O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

MARIA LUCINDA CORRÊA DE FREITAS FRANKENBERGER

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Professores Orientadores: EUCLIDES FONTOURA DA SILVA JUNIOR (in memorian) FERNANDO ANTONIO SEDOR

CURITIBA 2010

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SUMÁRIO

Identificação.............................................................................................................3

Apresentação..... .................................................................................................... 4

Desenvolvimento

Unidade 1 – Conhecendo as Células ................................................................... 5

Diferença entre as Células...................................................................5

Esquema de uma célula animal e vegetal............................................7

Unidade 2 – Reino Monera .................................................................................. 10

Bactéria..............................................................................................10

Formas das Bactérias........................................................................11

Unidade 3 – Reino Fungi .................................................................................... 14

Classificação dos Fungos..................................................................14

Fungos.e os Seres humanos.............................................................20

Exemplos de Fungos..........................................................................16

Unidade 4 – Reino Plantae .................................................................................. 18

Briófitas..............................................................................................19

Pteridófitas.........................................................................................20

Fanerógamas.....................................................................................21

Gimnospermas...................................................................................21

Angiospermas....................................................................................22

Referências.......................................................................................................... 25

3

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA (CADERNO PEDAGÓGICO)

1. Identificação

1.1 Área: Ciências

1.2 Professora: Maria Lucinda Corrêa de Freitas Frankenberger

1.3 NRE: ÁREA METROPOLITANA SUL

1.4 Professor Orientador IES:

- Prof. Euclides Fontoura da Silva Júnior (in memorian)

- Prof. Fernando Antonio Sedor

1.5 IES: Universidade Federal do Paraná/ Setor Ciências Biológicas/Museu

de Ciências Naturais/ Departamento de Genética.

1.6 Escola de Implementação: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA

1.7 Público alvo: Alunos das 8ª séries do Ensino Fundamental

2. Tema de Estudo da Intervenção: Ciência da Natureza

3. Título do Material Didático:

Estudo Monitorado nos Múltiplos Espaços de Ciências – Museu de Ciências

Naturais da UFPR

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4. Apresentação:

A elaboração deste Caderno Pedagógico tem como objetivo fornecer

subsídios para orientação aos professores de Ciências quando proporcionarem

visitações monitoradas aos alunos da 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e

Ensino Médio a espaços múltiplos de ensino de Ciências.

Tendo em vista a organização de um espaço museológico escolar com

objetivo didático baseado em modelos, pôsteres, maquetes de estruturas

celulares, exemplares de exscicatas para trabalhar com o tripé escola-espaço

museológico-material-didático como apoio ao conhecimento de Ciências no

Ensino Fundamental através do espaço museológico que será o veículo entre o

material e o ensino aprendizagem dos alunos.

No ensino de ciências há uma preocupação com a aprendizagem de

nossos alunos, e para que essa se torne mais significativa propomos aulas em

espaços diferenciados, mas se faz necessário que o aluno se aproprie

antecipadamente de alguns conceitos básicos, para que essas aulas sejam

proveitosas, atinjam seus objetivos e não se tornem apenas passeios. Pois o

intuito é levar o aluno a questionar, levantar hipóteses enfim instigá-los à pesquisa

científica.

Numa perspectiva da ciência investigativa achamos que as aulas podem se

tornar mais produtiva se forem apresentados elementos da natureza e modelos

que possam ser manuseados, observados na sala de aula. Observa-se que, a

maioria dos alunos são oriundos de áreas rurais e muitas vezes não exploraram e

desconhecem o próprio ambiente em que vivem.

Iniciamos uma recapitulação de alguns temas já estudados desde os

primeiros bancos escolares até a 8ª série, ou 9º ano, em nosso caso que será a

série de estudo e aplicação deste Caderno Pedagógico.

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5. Desenvolvimento:

UNIDADE 1: CONHECENDO AS CÉLULAS

CÉLULA: A célula é a unidade morfofisiológica dos seres vivos, ou uma massa

protoplasmática, envolta por uma membrana e contendo um núcleo e organelas.

TAMANHO

O tamanho varia, apesar da maioria das células escaparem a nossa

capacidade visual, existem células de diversos tamanhos. Quanto à dimensão,

podem ser classificadas como:

a) Células Macroscópicas: são células que podem ser visualizadas a olho nu.

Ex: ovos das aves, alga Nitela, alvéolos do endocarpo da laranja etc.

b) Células Microscópicas: Possuem dimensões abaixo do poder de visão do

olho humano, podendo ser visualizadas somente com o auxílio de instrumentos

como lupa ou microscópio.

DIFERENÇA ENTRE AS CÉLULAS VEGETAIS E ANIMAIS

Nos animais e vegetais as células são eucariontes e se assemelham em

vários aspectos morfológicos como a estrutura molecular da membrana

plasmática e de várias organelas, são semelhantes em mecanismos moleculares

como a replicação do DNA, a transcrição em RNA, a síntese protéica e a

transformação de energia via mitocôndrias.

A presença de parede celular, vacúolo, plastídios e a realização de

fotossíntese, são as principais características que fazem da célula vegetal (fig.2)

diferente da célula animal (fig.1).

Nas plantas a parede celular é composta principalmente de celulose, que

determina a estrutura e a forma da célula, a textura dos tecidos vegetais dando

resistência às plantas. O vacúolo é uma organela que possui uma membrana

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(tonoplasto), preenchidos com um suco celular, solução aquosa contento vários

sais, açúcares, pigmentos, armazenando metabólitos, quebram e reciclam

macromoléculas. Os plastídios são envolvidos por uma dupla membrana e são

classificados de acordo com o pigmento: os cloroplastos (clorofila), cromoplastos

(carotenóides) e os leucoplastos (sem pigmento). Os cloroplastos são organelas

responsáveis pela realização da fotossíntese. Muitas células animais também

possuem vacúolos, no entanto eles são menores do que a dos vegetais.

Ao contrário das células animais, que utilizam o glicogênio como reservas

energéticas, as células vegetais armazenam amido. E na comunicação entre as

células, nos vegetais é feita através de conexões chamadas plasmodesmas, e

nas células animais, as junções comunicantes são responsáveis por esse papel.

Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são formados por células.

Existem seres formados por uma única célula, denominados unicelulares, e os

pluricelulares ou multicelulares, formado por duas ou mais células.

O corpo humano tem cerca de 60 trilhões delas. Entre as células existe

uma nítida divisão de trabalho, por exemplo, as células epiteliais revestem o

nosso corpo; as células ósseas relacionam-se com a sustentação do corpo; as

células musculares estão associadas com os movimentos do corpo; os glóbulos

vermelhos (hemácias) do sangue transportam o oxigênio. Em organismos

pluricelulares, essa divisão de trabalho entre as células é conseqüência da

diferenciação celular. É ela que permite a formação de células especializadas na

execução de determinada função do organismo.

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Fig. 1. Esquema de uma célula animal mostrando seus componentes

Fig. 2. Esquema de uma célula vegetal mostrando seus componentes

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OBJETIVOS

1) Reconhecer uma célula eucariótica, identificando suas principais estruturas.

2) Confeccionar um modelo uma célula eucariótica com substâncias que possam

ser ingeridas, reconhecendo sua organização (núcleo) e suas organelas.

3) Diferenciar a célula eucariótica animal da vegetal.

Desenvolvimento da aula

Há seres vivos que são constituídos por células procarióticas, como o caso

dos organismos que pertencem ao Reino Monera (bactérias e cianobactérias),

enquanto os organismos pertencentes aos outros reinos (Protozoa, Fungi, Plantae

e Animalia) apresentam células eucarióticas. Estas diferem quanto à organização

do material nuclear e quanto às organelas citoplasmáticas.

As bactérias pertencem ao Reino Monera e apresentam algumas

características marcantes, por exemplo: são procariontes, ou seja, seu material

genético fica disperso pelo citoplasma da célula e podem formar grandes colônias

podendo ser observadas sem a utilização de instrumentos de aumento.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1ª Após uma prévia explicação sobre células procarióticas e eucarióticas, suas

semelhanças e suas diferenças, o professor pedirá aos alunos que desenhem em

seu próprio caderno, uma célula eucariótica (animal ou vegetal). Neste desenho,

os alunos identificarão a membrana plasmática, o citoplasma, o núcleo

organizado e suas organelas citoplasmáticas.

2ª Depois, os alunos devem pesquisar na literatura indicada pelo professor sobre

as respectivas funções de cada organela e quais destas são exclusivamente das

células eucarióticas animais e quais as das células eucarióticas vegetais.

3ª Dividir a classe em grupos de alunos, os quais podem decidir que ingredientes

utilizarão para representar as estruturas das células, como o citoplasma, a

membrana plasmática e as organelas. Doces podem ser utilizados: por exemplo,

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bala de goma para representar a mitocôndria, fios de ovos para o retículo

endoplasmático etc.

4ª O educador pode orientar o trabalho durante a aula e pedir para que o grupo

confeccione o seu modelo em casa e a traga na aula seguinte. Se a escola

apresentar um espaço e estrutura adequada, o trabalho pode ser executado

durante a aula. Ao final, as células poderão ser saboreadas.

5ª É importante que os grupos façam uma legenda relacionando as estruturas

celulares com os itens alimentares utilizados.

MATERIAIS

Desenho das células eucarióticas (animal e vegetal) realizada no caderno e

a pesquisa elaborada pelos alunos sobre as funções de suas estruturas.

Ingredientes alimentares diversos trazidos pelos alunos, depois da seleção prévia.

Sugestões e dicas para o professor

1) Realizar uma aula prática de observação de células animais e vegetais,

utilizando o microscópio, a fim de que os alunos observassem as diferenças

básicas entre os dois tipos.

2) Durante ou após a degustação, o docente poderia questionar perguntando por

exemplo qual organela determinado aluno ingeriu e pedindo para que explique

sua respectiva função.

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ALGUNS REINOS

UNIDADE 2 - Reino Monera

Os seres vivos agrupados no Reino Monera são todos os seres vivos

unicelulares e procariontes, isto é, sem núcleo organizado, individualizado por

membrana. Seu material genético encontra-se disperso no hialoplasma do núcleo

também não apresentam organelas membranosas, como mitocôndrias e

cloroplastos.

As bactérias, seres microscópios de composição aparentemente simples,

fazem parte do reino Monera. Além das bactérias, esse reino também reúne as

cianobactérias, que no passado também eram conhecidas como algas azuis ou

cianofíceas.

Bactéria

Para MARGULIS e SCHWARTZ (2001):

“As bactérias (do grego bakterion:pequena haste, bastão). O Reino Bacteria compreende todos os organismos com estrutura celular procariótica, com pequenos ribossomos entorno de seus nucleóides, mas não possuem núcleos envolvidos por membranas. As bactérias são os mais resistentes dos seres vivos. Algumas podem sobreviver a temperaturas muito baixas, bem abaixo do congelamento, por anos; outras vicejam em fontes de água fervente; e outras, ainda, crescem até em ácidos muito fortes ou vivem retirando hidrogênio e dióxido de carbono das rochas”.

Para CURTIS (1977): as bactérias constituem o grupo de organismos mais

antigos e mais abundantes do mundo; são os menores organismos celulares.Um

único grama de solo fértil pode conter 2,5 bilhões de bactérias.

Na época em que viveu o pesquisador holandês Antonie van Leeuwenhoek

(1632-1723), o mundo microbiano estava sendo descoberto; era uma grande

novidade para as pessoas em geral. Leeuwenhoek escreveu após observar

microorganismos ao microscópio:

"Recebi em minha casa diversos cavalheiros ansiosos por observar as pequenas enguias do vinagre, mas alguns deles ficaram tão enojados com o espetáculo que juraram nunca mais usar vinagre. O que seria se essa gente soubesse que existem mais animais na boca humana, vivendo entre os dentes, do que seres humanos em todo o reino?"(Portal de Ciências e Biologia, 2010).

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Em termos ecológicos, os animais e as plantas que vivem nas florestas

tropicais e os que vivem no fundo dos oceanos ocupam extremos opostos da

Terra; é como se habitassem dois "mundos" distintos. Em seus ambientes, muito

diferentes, não existe uma única espécie do planeta ou animal em comum.

Entretanto, toda a diversidade de vida existente nesses ambientes pode ser

suplantada pela diversidade de bactérias, organismos abundantes em todos os

ecossistemas do planeta.

Importância das bactérias

Geralmente bactérias são relacionadas á doenças, porém desempenham

um papel muito importante no equilíbrio das funções de nosso corpo e nos

ecossistemas da Terra, atuando juntamente com os fungos, como seres

decompositores. As bactérias são os organismos mais bem sucedidos do planeta

em relação ao número de indivíduos. A quantidade de bactérias no intestino de

uma pessoa é superior ao número total de células humanas no corpo da mesma,

por exemplo.

Formas das bactérias

As bactérias podem apresentar formas muito variadas como esferas,

bastões, vírgulas etc. No esquema abaixo (fig.3), vemos as formas mais comuns

de bactérias.

Fig.3.

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Apesar de unicelulares, as bactérias também podem formar grupos

chamados colônias (fig.4). As bactérias esféricas são denominadas de cocos, e

de acordo como se agrupam recebem os nomes:

Estafilococos- agrupam-se formando cachos.

Estreptococos – agrupadas em fila.

As cianobactérias (fig.5) também chegam a formar colônias e podem ser

observadas na natureza sob a forma de uma massa escura gelatinosa.

Fig.4. Colônias de bactérias

EXPERIÊNCIA

Materiais:

- Caldo de carne

- Pinça

- Ágar-ágar

-Recipientes de vidro com tampa

- Lamparina

Fig.5. Agrupamento de

cianobactérias imagens de

microscópio eletrônico

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PROCEDIMENTOS

1) O professor deverá preparar um caldo de carne, acrescentar ágar-ágar e

distribuir (ainda quente) em diversos recipientes esterilizados, fechando-os em

seguida. A consistência deverá ser semelhante à da gelatina após o seu

resfriamento.

2) Levar os recipientes contendo o meio de cultura (caldo de carne com ágar-

ágar) e explicar aos alunos como o meio de cultura foi preparado.

3) Ressaltar que as bactérias existem em todos os ambientes da superfície da

Terra, e estimular a imaginação dos alunos no sentido de instigar a busca de

bactérias em diferentes ambientes e objetos.

4) Listar locais onde gostariam de descobrir se há a presença de bactérias: mesa

do refeitório, lixo, banheiro, em seus próprios sapatos, etc. Em seguida, dividir em

equipes onde um aluno de cada grupo utilizando uma pinça esterilizada na chama

de uma lamparina, ou qualquer outra chama, fogão por exemplo.

5) Em seguida, o aluno deverá abrir o recipiente próximo a chama, (tocar) deverá

pegar uma pinça, passar no objeto a ser analizado e tocar com ela no meio de

cultura, e fechá-lo imediatamente.

6) Depois de colhidas todas as amostras desejadas, etiquetá-las, e deixar os

recipientes, por exemplo, no fundo da sala, para que possam ser observados

diariamente. Após 15 dias, em média, já será possível perceber colônias

formadas, com variadas cores. A temperatura ambiente estável e amena propicia

resultados mais rápidos.

.

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UNIDADE 3 – Reino Fungi

Conforme CÉSAR e SEZAR (2005):

Há uma estimativa de que existam de 60 a 100 mil espécies de fungos, que

são seres eucariontes, uni ou pluricelulares, sempre heterótrofos, que se nutrem

por absorção dos alimentos. Eles se desenvolvem com extrema facilidade nos

mais diversos ambientes terrestres e aquáticos, além de se ligarem a outros

grupos de seres, em diferentes associações.

No ar, os fungos existem sob a forma de microscópicos esporos, de fácil

dispersão. Ao caírem sobre os mais variados substratos orgânicos (restos de

vegetais e animais) germinam formando longos filamentos chamados hifas que

passam a absorver as substâncias minerais e orgânicas simples e solúveis.

Vivem também em ambientes domésticos como sapatos, roupas, livros, alimentos

em recipientes abertos, tintas em paredes e madeiras expostas à umidade e com

baixa luminosidade.

Os fungos são os membros de um grande grupo de organismos

eucariontes que inclui micro-organismos tais como as leveduras e bolores, bem

como os mais familiares cogumelos. As células eucarióticas dos fungos têm

paredes de quitina, um polissacarídeo nitrogenado que também constitui o

esqueleto dos insetos.No citoplasma ficam dispersos muitos grânulos de reserva

de glicogênio, podendo haver um núcleo ou dois, pareados, além de ribossomos

e mitocôndrias.

Classificação dos fungos

De acordo com BARROS e PAULINO (2009) “a maneira como obtêm os

alimentos, os fungos podem ser basicamente classificados em três grupos”:

-Fungos decompositores: são aqueles que obtêm nutrientes de restos de

animais e vegetais, contribuindo para o ciclo de substâncias essenciais à vida nos

ecossistemas e para a degradação da matéria orgânica do ambiente.

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-Fungos parasitas:são aqueles que obtêm nutrientes de outrso seres vivos,

prejudicando-os, causando doenças ou parasitando-o até a morte. É o caso das

pintas pretas que ocorre em plantações de banana, tomate, café, batata. Essa

doença se caracteriza pelo surgimento de manchas pretas nas folhas, caules e

nos frutos dos vegetais.

- Fungos mutualísticos: são aqueles que se associam com outros seres vivos,

de forma que ambos sejam beneficiados. Os líquens, por exemplo, são

resultantes da associação entre fungos e algas. As algas, que têm clorofila,

realizam fotossíntese, e parte da matéria orgânica por elas produzida é

aproveitada pelos fungos. Enquanto as hifas dos fungos envolvem as algas,

protegendo contra a desidratação.

Os fungos e os seres humanos

O fermento biológico é um tipo de fungo utilizado desde a Antigüidade na

produção de pães e bebidas alcoólicas. Somente com o uso do microscópio

verificou-se que o fermento é constituído de seres vivos, unicelulares que se

produzem por esporos e brotamento quando colocado na massa do pão alimenta-

se dela e produz gás carbônico. Com a formação de bolhas de gás carbônico no

interior da massa, esta aumenta de volume e se torna porosa, originando um pão

macio.

A técnica de produção de bebidas alcoólicas é semelhante. O fungo

presente no caldo da cana, no suco da uva ou em outro líquido açucarado utiliza o

açúcar como alimento e realiza sua fermentação. Nesse processo são liberados

gás carbônico e álcool. Assim, do suco de uva produz-se vinho e do caldo de

cana produz-se cachaça.

Como certos tipos de fungos parasitam outros seres vivos, podendo causar

doenças, os seres humanos também podem ser parasitados por fungos (fig.6),

destacando as mais comuns que são as micoses (infecções) que podem ocorrer

na pele, unhas, cabelos e até mesmo em órgãos internos.

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As micoses cutâneas podem ocorrer em diversas partes do corpo,

principalmente nas áreas mais sujeitas a ferimentos ou que ficam por muito tempo

úmidas e abafadas, como os pés, surgindo as frieiras.

Exemplos de Fungos

Fotos da autora

Fonte: bing.com/images/search Fig.6.

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OBJETIVOS

1) Perceber as condições ideais para a reprodução e desenvolvimento dos

fungos;

2) Realizar um experimento científico e elaborar hipóteses no decorrer do

processo;

3) Reconhecer os diferentes tipos de fungos, relacionando-os, por exemplo, com

a sua importância para o ambiente.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1) Pedir aos alunos que coloquem em uma caixa de sapato um pedaço de pão e

de frutas como mamã, tomate etc.. Antes de fechá-la é preciso borrifar um pouco

de água. Deixar a caixa fechada em um local determinado por um período de uma

semana.

2) Após esse período, os alunos trarão a caixa e serão analisados os resultados

(aparecimento de fungos diferentes, de cheiro e a deteriorização do alimento).

3) Analisar juntamente com os alunos, registrando todas as observações:

a) Como ocorreu o aparecimento dos fungos?

b) Que condições necessárias foram observadas para o crescimento dos fungos?

c) Quantos tipos formas e cores dos fungos diferentes apareceram nos resultados

obtidos pelos alunos?

d) Que outros tipos de produtos podem produzir fungos?

e) Liste os tipos de fungos que você conhece:

f) Fungos são maléficos ou benéficos? Justifique

g) Qual importância que os fungos representam para o ambiente?

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UNIDADE 4 – REINO PLANTAE

O Reino Plantae compreende seres eucariontes, pluricelulares,

autotróficos, que realizam fotossíntese.

A exemplo dos animais, o organismo vegetal é constituído por células.

Contudo, sua organização é bastante diferente. Se seus órgãos têm funções

paralelas às dos sistemas animais, o mesmo não pode se dizer da sua estrutura.

Em relação aos animais falamos em sistemas digestório, respiratório, reprodutor

etc; no que diz respeito às plantas, tratamos de órgãos: a raiz, o caule, a folha, a

flor, o fruto e a semente.

A classificação dos vegetais possui ligeiras diferenças em relação à

classificação animal. Ao invés de usar o termo Filo, usa-se o termo Divisão.

As plantas são divididas em dois grandes grupos:

Criptógamas (kripto, escondido): plantas que possuem as estruturas

produtoras de gametas pouco evidentes

Fanerógamas (phanero, evidente): possuem as estruturas produtoras de

gametas bem visíveis.

- Os órgãos e suas funções

A raiz tem por função fixar a planta ao solo e retirar dele água e sais

minerais, essenciais à vida vegetal. O caule mantém a planta ereta. Em seu

interior encontram-se vasos condutores de seiva. Por seiva entende-se o líquido

absorvido pelas raízes (seiva bruta) e as substâncias produzidas pela fotossíntese

(seiva elaborada).

Há vegetais que não possuem vasos condutores (algas e musgos). Nesse

caso, a distribuição da seiva se faz de célula a célula. A maioria, porém, é dotada

de vasos condutores. Do caule partem ramos onde se prendem as folhas, levando

a seiva bruta e trazendo a seiva elaborada. As folhas são, portanto, a parte dos

vegetais onde ocorre a fotossíntese. A seiva elaborada por ela produzida é

distribuída todas as partes do vegetal, garantindo a sua sobrevivência.

Nas folhas também acontecem os processos de respiração e transpiração

vegetal.

Flores e sementes são órgãos que se relacionam com a reprodução vegetal.

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- Criptógamas

As Criptógamas podem ser divididas, com base na organização do corpo, em

grupos menores:

Talófitas

As Talófitas são plantas cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada

em raiz, caule e folha. São as algas pluricelulares.

Um dos critérios de classificação das algas é a presença de pigmentos. As

algas segundo esse critério são divididas em:

Chrorophyta (clorofíceas): as algas verdes;

Phaeophyta (feofíceas): as algas pardas;

Rhodophyta (rodofíceas): as algas vermelhas.

A importância das algas

As algas realizam a maior parte da fotossíntese que ocorre no planeta.

São, portanto, os mais importantes produtores de alimento e energia. Grande

quantidade de oxigênio existente na hidrosfera e na atmosfera se deve à

fotossíntese realizada pelas algas. As algas vermelhas são ricas em iodo e

constituem uma valiosa de substâncias como o ágar-ágar (utilizado em laboratório

para a cultura de bactérias) e a carragenina (utilizada como estabilizador de

sorvetes, pastas de dentes e doces).

Briófitas

As briófitas são plantas de pequeno porte, sendo que na maioria não

ultrapassa 20 cm de altura. Vivem em ambientes úmidos e sombreados, uma vez

que não são susceptíveis à dessecação. As briófitas apresentam estruturas

chamadas rizóides, caulóides e filóides que desempenham um papel semelhante

ao da raiz, caule e folhas. No entanto, não têm vasos condutores de seiva; tanto a

seiva elaborada quanto a bruta passa diretamente de uma célula para outra,

através de suas paredes. O grupo das briófitas tem os musgos como principal

representante.

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Pteridófitas

As pteridófitas constituem um grupo muito antigo de vegetais foram as

primeiras plantas a possuir vasos condutores de seiva. A existência dos vasos

possibilitou às plantas a conquista definitiva do ambiente terrestre. Os vasos

permitem o transporte rápido da água e sais minerais até as folhas e de seiva

elaborada para as demais partes da planta. Os principais representantes do grupo

são as samambaias e as avencas (fig.7).

(Fig.7.)Fotos: autora

Nas pteridófitas as folhas (frondes) se desenrolam a partir do centro da

planta. A reprodução é feita por meio de esporos, que freqüentemente são

produzidos em soros localizados na parte de baixo das folhas (são pontinhos

alaranjados que vemos às vezes nas samambaias). Ocorre alternância de

gerações, sendo o vegetal adulto produtor de esporos que, uma vez no chão, dão

origem a uma plantinha parecida com um coração (prótalo) e que produz os

gametas. Esses se unem e vão dar origem a uma nova planta.

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-Fanerógamas

Nas fanerógamas os óvulos e o pólen são os gametas feminino e

masculino, respectivamente. Dentre as fanerógamas temos as Gimnospermas,

que produzem estróbilos como estruturas reprodutoras, que são erroneamente

denominadas flores; e as Angiospermas, que produzem flores.

Uma flor pode ser definida, de maneira ampla, como um “ramo” modificado

e adaptado à reprodução. Sobre as folhas modificadas desse ramo é que se

formam as estruturas reprodutivas das plantas fanerógamas.

A semente é uma estrutura que contém em seu interior um pequeno

embrião em potencial, além de grande quantidade de células e material nutritivo

para garantir a germinação. As sementes têm origem a partir dos óvulos,

formados nas flores.

As fanerógamas são divididas em dois grandes grupos:

1 - Gimnospermas

As gimnospermas foram as primeiras plantas a produzirem flores

(inflorescências) e sementes, porém não produzem frutos (grego = gymnos = nua,

grego = sperma = semente).

As gimnospermas mais conhecidas são os pinheiros, ciprestes e sequóias. No

Brasil uma gimnosperma nativa é a araucária, também conhecida como pinheiro-

do-paraná (fig.8.)

Fig.8. Fotos: autora

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As flores das gimnospermas são chamadas de cones ou estróbilos. Essas

flores são de um só sexo, masculino ou feminino.

As gimnospermas estão mais adaptadas às regiões temperadas. Chegam

a formar vegetações como as taigas no Hemisfério Norte e a Mata de Araucária

no Sul do Brasil. As sequóias são gimnospermas de grande porte e ocorrem na

Califórnia (Estados Unidos). Essas plantas chegam a atingir 120 metros de altura

e seus troncos podem chegar a 12 metros de diâmetro. Estima-se que algumas

sequóias atuais tenham aproximadamente 4000 anos de idade.

2 - Angiospermas

As angiospermas possuem como característica exclusiva, a semente

contida no interior de um fruto (grego angio = urna; sperma = semente). Por esse

motivo são conhecidas como plantas frutíferas.

As angiospermas correspondem ao grupo de plantas com maior número de

espécies sobre a Terra. Ocupam habitats muito diversos, existindo desde

espécies aquáticas até plantas adaptadas a ambientes com pouca disponibilidade

de água, como os cactos.

Economicamente, as angiospermas representam uma fonte de inestimável

importância para o homem. Seus órgãos, como raiz, caule, folhas, flores,

sementes e frutos, podem servir de alimento para a população humana. Além

disso, servem também como fontes de matéria-prima para as mais diversas

atividades humanas e industriais.

Foto da autora

As angiospermas são divididas em dois grandes grupos:

monocotiledôneas e dicotiledôneas.

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A principal característica que permite distinguir esses dois grupos é o

número de cotilédones presentes na semente. Os cotilédones são folhas

modificadas que fazem parte do corpo do embrião e que podem armazenar

nutrientes que serão fornecidos a ele durante os estágios iniciais de

desenvolvimento. Como o próprio nome diz, nas monocotiledôneas há apenas um

cotilédone por semente, enquanto nas dicotiledôneas há dois cotilédones por

semente.

-monocotiledôneas: alho, cebola, aspargo, abacaxi, bambu, grama, arroz, trigo,

aveia, banana, cana-de-açúcar, milho, gengibre e palmeiras em geral: coco-da-

baía, babaçu etc.

-dicotiledôneas: vitória-régia, eucalipto, abacate, rosa, morango, pêra, maçã,

feijão, ervilha, goiaba, jabuticaba, algodão, cacau, limão, maracujá, cacto,

mamona, mandioca, seringueira, batata, mate, tomate, jacarandá, café, abóbora,

melancia etc.

A formação da semente

Nas angiospermas a fecundação se dá quando o núcleo masculino

(proveniente do grão de pólen) e o núcleo feminino (oosfera, proveniente do

óvulo) se encontram, formando o zigoto, ainda no ovário da flor. O zigoto, uma

célula simples, sofre então muitas divisões celulares e dá origem a um pequeno

embrião, pluricelular. O óvulo fecundado desenvolve-se formando então uma

semente. Ela contém um embrião e substâncias nutritivas que o alimentarão

quando a semente germinar. A formação de uma ou mais sementes no interior de

um ovário provoca o seu desenvolvimento e ele, crescendo muito origina um fruto,

enquanto todas as demais partes da flor regridem ou morrem.

Exercícios para fixação

a) Quais os grupos em que se divide o Reino Plantae?

b) Quais os principais órgãos de uma planta e quais as funções?

c) Qual a principal característica das algas e a importância desse grupo de

organismos?

d) Como se dá a condução de seiva nas briófitas? Dê um exemplo de briófita.

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e) Quais as plantas que fazem parte do grupo das pteridófitas?

f) Qual a principal característica das fanerógamas e em quais grupos ela se

divide?

g)Como se caracterizam as gimnospermas e as angiospermas? Dê exemplos.

h) Qual o nome das flores das gimnospermas?

I) As angiospermas se subdividem em dois grupos; quais são eles? Dê exemplos.

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REFERÊNCIAS

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