Da relevância
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“No início, Jesse James e Diana Sousa, os fundadores do
acontecimento, sentiam que a arte contemporânea estava
dissociada da vida na região. O que fazer? Se as pessoas
não tinham curiosidade por arte, talvez se levassem
directamente a arte até elas a sua sensibilidade se
transformasse.”
Vítor Belanciano, Público, 7.8.2015
2011:
€17m dívida
2013:
€4,7m dívida (-73%)
+ 90.000 espectadores
80%-100% ocupação
20.000 pessoas fora de portas
Bilheteira: - €360.000 do investimento
nas produções
“É de facto muito engraçado
transportar a ‘Coming Out’
para a rua do seu próprio
bairro!”
MNAA
“Vai ser engraçado ver como é que
os quadros resistem no bairro.”
MNAA
“Gostámos muito da actividade do
museu e achámos que devia ser
alargado a outros sítios.”
Robin das Artes
“[Um vizinho] Gostou e até me estava
a oferecer dinheiro por ele. (...) A ideia
sempre foi partilhar. Não é um roubo,
é um deslocamento.”
Robin das Artes
“Penso que é da responsabilidade de
um director artístico, ou, digamos, do
colectivo que é a instituição artística,
dizer ‘aqui está o apelo que estou a
sentir na nossa comunidade’. Mas,
afinal, não é nossa responsabilidade
termos uma espécie de eloquência ou
articulação em torno disto, que, talvez,
a própria comunidade sinta, mas não
apresente como uma declaração
particular de necessidade? Então, para
mim, ser sensível a isso é liderança,
dizer ‘aqui está o que sentimos no ar e
ao qual pensamos que vale a pena dar
voz’.”
Martha Lavey
Steppenwolf Theater, Chicago
“Havia que envolver mais a comunidade e fazer participar
os que vêm de fora (artistas, designers, músicos,
jornalistas, público) na vida da ilha, estimulando a troca de
experiências, fazendo sobressair a cultura e a memória
como projecção de futuro, o estilo de vida humanizado, o
papel das relações de proximidade, o ambiente de
autenticidade ou o saber expresso em técnicas que se
foram tornando raras.”
Walk&Talk, entrevista a Vítor Belanciano
Público, 7.8.2015
“Olhei para as pessoas, como vivem,
como fazem compras. Entrei em lojas e
ouvi o que elas ouviam na rádio. Havia
música salsa a sair de carros, na rua.
Pensei, ‘Bolas! Em que é que me vim
meter?‘. Quero dizer, além de Jose
Feliciano, não sabia nada sobre música
latina.”
Eva Bornstein
Lehman Center for the Performing Arts,
Bronx, New York
"Muitos de vós aproveitaram esta
oportunidade para partilhar a vossa
gratidão e memórias."
“A vossa apreciação pelo facto do
nosso museu ser acessível e
acolhedor foi ouvida alto e claro."
“Falaram também sobre o vosso amor
pelas nossas colecções largamente
ignoradas."
“Querem que continuemos a oferecer
espaço para a comunidade discutir e
explorar a arte e assuntos actuais."
“Digam-me, esqueci-me de alguma
coisa?
“Estou a pensar activamente
sobre o que poderia estar lá
fora para apoiar a habitação a
preços acessíveis, espaços
para os artistas viver e
trabalhar e para contribuir para
uma comunidade vibrante.
Penso que, normalmente, esta
não é uma coisa em que a
maioria dos directores de
museu se envolve activamente
ou pensa, mas, por causa das
minhas conversas com os
artistas, está activamente na
minha mente.”
Anne Pasternak
“Eles nem sequer sabiam que os
apoiantes do Trump e do Brexit
existiam, porque estavam tão
fechados na sua pequena bolha que,
simplesmente, não conseguiam vê-
los.”
Adam Curtis
BBC Producer and Filmmaker
Is the art world responsible for Trump?
"Não acredito que 17,5 milhões de
pessoas sejam racistas ou idiotas.
Categoricamente, não acredito.
Acho que temos de ouvir. Temos
que tentar fazer o pouco que
pudermos para lidar com o
absoluto voto de não confiança no
nosso sistema."
Rufus Norris
The National Theatre
"Não vivemos mais num mundo em
que tudo é business as usual-
Trump deixou isso muito claro. Para
o teatro continuar a ser relevante,
temos que nos tornar mais rápidos
na nossa resposta. Não podemos
esperar ser úteis se não temos
capacidade de reagir a não ser 18
meses após os factos".
Robert Schenkkan
Dramaturgo
sobre Building the Wall
"Tínhamos a nossa temporada
pronta, tínhamos planeado uma
outra produção, mas, assim que li o
guião, percebi que tinhamos que
ser rápidos. É um grito de alerta cru
e apaixonado, e eu sabia que
tínhamos que ser ousados e fazer
essa declaração."
Stephen Sachs
Director Artístico, Fountain Theatre
sobre Building the Wall
“Enquanto os museus podem precisar de 2 a 3 anos para
planear uma exposição, este projecto foi desenvolvido
rapidamente, com 48 peças reunidas a partir de 7 museus
internacionais em 9 meses. Decidimos fazê-lo mesmo com
pouca antecedência, porque a história tinha que ser contada
agora. Não podia esperar.”
Henry Kim
Aga Khan Museum Director, Toronto
“Não há arte urbana, de rua, de mar, de lavoura, de periferia
ou de galeria. Há apenas arte capaz de nos interpelar,
provocar, fazer reflectir sobre nós e as pessoas e a
realidade à nossa volta. E é essa a arte que nos interessa.”
Walk&Talk, entrevista a Vítor Belanciano
Público, 3.8.2016