pela manhã e à tarde.

Observe a Figura nº 5, onde e como montar o aparelho, em céu aberto.

12

A sigla “MAL” significa Meridiano Astronômico do Lugar, é o plano vertical que passa pela linha astronômica do lugar.

36

Figura 05 - montar a o aparelho para projetar a som bra. (Figura retirada do Livro O Céu página 16 – Rodolpho Caniato – Editora Átomo Ltda. Com aut orização de uso do titular (cedente ), ver apêndice III).

Procedimentos:

De manhã, logo depois do nascer do Sol, as sombras da haste são muito compridas.

Ao passar das horas a sombra vai encurtando e, ao meio-dia solar, ela é mínima.

Depois disso, ela vai novamente aumentando, até o cair da tarde

Numa hora qualquer pela manhã, risque sobre o chão, ou sobre o papelão a sombra

da vareta e meça seu comprimento com um metro ou com a régua.

Observe a Figura nº 6, onde mostra o comprimento da sombra.

37

Figura 06 – marcar sombras pela manhã (Figura retir ada do Livro O Céu página 17 – Rodolpho Caniato – Editora Átomo Ltda. Com autorização de us o do titular (cedente ), ver apêndice III).

Após o meio dia espere a sombra ficar do mesmo comprimento da sombra da

manhã. Quando isso acontecer, use a régua para marcar a sombra.

Estas duas sombras definirão um certo ângulo. Ache a bissetriz desse ângulo (reta

que divide ao meio o ângulo). Isto pode ser feito usando a régua. Marque, por

exemplo, no risco das sombras a mesma distância da haste. Por exemplo, 10 cm.

Ver Figura nº 7, onde mostra comprimento de sombra e os ângulos.

Figura 07– marcação das sombras manhã e tarde e ind icação de ângulos. (Figura retirada do Livro O Céu página 17 – Rodolpho Caniato – Editora Átomo Ltda. Com autorização de uso do titular (cedente ), ver apêndice III).

Trace uma reta unindo os dois pontos marcados. Divida o valor encontrado por dois

e daí determine o raio bissetor, ou simplesmente a bissetriz do ângulo, unindo o

novo ponto marcado e a haste. Essa linha recebe o nome de linha meridiana local.

Ela indica a direção Norte-Sul. A direção perpendicular (90º) a essa determina as

direções Leste e Oeste.

Ver Figura nº 8, onde mostra a linha meridiana.

38

Figura 08 – Indica a linha meridiana. (Figura retir ada do Livro O Céu página 18 – Rodolpho Caniato – Editora Átomo Ltda. Com autorização de us o do titular (cedente), ver apêndice III). A direção Leste-Oeste é chamada de meridiano astronômico do lugar (MAL). Esse

plano que você acaba de determinar é fundamental para medidas em Astronomia.

Nos observatórios existe um telescópio (ou uma luneta) instalado na direção que

você acaba de determinar. Esse aparelho se move sem sair daquele plano vertical.

Isso significa que está fixo no MAL . No caso das horas, o MAL funciona como um

grande ponteiro fixo (para nós, na Terra), diante do qual gira o grande mostrador

esférico, o céu.

Ver Figura nº 9, onde mostra a direção Leste/Oeste e o meridiano astronômico do

lugar.

S

(linha astronômica)

N

S

N

39

Figura 09 - indica pontos cardeais, e meridiano ast ronômico. (Figura retirada do Livro O Céu página 18 – Rodolpho Caniato – Editora Átomo Ltda. Com autorização de uso do titular (cedente ), ver apêndice III). Mas, não teria sido mais simples assinalar essas direções com a bússola? Sim, seria

mais fácil. Porém, o Norte-Sul astronômico raras vezes coincide com o Norte-Sul

magnético. Essa diferença entre a direção do Norte verdadeiro (astronômico) e a do

Norte magnético é chamada declinação magnética do lugar. A direção Norte-Sul

magnética é imprecisa e está sujeita a grandes desvios. Você pode perceber, por

exemplo, que, ao colocar um pequeno ímã perto da bússola, ela alterará sua

direção.

• Outra sugestão é observar o Céu de dia, registrar que tipo de Astro você viu e

fazer um desenho representando o que observou.

• O que acontece com a posição do Sol no céu, no decorrer do dia? Como

podemos descrever o movimento do Sol durante o período de observação?

• A que se deve o movimento dos astros no céu?

REFERÊNCIAS:

AIA2009 – Ano Internacional da Astronomia 2009 – Disponível em:

http://www.astronomia2009.org.br - Acesso dia 28/06/10

AMARAL, P. Preposição – UTOPIA: Tudo que você sempre quis sabe r sobre

Astronomia mas não tinha a quem perguntar . Material de apoio para professores

do Ensino Fundamental, UNB, 2008.

CANIATO, R. (Re)descobrindo a Astronomia. (coleção ciência & entretenimento)

Campinas, SP: Editora Átomo, 2010

_____________O que é Astronomia. 8ª Ed. São Paulo: (coleção os primeiros

passos; 45) Brasiliense, 1994.

_____________ O Céu – (coleção na sala de aula) São Paulo: Editora Ática, 1990.

http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/3406

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/ensino-fundamental-astronomia/ao-

professor.html#ao%20professor

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-basico/esfera-celeste/esfera-celeste.htm

Atividade retirada do Livro O Céu – Rodolpho Caniat o – Editora Átomo Ltda. (Com autorização de uso do titular (cedente), ver apêndi ce III).

40

http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/era-vez-sol-terra-lua-

426157.shtml - Acesso dia: 16/07/10

http://www.zenite.nu/ Acesso dia: 28/07/10

VEIGAS, S. No início dos Tempos . 1ª Ed. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2009.

VEIGAS, S. No início dos Tempos . Caderno de Atividades, maio de 2010.

3. 2. UNIDADE 2 – Conteúdo Estruturante - Astronomi a

CONTEÚDO BÁSICO: Sistema Solar

3. 2. 1. Contextualizando a temática:

Convido você a continuar nossa viagem e conhecer mais um pouco do

Universo que nos contém.

Podemos entender a emoção que Galileu sentiu ao ver as crateras da Lua,

Júpiter com suas luas, o sol com as espetaculares manchas solares, entendendo

como se compõe o mecanismo que regem os astros, que compõe o Sistema Solar.

O Sistema solar é organizado por uma estrela central, o Sol, mais o conjunto

de corpos celestes, como os planetas, satélites naturais, planetas anões, asteróides,

cometas e outros fragmentos do espaço que orbitam o sol. Deste modo planetas

orbitam o Sol e os satélites orbitam seus planetas, em razão à força de atração

gravitacional que se exercem continuamente entre eles, ou entre duas massas

quaisquer.

O Sol é a estrela central do nosso Sistema Solar, constituindo-se como fonte

de luz e de energia que são essenciais para a vida na Terra. É a estrela mais

próxima da Terra. A luz solar aquece a Terra, permitindo a vida no planeta. Os

demais planetas ou são muito quentes (Mercúrio, Vênus), ou frios demais (Marte,

Júpiter, Saturno, Urano e o planeta anão Plutão) para abrigar a vida como a que

conhecemos.

Portanto o Sol é uma estrela - uma bola de gás muito quente. Por isso tem

luz própria devido à energia produzida no seu interior.

O Sistema Solar localiza-se dentro de uma galáxia denominada Via Láctea.

Ela tem braços espirais, sendo que num deles, está o nosso Sol, ocupando uma

posição periférica no, braço de órion da nossa galáxia.

41

Sabe-se hoje que só a Via Láctea, nossa galáxia, é um aglomerado que

deve ter mais de 200 bilhões de outras estrelas.

Observe numa noite de Céu limpo e sem lua, vê-se claramente no céu uma

faixa esfumaçada em que há uma maior concentração de estrelas. Essa faixa da Via

Láctea, com aparência, que lembrava aos povos antigos um caminho esbranquiçado

como o leite. Em latim, Via Láctea significa “caminho de leite”. Esta é a Via Láctea,

lar do nosso Sistema Solar, nosso endereço no cosmo, onde estamos no planeta

Terra.

Atualmente temos oito planetas. Plutão mudou de status, foi classificado

como planeta anão com mais outros quatro objetos que também estão além de

Netuno;

Os oito "planetas" são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno,

Urano e Netuno. O olho nu pode-se observar apenas os planetas Mercúrio, Vênus,

Marte, Júpiter e Saturno.

Podemos ver com facilidade no Céu o planeta Vênus, está sempre muito

próximo ao Sol, além de ser muito brilhante, devido a isso é conhecido por estrela D’

Alva ou estrela da manhã.

Planetas: corpos celestes sem luz própria que gira em torno de uma

estrela.

Um planeta orbita o caminho limpo ao redor do Sol - não existem outros

corpos no seu caminho que ele varra consigo ao redor do Sol.

A Terra, um dos planetas do sistema solar, realiza o seu movimento,

orbitando a estrela central. As órbitas, isto é, o caminho que os planetas fazem ao

redor do Sol, é quase circular.

Neste caminhada cósmica, com as diversas componentes do movimento, a

Terra nos leva cuidadosamente, onde sequer nem percebemos que estamos

viajando no espaço. Como uma Espaçonave, movendo-se em torno do Sol, junto

com os demais integrantes da grande família solar, num longo passeio pela galáxia.

Pois somos caroneiros deste planeta, não estamos no comando,

Para você saber mais sobre Via Láctea, veja o texto cientificamente, sobre nossa

galáxia. Acesse o site abaixo: http://www.telescopiosnaescola.pro.br/galaxias.pdf -

Acesso dia: 05/07/10

42

dependemos deste astro, ou seja, o pontinho na esquina da galáxia é o veículo que

nos carrega pelo espaço. Por isso temos que ter a consciência de cuidar, zelar para

não destruí-lo, somos pertença deste sistema.

Não existe sistema isolado, estamos interligados, moramos no planeta,

moramos no Céu, vamos começar com os pés na Terra e também no Céu.

O Sol na Esfera Celeste. Como vemos nossa Estrela, na estrada do Céu?

Observando a posição do Sol na Esfera Celeste, nós podemos perceber o

caminho que sua projeção percorre devido à translação da Terra. Esse caminho é

chamado de Eclíptica e define um plano interno à Esfera Celeste, no qual está

situada a órbita da Terra.

Como a idade da nossa estrela Sol é em torno de cinco bilhões de anos, terá

ainda uma vida ativa de mais cinco bilhões de ano. Portanto é uma estrela, que está

na metade de sua vida. Em algum momento no tempo deixará de ser uma estrela

como a conhecemos. A distância do nosso planeta ao Sol é de cerca de

149.597.871 km ou 1 unidade astronômica (UA). A luz solar demora 8 minutos e 18

segundos para chegar até a Terra. Sua massa é aproximadamente 333.000 vezes a

da Terra, diâmetro 1.392.000 km e o seu volume 1.400.000 vezes o volume do

nosso planeta.

No Sol observam-se Manchas Solares, são estruturas escuras que

aparecem ocasionalmente na superfície do Sol, devido à atividade solar, que se

repete ciclicamente, em torno de 11,2 anos. As manchas solares tendem a se formar

em grupos e estão associadas a intensos campos magnéticos no Sol.

Saiba mais sobre Manchas solares no site:

Encontramos nas Figuras nº 10 e nº 11 respectivamente, o (ADI) e o mapa

conceitual, como instrumentos organizadores de um planejamento de ensino, com

os encaminhamentos pedagógicos sobre os conceitos do Sistema Solar, desta

Unidade.

Veja mais neste site: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-basico/esf era-

celeste/esfera-celeste.htm - Acesso dia:05/07/10

http://sunearthday.nasa.gov/2010/multimedia/gal_002 .php - Acesso dia: 05/07/10

Figura nº 10 (ADI) Planejamento da Unidade II – sob re Sistema Solar – elaborado por Maria Madalena Laz zaretti

Figura nº 11 Sistema Solar - Mapa Conceitual - Plan ejamento da Unidade 2 – elaborado por Maria Madalen a Lazzaretti – (com apoio e colaboração da Professora Dra. Sueli Viegas, astrôn oma da USP). (Com autorização de uso do titular (ce dente), ver apêndice II).

Como já dialogamos e conhecemos como é o Sistema Solar, com os seus

Astros, vamos a construir um experimento bem legal, fazendo a comparação entre

os tamanhos dos planetas com o Sol.

O que o estudante pode aprender com esta atividade demonstrativa

interativa:

� Compreender e comparar o (tamanho) do Sol e dos planetas do

Sistema Solar

� Discutir com os alunos os tamanhos relativos entre os planetas e o Sol,

desenvolvidos na atividade experimental;

� Desenvolver uma concepção do Sistema solar, coerente com os

conhecimentos atuais;

Discutir com os alunos os conceitos sobre o Sol e os planetas do sistema

solar, a ordenação dos planetas e seu movimento em torno do Sol;

Discutir com os alunos o conceito de estrela;

3.2.2 Atividade experimental: comparação entre o tamanho dos planetas e do

sol

Como é possível dar uma visão concreta do tamanho dos planetas e do Sol

aos alunos da pré-escola, do ensino fundamental e médio sem recorrer aos

números? Escolhendo uma escala apropriada, representamos o Sol por uma esfera

de 80,0 cm de diâmetro e, consequentemente, os planetas são representados por

esferas com os seguintes diâmetros:

Mercúrio (2,9 mm), Vênus (7,0 mm), Terra (7,3 mm), Marte (3,9 mm), Júpiter

(82,1 mm), Saturno (69,0 mm), Urano (29,2 mm), Netuno (27,9 mm) e Plutão não é

mais planeta, foi reclassificado para: (planeta anão) (1,3 mm).

As bolinhas que representam os planetas construímos com papel alumínio

(mas podem ser feitos com argila ou durepoxi ou até mesmo usando sementes e

frutas).

Para saber mais sobre o Sistema solar, acesse o sit e abaixo, veja o vídeo: O

Sistema Solar (atualizado) Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=9Py-OvHhjuQ - Acess o dia: 05 /07/10

46

O Sol (80,0 cm), por outro lado, só poder ser representado por uma bexiga

de aniversário, de tamanho gigante, enchida na saída do ar de um aspirador de pó,

para alegria da criançada e espanto de todos.

Introdução

Quando os livros didáticos abordam o tema “SISTEMA SOLAR”, geralmente

apresentam uma figura esquemática do mesmo. Nesta figura o Sol e os planetas

são desenhados sem escala e isto não é escrito no texto, o que permite ao aluno

imaginar que o Sol e os planetas são proporcionais àquelas bolinhas (discos) lá

desenhados. Apesar de não estarem em escala, os planetas maiores são

representados por bolinhas grandes e os menores por bolinhas pequenas, mas sem

nenhuma preocupação com escalas. Em alguns livros o diâmetro do Sol é

comparável ao de Júpiter, o que é um absurdo, claro!

Alguns livros apresentam, além das figuras esquemáticas, uma tabela com

os diâmetros do Sol e dos planetas. Esta tabela também não ajuda muito, porque

não se consegue imaginar as diferenças de tamanho dos planetas e do Sol apenas

vendo os números dos seus diâmetros.

Sugerimos abaixo um procedimento experimental, que os alunos podem

executar como tarefa extraclasse, reproduzindo (ou não) o material do professor e

que permite visualizar corretamente a proporção dos tamanhos dos planetas e do

Sol, sem recorrer aos valores reais dos seus diâmetros. Comparação entre os

tamanhos dos planetas e do Sol através de esferas

Para darmos uma visão concreta do tamanho dos planetas e do Sol,

representamos o Sol por uma esfera de 80,0 cm de diâmetro e, conseqüentemente,

os planetas serão representados, na mesma proporção, por esferas com os

seguintes diâmetros:

Mercúrio (2,9 mm), Vênus (7,0 mm), Terra (7,3 mm), Marte (3,9 mm), Júpiter

(82,1 mm), Saturno (69,0 mm), Urano (29,2 mm), Netuno (27,9 mm).

Para representarmos o Sol, usamos uma bexiga (amarela, de preferência)

de aniversário, tamanho grande (aquela que geralmente é colocada no centro do

salão de festas, com pequenos brindes dentro dela e é estourada ao fim da festa), a

qual é encontrada em casas de artigos para festas (ou atacadistas de materiais

plásticos).

Enchemos a bexiga no tamanho certo, usando um pedaç o de barbante

de comprimento ( C ) igual a 2,51 m , com as pontas amarradas, pois C =

47

3,14*D, sendo D = 80 cm (o diâmetro que a bexiga de ve ter). À medida que a

bexiga vai sendo cheia (na saída do ar do aspirador de pó), colocamos o barbante

no seu equador até que o barbante circunde perfeitamente a bexiga. É fundamental

que o barbante seja posicionado no equador (meio) da bexiga durante o enchimento,

pois se ele ficar acima ou abaixo do equador da bexiga, ela poderá estourar, para a

alegria da criançada.

Conclusão

Esta atividade permite ver a gigantesca diferença de volume existente entre

o Sol e os planetas. Só mesmo enchendo a bexiga e fazendo as bolinhas que

representam os planetas, tomaremos consciência da enorme diferença que existe

entre os volumes do Sol e dos planetas.

Os alunos participam animadamente desta atividade. Esta é uma atividade

que, uma vez feita, dificilmente se esquece, pois ela é muito marcante.

Fica ainda como sugestão que na impossibilidade de se fazer esta atividade

tal como descrita acima, ela seja feita só com discos. Emenda-se duas cartolinas

amarelas e recorta-se um disco com 80 cm de diâmetro. Recorta-se e pinta-se

também discos de papel com os diâmetros dos planetas e pronto: temos o SISTEMA

SOLAR nas mãos para comparações, o que é melhor que tabelas com números e

figuras desproporcionais.

Referência: Anuário Astronômico, Instituto Astronômico e Geofísico - USP, São

Paulo, 1994.

Material utilizado:

• 1-Rolo de Papel Alumínio

• 1-Rolo de Barbante

• 1-Bexiga tamanho gigante

• 1- Folha com os tamanhos dos discos dos Planetas

• 1- Régua

(Atividade retirada do site abaixo – com autorizaçã o de uso do titular (cedente), ver apêndice IV). Site: http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/comparacaoe ntreostamanhos.htm Observação. No site do PONTOCIENCIA você encontra e sta atividade experimental e uma seqüência de fotos e explicações mostrando de talhadamente como fazer esta atividade. Se desejar pode ir até o link abaix o: http://www.pontociencia.org.br/mapa -experimentos.php - Acesso dia 19/ 06/10

48

REFERÊNCIAS

AIA2009 – Ano Internacional da Astronomia 2009 – Disponível em:

http://www.astronomia2009.org.br. - Acesso dia 28/06/10

CANIATO, R. (Re)descobrindo a Astronomia. (coleção ciência & entretenimento)

Campinas, SP: Editora Átomo, 2010.

__________A Terra em que vivemos. (coleção ciência & entretenimento)

Campinas, SP: Editora Átomo, 2007.

http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/comparacaoentreostamanhos.htm -

Acesso dia 06/07/10

http://www.pontociencia.org.br/mapa-experimentos. php - Acesso dia 19/06/10

http://www.ccvalg.pt/astronomia/galaxias/o_que_sao_as_galaxias/via_lactea_iras.jpg

Acesso dia: 08/07/10

http://www.telescopiosnaescola.pro.br/galaxias.pdf - Acesso:28/07/10

http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/olhandoparaoceu/opceu7.htm

http://www.zenite.nu/ - Acesso dia : 01/08/10

Acesso dia: 08/07/10

TREVISAN, R. H.; BRUNO, T. A.; LATTARI, C. SANZOVO, T. D. ; ROMANZINE, J. e

QUEIROZ, V. O Sistema Solar na sala de aula da professora Zul eima. Editora da

Universidade Estadual de Londrina Paraná – EDUEL, 2009.

TREVISAN, R. H.; BRUNO, T. A.; LATTARI, C. SANZOVO, T. D. ; ROMANZINE, J. e

QUEIROZ, V. Vida de Estrelas. Editora da Universidade Estadual de Londrina

Paraná – EDUEL, 2009.

VEIGAS, S. No início dos Tempos . 1ª Ed. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2009.

VEIGAS, S. No início dos Tempos . Caderno de Atividades, maio de 2010.

3. 3. UNIDADE 3 – Conteúdo Estruturante – Astronomi a

CONTEÚDO BÁSICO: Sistema Terra/ Lua/Sol

3. 3. 1. Contextualizando a temática:

O nosso planetinha Terra é o terceiro em ordem de afastamento da família

solar e o quinto maior e mais massivo dos oito planetas Considerado o planeta mais

especial do sistema solar e o único conhecido que apresenta condições que

permitem a existência de seres vivos e vida inteligente. Toda a beleza e diversidade

49

que encontramos no planeta Terra, e além dela, foi organizado há bilhões de anos,

numa combinação que gera os mais diversos tipos de seres vivos em todo sistema

terrestre.

Toda a matéria que aqui existe veio de fora: nossos átomos vieram de

estrelas, que viveram em diferentes tempos e regiões da Galáxia. “Somos poeira de

estrelas”

Assim sendo podemos afirmar que as estrelas estão em nós, ou ainda

somos poeiras das estrelas. Fazendo desta afirmação inspiração poética, de forma

generalizada, a vida no planeta terra contém e é contida pelas estrelas.

Toda a energia que move a vida e nossa civilização vem do Sol. Os

compostos orgânicos vieram de fora da Terra. A água que bebemos veio em forma

de cometas.

A luz solar (luz) é fonte de energia primária na Terra, mantendo a vida dos

animais, vegetais e garantindo temperaturas adequadas para a vida.

No começo, havia hidrogênio e hélio. Criados nos primeiros três minutos

após o Big Bang, (início da expansão do Universo), estes elementos deram origem a

todos os outros elementos no Universo. As fábricas que tornaram isto possível foram

as estrelas. Através da fusão nuclear, as estrelas produziram elementos como o

carbono, oxigênio, magnésio, silício e outras matérias-primas necessárias para a

formação de planetas e finalmente a vida.

Aqui é possível o professor pode fazer uma abordagem integradora com os

conteúdos das outras séries do Ensino Fundamental, como por exemplo, na 7ª e 8ª

séries ao tratar dos elementos químicos que formam o nosso corpo. Estes

elementos químicos são essenciais na formação dos seres vivos. O carbono do

nosso organismo, o cálcio dos nossos ossos, o oxigênio que respiramos, enfim, todo

organismo vivo ou não, teve a origem sintetizada no interior de alguma estrela. Bem

como os metais, como o próprio ouro e outros, foram gerados nas estrelas.

Nosso planeta é coberto de nuvens, apresenta um aspecto azulado, quando

vista do espaço. Tanto que o primeiro homem Yuri Gagarin, a viajar pelo espaço

Veja o site:

http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2010/07/2_ primeiras_estrelas.htm

50

disse: “A Terra é azul”.

Vejamos algumas características do planeta Terra

� Velocidade orbital média: 29.784 km/s

� Diâmetro equatorial: 12.756 km

� Período de rotação: 23 horas 56 minutos e 4,09966 segundos

� Período orbital: 365 dias, 6 horas e 9 minutos

� Satélites naturais: 1 (a Lua)

� Composição da atmosfera:

78.08% de Nitrogênio

20.95% de Oxigênio

0.93% de Argônio

0.038% de Dióxido de carbono

Com estes referenciais o eixo da Terra explora o sistema sideral em 365,

256 dias, 6 horas e 9 minutos para dar um giro completo em torno do sol (movimento

de translação ou período orbital) e 23 horas 56 minutos e 4,09966 segundos para

dar um giro completo em torno de si mesmo (movimento de rotação).

3. 3. 2. Força da Gravidade

O movimento aparente dos Astros no Céu, como os planetas que orbitam o

Sol e os satélites orbitando seus planetas, foi entendido com a descoberta da força

gravitacional que acontece sempre entre duas massas quaisquer.

Sol, Terra e Lua, e os demais planetas, estão ligados pela força da

gravidade entre eles. Essa força age entre corpos que tem massa, isto é matéria, é

tanto maior quanto maior forem as massas dos dois corpos, e decresce com o

quadrado da distancia entre os corpos.

Pode-se dizer que a intensidade da força gravitacional depende das massas

dos corpos, indicado na figura abaixo, por M1 e M2, e da distancia entre eles, que

indico por R.

Quanto maior o produto das massas (M1xM2) maior a intensidade da força.

Mas com a distancia é diferente: quanto mais separados estão os corpos, menor é a

intensidade da força gravitacional ente eles. E no caso da distancia, o intensidade

varia com o quadrado de D, ou seja, depende de RxR (R elevado a potência 2 :

R2).

51

E a expressão matemática é F = G (M1xM2)/R2.. A letra G é a chamada

constante gravitacional, definida por Newton, mas cujo valor foi medido vários anos

após a morte de Newton. Da para ver que F aumenta se as massas aumentam, e F

diminui se a distancia R aumenta.

Veja a Figura nº 12, a força gravitacional entre Terra e Lua. A Terra atrai a

Lua e a Lua atrai a Terra.

Figura: nº 12– Força gravitacional entre a Lua e a Terra (Elaborado com a colaboração da professora Dra. Sueli Viegas, astrônoma da USP, apo iadora da OBA). (Com autorização de uso do titular (cedente), ver apêndice II).

A força entre uma pessoa e a Terra, nos prende a ela e vai depender da

nossa massa.

Quanto mais longe estivermos do centro da Terra, menor a força. Para nos

afastarmos da Terra, ou afastar um objeto é preciso de energia. Por exemplo, para

um avião levantar vôo, ou para lançar uma bola para o alto, gastou energia porque

estamos trabalhando contra a força gravitacional. Portanto, se pudéssemos desligar

essa força, não “caímos” para lugar nenhum, porque não haveria força nenhuma

agindo sobre nosso corpo. Estaríamos flutuando no espaço, como os astronautas

dentro de uma nave distante de Terra.

A noção de queda está associada à ação de uma força puxando o corpo.

Portanto, se um corpo está parado e a força atrativa da Terra desaparece por

encanto, o corpo continua parado flutuando no espaço. Se você estiver num carro

52

em movimento, e a força gravitacional exercida pela Terra desaparecer, o carro vai

continuar se deslocando na mesma direção no espaço, a menos que “apareça” outra

força que aja sobre ele.

O acontecimento das marés só foi explicado após Newton ter apresentado a

lei da Gravitação Universal.

Quando Terra Sol e Lua estão aproximadamente alinhados, acontece as

diferenças entre as marés. Nesta situação, os resultados do Sol e da Lua se somam.

Esse fenômeno acontece na Lua cheia e na Lua Nova, onde as duas forças se

juntam e produzem as marés cheias mais altas e marés mais baixas. Na Lua Quarto

Crescente ou Minguante os efeitos da maré são enfraquecidos.

Lembrando que as marés acontecem em qualquer dia e não apenas nos

dias das quatro fases principais da Lua.

A que distância estamos de nossa Lua?

Se pensarmos nas distancia no Universo, falando do Sistema Solar,

especificamente Sol/ Terra/Lua, nosso Satélite fica bem perto da Terra. Pois se você

desse nove voltas e meia ao redor da Terra, teria realizado a distância da Terra até

a Lua. Sabemos que a Lua está a uma distância aproximada de 384.405km do

nosso planeta. Isto significa que a Lua está a uma distância, em que caberiam

aproximadamente 30 “Terras” enfileiradas.

É nosso vizinho do espaço, nosso quintal, visitado pelo homem, em julho de

1969. Por enquanto é o único Astro onde o homem pisou, fora do nosso planeta.

Maior evento espacial de conquista além da terra, onde a humanidade pode ver e

sentir a grande emoção, a aventura humana, ir à Lua. Isto aconteceu no dia 20 de

julho de 1969, foi o vôo da Apolo XI, com os cosmonautas: Armstrong e Aldrin

tocaram pela primeira vez, na história da humanidade o solo de outro astro,

enquanto isso, Collis, ficou a bordo do módulo de comando.

Permaneceram lá aproximadamente 21 horas, coletando amostras da

superfície lunar.

No nosso planetinha, na esquina da galáxia, o Sol ascende e apaga nosso

palco terrestre. Mas generosamente a Lua ilumina nas noites escuras,

possibilitando-nos a realizar algumas tarefas. Pois consta que o astrônomo Frances,

Camile Flamarion, grande inspirador da Astronomia popular, quando jovem, às

vezes, utilizava-se da Lua para ler e escrever, pois não tinha condições de comprar

vela e considerava-se feliz.

53

Quando Galileu apontou pela primeira vez, em 1609, a luneta para a Lua,

descobriu muitas crateras, vales e montanhas. A surpresa que Galileu teve foi que

as montanhas da Lua eram mais altas e mais agudas que as da Terra.

A Lua tem a mesma idade da Terra, formou-se cerca de 4,5 bilhões de ano.

Com 1/4 do tamanho da Terra e 1/6 de sua gravidade. A Lua não possui atmosfera.

Como consequência não existe nela erosão, como acontece aqui na terra. O solo

lunar arenoso e marcado por impactos de meteoritos, de todos os tamanhos que ali

chegaram, quando a Lua ainda muito jovem, formando montanhas, crateras e vales

na superfície lunar. Devido a esses acontecimentos, podemos dizer que é nosso

guarda-chuva. Protegeu o Planeta Terra em parte da queda desses corpos celestes.

Atualmente a Lua continua afastando-se da Terra, em torno de 3 cm ao ano.

3. 3. 3. Fases da Lua

Enquanto a Lua gira ao redor da Terra, durante o mês, ela passa por um

ciclo de fases, onde seu aspecto muda a cada instante, a cada segundo será

diferente.

Se pudessemos fotografar continuamente a Lua, a cada instante teríamos

uma fase diferente, ou seja infinitas fases.

Como vamos definir fases da Lua? As fases da Lua tem uma duração?

Quanto tempo dura a fase? Precisamente não sabemos, é um assunto ainda em

pesquisa.

Mas vamos considerar aqui as principais fases e seus períodos. Esse

fenômeno é obsevado desde a antiguidade, mais ou menos (430 a.C), mas foi

Aristóteles (384 – 322ª. C.) registrou corretamente o fenômeno: as fases da lua

resultam do fato que ela não é um astro luminoso, mas sim recebe luz do Sol. Cada

fase da Lua é na verdade o quanto dessa face iluminada pelo Sol, está sendo visível

na Terra. O que é possível ver, grosseiramnete a olho nú, ou com instrumentos,

tendo maior precisão das imagens.

Veja mais no site: http://www.portaldoastronomo.org/cronica.php?id=41

Acesso: 09/07/10

54

Tradicionalmente são considerados apenas as quatro fases - Lua nova,

quarto crescente, Lua cheia e quarto minguante – que recebem esses nomes,

denominando os quatro aspectos básicos do nosso satélite natural. Esse é um

conhecimento popular, senso comum, que ainda é ensinado na escola, porém não

correto ou científico.

Considerando que toda noite vemos uma fração diferente da face iluminada

da Lua. E temos quatro noites, para as quais destacamos nomes especiais para a

parte visível dela. Estas são as noites de Lua cheia, quarto minguante, nova e quarto

crescente. Tirando essas noites ditas especiais, temos dois períodos. Um período de

Lua crescente (tempo que vai da nova até a cheia) e outro de Lua minguante ou

decrescente (que vai da cheia até a nova), conforme está definido no Dicionário

Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica de Ronaldo R. F. Mourão, Ed. Nova

Fronteira, 1987.

Para definir esta questão, os astrônomos determinam a fase da Lua em

termos de números de dias decorridos, cerca 28, 29 ou 30 dias. Temos uma Lua

mudando sempre, ora aumentando, ora diminuindo.

Mas na realidade a porção que vemos como fase da lua representa o quanto

da face iluminada pelo Sol está na direção da Terra, significa dizer que são infinitas

as fases da Lua.

A rotação sincronizada da Lua, não nos permite ver a outra face, chamada

de face oculta, que só pode ser fotograda pelos astronautas ou naves em órbita da

Lua.

Observe a Figura nº 13 , com o mês lunar, algumas imagens das fases da

lua.

55

Figura nº 13. Aspectos das Fases da Lua (Imagem: co ntibuição e colaboração da professora Dra. Sueli Viegas, astrônoma da (USP). (Com autoriz ação de uso do titular (cedente), ver apêndice II).

Temos muitos motivos para admirar nosso satélite natural, desde pequenos

estudamos na escola, que a Terra realiza uma enorme volta (órbita) em torno do Sol

e para completar esta volta demora um ano. Nesta jornada no espaço, ao redor da

Terra está a Lua girando. Na volta que realiza se repetem as fases, como

consequência disso define um mês. Certamente você também estudou que a Lua

faz as voltas em torno da Terra, acompanhando o mesmo sentido em que a Terra se

movimenta. Pode-se observar este movimento no Céu. Localize a Lua no Céu, e

compare com uma estrela, mais perto dela, vai perceber que, na noite seguinte, a

Lua aparece bem mais para direção leste. Isto significa que ela se deslocou em

No site abaixo você encontra conceitos, explicações a Lua.

http://astro.if.ufrgs.br/lua/lua2.htm Acesso dia 07//07/10

56

sentido contrário ao sentido de rotação aparente do Céu para Oeste, sendo assim

esta andando no mesmo sentido da rotação da Terra.

Veja a Figura nº 14 onde mostra o porquê desse fato (lua anda no mesmo

sentido da Terra).

Figura nº 14 – demonstrando o movimento da Terra e a Lua. (Elaborada com apoio e colaboração da Professora Dra. Sueli Viegas, astrôn oma da USP). (Com autorização de uso do titular (cedente), ver apêndice II) .

Como a Lua leva aproximadamente 27.3 dias para dar a volta completa, e a

volta completa tem 360 graus, isso significa que a cada dia a Lua se desloca

aproximadamente 13 graus no céu, indo para leste. Portanto, cada dia que se

observa, ela vai aparecer mais a leste. Porém como o movimento de rotação da

Terra é bem mais rápido, e também de oeste para leste, se for seguir o movimento

aparente da lua no céu, numa noite, será de leste para oeste, como as estrelas, e o

Sol.

Encontramos na Figura nº 15, o mapa conceitual, sobre os conceitos do

Sistema Terra/Sol/Lua, da Unidade 3.

Figura nº 15. Sistema Terra/Lua/Sol. Mapa Conceitual - Planejamen to da Unidade 3 - elaborado por Maria Madalena Lazz aretti – (com apoio e colaboração da Professora Dra. Sueli Viegas, astrôn oma da USP). (Com autorização de uso do titular (ce dente), ver apêndice II).

Sugere-se também nesta Unidade fazer o (ADI) Ativid ades Demonstrativo

Interativa, sobre Sistema Terra/Lua/Sol.

Clicar em: OBSERVATÓRIO e vai para: Observação da Lua. Neste endereço você

terá orientações pelo professor Marcos Calil (apresentador dos programas Momento

Astronômico e Observatório da TV Clima tempo) que explica detalhes importantes

para observar a Lua e algumas curiosidades sobre nosso satélite natural.

Agora vamos à parte prática, fazer uma Atividade lúdica, onde vamos fazer

uma comparação dos volumes da Terra e da Lua.

3. 3. 4. Atividade experimental: comparação dos vo lumes da terra e da lua.

Aparentemente a Lua e o Sol têm o mesmo tamanho, pelo menos é o que

parece quando olhamos os dois lá no céu. O tamanho angular dos dois é quase o

mesmo, mas isso porque a Lua está muito mais próxima da Terra do que o Sol

Vamos comparar os tamanhos da Terra e da Lua comparando seus discos.

Sabendo que o diâmetro da Terra é 12.756 km e que o da Lua é de 3.476 km,

vamos reduzir ambos pela mesma proporção de tal forma que a Terra fique com, por

exemplo, 15 cm de diâmetro, consequentemente a Lua ficará com um disco de

apenas 4,1 cm.

Como fazer a Atividade:

Recorte um disco de cartolina azul, por exemplo, para representar a Terra,

com 15 cm de diâmetro e recorte outro disco de cartolina, por exemplo, amarela,

com 4,1 cm para representar a Lua. Temos assim, nas mãos, uma forma de

comparar os discos da Terra e da Lua, que é mais eficiente para fazer o aluno

perceber a grande diferença que existe entre os tamanhos da Terra e da Lua do que

comparando os números de seus diâmetros ou volumes. Se for usada uma cartolina

branca para ambos os discos, pode-se, por exemplo, pintá-los com as cores típicas

da Terra e da Lua, ou seja, azul e dourada. Porém, se quiser fazer uma comparação

Sugere -se também acessar o site abaixo, assistir o vídeo:

http://www4.climatempo.com.br/ct/astronomia/index/e femerides.html

http://video.google.com/videoplay?docid=58121880059 05420059&hl=pt-BR#

60

ainda mais concreta, transforme os discos em esferas, usando para isso massa de

modelar, argila, durepox, bolas de isopor, massa de pão, ou simplesmente, o que é

mais fácil, amassando jornal ou qualquer outro papel do mesmo tipo e envolva-o

com papel alumínio. O papel alumínio permite segurar o jornal amassado e ao

mesmo tempo permite dar o formato esférico. Sugerimos este procedimento para se

fazer a Terra e a Lua. Para se saber se estão do tamanho certo, basta colocar as

esferas da Terra e da Lua sobre os seus respectivos discos.

Obviamente você pode fazer esta comparação escolhendo uma escala

qualquer, pois é uma simples regra de três. Na figura abaixo estão dois discos, um

para a Terra e outro para a Lua. Está noutra escala, mas ainda assim mostram as

proporções entre Terra e Lua. Não os desenhamos com as dimensões mencionadas

acima, pois não caberiam nesta folha. Se você não tiver compasso, pode até usar a

figura abaixo.

Figura nº 16. Mostrando a Comparação entre os discos da Terra e da Lua.

Figura nº 16. Comparação entre os discos da Terra e da Lua. (Atividade e imagem retirada do site abaixo – com a utorização de uso do titular (cedente ), ver apêndice IV). http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/past a_downloads/2010/atividade_pratica_2010.pdf

61

Também pode acessar: www.pontociencia.org.br, selecione Física, depois

No site abaixo você encontra uma seqüência de fotos e explicações mostrando

detalhadamente como fazer esta atividade.

http://www.pontociencia.org.br/experimentosinterna. php?experimento=341&COMP

ARACAO+ENTRE+OS+VOLUMES+DA+TERRA+E+DA+LUA+BI+E+TRID I

Astronomia e lá clicar sobre o experimento “Comparação entre os volumes da Terra

e da Lua bi e tridimensionalmente”.

Então, precisamos seguir nossa jornada, fechamos o nosso contato com a

Lua, sabendo que é o astro mais próximo que temos em nosso sistema solar e por

isso, quer seja a olho nu, com binóculos ou telescópios, ela sempre se destaca

como um dos objetos mais acessíveis que vemos no Céu. Apesar de seu brilho

intenso, ofuscar as estrelas mais fracas, não como negar a beleza de uma noite de

Lua cheia.

Ainda falando do nosso planeta, que tem uma proteção em sua volta, que é

a camada da atmosfera. Esta nos protege dos meteoros, cuja maioria se queima

antes de poder atingir a superfície. Então vamos saber destes objetos celestes.

Asteróides: São fragmentos rochosos que circulam ao redor do Sol, num espaço

entre Marte e Júpiter, chamado Cinturião dos Asteróides.

Meteoros: É o fenômeno luminoso, efêmero que corta a noite no Céu. Podemos ver

a olho nu. Ao entrar na atmosfera da Terra em alta velocidade, devido ao atrito no

fragmento que se aquece, resulta no fenômeno luminoso, chamado de meteoro.

Povos antigos acreditavam que os meteoros eram estrelas que se moviam

rapidamente, ou mesmo caíam sobre a Terra, por isso até hoje eles são

popularmente conhecidos por estrelas cadentes.

Cometas: São corpos muito pequenos, que se consiste em bolas de gelo suja

envolvido em poeiras e gases. Somente quando se aproximam do Sol, desenvolve

uma cauda

Meteoritos: Pequenos fragmentos que entram na atmosfera da Terra em grande

velocidade, em várias direções. Apresenta uma crosta preta fundida

A atmosfera funciona como capa protetora que nos envolve desses pequenos

projéteis. Porém, quando o fragmento chega a atingir a superfície trata-se de um

meteorito.

Toda vez que exploramos novas fronteiras “lá fora”, nosso espaço interior se

amplia e se rearticula. Somos algo mais que aquele minúsculo pontinho azul na

esquina do Universo.

REFERÊNCIAS

AIA2009 – Ano Internacional da Astronomia :

http://www.astronomia2009.org.br/index. php – Acesso dia 28/06/10

CANIATO, R. (Re)descobrindo a Astronomia. (coleção ciência & entretenimento)

Campinas, SP: Editora Átomo, 2010.

__________O Céu – (coleção na sala de aula) São Paulo: Editora Ática, 1990.

http://astro.if.ufrgs.br/lua/lua2.htm - Acesso: 09/07/10

http://astro.if.ufrgs.br/eclipses/eclipse.htm - Acesso dia:09/07/10

http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/pasta_downloads/2010/atividade_prat

ica_2010.pdf - Acesso dia :08/07/10

http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/professoraluanaotemquatrofases.htm

Acesso dia 06/07/10

http://www4.climatempo.com.br/ct/astronomia/index/efemerides.html

http://www.zenite.nu/ - Acesso dia: 16/07/10

OLIVEIRA, A. A força criadora do universo. Departamento de Física

Universidade Federal de São Carlos - Teoria da relatividade Astronomia Einstein

Acesso: 10/06/10

OLIVEIRA, A. O luar que nos fascina. Departamento de Física Universidade

Federal de São Carlos. Disponível: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-

misterio/ Acesso em: 10/06/10

TREVISAN, R.H. BRUNO, T. A.; LATTARI, C. SANZOVO, T. D. ; ROMANZINE, J. e

QUEIROZ, V. O Sistema Solar na sala de aula da professora Zulei ma. Editora da

Universidade Estadual de Londrina Paraná – EDUEL, 2009.

3. 4. UNIDADE 4 – Conteúdo Estruturante – Astronomi a

CONTEÚDO BÁSICO: Movimento da Terra: principais com ponentes

3. 4. 1. Contextualizando a temática:

Quantos movimentos têm a Terra?

Só um movimento, o seu próprio. É isso...!

Este movimento pode ser, entretanto, subdividido em suas diversas

componentes.

64

Cientificamente falando a Terra possuí um único movimento. Porém a

comunidade científica é que decompõem este movimento em varias componente,

ainda em pesquisas. Conhecendo esses referenciais, tratar do movimento da Terra

como absoluto, requer que se defina um ponto constante, com relação ao qual

movimento está em discussão. Habitualmente os movimentos considerados são na

verdade as componentes do movimento terrestre tomando o Sol como referencial.

As duas componentes deste movimento que mais facilmente percebemos e

mais comumente ensinadas são a rotação e a translação. Estas originam os dias e

noites, e o reaparecimento das mesmas constelações nos mesmos locais e horários.

Das componentes até hoje pesquisadas, as mais perceptíveis, portanto é o

de Rotação e de Translação, porém existem muitas outras. Vamos considerar aqui

apenas algumas componentes do movimento da Terra.

Vejamos estas componentes:

���� A rotação – origina os dias e noites. Este ciclo acontece

aproximadamente em 23h 56min 04s; os restantes 3min 56s são

acrescentados para compensar o movimento de translação, para que

o Sol no seu movimento aparente passe pelo meridiano do lugar.

Devido à rotação da Terra, do oeste para o leste, o Sol descreve um

movimento aparente diário, do leste para o oeste, que é percebido em

qualquer lugar do planeta. O dia claro e a noite são resultado da

rotação da Terra em torno de seu eixo.

���� A translação – esta componente resulta no reaparecimento das

mesmas constelações nos mesmos locais e horários, num tempo

aproximado de 365 ou 366 (ano bissexto) dias. A translação da Terra

ao redor do Sol, associado à inclinação do eixo de rotação da Terra,

resulta num movimento aparente anual do Sol, que está relacionado

às e o reaparecimento das mesmas constelações nos mesmos locais

e horários

���� Precessão - É deslocamento lento do eixo de rotação da Terra, o qual

tem um período aproximadamente de 26 mil anos. O que determina a

Precessão é a atração gravitacional da Lua e do Sol, na parte

arredondada equatorial da Terra, é causado por uma das

componentes da Terra, a Rotação.

65

���� Rotação Galáctica - Terra faz parte do Sistema Solar, e este faz parte

da nossa Galáxia. Sendo assim a Via Láctea, gira em torno de seu

eixo, completando uma volta em cada 250 milhões de anos. Logo, a

Terra possui também esse componente de movimento.

Optou-se em considerar aqui as mais destacadas componentes do

Movimento da Terra, para que pudéssemos contribuir nos conceitos científicos dos

conteúdos básicos de Astronomia, que tanto precisamos. Ressaltando que existem

diversas componentes, que não vamos considerar neste momento.

Tem-se um motivo forte, na dificuldade de aprender e ensinar conceitos

corretos, já citados anteriormente. A influência exercida pelos livros utilizados em

sala de aula. Onde professores têm como apoio os livros didáticos, com distorções e

omissões na formação dos conceitos científicos.

Conforme (MEDEIROS, 2002) a dificuldade que se enfrenta em entender

como é realmente a estrutura do sistema solar e o funcionamento dos astros, parece

se reproduzir nas maneiras como este assunto tem sido rotineiramente apresentado

nos livros didáticos.

Em particular, o papel que os livros-textos desempenham nas crenças dos professores parece ser crucial. Em um estudo de caso Haerms; Yager (1981) mostraram que mais de 90% de todos os professores por eles investigados usavam um livro-texto 95% do tempo. Deste modo, os livros-textos exercem uma forte influência sobre o ensino e aquilo que é ensinado frequentemente reproduz o conteúdo do texto adotado /.../. Como arguiram Eger (1987) e Benson (1989), os livros-textos estão entre as principais fontes dos equívocos do público sobre as ciências (MEDEIROS, 1992, p.11).

Atualmente, a descrição do movimento aparente dos astros está relacionada

a componente de rotação da Terra (OLIVEIRA FILHO; SARAIVA 2000, p. 9):

Com o passar das horas, os astros se movem no céu, nascendo a leste e se pondo a oeste. Isso causa a impressão de que a esfera celeste está girando de leste para oeste, em torno de um eixo imaginário, que intercepta a esfera em dois pontos fixos, os pólos celestes. Na verdade, esse movimento, chamado movimento diurno dos astros, é um reflexo do movimento de rotação da Terra, que se faz de oeste para leste. O eixo de rotação da esfera celeste é o prolongamento do eixo de rotação da Terra, e os pólos celestes são as projeções, no céu, dos pólos terrestres.

Sugere -se que os professores leiam o artigo sobre análise de livros e textos,

acessando o site http://www.fsc.ufsc.br/cbef/port/19-1/artpdf/a2.pdf

66

O movimento do Sol no céu é apenas uma ilusão. Na verdade, quem está

girando é a Terra, de oeste para leste.

Esse “pião-Terra” está inclinado em um ângulo de aproximadamente 23,5

graus em relação ao “chão”, o plano onde ficam aproximadamente situados todos os

planetas do Sistema Solar. Além disso, a Terra leva aproximadamente um dia (24

horas) para dar uma volta completa em torno de si mesma.

Veja o site: Acesso dia 29/06/10

A componente Translação do movimento da Terra, é a volta que o planeta

faz em torno do Sol, com duração aproximada de 365,25 dias. Por convenção,

optou-se juntar essas frações de dia que sobram todo ano e com isso a cada quatro

anos, acrescentar um dia no mês de fevereiro do ano bissexto.

Esta componente do movimento define o ano e a visualização do Céu, com

diferentes configurações de estrelas.

A translação da Terra é a componente responsável pelo movimento da Terra

em torno do Sol. A translação associado com a inclinação do eixo da Terra em

relação em relação ao seu plano orbital em torno do Sol, é o responsável pelo

reaparecimento das mesmas constelações nos mesmos locais e horários.

A órbita da Terra é quase circular, por este motivo ela pouco se afasta do

Sol. O eixo (linha imaginária que une os pólos) é inclinado. Por isso o hemisfério sul

recebe mais energia do sol durante um semestre e o norte no outro. Significa que os

raios solares chegam ao planeta com diferentes inclinações durante o ano. O dia em

que um hemisfério recebe maior ou menor tempo de insolação é denominado de

verão ou de inverno, respectivamente. O dia em que os hemisférios o mesmo tempo

de luminosidade é denominado de equinócio (de primavera ou de outono).

Site onde mostra as estações do Ano. Acesso dia 06/07/10

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=qc1rzryczdw

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recurso s/14447/estacoesdoano.swf

67

A componente do movimento rotação é o giro que a Terra faz em torno de si

mesma, com duração 23h 56min 04s. Isto provoca o que definimos de segundo,

minuto e hora. Esta componente é responsável pela ocorrência da sucessão dos

dias e das noites.

O período de rotação da Terra em volta de seu eixo leva o nome de Dia

Sideral, e o período de rotação com relação ao Sol, leva o nome de Dia Solar.

Observando o Sol no decorrer de um dia, verificamos que de manhã ele está

próximo ao horizonte. Então ele percorre o céu, chega a sua altura máxima e volta a

se aproximar do horizonte, mas do “lado” oposto àquele em que se encontrava de

manhã. A esse movimento que o Sol parece ter para um observador na Terra,

chamamos de movimento diurno aparente do Sol.

Devido a esse ciclo que gera o dia e a noite, organiza toda a espécie de vida

na Terra.

Sempre que você observar o Sol aparecendo no horizonte, lembre-se que

não é o Sol que está subindo. E sim a Terra que está girando.

Como o ano tem 12 meses, as quatro estações tem 3 meses cada.

No dia 21 de março, começa o outono para nós do hemisfério Sul. Nesse

mesmo dia, está começando a primavera para o hemisfério Norte.

No dia 23 de setembro, começa para nós do hemisfério Sul a primavera.

Também inicia o outono para o hemisfério Norte.

Para o estudante aprender é interessante ele fazer (também com as mãos),

acrescentando sua contribuição com alguma idéia, cooperando, participando do

trabalho em grupo.

Encontramos na Figura nº 17, o mapa conceitual, sobre os conceitos do

Movimento principais componentes da Terra, da Unidade 4.

Figura nº 17- mapa conceitual - Componentes do Movi mento da Terra Elaborado por Maria Madalena Lazzaretti – (com apoi o e colaboração da Professora Dra. Sueli Viegas, as trônoma da USP). (Com autorização de uso do titular (cedente), ver a pêndice II).

Sugere-se também nesta Unidade fazer o (ADI) Ativid ades Demonstrativo

Interativa, sobre as componentes Do Movimento da Te rra

3. 4. 2. Atividade Experimental : entendendo as estações do ano com uma bola

de isopor.

Pensando dessa forma vamos fazer uma atividade experimental, é o

momento de por a mão na massa

Material para a atividade:

� Uma bola de Isopor de 20 ou 25 cm de diâmetro

� Um palito grande de (churrasco) ou de bambu, ou vareta de pipa

� Alguns alfinetes com cabeça grande colorida

� Luz do projetor ou lanterna ou uma lâmpada de 60 W (127 V

� Sala escura

Com a bola de isopor de 20 ou de 25 cm de diâmetro, atravessada por um

eixo que pode ser o palito grande ou a vareta de pipa, que serve de apoio no

movimento da bola, representando a Terra.

A sala para realizar esta atividade é necessária ser escurecida, uma mesa

para apoiar o material.

O foco de luz deve estar de tal forma que o filamento fique na mesma altura

do centro da bola de isopor, que estará sendo segurada pela mão de uma pessoa.

Perguntar aos alunos o que se deveria fazer para termos mais iluminação

num hemisfério do que em outro, geralmente surge dentre eles a sugestão: inclinar o

eixo da Terra. De fato esta condição é necessária apesar de não ser suficiente para

termos simultaneamente diferente iluminação nos dois hemisférios e ocorrer a

inversão destas diferenças em intervalos de seis meses. É preciso também que a

direção do eixo (para onde “aponta”), uma vez inclinado, seja constante.

Portanto (as razões para termos as estações do ano são duas: 1º)

(constância da inclinação do eixo de rotação da Terra e 2º) movimento de

translação da Terra ao redor do Sol.

O eixo de rotação da Terra é inclinado 230 em relação à perpendicular ao

plano da órbita (Fig. 3) e, portanto, de seu complemento (670) em relação ao plano

70

da órbita. De modo que não se pode dizer (como fazem alguns livros didáticos), que

o referido eixo está inclinado de 230 em relação ao plano da órbita, pois neste caso,

ele estaria quase “deitado” sobre o plano da órbita, o que não é verdade.

Observe figura nº 18, onde pode-se ver e entender a incidência dos raios

Fazer o movimento da bola ao redor da lâmpada, num movimento circular,

sem variar (muito) a inclinação do eixo da Terra.

Outra sugestão é acessar o site abaixo onde também se encontra um passo a

passo para entender o fenômeno das estações do ano, de uma maneira bem clara e

possível de realizar o experimento com os estudantes.

Material para a atividade experimental:

� 1 bola de isopor grande de 20 cm de diâmetro

� 1 caneta hidrocor (ou 2, caso queira colorir mais o seu globo!)

� 1 pequena haste (tipo espeto de churrasco)

Com esta atividade, é possível explicar porque acontecem os fenômenos:

a) porque depois do dia vem à noite;

b) porque quando é verão no hemisfério norte é inverno no sul e vice-versa;

c) porque no verão o dia tem maior duração que no inverno;

d) porque no verão as noites são menores do que no inverno;

Esta atividade certamente contribuirá para que os estudantes construam com

http://pontociencia.org.br/experimentos -interna.php?experimento=219&ATIVIDADE+2+ENTENDENDO+ AS+ESTACOES+DO+ANO+COM+UMA+BOLA+DE+ISOPOR

(Atividade e imagem retirada do site abaixo – com a utorização de uso do titular (cedente), ver apêndice IV). http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/past a_downloads/2010/atividade_pratica_2010.pdf

71

suas mãos, discutam e aprendam de maneira significativa porque temos diferentes

estações no ano, alcançando os objetivos:

� Identificar as duas componentes mais destacadas do movimento da Terra.

� Relacionar a rotação da Terra com a sucessão dos dias e das noites.

� As consequências da Translação, o ano, com o reaparecimento das mesmas

constelações nos mesmos locais e horários.

O movimento de translação, associado com a inclinação do eixo de rotação

da Terra em relação ao seu plano orbital em torno do Sol, é o responsável pelo

aparecimento das estações do ano. O que causa as estações é o fato de a Terra

orbitar o Sol com o eixo de rotação inclinado, e não perpendicular ao plano orbital.

Devido a essa inclinação, à medida que a Terra orbita em torno do Sol, os

raios solares incidem mais diretamente em um hemisfério ou outro, proporcionando

mais horas com luz durante o dia a um hemisfério ou outro e, portanto, aquecendo

mais um hemisfério ou outro.

Na figura nº 18 mostra a incidência dos raios solares no planeta Terra.

Figura nº 18. Mostra incidência dos raios solares n os hemisférios – inverno e verão. (Figura retirada do Livro A Terra em que Vivemos, página 66 de Rodolpho Caniato – Editora Átomo Ltda. Com autorização de uso do titular (cedente ), ver apêndice III).

REFERÊNCIAS:

CANIATO, R. (Re)descobrindo a Astronomia. (coleção ciência & entretenimento)

Campinas, SP: Editora Átomo, 2010.

__________A Terra em que vivemos. (coleção ciência & entretenimento)

Campinas, SP: Editora Átomo, 2007.

CATELLI, F.; GIOVANNINI, O. e SILVA, S. F. – Programa de PG em Educação –

Universidade de Caxias do Sul. Um Modelo para o Movimento Anual Aparente do

Sol a partir de uma Perspectiva Geocêntrica. Caderno Brasileiro de Ensino de

Física, v. 27, n. 1: p. 7- 25, abr. 2010.

http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/pasta_downloads/2010/atividade_prat

ica_2010.pdf Acesso dia 30/07/10

http://pontociencia.org.br/experimentos-interna.

php?experimento=219&atividade+2+entendendo+as+estacoes+do+ano+com+uma+

bola+de+isopor - acesso dia: 28/07/10

http://www.journal.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/13505/12380

Acesso dia: 03/07/10

http://profs.ccems.pt/pauloportugal/cfq/terra_no_espao/terra_no_espao.html -

Acesso dia: 28/06/10

http://astro.if.ufrgs.br/lua/lua2.htm Acesso: em 07/07/10

http://www.astro.iag.usp.br/~ /aga105/files/notas/MovTerra

http://www.astro.iag.usp.br/~almeida/aga105/files/notas/MovTerra

Acesso: 17/07/10

MEDEIROS, A. Depto de Física UFRP e MONTEIRO, M. A. Escola Politécnica

Universidade Estadual de Pernambuco – Recife PE. A Invisibilidade dos

Pressupostos e das Limitações da Teoria Copernicana nos Livros Didáticos de

Física, Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 19, n.1: p.29-52, abr. 2002.

Disponível em: http://www.fsc.ufsc.br/cbef/port/19-1/artpdf/a2.pdf - Acesso em:

03/07/10

OLIVEIRA FILHO, K. S.; SARAIVA, M. F. O. Astronomia e Astrofísica . Porto

Alegre: UFRGS, 2000.

74

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao finalizar o presente caderno pedagógico espera-se que este possa

contribuir eficientemente para a assimilação dos conceitos básicos de Astronomia,

tendo em vista a apropriação de conteúdos significativos para o aluno.

A abordagem ocorreu a partir do conceito de aprendizagem significativa por

acreditar que a forma como foram apresentados os diversos conceitos possam

contribuir para que os colegas docentes obtenham a segurança necessária para

compor uma proposta que leve em conta o que recomendam as diretrizes

curriculares.

O estudo foi realizado tendo em vista o aprimoramento dos conceitos de

Astronomia, por considerar que as abordagens realizadas pelos livros didáticos

deixam muito a desejar no sentido de que haja uma apropriação significativa, bem

como pela pouca atratividade que apresentam para os alunos. De modo particular, o

papel que os livros didáticos desempenham nas crenças dos professores parece ser

crucial, seja pela influência exercida na utilização em sala de aula, onde professores

têm como apoio tais livros didáticos, com distorções e omissões na formação dos

conceitos científicos.

Buscou-se na elaboração deste caderno pedagógico primar por uma

linguagem científica, mas também de fácil apropriação, uma vez que está destinado

para professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental.

O mesmo foi realizado com a finalidade de cumprir os objetivos aos quais

nos propomos no início do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE.

Após a realização deste material didático, espera-se uma tomada de

consciência ainda maior da necessidade de transformação na forma como vem

sendo trabalhado e ensinado os conteúdos relativos à Astronomia, a fim de que se

desconstruam conceitos erroneamente fixados, a superação de visões

empobrecidas e a prática da memorização ainda muito presente na prática

pedagógica.

75

V. REFERÊNCIAS GERAIS

AIA2009 – Ano Internacional da Astronomia 2009 – Apresenta in formações

sobre o evento . Disponível em: http://www.astronomia2009.org.br. Acesso em

11/05/10

BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição par a uma

psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

BRASIL. Lei n.4. 024 de 20/12/1961 : fixa as Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. São Paulo,FFCL,1963.

_______.Diretrizes e bases de educação nacional: Lei n.5.69 2, de 11/08/1971,

Lei n. 4.024, de 20/12/1961 . São Paulo, Imesp, 1981

CANIATO, R. (Re)descobrindo a Astronomia. (coleção ciência & entretenimento) Campinas, SP: Editora Átomo, 2010.

__________A Terra em que vivemos. (coleção ciência & entretenimento)

Campinas, SP: Editora Átomo, 2007.

__________Com(ns)Ciência na Educação;Ideário prático de uma a lternativa

brasileira para o ensino das Ciências. 3ªed. Campinas, Papirus, 1992.

__________Astronomia e Educação - Liga Iberoamericana de Astronomia

(LIADA). Disponível em: http://www.liada.net. Acesso em 11/05/10

__________O Céu – (coleção na sala de aula) São Paulo: Editora Ática, 1990.

CARAÇA, J. Diretor da Fundação de Ciência da Gulbenkian – Ciência Hoje, PT .

Disponível: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=35871&op=all

CARVALHO, A.M.P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de Ciências:

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Universidade Estadual de Londrina Paraná – EDUEL, 2009.

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contemporâneo. 3. Ed. Rio de janeiro: DP&A, 2003.

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Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9Py-OvHhjuQ

Acesso dia: 12 /05/10

2) Movimento Terra

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=qc1rzryczdw

Acesso dia 29/06/10

78

3) Observação da Lua:

Disponível: http://video.google.com/videoplay?docid=5812188005905420059&hl=pt-

BR# - Acesso dia:01/08/10

Sites indicados para pesquisa:

http://astro.if.ufrgs.br/lua/lua2.htm

http://www.cce.ufes.br/observatorio/professores/

http://www4.climatempo.com.br/ct/astronomia/index/efemerides.html

http://www.fsc.ufsc.br/cbef/port/19-1/artpdf/a2.pdf

http://www.pontociencia.org.br/mapa-experimentos.php

http://www.portaldoastronomo.org/cronica.php?id=41

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/14447/estacoesdoano.swf

http://sunearthday.nasa.gov/2010/multimedia/gal_002.php

http://www.telescopiosnaescola.pro.br/galaxias.pdf

79

VI. APÊNDICES APÊNDICE I - QUESTÕES DO PRÉ-TESTE E PÓS-TESTE GERAL

Faça uma leitura do texto abaixo e a seguir responda as questões que se

pede, conforme seu entendimento, bom trabalho.

O que é o Universo? Somos pequenos no Universo? Estamos sempre nos

deparando com perguntas e caminhamos em busca de respostas. Olhar para o Céu

indica um bom caminho.

Você também é fascinado pelas maravilhas do Universo? Pois então sinta-se

convidado a fazer parte do grupo de pessoas especiais que vão estudar, aprender e

principalmente se encantar com o espetáculo da paisagem celeste e terrestre.

Fique atento ao que vai acontecer, abra bem os olhos, a mente e

principalmente a imaginação para a grande aventura: conhecer um pouco do

Universo, que no início muito pequeno, mas muito pequeno mesmo menor que um

grão de areia.

A aventura começa há 13 bilhões de ano! No chamado Big Bang.

A partir desse momento, que começou a existir o Universo, se expandiu e se

modificou. Existem hoje muitos e muitos milhões de galáxias, estas, com bilhões de

estrelas, planetas com suas luas e ainda outros corpos celestes.

Olhando para a esfera celeste, ou o Céu, sempre com curiosidade e fascínio,

o homem desde sempre procura desvendar os mistérios dos astros. Com isso logo

aprendeu a identificá-los no céu. Os pontinhos brilhantes, classificados como

estrelas, juntando-as em constelações. Aos poucos foram descobrindo os planetas e

outros corpos celestes, menos brilhantes e mais distantes.

Ao observar e estudar nossa esfera celeste foi também se localizando no

espaço, criando calendários, usando a posição das estrelas no céu para traçar rotas

na terra e nos mares desvendando outros continentes. Com o conhecimento

adquirido aparece outro desejo, conquistar o espaço. Começando pelo único satélite

natural da Terra: a Lua. É o corpo celeste mais próximo de nós, por ser o vizinho

mais perto, a Lua foi o primeiro local no espaço a ser visitado pelo homem. E ainda

nos ilumina nas noites escuras, refletindo a luz solar, numa paisagem magnífica,

com suas fases lunares, às vezes passando por eclipses. Como isso tudo acontece?

Com o passar do tempo, percebe-se que o aspecto do céu muda e que a

Terra não é o centro do Universo. Criaram-se Teorias para explicar os movimentos

80

dos Astros, instrumentos foram construídos para que pudesse melhor observá-los, a

matemática foi desenvolvida para definir as distâncias dos Astros que caminham no

Céu. Assim durante um longo período, o homem desenvolveu uma ciência para

responder a muitas perguntas levantadas há milhares de anos: a Astronomia. E hoje

é responsável por um grande avanço científico, auxiliados pelos recursos

tecnológicos que temos.

Quando olhamos para o Céu, nos deparamos com as mesmas perguntas do

homem primitivo. No entanto por meio de estudos, leituras, observações e pesquisas

encontraremos as informações científicas, que atendem a nossa curiosidade e abre

a possibilidade para novas questões.

Então, por que admiramos o espaço celeste? Por que nos encantamos com a

natureza? Diante de tantas questões sobre o Universo, o Céu e nosso planeta Terra,

vamos conhecer, e quem sabe, experimentar o entusiasmo que Galileu sentiu em

1609, ao apontar para o céu seu primeiro telescópio. E que surpresa, ver as crateras

da Lua, as luas de Júpiter, Saturno, as manchas solares, as fases de Vênus e a Via

Láctea. Mudou completamente nossa maneira de ver o Universo, ajudou-nos a

compreendermos os mecanismos que regem os Astros.

A partir desse momento, a luneta de Galileu revelou um mundo impensável na

época, para a maior parte das pessoas que pensavam a ciência.

Esse evento da ciência deu-nos outra compreensão do espaço onde

habitamos. Há um longo tempo, sabe-se que a Terra está no Céu, vivemos num

Astro. Sendo assim, nós estamos no Céu, pois se no Céu estão os planetas e

estrelas e nós estamos num planeta, então, o Céu é aqui.

Agora chegou o momento de você dizer o que você já aprendeu sobre a

ciência do Céu, a Astronomia.

Leia as questões respondendo ao que se pede.

1 – Relacione a primeira coluna com a segunda colun a:

A Planeta (C) corpos celestes que tem luz própria, devido a energia produzida no seu interior

B Astros (G) aglomerado de bilhões de estrelas C Estrelas (A) corpo celeste sem luz própria, que gira em torno de uma

estrela D Céu (H) estrela central do sistema solar E Lua (H) estrela mais próxima de nós F Big Bang (B) são corpos celestes, que se movimentam no céu G Galáxias (D) espaço ilimitado onde se situam os Astros

81

H Sol (E) único satélite natural da Terra (F) Início da expansão do Universo

2 – Quantos planetas temos hoje no sistema solar?

Atualmente são oito planetas. Plutão foi classificado como planeta anão com mais

outros quatro objetos que também estão além de Netuno;

3 – Qual a estrela que podemos observar no céu dura nte o dia?

A nossa estrela do sistema solar, o Sol;

4 – Quantas estrelas temos no sistema solar?

O sistema solar tem uma estrela, o Sol;

5 – Escreva o conceito de Astronomia?

É a Ciência que estuda a constituição, a posição relativa e os movimentos dos

astros;

6- A Terra tem um movimento bastante complexo, poré m os astrônomos, para

facilitar o ensino deste movimento, decompõem o mes mo em componentes.

As componentes mais comumente ensinadas são a rotaç ão e a translação.

Explique quais as consequências observáveis destas duas componentes do

movimento terrestre.

As consequências que observamos são aquelas que originam os dias e noites e o

reaparecimento das mesmas constelações nos mesmos locais e horários.

7 – Você já observou a Lua. Diga quando podemos vê- la e quais são as suas

fases?

De dia ou à noite, dependendo da fase que a Lua se encontra. A Lua apresenta

inúmeras fases, e apenas dois períodos: um crescente e outro minguante.

Tradicionalmente apenas quatro fases são destacadas - Lua nova, quarto crescente,

Lua cheia e quarto minguante – que recebem esses nomes, denominando os quatro

aspectos básicos do nosso satélite natural. Esse é um conhecimento popular, senso

comum, que ainda acontece no Ensino Básico. Mas na realidade a porção que

vemos iluminada da Lua, que é a sua fase, mudando o seu aspecto

continuadamente, aumentando ou diminuindo. Ou seja, a Lua apresenta infinitas

fases.

REFERÊNCIAS DO PRÉ-TESTE:

82

CANIATO, R. (Re)descobrindo a Astronomia. (coleção ciência & entretenimento)

Campinas, SP: Editora Átomo 2010.

http://astro.if.ufrgs.br/lua/lua2.htm

http://www.oba.org.br/cursos/astronomia/professoraluanaotemquatrofases.htm

http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/olhandoparaoceu/opceu2.htm

http://www.zenite.nu/

TREVISAN, R. H.; BRUNO, T. A.; LATTARI, C. SANZOVO, T. D. ; ROMANZINE, J.;

QUEIROZ, V. O Sistema Solar na sala de aula da professora Zulei ma. Editora da

Universidade Estadual de Londrina Paraná – EDUEL, 2009.

VEIGAS, S. No início dos Tempos . 1ª Ed. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2009

APÊNDICE II – Carta de autorização e contribuição

Carta enviada pela professora doutora Sueli Viegas – astrônoma da USP e

colaboradora da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).

Carta autorização o uso de textos e figuras no caderno pedagógico, conforme

Figura nº 19, como contribuição no material pedagógico.

83

Figura nº 19 ( autorização de uso das figuras e tex tos – colaboração da professora astrônoma

Dra da USP - Sueli M. M. Viegas)

84

APÊNDICE III:

Autorização de uso das atividades do Livro “O Céu” de Rodolpho Caniato –

Editora Átomo, pelo seu representante, conforme Figura nº 20.

Figura nº 20 (autorização do cedente, de uso das at ividade e figuras do Livro O Céu e do Livro

A Terra em que Vivemos, ambos de Rodolpho Caniato, pela Editora Átomo).

85

APÊNDICE IV:

Autorização de uso das atividades de Astronomia, do pelo seu

representante, do site da OBA, conforme Figura nº 21.

Figura nº 21. (Autorização do cedente, de uso das atividade do site da OBA):

http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/pasta_downloads/2010/atividade_pratica_2010.pdf

86

APÊNDICE V:

Autorização de uso de textos e imagens do AIA2009 – Ano Internacional da

Astronomia pelo seu representante, do site: http://www.astronomia2009.org.br.

conforme Figura nº 22.

Figura nº 22. (Autorização do cedente, de uso de textos e imagens do (AIA, 2009 ):

http://www.astronomia2009.org.br