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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE E MERCADO DE TRABALHO EM

GUARAPUAVA (PR) NO SÉCULO XXI

Eziquel de Lima1

Pierre Alves Costa2

RESUMO

Temos constatado, que muitos de nossos alunos, ao terminarem o ensino médio têm

poucas possibilidades de cursar uma faculdade ou que mesmo tendo um curso

superior, ficam sem alternativas de trabalho pelas condições oferecidas em relação

a oportunidades de trabalho. Então, a única saída possível é migrar para outras

cidades e até para outros estados, na busca de melhores condições de vida. Em

Guarapuava, a situação não é muito diferente, embora haja mais oportunidades de

trabalho, mas que, no entanto não conseguem atender a demanda de novos

trabalhadores, que aumenta ano após ano. Este artigo é resultado da aplicação do

Projeto de Intervenção Pedagógica, no Colégio Estadual Visconde de Guarapuava,

em uma série do ensino médio. Tendo como pano de fundo, a aplicabilidade dos

cursos técnicos dentro de uma perspectiva de empregabilidade, orientada pela

reorganização produtiva, considerando um universo de transformações no mundo do

trabalho em função dos avanços tecnológicos. Portanto, o tema da pesquisa

desenvolvida está ligado à geografia econômica, tendo como questão norteadora a

relevância dos cursos técnicos, uma alternativa para a inserção dos jovens no

mercado de trabalho.

Palavras chave: Curso técnico. Mercado. Trabalho. Empregabilidade. Reorganização produtiva. ABSTRACT

We have found that many of our students when they finish high school have little

chance of going to college or even having a college degree. They get without

alternatives of work by the conditions offered for new opportunities of job. So, the

only possible way is migrate to others cities and even other states, in search of better 1 Profº PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional). Licenciado e bacharel em Geografia pela

FAFIG/UNICENTRO - Guarapuava. Especialista em interdisciplinaridade básica pelo IBPEX (Instituto Brasileiro de Pós-graduação e Extensão. Docente da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná. E- mail: [email protected] 2 Orientador PDE. Graduado e mestre em Geografia. Doutor em Historia pela UFF.

Docente e Pesquisador do Departamento de Geografia da UNICENTRO - Guarapuava. E- mail: [email protected]

2

living conditions. In Guarapuava, the situation isn’t different, although more

opportunities of job, but, however they can not meet demand of news workers, that

increases year after year. This article is the result of applying the Pedagogical

Intervention Project, at Visconde de Guarapuava College, in a grade of high

schooltaking the background, the applicability of technical courses within a

perspective of employability guided by reorganizing production considering a

universe of change in the world of work in function of technological advances.

Therefore, the research theme developed is connected on economic geography.

Guiding question the relevance of technical courses, an alternative to the inclusion of

youth market work. Guiding question the relevance of technical courses as an

alternative to integrating young people into the labor market.

Keywords: Technician course. Market. Work. Employability. Reorganizing production

INTRODUÇÃO

A questão do desemprego por parte de quem já está no mercado de trabalho

e a busca de um primeiro emprego por parte dos jovens tem sido um desafio neste

início de século XXI. Todos os anos uma quantidade expressiva de mão-de-obra se

forma em nossas escolas e a grande preocupação é esta: haverá emprego para

todos? Sabemos que o avanço da tecnologia tem diminuído os postos de trabalho e,

por outro lado, os que procuram um lugar nesse segmento são muitos. Há poucas

décadas era mais fácil encontrar emprego ainda que não se possuísse uma

qualificação profissional, mas agora vemos que isso cada dia se torna mais difícil.

Ao contrário do que muitos imaginam, a melhoria na tecnologia diminui os

postos de trabalho e exige um trabalhador cada vez mais criativo, que saiba

trabalhar em equipe, que tenha muita disciplina e que esteja pronto para mudar de

atividade a qualquer momento. Segundo o técnico em eletrônica do SENAI3, Sr.

Verci Rodrigues4, os cursos técnicos atualmente visam formar trabalhadores com

esse tipo de competência. Claro que não são apenas os cursos técnicos que irão

resolver o problema do emprego, mas baseado em informações e pelo que ouvimos

das agências especialistas em ofertas de emprego, geralmente há vagas nas

empresas e também há candidatos, mas falta qualificação e por isso a procura

continua, a oferta existe, mas verificamos um descompasso entre as duas situações.

3 Serviço Nacional da Indústria

4 Entrevistado em 24 /08/2010

3

Então cremos que seja muito importante que os que pretendem adentrar no mundo

do trabalho estejam mais preparados e para tanto façam um curso técnico. Este

artigo se constitui o desfecho de dois anos de pesquisa, participação em eventos do

PDE, discussão com alunos, muita leitura e relatórios produzidos pelos mesmos.

Ao nos depararmos com muitos jovens no final do Ensino Médio na busca de

um primeiro emprego vemos que muitos desses empregos tendem a serem mais

subempregos do que propriamente empregos dignos, pela baixa qualificação exigida

e pelo próprio despreparo dos candidatos.

Assim nos propusemos a fazer um trabalho de pesquisa tendo como objetivo

geral conhecer a realidade de Guarapuava em relação à existência de cursos

técnicos como meio de qualificação profissional e como objetivos específicos

mapear os cursos técnicos oferecidos em Guarapuava; verificar junto às instituições

de ensino se é feita uma pesquisa prévia de mercado para a implementação de

cursos técnicos. Discutir com os alunos do Ensino Médio até que ponto a

modernização produtiva tem afetado o mundo do trabalho na região de Guarapuava.

Pretendemos mostrar o que fizemos com uma turma de terceiro ano do Ensino

Médio ao trabalhar com as propostas do material didático, então procuramos levar

aos alunos informações sobre a variedade na oferta de cursos técnicos dentro do

Brasil baseado em dados de 2009 e quais cursos foram ofertados por escolas de

Guarapuava no mesmo ano.

Mostrar pela fala de alguns palestrantes convidados a importância de um

curso técnico como ferramenta para entrada no mercado de trabalho e também

propiciar aos alunos uma pesquisa de campo sobre o trabalho de pessoas que têm

formação técnica para saber como que eles veem esse tema e quais conselhos

podem dar aos interessados.

A princípio convidamos um técnico agrícola, uma enfermeira, um técnico em

segurança do trabalho além de levar os alunos ao SENAI para conhecerem suas

dependências e ouvirem os técnicos sobre os cursos por eles desenvolvidos.

Antecipadamente distribuímos questionários para que os alunos entrevistassem

pessoas que trabalham em alguma área técnica para depois recolhemos de volta e

podermos trabalhar com os dados coletados.

Como complementação do trabalho distribuímos cópias do material didático

para que os alunos fizessem os exercícios em grupo, os quais constavam de

pesquisa na internet mais especificamente no site do Ministério da Educação e

4

Cultura (MEC)5, levantamento de cursos por Estado e no fim comparação com os

cursos oferecidos em Guarapuava. Do trabalho elaborado pelos alunos fizemos

alguns gráficos.

Portanto, com o presente trabalho pretendemos evidenciar que além da

educação geral, os cursos profissionalizantes podem ser uma importante ferramenta

na busca de um emprego e na qualificação profissional por parte dos jovens que

adentram no competitivo mercado de trabalho.

Agradecemos a Deus em primeiro lugar por nos proporcionar saúde e

disposição, à minha família por suportar horas e horas de escrita e pesquisa, ao

professor Dr. Pierre Alves Costa por ter sido nosso orientador e acima de tudo um

grande amigo. À direção e equipe pedagógica do Colégio Estadual Visconde de

Guarapuava pelo apoio e condições para aplicação do projeto; à professora de

Geografia, Dircéia Aparecida Eleutério dos Santos, por gentilmente nos ceder parte

de seu horário para efetivação do mesmo. Aos alunos da 3ª série D noturno, período

letivo de 2010, por sua alegria, desconcentração e colaboração nas etapas do

projeto. Aos Senhores Joel Camargo, Rose das Neves, Otto Rickli, palestrantes que

nos deram uma contribuição valiosa sem a qual não seria possível efetivar a

implementação na escola, à equipe pedagógica do SENAI, na pessoa da pedagoga

Sandra Mara Brezinski Soares e às equipes administrativas de todas as escolas de

Guarapuava que constam em nosso projeto pelo seu pronto atendimento e por fim,

todos aqueles que direta ou indiretamente fizeram parte do trabalho incentivando,

colaborando com materiais etc.

O MUNDO DO TRABALHO

O homem por sua natureza depende do trabalho e por vezes ouvimos a

expressão: “vamos dar uma oportunidade para determinada pessoa possa

desenvolver algum tipo de atividade e assim buscar uma participação no complexo

mundo do trabalho”. Quando falamos em oportunidades de trabalho nos referimos a 5 http://sistec.mec.gov.br/consultapublicaunidadeensino

5

conjuntura onde a expressão mercado de trabalho é própria do mundo capitalista e

que se tornou mais pertinente após o feudalismo medieval, pois até então o trabalho

era puramente artesanal e tinha suas limitações de uso de matéria prima e tempo de

realização. Não era um tipo de trabalho competitivo, pois o homem até então

utilizava a força bruta para produzir trabalho e isso era próprio de seu dia a dia.

Com o passar do tempo foram surgindo maiores e melhores técnicas que

foram substituindo essa força bruta. No entanto, ainda o homem era quem

centralizava toda a forma de trabalho necessária para obtenção dos resultados que

almejava. Evidentemente esse trabalho visava muito mais a sobrevivência da família

do que o abastecimento do mercado consumidor, o que nós chamamos de

economia de subsistência. E quando falamos de mercado consumidor estamos nos

referindo a uma situação criada pela expansão da produção de mercadorias

especialmente a partir da Primeira Revolução Industrial.

Essa revolução se tornou um marco de separação nas atividades produtivas

da humanidade, e com certeza podemos dividir a história da indústria em um

período antes e um período depois da revolução industrial. Se antes o que

prevalecia era a economia de subsistência agora então passa a predominar a

economia de mercado. E o que é a economia de mercado? É um tipo de situação

onde a produção será proporcional ao consumo onde quanto mais se produz mais

se consome e vice-versa e para que essa produção seja garantida vamos ter a

necessidade de que cada fábrica tenha os seus trabalhadores, seus empregados.

Para que um cidadão possa ser inserido nesse tipo de mercado precisa estar

muito bem preparado e aí vem o motivo de nossa pesquisa. Paradoxalmente

percebemos que atualmente há uma crise no mundo do trabalho. Se vivemos em

um mundo muito mais fortemente capitalista do que o era até o início dos anos 1990,

então porque essa crise?

Antunes (2002) fala de uma “periferia da força de trabalho” onde se refere aos

trabalhadores em tempo parcial com contrato por tempo determinado; o que sugere

uma precariedade na sociedade do trabalho, evidenciando sinais de crise. Para ele,

há uma contradição nisso tudo, pois: “Ao mesmo tempo em que se visualiza uma

tendência para a qualificação do trabalho, desenvolve-se também intensamente um

nítido processo de desqualificação dos trabalhadores”.

Essa desqualificação tem muito a ver com as mudanças ocorridas na forma

como foi desenvolvida essa relação entre indústria e trabalhadores ao longo do

6

tempo. Se no sistema fordista-taylorista as fábricas precisavam de muitos

empregados e o trabalhador era preparado para exercer mecanicamente uma

função de forma repetitiva, portanto, sem se preocupar com o resultado final, pois

era um trabalho compartimentado, por outro lado no sistema toyotista o trabalhador

volta a ver o todo da produção, mas em contrapartida diminui consideravelmente o

número de empregados. Vamos então ter um trabalhador que precisa conhecer

todas as fases da produção e estar apto para eventualmente trocar de função a fim

de que o setor produtivo não sofra falta de continuidade visando à satisfação do

consumidor e, por conseguinte, a manutenção de seu emprego.

Vemos muitas das profissões existentes, por muito tempo dentro de uma

perspectiva fordista, estarem gradativamente sendo extintas; portanto, gerando

desempregados estruturais que não poderão almejar um novo emprego baseado no

seu conhecimento adquirido a não ser que trabalhe por conta própria, muitas vezes

em condições precárias.

REVISÃO DA LITERATURA

Antunes (2002), falando das metamorfoses e centralidade do mundo do

trabalho enfatiza o fato de que, na sociedade contemporânea “a classe trabalhadora

já não se mostra mais potencialmente contestadora, rebelde, capaz de transformar a

ordem capitalista”.

E a partir dessa questão procurará discutir a crise da sociedade do trabalho

e, por conseguinte, do modo flexível de produção vigente em nossos dias. Também

discutirá a relação entre trabalho concreto e trabalho abstrato onde parece haver um

antagonismo entre essas duas partes. E vai mais além, menciona o fato de que nos

últimos anos as transformações do processo produtivo por meio do avanço

tecnológico produziram transformações tais que “acabaram por afetar fortemente a

classe trabalhadora, aumentando o subproletariado fabril, o trabalho precarizado

representado pelos terceirizados, subcontratados, part-time e outras formas

assemelhadas”. E por fim, o autor menciona também um aumento significativo do

trabalho feminino e infantil que tem sido absorvido pelo capital em um universo de

trabalho “precarizado e desregulamentado onde se acentua o desemprego

estrutural.”

7

Alves (1997) nos fala da modernização produtiva e relações de trabalho e

“das transformações que a economia mundial passa e que vão se manifestar tanto

na base produtiva como nos âmbitos financeiro e político” e que por isso nos diz

que:

Em primeiro lugar o crescimento econômico não tem conseguido gerar empregos no ritmo necessário para absorver a população que ingressa no mercado de trabalho assalariado regulamentado e, mais que isso, os avanços tecnológicos tem destruído postos de trabalho (...) e, segundo, tem-se observado uma polarização dos postos de trabalho em maus e bons empregos. Os primeiros tendem a ser destinados àqueles trabalhadores que preencherem melhor as novas exigências do mercado de trabalho, e especialmente quanto ao maior grau de escolaridade na medida em que esse atributo confere ao trabalhador maior capacidade de reciclar seus conhecimentos e com isso manter seu emprego ou estar apto para disputar com maiores chances novas oportunidades de trabalho (ALVES, 1997).

Portanto, o processo educativo deve ser continuo, ou seja, é um processo de

formação continuada onde há necessidade de constantes trocas de informações e

adequações com novas tecnologias para garantia do próprio emprego.

Batista (2003) destaca que o advento denominado modelo das competências,

ligadas à reestruturação do processo produtivo vai implicar em alterações no perfil

da qualificação da força de trabalho e que:

(...) no contexto da reestruturação produtiva observa-se um revigoramento da teoria do capital humano através do modelo da competência e da ideologia da empregabilidade que se propagam pelo mundo por meio de agências multilaterais (FMI, BIRD, UNESCO, OIT/CINTERFOR, etc.

6) e no

Brasil, os pressupostos desse modelo nortearam as reformas educacionais conduzidas pelo MEC

7 e o Programa Nacional de Formação Profissional –

PLANFOR8, do Ministério do Trabalho (BATISTA, 2003).

6Respectivamente, Fundo Monetário Internacional, Banco Interamericano de Reconstrução e

Desenvolvimento, Fundo das Nações Unidas para a Ciência e a Tecnologia, Organização Internacional do Trabalho, Centro Interamericano de Formação Profissional. Nota do autor. 7 Ministério de Educação e Cultura.

8O objetivo do PLANFOR é garantir uma oferta de educação profissional (EP) permanente, no âmbito

da PPTR (política pública de trabalho e renda), que contribua para: Reduzir o desemprego e o subemprego da PEA (população economicamente ativa); Combater a pobreza e a desigualdade social: Elevar a produtividade, a qualidade e a competitividade do setor produtivo. Em outras palavras, o

PLANFOR busca promover a qualificação profissional como direito do trabalhador e componente básico do desenvolvimento sustentado com eqüidade social. www.mte.gov.br acesso em 23/11/2009

8

Harvey (1993) escreve sobre a transformação político-econômica do

capitalismo do final do século XX, onde destaca a transição do modelo fordista para

o modelo de acumulação flexível, fazendo comparações entre os modelos de

produção e, entre outras coisas, destaca o alargamento da massa cultural que “tem

sido de aumentar as desigualdades de renda, talvez pressagiando o surgimento de

uma nova aristocracia do trabalho, bem como a emergência de uma subclasse mal-

remunerada e totalmente sem poder.”

O texto também indica que a rápida contração do emprego industrial depois

de 1972 deu maior relevância:

Ao rápido aumento do emprego em serviços, não tanto no varejo, na distribuição, nos transportes e nos serviços pessoais (que se mantiveram estáveis ou até perderam terreno), como na assistência, nas finanças, nos seguros e no setor de imóveis, bem como em outros segmentos como saúde e educação. (HARVEY, 1993)

Antunes (2009) ao citar a nova morfologia do trabalho escreve, entre outras

coisas, sobre o trabalho precarizado, a desestruturação do Welfare State (Estado do

Bem Estar Social) nos países do norte, a sua desregulamentação nos países do sul,

a sua expansão a domicílio, a utilização do trabalho feminino como forma de reduzir

mais ainda os custos pela exploração de sua mão-de-obra e a influência das

multinacionais nos setores de trabalho.

A reestruturação do trabalho tem efeito direto sobre as ofertas de emprego,

pois:

Se, entretanto, inicialmente deu-se uma forte absorção, pelo setor de serviços, daqueles/as que se desempregavam do mundo industrial, é necessário acrescentar também que as mutações organizacionais, tecnológicas e de gestão também afetaram fortemente o mundo do trabalho nos serviços, que cada vez mais se submetem à racionalidade do capital e à lógica dos mercados. Como exemplos, poderíamos lembrar a enorme redução do contingente de trabalhadores bancários no Brasil, em função da reestruturação do setor. No Brasil havia um milhão de trabalhadores bancários em 1985 e hoje, em 2006, esse contingente reduziu-se para pouco mais de 400 mil. (ANTUNES, 2009).

Ou seja, em 20 anos, foram fechados aproximadamente 600 mil postos de

trabalho. Ademais, Bernardim (2004) apresenta um estudo que faz uma abordagem

preliminar das questões relacionadas ao desemprego e à empregabilidade a partir

9

de uma retrospectiva histórica do trabalho. E seu conceito, desemboca-se na

polêmica em torno da tecnologia e do capitalismo como elementos causadores do

desemprego em massa. Além disso, apresenta dados sobre o desemprego no Brasil

e no mundo, bem como algumas previsões de estudiosos que tem se dedicado ao

tema apresentando como alternativa de solução, pois

Mais do que empregos, é urgente a atuação dos órgãos governamentais para uma formação profissional que atenda à demanda do mercado, pois não são raras as reclamações de empresas que não conseguem suprir determinada vaga. Outra política necessária é a fixação das crianças e jovens na escola, vez que tal medida, além de abrir novas oportunidades aos adultos, impulsionará o setor educacional, aquecendo o setor e gerando novos empregos (e de qualidade) numa escalada extraordinária. Quanto mais localizados forem sentidos os reflexos, melhor para a comunidade. (BERNARDIM, 2004).

Tendo uma qualificação profissional especifica é difícil permanecer ou

conseguir um emprego imagine então um aluno de curso regular com

conhecimentos básicos sair em busca de um emprego.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS COM OS ALUNOS

A turma escolhida para implementação de nosso projeto foi a 3ªD que tem 34

alunos matriculados. O Brasil oferece muitos cursos técnicos. Até a elaboração do

projeto sobre o assunto não tínhamos idéia de quão variada é a oferta de cursos

técnicos no Brasil. Existem muitas fontes de informação, mas a que nos foi indicada

pelo MEC e nos serviu como base de pesquisa foi a do site já mencionado

anteriormente.

Constatamos que nos estados brasileiros com mais de 20.0000 habitantes

são oferecidos cursos técnicos. Os dados dos quais nos utilizamos se referiam ao

ano de 2009, mas são atualizados periodicamente à medida que surgem novas

escolas e novos cursos assim como muitos são extintos. Percebemos que a oferta

de cursos é maior nos estados da chamada região concentrada9 (Sudeste e Sul),

especialmente em São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

9 Santos, M e Silveira, M. 2001

10

Nos estados do Nordeste, o número é menos expressivo com algum destaque para

Ceará, Pará e Bahia. Na região Norte o destaque maior é para o estado do

Amazonas. Evidentemente nas regiões onde tem um número maior de indústrias

tende a existir uma maior oferta de cursos técnicos. Também constatamos que a

maioria dos cursos técnicos oferecidos é ainda voltada para setores que exigem

pouca tecnologia avançada.

Em Guarapuava são oferecidos vinte e sete cursos técnicos (anexo 03).

Comparativamente ao Paraná existe um bom número de cursos oferecidos. Pelo

fato de ser uma região mais voltada para a agropecuária os cursos mais expressivos

são ligados a esse setor da economia e o Centro Estadual de Educação Profissional

Agrícola Arlindo Ribeiro10, tradicionalmente conhecido como Colégio Agrícola,

apresenta uma maior regularidade por ter já uma longa tradição nessa atividade.

Com a entrada de novas escolas nos últimos anos tem aumentado o número e

variedade de cursos principalmente os oferecidos pelo SENAI que se destinam a

indústria dando destaque para eletromecânica e eletroeletrônica.

Os alunos preencheram um relatório onde deram suas opiniões sobre o que

foi feito durante a implementação do projeto em sala de aula. A princípio muitos

deles não se mostraram interessados no tema de nosso projeto; à medida que

fomos desenvolvendo a metodologia do que queríamos, percebemos que

praticamente todos os alunos da turma mudaram de opinião sobre o que sentiram no

princípio de nossa abordagem. Não os culpamos, pois sabemos que a grande

maioria dos que ingressam no Ensino Médio tem pouquíssimas informações sobre

cursos técnicos e possíveis oportunidades de escolha profissional..

Vejamos o que dizem alguns alunos em relatório preenchido no final da

implementação sobre suas impressões sobre a participação nas atividades

propostas pelo projeto:

“Foi um ótimo trabalho realizado em sala de aula, pois foi bem interessante porque aprendemos sobre vários tipos de cursos como: locais, cidades, estados onde são oferecidos etc., vindo assim a despertar mais interesse para nosso futuro” (Eliane Francieli Dzurda).

10

O curso de técnico agrícola dessa instituição é oferecido desde 1969, conforme email recebido em 18/09/2009 - [email protected].

11

“Eu não sabia que existiam tantos cursos espalhados pelo Brasil e, por isso, me dediquei nos trabalhos desenvolvidos em sala de aula”. (Emanuel Braz da Silva Santos) “Mostrou-nos que temos uma variedade de escolhas em várias áreas do mercado de trabalho e que podemos estar procurando o que melhor possamos desenvolver” (Elke Lemos). “Achei bom porque encontrei cursos que gostaria de fazer e não sabia que tinha em Guarapuava” (Fabiele Moreira). “No começo eu achei um assunto bem entediante e pensei que não me ajudaria em nada. Conforme foram passando as aulas eu acabei tomando gosto pelo assunto e procurando conhecê-lo. As palestras foram bem esclarecedoras e mostraram uma nova perspectiva não só a mim, mas acredito que às outras pessoas também” (Carlos Felipe). “A maneira como foi realizada, além de ser um conhecimento extra na área de geografia, os cursos técnicos abrem caminho para uma vida profissional de muito sucesso” (Franciane Scibor).

Marcamos uma vista ao SENAI para o dia 24 de agosto de 2010. Fomos com

um grupo de 17 alunos que participaram da visita e das explanações atentamente.

Alguns nos contaram que até já tinham feito algum tipo de curso no SENAI, outros

disseram que a saída de campo foi muito boa e que poucos são os professores que

dão esse tipo de oportunidade aos alunos.

Fomos recebidos muito bem pela equipe de ensino formada pela Pedagoga

Professora Sandra Mara Brezinski Soares, Técnicos Leandro André dos Santos e

Verci Rodrigues. Após uma apresentação, passamos a visitar as dependências onde

se encontram os diversos laboratórios e oficinas. Os técnicos explicaram de modo

geral como funciona cada um dos cursos ofertados e como deve ser o perfil de um

bom técnico. Disseram que não adianta o aluno ter nota excelente na teoria e não

saber colocá-la em prática. Por isso é importante que o candidato a um emprego

esteja preparado para fazer uma boa entrevista, que saiba falar bem, trabalhar em

equipe, dominar as técnicas aprendidas para fazer jus a uma vaga no mercado de

trabalho. O SENAI tem diversos materiais e instrumentos e busca investir cada vez

mais por considerar a importância de o profissional exercer com competência sua

profissão, sendo uma exigência das empresas.

Os cursos são pagos, mas a maioria dos que ali estudam tem grande chance

de obter vaga garantida no mercado de trabalho. Também disseram que hoje os

12

trabalhos técnicos que antes eram privilégio apenas dos homens também podem ser

feitos por mulheres, em razão de não exigirem grande esforço físico, pois possuem

comandos e recursos automatizados que ajudam a fazer a parte mais pesada do

serviço. Também foi dito que devido ao uso de equipamentos modernos e tecnologia

adequada, o profissional mecânico, por exemplo, não se suja como no sistema

antigo de trabalho e devido ao grande número de equipamentos e materiais de

apoio. Todos os cursos oferecidos possibilitam ao profissional perfeitas condições

para competir no mundo do trabalho. Os alunos ficaram impressionados com o que

viram e ouviram. Também ficaram animados com as palestras em sala de aula

notadamente pela desenvoltura dos palestrantes que os incentivaram a buscar o seu

espaço no mundo do trabalho.

PALESTRAS EM SALA DE AULA

Como uma das atividades propostas em nosso material didático, convidamos

alguns técnicos para dar palestras sobre suas atividades profissionais.

O primeiro palestrante foi o senhor Joel Camargo que trabalha na Cooperativa

Agrícola Coamo em Guarapuava e, além de ser um profissional na área de

cooperativas, é técnico em segurança do trabalho. No dia 14 de setembro de 2010

fez uma palestra aos alunos em sala de aula e falou, entre outras coisas, sobre a

motivação do trabalhador. Como resultado dessa motivação haverá maior satisfação

para executar o trabalho e conseqüentemente menores riscos de acidentes. Mostrou

slides sobre segurança no trabalho e também um vídeo que destaca a história de

um deficiente físico, que apesar de suas dificuldades, incentiva a todos a buscarem

superar suas limitações.

O segundo palestrante foi o senhor Otto Rickli que trabalha em algumas

fazendas das Colônias de Entre Rios e falou que o trabalho de um técnico agrícola é

muito diversificado. No dia 21 de setembro fez uma palestra aos alunos. Discorreu

sobre as possibilidades que o curso do Colégio Agrícola oferece e também o que ele

faz na empresa onde trabalha e que não se limita apenas à agropecuária, mas a

uma variedade de atividades como medição de terras, estudo sobre as condições de

cada terreno, condições climáticas, uso de tecnologias de ponta, adequação de

produção etc.

13

A terceira palestrante foi a senhora Rose das Neves que trabalha no Centro

de Urgência Municipal como técnica em enfermagem e, no dia 28 de setembro,

dialogou com os alunos enfatizando que o profissional enfermeiro tem que ter

vocação e ser muito ético. Que esse trabalho não pode ser feito por um auxiliar de

enfermagem, cujo campo de atuação tem suas limitações. Um bom técnico de saúde

deve assumir muitas responsabilidades dentro de seu local de trabalho. Disse que é

importante ter um curso técnico quando não se pretende fazer uma faculdade, pois

estatisticamente já é sabido que, para cada duas ofertas de emprego para

profissionais com curso superior, são ofertadas dez vagas para quem possui curso

técnico. Um técnico competente nunca ficará sem oferta de emprego e, obviamente

sempre precisará estar se atualizando.

RESPOSTAS DE PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM ÁREAS TÉCNICAS

Distribuímos questionários para que os alunos entrevistassem técnicos que

atuam de acordo com sua formação profissional. Nem todos conseguiram êxito em

sua tarefa, mas recebemos os questionários de dezesseis deles. Entre todas as

questões que colocamos as mais relevantes foram referentes à forma como cada

um vê a educação técnica como opção de formação profissional e se é mais fácil

conseguir um emprego tendo ou não um curso técnico. Reproduzimos aqui algumas

das respostas mais significativas:

Para a questão como vê a educação técnica como opção de formação profissional:

“...uma excelente opção, onde se adquire muito conhecimento e aperfeiçoamento na área desejada. Só é preciso escolher uma escola técnica séria, com profissionais capacitados para formar outros profissionais tão capacitados quanto aos mesmos.”

Rosimeri Ap. Santos Vieira – técnica em enfermagem

“...a formação técnica mostra mais a parte prática possibilitando uma noção básica para atuar no mercado de trabalho”.

Felipe Weiber – técnico em informática. “...muitas vezes não é o suficiente para todo aprendizado, mas é uma boa forma de se dar bem na carreira profissional”.

Tiago Muzzolon – técnico em informática “...vejo como ótima opção, justamente porque ela qualifica para mercados específicos”.

Veronice Terezinha Formporovski – Técnica em ciências contábeis

14

Para a questão se considera mais fácil conseguir um emprego, tendo ou não

um curso técnico:

“...porque tendo o curso técnico é mais fácil ingressar no mercado de trabalho, na área em que estudou”.

Cleide Fátima da Luz – técnica em ciências contábeis

“...tendo o curso o técnico, pois quem faz já tem uma noção mais complexa e já está preparado para enfrentar o mercado de trabalho”.

Felipe Weiber – técnico em informática

“..é, mas fácil. se o contratante tiver dois currículos para análise, um com formação técnica e outro não, imagina-se que a pessoa com formação técnica esteja mais preparada para o cargo pretendido”.

Sandro Rafael Valcanaia – técnico em eletrônica

“...sim, pois a pessoa terá muito mais chance de conseguir um emprego do que uma pessoa que não tenha o curso”.

Isaque Moysés Guimarães – técnico em mecânica industrial

Como parte de nossa implementação em sala de aula distribuímos cópias do

material didático aos alunos. Dividimos a turma em grupos para que fossem

respondidas as questões referentes à quantidade de cursos técnicos oferecidos no

Brasil, Paraná e Guarapuava11 e tivemos como resultado respectivamente:

Tabela 01 – Cursos técnicos – Brasil, Paraná e Guarapuava - 2009

INSTITUIÇÃO /LOCAL Nº

Cursos oferecidos pelo MEC (Brasil) 267

Cursos oferecidos pelo SENAI (Brasil) 152

Cursos oferecidos pelo SENAC (Brasil) 81

Cursos oferecidos em Guarapuava (Paraná) 27

Cursos oferecidos no Paraná 36

Fonte: compilação de dados fornecidos pelas escolas que oferecem cursos técnicos – MEC, SENAC e SENAI

11

Ver tabela 01

15

Com base na pesquisa realizada, constatamos que os cursos comuns à

maioria dos estados brasileiros são mecânica, enfermagem, informática, agricultura,

agropecuária, edificações, eletrotécnica, meio ambiente e segurança no trabalho. A

porcentagem dos alunos que se formaram nos cursos técnicos mais significativos

em Guarapuava até 2009 (ver tabela 2):

Tabela 02 – Porcentagem de aprovação em cursos técnicos de Guarapuava - 2009

CURSOS %

01 Enfermagem 58

02 Farmácia 37

03 Estética 33

04 Radiologia 44

05 Transações imobiliárias 88

06 Secretariado 40

07 Contabilidade 50

08 Segurança do trabalho 47

09 Informática 16

10 Agropecuária 52

11 Produção agrícola e pecuária 63

12 Agricultura e pecuária 68

13 Eletrotécnica 75

14 Celulose e papel 25

15 Administração 54

16 Eletrônica 50 Fonte: material didático trabalhado pelos alunos

Fonte: Eziquel de Lima - 2010

Analisando as tabelas de cursos oferecidos pelas escolas de Guarapuava os

alunos constataram que há uma grande defasagem entre aqueles que iniciam e

aqueles que se formam nos cursos técnicos oferecidos. Isso, de certa forma, torna

evidente que há ainda uma falta de conscientização até mesmo de perspectiva dos

alunos, que muitas vezes não tem um conhecimento do real valor de se ter uma boa

qualificação profissional face às crescentes exigências do mercado de trabalho.

Elaboramos alguns gráficos comparativos sobre os cursos técnicos. O gráfico

nº 01 compara os cursos oferecidos em alguns estados selecionados. O gráfico nº02

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compara os cursos técnicos oferecidos em alguns e estados e os cursos oferecidos

em Guarapuava. Percebemos pelo primeiro gráfico que os estados do Centro-sul

são os que oferecem maior quantidade de cursos. No segundo gráfico vemos que

Guarapuava comparativamente ao estado do Paraná tem uma boa distribuição de

cursos, vinte e sete no período pesquisado (vide gráficos 01 e 02).

Gráfico 01 – baseado no material trabalhado pelos alunos

Fonte: Eziquel de Lima - 2010

Gráfico 02 – baseado no material trabalhado pelos alunos

Fonte: Eziquel de Lima – 2010

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Foram construídos outros gráficos com base nos relatórios elaborados. O

gráfico nº 03 mostra a impressão que os alunos tiveram ao visitar as dependências

do SENAI. O gráfico nº 04 mostra a impressão positiva que os alunos tiveram dos

palestrantes ao discorrerem sobre suas atividades e perspectivas dos cursos

técnicos. O gráfico nº05 mostra o envolvimento dos alunos no trabalho proposto pelo

material didático em sala de aula. Os gráficos nº 06 e 07 se referem ao fato de os

alunos terem pouco conhecimento sobre cursos técnicos oferecidos no Brasil e na

região de Guarapuava (ver gráficos 03 e 07).

Gráfico nº03

Fonte: Eziquel de Lima – 2010

Gráfico nº04

Fonte: Eziquel de Lima – 2010

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Gráfico nº05

Fonte: Eziquel de Lima – 2010

Gráfico nº06 Fonte: Eziquel de Lima – 2010

19

Gráfico nº07 Fonte: Eziquel de Lima – 2010

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo e análise dos cursos técnicos em relação ao mercado de trabalho

numa perspectiva econômica e social são fundamentais para o entendimento da sua

importância para a sociedade humana.

Portanto só podemos agradecer aos alunos da 3ª série D, do Ensino Médio

noturno do Colégio Visconde por terem aceitado participar de um projeto pouco

discutido nos meios escolares o qual se refere à saída dos alunos para seguir suas

vidas adiante para fora dos portões da escola e que por certo encontrarão muitos

desafios pela frente.

Através das aulas da disciplina de Geografia, proporcionamos aos alunos a

compreensão de vários conceitos como: mercado de trabalho, desemprego,

empregabilidade, proporcionando-lhes uma aprendizagem significativa. Os alunos

sugerem que as atividades do projeto sejam aplicadas em outras turmas, formando

assim uma rede de conhecimento, estimulando ações conscientes relacionadas ao

tema proposto. Em Guarapuava no ano de 2009 era de vinte e sete cursos divididos

por sete instituições de ensino.

A partir desta pesquisa os alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual

Visconde de Guarapuava tiveram conhecimento da existência dos cursos técnicos

oferecidos em Guarapuava, informações que antes muitos dos acadêmicos não

tinham conhecimento. Espera-se que a partir do desenvolvimento dessa pesquisa,

alunos do colégio façam cursos técnicos como forma de preparar-se melhor para o

mercado de trabalho.

O mundo do trabalho a partir dos anos 1970 passa a ser caracterizado pelo

fechamento de milhares de postos de trabalho. Portanto, o curso técnico não é a

única ferramenta, porem transforma-se numa opção importante para o melhor

preparo de jovens na busca de um bom emprego.

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REFERÊNCIAS

ALVES, Edgard Luiz Gutierrez. Modernização produtiva e relações de trabalho. Editora Vozes, 1997. ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. Editora Boitempo, São Paulo, 1999. ______ Adeus ao trabalho. Editora Cortez. Campinas, SP. 2002

ANTUNES, Ricardo e Alves, Giovanni. As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital. Educ. Soc., Campinas, vol. 25, n. 87, p. 335-351, maio/ago. 2004 http://www.cedes.unicamp.br acesso em 01/06/2009. ______Desenhando a nova morfologia do trabalho. http://www.fafich.ufmg.br/nesth/ivseminario/texto3.pdf acesso em 01 de julho de 2009. BATISTA, Roberto Leme. Reestruturação produtiva, ideologia e qualificação: crítica as noções de competência e empregabilidade in Desafios do trabalho. Editora Massoni, Maringá, 2003. BERNARDIM, Marcio Luiz. Reflexos do novo panorama econômico sobre as configurações de empregabilidade. Unicentro, Guarapuava, PR. 2004. http://www.irati.unicentro.br/editora/revistas/guairaca/17/artigo%2010%20reflexos%20do%20novo%20panorama.pdf. Acesso em 17/09/2009. HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo. Ed. Loyola, 1993, 349p.

http://www.senai.br/br/home/index.aspx acesso em 30/09/2009. http://www.senai.br/br/Buscacursos/snai_cur_tec.aspx?servicos:area_Cursos=&estado=PR&modalidade=2 - acesso em 13/10/2009 http://www.senac.br acesso de 01/10 a 21/10/2009. http://sistec.mec.gov.br/consultapublicaunidadeensino - acesso entre 25/08 a 13/10/2010. ENTREVISTAS ABERTAS CAMPOS, Suelen de. Entrevista concedida a Eliane Francieli Dzurda em 17/08/2010, em Guarapuava, PR. GONÇALVES, Francieli. Entrevista concedida a Carolina G. Caldas em 15/08/2010, em Guarapuava, PR.

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GONÇALVES, Jocelino. Entrevista concedida a Wallasse Faria Gonçalves em 04/08/2010, em Guarapuava, PR. GUIMARAES, Isaque Moyses. Entrevista concedida a Joice M. S. Paes em 04/08/2010, em Guarapuava, PR. GUIMARÃES, Izaque. Entrevista concedida a Rafael H. Munhoz em 29/07/2010, em Guarapuava (PR) HENNING, Junior. Entrevista concedida a Daniel Wolf em 16/08/2010, em Guarapuava, PR. JUNIOR, Delandir Danilo Peccin. Entrevista concedida a Francieli Barbosa em 04/08/2010, em Guarapuava, PR. LUZ, Cleide Fátima da. Entrevista concedida a Fabiele Moreira em 03/08/2010, em Guarapuava (PR) MUZZOLON, Tiago. Entrevista concedida a Jackson Andrey Ribas em 04/08/2010, em Guarapuava, PR. PINTO, Aurivaldo Antonio. Entrevista concedida a Joice Aparecida Pinto em 16/08/2010, em Guarapuava, PR. RODRIGUES, Verci. Entrevista concedida a Isaque Moises Guimarães 15/08/2010, em Guarapuava, PR. SOUZA, Edson. Entrevista concedida a Marcos Romanowski em 14/08/2010, em Guarapuava, PR. TOMPOROVSKI, Verônica Terezinha. Entrevista concedida a Bianca Gemim em 08/08/2010, em Guarapuava, PR VALCANAIA, Sandro Rafael. Entrevista concedida a Michele de Oliveira em 29/07/2010, em Guarapuava (PR) VIEIRA, Rosimeri Aparecida dos Santos. Entrevista concedida a Mariele Varge Ferreira em 07/08/2010, em Guarapuava, PR. WEIBER, Felipe. Entrevista concedida a Franciane Scibor 29/07/2010, em Guarapuava (PR)

VISITAS TÉCNICAS

Centro Estadual de Educacional Profissional Arlindo Ribeiro. Visita técnica realizada por Eziquel de Lima em 22/09/2009, Guarapuava (PR). Centro Estadual de Educacional Profissional Francisco Carneiro Martins. Visita técnica realizada por Eziquel de Lima em 08/09/2009, Guarapuava (PR).

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Colégio Estadual Ana Vanda Bassara. Visita técnica realizada por Eziquel de Lima em 28/08/2009, Guarapuava (PR). Colégio Estadual Visconde de Guarapuava. Visita técnica realizada por Eziquel de Lima em 29/09/2009, Guarapuava (PR). Escola Futura. Visita técnica realizada por Eziquel de Lima em 18/9/2009, Guarapuava (PR). SENAC de Guarapuava. Visita técnica realizada por Eziquel de Lima em 23/09/2009, Guarapuava (PR). SENAI de Guarapuava. Visita técnica realizada por Eziquel de Lima em 20/09/2009, Guarapuava (PR).

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ANEXOS

Anexo 01 - questionário com um profissional atuante em área técnica

1. Nome do entrevistado:

2. Curso de formação:

3. Por que escolheu essa profissão?

4. Onde estudou?

5. Empresa onde trabalha:

6. Tempo de serviço nesse ramo:

7. Que conselhos daria para interessados no assunto?

8. Como vê a educação técnica como opção de formação profissional?

9. Como vê as oportunidades de emprego para técnicos de modo geral?

10. Considera mais fácil conseguir um emprego, tendo ou não um curso técnico?

Por quê?

Fonte: Eziquel de Lima – 2010

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Anexo 02 - questões do relatório elaborado pelos alunos

1. PARTICIPAÇÃO NA VISITA AO SENAI

( ) participei ( ) não participei

2. NO CASO DE TER PARTICIPADO, SUA IMPRESSÃO SOBRE O EVENTO:

( ) muito bom ( ) bom ( ) regular ( ) satisfatório ( ) fraco

3. PALESTRA FEITA PELO SENHOR JOEL CAMARGO SOBRE MOTIVAÇÃO E SEGURANÇA DO TRABALHO

( ) muito boa ( ) boa ( ) regular ( ) satisfatória ( ) fraca

4. PALESTRA FEITA PELO SR. OTTO RICKLI SOBRE O CURSO DE TÉCNICO

AGRÍCOLA:

( ) muito boa ( ) boa ( ) regular ( ) satisfatória ( ) fraca

5. PALESTRA FEITA PELA SRA. ROSE DAS NEVES SOBRE ENFERMAGEM:

( ) muito boa ( ) boa ( ) regular ( ) satisfatória ( ) fraca

6. O QUE MAIS LHE CHAMOU A ATENÇÃO EM UMA OU MAIS PALESTRAS:

7. COM RELAÇÃO AO TRABALHO DE BUSCA DE CURSOS TÉCNICOS E

PREENCHIMENTO DAS TABELAS:

( ) Muito boa ( ) boa ( ) regular ( ) satisfatória ( ) fraca

8. SUA IMPRESSÃO SOBRE O NÚMERO DE CURSOS TÉCNICOS OFERECIDOS NO BRASIL TANTO A NÍVEL DE MEC COMO DE SENAI E SENAC.

( ) já conhecia ( ) não conhecia ( ) achei interessante ( ) fiquei surpreso

( ) não achei interessante

9. QUANTO AOS CURSOS TÉCNICOS OFERECIDOS EM GUARAPUAVA

( ) já conhecia ( ) não conhecia ( ) achei interessante ( ) fiquei surpreso

( ) não achei interessante

10. O QUE MAIS LHE CHAMOU A ATENÇÃO EM RELAÇÃO A ESSE TIPO DE

TRABALHO REALIZADO NA SALA DE AULA:

11. O QUE VOCÊ FARIA SE TIVESSE CONHECIMENTO ANTECIPADO DOS

CURSOS TÉCNICOS QUE SÃO OFERECIDOS NO BRASIL E EM

GUARAPUAVA?

Fonte: Eziquel de Lima - 2010

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Anexo 03

Cursos ofertados pelas escolas e Guarapuava no ano 2009

ESTABELECIMENTO CURSOS

Escola Futura Enfermagem, Farmácia, Estética, Radiologia, Podologia, Transações imobiliárias, Secretariado e contabilidade.

Escola Ana Vanda Bassara Segurança do trabalho, informática

Centro Estadual de educação profissional Arlindo Ribeiro

Técnico em agropecuária, Téc. Produção Agrícola e Pecuária, Agropecuária

Colégio Estadual Visconde de Guarapuava

Bilíngüe guarani, Bilíngüe kaingang, Formação docente educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, em nível médio na modalidade normal

SENAC Enfermagem, informática

SENAI Eletromecânica, Eletrotécnica, Celulose e papel, Instrumentação industrial.

Centro Estadual de Educação Profissional Estadual Francisco Carneiro Martins

Administração, Eletromecânica, Eletrônica, Informática, Meio ambiente, Secretariado

Fonte: visitas técnicas feitas por Eziquel de Lima - 2009

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Anexo 04- ficha preenchida por um técnico em eletrônica

Fonte: entrevistas abertas realizadas pelos alunos

28

Anexo 05 – ficha preenchida por um técnico em mecânica industrial

Fonte: entrevistas abertas realizadas pelos alunos

29

Anexo 06 – exemplos de relatórios de alunos da 3D

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Fonte: entrevistas abertas realizadas pelos alunos

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Fonte: Eziquel de Lima - 2010