DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · Por isso, para esta terceira fase foi selecionada a...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS DE JACAREZINHO
MARISILVIA APARECIDA FONSECA
CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO
JACAREZINHO, PARANÁ
2010
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GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE
MARISILVIA APARECIDA FONSECA
CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO
Proposta de Ação na escola em forma de Caderno de Apoio Pedagógico apresentado à Coordenação Estadual do Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria do Estado da Educação do Paraná, como requisito parcial à obtenção de título de Professor/PDE Orientadora: Dra. Luciana Brito
Jacarezinho, Paraná 2010
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CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO
1. Identificação Professor PDE: Marisilvia Aparecida Fonseca
Área PDE: Língua Portuguesa
Professor orientador IES: Luciana Brito
IES vinculada: Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP
Escola de implementação: Colégio Estadual Professor Sílvio Tavares. Ensino
Fundamental, Médio, Normal e Profissional
Público objeto da intervenção: Alunos
Município: Cambará
2. Tema de estudo: Literatura e Escola – concepções e práticas
3. Título: A pluralidade cultural em A morte e a morte de Quincas Berro
D’Água
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SUMÁRIO IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................................ 03
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 05
UNIDADE I ........................................................................................................................... 06
ATIVIDADES ........................................................................................................................ 06
UNIDADE II .......................................................................................................................... 08
ATIVIDADES ........................................................................................................................ 08
UNIDADE III ........................................................................................................................ 10
ATIVIDADES ....................................................................................................................... 11
UNIDADE IV ........................................................................................................................ 17
ATIVIDADES ....................................................................................................................... 18
UNIDADE V ......................................................................................................................... 21
ATIVIDADES ........................................................................................................................22
ATIVIDADE DE ENCERRAMENTO ............................................................................... 25
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 27
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INTRODUÇÃO
Este caderno pedagógico baseia-se no projeto de pesquisa “A
pluralidade cultural em A morte e a morte de Quincas Berro D’Água”, o qual
foi concebido a partir da necessidade de reflexão sobre dois aspectos de nossa
formação social. Primeiro, a representação da cultura afro-brasileira presente
no texto amadiano, tendo como intuito destacar para o aluno de Ensino Médio
a diversidade cultural brasileira, principalmente as manifestações de origem
africana, muitas vezes marginalizadas. O advento da lei 10.639/2003 dispôs
sobre a inclusão da história e cultura afro-brasileiras em nossos currículos
escolares, consequentemente há a necessidade de revisão de currículos, livros
e procedimentos didáticos racializados e euronorteamericanocentrados.
Deste mergulho na diversidade emergirá outro aspecto não menos
relevante que o primeiro: as contingências sociais que condicionam as
escolhas individuais, a representação do outro, num exercício simultâneo de
auto-conhecimento e de alteridade por meio do percurso literário selecionado,
visando a reflexão sobre as bases para a construção de uma sociedade mais
tolerante para com a diferença.
O viés sociológico deste trabalho que compreende a leitura como um
ato dialógico, não minimiza o gênero literário como objeto artístico, sendo
assim o roteiro de atividades traz as etapas do método recepcional com
sugestões que admitem articular valores e sentidos do texto literário, a fim de
identificar índices contextuais e situacionais que permitiram a construção do
universo narrativo literário.
Dessa forma, pretende-se contribuir de modo relevante para a
formação de leitures-sujeito, que sejam críticos e criativo, capazes de avaliar a
importância da contribuição africana na formação do povo brasileiro em sua
diversidade ímpar, bem como despertá-los para a necessidade do exercício da
alteridade como um valor fundamental para a construção de uma sociedade
mais justa e solidária.
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Unidade I – Determinação do horizonte de expectativas
O método recepcional estabelece que o professor sonde as preferências
e gostos dos alunos previamente à indicação de uma leitura, a fim de se
efetuar a determinação do horizonte de expectativas da classe. Para tanto,
serão considerados os valores prezados pelos alunos.
Para a determinação do horizonte de expectativas, cumpre salientar que
esta proposta será implementada na 3ª série do Ensino Médio, visto que é a
fase da vida escolar que impõe escolhas, nesta etapa decide-se o futuro
profissional, seja pela opção de ingressar no Ensino Superior ou pela
necessidade de exercer uma atividade laboral. Nesse momento, é comum o
adolescente sentir-se inseguro e confuso e “disfarçar” seus medos no humor,
no sarcasmo, na ironia. Sentem as desigualdades sociais do ambiente em que
estão inseridos e de modo geral são impelidos a aceitar as regras
estabelecidas sem questioná-las. Sem perspectivas, não vêem espaço para a
sua pluralidade e consequentemente são intolerantes com as diferenças, por
isso a necessidade dessa abordagem com um texto que possibilitará, através
do processo de carnavalização da obra amadiana, a representação do outro
em sua essência múltipla e una.
Atividades
Pra começo de conversa....
Neste ano, você concluirá o Ensino Médio e precisará tomar decisões
importantes.
Você fará uma faculdade?
Qual o curso escolhido? Por quê?
Terá de trabalhar?
Onde você buscará colocação profissional? Por quê?
Professor, inicie este debate em tom de bate-papo, a formação em círculo dos alunos favorecerá a interação.
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Quais são as possibilidades locais de trabalho?
Já trabalha?
Como você pretende conciliar estudo e trabalho?
Quais suas perspectivas em relação ao futuro?
De que modo suas escolhas atuais contribuirão para atingir seus
objetivos?
Professor, as questões são apenas exemplificativas, certamente o tema
despertará o interesse e o debate fluirá, procure dar espaço para que os
alunos exponham suas expectativas, sonhos, medos, inseguranças...
A bibliografia sugerida traz uma abordagem lúdica sobre tema:
IACOCCA,Liliana; IACOCCA, Michele, Em busca da profissão: qual é a
sua trilha? São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2003.
Os endereços eletrônicos abaixo também são boas fontes de pesquisa para
os alunos:
www.guiadeprofissoes.com.br
www.guiadoestudante.com.br
www.senac.br
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Unidade II – Atendimento do horizonte de expectativas
Numa segunda etapa, a qual consiste no atendimento do horizonte de
expectativas, devem-se proporcionar à classe experiências com os textos
literários que satisfaçam as suas necessidades em dois sentidos: quanto ao
objeto e quanto às estratégias de ensino.
O primeiro contato com o tema será feito através de um diálogo de duas
representações da pintora paranaense Lídia Saczkovski1. A primeira,
Pelourinho, retrata este lugar histórico em cores vibrantes: vermelho, amarelo,
laranja, verde, azul. A segunda, intitulada Projetos, será trazida para que se
possa abordar a questão das escolhas feitas no decorrer da vida, este aspecto
posteriormente será trabalhado no texto amadiano.
A apresentação das imagens será feita na TVpendrive. As contingências
culturais, econômicas, familiares e até religiosas que condicionam as escolhas
serão questionadas para provocar nos alunos o debate sobre o tema. Como é
uma atividade prevista para o segundo semestre, atenderá o horizonte de
expectativas dos alunos, pois eles sentem necessidade de externar seus
temores em relação às escolhas que terão de fazer.
Atividades
Um assunto puxa o outro...
Para “aquecer” o debate mostre a tela Pelourinho na TV pendrive e
peça para os alunos assinalarem as referências culturais presentes.
Disponível em: http://www.arteparanaense.art.br/lidia_saczkovski/pinturas.html
São traços ingênuos e espontâneos que retratam este lugar histórico em
cores vibrantes: vermelho, azul, amarelo, laranja, verde... A influência da
cultura africana provavelmente será reconhecia pelos alunos, se não for cabe
1 Lidia nasceu em Irati (PR). Trabalhou , morou e conheceu cidades brasileiras como: Recife, Salvador e Curitiba onde teve contato com costumes e culturas diferenciadas que, para seu temperamento observador enriqueceram mais seu universo. Traz nas raízes do seu trabalho as cores do folclore, das tradições e a simbologia do misticismo, da fé das crenças e religiões que permeiam seu mundo existencial.” http://www.arteparanaense.art.br/lidia_saczkovski/pinturas.html
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ao professor subsidiar esta interpretação, para tanto é indispensável a leitura prévia da obra Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freire.
Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera da vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. (FREIRE, 2007, p.367)
A seguir mostre a tela Projetos da mesma artista:
Disponível em: http://www.arteparanaense.art.br/lidia_saczkovski/pinturas.html
O que determina as nossas escolhas?
Como as escolhas alheias atingem nossa vida?
E possível tolerar valores e objetivos de vida múltiplos?
Deixe os alunos externarem seus temores em relação às escolhas que terão de
fazer.
Unidade III – Ruptura do horizonte de expectativas
A ruptura do horizonte de expectativas, terceiro passo do método
recepcional, deve ser feita através da introdução de textos e atividades de
leitura que abalem as certezas e costumes dos alunos. O importante é que os
textos dessa etapa apresentem maiores exigências aos alunos.
Professor: É interessante a leitura do capítulo IV da obra Método 6: Ética, intitulado
“Ética da compreensão”, de Edgar Morin, pois elucida o fio condutor deste trabalho.
Os contextos culturais devem ser reconhecidos para compreender os pensamentos e os atos dos indivíduos oriundos de diferentes culturas, das quais o sagrado, o tabu, o lícito e a honra nos são estranhos e estrangeiros. Daí a necessidade de compreender que a honra do outro possa obedecer a um código diferente do nosso, logo de considerá-la segundo critérios dessa cultura, não dos nossos. (MORIN, 2005- p. 115.)
É importante que o professor conduza à leitura sob a perspectiva de Morin, para que a
leitura da etapa seguinte não seja reduzida a uma apologia da malandragem, uma vez
que não é intuito deste trabalho fazer qualquer tipo de juízo de valor, e sim mostrar que
é possível conviver com as diferenças.
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Unidade III – Ruptura do horizonte de expectativas
Por isso, para esta terceira fase foi selecionada a obra A morte e a morte de Quincas Berro D’Água, uma novela composta de 12 capítulos.
Inicialmente serão abordados aspectos estruturais da narrativa, bem como uma
breve contextualização da obra e biografia do autor, em apresentações de
slides na TVpendrive. Cada aluno terá um exemplar da obra, a ser
disponibilizado pela biblioteca da escola. A leitura será dividida em 6 etapas
compostas de duas fases: um capítulo lido em sala (leitura coletiva) e uma
leitura do capítulo seguinte como atividade extraclasse. Nesta etapa serão
adotadas algumas sugestões metodológicas da seqüencia expandida de Rildo
Cosson.2 (COSSON, 2006, p.75)
Ao final da leitura será apresentada a música É doce morrer no mar de
autoria de Dorival Caymmi e Jorge Amado. Inevitavelmente surgirão alguns
questionamentos que serão debatidos em sala: Por que Quincas preferiu
morrer no mar, no colo de Iemanjá? O que significou para Quincas esta
possibilidade de escolha? Por que a opção por uma vida marginal?
Após a apreensão global da obra e sua contextualização teórica,
histórica, estilística, crítica, será sugerida uma segunda leitura (compartilhada,
coletiva) que buscará aprofundar a temática da escolha e o estudo das
contribuições de origem africana presentes na obra em diversos aspectos da
vida social. No decorrer desta segunda leitura, os alunos serão instigados a
pesquisar sobre as influências africanas na formação do povo brasileiro e
exporem o resultado do trabalho em seminários. O ponto de partida e de
chegada é a obra A morte e morte de Quincas Berro D’Água, contudo
espera-se que o aluno consiga ao final “ver” a riqueza de pluralidade cultural
brasileira.
Alguns aspectos pontuais da obra amadiana serão ressaltados, pois se
trata de um texto conciso, porém denso de significações. A narrativa
aparentemente superficial e carnavalizada é recheada de situações distorcidas
e surreais em que a ordem racional é completamente ignorada e traz um
2 A sequência expandida é composta das fases: motivação, introdução, leitura, primeira interpretação, segunda interpretação e expansão.
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dilema universal da existência humana: o livre arbítrio. O protagonista volta à
vida para escolher a sua morte.
A escolha de Quincas rompe o horizonte de expectativas do leitor sob a
égide da moral aparente, não se trata de apologia da malandragem3, mas da
liberdade de escolha, que no caso de Quincas só foi conquistada na
maturidade. As amarras sociais o faziam infeliz, por isso não quis morrer no
bairro de classe média, nem no centro velho de Salvador: “Não vou deixar me
prender em cova rasa no chão” (AMADO, 2004, p. 96).
O filme baseado na obra, lançado no Brasil em maio de 2010,4 poderá
ser utilizado como uma atividade que aprofundará a leitura através da
comparação entre a linguagem literária e a cinematográfica.
Atividades Prazer em conhecê-lo, Berrito...
Motivação
A Morte que da Vida o nó desata. (CAMÕES, 2007, p.20) Até hoje permanece certa confusão em torno da morte de Quincas Berro D’Água. (AMADO, 2004, p. 1)
Jorge Amado (1912-2001), escritor baiano, pertencente ao movimento
modernista de 1930. Foi Deputado Federal pelo partido comunista e autor do
projeto de Lei que assegura a liberdade de culto religioso no Brasil. Criou um
personagem inusitado, que voltou à vida para escolher sua morte.
Um dos mais prestigiados escritores brasileiros, Jorge Amado, na obra A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, destaca os aspectos que
compõem o comportamento social, por isso vale a pena conhecer nosso
herói/malandro:
3 Viagem Nestlé pela Literatura. Caderno Pedagógico.2000. 4 Segundo informação disponível em http://www.cineplayers.com/filme.php?id=6909, acesso em 10/01/2010.
Para mais informações sobre o autor, acesse a página:
http://www.jorgeamado.org.br/jorge_biografia.htm
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Joaquim Soares da Cunha .... funcionário público
corretíssimo e pai de família exemplar... será?...Apresento-lhes
Quincas Berro D’Água, o Berrito... cachaceiro, debochado...
Questões para análise do capítulo I e II:
a)Por que para a família Joaquim Soares da Cunha já estava
morto?
b)Quais sentimentos a família expressa ao receber a notícia da
morte de Quincas Berro D’Água?
c)Como o narrador enfrenta o encargo de narrar as sucessivas
mortes de Quincas?
Introdução ao tema:
O que é que a Bahia tem?
Pedir que os alunos pesquisem e exibam na TVpendrive imagens da Bahia,
lugares onde a narrativa se passa, bem como as referências culturais baianas.
Ler com os alunos o primeiro capítulo da obra, e se achar necessário conceituar o gênero literário novela:
“ [...] é um romance mais curto, isto, é tem um número menor de personagens, conflitos e espaços, ou os tem em igual número ao romance, com a diferença de que a ação no tempo é mais veloz na novela.”(GANCHO, 2006, p. 9.)
O segundo capítulo será uma leitura extraclasse. E assim sucessivamente.
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Leitura:
Questões para análise do capítulo III e IV:
a) De que forma o ambiente onde Quincas vivia, bem como sua
vestimenta afrontavam sua família?
b) Quais eram as referências religiosas de Vanda, filha de
Quincas?
Rituais
Divida a sala em grupos e peça para que cada grupo pesquise rituais fúnebres
de diferentes povos e seu significado cultural.
Questões para análise do capítulo V e VI:
a) O capítulo V inicia-se com uma reunião da família de Quincas
na mesa do restaurante. Quais eram as preocupações de seus
parentes?
b) Releia o trecho: “__ Coitado do Joaquim... Tinha bom gênio. Não
fazia nada por mal. Gostava dessa vida, é o destino de cada um.
Desde menino era assim. Uma vez, tu lembra Eduardo? ... quis
fugir com o circo. Levou uma surra de arrancar o pêlo [...]”. O que
este episódio da fuga com o circo revela sobre a personalidade de
Quincas?
c) O que representou para Vanda proporcionar ao pai um “velório
decente”?
d) Como Quincas reage ao velório organizado por sua família?
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A religiosidade baiana
Em forma de seminário, pedir que os alunos preparem-se para apresentar a
origem e o significado da Festa do Bonfim para o povo baiano.
Questões para os capítulos VII e VIII:
a) Como a notícia da morte inesperada de Quincas foi recebida
entre as pessoas do povo?
b) Quincas declarava-se “um velho marinheiro”. Por quê?
c) Curió, Negro Pastinha, cabo Martim e Pé-de-Vento são os
quatro amigos mais íntimos de Quincas. Como reagiram à notícia
da morte de Berro D’Água?
Gosto de Bahia
Debater com os alunos sobre os hábitos alimentares de origem africana
apresentados por Jorge Amado.
Questões para análise dos capítulos IX e X:
a) Os amigos de Quincas decidem velá-lo também. Durante o
velório a um estranhamento entre os amigos e a família. Ambos os
grupos se sentem incomodados com a presença do outro. A que isto
se deve?
b) Que grupo busca uma tentativa de aproximação? Qual a
reação do outro?
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c) A família ausenta-se do velório, oportunidade para o morto
revelar sua verdadeira vontade, de quais “amarras” Quincas vai
se libertando?
É doce morrer no mar...
Após a leitura da obra, trazer a música É doce morrer no mar, de Dorival
Caymmi e Jorge Amado.
Questões para análise dos capítulos XI e XII:
a) O velório transformou-se numa comemoração. O que
comemoravam? O que isto representou para Quincas?
b) Qual foi a atitude inesperada de Quincas, após descansar nos
braços de Quitéria?
c) “No meio da confusão/ Ouviu-se Quincas dizer: “__ Me
enterro como entender/ Na hora que resolver./ Podem guardar
seu caixão/ Pra melhor ocasião./ Não vou deixar me prender/ Em
cova rasa no chão”. Foram as derradeiras frase de Quincas antes
de atirar-se no mar. O que esta possibilidade significou para o
protagonista?
Segunda leitura
Sugerir aos alunos uma segunda leitura, na qual cada grupo será responsável
por destacar um aspecto cultural (religioso, econômico, comportamental, etc.)
de cada personagem.
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Expansão:
Após assistir ao filme, comparar as duas linguagens, como cada personagem
foi representado literária e cinematograficamente e quais os recursos utilizados
em cada linguagem. Buscar a compreensão da escolha de Quincas.
http://www.tcmoveis.com.br/blog/?p=5276, acesso em 07/06/2010
Por que Quincas preferiu morrer no mar, no colo de Iemanjá?
Por que a opção por uma vida marginal?
Expor os resultados em forma de seminários com apresentações em slides na
Tvpendrive.
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Unidade IV Questionamento do horizonte de expectativas
Chega-se à etapa de questionamento do horizonte de expectativas,
decorrência da comparação entre as duas anteriores. Este é o momento de os
alunos verificarem que conhecimentos escolares ou vivências pessoais
proporcionaram a eles facilidade de entendimento do texto e/ou abriram-lhes
caminhos para atacar os problemas encontrados.
Para esta fase foi selecionado o texto intitulado o “Doce de Teresa” de
Flávia Savary, em 25 sinos de acordar Natal, que se inicia com a seguinte
afirmação: “Não sei ... É por essas e outras que eu acho que a vida devia
começar pela sobremesa. O salgado vinha depois. Porque, às vezes, quando o
doce chega, não tem mais espaço...”(SAVARY, 2001, p. 192)
Tal obra mostra a forma passiva com que Tereza encara a vida, para
ela, viver resume-se em fazer doces, pois assim aprendera desde a infância,
não teve a possibilidade da escolha, porém aceita com doçura a exclusão da
velhice imposta a ela por sua família. O texto é de uma poeticidade pungente.
Do cânone literário contemporâneo foi premiado em vários concursos. Após
contextualização, caracterização do gênero conto e breve biografia da autora,
os alunos retomarão a canção É doce morrer no mar como uma descrição da
morte de Quincas Berro D’Água, comparando-a com a descrição da morte de
Teresa:
Nem o barulho das gentes chegando acordou Teresa. Nem os beijos de bebês, cheios de lágrimas do medo de ver um rosto tão marcado de rugas. Nem os presentes de todo tamanho. Nem chamando pelo nome, que fazia tempo ela não ouvia de boca outra que não a própria. Nem balançando de leve a cadeirinha. Nem sacudindo, sacudindo. Teresa entrou no sonho e era um sonho tão doce, doce, mais e mais. Não deu vontade de sair. Parecia um sonho de verdade, não aqueles de padaria. Dos feitos em casa. (SAVARY, 2001- p. 195/196).
Enquanto Quincas quis morrer no mar e viver os prazeres da noite, da
boemia, rei da noite e da vida “vadia”, abandonando a falsa moral de uma
família burguesa, Tereza suportou as intempéries da vida: “Quem não tem
vocação para amarga, venha a onda que for - não arrasta. Nem salga.”
(SAVARY, 2001- p. 53)
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Como a metáfora “doce” pode ser interpretada em cada obra? (na
canção de Caymmi e no conto). Os alunos exibirão seu entendimento sobre a
questão através da criação de charges, esta atividade será realizada em
grupos, os quais receberão orientação sobre o gênero charge e suas
características. Uma exposição será montada com as charges criadas, para
motivar o apreço à exposição, montaremos uma “feira de sabores” com
degustação de doces do tabuleiro da baiana, grande legado deixado pelas
negras escravas do período colonial. Mas o legítimo doce ou quitute: de tabuleiro foi o das negras forras. O das negras doceiras. Doce feito ou preparado por elas. Por elas próprias enfeitado com flor de papel azul ou encarnado. E recortado em forma de corações, de cavalinhos, de passarinhos, de peixes, de galinhas. (FREIRE, 2007, p. 543).
Atividades Um doce de pessoa...
Flávia Savary Jaguaribe do Nascimento, ou apenas, Flavia Savary,
nome que adotou, é formada em Letras pela UFRJ. Trata-se de uma escritora
contemporânea que começou pela literatura infantil como ilustradora, seu
premiadíssimo conto “Doce de Teresa”, da obra 25 sino de acordar Natal,
merece ser degustado com muita sensibilidade.
Professor, é interessante trabalhar as características do gênero conto. A partir desta definição, comparar com a novela.
Conto – É uma narrativa mais curta, que tem como característica central condensar um conflito, tempo, espaço e reduzir o número de personagens. O conto é um tipo de narrativa tradicional, isto é, já adotado por muitos autores nos séculos XVI e XVII, como Cervantes e Voltaire, mas que hoje é muito apreciado por autores e leitores, ainda que tenha adquirido características diferentes, por exemplo, deixar de lado a intenção moralizante e adotar o fantástico ou o psicológico para elaborar o enredo. OBS.: Tanto o conto quanto a novela podem abordar qualquer tipo de tema.(GANCHO, 2006, p.9 -10.)
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Motivação:
Trazer alguns doces, os quais aparecem no conto: goiabada, sonho,
compotas..., expô-los na mesa.
Introdução:
Promover uma degustação e instigar os alunos a analisar os possíveis
significados da palavra “doce”.
Primeira leitura:
Estipular um tempo para uma leitura silenciosa do conto.
Segunda leitura:
Leitura coletiva em que cada aluno lê um fragmento, a fim de responder a
questão posta no quadro Quem é Teresa?
__ Pra mim, ué . Então eu não sou ninguém? (Savary, 2006, p.194)
Peça para que os alunos caracterizem a personagem Teresa, tanto física
quanto psicologicamente.
Expansão:
Questões para debate
Teresa era feliz? Justifique.
Quais foram as escolhas de Teresa e o que representaram em sua
vida?
Que contingências sociais e econômicas determinaram estas
escolhas?
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Que importância Teresa teve na vida de outras pessoas?
Qual importância de Teresa no presente?
Por que o narrador diz que a vida deveria começar pela
sobremesa?
Divida os alunos em grupos para que analisem a metáfora “doce” na
música É doce morrer no mar, visto que esta canção é uma descrição da
morte de Quincas, comparando-a com a descrição da morte de Teresa.
Em grupo, os alunos transformarão as análises feitas em charges para
exposição.
Cumpre ressaltar algumas características do gênero textual charge:
É importante que nesta atividade os alunos percebam que a metáfora
“doce” para Quincas significou o exercício do livre arbítrio, do rompimento com
as amarras sociais que o faziam infeliz. Já para Teresa, o doce representa uma
vida de amargura, pois foi a única maneira de enfrentar dificuldades no
passado e de suportar a exclusão do presente.
Organizar com os alunos a exposição dos trabalhos, bem como uma
feira de sabores, não mais com os doces de Teresa, mas pesquisar as receitas
trazidas pelos africanos para o tabuleiro da baiana.
Conforme definição da wikipédia:
Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge não precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Charge, acesso em 09/06/2010.
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Unidade V – Ampliação do horizonte de expectativas
Após as atividades supracitadas, os alunos estarão preparados para a
etapa da ampliação do horizonte de expectativas que resulta da reflexão sobre
as relações entre leitura e vida, pois tendo percebido que as leituras feitas
dizem respeito não só a uma tarefa escolar, mas ao modo como vêem seu
mundo, tomarão consciência das alterações e aquisições obtidas através da
experiência com a literatura.
Nesta fase, espera-se que os alunos estejam preparados para a leitura
de uma obra considerada “mais difícil”. Tanto o conto quanto a novela já terão
sido trabalhados em etapas anteriores, para esta, a obra selecionada está no
limiar entre o conto e a novela, bem como a temática, que será “a alegoria da
escolha”, porém num caminho inverso. A hora e vez de Augusto Matraga
proporcionará de início um estranhamento ao aluno, como adverte o próprio
autor Guimarães Rosa: Como escritor, não posso seguir a receita de Hollywood, segundo a qual é preciso sempre orientar-se pelo limite mais baixo do entendimento. Portanto, torno a repetir: não do ponto de vista filológico e sim do metafísico, no sertão fala-se a língua de Goethe, Dostoievski e Flaubert, porque o sertão é o terreno da eternidade, da solidão (...). No sertão, o homem é o eu que ainda não encontrou um tu; por ali os anjos e o diabo ainda manuseiam a língua. (BRAIT, 1988, p. 83)
Inicialmente será apresentada uma breve biografia do autor, e a leitura
do texto será dividida em partes previamente delimitas. Após a leitura, o aluno
perceberá as diferenças entre as manifestações culturais do texto amadiano e
do texto roseano, no qual o folclórico, o pitoresco e o documental cedem lugar
a uma maneira nova de repensar as dimensões da cultura, flagrada em suas
articulações no mundo da linguagem.
Também serão assinaladas as diferenças entre os personagens Quincas
e Augusto Matraga, este perfaz o caminho inverso daquele:
[...}a vida de Matraga está dividida em três momentos: a vida de pecados, a morte aparente, seguida de ressurreição para uma nova vida de bondades e penitências, e a passagem para a vida eterna com a morte do corpo e a salvação da alma. (BRAIT, 1988-p. 25)
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Esta obra apresenta uma imensa riqueza literária. Segundo o crítico e
ensaísta Alfredo Bosi (1994), a "saída" proposta por Guimarães Rosa para
esconjurar o pitoresco e o exótico do regionalismo deu-se com a entrega
amorosa à paisagem e ao mito, reencontrados na materialidade da linguagem.
Uma atividade que poderá fazer com que o aluno perceba a força da linguagem
roseana será a leitura do texto em forma de jogral para que se evidenciem as
células rítmicas, aliterações, onomatopéias, rimas internas, elipses, cortes e
deslocamentos sintáticos, vocabulário insólito, com arcaísmos e neologismos,
associações raras, metáforas, anáforas, metonímias, fusão de estilos entre a
musicalidade da fala sertaneja e melopéia de um fraseio que soam cadências
populares e medievais.
E, assim, abre-se mais um ciclo para ampliação do horizonte de
expectativas dos alunos.
Desta forma, o aluno de Ensino Médio construirá seu conceito de
pluralidade ao percorrer o universo cultural da diversidade representada por
cada personagem: Quincas, Tereza e Augusto Matraga, num exercício
simultâneo de autoconhecimento e de alteridade.
Atividades A hora e a vez de Augusto Matraga
Vamos conhecer um personagem que percorre o caminho inverso ao de
Quincas Berro D’Água: Augusto Matraga cuja trajetória de vida está dividida em
três momentos: 1) vida de maldade; 2) aparente morte com o ressurgimento
para uma vida de bondade e 3) a morte real com a oportunidade de expiar seus
pecados e conseguir a salvação da alma.
Guimarães Rosa (1908-1967), escritor mineiro, médico e diplomata,
participante da terceira geração do modernismo brasileiro, ambienta sua obra
no sertão de Minas Gerais, porém supera o regionalismo na medida em que
aborda dilemas existenciais do ser humano, que são universais. Merece
destaque a linguagem utilizada pelo autor, pois emprega palavras regionais em
tom de oralidade, mesclando com termos eruditos, além de ser um exímio
criador de neologismos (palavras novas).
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Motivação:
Viver é muito perigoso. [...] Mire e veja: o importante e bonito, do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas __ mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que vida me ensinou. (ROSA,2005, p.43)
Introdução:
Retome com os alunos o tema: escolhas
E quando nossas escolhas trazem culpa e arrependimento?
Primeira leitura:
Divida a sala em três grupos e o texto em três partes, conforme os momentos
da vida de Matraga (o número três é representativo e simbólico no texto). Cada
grupo se encarregará da leitura e apresentação oral de uma parte.
Segunda leitura:
Os alunos retomarão a leitura integral do texto, com o intuito de perceber a
transformação pela qual Augusto Matraga passa, pode-se solicitar uma
resenha sobre o texto que responda a seguinte questão:
Que transformação é essa e quais as conseqüências dela para o
personagem e as pessoas que com ele convivem?
É interessante conceituar resenha, uma vez que é um gênero textual a ser
muito utilizado no meio acadêmico:
A resenha é um gênero textual em que se propõe a construção de relações entre as propriedades de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. No jornalismo, é utilizado como forma de prestação de serviço. É texto de origem opinativa e, portanto, reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o valor do que é analisado.
[...]
Resenha é um texto que serve para apresentar outro (texto-base), desconhecido do leitor. Para bem apresentá-lo, é necessário além de dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior
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número de informações sobre o trabalho: fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente quanto ao grau de interesse do texto-base.
[...}
Mas que informações dar sobre o texto? Ora, se o leitor não o conhece, é preciso informar-se, pelo menos, o nome do autor, o nome do texto, onde e quando foi publicado. Lembre-se de que o leitor pode querer ter acesso ao texto resenhado e, para tanto, precisa dessas informações básicas. Elas podem aparecer no corpo do texto ou no final , como uma citação bibliográfica. Se forem apresentadas no corpo do texto, devem ser bem integradas à exposição dos assuntos tratados.
E em que consiste uma abordagem crítica? Abordar criticamente um texto consiste em opinar sobre ele, apresentando problemas e qualidades que o resenhador julga importante destacar para o seu leitor. Portanto, a abordagem critica não significa, necessariamente, um levantamento dos problemas detectados no texto. Pode constituir-se também no destaque de certas qualidades.
[...]
Sintetizando, resenha é a apresentação de um texto resultante de sua apreciação crítica por parte do resenhador. Assim entendida, ela tem sido chamada também de resenha crítica.
Resenha Descritiva é um resumo do livro de que você descreve as características. A resenha tem a seguinte base: opinião + facto.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resenha, acesso em 22/06/2010.
Expansão:
Após assistir ao filme, comparar as duas linguagens, como cada
personagem foi representado literária e cinematograficamente e quais os
recursos utilizados em cada linguagem. Buscar a compreensão da trajetória de
Augusto Matraga e a importância de Joãozinho Bem-Bem em sua redenção.
Debater com os alunos a aplicação do dito popular “Deus escreve certo por
linhas tortas” na vida de Augusto Matraga.
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http://www.bastaclicar.com.br/cinema/filme_mostra.asp?id=2731
Atividade de encerramento: Ampliando o horizonte de expectativas
Como atividade final promover “um encontro literário” entre Quincas
Berro D’Água, Teresa e Augusto Matraga, a partir de trechos selecionados de
cada obra:
No meio da confusão/ Ouviu-se Quincas dizer: “__ Me enterro como entender/ Na hora que resolver./ Podem guardar seu caixão/ Pra melhor ocasião./ Não vou deixar me prender/ Em cova rasa no chão”. Foram as derradeiras frases de Quincas antes de atirar-se no mar. (AMADO, 2004, p. 95-96) Nem o barulho das gentes chegando acordou Teresa. Nem os beijos de bebês, cheios de lágrimas do medo de ver um rosto tão marcado de rugas. Nem os presentes de todo tamanho. Nem chamando pelo nome, que fazia tempo ela não ouvia de boca outra que não a própria. Nem balançando de leve a cadeirinha. Nem sacudindo,
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sacudindo. Teresa entrou no sonho e era um sonho tão doce, doce, mais e mais. Não deu vontade de sair. Parecia um sonho de verdade, não aqueles de padaria. Dos feitos em casa. (SAVARY, 2001, p. 195-196). __ Eu vou p’ra o céu, e vou mesmo, por bem ou por mal!... E a minha vez há de chegar... P’ra o céu eu vou, nem que seja a porrete!... (BRAIT, 1988, p.30.)
Questão para debate
Quais as implicações pessoais e sociais em decorrência das escolhas de cada
personagem durante sua trajetória de vida e morte?
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REFERÊNCIAS
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1993.
AMADO. Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro D"Água. 91ª ed. Rio de
Janeiro, Record, 2004.
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2000.
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