DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · Entretanto, além da presença ou ausência de...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2009
Título Educação de jovens e adultos: estudo de alternativas metodológicas pautadas nas necessidades e na diversidade dos educandos desta modalidade de ensino
Autor Laudea Fatima Pereira Rodrigues do Prado
Escola de Atuação CEEBJA Elias Abrahão
Município da escola Engenheiro Beltrão
Núcleo Regional de Educação Campo Mourão
Orientador Profª Ms. Vanessa Daiana Pedrancini
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá
Área do Conhecimento Ciências
Produção Didático-Pedagógica (indicar o tipo de produção conforme Orientação 03/2008 disponível na página do PDE)
Caderno Pedagógico
Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
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Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos e professores da Educação de Jovens e Adultos, séries finais do Ensino Fundamental
Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação)
Rua Rocha Pombo, nº 143, Engenheiro Beltrão-PR
Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Um dos grandes desafios da Educação de Jovens e Adultos é a evasão dos estudantes. Diante desse problema, justifica-se o desenvolvimento do presente projeto, cujo objetivo é pesquisar a respeito das diferentes técnicas, métodos, recursos e metodologias que podem ser utilizadas no ensino de Ciências, bem como analisar o conhecimento que os educandos da EJA apresentarão antes, durante e depois do desenvolvimento de uma prática pedagógica diversificada. Para obter esses objetivos, a presente produção propõe ações pedagógicas direcionadas para os interesses e necessidades da Educação de Jovens e Adultos, de maneira que facilite a aprendizagem em relação ao tema “Reino das Plantas”, promovendo reflexões sobre as questões ambientais, a fim de levá-los à prática social final dos conteúdos. A metodologia que propomos usar é a fundamentada na Pedagogia Histórico-Crítica e a Teoria Histórico-Cultural, a partir de um referencial crítico-reflexivo, ou
seja, esse material didático será desenvolvido por meio das seguintes etapas: prática social inicial, problematização, instrumentalização, catrase e prática social final.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Educação de Jovens e Adultos; Ensino de Ciências; Reino Plantae; Educação Ambiental.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSuperintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas EducacionaisPrograma de Desenvolvimento Educacional
LAUDEA FATIMA PEREIRA RODRIGUES DO PRADO
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ESTUDO DE ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS PAUTADAS NAS NECESSIDADES E NA DIVERSIDADE DOS
EDUCANDOS DESTA MODALIDADE DE ENSINO
Maringá
2010
LAUDEA FATIMA PEREIRA RODRIGUES DO PRADO
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ESTUDO DE ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS PAUTADAS NAS NECESSIDADES E NA DIVERSIDADE DOS
EDUCANDOS DESTA MODALIDADE DE ENSINO
CADERNO PEDAGÓGICO
SUMÁRIO
Introdução........................................................................................................................06
As Plantas ......................................................................................................................07
Os grupos das plantas .....................................................................................................09
Fanerógamas: angiospermas e gimnospermas ................................................................10
Limoeiro: planta com flores, sementes e frutos ..............................................................10
Araucária: plantas sem flores e com sementes nuas .......................................................11
Criptógamas: pteridófitas, briófitas e talófitas ...............................................................13
Samambaias: plantas sem semente .................................................................................13
Musgos: plantas simples, sem semente ..........................................................................14
Talófitas: um caso especial ............................................................................................14
Vamos refletir .................................................................................................................15
Educação Ambiental ...................................................................................................... 21
Identificando as plantas ................................................................................................. 24
Ações Futuras ................................................................................................................ 25
Considerações finais ...................................................................................................... 26
Referências .................................................................................................................... 27
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Introdução
Essa produção didático-pedagógica faz parte do projeto de intervenção intitulado
“Educação de jovens e adultos: estudo de alternativas metodológicas pautadas nas necessidades e na
diversidade dos educandos desta modalidade de ensino”, cujo objetivo é pesquisar a respeito das
diferentes técnicas, métodos, recursos e metodologias que podem ser utilizadas no ensino de
Ciências, orientando a prática docente, bem como analisar o conhecimento que os educandos da
EJA apresentarão antes, durante e depois do desenvolvimento de uma prática pedagógica
diversificada (PRADO, 2010).
As metodologias empregadas devem estar de acordo com as funções sociais desta
modalidade de ensino, a qual tem o papel de auxiliar na formação integral humana, bem como
permitir o acesso ao conhecimento construído socialmente pelos homens ao longo dos tempos,
possibilitando que estes sujeitos tenham autonomia intelectual e, portanto, sejam ativos e
participativos na sociedade em que vivem (PARANÁ, 2006).
Algumas indagações instigaram a presente pesquisa, a qual é norteada pela seguinte
problemática: Qual a prática pedagógica mais adequada ao EJA? Quais técnicas de ensino,
métodos, recursos e metodologias são mais apropriadas para a educação de Jovens e Adultos, que
facilitem a aprendizagem dos conteúdos de Ciências na EJA, a fim de contribuírem para a
permanência dos educandos na escola até o término de seus estudos?
Tentando responder estes questionamentos, esta intervenção pedagógica será fundamentada
na metodologia da Pedagogia Histórico-Crítica, descrita por Gasparin (2007). Portanto, o
desenvolvimento desta intervenção contemplará as seguintes etapas: prática social inicial dos
conteúdos, problematização, instrumentalização, catarse e prática social final dos conteúdos.
Para a concretização desta prática pedagógica o tema de estudo escolhido foi os grupos de
vegetais que formam o Reino Plantae, ou seja, suas características e importância na manutenção da
vida no planeta, bem como o dever de preservar o patrimônio da humanidade, do qual dependem
todos os seres vivos.
Essas atividades serão desenvolvidas no ambiente do CEEBJA e Bosque da Gruta Nossa
Senhora da Rosa Mística, situado no Município de Engenheiro Beltrão-Paraná. O Bosque da Gruta
Nossa Senhora da Rosa Mística foi construído como espaço de lazer, mas no momento encontra-se
abandonado e usado indevidamente como espaço para o uso de drogas e prostituição e pela falta de
fiscalização já ocorreram algumas mortes quando algumas pessoas tentaram nadar no lago. Diante
desta problemática, indaga-se: O que podemos fazer para dinamizar o uso do local de forma útil,
criativa e segura?
Considerando o objetivo de promover reflexões das questões ambientais através do estudo
do Reino Plantae, identificando os grupos que pertencem a este reino e buscando formas de
preservação do meio ambiente, em especial de pequenas áreas, sugerimos o desafio se transformar o
bosque da Gruta Nossa Senhora da Rosa Mística em um espaço orientado de estudo e lazer, onde
alunos e visitantes terão a oportunidade de conhecer a vegetação presente no local e desfrutar de um
ambiente agradável.
Para o desenvolvimento da prática social inicial dos conteúdos será realizada uma visita ao
Bosque da Gruta Nossa Senhora da Rosa Mística, onde serão investigados os conhecimentos
prévios que os alunos apresentam em relação à diversidade e classificação do Reino das Plantas e
questões ambientais.
A partir dos conhecimentos prévios, as atividades e as ações docentes e discentes serão
planejadas. As atividades desenvolvidas e os procedimentos utilizados incluirão discussões; leitura,
interpretação, produção e reprodução de textos; atividades lúdicas e os vários recursos como
computador, a Internet, os sites e páginas da web como fonte de pesquisa para trabalhar os temas
propostos, ou seja, as aulas serão desenvolvidas por meio de técnicas que contemplem as
necessidades e diversidades dos educandos da EJA.
Depois de trabalhar as hipóteses levantadas pelos alunos buscando solução para o problema
e fazer a catarse, vamos finalizar esta intervenção pedagógica com a prática social final dos
conteúdos voltando ao bosque várias vezes para realizar o estudo dos grupos vegetais.
Ao longo das atividades desenvolvidas, será realizada a avaliação de forma continuada por
meio das atividades propostas.
Como ação final deste projeto, realizaremos a confecção de placas de identificação de
árvores de grande porte e a confecção de folderes contendo as características gerais da vegetação
encontrada no bosque, os quais serão distribuídos posteriormente aos alunos do CEBBJA e aos
visitantes do bosque, com o intuito transformar este local em um espaço de estudo da vegetação
local para escolas do município e promover mudanças comportamentais e culturais na utilização do
referido bosque.
Vamos conversar um pouco sobre a grande diversidade de plantas que estão a nossa volta e,
que muitas vezes, nem a percebemos e nem damos as plantas o devido valor, seja por seu valor
nutricional, industrial, ou por suas propriedades medicinais, bem como por suas propriedades
nocivas à saúde dos demais seres vivos, que interagem e dependem delas para sobreviver.
Você já pensou sobre a importância das plantas? Em quais momentos do seu dia a dia as
AS PLANTAS
plantas estão presentes? Nós, seres humanos, conseguiríamos viver sem as plantas? E os outros
animais necessitam das plantas para sobreviverem? Que tal fazermos um círculo de debate para
discutirmos essas questões?
Vamos olhar um pouco ao nosso redor! Faça uma observação das plantas que se encontram
em sua cidade, perto de sua casa ou em um parque, e preencha a tabela abaixo, citando plantas que
você conhece e que são utilizadas na indústria, medicina, em decorações, na alimentação ou que são
tóxicas para outros seres vivos. Em seguida, interaja com seus colegas, trocando informações.
Indústria Medicina Alimento Tóxicas Decoração
Agora que já conversamos um pouco sobre o que sabemos do Reino das plantas, vamos
conhecer algumas características gerais das plantas. A botânica é área da Ciência que estuda as
plantas e a taxonomia é a parte da Botânica que estuda a classificação, a identificação e a
nomenclatura das plantas.
As plantas são seres multicelulares autótrofos, ou seja, são seres vivos que são constituídos
por muitas células e que conseguem por meio da clorofila produzir compostos orgânicos (glicose),
utilizados para produção de energia, e oxigênio a partir da energia solar, água e sais minerais. A
clorofila é um pigmento verde presente em todas as plantas. Através da absorção do gás carbônico
em associação com a água, produzem o glicose (um tipo de açúcar) e também o oxigênio de que
precisam , sendo que o oxigênio que sobra é liberado para o ambiente e se torna essencial para a
manutenção da vida dos demais seres vivos através do processo da respiração. Por estes motivos as
plantas são consideradas as responsáveis pela manutenção da grande diversidade de vida na Terra.
AULA PRÁTICA: Estudo da célula vegetal
Objetivo: observar a célula vegetal e os cloroplastosO que vamos utilizar:
- folha de Anacharis SP., conhecida popularmente como Elodea;- lâminas e lamínulas;- água;- microscópio óptico
Procedimento: Retirar um folíolo da elodea e colocar na lâmina contendo uma gota de água. Posteriormente, cobrir o material com a lamínula. Observar no microscópio as estruturas celulares, identificá-las e desenhá-las.
Os grupos das plantasTodas as plantas são iguais? No que elas se diferenciam? Por que existe essa diversidade tão
grande entre as plantas? Todas as plantas produzem flores, frutos e sementes? Qual a importância
dessa diversidade para o equilíbrio do planeta Terra? Observem as plantas ao seu redor!!!
Como podemos observar nas fotos acima, as plantas podem ser formadas por árvores de
grande porte que podem dar frutos e árvores frutíferas, assim como plantas rasteiras, arbustos,
musgos, entre outras. Podemos observar que as plantas diferem entre si por uma variedade imensa
de formas, tamanhos, tipo de hábitat, dentre outras características. E através dessas diferentes
características podemos classificar as plantas em vários grupos. Em relação à presença ou não de
sementes, as plantas podem ser classificadas, por exemplo, como fanerógamas ou criptógamas. As
plantas fanerógamas produzem sementes a partir das quais se reproduzem, ao contrário das plantas
criptógamas, as quais não produzem sementes, apenas gametas que não são visíveis a olho nu.
Entretanto, além da presença ou ausência de sementes, há outros critérios que podemos
utilizar para a classificação das plantas, tais como: presença ou ausência de vasos condutores, flores
e frutos. De acordo com essas características, temos cinco grandes grupos vegetais: talófitas,
briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, os quais iremos conhecer mais adiante.
Agora, pesquise na internet, dicionários de biologia ou em outros livros o significado dos
seguintes termos: criptógama, fanerógama, talófita, briófita, pteridófita, gimnosperma e
angiosperma.
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Fanerógamas: angiospermas e gimnospermas
Limoeiro: planta com flores, sementes e frutos
O limoeiro se encontra no grupo das angiospermas. As plantas
deste grupo são encontradas em grande variedade e nos mais variados tipos de habitats, assim como
constituindo diferentes biomas, como nos cerrados, caatingas, florestas atlânticas e amazônicas.
Essas podem ser pequenas ervas como a gramíneas, outras são arbustivas como o cafeeiro, ou ainda
podem formar grandes árvores como o eucalipto. Além das estruturas básicas de todo planta, como
raiz, caule e folhas, as plantas desse grupo apresentam vasos condutores, flores e sementes que
ficam protegidas pelos frutos. Os vasos condutores, conhecidos como xilema e floema, são
responsáveis pelo transporte de água, sais minerais e compostos orgânicos produzidos pela
fotossíntese, ao longo de toda planta, permitindo que todas as suas estruturas tenham acesso às
substâncias básicas para a sobrevivência. As flores são as estruturas reprodutivas, e, portanto,
podem conter estruturas masculinas, femininas ou ambas. Já os frutos, encontrados apenas nesse
grupo vegetal, são importantes para a proteção e dispersão das sementes, ou seja, são atrativos para
animais, os quais acabam distribuindo as sementes ao coletarem os frutos.
As angiospermas podem, ainda, ser
subdivididas em dois grupos: as monocotilédones e as
dicotiledôneas, de acordo com o número de
cotilédones, estrutura encontrada no interior das
sementes que acumula material nutritivo e é
responsável pela nutrição do embrião. A importante
diferença entre esses grupos é que enquanto as
angiospermas monocotiledôneas são plantas com
apenas um cotilédone (alho, cebola arroz, cana-de-açúcar) as dicotiledôneas possuem dois
cotilédones (eucalipto, abacate, rosa, feijão).
Roseira: exemplo de dicotiledônea
AULA PRÁTICA: Estudo dos vasos condutores
Objetivo: observar a existência da estrutura que transporta água ao longo da plantaO que vamos utilizar:
- uma flor branca com haste. Esta flor pode ser uma margarida ou cravo;- corante alimentício - suco colorido em pó;- água;- um recipiente transparente;- tesoura sem ponta.
Procedimento: Dissolva o corante em água em um recipiente. Coloque a flor na água com corante e corte um pedaço da haste mergulhada na água. Observe e discuta as seguintes questões: O que aconteceu após alguns minutos?Como você explica essa mudança de coloração da flor?Qual estrutura é responsável por esse fenômeno?
Vamos visitar o site:
http://www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_plantas_gimnospermas.htm para uma pesquisa.
Vamos pesquisar qual a função da “flor”, suas partes e como ocorre a fecundação. Escreva sua
síntese no espaço abaixo:
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Araucária: plantas sem flores e com sementes nuas
As gimnospermas são plantas, geralmente, de grande porte e típicas de regiões com clima
frio. Os pinheiros, araucárias e pinus são plantas características desse grupo, as quais, em sua
grande maioria, possuem pequeninas folhas pontiagudas.
Essas plantas, assim como as angiospermas, possuem raízes, caule, folhas, vasos condutores
e sementes. Entretanto, as plantas desse grupo não produzem frutos, nem flores. Dessa forma, as
sementes produzidas pelas gimnospermas não ficam protegidas por frutos, como nas angiospermas.
A reprodução desse grupo vegetal acontece por meio de estruturas reprodutivas chamadas de
estróbilos. Algumas contem estróbilos masculinos e outras femininos, mas a maioria das
gimnospermas apresentam na mesma planta estróbilos masculinos e femininos.
Os estróbilos masculinos guardam dentro de si grãos de pólen que, ao serem levados pelo
vento, carregam as células reprodutivas masculinas para o interior do estróbilo feminino. Essas
células reprodutivas masculinas irão fecundar os óvulos, células reprodutivas femininas,
encontrados no estróbilo feminino, dando origem às sementes que são conhecidas, popularmente, de
pinhas.
Muito bem! Vamos fazer uma visitinha no site:
http://www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_plantas_gimnospermas.htm
Vamos ler e escrever, no espaço abaixo, por que o Pinheiro do Paraná ou Araucária é tão
significativa entre as Gimnospermas?
Criptógamas: pteridófitas, briófitas e talófitas
Samambaias: plantas sem semente
As pteridófitas são plantas um pouco mais simples se
comparadas com as angiospermas e gimnospermas. São plantas
de pequeno porte, encontradas em lugares úmidos e sombreados,
sendo abundante nas áreas tropicais. São exemplos de pteridófitas as samambaias, cavalinhas e
avenca.
As plantas desse grupo são vasculares, também apresentam caule sustentando sua estrutura,
e suas folhas são consideradas verdadeiras. Entretanto, ao contrário das angiospermas, as
pteridófitas não produzem flores, sementes e nem frutos,
O ciclo reprodutivo das pteridófitas é mais visível nas samambaias, pois na parte inferior das
folhas são encontrados pontinhos escuros chamados soros, os quais contem esporos. Os esporos
quando estão maduros caem no solo e germinam. Esse é o início da fase sexuada, com a formação
de uma estrutura chamada de prótalo que carregam em si os gametas masculinos e femininos ao
mesmo tempo. E com a união desses gametas desenvolve-se um embrião, dando origem a uma nova
samambaia.
A samambaia é a planta mais característica desse grupo. Suas folhas nascem enroladas e se
desenrolam ao crescer. Existem samambaias aquáticas e arborescentes. As samambaias
arborescentes são conhecidas como samambaiaçus ou xaxim, encontradas com facilidades no meio
das matas. Existe um tipo de samambaia pertencente ao gênero Pteridium, que invade os terrenos
após as derrubadas e queimadas, conhecidas como samambaia-das-roças. Seus brotos servem de
alimento e esses são chamados pelos japoneses “Warabi”.
Musgos: plantas simples, sem semente
As briófitas são vegetais simples, encontrados sobre solos,
rochas e troncos de árvores em lugares úmidos e sombreados. Os
representantes desse grupo vegetal são os musgos (figura ao lado) e as hepáticas. Atualmente, são
conhecidos cerca de 100 mil espécies de musgos.
Essas plantas não apresentam caule, raízes ou folhas verdadeiras e, portanto, essas estruturas
recebem os nomes de caulóides, rizóides e filóides, respectivamente. Além disso, não possuem
canais para circulação de água e nutrientes, sendo, portanto, plantas avasculares. Assim como as
samambaias são possuem flores, frutos e sementes, e cuja reprodução também envolve esporos.
Você já observou aquelas pequenas plantinhas que crescem sobre as árvores?
E aquelas plantas que mais parece um tapete verde em lugares úmidos como pedras, calçadas, etc.
Então, Agora você irá pesquisar na internet no site
http://www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_plantas_gimnospermas.htm e conhecer a
diversidade do grupo das briófitas. Escreva abaixo o que você descobriu sobre as briófitas.
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TALÓFITAS: um caso especialPertencem a esse grupo as algas multicelulares que vivem em ambientes aquáticos. Esse
grupo não apresenta tecido como as demais plantas e necessitam da água para se reproduzirem.
Além disso, não possuem raiz, caule ou folhas, possuindo um corpo chamado de talo e, por este
motivo, recebem o nome de talófitas.
Das algas multicelulares fazem parte os grupos das clorofíceas, conhecidas como algas
verdes; as radofíceas, que são as algas vermelhas e as feofíceas que têm coloração marrom ou
pardas, entretanto todas produzem clorofila e são organismos autótrofos.
Todas as algas multicelulares têm grande importância ecológica perante os demais seres
vivos, podendo ser utilizadas na alimentação e na indústria de cosméticos, gelatinas entre outros.
Visite o site http://osseresvivos.blog.terra.com.br/2007/10/15/as-talofitas/ para conhecer as
talófitas.
O que vocês descobriu a mais sobre as talófitas? Quais suas utilidades? Escreva abaixo.
VAMOS REFLETIR
Nós acabamos de estudar cinco importantes grupos de plantas, tais como: talófitas, briófitas,
pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Explique as características de cada grupo vegetal,
diferenciando-o dos demais grupos. Depois, discuta com os colegas e professores.
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As plantas são muito utilizadas por nós, seres humanos, na alimentação. Quais plantas você
geralmente utiliza na sua alimentação? São de quais grupos vegetais?
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Abaixo são apresentadas algumas proposições relacionadas aos grupos vegetais que
acabamos de estudar. Coloque V para as afirmativas verdadeiras e F nas falsas.
a. ( ) As gimnospermas são conhecidas como plantas sem sementes.
b. ( ) O cipestre pertence ao grupo das gimnospermas.
c. ( ) As plantas gimnospermas não produzem frutos.
d. ( ) As pteridófitas pertencem ao grupo das criptogamas.
Agora reescreva as frases corrigindo as informações falsas:
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Faça correspondência relacionando os grupos dos vegetais à sua característica principal:
( a ) Fanerógamas ( ) plantas sem frutos para proteger as sementes
( b ) Talófitas ( ) plantas com raíz, caule folhas e flores
( c ) Briófitas ( ) plantas com frutos
( d ) Pteridófitas ( ) plantas que têm as flores como órgão reprodutivos
( e ) Angiospermas ( ) pertencem ao grupo das algas
( f ) Gimnospermas ( ) absorve a água por rizoídes
Marque “sim” ou “não” no quadrinho que indicam os grupos aos quais pertencem as plantas abaixo:
Grupos Angiospermas Gimnospermas Talófitas Briófitas PteridófitasPlantasLimoeiroSamambaiaMusgoAvencaPinheiroAlgasMangueiraAraucáriaCavalinhaLaranjeira
Após estudar o Reino Plantae e observando as fotografias abaixo, julgue as questões apresentadas,
justificando-as.
1. As plantas da fotografia (7) e (12) são do mesmo grupo.
2. Em que as plantas de número (2) (3) e (8) tem de semelhança?
3. A planta número (1) tem a mesma utilização da planta número (8).
4. As plantas de número (2), (5) e (13) são todas pertencentes ao grupo das angiospermas?
5. A semelhança entre as plantas das fotografias de número (3), (14) e (15) é por serem todas
gimnospermas e dicotiledôneas?
Mais uma vez estude as fotografias acima e faça a classificação dessas plantas de acordo com o
grupo as quais pertencem.
Angiospermas Gimnospermas Talófitas Briófitas Pteridófitas
DESENHE OU COLE AGUI A FIGURA DE UMA TALÓFITA
Marque V nas alternativas verdadeiras e F nas alternativas falsas:
a. ( ) As algas são seres vivos autótrofos.
b. ( ) As algas não possuem raízes, caule e folhas.
c. ( ) Só as algas verdes possuem clorofila.
d. ( ) As algas vivem somente no mar.
Agora corrija as afirmativas que foi(ram) marcada(s) com F, reescrevendo corretamente as
frases:
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Labirinto de Ciências
Com as letras da coluna ao lado escreva os nomes das pteridófitas mais conhecidas:
A E
V N
A C
M A
A M
S B
I A
A WV N
A C
A V
C A
M L
I B
H N
D A
Procure encontrar no quadro abaixo o nome de doze angiospermas:
K I J U H Y G T G R D E S WA B C D E C A Q U I A B C DG Z X V B L A R A N J A W LO O L M O N Y T E Q A B N MI S S L L A T I O P B N B AA W E Y Z C O E R T U Y U NB C M N B A V C O Z T Q W GA A S D L F G Z A R I L K AJ H J E G H O Y J I C J H PM A M A O R O I I Y A T E GL K J R R F D S E Z B R X CM O R A N G O J F N A L W L
Fizemos um ótimo estudo. Agora vamos fazer uma sondagem do que aprendemos respondendo as
questões abaixo completando a cruzadinha.
1. Os grupos em que se divide o Reino Plantae são?
2. Dê um exemplo de briófita.
3. Quais as plantas que fazem parte do grupo das pteridófitas?
4. Escreva os grupos em que se divide as fanerógamas?
5. Dê exemplos de gimnospermas e as angiospermas.
6. Quais os dois grupos em que se dividem as angiospermas?
Preencha os espaços em branco, do mapa conceitual abaixo, com as informações que estão faltando.
Se for necessário, pesquise!
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Até agora falamos sobre os diversos grupos das plantas, mas será que as nossas ações estão
coerentes com a postura eticamente correta de um cidadão ambiental? Ou estamos contribuindo
para um maior desequilíbrio?
Diante do desequilíbrio ambiental que estamos vivendo, advindo de vários fatores de ordem
política, econômica, ética, cultural, moral, entre outras, verificou-se a necessidade de trabalhar os
conteúdos de educação ambiental numa perspectiva coletiva.
Durante anos o homem tem degradado o meio em que vive com as mais diversas desculpas,
entre elas o desenvolvimento econômico do país, sem se comprometer e se preocupar com o
equilíbrio ecológico ou com a sustentabilidade.
Atualmente as leis de preservação ambiental têm deixado muito espaço para ações
irresponsáveis e criminosa dos cidadãos que encontram desculpas para não preservar e nem
reflorestar as matas, pois, dizem eles que têm 20 anos para atender o que diz a lei, transferindo,
assim, a responsabilidade para seus herdeiros que terão mais 20 anos e assim por diante, sem
precisar cumprir a lei.
A utilização dos recursos naturais não renováveis causa grande desequilíbrio. Nascentes são
fechadas para ganhar mais espaço para plantação, contaminação dos rios e lençóis freáticos por
agrotóxicos, a derrubada das matas ciliares entre tantas outras ações, e quando a terra cansada não
produz somos nós que pagamos as contas dos subsídios agrícolas que o governo oferece a cada um
deles com os impostos que pagamos.
Seguindo este raciocínio a tarefa da Educação Ambiental é o ponto de partida para
sensibilizar, desenvolver conhecimento e provocar ações futuras, num trabalho coletivo.
A apropriação do conhecimento em Educação Ambiental por alunos da Educação de Jovens
e Adultos é um jeito de conscientizar e contribuir na formação de um cidadão crítico e ativo na
comunidade. É um meio de proteção e conservação através de ações educativas ambientais que vem
dessa formação.
A preocupação com a degradação ambiental diz respeito a todos. Principalmente à
população das pequenas cidades que na maioria dos estados brasileiros ainda têm áreas não
desmatadas onde mantém uma grande diversidade de fauna e de flora.
Infelizmente, a humanidade continua a poluir nosso meio ambiente, e a política de educação
ambiental parece se esquecer que os problemas causados pelo próprio homem devem ser resolvidos
a cada dia: ontem, hoje e amanhã, através da educação ambiental contínua, pois as mudanças
ocorridas na biosfera ameaçam nossa própria existência, caso não sejam corrigidas com urgência.
Durante séculos muitas pessoas tentaram chamar a atenção das autoridades para a
necessidade de preservar o meio ambiente, através de músicas, livros ou poesias que são
considerados ecológicos. Segundo Soffiati (1998) a poesia é considerada ecológica quando toma
por assunto os atentados ao meio ambiente, dando-lhes caráter de denúncia. Suas primeiras
manifestações repudiam as agressões aos indivíduos vivos, sejam plantas, animais ou seres
humanos.
O estudo do Bosque Nossa Senhora da Rosa Mística que apresenta fragmentos da mata
pluvial subtropical de cerrado traz a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento da
consciência ambiental dos alunos do CEEBJA Elias Abrahão e da população de Engenheiro
Beltrão.
O projeto servirá para pesquisar as características taxonômicas da vegetação e a
identificação de algumas espécies torna-se uma ótima metodologia para levar os alunos a
conhecerem e cuidar do ambiente em que vivemos.
Em Nossa visita ao bosque da Gruta Nossa Senhora da Rosa Mística encontramos plantas de
vários grupos do Reino Plantae? Quais são eles?
Quantida
de
Grupo Planta
1.2.3.4.5.6.7.8.9.10.
Você será capaz de listar no mínimo cinco ações que podemos fazer para preservar o meio
ambiente?
Núme
ro
Ações
1.2.3.4.5.6.
IDENTIFICANDO AS PLANTAS
Nesta etapa nossa meta será identificar algumas plantas do Bosque da Gruta Nossa Senhora
da Rosa Mística, situado no município de Engenheiro Beltrão, e colocar as placas de identificação
com o nome popular, o nome científico, a família a qual pertence e qual a sua ocorrência.
Escreva o nome de algumas espécies que identificamos, utilizando o modelo abaixo:
Classificação Científica
Nome Popular: Pau-brasil
Nome Científico: Caesalpinia echinata
Família: Caesalpiniaceae
Ocorrência: ocorre do Rio Grande do Norte até a costa norte do estado de São Paulo
Agora prepare as placas de identificação de mais algumas espécies:
1. Classificação Científica
Nome Popular:
Nome Científico:
Família:
Ocorrência:
2. Classificação Científica.
Nome Popular:
Nome Científico:
Família:
Ocorrência:
3. Classificação Científica
Nome Popular:
Nome Científico:
Família:
Ocorrência:
4. Classificação Científica
Nome Popular:
Nome Científico:
Família:
Ocorrência:
5. Classificação Científica
Nome Popular:
Nome Científico:
Família:
Ocorrência:
AÇÕES FUTURAS
Este é o momento de discutirmos e decidimos algumas ações a serem sugeridas às
autoridades do Município de Engenheiro Beltrão-Pr para a conservação e proteção do Bosque da
Gruta Nossa Senhora da Rosa Mística.
Ações1._________________________________________________________________________
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AçõeS 2: ________________________________________________________________________
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Ações 3: ________________________________________________________________________
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para concluir esta Produção Didático-Pedagógica gostaria falar um pouco sobre a função
social da EJA.
As Diretrizes Curriculares Nacionais conferem a EJA (PARANÁ, 2006) três funções:
Função reparadora que dá ao jovem e ao adulto o direito ao acesso e permanência à
educação de qualidade que lhes garanta oportunidade de aprendizagem, não mais apenas
suprimindo como era no Ensino Supletivo.
Função equalizadora dá direito de igual oportunidade e desenvolvimento na construção do
saber a todos.
Função qualificadora conforme consta nas Diretrizes (PARANÁ, 2006), esta é a principal
função que complementam todas as outras, pois, permite formação permanente a todos de forma
que o sujeito possa se sair bem em todas as situações.
Portanto, a prática metodológica tem tudo a ver com os problemas enfrentados pelos
estabelecimentos de ensino, principalmente no que se refere a evasão escolar na modalidade de
ensino da EJA, impedindo assim o sucesso do processo ensino e aprendizagem. Outros fatores
como a pouca assistência de políticas públicas, situação financeira, formação cultural, entre outros,
também são causas desse insucesso.
Com metodologias atrativas e desafiadoras os sujeitos da EJA encontram na escola espaço
para socializar as marcas de exclusão e opressão que carrega. O saber, dessa forma, se torna para
esses alunos instrumento de luta e libertação.
Sendo assim as abordagens metodológicas devem atender as particularidades dos sujeitos da
EJA, ou seja, devem ser pautadas, estruturadas e planejadas conforme as necessidades e
diversidades dos educandos dessa modalidade de ensino.
Para finalizar, nas palavras de Paulo Freire (2001, p.106): não há como separar “prática da
teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor de respeito aos alunos,
ensinar de aprender”.
REFERÊNCIAS
GASPARIN, J. L. Uma didática para uma pedagogia histórico-crítica. 4ª ed. Ver. e ampl. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2007.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: SEED, 2006.
PRADO, L., F., P., R., do. Educação de Jovens e Adultos: Estudo de alternativas metodológicas pautadas nas necessidades e na diversidade dos educandos desta modalidade de ensino. Projeto de intervenção pedagógica pelo Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE, Paraná, 2010.
SOFFIATI, A. Ecologia: reflexões para debate. São Paulo: Edições Paulinas, 1988.
Referências consultadas para produção dos textos do caderno pedagógico:
BRASIL. Meio ambiente e trabalho: caderno do professor. (Coleção Cadernos de EJA) [Coordenação do projeto
Francisco José Carvalho Mazzeu, Diogo Joel Demarco, Lunal Kal]. Unitrabalho - Fundação interuniversitária de Estudo e Pesquisa sobre o trabalho. SECAD- Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília- DF/ MEC, 2007.
BURNIE, D. Dicionário temático de Biologia. São Paulo: Ed. Scipione, 1997.
CANTO, E. L. do.Ciências Naturais: Aprendendo com o cotidiano. 3ª Ed. São Paulo: Ed. Moderna, 2009.
CRUZ, D. Tudo é ciências. São Paulo: Ed. Ática, 2008.
CRUZ, J. L. C. da. Ciências: ensino fundamental. Projeto ARARIBÁ. 2ª ed. São Paulo: Ed. Moderna, 2007.
GEWADSZNAJDER. F. Ciência: a vida na terra. São Paulo: Ática, 2006.
GOWDAK, D; MARTINS, E. Coleção Ciências: Novo Pensar. São Paulo: FTD, 2002.
RODRIGUES. C; MALZONI. I. Educação socioambiental: conhecer para interagir. Edição Especial Meio Ambiente. São Paulo: Ed. Abril, 2010.
SEVERIANO. A. P. Sustentabilidade: É possível e tem quem faz. Edição Especial Meio Ambiente. São Paulo: Ed. Abril, 2010.