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Dados de identificação
Título do artigo:
Avaliação do Programa de Alimentação Escolar no município de Itatiba (SP).
Título em inglês:
Assessment of School Feeding Program in Itatiba (SP).
Título resumido:
Assessment of School Feeding Program.
Autores:
Lilian da Silva Campos, Viviane Oliveira de Mello, Pérola Ribeiro
Instituição dos autores:
Lilian da Silva Campos: Aluna do curso de graduação em Nutrição da
Universidade São Francisco (USF). Av. São Francisco de Assis, 218 – Jardim
São José – CEP: 12916-900 – Bragança Paulista – SP. E-mail:
Viviane Oliveira de Mello: Aluna do curso de graduação em Nutrição da
Universidade São Francisco (USF). Av. São Francisco de Assis, 218 – Jardim
São José – CEP: 12916-900 – Bragança Paulista – SP. E-mail:
Pérola Ribeiro: Professora doutora assistente do curso de Nutrição da
Universidade São Francisco (USF) campus Bragança Paulista. Av. São
Francisco de Assis, 218 – Jardim São José – CEP: 12916-900 – Bragança
Paulista – SP. E-mail: [email protected] ou
Autor responsável pela correspondência:
Pérola Ribeiro
Av. São Francisco de Assis, 218 – Jardim São José
2
CEP: 12916-900 – Bragança Paulista – SP
Telefone: (11) 2454-8206
E-mail: [email protected] ou [email protected]
Declaração de conflito de interesse
Nada a declarar.
3
RESUMO
Objetivo: Avaliar o Programa de Alimentação Escolar no município de Itatiba
(SP). Métodos: Foi realizado um levantamento de dados, junto à Secretaria de
Educação do município de Itatiba, para obtenção de informações referentes à
merenda escolar destinada às crianças matriculadas em Escolas Municipais de
Ensino Infantil (EMEIs) e Escolas Municipais de Ensino Básico (EMEBs).
Resultados: Para a faixa etária de 6 a 10 anos, o consumo de carboidratos,
fibras e cálcio encontravam-se abaixo dos valores de referência preconizados
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Já para a faixa etária
entre 11 e 15 anos, o consumo de energia, proteínas, carboidratos, fibras,
lipídios e cálcio (16,9%) estavam abaixo das recomendações. Com relação à
distribuição de energia, encontrava-se adequada para proteínas e carboidratos
e abaixo dos valores estabelecidos pelo Institute of Medicine para lipídios. Em
relação à vitamina C e ferro, em todas as faixas etárias manteve-se superior as
recomendações. Conclusões: Portanto deve-se reavaliar o cardápio para
adequar-se a distribuição energética dos macronutrientes e as quantidades de
micronutrientes, principalmente, o cálcio segundo a Resolução n° 38 do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação. Em relação à vitamina C e ferro,
deve-se enfatizar que em todas as faixas etárias se mantiveram superior as
recomendações, o que é um aspecto favorável.
Palavras chaves: alimentos industrializados, mercado varejista, merenda
escolar, crianças, cardápio.
4
ABSTRACT
Objective: To evaluate the School Feeding Program in Itatiba (SP). Methods:
A data survey from the Education Department of the municipality of Itatiba to
obtain information on school meals to children enrolled in municipal schools for
Children's Education (EMEIs) City Schools and Education (EMEBs). Results:
For the age group of 6 to 10 years, consumption of carbohydrates, fiber and
calcium were below the reference values recommended by the National Fund
for Education. As for the age group between 11 and 15 years, the consumption
of energy, protein, carbohydrates, fiber, lipids and calcium were below the
recommendations. Regarding the distribution of energy, was suitable for protein
and carbohydrates and below the values established for lipids by the Institute of
Medicine. In relation to vitamin C and iron, in all age groups remained above the
recommendations. Conclusions: Therefore we must reassess the menu to fit
the energy distribution of macronutrients and the amounts of nutrients,
especially calcium according to Resolution n. 38 from the National Education
Development. In relation to vitamin C and iron, should be emphasized that in all
age groups remained above recommendations, which is a favorable aspect.
Key words: foods, retail market, school meals, children, menu.
5
INTRODUÇÃO
Um dos fatores determinantes das condições de saúde na infância é a
qualidade da alimentação recebida, mas, também, a maneira como é oferecida.
As escolas de educação infantil abrigam as crianças durante grande parte de
suas vidas, orientando seus alunos para a prática de bons hábitos de vida, pois
o aluno bem alimentado apresenta maior aproveitamento escolar além de
manter o equilíbrio necessário para seu crescimento e desenvolvimento6.
Na faixa etária de vida de 3 a 10 anos, identificada como criança em idade
escolar, vários fatores interferem no consumo alimentar, tais como: valores
socioculturais, convivências sociais, situação financeira familiar, alimentos
consumidos fora de casa, alimentos consumidos semi-preparados, influência
exercida pela mídia, hábitos alimentares, disponibilidade de alimentos e
facilidade de preparo7.
Sabemos que o cuidado com a saúde da criança a alimentação é um aspecto
fundamental, porém sabemos que a nutrição e os hábitos alimentares são
práticas sociais, não podendo ser abordados por uma única perspectiva
disciplinar, pois o ato de nutrir e comer ultrapassa o mero ato biológico. Nessa
perspectiva, como práticas alimentares a seleção, o consumo, a produção da
refeição, o modo de preparação, de distribuição e de ingestão, isto é, o plantio,
a aquisição, o preparo, o responsável pela preparação, a freqüência e horário
de consumo dos alimentos.
Segundo Brasil4 (2009), a alimentação escolar tem como objetivo atender as
necessidades nutricionais dos alunos e a formação de hábitos alimentares
saudáveis, durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para seu
crescimento, desenvolvimentos, aprendizagem e rendimento escolar.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (PNAE/FNDE) determina que é
responsabilidade dos estados, dos municípios e do Distrito Federal
confeccionar o cardápio da alimentação escolar. O cardápio deve ser
elaborado de modo a suprir, no mínimo 15% das necessidades nutricionais
diárias dos alunos matriculados em creches, pré-escolas e escolas do ensino
fundamental, durante sua permanência em sala de aula4.
6
No caso do município de Itatiba, a contribuição do governo federal é repassada
diretamente à prefeitura municipal, a qual complementa este valor para melhor
atendimento das metas do programa. No município, todos os estudantes da
rede pública de ensino têm garantido pelo governo federal e municipal, acesso
à merenda escolar. Por ser diária e introduzida tão cedo na vida das crianças, a
merenda escolar é uma das formas que elas aprendem noções de alimentação
saudável, além de favorecer a formação de hábitos alimentares saudáveis para
uma melhor qualidade de vida desde os primeiros anos de vida. Portanto, o
fornecimento de uma alimentação escolar balanceada deve atender às
necessidades alimentares das crianças e adolescentes, o que é fundamental
para o adequado desempenho escolar e saúde das crianças10.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o Programa de Alimentação Escolar no
município de Itatiba (SP).
MÉTODOS
Caracterização do município
O município de Itatiba situa-se na região noroeste da capital do estado de São
Paulo, distando, aproximadamente, 70 quilômetros do centro da capital do
Estado. Possui 322Km2 de área e segundo dados da Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados11 (2009), referentes ao ano de 2009, sua
população é de 98.746 habitantes, seu Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) é 0,828 (classificado como alto) e o rendimento médio da
população é de R$1.1195,72. Cerca de 6,6% da população é analfabeta e o
coeficiente de mortalidade infantil é de 14,94/1.000 nascidos vivos. A economia
do município tem como base indústrias moveleiras e agricultura, além dos
setores têxtil, metalúrgico, químico e de tecnologia de ponta. Cerca de 99% dos
domicílios são servidos por água tratada e contam com coleta pública de lixo e
97% dos domicílios possuem rede sanitária de esgoto11.
Seleção da amostra
Durante o período de março de 2009, realizou-se um levantamento de dados,
junto à Secretaria de Educação do município de Itatiba, para obtenção de
7
informações referentes à merenda escolar destinada às crianças matriculadas
em, Escolas Municipais de Ensino Infantil (EMEIs) e Escolas Municipais de
Ensino Básico (EMEBs) do município.
A merenda escolar do município de Itatiba foi terceirizada em 2004, através de
concorrência pública. O contrato firmado entre a Prefeitura Municipal e a
empresa vencedora do processo licitatório constitui-se na prestação de
serviços referentes ao preparo da merenda escolar, fornecimento de todos os
gêneros alimentícios e demais insumos necessários para a operacionalização
da merenda. A Prefeitura arca com os custos da merenda servida. As notas de
serviço são distintas das de gêneros alimentícios, e os recursos provenientes
do PNAE destinam-se, exclusivamente, para o pagamento das notas fiscais
dos gêneros alimentícios adquiridos.
A compra e entrega dos gêneros acontecem quinzenalmente, sendo suficiente
para seguir o cardápio, previamente, planejado pelas nutricionistas da empresa
prestadora do serviço, e analisado pela nutricionista da Prefeitura do município
de Itatiba além dos membros do Conselho de Alimentação Escolar (CAE),
podendo assim evitar desperdícios e atender toda a rede de ensino.
Avaliação do consumo alimentar e comparação dos alimentos
industrializados destinados à merenda com os similares destinados ao
mercado varejista
O cardápio da merenda escolar de Itatiba servido aos alunos, durante o mês de
março de 2009 é apresentada no Quadro 1. O valor nutritivo do cardápio de
uma semana ingerido pelas crianças nas escolas foi determinado por análise
indireta, através da tabela de composição de alimentos: suporte para decisão
nutricional22. Os nutrientes avaliados foram energia (em Kcal), carboidratos,
proteínas, lipídios totais e fibras (em gramas) e cálcio, ferro, sódio e vitamina C
(em miligramas).
QUADRO 1: Cardápio da merenda escolar de Itatiba servido aos alunos,
durante o mês de março de 2009.
8
Semana 2ª. feira 3ª. feira 4ª. feira 5ª. feira 6ª. feira
1
Arroz, feijão,
ovos mexidos
com seleta de
legumes,
salada de
alface e maçã
Macarrão com
molho de
frango e
abobrinha,
salada de
repolho e barra
de cereal
Arroz, feijão,
carne moída,
salada de
pepino e banana
Arroz, carne
em tiras ao
molho com
chuchu, salada
de acelga e
melancia
Arroz,
estrogonofe de
frango, batata
palha, salada de
tomate e suco
de uva
2
Macarrão com
molho de
carne moída e
cenoura,
salada de
acelga e maçã
Arroz, frango
ao molho com
abóbora,
salada de
repolho e
gelatina
Arroz, feijão,
ovos mexidos
com seleta de
legumes, salada
de tomate e
suco de laranja
Arroz com
carne em tiras
ao molho, purê
de batata,
salada de
alface e
banana
Arroz, feijão,
carne moída
com mandioca,
salada de
pepino e
melancia
3
Arroz, frango
ao molho,
farofa de
cenoura,
salada de
acelga e
melancia
Arroz, feijão,
carne moída
com Beterraba,
salada de
repolho e suco
de maracujá
Arroz, feijão,
ovos mexidos
com seleta de
legumes, salada
de alface e
pudim
Macarrão com
molho de
frango e
abobrinha,
salada de
pepino e
banana
Pão de forma
com queijo e
cenoura ralada,
suco de uva e
maçã
4
Arroz, feijão,
salsicha ao
molho com
batata, salada
de pepino e
maçã
Macarrão com
molho de carne
moída e
chuchu, salada
de repolho e
gelatina
Arroz,
estrogonofe de
carne em tiras,
com batata
palha, salada de
acelga e suco de
acerola
Arroz, feijão,
frango ao
molho com
cenoura,
salada de
pepino e
banana
Pão de leite com
presunto e
alface, suco de
laranja e maça
5
Macarrão com
molho de
frango com
cenoura,
salada de
acelga e
melancia
Arroz Branco,
cação ao
molho, purê de
batata, salada
de pepino e
pudim
9
A adequação de nutrientes foi calculada de acordo com as diretrizes da
Resolução n° 38 do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (CD/FNDE) de 16.07.20094. Como as crianças
avaliadas nesta pesquisa permaneciam na instituição de ensino em período
parcial (manhã: das 7:30 às 11:20 horas e tarde: das 13:00 às 16:50 horas),
segundo o artigo 15, parágrafo I, desta Resolução fica estabelecido que
quando oferecida uma refeição, no mínimo, 20% das necessidades nutricionais
diárias dos alunos matriculados na educação básica, em período parcial devem
ser atendidas, conforme o Quadro 2.
QUADRO 2: Valores de referência de energia, macro e micronutrientes.
Categoria Idade (anos)
Energia (Kcal)
Carboidratos (g)
Proteínas (g)
Lipídios (g)
Cálcio (mg)
Ferro (mg)
Pré-escola 4 – 5 270 43,9 8,4 6,8 160 2,0
Ensino Fundamental
6 – 10 300 48,8 9,4 7,5 210 1,8
11 – 15 435 70,7 13,6 10,9 260 2,1
A distribuição das fontes de energia, proveniente de macronutrientes, foi
comparada com os valores do artigo 16, dessa Resolução, o qual recomenda
que, em média, a alimentação na escola tenha, no máximo: 10% da energia
total proveniente de açúcar simples adicionado; 15 a 30% da energia total
proveniente de gorduras totais; 10% da energia total proveniente de gordura
saturada; 1% da energia total proveniente de gordura trans e 1g de sal.
As recomendações descritas são voltadas para todas as modalidades da
educação básica. Os parâmetros estabelecidos no caput deste artigo referem-
se à oferta média diária de nutrientes e energia na alimentação escolar em
cada semana.
Comparou-se, também, a distribuição das fontes de energia, proveniente de
macronutrientes, utilizando-se como referência os valores da distribuição de
macronutrientes aceitáveis (Acceptable Macronutrients Distribution Range –
AMDR), na faixa etária de 4 a 8 anos: carboidratos: 45 a 65%; proteínas: 10 a
30% e lipídios: 25 a 35% do valor energético total (VET)15.
10
Comparou-se, também, a composição nutricional de alguns alimentos
industrializados destinados à merenda escolar com seus similares destinados
ao mercado varejista. Para essa comparação, utilizou-se as informações
provenientes da tabela de informação nutricional presente no rótulo do
alimento.
RESULTADOS
A Tabela 1 mostra o consumo mediano de energia, macro e micronutrientes
das refeições oferecidas às crianças matriculadas nas escolas de Itatiba. Na
Tabela 2 é possível visualizar a porcentagem de adequação de energia, macro
e micronutrientes das refeições oferecidas às crianças matriculadas nas
escolas de Itatiba, segundo a faixa etária. Observa-se que, para a faixa etária
de 6 a 10 anos, o consumo de carboidratos (90,6%), fibras (33,3%) e cálcio
(20,9%) encontram-se abaixo dos valores de referência preconizados pela
Resolução n° 38 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Já para
os alunos com idade entre 11 e 15 anos, o consumo de energia (79,8%),
proteínas (73,5%), carboidratos (62,5%), fibras (29,5%), lipídios (78,0%) e
cálcio (16,9%) encontram-se abaixo das recomendações da Resolução.
A Tabela 3 apresenta as distribuições percentuais dos macronutrientes, em
relação ao conteúdo de energia. As porcentagens de energia provenientes de
gorduras totais encontravam-se adequadas, segundo a Resolução n° 38 do
Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(CD/FNDE)4 (2009), o qual preconiza de 15 a 30% do VET proveniente de
gorduras totais. Pelos valores estabelecidos pelo IOM, verificou-se que a
distribuição de energia, proveniente dos macronutrientes, encontrava-se
adequada para proteínas (11,5%) e carboidratos (50,9%) e abaixo (22,1%) dos
valores estabelecidos pelo IOM (25 a 35% do VET) para lipídios.
DISCUSSÃO
Segundo Barbosa et al3 (2006), a escola é uma instituição onde hábitos
alimentares saudáveis devem ser estimulados por meio da exposição, através
do ato de provar, e o consumo de alimentos nutritivos.
11
As práticas alimentares são estabelecidas desde a infância e podem repercutir
nas condições de saúde na idade adulta, tornando necessária uma atenção
especial a esse grupo etário no sentido de fornecer alimentos em quantidade e
qualidade que satisfaçam suas reais necessidades nutricionais, para minimizar
riscos à saúde e permitir que o potencial genético de crescimento e
desenvolvimento seja atingido9.
Na infância, além da família, que é o núcleo privilegiado para a estruturação do
comportamento, o ambiente escolar é um espaço extremamente significativo
de socialização e, portanto, de promoção de práticas saudáveis.4 Dessa
maneira, deve-se buscar a ampliação das ações de incentivo à educação
nutricional junto ao corpo técnico administrativo das instituições de ensino, uma
vez que essas instituições, normalmente, oferecem parte da alimentação diária
consumida pelos indivíduos. Se bem planejadas, as refeições distribuídas nos
estabelecimentos de ensino podem oferecer ao aluno a oportunidade de
consumir alimentos saudáveis.
De acordo com Ochsenhofer et al19 (2006), o espaço escolar deve permitir a
troca de experiências e ensinamentos, entre professores, demais funcionários,
alunos e suas famílias, fortalecendo a socialização dos saberes específicos,
construindo novos e, vivendo, a estratégia de educação permanente em saúde.
Os cardápios destinados às EMEIs e EMEBs são idênticos e planejados,
mensalmente, pela nutricionista da empresa prestadora de servido e avaliado
pela nutricionista da Prefeitura do município.
O consumo de energia e proteínas ultrapassou os valores estabelecidos pelo
Programa nas faixas etárias de 4 a 5 anos e de 6 a 10 anos, o que está em
concordância ao observado por Oliveira et al 20 (2006) e Abranches et al1
(2009) ao encontraram que o conteúdo energético e de proteínas oferecido por
creches públicas das cidades de Descoberto (MG) e Viçosa (MG),
respectivamente, haviam ultrapassado as necessidades estimadas para as
crianças. Para a faixa etária de 11 a 15 anos, tanto o consumo de energia
(79,8% de adequação) quanto de proteínas (73,5% de adequação) encontrava-
se abaixo das recomendações do Programa.
12
O processo de síntese e degradação de proteínas está relacionado com a
carência de energia e, consequentemente, o balanço energético é um fator
determinante, o qual influencia a utilização da proteína alimentar. Dessa forma,
a não adequação energética observada na faixa etária de 11 a 15 anos é um
alerta de possível prejuízo na utilização protéica pelo organismo, se persistir ao
longo do dia. Enfatiza-se, ainda, que mesmo que o consumo de proteínas seja
superior ao recomendado, isto não implica, necessariamente, em estado
nutricional adequado, pois segundo World Health Organization 24 (2009a), a
ingestão excessiva de proteínas está relacionada com o aumento da excreção
urinária de cálcio, mineral cuja ingestão mostrou-se deficiente em todas as
faixas etárias.
Segundo Martins17 (2002), além da disponibilidade protéica energética, deve-se
estar atento para a ingestão de micronutrientes, principalmente, cálcio, ferro e
vitamina C. Essa vitamina aumenta a biodisponibilidade de ferro da dieta,
constituindo-se em fator importante, visto que a anemia ferropriva é
considerada carência nutricional endêmica e que inclui pré-escolares como um
dos grupos mais vulneráveis.
Com relação ao consumo de ferro, verificou-se que o consumo desse mineral
foi superior às recomendações estabelecidas pela Resolução n° 38, em todas
as faixas etárias, em função do enriquecimento de alguns alimentos com ferro
e, também, com ácido fólico. Resultados semelhantes ao presente estudo
foram encontrados por Abranches et al1 (2009). Entretanto, a biodisponibilidade
deste mineral é dependente da sua forma química e da presença de fatores
inibidores ou não de sua absorção. No presente trabalho, observou-se que a
biodisponibilidade de vitamina C esteve acima da recomendação, em todas as
faixas etárias, o que é um aspecto favorável para contribuir no aproveitamento
do ferro dietético, principalmente, o não heme.
A Organização Mundial da Saúde 25 (2009b) indica que, aproximadamente, dois
bilhões de pessoas, mais de 30% da população mundial, apresentam anemia,
o que evidencia a gravidade da situação em saúde pública. A anemia pode
ocorrer pela carência de um ou mais nutrientes (ferro, vitamina B12 ou ácido
fólico) no organismo. No entanto, a deficiência de ferro é o distúrbio nutricional
13
mais comum no mundo, sendo que as principais causas são: perda crônica de
sangue durante a menstruação prolongada, gestações consecutivas e o rápido
crescimento durante a infância, gravidez e adolescência5,18.
A adolescência é caracterizada por intensas mudanças fisiológicas,
psicológicas e somáticas, podendo ser dividida em: fase inicial ou puberdade
(de 10 a 14 anos) caracterizada pelo estirão de crescimento e maturação
biológica (óssea e sexual) e fase final (de 15 a 19 anos) caracterizada pela
desaceleração destes processos até a parada de crescimento26.
Gambardella et al12 (1999) ao estudarem adolescentes constataram hábitos
alimentares inadequados, com preferência pelo consumo de lanches e
alimentos com elevados teor de açúcares, gorduras e sal em detrimento dos
alimentos ricos em vitaminas e minerais, o que pode comprometer seu
crescimento e aumento do risco de desenvolvimento de anemia e outras
carências nutricionais, sobretudo na fase inicial ou puberdade.14 As principais
conseqüências da anemia para o organismo são fadiga, retardo do crescimento
e do desempenho cognitivo, diminuição da imunidade e da capacidade de
trabalho, além de afetar o aprendizado e o rendimento escolar da população
acometida25.
O cálcio disponível para consumo não atingiu os valores estabelecidos pela
Resolução n° 38 do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação.4 A única fonte de cálcio disponível para o
organismo humano é a proveniente da dieta, entretanto, ressalta-se que a
refeição analisada (almoço) não é, comumente, fonte desse mineral,
esperando-se que as outras refeições realizadas ao longo do dia possam
atingir satisfatoriamente sua recomendação. Resultado semelhante ao
encontrado no presente estudo foi constatado por Pedraza et al21 (2007) ao
avaliarem a situação do PNAE em Olinda (PE) e Abranches et al1 (2009) ao
avaliarem as refeições oferecidas a pré-escolares em creches públicas e
privadas em Viçosa (MG). Os autores constataram que os alimentos
consumidos não atingiam os valores nutricionais de cálcio recomendados.
Em estudo realizado por Oliveira et al20 (2006), com pré-escolares, os autores
observaram que o consumo de cálcio atingiu 20,5% e 9,6% do valor da
14
Ingestão Adequada (AI) para as faixas etárias de 1 a 3 anos e de 4 a 8 anos,
respectivamente. A maior preocupação quanto à deficiência de cálcio deve-se
à exigência do mesmo para o processo de crescimento. Se o aporte desse
mineral for inadequado, respostas negativas podem incidir no desenvolvimento
das crianças, principalmente, durante o período de estirão de crescimento, que
ocorrerá posteriormente na adolescência.
O crescimento e a manutenção do tecido ósseo dependem de uma grande
variedade de fatores genéticos e ambientais. A hereditariedade contribui com
cerca de 60 a 70% da expressão fenotípica da densidade mineral óssea
(DMO), um dos mais importantes marcadores da saúde do osso. Por outro
lado, fatores ambientais tais como dieta e estilo de vida contribuem com 30 a
40% da DMO.8 A possibilidade de alteração destes fatores ambientais, com
conseqüente melhora do tecido ósseo, torna importante a caracterização do
efeito dos mesmos sobre o esqueleto. Um dos fatores ambientais de maior
relevância para a saúde óssea é o teor dietético de cálcio. Por outro lado, ao
discutir-se o papel do cálcio dietético sobre o osso, não se pode ignorar a
relevância de fatores que influenciam na sua absorção e utilização. Desta
forma, a influência de outros fatores da dieta, como a presença de
moduladores da absorção e/ou utilização desse mineral merecem atenção. Da
mesma forma, aspectos próprios de cada indivíduo podem influir sobre a
biodisponibilidade do elemento e, conseqüentemente, sobre o metabolismo
ósseo8.
O consumo de sódio, embora não estabelecido pela Resolução n° 38, foi de
2.117,9mg, com variações de 2.110,6 a 2.221,2mg. Segundo o IOM15 (2002), o
consumo máximo tolerável (Tolerable Upper Intake Level – UL) diário desse
nutriente seria de: faixa etária de 1 a 3 anos: 1,5g; de 4 a 8 anos: 1,9g; de 9 a
13 anos: 2,2g e de 14 a 18 anos: 2,3g. Ou seja, as crianças nas faixas etárias
de 1 a 8 anos estão consumindo uma quantidade de sódio muito superior ao
máximo permitido.
Essa concentração elevada de sódio, provavelmente, é decorrente do hábito de
se adicionar sal à alimentação, muitas vezes, sem, antes da adição,
experimentá-las. Essa situação é preocupante, principalmente, entre as
15
crianças que consomem a refeição da família. Schaefer & Kumanyika23 (1985)
ao analisarem o comportamento materno e as práticas alimentares infantis com
relação à ingestão de sódio, detectaram que 40% das mães, pelo menos em
alguma vez, salgaram seus alimentos sem antes experimentá-los e que 19%
das mães faziam isso sempre. Essa prática é extremamente desaconselhável,
porque os alimentos, naturalmente em sua composição, já apresentam sódio.
Heino et al13 (2000), ao avaliarem a ingestão de sódio de crianças finlandesas,
de 1 a 5 anos de idade, notaram que, a ingestão de sódio aumentava com a
idade, variando de 1600,0mg/dia (aos 13 meses) a 2200,0mg (aos 5 anos). As
principais causas desse elevado consumo de sódio eram: os hábitos familiares
e a ingestão de leite e alimentos infantis industrializados.
Inúmeros estudos têm demonstrado que a ingestão de excesso de sal, no início
da vida, é um fator significante para o desenvolvimento da hipertensão13, 23.
Segundo Kerr et al16 (1978), a possível explicação para a elevada ingestão de
sal na vida adulta seria um paladar adquirido para o sal, durante a infância,
decorrente da exposição da criança a alimentos altamente salgados. De acordo
com a Academia Americana de Pediatria2 (1974), a criança aceita alimentos
salgados ou não salgados na mesma proporção e, portanto, o conteúdo de sal
dos alimentos tem pouca influência na preferência da criança por alimentos
salgados. Por isso, a elevada ingestão de sal por crianças é reflexo da
preferência das mães por sal. Segundo Schaefer & Kumanyika23 (1985), como
não há dados sugerindo que as crianças possam, inatamente, regular sua
ingestão de sódio, o comportamento dos pais, de forma direta, determina o
nível de consumo do sódio.
Com relação ao custo médio do cardápio avaliado durante uma semana,
conclui-se que para o mercado varejista o cardápio tem um custo médio de
R$1,40. O custo do cardápio repassado para a prefeitura per capita é de
R$1,54 para alunos de EMEI e EMEB, resultando num custo anual total de
R$3.102.316.00. Sendo que desses R$1,54, 43% são usados em gastos com
insumos e 57% é usada para serviços. Sendo assim, o custo real per capita
considerando apenas os gêneros alimentícios é de R$0,50. O repasse anual do
16
Governo Federal para o município é de R$625.248.00 para EMEI e EMEB,
sendo R$0,22 o custo por aluno.
O custo real da merenda para creches é de R$479.530.83 e para EMEI e
EMEB é de R$2.840.867.00, totalizando R$ 3.348.806.50, portanto, a prefeitura
completa a quantia enviada pelo FNDE com R$2.691.658.50.
Pode-se dizer, portanto, que há necessidade de maiores recursos provenientes
do FNDE, uma vez que são insuficientes e exigem maiores gastos da
prefeitura.
A partir desses dados, pode-se observar que os gastos com serviços como
materiais de limpeza, descartáveis, mão de obras, equipamentos, etc; são
maiores do que os gastos com a alimentação. Estes custos podem ser
reduzidos se houver incentivo para um melhor controle de desperdício desses
gêneros, como os descartáveis e materiais de limpeza e maior cuidado com
equipamentos e utensílios para que não precisem ser trocados ou consertados.
CONCLUSÃO
Conclui-se que, para a faixa etária de 6 a 10 anos, o consumo de carboidratos,
fibras e cálcio encontram-se abaixo dos valores de referência preconizados
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Já para os alunos com
idade entre 11 e 15 anos, o consumo de energia, proteína, carboidratos, fibras,
lipídios e cálcio estavam abaixo das recomendações. Com relação à
distribuição de energia, proveniente dos macronutrientes, encontra-se
adequada para proteínas e carboidratos e abaixo dos valores estabelecidos
pelo IOM para lipídios. Portanto deve-se reavaliar o cardápio para adequar-se a
distribuição energética dos macronutrientes e as quantidades de
micronutrientes, principalmente, o cálcio segundo a Resolução n° 38 do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação. Em relação à vitamina C e ferro,
deve-se enfatizar que em todas as faixas etárias se mantiveram superior as
recomendações, o que é um aspecto favorável. Com relação ao custo médio
do cardápio avaliado durante uma semana, conclui-se que para o mercado
varejista o cardápio tem um custo médio maior do que o custo do cardápio da
empresa terceirizada.
17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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20
Tabela 1: Mediana (P25 – P75) de energia, macro e micronutrientes das
refeições oferecidas, durante uma semana, às crianças matriculadas nas
escolas de Itatiba.
Nutrientes Consumo
Energia (Kcal/100g)
Mediana
P25 – P75
347,1
287,9 – 364,4
Proteínas (g/100g)
Mediana
P25 – P75
10,0
9,6 – 15,2
Carboidratos (g/100g)
Mediana
P25 – P75
44,2
37,2 – 74,9
Lipídios (g/100g)
Mediana
P25 – P75
8,5
6,1 – 9,8
Fibras (g/100g)
Mediana
P25 – P75
1,8
1,6 – 2,2
Ferro (mg/100g)
Mediana
P25 – P75
2,3
2,2 – 2,5
Cálcio (mg/100g)
Mediana
P25 – P75
43,9
36,8 – 44,4
Sódio (mg/100g)
Mediana
P25 – P75
2.117,9
2.110,6 – 2.221,2
Vitamina C (mg/100g)
Mediana
P25 – P75
23,7
11,4 – 25,0
21
Tabela 2: Porcentagem de adequação de energia, macro e micronutrientes das
refeições oferecidas, durante uma semana, às crianças matriculadas nas
escolas de Itatiba, segundo a faixa etária.
Nutrientes
Idade (anos)
4 – 5 6 – 10 11 – 15
Recomendado %
Adequação Recomendado
% Adequação
Recomendado %
Adequação
Energia (Kcal) 270 128,5 300 115,7 435 79,8
Proteínas (g) 8,4 119,0 9,4 106,4 13,6 73,5
Carboidratos (g) 43,9 100,7 48,8 90,6 70,7 62,5
Lipídios (g) 6,8 125,0 7,5 113,3 10,9 78,0
Fibras (g) 5,0 36,0 5,4 33,3 6,1 29,5
Ferro (mg) 2,0 115,0 1,8 127,8 2,1 109,5
Cálcio (mg) 160 27,4 210 20,9 260,0 16,9
Vitamina C (mg) 5,0 474,0 7,0 338,6 12,0 197,5
22
Tabela 3: Distribuição percentual média de macronutrientes, em relação ao
valor energético total (VET), das refeições oferecidas, durante uma semana, às
crianças matriculadas nas escolas de Itatiba.
Macronutrientes Distribuição (%)
Proteínas (%)
(Valor de referência IOM: 10-30%) 11,5
Carboidratos (%)
(Valor de referência IOM: 45-65%) 50,9
Lipídios (%)
(Valor de referência IOM: 25-35%) 22,1