Da relevância

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Da relevância Seminário Periférica, Walk&Talk Açores Ponta Delgada, 27.04.2017

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Da relevânciaSeminário Periférica, Walk&Talk Açores

Ponta Delgada, 27.04.2017

“No início, Jesse James e Diana Sousa, os fundadores do

acontecimento, sentiam que a arte contemporânea estava

dissociada da vida na região. O que fazer? Se as pessoas

não tinham curiosidade por arte, talvez se levassem

directamente a arte até elas a sua sensibilidade se

transformasse.”

Vítor Belanciano, Público, 7.8.2015

2011:

€17m dívida

2013:

€4,7m dívida (-73%)

+ 90.000 espectadores

80%-100% ocupação

20.000 pessoas fora de portas

Bilheteira: - €360.000 do investimento

nas produções

Ópera Nacional da Grécia: na escola...

Ópera Nacional da Grécia: no porto de Pireu...

Ópera Nacional da Grécia: nas praças...

Ópera Nacional da Grécia: no mercado...

Coming Out, Museu Nacional de Arte Antiga

Laranjeiro, Dez. 2015

“É de facto muito engraçado

transportar a ‘Coming Out’

para a rua do seu próprio

bairro!”

MNAA

“Vai ser engraçado ver como é que

os quadros resistem no bairro.”

MNAA

“Gostámos muito da actividade do

museu e achámos que devia ser

alargado a outros sítios.”

Robin das Artes

“[Um vizinho] Gostou e até me estava

a oferecer dinheiro por ele. (...) A ideia

sempre foi partilhar. Não é um roubo,

é um deslocamento.”

Robin das Artes

https://www.youtube.com/watch?v=1lYcVr2xqKE

“Penso que é da responsabilidade de

um director artístico, ou, digamos, do

colectivo que é a instituição artística,

dizer ‘aqui está o apelo que estou a

sentir na nossa comunidade’. Mas,

afinal, não é nossa responsabilidade

termos uma espécie de eloquência ou

articulação em torno disto, que, talvez,

a própria comunidade sinta, mas não

apresente como uma declaração

particular de necessidade? Então, para

mim, ser sensível a isso é liderança,

dizer ‘aqui está o que sentimos no ar e

ao qual pensamos que vale a pena dar

voz’.”

Martha Lavey

Steppenwolf Theater, Chicago

“Havia que envolver mais a comunidade e fazer participar

os que vêm de fora (artistas, designers, músicos,

jornalistas, público) na vida da ilha, estimulando a troca de

experiências, fazendo sobressair a cultura e a memória

como projecção de futuro, o estilo de vida humanizado, o

papel das relações de proximidade, o ambiente de

autenticidade ou o saber expresso em técnicas que se

foram tornando raras.”

Walk&Talk, entrevista a Vítor Belanciano

Público, 7.8.2015

“Olhei para as pessoas, como vivem,

como fazem compras. Entrei em lojas e

ouvi o que elas ouviam na rádio. Havia

música salsa a sair de carros, na rua.

Pensei, ‘Bolas! Em que é que me vim

meter?‘. Quero dizer, além de Jose

Feliciano, não sabia nada sobre música

latina.”

Eva Bornstein

Lehman Center for the Performing Arts,

Bronx, New York

“I am excited to build on that

ethos of welcome.”

Anne Pasternak,

Brooklyn Museum Director

"Muitos de vós aproveitaram esta

oportunidade para partilhar a vossa

gratidão e memórias."

“A vossa apreciação pelo facto do

nosso museu ser acessível e

acolhedor foi ouvida alto e claro."

“Falaram também sobre o vosso amor

pelas nossas colecções largamente

ignoradas."

“Querem que continuemos a oferecer

espaço para a comunidade discutir e

explorar a arte e assuntos actuais."

“Digam-me, esqueci-me de alguma

coisa?

“Estou a pensar activamente

sobre o que poderia estar lá

fora para apoiar a habitação a

preços acessíveis, espaços

para os artistas viver e

trabalhar e para contribuir para

uma comunidade vibrante.

Penso que, normalmente, esta

não é uma coisa em que a

maioria dos directores de

museu se envolve activamente

ou pensa, mas, por causa das

minhas conversas com os

artistas, está activamente na

minha mente.”

Anne Pasternak

“Eles nem sequer sabiam que os

apoiantes do Trump e do Brexit

existiam, porque estavam tão

fechados na sua pequena bolha que,

simplesmente, não conseguiam vê-

los.”

Adam Curtis

BBC Producer and Filmmaker

Is the art world responsible for Trump?

"Não acredito que 17,5 milhões de

pessoas sejam racistas ou idiotas.

Categoricamente, não acredito.

Acho que temos de ouvir. Temos

que tentar fazer o pouco que

pudermos para lidar com o

absoluto voto de não confiança no

nosso sistema."

Rufus Norris

The National Theatre

"Não vivemos mais num mundo em

que tudo é business as usual-

Trump deixou isso muito claro. Para

o teatro continuar a ser relevante,

temos que nos tornar mais rápidos

na nossa resposta. Não podemos

esperar ser úteis se não temos

capacidade de reagir a não ser 18

meses após os factos".

Robert Schenkkan

Dramaturgo

sobre Building the Wall

"Tínhamos a nossa temporada

pronta, tínhamos planeado uma

outra produção, mas, assim que li o

guião, percebi que tinhamos que

ser rápidos. É um grito de alerta cru

e apaixonado, e eu sabia que

tínhamos que ser ousados e fazer

essa declaração."

Stephen Sachs

Director Artístico, Fountain Theatre

sobre Building the Wall

“Enquanto os museus podem precisar de 2 a 3 anos para

planear uma exposição, este projecto foi desenvolvido

rapidamente, com 48 peças reunidas a partir de 7 museus

internacionais em 9 meses. Decidimos fazê-lo mesmo com

pouca antecedência, porque a história tinha que ser contada

agora. Não podia esperar.”

Henry Kim

Aga Khan Museum Director, Toronto

MoMA

Davis Museum at Wellesley College, Massachusetts

Davis Museum at Wellesley College, Massachusetts

Seattle Symphony Orchestra, Music from the 7

“Não há arte urbana, de rua, de mar, de lavoura, de periferia

ou de galeria. Há apenas arte capaz de nos interpelar,

provocar, fazer reflectir sobre nós e as pessoas e a

realidade à nossa volta. E é essa a arte que nos interessa.”

Walk&Talk, entrevista a Vítor Belanciano

Público, 3.8.2016

ROA, “Flamingo”, ARTURb, LAC, Lagos, 2013

Eleições autárquicas, Lagos, 2013

Aldara Bizarro, “O Baile”, Cultura em Expansão, Porto, 2015

Ricky Gordon, “The Road of Solidarity”, Walk&Talk, 2015

Obrigada!

Maria Vlachou

[email protected]

Blog: Musing on Culture