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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

MARIA JOSÉ LOCATELLI

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – CADERNO PEDAGÓGICO

O GÊNERO MEMÓRIAS COMO RESGATE DA HISTÓRIA DA ESCOLA NO EXERCÍCIO DA LÍNGUA PORTUGUESA

MARINGÁ 2009/2010

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MARIA JOSÉ LOCATELLI

O GÊNERO MEMÓRIAS COMO RESGATE DA HISTÓRIA DA ESCOLA NO EXERCÍCIO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Produção didático-pedagógica apresentada à SEED - Secretaria de Estado da Educação, como parte integrante do PDE –

Programa de Desenvolvimento Educacional, sob a orientação do Prof. Me. João

Bacellar de Siqueira.

MARINGÁ 2009/2010

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APRESENTAÇÃO

Diante das dificuldades encontradas pela escola em desenvolver seu papel educacional e social de forma humanizadora e pelos professores ao trabalhar as formas da Língua Portuguesa em sua totalidade, ou seja, oralidade, leitura, escrita e análise linguística, tornando assim o ensino fragmentado por falta de um material que contemple toda essa perspectiva, pretende-se com este Caderno Pedagógico suprir essas necessidades com atividades realizadas por etapas, visando resgatar a memória, o cotidiano e a experiência escolar dos ex-alunos e ex-membros da escola, desde a sua criação, por meio do uso da linguagem na escuta e na produção de textos orais e escritos. Dessa forma, para tal desenvolvimento, será trabalhado o gênero Memórias como forma de articulação entre as pessoas que fizeram e as que fazem parte da escola, através da memória de sua história. E, a partir de atividades de coleta, discussão e análise dos dados levantados e da identificação dos exemplos de vida dos entrevistados, serão trabalhadas as formas da Língua Portuguesa na interação entre os interlocutores e na produção de textos relacionados ao tema – humanização da escola pelos exemplos do passado, utilizando os aspectos estruturais e comunicativos da língua.

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SUMÁRIO Introdução ........................................................................................................................... 5 Motivação ............................................................................................................................ 6 O que é memória? ............................................................................................................... 6 Os processos da memória ................................................................................................... 7 O gênero Memórias ............................................................................................................. 8 A entrevista .......................................................................................................................... 12 Roteiro de entrevista .......................................................................................................... 14 Discussão e análise dos dados levantados na entrevista .................................................. 17 Produção de texto individual .............................................................................................. 18 Revisão e reescrita de textos ................................................................................................ 18 Acervo do material coletado ................................................................................................ 19 Sugestões de atividades ........................................................................................................ 20 Avaliação ............................................................................................................................... 20 Cronograma .......................................................................................................................... 20 Referências ............................................................................................................................ 21

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA - CADERNO PEDAGÓGICO REFERENTE AO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

NRE: Maringá Município: Astorga

Professora: Maria José Locatelli

Disciplina: Língua Portuguesa Série: 7ª

IES: UEM

Orientador: Prof. Me. João Bacellar de Siqueira

Tema: O gênero Memórias e a memória da escola como ação humanizadora no cotidiano

escolar

Título: O gênero Memórias como resgate da história da escola no exercício da Língua

Portuguesa

“ Historia magistra vitae est.” (A História é a mestra da vida)

INTRODUÇÃO Na tentativa de desenvolver seu papel educacional e social de forma humanizadora – o que nem sempre acontece – cabe à escola promover uma articulação entre as pessoas que fizeram e fazem parte dela, através da memória de sua história. E para que essa articulação ocorra, faz-se necessário um trabalho onde o resgate das lembranças de ex-alunos e de pessoas que contribuíram, ao longo do tempo, para que o desenvolvimento da escola possa ser vivenciado como exemplos humanizadores no dia-a-dia. Este trabalho tem como objetivo principal o uso da linguagem na escuta e produção de textos orais e escritos. Para tal desenvolvimento será utilizado o gênero Memórias que revive o passado melhor do que simples relatos dos dados históricos, por transmitir as experiências acumuladas ao longo dos anos, muitas vezes esquecidas e que deveriam ser passadas a outra geração como exemplos e experiências de vida. A partir da coleta, discussão e análise dos dados levantados e enfocados em seus aspectos de exemplos de vida, serão trabalhadas as formas da Língua Portuguesa na interação entre os interlocutores e na produção de textos relacionados ao tema, utilizando os aspectos estruturais e comunicativos, principalmente quanto ao emprego dos verbos, substantivos e adjetivos. As atividades serão realizadas por etapas, permitindo assim que os alunos cheguem gradualmente ao domínio do conteúdo ensinado.

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ATIVIDADES PROPOSTAS ETAPA 1: Motivação Objetivo: • Sensibilizar os alunos sobre a importância dos estudos para a realização dos sonhos. Recursos utilizados: Computador com acesso à Internet ou TV Multimídia e dicionário. As matérias exibidas no Paraná TV, 1ª Edição, dia 11/12/09 (Chegou a formatura do Dr. Ademilson) e no Paraná TV, 2ª Edição, dia 12/12/09 (Sonho realizado) mostram a história de um menino pobre e estudante de escola pública que foi exemplo de superação nos estudos. Esses vídeos podem ser encontrados por meio dos links: http://www.rpctv.com.br/paranaense/video.phtml?Video_ID=68306&Programa=paranatv1edicao&tipo=&categoriaNome http://www.rpctv.com.br/paranaense/video.phtml?Video_ID=68407&Programa=paranatv2edicao&tipo=&categoriaNome Atividades orais:

1. Para chegar à realização dos seus sonhos, o que o Dr. Ademilson teve que fazer?

2. Você acha que para ser um bom estudante precisa ser rico? Por quê?

3. Na reportagem, as palavras: generosidade, solidariedade e humanismo são destacadas. Você entende o significado dessas palavras? Explique.

4. Qual o significado da frase “modo de ser, ser médico”, dita pelo Dr. Ademilson?

5. O que você achou mais interessante nesses vídeos? Apresente detalhes.

6. No final da reportagem, Dr. Ademilson diz: “curar às vezes, aliviar frequentemente,

confortar sempre”. Comente essa afirmação.

7. O que seria de nós hoje, se não aprendêssemos com os exemplos dos outros? ETAPA 2: O que é memória? Objetivo:

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• Definir o que é memória. Recurso utilizado: Dicionário. De acordo com a mitologia grega a memória era algo divino, por isso reservou um lugar especial para essa capacidade cognitiva na figura de Mnemosyne, a deusa da memória. A deusa dava aos poetas e adivinhos o poder de voltar ao passado e de relembrá-lo para a coletividade. Em seu poço, ela fazia com que os mortos que bebiam de sua água relembrassem de suas vidas. Ela tinha também o poder de imortalizar artistas e historiadores que, ao criar suas obras, eram mantidos inesquecíveis, tornando-os memoráveis e imortais. A palavra memória origina-se do Grego “mnemis” ou do latim, “memoria”. Em ambos os casos a palavra denota conservação de uma lembrança. Atividade de pesquisa: Pesquise no dicionário o significado da palavra memória. ETAPA 3: Os processos da memória Objetivo: • Compreender como se processa a memória em nosso cotidiano. Recurso utilizado: Texto xerografado. Segundo Anna Helena Altenfelder e Regina Andrade Clara:

Em nosso cotidiano, quando acionamos a memória, estamos sempre fazendo uma relação entre o que está acontecendo agora e o que já aconteceu. Ou seja, a memória do que já aconteceu está sempre presente no que está acontecendo. São exemplos desse fato: lembrar-se do que não tem no armário da cozinha para ir fazer compras no supermercado, lembrar-se do itinerário para ir a algum lugar, lembrar-se do que já está feito em nosso trabalho para começar uma outra etapa, etc.. Há outras situações em que a memória surge por meio de perguntas que fazemos ou que fazem para nós e que nos remetem ao passado. Em outros momentos, a memória é despertada por um objeto, um cheiro, uma situação. Ao utilizar a memória, sempre fazemos um jogo do “agora” com o “ontem, do “aqui” com o “lá”.

Fonte:http://escrevendo.cenpec.org.br/ecf//index.php?option=com_content&task=view&id=185&Itemid=99999999

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Como podemos perceber em um texto os processos da memória? Leia os trechos do texto a seguir e reflita um pouco mais sobre isso...

Uma definitiva presença (Bartolomeu Campos de Queirós)

Ela entrava na escola abraçando os nossos cadernos “Avante”. (A sala tinha cheiro de roupa lavada. Tudo limpo com água de mina e o mundo ficava mudo para escutá-la. Sobre a sua mesa pousava uma jarra sempre com flores do mato que os alunos colhiam pelo caminho). Ao abraçar os cadernos era como se a professora me apertasse sobre seu coração, me perdoando, com antecedência, os meus erros e acertos. Eu ainda não lia ou escrevia de “carreirinha”. Mas seu olhar foi o meu primeiro livro! Ela me acariciava com seus olhos e derramava sobre mim uma luz mansa de luar, capaz de alvejar meu desejo obscuro de aprender. Seus olhos me permitiam a liberdade. Sua presença inteira me trazia uma paz azul e uma certeza de que o futuro era possível. (...) Mas o melhor era quando ela nos mandava guardar os objetos. A gente fechava o caderno, guardava o lápis e a borracha dentro do estojo e esperava com os braços cruzados sobre a carteira. Assim, ela continuava mais um pedaço da história. Parecia com a Sant’Ana da capela com o livro no colo. Eu não acreditava que podia existir outro céu além da nossa sala de aula. Ficava intrigado como num livro tão pequeno cabia tanta história, tanta viagem, tanto encanto. O mundo ficava maior e minha vontade era não morrer nunca para conhecer o mundo inteiro e saber muito, como a professora sabia. O livro me abria caminhos, me ensinava a escolher o destino. (...)

Fonte: revista Na Ponta do Lápis (agosto 2009)

1. “A sala tinha cheiro de roupa lavada”. Qual a sensação que podemos sentir ao ler esta frase?

2. No final do primeiro parágrafo, o ex-aluno de Dona Maria afirma que a presença

inteira da professora “trazia uma paz azul e uma certeza de que o futuro era possível”. Por que ele diz isso? Apresente detalhes.

3. O amor que o aluno sentia pela professora era muito grande. Como ela conseguiu

despertar esse amor nele?

4. Por que o aluno não acreditava que podia existir outro céu além de sua sala de aula?

5. De que forma o livro “abria caminhos” na vida do aluno?

ETAPA 4: O gênero Memórias

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Objetivos: • Identificar os elementos presentes nos textos de memórias (pronomes e verbos em 1ª

pessoa, comparações entre presente e passado, palavras ou expressões que transportam o leitor para uma certa época do passado, etc.).

• Verificar como é feita a descrição nos textos de memórias. • Estudar os sinais de pontuação. • Apresentar os recursos utilizados nos textos de memórias literárias (sentido figurativo das

palavras). • Explicar a diferença entre os tempos verbais: pretérito perfeito e pretérito imperfeito. • Observar os exemplos humanizadores presentes nos textos estudados. Recursos utilizados: Textos xerografados ou computador com acesso à Internet e gramática. De acordo com Ana Lima, o Gênero Memórias:

Resgata um passado, a partir das lembranças de pessoas que, de fato, viveram esse passado. O texto deve ser em primeira pessoa. Não se trata de um simples reconto do que se ouviu na entrevista, e sim de uma reinterpretação que deve resultar em um texto de natureza literária, narrativo em sua maior parte. Alguns elementos normalmente presentes nos textos de memórias são as comparações entre passado e presente, a presença de palavras e expressões que transportam o leitor para uma certa época do passado (“antigamente, “naquele tempo”, etc.), referência a objetos, lugares e modos de vida do passado, descrições (se couberem) de lugares ou pessoas e explicação do sentido de certas expressões antigas ou palavras em desuso.

No texto acima, a autora nos mostra os elementos presentes nos textos de memórias. Observe nos trechos do texto a seguir alguns desses elementos. Mestres, meus queridos mestres

(Airton Dantas)

Há pessoas que são definitivas na vida da gente. Chegam de mansinho, sem alarde, e na convivência vão revelando as coisas do mundo como quem não quer nada. E a parte melhor disso tudo é saber que, mesmo depois de tantos anos distantes, elas continuam com a gente, impregnadas na nossa pele, presentes na memória. (...) (...) Antes de ir diretamente ao tema central deste texto, mas sem desviar dele, é preciso recuperar na memória, tempo, espaços, sons, personagens... com toda reconstituição, ganham-se coisas, perdem outras. Mas vamos lá! Estamos em 1971. O espaço principal é a Escola Municipal Dr. Cócio Barcellos, uma escola da rede pública em Copacabana, na esquina da rua Barão de Ipanema com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. A Barão de Ipanema é uma rua que começa na belíssima Avenida Atlântica daquela época e termina na rua Pompeu Loureiro. Também não posso deixar de me lembrar da Praça Sezerdelo Correa, do Cine Roxy,

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do Cine Rian, talvez o cinema mais bem localizado no mundo inteiro... na beira da praia, na Avenida Atlântica; da Galeria Menescal, da Biblioteca Nacional, da Rua do Ouvidor... e nós, meninos e meninas, da turma 39. Nelly da Cruz Rangel. Acho que nunca esqueci este nome porque a professora Nelly – como gostava de ser chamada – foi uma de minhas professoras mais queridas. (...) (...) Com freqüência mais ou menos regular, as aulas aconteciam fora da sala de aula. Hoje, fico imaginando o trabalho que isso devia dar. Dependendo do texto que ela selecionava para as nossas longas e agradáveis conversas, a aula podia ser no pátio da escola, na praça, em frente a um cinema – muito isso me aproximou da sétima arte -, na beira da praia, na banca de jornal (que ficava em frente à escola)... (...) (...) E foi depois de uma dessas escapadas que eu, pela primeira vez, senti vontade de pegar um livro de um dos cestos da classe para levar pra casa: Memórias de um burro, da Condessa de Ségur. Livros são como antigos amores. Deixam marcas. (...) Fonte:http://escrevendo.cenpec.org.br/ecf//index.php?option=com_content&task=view&id=192Itemid=99999999

1. O texto de Memórias deve ser narrado em primeira pessoa, portanto, os pronomes e verbos devem ser empregados em 1ª pessoa. Destaque no texto os pronomes e verbos que estão em 1ª pessoa.

2. No segundo parágrafo o narrador-personagem faz descrições de sua escola. Como é

feita essa descrição? 3. Ao expressar: “A Barão de Ipanema é uma rua que começa na belíssima Atlântica

daquela época” o que podemos deduzir com essa afirmação?

4. Ao se referir a professora Nelly, o autor usa travessões para explicar como ela gostava de ser chamada. Que outros sinais de pontuação ele usou para explicar onde ficava a banca de jornal e o livro que sentiu vontade de ler pela primeira vez? Além desses sinais de pontuação, qual sinal de pontuação também podemos usar quando queremos dar uma explicação, dentro de um texto?

5. O autor usou reticências em quase todos os parágrafos do texto. Explique por que esse

recurso foi utilizado.

6. Na sua opinião, por que o autor escreveu este texto?

Agora leia outro texto de Memórias escrito por Vera Lúcia de Angelis que relembra com saudade os 7 anos que estudou na Escola Estadual Professor Jácomo Stávale - bairro da Freguesia do Ó – São Paulo.

Música na escola estadual da Freguesia do Ó

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(Vera Lúcia de Angelis)

Soa a campainha e o ginásio emudece.

Era assim nos dias de festa ou de qualquer evento presenciado pelo corpo de professores e

diretoria, às vezes visitantes, parentes de alunos, etc. (...)

(...) Vinha algum discurso, depois o som do salto alto descendo os degraus em direção ao

assoalho onde jogávamos basquete, queimada, handball, vôlei. Lá vinha dona Ilse, a

professora de música com seu acordeon no colo. De estatura baixa, parecia uma fadinha, ruiva

e rechonchudinha, o que não a impedia de circular pela área do ginásio em todo seu

cumprimento para coordenar a música que os alunos cantavam. (...)

(...) Hoje as escolas públicas têm muitos recursos materiais, como por exemplo, a sala de

informática, além do material didático distribuído, do uniforme cujo uso não é obrigatório. Na

nossa época era o aluno que cumpria com as despesas de tudo.

Deveria haver um meio termo entre passado e presente para que se garantissem os direitos

dos alunos, sem que os mesmos se privassem dos seus deveres com a escola, professores,

funcionários e etc.. Já ouvi dizer de pares de tênis pendurados em fios próximos a elas,

material jogado fora por vergonha de usar e outras constatações desagradáveis.

Não faltam só as aulas de música, filosofia, educação física, com variedades de esportes...

Faltam decência e consciência para valorizar e respeitar a escola e tudo em que ela implica.

(...)

Fonte: http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=1836

1. No quarto parágrafo do texto, ao descrever a professora de música, a narradora diz: “parecia uma fadinha, ruiva e rechonchundinha”. As palavras destacadas, empregadas no diminutivo, querem expressar o quê?

2. Ao relembrar a sua escola, a personagem deixa transparecer a sua estranheza em

relação ao silêncio que se fazia na sua escola nos dias de eventos comemorativos e que hoje já não ocorre mais. Por que você acha que isso acontece atualmente? E de que forma poderia ser resolvido essa situação?

3. Neste texto a narradora-personagem, ao estabelecer comparações entre o passado e o

presente, fala dos recursos materiais existentes hoje nas escolas públicas, mas não deixa também de constatar que, além desses direitos garantidos para os alunos, não deveriam os mesmos ficarem isentos dos deveres para com a escola, professores,

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funcionários... O que você pensa disso? Escreva como você acha que deveria ser a escola pública nos dias atuais.

4. O que o autor mais quis enfatizar nesse texto?

Nos textos de Memórias os autores usam a língua com liberdade e beleza, preferindo o sentido figurativo das palavras. Revivem uma época por meio de suas lembranças pessoais e experiências de vida, desdobrando-se em autor e narrador-personagem. O sentido figurado é feito por associação de ideias e por palavras com sentido incomum, ou seja, diferente daquele em que elas normalmente são usadas. O texto Uma definitiva presença, é marcado por inúmeras expressões no sentido figurativo. Ex.: “Ela me acariciava com os olhos”. Atividade: Identifique, no texto citado, outras expressões que foram empregadas no sentido figurativo (metafórico) e explique o significado de cada uma. Outro recurso dos textos de Memórias são os tempos verbais utilizados. O pretérito perfeito marca ações que destacam fatos passados. Ex.: Foi lá que estudei durante 7 anos. E o pretérito imperfeito é usado para a descrição de situações que ocorrem (ocorriam) com frequência. Ex.: Cantávamos o Hino Nacional e outras músicas. Atividade: Escolha um dos textos estudados e destaque nele os verbos que indicam situações que ocorriam com frequência. ETAPA 5: A entrevista Objetivos: • Reconhecer as diferenças e semelhanças entre uma entrevista oral e uma entrevista escrita. • Realizar entrevistas com ex-alunos, ex-professores, ex-diretores e ex-membros da escola

com a finalidade de identificar os exemplos humanizadores contidos nos relatos dos entrevistados.

Recursos utilizados: Gravador de voz, MP3 ou celular, computador e TV Multimídia.

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Os textos estudados anteriormente são textos de memórias. Para escrever memórias, o autor, muitas vezes, precisa recorrer a entrevistas com pessoas mais velhas que, através do relato de suas experiências de vida, servirão de base para os textos. Durante uma entrevista o entrevistador deve demonstrar interesse e respeito pelo entrevistado e ser flexível em relação a ele, não impondo suas próprias ideias, pois, de acordo com Thompson (2002), p. 272): “quanto mais você demonstrar compreensão e simpatia pelo ponto de vista de alguém, mais você poderá saber sobre ele”. Através das entrevistas, os alunos podem começar a sentir o desejo de descobrir coisas novas levando-os a procurar livros na biblioteca e com isso aprenderão por meio de outras técnicas que o ajudarão tanto no desenvolvimento da linguagem oral quanto da escrita. OBS.: Nesta etapa é importante que o professor pergunte aos alunos se eles sabem o que é uma entrevista e quais as semelhanças e diferenças entre uma entrevista oral e uma entrevista escrita. A entrevista é um texto jornalístico que tem por objetivo colher informações, opiniões, experiências pessoais e profissionais de uma pessoa de destaque. Apresenta título e geralmente um pequeno texto que faz uma apresentação do entrevistado e do assunto a ser tratado. O texto principal aparece em geral sob a forma de perguntas e respostas. Apresenta o nome do entrevistador e do entrevistado antes da fala de cada um. Normalmente emprega a variedade padrão da língua e é transcrito sem marcas de oralidade.

Fonte: Português: Linguagens, 6ª série: língua portuguesa – manual do professor/ William Roberto Cereja, Tereza Cochar Magalhães (2002, p 168)

No link abaixo temos um exemplo de entrevista escrita com Roberto Carlos Ramos, o contador de histórias, publicada na revista Nova Escola (agosto 2009). http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/224-emdia-contador-historias.shtml Atividades:

1. Observe a entrevista e explique o significado da pontuação como expressão da oralidade.

2. Leitura da entrevista em dupla de alunos: um fazendo o papel do entrevistador e o

outro o papel do entrevistado.

Na entrevista oral, além das características da entrevista escrita, podemos ter acesso a outros tipos de informações, como: entonação de voz, gestos, olhares, entre outros. E a linguagem pode ser informal.

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No modelo de entrevista a seguir, feita com pessoas que cuidam de Dona Maria Olívia da Silva, a mulher mais velha do Brasil, os alunos deverão observar se o entrevistado não saiu do foco do assunto tratado, as características dos entrevistados e entrevistador: a linguagem utilizada, o tom de voz, a gesticulação, o olhar. Essa entrevista está disponível no link: http://www.astorga.pr.gov.br/videos.php A seguir temos um roteiro de entrevistas que servirão de orientação para o entrevistador. Nele são enfocados os exemplos dos ex-alunos, ex-professores e ex-membros da escola. Lembre-se que o roteiro deverá ser usado com flexibilidade e imaginação.

ROTEIRO DE ENTREVISTA:

EX-ALUNOS:

01. Dados pessoais (nome, idade, profissão).

02. Quanto tempo você estudou nesta escola? Você gostava de frequentar as aulas? O que

mais lhe atraia ou deixava decepcionado? Por quê?

03. O que você achava da escola? O que você pensava dos professores?

04. Você se lembra qual era a sua sala de aula? Você gostava de estar nela? O que ela lhe

faz lembrar?

05. Havia algum tipo de punição para os alunos que não faziam as tarefas ou eram

indisciplinados? Qual a sua lembrança em relação a essas punições?

06. E o recreio como era? Quais as boas e más lembranças dessa convivência no recreio?

07. Os professores salientavam que certas coisas eram importantes na vida? (Bons modos,

como tratar o sexo oposto, asseio, pontualidade, modo de falar).

08. Seus pais o estimulavam a fazer os trabalhos escolares? De que forma eles agiam?

09. Você lia muito? Dos livros lidos por você, na escola, quais ficaram guardados na sua

memória? Por quê?

10. Quais os eventos escolares que mais marcaram a sua vida? Eles continuam existindo?

11. Há pessoas que marcam a vida da gente. Quem mais lhe marcou nessa passagem pela

escola? Um(a) professor(a), um(a) diretor(a), um(a) funcionário(a) ou um(a) colega de

classe? Por quê?

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12. A nossa memória está sempre ligada a um determinado tempo, espaço, som, sabor ou

perfume. Fale sobre o que mais lhe marcou durante essa trajetória escolar.

13. Faça uma comparação em relação a todos os tipos de violência existentes naquela

época e os tipos de violência existentes hoje, como brigas, drogas, prostituição, falta

de respeito com os professores, colegas e funcionários. Houve mudanças? Por quê?

14. Os conhecimentos adquiridos durante a sua vida escolar contribuiu de alguma forma

para o exercício de sua profissão e o papel que você desempenha hoje na sociedade?

15. Deixe um recado para os jovens que frequentam esta escola.

EX-PROFESSORES:

01. Dados pessoais (nome, idade, profissão).

02. Quais os motivos que levaram você a trabalhar nesta escola?

03. Pense como foi o seu primeiro dia de trabalho nesta escola. Como você se sentiu? Foi

bem acolhido pelo diretor (a), funcionários, colegas e alunos?

04. Você se lembra qual o tipo de atividade que os alunos mais gostavam de realizar ? Por

quê ?

05. E o comportamento dos alunos naquela época como era? Havia respeito com os

professores, colegas e funcionários da escola? A que você atribui isso?

06. Em relação aos problemas de violência, enfrentados hoje pela maioria das escolas, na

sua opinião, qual é a solução?

07. Houve exemplos de transformação de alunos, ou seja, alunos que a princípio eram

indisciplinados, mas com o tempo foram se transformando e passaram a ser

colaboradores da escola? Fale sobre eles e por que houve essa transformação.

08. Dos projetos ou comemorações realizadas na escola, qual foi o mais gratificante? Fale

como era.

09. Durante a sua passagem por esta escola, quem mais lhe marcou? Algum aluno?

Professor? Diretor? Funcionário? Fale por que.

10. Na vida escolar de todo ser humano sempre há momentos de alegrias e também

decepções. Fale sobre esses momentos e de que forma contribuíram para a sua vida

profissional.

11. Deixe um recado para os atuais professores desta escola.

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EX-FUNCIONÁRIOS:

01. Dados pessoais (nome, idade, profissão)

02. Por que você escolheu essa profissão?

03. A função que você exercia na escola foi escolhida por você ou imposta por alguém?

Você se sentia realizado(a) no exercício dessa função? Por quê?

04. As maiores dificuldades encontradas nessa função foram em relação aos alunos, aos

professores, aos diretores ou aos colegas? Por quê?

05. Você acha que seu trabalho era reconhecido pelos alunos, pelos professores, pelos

diretores e demais colegas? Como você se sentia quando não era valorizado pelo

trabalho que realizava? E o que fazia para contornar a situação?

06. Das pessoas com as quais convivia na escola, qual (quais) mais lhe ajudou (ajudaram)

e de que forma?

07. Quais os momentos mais marcantes vividos por você nesta escola? Por quê?

08. Fale um pouco sobre de que mais sente saudade no tempo em que trabalhou nesta

escola? Você acha que jamais poderá reviver isso?

09. Para você, quem poderia ser citado como um exemplo de pessoa que dedicou sua vida

em prol desta escola? Por quê?

10. Deixe um recado para os atuais funcionários desta escola.

EX-DIRETORES:

01. Dados pessoais(nome, idade, profissão).

02. Quanto tempo você foi diretor(a) nesta escola? Como foi a sua escolha para esta

função e o que levou a exercê-la?

03. Durante a sua gestão houve colaboração dos professores, funcionários, pais de alunos e

da comunidade? Em que eles mais contribuíram? Fale sobre a importância dessa

colaboração.

04. Na sua gestão, os problemas com indisciplina de alunos eram frequentes? Como eram

resolvidos?

05. Que atitudes eram tomadas em relação aos alunos que não obedeciam às normas da

escola, como, por exemplo: chegar atrasado, ”matar aula”, namorar ?

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06. A que você atribui os problemas relacionados à violência, enfrentados hoje pela

maioria das escolas? E qual a solução, na sua opinião, para esses problemas?

07. Quais os eventos realizados na escola que foram mais relevantes e contribuíram para a

formação dos alunos? Por quê?

08. Houve exemplos de transformação de alunos, ou seja, alunos que a princípio eram

indisciplinados, mas com o tempo foram se transformando e passaram a ser

colaboradores da escola? Fale sobre eles e por que houve essa transformação.

09. Valeu a pena desempenhar essa função? Fale sobre os seus momentos de frustrações e

realizações.

10. O que mais marcou a sua vida, como diretor de escola? Por quê?

11. Deixe um recado para o atual diretor desta escola.

ETAPA 6: Discussão e análise dos dados levantados Objetivos: • Discutir e analisar os fatos humanizadores contidos nos dados levantados na pesquisa. • Fazer um relato reflexivo sobre o trabalho realizado. Recursos utilizados: Radio com CD ou TV Multimídia. Com os dados coletados, através da realização das entrevistas, realiza-se a socialização entre os grupos de pesquisa. Nessa socialização devem ser discutidos os fatos mais marcantes da entrevista, podendo abrir as discussões com as seguintes perguntas:

1. O que vocês sentiram ao realizar as entrevistas?

2. Quais sentimentos as pessoas demonstraram ao serem entrevistadas?

3. Valeu a pena esse trabalho? Por quê? OBS.: Na análise da entrevista deve-se observar qual dos entrevistados se destacou em relação a humanização, e também, os pontos de vista diferentes em relação as perguntas feitas.

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Após as conclusões em relação a entrevista, cada grupo de alunos fará o seu relato sobre suas reflexões a respeito do trabalho realizado. ETAPA 7: Produção de texto individual Objetivo: • Produzir individualmente um texto de memórias observando os elementos essenciais do

gênero Memórias. Recursos utilizados: Cartaz com roteiro dos elementos presentes no gênero Memórias e dicionário. Depois do contato e análise dos textos de memórias e de ter realizado a coleta de dados e discutido as memórias relatadas nas entrevistas, é o momento do aluno recriar essas histórias, pois diz Tânia Regina Oliveira Ramos: “as memórias literárias não passam só pela autoria, por aquele que lembra, mas pelo narrador que traz para o texto um somatório de experiências de linguagem; e estas experiências são sempre revigoradas por possibilidades líricas”. Durante a atividade de produção de texto, o professor deve recuperar, juntamente com o aluno, tudo o que foi trabalhado: tipo de narrador, comparações entre passado e presente, presença de palavras e expressões que transportam o leitor para uma certa época do passado, figuras de linguagem, referências a modos de comportamento dos ex-estudantes, ex-professores e ex-funcionários da escola, descrições de lugares que marcaram o ambiente escolar e principalmente às sensações e emoções demonstradas pelos entrevistados. ETAPA 8: Revisão e reescrita de textos Objetivo: • Revisar e reescrever o texto produzido observando as normas da língua padrão. Recurso utilizado: Cartaz com roteiro de revisão textual e dicionário. Revisar um texto é a etapa mais importante de todo o processo de produção, pois é nesse momento que se consegue aprimorá-lo não só nos aspectos formais da língua, mas principalmente no que se refere ao fato de que o autor do texto vai percebendo o que pode ser modificado e com isso vai adquirindo o domínio da escrita. Afirma Bakhtin (1997:332): “a

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reprodução do texto pelo sujeito [que se dá num processo de volta ao texto, releitura, nova redação] é um acontecimento novo, irreproduzível na vida do texto, é um novo elo na cadeia histórica da comunicação verbal”. Isso tudo se confirma nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa – do Estado do Paraná (2008: 70) “O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a intenção e as circunstâncias da produção e não a mera ‘higienização’ do texto do aluno, para atender apenas os recursos exigidos pela gramática. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção”. E para que a adequação do texto atenda às exigências do texto de memórias, devem ser feitos aos alunos os seguintes questionamentos:

• O texto foi narrado em 1ª pessoa? • No texto há comparações entre o presente e o passado, presença de palavras que

transportam o leitor para uma certa época do passado e referências a modos de comportamentos e atitudes dos ex-alunos, ex-professores e ex-membros da escola?

• O autor expressa os sentimentos, as sensações e as emoções do entrevistado, ao relatar sobre o ambiente escolar ou pessoas com as quais conviveu?

• Os aspectos estruturais e comunicativos da língua, principalmente quanto ao emprego dos verbos (pretérito perfeito e pretérito imperfeito), substantivos e adjetivos foram empregados adequadamente?

• No texto é destacada a importância à humanização no cotidiano escolar, através das reflexões dos entrevistados?

• A narrativa é envolvente e prende a atenção do leitor? • O título do texto é sugestivo e adequado ao tema?

ETAPA FINAL : Acervo do material coletado Objetivo:

• Montar um acervo com todo o material coletado durante a realização do projeto.

Recursos utilizados: Computador com impressora, papel sulfite e CD para gravação. Atividade: Digitação e encadernação dos textos de memórias e produção de um CD de fotos com a retrospectiva da escola para disponibilizá-los à biblioteca da escola.

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

• Fazer uma pesquisa sobre o nome da escola, com dados biográficos e fotos antigas e atuais.

• Produção de texto coletivo sobre a história da escola.

• Expor no mural fotos de ex-alunos e ex-membros da escola.

• Histórico fotográfico das turmas de ex-formandos e ex-diretores da escola.

• Palestra com ex-aluno ou ex-membro da escola que foi exemplo de superação.

• Encontro de confraternização entre os atuais e ex-alunos e ex-membros da escola com

apresentação de uma retrospectiva da escola. AVALIAÇÃO A avaliação ocorrerá durante todo o desenvolvimento do Projeto e será realizado sob a perspectiva das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: oralidade, leitura, escrita e análise linguística. Na oralidade será verificado o desempenho do aluno durante os relatos, discussões e entrevistas. No momento da leitura será observado a compreensão, inferência e reflexão que o aluno fará a partir do texto. Na escrita se verificará a adequação ao tema e ao gênero solicitado, como também a linguagem empregada, coesão, coerência textual, organização de parágrafos, as ordens da temporalidade e causalidade dos fatos e adequações das inserções da fala. Em relação a análise linguística será feita a reflexão sobre a língua, explorando os recursos linguísticos e verificando se o aluno entendeu o seu funcionamento e terá condições de aprimorar o uso da língua nas diversa situações sociais. CRONOGRAMA PERÍODO DURAÇÃO ATIVIDADES Agosto/2010 02 aulas Apresentação do Projeto aos alunos e motivação através de

exibição de vídeos e discussão sobre o tema apresentado no vídeo.

Agosto/2010 01 aula Definição de memória e pesquisa em dicionário. Agosto/2010 03 aulas Leitura do texto: Uma definitiva presença de Bartolomeu

Campos de Queirós para a compreensão dos processos de memória.

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Definição do gênero memórias. Setembro/2010 08 aulas Leitura dos textos: Mestres meus queridos mestres de

Airton Dantas e Música na Escola da Freguesia do Ó de Vera Lúcia de Angelis e exercícios de identificação de todos os elementos característicos dos textos de Memórias e elementos gramaticais: modalidade e temporalidade verbal, substantivos, adjetivos, advérbios e pontuação.

Setembro/2010 04 aulas Atividade extraclasse

Definição de entrevista. Leitura de entrevista oral e entrevista escrita, observando as diferenças e semelhanças. Organização dos grupos de pesquisa. Identificação das pessoas a serem entrevistadas. Realização das entrevistas.

Outubro/2010 06 aulas Discussão e análise dos dados levantados através de entrevistas. Produção em grupo de um relato reflexivo sobre o trabalho realizado.

Outubro/2010 02 aulas Produção individual dos textos de memórias. Outubro/2010 06 aulas Revisão e reescrita dos textos produzidos. Novembro/2010 Atividade

extraclasse Digitação e encadernação dos textos de memórias e produção de um CD de fotos com a retrospectiva da escola.

REFERÊNCIAS ALTENDER, A. H.; CLARA, R.A. Memórias e escola. Disponível em: <http://escrevendo.cenpec.org.br/ecf//index.php?option=com_content&task=view&id=185&Itemid=99999999> . Artigo publicado em 23-jul-2008. Acesso em: 24 abr. 2010. ANGELIS, V. L. Música na escola estadual da Freguesia do Ó. Disponível em: <http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=1836>. História publicada em 12/06/2008. Acesso em 20/02/2010. BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: M. Bakhtin, Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes, 1992. CEREJA, W. R.; MAGALHÃES. T. C. Português: Linguagens – Manual do Professor. 2 ed. São Paulo: Atual, 2002. CHEGOU a formatura do Dr. Ademilsom – Paraná TV, 1ª Edição, 11/12/2009 . Disponível em:

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<http://www.rpctv.com.br/paranaense/video.phtml?Video_ID=68306&Programa=paranatv1edicao&tipo=&categoriaNome>. Acesso em: 17 abr. 2010. DANTAS, A. Mestres, meus queridos mestres. Disponível em: <http://escrevendo.cenpec.org.br/ecf//index.php?option=com_content&task=view&id=192Itemid=99999999>. Acesso em: 06 mar. 2010. LIMA, A. O gênero Memórias. Na Ponta do lápis, ano V, nº 11, ago. 2009. MULHER mais idosa completa 130 anos. Galeria de vídeos. Disponível em: <http://www.astorga.pr.gov.br/videos.php>. Acesso em: 24 mai. 2010. O contador de histórias. Nova Escola, ed 224, ago. 2009. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/224-emdia-contador-historias.shtml>. Acesso em: 24/05/2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. SEED, 2008. QUEIRÓS, B. C. Uma definitiva presença. Na Ponta do Lápis, ano V, nº 11, ago. 2009. RAMOS, T. R. O. Por uma poética das memórias literárias. Disponível em: <http://www.comciencia.br/reportagens/memoria/11.shtml>. Acesso em: 20 nov. 2009. SONHO realizado – Paraná TV 2ª Edição, 12/12/2009. Disponível em: <http://www.rpctv.com.br/paranaense/video.phtml?Video_ID=68407&Programa=paranatv2edicao&tipo=&categoriaNome>. Acesso em: 17 abr. 2010. THOMPSON, P. A voz do passado: História Oral. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.