Da Vírgula

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8/6/2019 Da Vírgula http://slidepdf.com/reader/full/da-virgula 1/36 Carlos Biasotti Da Vírgula (Doutrina, Casos Notáveis, Curiosidades, etc.) 201 8 São Paulo, Brasil

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Carlos Biasotti

Da Vírgula(Doutrina, Casos Notáveis, Curiosidades, etc.)

2018 

São Paulo, Brasil

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O Autor

Carlos Biasotti  foi advogado criminalista, presidente da

 Acrimesp  (Associação dos Advogados Criminalistas do stado de

São Paulo! e mem"ro efetivo de diversas entidades (#AB, AASP,

$ASP, A%S&, 'B, $BCCrim, Sociedade Brasileira de

Criminologia, Associação Americana de uristas, Academia

Brasileira de %ireito Criminal, Academia Brasileira de Arte, Cultura

e )ist*ria, etc+!+

Premiado pelo $nstituto dos Advogados de São Paulo, no

concurso O Melhor Arrazoado Forense, realiado em 1-.2, / autor de

 Lições Práticas de Processo Penal , O Crime da Pedra, Tributo aos

 Advogados Criminalistas ,  Advocacia Criminal (Teoria e Prática, al/m

de numerosos artigos urdicos pu"licados em ornais e revistas+

 ui do ri"unal de Alçada Criminal do stado de São Paulo

(nomeado pelo crit/rio do 3uinto constitucional, classe dos

advogados!, desde 40+.+1--5, foi promovido, por merecimento, em

16+6+2006, ao cargo de %esem"argador do ri"unal de ustiça+

Condecorações e títulos honoríficos7 Colar do   8/rito

 udici9rio (institudo e conferido pelo Poder udici9rio do stado de

São Paulo!: medal;a cvica da #rdem dos <o"res Cavaleiros de São

Paulo: medal;a !Pro"# $r# Antonio Chaves% , etc+ 

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Da Vírgula(Doutrina, Casos Notáveis, Curiosidades, etc.)

!As cousas insigni"icantes &roduzem a &er"eiç'o e a &er"eiç'o n'o ) cousainsigni"icante%   (#iguel $ngelo9 a&ud %os& Vieira Coel!o,  Funções do Artigo, 1-5-, p+ 49 >it*ria, S!+

' 'ntroduço

Por sua feição mi?da, a mat/ria deste artigo @ A Vírgula @ talve não merecesse vir lu, 3ue não / de "om consel:onem de "om gosto dar peso fumaça+

ico, por/m, 3ue o am8vel leitor @ sempre curioso das3uestes 3ue respeitam linguagem (e porventura so" ainfluDncia de "ons astrosE! @ leve paciDncia meu arroo, no3ual protesto não persistirei+

 A  vírgula, conforme a doutrina comum, !indica uma &e*uena &ausa na leitura% (1!, o 3ue muito ilustra o seguinte lugar

de *ui !Amar a &átria estremecer o &r+,imo guardar a ") em$eus na verdade e no bem% +(2! 

(1! +duardo Carlos ereira, -ramática .,&ositiva, -1a+ ed+, p+ 4==9Compan:ia ditora ;acional9 São Paulo+

(2! Oraç'o aos Moços , 1a+ ed+, p+ 5-9 São Paulo+

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.

altassem as vrgulas onde as colocou o preclaro escritor,por força 3ue muito perderia em eFação gramatical a3uele "elopensamentoE 

 >em a ponto, no entanto, a o"servação de  Augusto-otardelo !/'o há d0vida de *ue ) a v1rgula tamb)m chamadacoma uma das notações sintáticas de em&rego di"1cil% +(4! 

(4! O .m&rego da 21rgula 1-<., p+ 49 ditora + %ois $rmãos S+A+9 Gio de aneiro+

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 '' Noçes -erais

%as regras 3ue l:e disciplinam o emprego, uma /

fundamental !(### n'o se &ode &3r v1rgula entre o su4eito e o verbonem entre o verbo e o seu com&lemento% +(5! Femplos

$ H !/ingu)m tem o direito de negar o *ue a evid5ncia mostra%(Bento de aria, C+digo de Processo Penal , 1-60, vol+ $$, p+ 1419Gecord ditora9 Gio de aneiro!+ 

$$ H !$eve ter sido um deus o *ue inventou a divina arte deescrever% (#. /aid Ali, $i"iculdades da L1ngua Portuguesa, <a+ed+, p+ 1=-9 Iivraria AcadDmica9 Gio de aneiro!+

$$$ H !/o &rinc1&io criou $eus o c)u e a terra% +(<! 

%esde 3ue, no entanto, :aa frases incidentes, / de rigor a vrgula, como se eFtrai destes eFemplos

a! !O bom 4uiz ) antes de mais nada um 4usto% (0&lio 1ornag!i, Curso de $ireito Processual Penal , 1-.0, vol+ $, p+ J$>9dição Saraiva!+

"! !Contra ele n'o "azem argumento as &onderações iadizendo "0teis *ue se me o&õem% (*ui, 6)&lica, nK 4=!+

(5!  Napoleo #endes de Almeida, $icionário de 7uestões 2ernáculas , 1a+ ed+,p+ 44=9 ditora Caminho 8uave Itda+9 São Paulo+

(<! Femplo 3ue tra Duarte Nunes de 2io  (Origem e Orthogra&hia da Lingua Portugueza, 1=.5, p+ 44.9 ipografia Gollandiana9 Iis"oa!+

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c! !A mais bela "unç'o da 9umanidade disse 2oltaire ) a deadministrar 4ustiça% (0enri *o3ert, O Advogado, p+ 14-9 trad+ %. into 2oureiro9 Saraiva :  Cia+ H ditores9 São Paulo!+

;os perodos ligados por conunçes su"ordinativas eadv/r"ios tam"/m / usual o emprego da vrgula, como se vD daamostra seguinte

1! !Presume;se a viol5ncia se a v1tima n'o ) maior de <=(catorze anos% (art# >>= do C+d# Penal+

2! !A rece&taç'o ) &un1vel ainda *ue desconhecido ou isentode &ena o autor do crime de *ue &roveio a coisa% (art# <?@ =B doC+d# Penal+

4! !A restituiç'o *uando cab1vel &oderá ser ordenada &elaautoridade &olicial ou 4uiz desde *ue n'o e,ista d0vida *uanto aodireito do reclamante% (art# <>@ do C+d# Proc# Penal+

5! !O r)u ou seu de"ensor &oderá logo a&+s o interrogat+rioou no &razo de (tr5s dias o"erecer alegações escritas e arrolartestemunhas% (art# DE do C+d# Proc# Penal+

<! !$iz;se o crime tentado *uando iniciada a e,ecuç'o n'o se consuma &or circunstncias alheias G vontade do agente% (art# <=

nB HH do C+d# Penal#L de "oa norma usar a vrgula para separar as conunçes

coordenativas (&or)m todavia contudo entretanto n'o obstante noentanto logo &ois &ortanto &or isso, etc+!+ Femplos

a! !Ima &ágina de lab)us &or)m outra coisa n'o mostra*ue a b1lis de um es&1rito amargo e a consci5ncia de uma causa "raca%

(*ui, 6)&lica, nK 42!+

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"! !.ntretanto n'o constava ao mestre *ue em )&ocanenhuma houvesse tido a v1rgula essa a&licaç'o% (Idem, ibidem,nK 445!+

c! !As duas &alavras s'o &ortanto incon"und1veis% (Idem,ibidem, nK 4-5!+

d! !Por derradeiro logo nisto se resume o debate (###%(Idem, ibidem, nK 2<5!+

e! !/'o tenho &ois de *ue me arre&ender ou *ue emendar%(Idem, ibidem, nK 51<!+

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 ''' N4tulas 

1a.)  Ap*s a conunção adversativa mas , somente ca"e

 vrgula se :8 Dnfase

$ H !Mas ainda a*ui n'o se saiu bem do intento% (*ui, 6)&lica, nK 11<!+

$$ H !Mas &or*ue me n'o ob4etem com a indelicadeza doouvido clássico desçamos aos modernos% (Idem, ibidem, nK =-!+

$$$ H !Mas circunstncia curiosa em *ue a mal1cia recebeuma liç'o a &onto% (Idem, ibidem, nK 2-1!+

 A regra geral, nesse caso, / não empregar a vrgula

$ H !Mas o eminente &ro"essor leva em gosto ser;lhe &aranin"o% (*ui, 6)&lica, nK 126!+

$$ H !Mas baste de razões% (Idem, ibidem, nK -2!+

$$$ H !Mas em *ue as estribaJ% (Idem, ibidem, nK 24=!+

$> H !Mas a minha demonstraç'o vai mais longe% (Idem,ibidem, nK 25l!+

 > H !Mas a *uei,a nem verdadeira ) nem 4usta% (Idem,ibidem, nK 4<<!+

 >$ H !Mas ainda n'o acabou% (Idem, ibidem, nK 50-!+

 >$$ H!Mas ainda a*ui n'o ) de bom conselho o seu voto%(Idem, ibidem, nK 21<!+

 >$$$ H!Mas 4á ) tem&o de &3r termo a esta de"esa% (Idem,ibidem, nK 5-6!+

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2a.)  !Im dos mestres contem&orneos da boa linguagem &ro"essa n'o ser bem &ortuguesa a colocaç'o da adversativa porém no &rinc1&io de uma oraç'o (Figueiredo Liç# Prát# v# H &# <>># Porém  todos os clássicos de todos os tem&os ma de&aram "re*uentemente assim colocada# 2'o em &rova alguns te,tos eindicações de te,tos%  (*ui, 6)&lica, nK 5-5!+

%everas,  Ant5nio Vieira, !um dos tr5s ou *uatro grandescimos clássicos do nosso idioma% (6!, empregava ami?de a adversativa porém no incio da oração+ !2erbi gratia% 

$ H !Por)m o 4u1zo dos homens em *ue n'o vale emenda*uem &oderá negar *ue ) mais terr1velJ% ( Sermões , 1-<-, t+ $, p+1=.9 Iello :  $rmão ditores9 Porto!+

$$ H !Por)m de&ois disto (###% (Idem, ibidem, t+ $$, p+ 1<1!+

$$$ H !Por)m se advertirmos bem nas &alavras do (###%(Idem, ibidem, t+ J>, p+ 2<=!+

 Ainda pp+ .., -5, 150, 162, 210 (8ermões , 1-<-, t+ $!9 .<,121, 12=, 150, 161, 1-., 2.1, 404, 40-, 46- (t+ $$!9 11, 65, 124,126, 212 (t+ J>!, etc+

;ão se dedignava, entretanto, de empreg8Mla tam"/m na

forma pospositiva$ H !/o meio &or)m deste tumulto &o&ular se a&arece uma

 &ersonagem de grande autoridade e res&eito no mesmo &onto abatemtodas as armas embainham as es&adas a&arta;se sem outra viol5nciaa briga e n'o há *uem se mova% (Sermões , l-<-, t+ $$, p+ 15<!+

(6! *ui, 6)&lica, nK 242+ 

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$$ H !.stou vendo &or)m *ue me dizem os meus PortuguesesK(###% (Idem, ibidem, p+ 525!+

$$$ H  /este estado &or)m ou nesta con"us'o temerosa em *uetudo ameaçava a 0ltima e total ru1na *ue "ariam os olhos de $eus sem&re vigilantes sobre PortugalJ% (Idem, ibidem, t+ J>, p+ 1.6!+

 7ais pp+ =6, -., 106, 115, 246, 25=, 406 (8ermões , 1-<-,t+ $!9 2, -, 255, 450, 462, 4=. (t+ $$!9 <1, 62, 10=, 121, 1=4, 200(t+ J>!, etc+

3a.) !Antes das con4unções e nem ou, como, que  e outras semelhantes s+ se &õe v1rgula *uando as &alavras e "rases *ue elasatam e,cedem a medida comum de uma &ausa ordinária &elas oraçõesincidentes e com&lementos *ue trazem consigo *uando &or)m as &alavras e "rases s'o curtas e sm&les as v1rgulas s'o desnecessárias &or*ue as mesmas con4unções servem de se&araç'o aos di"erentes

 sentidos &arciais% (%eron6mo /oares Bar3osa, -rammaticaPhiloso&hica da Lingua Portugueza, 1.62, p+ 6-9 Iis"oa!+

4a.)  !$eve;se evitar o uso e,cessivo de v1rgulas &ara *ue odiscurso n'o "i*ue truncado# Assim n'o se deve escrever .s&ero *uevoc5s ho4e cheguem mais cedo mas simK es&ero *ue voc5s ho4echeguem mais cedo ou es&ero *ue voc5s cheguem mais cedo ho4e%(%es+ Ale7andre -ermano, T)cnica de 6edaç'o Forense, 4a+ ed+,p+ 12-9 ri"unal de ustiça do stado de São Paulo!+

5a.) mpregaMse igualmente a vrgula para isolar o apostoe o vocativo+ Femplos

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1<

$ H Ccero, o prncipe da elo3uDncia romana, foi mortopelos sic8rios do tri?nviro 7arco AntNnio+

$$ H ;/lson )ungria, ministro do Supremo ri"unalederal, escreveu a monumental o"ra Comentários ao C+digoPenal +

$$$ H Gain:a das provas, a confissão do r/u tem grandealcance na pes3uisa da verdade nos processos criminais+

$> H !Mas tu n'o )s a musa do sangue + liberdadetu )s o g5nio da &az% (*ui, Obras Com&letas  vol+ JJ$>, t+ $,p+ 126!+

 > H !. *uem ) a m'e de todos os crentes sen'o tu+ 6omaJ% (Vieira, 8ermões , 1-<-, t+ >$, p+ 64!+

 >$ H !8abes tu 9ermengarda o *ue ) &assar dez anos

amarrado ao &r+&rio cadáverJ% (Ale7andre 0erculano, .urico oPresb1tero, 1-64, p+ 2229 %ifusão uropeia do Iivro9 São Paulo!+

 A leitura pontual de "ons autores, notadamente emediçes crticas(=!, contri"uir8 muito para a aplicação da vrgula+

(=! !.,em&li gratia%  Obras de Machado de Assis (7inist/rio da ducação eCultura!, Obras 8eletas de Carlos de Laet (undação Casa de Gui Bar"osa!, etc+

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 'V Vírgula antes de etc. 

Sueitos de altos cr/ditos liter8rios (gram8ticos, fil*logos

e escritores! tDm dado curso doutrina, segundo a 3ual,/ defeso empregar a  vírgula  antes de etc+ (a"reviatura dalocução latina !et cetera%  !e  outras coisas% !e outros% !e assim &or diante% !e o resto%+ ntram nesse n?mero autores do topede  Napoleo #endes de Almeida(.!,  Vittorio Bergo(-!  e %8lio Nogueira+(10! 

Pr8tica diversa @ afirmam esses valorosos guardiesda purea da lngua @ implicava infração de preceito capitalde gram8tica, a sa"er não se usa vrgula antes da conunçãoaditiva e+

 en:o em muito os referidos autores (so"retudo o Prof+ Napoleo #endes de Almeida, geralmente reputado por um

dos mais insignes, pro"os e indefessos paladinos da "oalinguagem portuguesa!(9)9 as raes 3ue alegam, por/m, !datavenia% , faem rosto e encontram a"ertamente o uso, 3ue / omestre de todas as coisas+(11! 

(9)  !Mas nem tudo nos grandes mestres ) de imitar%  (*ui, 6)&lica, nK 54!+

(.! $icionário de 7uestões 2ernáculas , 1a+ ed+, p+ 44-9 ditora Caminho 8uave Itda+9 São Paulo+

(-!  .rros e $0vidas de Linguagem, 1-51, p+ 10.9 Iivraria ditora reitas Bastos9São Paulo+

(10!  Linguagem e Com&osiç'o, 12a+ ed+, p+ 1159 Iivraria ditora reitas Bastos9São Paulo+

(11!  !(### est rerum omnium magister usus%   (C. %ulii Caesaris, $e ello Civili ,$$, .!+

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1=

m verdade, escritores de primeira nota, assim antigoscomo contemporOneos, não escrupuliaram em antepor vrgula a"reviatura etc+

ProvamMno sem falta os eFemplos seguintes

1+  N. A. Cal:ins,  Lições de Coisas , 1..69 trad+ *u6Bar3osa9 $mprensa ;acional9 Gio de aneiro pp+ 1=, 5<, 61,62, 11=, 25<, 400, 5<1, <0<, <55, etc+9 

2+ -uil!erme Bellegarde,  Lingua Portugueza, 1..=9

Gio de aneiro pp+ 50, 60, ==, .5, -6, 10-, 115, 14<, 151, 154,etc+9

4+ rancisco +varisto 2eoni, -enio da LinguaPortugueza, 1.<., t+ $9 Iis"oa pp+ 10, 5<, .-, 100, 11<, 124,1.4, 254, 2<1, etc+9

5+  %eron6mo /oares Bar3o;a, -rammatica Philoso&hicada Lingua Portugueza, 1.629 Iis"oa pp+ 4<, 5=, <1, <-, -0, -4,1-6, 245, 42., 444, etc+9

<+ +rnesto Carneiro *i3eiro, .lementos de -rammaticaPortugueza, 1-429 Ba:ia pp+ 14, 24, 45, 5<, <=, .1, 106, 44<,4=1, 51=, etc+9

6+  #ário Barreto,  /ov1ssimos .studos da L1nguaPortuguesa, 1-159 Gio de aneiro pp+ 15, 22, 44, 4<, 51, =5, 10=,111, 14-, 44-, etc+9

=+ Castro 2opes,  Artigos Philologicos , 1-109 Gio de aneiro 142, 1<., 1-0, 200, 221, 22=, 26<, 41<, 4-4, <21, etc+9

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1.

.+ 0eráclito -raça, Factos da Linguagem, 1-059 Gio de aneiro pp+ 15, 2<, 41, 54, 5<, <-, 102, 4.1, 502, 5<., etc+9

-+ 2audelino reire, Linguagem e .stilo, 4a+ ed+9 Gio de aneiro pp+ 1=, 2=, 4., 55, <=, =1, .=, .-, 114, 12-, etc+9

10+  %ulio *i3eiro, -rammatica Portugueza, 1-009 SãoPaulo 40, 4-, 52, 64, -4, -5, 101, 444, 4<1, 4<2, etc+

;o italiano passa o mesmo !isogna che tu gli dia il vino il &ane eccNtera% (. etrocc!i, $izionario 8colastico della Lingua

 Htaliana9 1-<=, p+ 4.49 !ecc + abbrev# di eccNtera% p+ 4.29 &aranti9 7ilano!+

 Ainda

!.s#K uno due tre *uatro cin*ue ecc#% (. etrocc!i, /ova-rammatica Htaliana, 1-44, p+ 1149 Antonio >allardi ditore9 7ilano!+

!9o lonore dessere con tutta la venerazione ecc#% (/ilvioellico, .&istolario, 1..=, p+ 5-9 orino!+

!Or ti saluto io stesso e sono di cuore ecc#% (Idem, ibidem,p+ 1=<!+

!Mi creda con tutti i sentimenti della &i a""etuosa stima ecc#%  (Idem, ibidem, p+ 21!+

 A praFe da virgulação antes da a"reviatura de etc.,adotouMa tam"/m o estilo forense, conforme se vD das o"ras eescritos das mais distintas inteligDncias do Poder udici8rio+)aa vista estes eFemplos

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1-

l+  #. da Costa #anso, Casos Qulgados , 1-209 Iivraria AcadDmica9 São Paulo pp+ 24<, 25-, 26., 26-, 2.2, etc+9

2+  Virgílio de /á ereira, $ecisões e Qulgados , 1-269 Giode aneiro pp+ 1<, 2<, 5-, <5, <=, 46-, 6=l, 6=2, etc+9

4+  Valdemar C&sar da /ilveira, 8entenças Criminais ,1-519 Gevista dos ri"unais Itda+9 São Paulo pp+ 1<, <0, =1,10=, 12., 150, 1-., 54=, 5-<, etc+9

5+  Vasco %oa<uim /mit! de Vasconcellos, 8entenças e

$ecisões , 1-2<9 São Paulo pp+ 25<, 2<1, 2<5, 2<., 2=2, 2=5, etc+9

<+  Auto ortes, 7uestões Criminais 9 Gio de aneiro pp+2., 60, .5, 101, 105, 112, 1<0, 16<, 1.6, 21-, etc+

m suma, a favor do emprego da vrgula antes de etc. militam mui forçosas raes

')  # uso, 3ue, no geral consenso dos doutos, / o!árbitro soberano da linguagem% +(12! 

(12! +rnesto Carneiro *i3eiro, Tr)&lica, 1-<1, p+ 4169 Iivraria Progressoditora9 Ba:ia+

 Ainda

a! !Mas nas *uestões de linguagem tudo ) o uso (###% (*ui, 6)&lica, nK 15!9

"! !(### e o uso como ) mais &oderoso *ue as leis *uase sem&re &revalece% (*a"aelBluteau, Prosas Portuguesas , 1=2., 1a+ parte, pp+ 200M2019 Iis"oa!9

c! !/'o se &ode negar *ue em &ontos de &ro&riedade e &ureza de linguagem ) o

uso um árbitro soberano nos idiomas vivos (###% (rancisco %os& reire,  6e"le,ões sobre a L1ngua Portuguesa, 1.12, 1a+ parte, p+ 69 Iis"oa!9

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'')  O argumento de autoridade

 a)  ! Use vrgu!a an"es de e"c. .mbora a e,&ress'o originale" ce"era 4á contenha e# a abreviatura e"c # a&arece  sempre

 &recedida do sinal no Formu!$rio %r"ogr$&ico *ue de"ine a normalegal do idioma# .ssa &rática terminou &or o"icializar o em&rego dav1rgula seguido &ela maioria esmagadora dos gramáticos brasileiros%(+duardo #artins, Manual de 6edaç'o e .stilo de % 's"ado de

S. Pau!o, 4a+ ed+, p+ 11.9 São Paulo!9

) !A *uest'o da v1rgula antes do e"c.  ) sim&lesK deve serusada# O argumento de *ue originalmente a &alavra 4á cont)m o e

(e")  n'o vale &ois o *ue conta ) o acordo ortográ"ico vigente (###%(Arnaldo Nis:ier , 7uestões Práticas da L1ngua PortuguesaK R@@ 6es&ostas , 1--2, p+ 4<9 Gio de aneiro!+

d! !(### &ois o uso ) soberano senhor%   (#ário Barreto, $e -ramática e de Linguagem, 1-22, t+ $, p+ 2019 Gio de aneiro!9

e! !(### o uso *ue ) soberano senhor da linguagem (###% (%os& de /á Nunes,

 A&rendei a L1ngua /acional , 1-4., vol+ $, p+ 1<9 Iivraria AcadDmica9 São Paulo!9

f! !(### o uso *ue ) o árbitro o senhor e o regulador 0nico do "alar (###% (Idem,ibidem, vol+ $$, p+ 125!9

g! !S certo *ue n'o há melhor mestre *ue o uso% (%8lio de Castil!o, Os $oisPl1nios , 1-06, p+ 1-69 Iis"oa!+

:! !(### usus *uem &enes arbitrium est et 4us et norma lo*uendi% # !(### o uso

(### ) da l1ngua sumo legislador e regra viva% (0orácio, Arte Po)tica 1=.5, pp+ 65M6<9 trad+ C=ndido 2usitano> Iis"oa!+

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''')  Opinio acad?mica+ # 2ocabulário Ortográ"ico da L1ngua Portuguesa, ela"orado pela Academia Brasileira deIetras, sempre 3ue emprega etc. (para cima de <@ vezes,nunca o fa sem precedDMlo de vrgula, como a indicar a ldimaforma da representação gr8fica da a"reviatura+(14! 

'V)  +st&tica literária+ # uso da vrgula antes de etc. @como na f*rmula @Vistos, etc. (3ue serve de preOm"ulo sdecises udiciais! @, al/m de prevenir a se3uDncia de voespeculiares a duas lnguas (portuguDs e latim!, atende a crit/rioest/tico+ ;ão admira, pois, 3ue o estilo pretoriano aconservasse em tal :ip*tese, 3ue tem força de cl8usula salutar+

Com efeito, em  #. Costa #anso, antigo ministro doSupremo ri"unal ederal, lDMse a f*rmula !2istos etc#% , com a

 vrgula antes de etc. (c"# Casos Qulgados , 1-20, p+ 24<9 Iivraria AcadDmica9 São Paulo!+

Pelo mesmo teor,  %oo #endes de Almeida %r. (c"#O Processo Criminal rasileiro,  1-<-, vol+ $$, p+ 40-9 Iivrariareitas Bastos S+A+9 São Paulo! e  N&lson 0ungria  (c" +Comentários ao C+digo Penal , 1-.1, vol+ >, p+ 1<59 ditora

orense9 Gio de aneiro!, uristas de prol, escritores de força eministros de nossa 7ais Alta Corte de ustiça+

(14! C"# 2ocabulário Ortográ"ico da L1ngua Portuguesa, 200-, pp+ IJJ$MIJJJ$>9&lo"al ditora9 São Paulo!+

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;ão divergia desta pr8tica o douto magistrado +li&;er*osa  (a&ud *omeiro Neto, $e"esas Criminais , 2a+ ed+, p+ 4<69ditora Ii"er uris Itda+9 Gio de aneiro!+

%onde claramente se mostra 3ue a anteposição da vrgulaao etc. não viola preceito normativo da lngua portuguesa9 aorev/s, tem por si venerandos monumentos liter8rios e a lição degravssimos autores+

ue sea esta a doutrina comum, diMlo muitoassisadamente %os& #aria da Costa, 3ue tem voto valioso nocaptulo

!Anote;se todavia *ue o acordo ortográ"ico em vig5nciadetermina *ue a v1rgula deve ser usada em tal caso @ isto /, antesde etc. @ raz'o &ela *ual a re"erida v1rgula se torna ent'oobrigat+ria% +(15! 

(15!  Manual de 6edaç'o Pro"issional , 4a+ ed+, p+ 5-19 7illennium ditora9 CampinasMSP+

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  V +tc. e Nomes ersonativos

%a significação pr*pria de etc. (a"reviatura de !et cetera%

@ 3ue em vulgar 3uer dier e outras coisas   @ alguns autoresinferiram a regra de 3ue se l:e não ustificava o emprego comrespeito a pessoas, como na sentença  S &rova de &atriotismohonrar a mem+ria de Tiradentes Anchieta 6ui e"c. 

 A crtica, posto "em fundada, não procede, por/m @como advertiu o Prof+  %os& de Almeida @, visto 3ue 8

consagrado tal emprego !&ela sanç'o do mais esmerado e escorreitouso da l1ngua o *ue com&rovam elo*uentemente os "ragmentos *ue seguem (###%#(1<! 

m "em de sua argumentação, arrolou opinados vernaculistas

1! !(### isto ) nada menos *ue Castilho 6ui arbosa Machado de Assis Carlos de Laet Qos) 2er1ssimo Qo'o 6ibeiroPacheco da 8ilva Mário arreto 8ilva 6amos e"c #%  (C=ndido de.igueiredo, Combate s   sem 8angue, 1-2<, p+ 41<9 Iivraria

Cl8ssica ditora9 Iis"oa!9

2! !.ntendem alguns (6o*uette 8# T0lio e"c. % (Carlos 

-4is, $icionário de -alicismos , 4a+ ed+, p+ <1!94! !Cndido de Figueiredo Q0lio Moreira .rnesto Carneiro

 6ibeiro .duardo Carlos Pereira Mário arreto e"c. %   (%os&*i;;o, .studos da L1ngua Portuguesa, 1-22, p+ -<9 São Paulo!+

(1<!  .studemos nossa L1ngua, 1-6<, pp+ 165M16<9 ditora #"elisco9 São Paulo+

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%o assunto discorreu tam"/m Augusto -otardelo 

!A abreviatura e"c.  signi"ica G luz do latim e os mais# e os

demais# e ou"ros# e os res"an"es # Cetera ) o &lural neutro deceterus a um# Como e"c. se re"ere a coisas alguns autores condenamo seu uso antes (ali8s, depois! de nomes &ersonativos# 9a4a vista esteK ui"os escrevem# por e*.+ ,amões# ,as"ro -!ves e ou"ros

(arques da ,ru Portugu5s Prático HHH &# >D># .stamos diantede outro caso de es*uecimento etimol+gico# 7uando algu)m em&rega are"erida abreviatura em "rases da*uele ti&o n'o tem a mente &resaao sentido dela# S o *ue se nota nos e,em&los *ue transcreveremose,em&los esses *ue sa1ram dos bicos da &ena de *uem sabia muito bema L1ngua# .i;losK% (16! 

+ !.sta sinta,e ) aceita entre outros &elos seguintes gramáticosK Frederico $iez $armesteter Constncio Qer3nimo 8oares arbosa

 Adol"o Coelho Pacheco Q0nior Lameira Ma,imino Mário arreto Aureliano Pimentel 6ui arbosa e"c.% (Carlos -4is, 8inta,e deConcordncia, 1-2-, p+ 1=49 $mprensa #ficial9 Belo )orionte, 7&!+

. !8'o e,em&los &ou*u1ssimos em com&araç'o do n0mero in"inito

de &assagens com o em&rego de ser entregue estar entregue colhidosem Fern'o Lo&es Castanheda Qo'o de arros 2ieira e"c.% (#./aid Ali, $i"iculdades da L1ngua Portuguesa, <a+ ed+, p+ 14=9Iivraria AcadDmica9 Gio de aneiro!+

(16! O&# cit#, pp+ 15M1<+

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2<

+ !Conto "alar um dia destes ao 8átiro $ias a alguns de 8#Paulo e Minas ao 8erzedello Correia e"c.% (#ac!ado de Assis,Corres&ond5ncia, p+ 445!+

E.  Q derradeira, nisto de emprego de etc., na frase, emrelação a pessoas, vem a3ui de molde alegar com rancisco #artins de Ara8Fo, desem"argador do ri"unal de ustiça dostado de &oi8s, urista eFmio e eFtremado vernaculista+

m !7uesti0nculas de Portugu5s% , livro a mais de umrespeito not8vel, ap*s tratar !e, &ro"esso%   a mat/ria (3ueenri3ueceu com deenas de eFemplos respigados na vastaseara dos !oráculos da escrita vernácula%, assim concluiu SuaFcelDncia

!Como se v5 de&ois de tudo o *ue se leu linhas volvidas 4á n'o

 &ode haver hesitaç'o de *uem *uer *ue se4a *uanto ao em&rego daabreviatura latina e"c. em re"er5ncia a &essoas#

 . o a"irmamos categoricamente uma vez *ue tem ela a seu &rol antecedentes clássicos ou melhor a autoridade incontestávele incontestada dos mestres da mais &ura e genu1na escrituravernácula% +(1=! 

(1=! rancisco #artins de Ara8Fo, 7uesti0nculas de Portugu5s , 1-.1, pp+ 2<4M2<=9ditora da 'niversidade ederal de &oi8s+

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  V' Curiosidades acerca da VírgulaG Huestes e +nigmas

# assunto da vrgula, ainda 3uando não figure norol dos mais importantes fatos gramaticais, não pode serestigmatiado com a nota de desprevel e in?til como uma verruga+ )averão de confirm8Mlo ao simp8tico leitor as3uestes e enigmas adiante eFpostos+

+ # elo3uente  Vieira, ap*s deiFar cair dos l8"ios aafirmação de 3ue "astava !mudar um &onto ou uma v1rgula (### &ara "alsi"icar uma escritura% , entrou a faerMl:e a prova

!8urre,it non est hic%# Gessuscitou, não est8 a3ui+

!8urre,itJ /on est hic%# GessuscitouR ;ão, est8 a3ui+!$e maneira *ue% @ remata o divino pregador @ !s+ com

trocar &ontos e v1rgulas com as mesmas &alavras se diz *ue Cristoressuscitou e ) de ") e com as mesmas se diz *ue Cristo n'oressuscitou e ) heresia% +(1.! 

+ ue o mau emprego da vrgula sea poderoso paraadulterar e perverter a significação at/ de teFto sagrado,mostrou evidDncia o latinista Art!ur *e;ende

(1.! 8ermões , 1-<-, t+ $$$, pp+ 1-.M1--+

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2=

!$eus est magnus &eccator# $eus ) grande &ecador#

Tirada a v1rgula daria o trocadilhoK $eus ) grande &ecador%

(Frases e ,uriosidades /a"inas  1-<<, p+ 1<1!+

+ Gesposta si"ilina !Hbis redibis non morieris in bello%#

# sentido depender8 da virgulação

  !Hbis redibis non morieris in bello% +

$r8s, voltar8s, não morrer8s na guerra+

#u

  !Hbis redibis non morieris in bello% +

$r8s, não voltar8s, morrer8s na guerra+

!S um e,em&lo de "rases an"ibol+gicas *ue se atribuem aosantigos oráculos# .sta seria dirigida a um rei *ue estava &ara ir G guerra e tem dois signi"icados contrários con"orme a colocaç'o dav1rgula antes ou de&ois de non% (Art!ur *e;ende,  Frases eCuriosidades Latinas 1-<<, p+ 2.-9 Gio de aneiro!+ Ainda Napoleo #endes de Almeida, -ramática Latina, 15a+ ed+,p+ 4449 dição Saraiva9 São Paulo!9 aulo *4nai,  /'o Perca o seu Latim, 1-.0, p+ .<9 ditora ;ova ronteira9 Gio de aneiro9-iuseppe umagalli,  LA&e Latina, 1--2, p+ 1129 )oepli9 7ilano, etc+

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2.

E+ An8logo a esse / o caso do s?dito, preso e arguido decrime de lesaMmaestade por :aver escrito, no muro do pal8cioreal, a seguinte palavra de ordem revolucion8ria

 #atar o rei no & crime 

Prestes a su"ir ao pat"ulo, foi por/m a"solvido pelo uida inconfidDncia e mandado em pa, depois 3ue l:e ouviu adefesa, reduida a termo nesta su"stOncia  .stava ainda aescrever *uando os esbirros &alacianos lhe deitaram a m'o sem tivesse

tem&o de &ontuar corretamente o mote incriminado *ue de novolançou num &a&elucho agora atendendo G e,ata colocaç'o dos sinais de &ontuaç'oK 

 #atar o rei, no> & crimeI

J.  #utro caso, idNneo para causar perpleFidade no espritode algum leitor inadvertido

O lavrador tin!a um 3e;erro e a me do lavrador eratam3&m o pai do 3e;erro.

'ma vrgula solucionar8 a 3uestão

O lavrador tin!a um 3e;erro e a me, do lavradorera tam3&m o pai do 3e;erro.

K. !H&sis litteris virgulis*ue% + Iocução adver"ial 3ue, traduidaem vulgar, 3uer dier Com as mesmas letras e vrgulas+

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2-

L.  # frade e o "urro+

+n<uanto o "rade pensava o 3urro orava.

Sem vrgula, fica o teFto o"scuro9 a vrgula d8Ml:e clareae sentido

+n<uanto o "rade pensava(! o 3urro, orava.

M.  ;o antigo direito civil romano :avia !tal cone,'o entre ocon"e0do e a &orma *ue a "alta de uma v1rgula matava o &rocessoK si virgula ne*uit causa cadit (###%   (%oo #onteiro, Curso deProcesso Civil , 1-12, vol+ $, p+ <69 São Paulo!+

.  Iido alguresa! !Curvo silencioso humilde como uma v1rgulaU%#

"! !A v1rgula ) um &onto "azendo ,i,i% (!transeat%#

c! !O maior sonho da v1rgula ) chegar ao &onto%#

d! !As horas s'o as v1rgulas da eternidade% (Arss9 a&ud

itigrilli, $icionário Antiloroteiro 1-<6, p+ .49 trad+  #arina-uaspari> ditora >ecc:i9 Gio de aneiro!+

(! ensava, isto /, tratava convenientemente+ ensar significa tam"/m &3r &ensos em

a&licar curativo a # etc+ Pensar um animal dar;lhe o sustento e o tratamento &r+&rio%(Caldas Aulete, $icionário Contem&orneo, 2a+ ed+9 v# pensar)+

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P.  L fama 3ue o assassnio da rain:a oana de Borgon:a,

mul:er do rei da rança ilipe, o elo deveuMse a um erro depontuação, originado de frase ditada por Buridan (fil*sofoescol8stico francDs, reitor da 'niversidade de Paris em 142=!+

oi o caso 3ue, tendoMl:e os conspiradores pedido umparecer so"re grave 3uestão de stado, respondeu Buridan,oralmente

@ !6eginam inter"icere nolite timere bonum est% + # 3ue,traspassado nossa lngua, 3ueria dier ;ão mateis a rain:a,/ "om respeit8MlaE

 A pessoa 3ue anotou as palavras do or8culo, por/m, nãocolocou a vrgula no devido lugar @ depois da forma ver"al!nolite% @, e o teFto corrompido, 3ue os conurados leram,

ficou assim escrito!6eginam inter"icere nolite timere bonum est%# irada a frase

em linguagem, significa ;ão ten:ais medo de matar a rain:a,/ coisa "em feitaE

(C" +  Art!ur *e;ende o&# cit# p+ 6.<9  Nair 2acerda, -randes Anedotas da 9ist+ria, p+ 6.9 Crculo do Iivro9 São Paulo!+

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.  Ietra de m?sica

 Vírgula

(Al"erto Gi"eiro H rat*stenes raão!

 eu amor / fatal H vrgula

3ual mul:er sensacional H ponto e vrgula

3ueres dar teu coração H interrogação

ue pecado original H eFclamação

 eu amor / fatal H vrgula

3ual mul:er sensacional H ponto e vrgula3ueres dar teu coração H vrgula

mas comigo não H pontoMfinal

 eu amor H entre aspas

 8 consegui descrever H reticDncias

 Agora adivin:e o 3ue eu 3uero dier H eFclamação

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