DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · e mental, relacionamento moral e social, por isso, o...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
A APLICAÇÃO DO CONTEÚDO GINÁSTICA CIRCENSE NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor: Idalino Pietsch
1
Orientador: Arestides Pereira da Silva Junior2
Resumo
O presente artigo faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria de Educação do Estado do Paraná e tem como objetivo apresentar os resultados de um relato de experiência sobre a aplicação da Ginástica Circense como possibilidade de prática pedagógica na Educação Física escolar. O projeto de intervenção pedagógica foi desenvolvido com os alunos da 5ª série do Ensino Fundamental de um Colégio Estadual de Cascavel - PR. Para tanto, foram realizadas ações em caráter de oficinas como: debate sobre a temática Circo e Ginástica Circense, atividades de equilíbrio do corpo sobre o solo, acrobacias sobre o solo, equilibrismo de pessoa sobre pessoa, equilibrismo de objetos sobre pessoa, de pessoa sobre objetos, além de mímicas. A ginástica circense utiliza ações da ginástica como: equilibrar, saltar, correr, trepar, rolar, girar, agachar, lançar e outras. Bem como, exige boa preparação física, principalmente força, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e coordenação. Concluiu-se que, com o desenvolvimento do projeto de Ginástica Circense nas aulas de Educação Física foi possível proporcionar aos alunos o melhor conhecimento do seu corpo, o desenvolvimento de habilidades físico-corporais, sociais e psico-cognitivas. Sendo, portanto, de grande valia que outros pesquisadores se dediquem ao tema buscando com isso aprimorar a técnica docente do trabalho didático e pedagógico com a ginástica circense.
Palavras-chave: Educação Física; Ginástica, Ginástica Circense.
1 Professor da rede pública estadual do Paraná, Professor PDE 2009, especialista em Formulação e Gestão de
Políticas Pública, UNIOESTE, 2007. 2 Mestre em Educação Física (USJT); Docente do Curso de Educação Física da Universidade Estadual do Oeste
do Paraná (UNIOESTE); Professor orientador PDE.
1 Introdução
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica da disciplina de
Educação Física (DCEs), a ginástica é um dos conteúdos estruturantes da referida
disciplina e é considerada como um elemento didático importante, pois permite ao
aluno reconhecer as possibilidades e limitações do seu corpo através do movimento
(PARANÁ, 2008).
Conforme Toledo (2007) a exploração de variadas formas de movimento
permite ao aluno tomar consciência dos diferentes segmentos do corpo, das suas
possibilidades e limitações, facilitando a progressiva interiorização do esquema
corporal e também, a tomada de consciência do corpo em relação ao exterior,
com noções de lateralidade como, direita e esquerda, em cima e em baixo, etc.
Com o auxílio da ginástica, a criança pode aprender a educar o corpo e a
condicioná-lo saudavelmente, bem como, desenvolver noções de respeito e
compreensão de regras, tanto no convívio escolar quanto no ambiente familiar.
Pode-se dizer que traz diversos benefícios aos alunos nos aspectos físicos,
motores, cognitivos, intelectuais, afetivos e sociais, pois a prática não se restringe a
movimentos físicos isolados e restritos. A sua função principal deve ser a formação
integral do aluno (RICCI, 2008).
A proposta científica original desta pesquisa pretendeu refletir e levantar
subsídios que sirvam por base aos professores de Educação Física em sua prática
docente, dentro de seus limites, trabalhar esta postura e repensar sobre sua atitude
como educador, particularmente no ensino da ginástica, trabalhando dentro de uma
abordagem metodológica que se aproxime mais do contexto social em que estão
inseridos os seus alunos, visando assim, um ensino mais significativo.
Essa proximidade permite tratar conjuntamente na escola, a ginástica e a
ginástica circense, conforme expõe Ayoub (2003, p. 39) sobre a ginástica circense
[...] Uma ginástica que esteja aberta aos ensinamentos multifacetados da cultura corporal, que aprenda com a ousadia-prudente do funâmbulo e com a prudência-ousada do ginasta, com a flexibilidade-firme da contorcionista e com a firmeza-flexível da ginasta, com o riso-sério do palhaço e com a seriedade-risonha do técnico desportivo. [...]
De acordo com as DCEs, a Ginástica Circense é um dos conteúdos básicos
do conteúdo estruturante Ginástica. Os elementos de atividades circenses, assim
como a evolução nos movimentos, na conscientização corporal e no pensar estes
movimentos, pode ser um elemento fundamental para a transformação do
comportamento individual e social (PARANÁ, 2008).
Na atualidade, as artes corporais, as quais também estão inseridas no
conteúdo Ginástica Circense, desenvolvem-se rapidamente e facilitam o diálogo
humano através de intercâmbios e utilização de mídias que divulgam os eventos
e o desenvolvimento do ser humano.
A Educação Física se volta à formação integral do educando, saúde física
e mental, relacionamento moral e social, por isso, o tema ginástica circense poderá
proporcionar essa interação social da criança e do adolescente provocando reflexos
na sua auto-imagem, inclusive afetando o processo ensino-aprendizagem das
outras disciplinas.
Nesse sentido, torna-se importante o trabalho com a ginástica circense no
decorrer das aulas, pois será a oportunidade de levar o aluno a pensar e a
participar de atividades lúdicas, gerando um crescimento mais sadio, amparado em
valores humanitários como solidariedade e senso de justiça, pois aprenderá a lidar
com as diferenças e a amar ao próximo, além de proporcionar o resgate da auto-
estima, muitas vezes abalado por modelos estereotipados impostos pela sociedade
materialista em que vive e aos quais na maioria das vezes não se adequa.
Dessa forma, o objetivo deste artigo é apresentar um relato de experiência
sobre a aplicação da Ginástica Circense como possibilidade de prática pedagógica
na Educação Física escolar. O projeto de intervenção pedagógica foi desenvolvido
com os alunos da 5ª série do Ensino Fundamental de um Colégio Estadual de
Cascavel – PR, durante as aulas de Educação Física.
2 Revisão da Literatura
2.1 A ginástica como conteúdo da Educação Física Escolar
A Ginástica foi definida como a arte de exercitar o corpo nu, inspirada pelo
ideal grego de harmonia entre corpo e espírito, ou visualizada como a arte das
exibições corporais humanas, oriundas do circo, de feiras e de festas. Sobre sua
origem, Soares (1998, p.20) afirma que:
Vem do grego gymnikos, adj. que é relativo aos exercícios do corpo, e de gimn (o), elemento de composição culta que traduz a idéia de nu, do grego gymnós, „nu, despido‟, não coberto, que se limita ser alguém ou alguma coisa, puro e simples, sem acessórios ou sem modificações.
Conforme o autor, o que a história mostra é que no século XVIII, com o
advir de uma nova ordem social ligada à modernidade e à ciência moderna, a
medicina interessada num movimento em prol do desenvolvimento do Estado
Nacional e da educação, passa a trabalhar outra visão de corpo, associada à
ideia de movimento como forma de manter e promover a saúde, objetivando o
desenvolvimento integral das potencialidades do homem.
Atualmente, vê-se, na ginástica, um potencial de transformação e crítica
mostrando novos horizontes possíveis como alargamento de linhas de pensamento,
pelos quais vem sendo compreendida e usufruída enquanto uma prática corporal
humana e enquanto espetáculo e/ou mercadoria que visa o lucro quando se torna
um produto de consumo momentâneo (PARANÁ, 2008).
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), doravante PCNs, define-se
como ginástica:
São técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado com finalidades diversas. Podem ser feitas como preparação para outras modalidades, como relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa, competitiva e de
convívio social. Envolvem ou não a utilização de materiais e aparelhos, podendo ocorrer em espaços fechados, ao ar livre e na água (BRASIL, 1997, p.70-71).
A ginástica vem, desde os princípios da humanidade, manifestando-se e
sofrendo modificações, por isso, percebe-se uma gama de modelos de ginástica,
bem como uma variedade de nominações. Atualmente, no Brasil, pode-se nomear
alguns tipos que inclusive fazem parte da Educação Física escolar: Ginástica Geral,
Ginástica Artística, Ginástica Rítmica e Ginástica Circense. Para Soares (apud
AYOUB, 2003, p. 38).
A ginástica contemporânea ainda permanece fortemente vinculada à conquista da saúde, orientando-se por uma visão limitada que restringe a compreensão de saúde a um corpo estritamente biológico, individual, a um ser humano histórico, descontextualizado da sociedade na qual está inserido.
Com base nos estudos de Toledo (2001) e Bertolini (2005) os princípios e
valores que se deseja que apareçam nas atividades ginásticas são:
Valorização Cultural:
Valorização da cultura de cada região;
Valorização do indivíduo aproveitando suas vivências anteriores;
Integração de movimentos da cultura corporal, da Ginástica, das
Artes e da Dança.
Diversidade:
Trabalhar com materiais convencionais e não convencionais;
Valorização do aluno individualmente, respeitando suas limitações;
Promover a educação por ser uma atividade pedagógica.
Regras simples:
Ausência de competição;
Espaço livre de expressão, em que todos podem opinar;
Não possuir um número definido de participantes;
Não exigir faixa etária e sexo dos praticantes pré-estabelecidos.
Criatividade:
Não possuir elementos obrigatórios;
Utilizar materiais diversos como: acqua tub, papel crepom, cordas,
patins, entre outros;
Proporcionar a elaboração de coreografias;
Possibilitar a execução de coreografias de pequenas e grandes áreas;
Proporcionar prazer, alegria, beleza e estética ao mostrar algo bonito.
Interação Social:
Promover a socialização entre o grupo e as outras pessoas;
Inclusão: proporciona a participação de todos (ex. cadeirantes);
Acessibilidade: todos podem participar, independe de idade ou fator
econômico;
Cooperação: eu faço ginástica com alguém e não contra alguém;
Proporcionar bem estar físico e mental, gerando melhor qualidade de
vida.
De acordo com Paraná (2008), o corpo é entendido em sua totalidade, ou
seja, o ser humano é o seu corpo que pensa, sente e age. E, a ginástica deve
oferecer condições para o aluno reconhecer o próprio corpo.
Segundo o mesmo documento, a ginástica pode levantar questões
importantes, dentre elas, a crítica da lógica do exercício físico e do sofrimento, o
excesso de exercícios causador de lesões graves, o uso de meios artificiais e a
questão de gênero em que são discutidas as diferenças entre homens e mulheres.
Aconselham ainda, o trabalho com as diferentes formas de ginástica, desde a
ginástica imitativa de animais, a ginástica circense, a ginástica geral, até as
esportivizadas: artística e rítmica.
2.2 A Ginástica Circense como conteúdo da Educação Física Escolar
Silva (1996) afirma que a partir dos anos 1990, iniciou-se o processo de
identificação da atividade circense como ferramenta pedagógica nos processos de
arte-educação. O circo foi, então, eleito como um instrumento altamente rico em
valor pedagógico e de formação do indivíduo. Para a autora, foi, a partir de então,
que começaram a se desenvolver projetos de cunho social, trabalhando com o circo
na intenção de inclusão social e de aumentar a auto-estima de crianças e
adolescentes menos favorecidos, preparando-os para a vida. Criou-se a figura do
instrutor de circo, o qual desenvolve o ensino de técnicas circenses com objetivos
específicos diferentes dos desenvolvidos em uma formação artística.
Portanto, pensar no circo como conteúdo das aulas de Educação Física é
romper com um paradigma pré-estabelecido, o qual impõe apenas os conteúdos
tradicionais para serem trabalhados nos distintos anos da vida escolar, desde a
Educação Infantil ao Ensino Médio e até mesmo no Ensino Superior, os quais muitas
vezes não permitem um estímulo ao desafio e à segurança do aluno (AYALA, 2008).
Duprat (2007) afirma que a Atividade Circense será um divisor de águas,
mostrando que se é possível romper com paradigmas estabelecidos pela Educação
Física rotineira. Tendo como intenção oferecer este conhecimento, integrante da
cultura corporal universalmente produzida, como conteúdo regular da disciplina de
Educação Física e assim, transformando-a.
As atividades circenses envolvem e encantam crianças, adolescentes,
jovens e adultos, constituindo um diferencial que pode ser utilizado e introduzido
aos conteúdos da Educação Física Escolar. Portanto, ao incorporá-las na
disciplina ou numa atividade extraclasse, proporcionará um momento certamente
aprovável pela maioria dos alunos. Segundo Balbé (2008)
O aluno deve sentir prazer no que está fazendo e também deve estar consciente que tudo o que está sendo realizado é para seu bem e não por ser uma simples disciplina da escola. É necessário que conheçam os conceitos relacionados à saúde e atividade física para que adquiram e desenvolvam habilidades para iniciar a prática de exercícios regulares ou para que sejam cada vez mais motivados, já que nos dias de hoje, o estilo de vida pode determinar como e quanto tempo ainda viverá.
Para Silva (2009) as atividades circenses apresentam uma característica em
comum: o risco. E o medo e a tensão são sensações constantes nestas práticas.
Afirmam que o ato de brincar de circo gera prazer e alegria e que pode ser
vivenciado por pessoas de qualquer idade, gênero, classe social, etc.
A prática de atividades circenses utiliza ações de ginástica: equilibrar, saltar,
correr, trepar, rolar, girar, agachar, lançar e outras. Exigindo, assim, dos praticantes,
boa preparação física, principalmente força, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e
coordenação. Conforme explica Soares et al (1992) saltar é se desprender da
gravidade, manter-se no ar, ao passo que, equilibrar é permanecer ou se deslocar
numa superfície vencendo a ação da gravidade. Para os autores rolar e girar é dar
voltas sobre os eixos do próprio corpo e trepar é subir em suspensão pelos braços,
com ou sem ajuda das pernas em superfícies verticais ou inclinadas. Explica
também que balançar ou embalar é se impulsionar e dar ao corpo um movimento de
vaivém.
Baroni (2006) afirma que a Ginástica Circense através das inúmeras
possibilidades de brincadeiras com cordas, bolas e atividades de corpo a corpo nas
pirâmides e acrobacias, representam tanto ao mundo imaginário e vivido das
crianças quanto com a Educação Física na forma de recreação, lazer e/ou como
conteúdo educativo nas atividades motrizes expressivas.
Partindo-se da consideração de Baroni (2006), é justo afirmar que o
professor de Educação Física deve assimilar estes conhecimentos e aplicá-los
tanto nas suas aulas teóricas e práticas, quanto dentro das possibilidades no
planejamento e aplicação de projetos extraclasse que é onde vai encontrar a
oportunidade de trabalhar com alunos que tenham certa afinidade com o circo e
suas atividades, podendo formar um bom grupo que disseminará seu trabalho
dando shows para a comunidade.
Para Silva (2009) as modalidades circenses podem ser separadas em três
categorias: domínios do corpo, de objetos e de diferentes espaços.
O mesmo autor classifica as modalidades circenses de acordo com as três
categorias: domínios do corpo: acrobacias de solo/de equilíbrio (perna de pau, rola
rola, figuras acrobáticas); de objetos: malabares (pratos, claves, cones, bolas, véus,
diábolos, swings, aros, faquirismo); de diferentes espaços: acrobacias aéreas
(tecido, trapézio, tira e corda indiana). Por último, cria uma categoria que exige todos
os domínios citados: representação teatral e clown/palhaço (jogos de improviso e
ilusionismo).
Para Gáspari e Schwartz (2007) apud Silva (2009) existem inúmeros
elementos benéficos a quem pratica as atividades circenses, como: a melhoria do
controle e da coordenação motora, aprimoramento dos movimentos corporais por
estarem associados à expressão artística, usufruto de momentos de entretenimento,
através dos quais poderá dar mais qualidade às suas relações pessoais e
interpessoais, além de desenvolver coragem e desejo de superar limites. A figura a
seguir mostra um esquema de relação entre os benefícios.
FIGURA 1 – Elementos benéficos a quem pratica atividades circenses. FONTE: TIAGO SILVA, 2009.
Portanto, ao desenvolver atividades da ginástica circense nas aulas de
Educação Física o professor estará conseguindo melhores resultados de sua prática
docente, pois desenvolverá com os alunos atividades de caráter físico-corporal,
social e psico-cognitivo.
3 Relato de Experiência do Projeto Ginástica Circense
Ao implementar este projeto cuja temática é a Ginástica Circense no
contexto escolar, foram executadas algumas etapas que são apresentadas a seguir:
A primeira etapa foi a elaboração do Projeto das ações da
implementação.
A segunda etapa foi a organização e a produção de material didático
pedagógico em formato de Unidade Didática intitulada: “Ginástica
Circense: atividades para serem praticadas com alunos do Ensino
Fundamental”. Este material teve como objetivo principal apresentar
uma contribuição aos docentes de Educação Física com inúmeras
sugestões de atividades teóricas e práticas sobre a ginástica circense.
Foi estruturado da seguinte forma: apresentação dos elementos
básicos do circo, da ginástica, da ginástica circense, sua importância
no desenvolvimento integral do ser humano; apresentação de um rol de
atividades e brincadeiras circenses; e sugestões metodológicas.
Na terceira etapa foi realizado o Grupo de Trabalho em Rede, no qual
se inscreveram seis professores e concluíram três. Foram levantadas
discussões sobre dúvidas e inseguranças dos docentes a respeito do
ensino da ginástica circense, principalmente porque os mesmos
imaginavam que, para este tipo de trabalho, seria necessário um
espaço mais apropriado e materiais mais elaborados e a escola não
ofereceria tais condições. Através dos fóruns de discussões, ocorreu o
convencimento e a conscientização do grupo, o qual, em consenso,
concluiu que é possível desenvolvê-la no ambiente escolar, desde que
sejam feitas adaptações como uso de materiais disponíveis e utilizáveis
nas aulas normais de Educação Física (colchonete, bola, arco, entre
outros) e do espaço interno (sala de aula, saguão e ginásio) e externo
(gramados). Os mesmos fizeram sugestões para melhoria do material
didático elaborado pelo professor PDE e de outras possibilidades de
trabalho com a ginástica circense.
A quarta etapa foi a apresentação da proposta de pesquisa prática ao
corpo docente e administrativo do colégio. Nessa etapa, houve a
exposição da proposta através do recurso de data show. Esse trabalho
surtiu efeito no grupo e gerou muita expectativa por se tratar de uma
proposta diferenciada.
A quinta etapa se constituiu pela implementação do projeto de
intervenção com alunos de 5ª série do Ensino Fundamental. A seguir,
será apresentado de forma detalhada o relato das ações desenvolvidas
na implementação.
Foram realizadas vinte e sete aulas sobre o conteúdo ginástica circense,
estas foram desenvolvidas entre os meses de agosto a novembro do segundo
semestre de 2010, nas quais foram contempladas as atividades previstas no
material didático pedagógico produzido.
Dentre elas se podem citar:
Equilíbrios acrobáticos:
Parada de três apoios (elefantinho);
Parada de três apoios (plantar bananeira);
Parada de mãos;
Pirâmides humanas.
Contorcionismo:
Exercícios com alongamento;
Ponte.
Acrobacias de solo (executadas em colchões e colchonetes e no
gramado):
Rolamento para frente (cambalhota para frente);
Rolamento para trás (cambalhota para trás);
Roda ou estrela;
Rondada e piruetas;
Saltos especiais e mortais;
Mergulhos simples e sobre obstáculos;
Entre outros.
Primeiramente, foram realizadas, em sala de aula, algumas atividades para
que tivessem contato teórico sobre o que é a atividade circense, sua origem,
história e relação com a Educação Física.
Como forma de complemento à explicação realizada na sala de aula, os
alunos fizeram uma pesquisa sobre a história do circo utilizando dos
computadores e do acesso à internet na sala de informática. Logo após,
escreveram pequenos textos e apresentaram em forma de seminário.
Segundo Silva (2009),
É importante relatar a diferenciação entre circo e atividades circenses. As atividades circenses são modalidades praticadas pelo praticante, como por exemplo, as aéreas, como tecido e trapézio. As atividades circenses apresentam uma característica em comum: o risco, o medo, a tensão e a excitação em sua prática, são sensações percebidas àqueles que praticam as atividades (SILVA, 2009).
O professor, enquanto mediador das apresentações, estimulou a reflexão
sobre a evolução histórica do circo e sua relação com a Educação Física. Durante
as atividades de sala-de-aula, foi possível proporcionar a oportunidade de um
contato teórico sobre o que é a atividade circense, sua origem e relação com a
Educação Física, sendo um trabalho em parceria com a disciplina de História.
Segundo Duprat (2007) foi entre os séculos XVIII e XIX que o circo
apareceu e estruturou-se como uma arte com entidade própria, apesar de que
grande parte desses saberes tenha sido elaborada ao longo de milhares de anos.
Nesta mesma oportunidade, foi desenvolvido também o jogral circense. O
qual visava promover a integração da turma através de uma prática lúdica e
recreativa.
Contou com o texto:
- Hoje tem espetáculo?
- Tem sim sinhô!
- Hoje tem marmelada?
- Tem sim sinhô!
- E a moça na janela?
- Tem cara de panela.
- E a moça no portão?
- Tem cara de mamão.
- E o palhaço o que é?
- É ladrão de muié!
Em seguida, o professor questionou os alunos com as seguintes perguntas:
Você já foi ao circo? O que você viu? O que mais chamou a sua atenção? Vamos
comparar o que isto tem a ver com Educação Física e ginástica?
Os alunos fizeram uma análise das experiências vivenciadas e o professor
interagiu com eles acrescentando informações sobre a temática. A maioria já havia
ido ao circo, apenas alguns não tinham vivido essa experiência. Quanto à relação
com a Educação Física, apontaram que brincadeiras com bola e outros objetos são
semelhantes às atividades do contexto escolar, bem como os contorcionismos,
devido ao alongamento. Assim, foi possível levar à reflexão de que o circo tem
relação expressa com o mundo vivido, pois, por se tratar de uma arte que valoriza o
corpo, alia-se à Educação Física, ambos almejam romper desafios e aprimorar
capacidades físicas, gerando um resultado que muitas vezes supera as
expectativas.
De acordo com as DCEs (2008)
O professor deve buscar conhecer as experiências individuais e coletivas advindas de diversas realidades dos alunos, problematizando-as. É quando surge a primeira fonte de avaliação, que possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido.
Em outro momento, o professor propôs uma atividade de desenho sobre o
circo e/ou outras imagens relacionadas à Educação Física e que estejam presentes
no circo. Ao final, foi eleito o trabalho melhor elaborado e mais criativo.
Segundo Felippe (2011)
Conhecer arte hoje é participar melhor da vida. É buscar a qualidade de vida do ponto de vista emocional, mental aumentando sua cultura e sensibilidade. Pinturas, desenhos, esculturas e todas as modalidades de arte são formas expressivas que dizem sem falar, contam histórias sem palavras, pois utilizam outros códigos, outra sintaxe. É linguagem que expressa o que as palavras não alcançam explicitar, por isso tão importante para o homem e para a comunicação entre os homens. Fazer arte é experimentar o universo da criação, que de certa forma, nos aproxima da essência de sermos humanos. Fazer arte é correr os riscos da criação, é estar disponível e aberto para um olhar singular sobre os fenômenos, capturá-los, reordená-los para chegar em formas originais.
Dessa forma, através da produção de desenho, desenvolveu-se o espírito
criativo e artístico, além de estimular a leitura interpretativa e a produção de texto
visual, pois, ao desenhar os alunos desenvolveram a auto-expressão e atuaram de
forma mais afetiva com o mundo através da utilização das cores, formas, tamanhos
e símbolos.
O próximo passo foi desenvolver um jogral circense de forma lúdica e
recreativa. Para o desenvolvimento desta atividade, os alunos foram divididos em
quatro grupos e estes grupos realizaram dinâmicas de leitura, na qual a metade lia
um verso e a outra metade o outro. Neste momento, o grupo pôde propor variações
de leitura aliando assim, a Educação Física com a Língua Portuguesa, trabalho de
oralidade.
Diante do exposto, pode-se concordar com o que defende Hamze (2009,
p.1)
Devemos através do trabalho pedagógico arrolar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo, projetos de pesquisa e ação. A interdisciplinaridade poderá ser uma prática pedagógica e didática eficaz ao cultivarmos um diálogo constante de questionamento, de aprovação, de indeferimento, de acréscimo, e de transparência de percalços não apontados. Na interdisciplinaridade os alunos aprendem a visão do mesmo objeto sob prismas distintos.
A atividade do jogral foi considerada de grande relevância, pois possibilitou
às crianças o conhecimento de texto poético, levando-as à motivação e ao interesse
para ouvir e ler poesias, bem como praticar ações de leitura.
Na próxima etapa, foram trabalhadas dinâmicas que desenvolveram o corpo
e o domínio da mente sobre o mesmo. Estimulou-se também a expressividade
através do trabalho com a mímica.
Ao pesquisar no dicionário, a palavra mímica significa linguagem sem
palavras, comunicação através de gestos, sinais e símbolos ou também pode se
definir como imitação, copiar gestos, características ou movimentos de outro
indivíduo. Portanto, compreende fazer uma imitação de algo real ou qualquer forma
de comunicação sem a utilização de palavras.
Para esta estratégia, os alunos foram divididos em grupos, cada grupo
recebeu um bilhete que dizia qual animal imitariam com gestos. Os demais grupos
deveriam adivinhar qual era o animal. Depois, variou-se para profissão e outros
temas escolhidos pelo professor.
Foi um momento de expressão corporal e também de entrosamento. Como
teve um ar de brincadeira, os alunos se sentiram bastante a vontade para
representar. Por isso, foi de grande valia esta prática, pois explorou outro tipo de
linguagem e comunicação, também tão adotada nos dias de hoje como socialização
e inclusão social de pessoas com deficiência auditiva, através da linguagem de
sinais. Através das atividades de mímica desenvolvidas no projeto, foi dada ao aluno
a oportunidade de reconhecer que o corpo fala e através dele ocorre a
demonstração dos sentimentos e dos pensamentos.
Em outra oportunidade, o professor suscitou uma reflexão sobre os
movimentos realizados na ginástica circense e procurou relacionar com a Educação
Física, a intenção era debater. Por isso, foi organizada uma plenária. O grupo A foi a
defesa e o B contestou. O professor sorteou uma atividade circense e os grupos se
confrontaram debatendo sobre as suas características para verificar como a
atividade física está sendo praticada. Esta prática proporcionou aos alunos
aproximar o circo com a realidade da sala de aula, concebendo que é possível
desenvolver este trabalho no dia a dia das aulas de Educação Física. Após as
atividades em sala de aula, o ambiente de desenvolvimento das aulas mudou para a
quadra, para o pátio e para o saguão do colégio.
O próximo eixo trabalhado foi o equilíbrio do corpo sobre o solo. Estas
atividades enfatizaram movimentos corporais que foram realizados individualmente,
em duplas, trios e em pequenos grupos, que estimulassem o equilíbrio corporal,
devido ao fato de que é a base neurofisiológica fundamental para se manter a
postura corporal, independente da posição em que se encontra o corpo, podendo
ser dinâmica ou estática.
Segundo Bosque et al (2010) um dos componentes mais importantes para a
motricidade humana é a capacidade de controlar o próprio equilíbrio. Esta
habilidade motora, segundo Rosa Neto (2002) possui a base primordial de toda
ação diferenciada dos segmentos corporais e que, quanto mais defeituoso o
movimento, mais energia é gasta, a qual poderia ser canalizada para outros
trabalhos neuromusculares.
Para manter este equilíbrio é necessário entrosamento dos vários órgãos do
corpo, por isso os movimentos devem se graciosos e compassados, bem como, a
pessoa deve manter o ponto de visão em um ponto fixo. São atividades em que o
aluno equilibrará o corpo de forma diferente do tradicional equilíbrio sobre as
duas pernas.
Dentre as atividades desenvolvidas, destacam-se as seguintes: equilíbrio
sobre uma perna, avião, parada de três apoios: elefantinho e plantar bananeira,
parada de dois apoios: parada de mãos e galinho. Outro aspecto trabalhado foi o
equilíbrio e a força dos membros superiores (mãos e braços) e inferiores (pés e
pernas). Em cada execução de movimentos de atividades, os alunos foram
desafiados e motivados a executar a tarefa com precisão.
As dificuldades encontradas foram quanto à limitação individual, como
capacidade de concentração, força e habilidade. Houve a contribuição de todos
para que os que apresentassem maiores dificuldades conseguissem desenvolver as
atividades com mais precisão.
Foi também necessário adaptar a prática, como primeiramente, utilizando-
se de apoios como: parede, cadeira, cabos de vassoura e, até mesmo o ombro do
colega, para depois, com mais agilidade, efetuar com segurança o exercício.
Bosque et al (2010) afirma que
A incidência cada vez maior de crianças com déficit motor é um indício que estas não estão desenvolvendo-se de maneira eficaz, e as aulas de educação física são alternativas dentro da escola para melhorar este quadro, uma vez que elas precisam de atividades diversificadas.
Portanto, trabalhar com exercícios de equilíbrio foi uma oportunidade
valiosa, a qual proporcionou momentos de desafio de limites, aprimoramento da
capacidade individual, aproximação e socialização dos elementos do grupo, além
da melhoria das capacidades físicas e mentais como uso adequado da força e
domínio da mente sobre o corpo.
Depois, foram desenvolvidas atividades de acrobacias de solo: rolamento,
estrela e outros. Explorando-se a performance corporal, bem como, a noção de
espaço, agilidade e desenvoltura. Essas acrobacias proporcionam conceitos de
equilíbrio, flexibilidade e possibilitam a utilização da memória, fazem uma conexão
entre peso e força, distância, impulsão e explosão. Com estes exercícios, pode-se
fazer uma ligação entre acrobacias e ensino de ciências, o aluno compara o
funcionamento do corpo, destacando suas partes, como a coluna, que é o eixo
central, bem como a lateralidade. Como nos mostra Duprat (2007), a riqueza de
possibilidades de movimentos propiciados pela arte circense, desde as formas mais
simples até as mais complexas, individuais ou em grupo, propicia aos alunos uma
grande diversidade de experiências motoras, proporcionando vivências corporais
únicas de expressão, perigo, criatividade, magia e encantamento.
Neste momento, não houve grandes dificuldades, a maioria conseguiu
desenvolver a contento. Porém, o único entrave foi a questão de sujar a roupa e os
calçados, uma vez que esta atividade foi realizada na grama, pois o colégio conta
com grande espaço externo com sombra e grama.
Também realizaram atividades de equilibrismo de pessoa sobre pessoa. Um
dos exercícios mais difíceis de executar: a pirâmide humana. Para fazer a união em
baixo, o artista do topo deve evitar se debruçar muito para não machucar ou
empurrar os da base para evitar a queda, orientar o peso compensando as bases
mais frágeis e mantendo o equilíbrio até ser visto pelos espectadores. Todos os
movimentos serão realizados como se fosse uma dança e em harmonia com os
demais do grupo para o espetáculo ficar mais elegante.
Não foi possível montar a pirâmide toda, pelo fato de que, exigiria mais
tempo para treino. Primeiramente, foi necessário ao professor, pedir aos alunos que
equilibrassem copinhos descartáveis para compreenderem como se daria a
pirâmide. Depois, chegaram ao ponto de montar uma pirâmide com base de cinco
alunos. Totalizando 10 envolvidos. Dessa maneira, foram aprimorados sentimentos
de cooperação e confiança entre os alunos (AYALA, 2008), fazendo com que
confiassem uns nos outros, pois quem estava de base teria que ter firmeza e
equilíbrio para que quem estivesse no topo não caísse, bem como, outros alunos
estariam em volta para oferecer maior segurança a todo o grupo, todos, desta forma,
estavam cooperando para o êxito da pirâmide.
Por último foram realizadas atividades de equilibrismo de objetos sobre
pessoa e de pessoa sobre objetos. Para isso, explorou-se perna de pau, cadeiras e
tábua bamba.
Não havia perna de pau suficiente, então, foram construídos alguns pares,
para isso, os alunos se reuniram em horário diferente da aula. Foi muito divertido e
alunos de outras turmas quiseram testar e brincar. No final da prática, todos já
dominavam a técnica. Assim sendo, foi possível, proporcionar aos alunos momentos
para desenvolvimento de habilidades artísticas, com a confecção do próprio
material, bem como se estimulou a auto-confiança e a expressão corporal.
Dessa forma, ao final dos trabalhos, o grupo envolvido realizou uma
avaliação. Foi um momento de descontração, os alunos puderam falar o que
sentiram e apontar os aspectos positivos e negativos do desenvolvimento do projeto
num todo. Assim, através do relato dos alunos verificou-se que o conteúdo Ginástica
Circense agradou a todos e sugeriram que as aulas de Educação Física
continuassem com este perfil, aliando o lúdico, o artístico, o desafiador e o técnico.
4 Conclusões
O fator motivador do desenvolvimento do projeto de intervenção foi
incentivar a prática da ginástica circense entre os alunos como forma de
motivação e interesse de participação nas aulas de Educação Física. Pode-se
constatar que, com o desenvolvimento do projeto de intervenção sobre Ginástica
Circense nas aulas de Educação Física da 5ª série do Ensino Fundamental, foram
proporcionados benefícios aos alunos:
No domínio físico e motor: através de atividades de equilíbrio do próprio
corpo sobre o solo, do corpo sobre objetos e do corpo sobre outro corpo,
bem como com atividades de contorcionismo, pinturas e desenhos.
No domínio cognitivo e intelectual: com realização de debates,
pesquisas, pinturas, exposições e relatos da vida cotidiana, comparando-
se a arte circense com as atividades práticas de educação física escolar.
No domínio afetivo e social: o trabalho em equipe, no apoio moral no
incentivo interpessoal. No gosto e no prazer em participar das aulas que
foram elaboradas visando o lúdico e a superação de limites.
No que se refere à interdisciplinaridade, foi um dos aspectos que
surpreendeu, pois não era esperado que tal proposta pudesse surtir tamanho efeito,
como: incentivar à leitura, a produção oral de textos, a construção de discursos
argumentativos, incentivar a arte e a expressão artística seja através de desenhos
ou de movimentos do corpo, o conhecimento histórico, a orientação educacional e
assuntos relacionados à melhoria dos comportamentos pessoais.
Como limitações, pode-se citar a falta de tempo, haja vista que esta é uma
experiência que deve respeitar a um cronograma de ações pré-estabelecido, ao ser
trabalhado no decorrer do ano letivo, em caráter normal das aulas, o conteúdo deve
ser distribuído em todas as séries da educação básica, podendo assim, ser aplicado
com mais calma e atingindo resultados até mesmo mais promissores.
Então, como crivo final desta prática investigativa, pode-se afirmar que as
atividades circenses nas aulas de Educação Física proporcionaram aos alunos o
melhor conhecimento do seu corpo, o desenvolvimento de habilidades físico-
corporais, sociais e psico-cognitivas. Quais sejam: controle motor, movimento
corporal, sensibilidade artística, o lúdico, relações pessoais e interpessoais,
sociabilidade, espírito determinado e busca de superação de limites. Sendo,
portanto, de grande valia que outros pesquisadores se dediquem ao tema buscando
com isso aprimorar a técnica docente do trabalho didático e pedagógico com a
ginástica circense.
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