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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

TÍTULO: O cinema como ferramenta pedagógica no ensino de História do

Ensino Médio.

AUTOR: José Antonio Büher Machado

DISCIPLINA/ÁREA: História/ 2012

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO/LOCALIZAÇÃO: Colégio

Estadual La Salle / Curitiba – PR.

MUNICÍPIO DA ESCOLA: Curitiba.

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: Curitiba.

PROFESSOR ORIENTADOR: Dennison de Oliveira.

IES VINCULADA: UFPR.

RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR: História / Artes / Filosofia / Sociologia /

Literatura / Geografia.

RESUMO: Um dos principais objetivos do ensino é o confronto do homem com sua própria construção ao longo do tempo, para que se conhecendo reflita, compreenda e possa fazer permanecer o que julga ser bom e possa transformar aquilo que julga não estar. Esse processo de Ensino-Aprendizagem exige uma sintonia entre Educador e Educando. No entanto, enquanto a maioria dos professores insiste no ensino centrado em aulas expositivas tendo como consequência além da passividade, a indisciplina, o desinteresse e a evasão escolar, os alunos vivem num mundo de representações, onde a mídia e as tecnologias de comunicação fazem parte da sua vida, sendo vistas como complementos, companhias e continuação do espaço. A proposta desse trabalho é fomentar a formação criativa a partir da pesquisa e de atividades práticas que facilitem a leitura, a análise e a produção de obras cinematográficas e a sua relação com o ensino e com o cotidiano dos alunos, diminuindo a distância entre o que a Escola apresenta e o que a vida mostra aos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História. Cinema. Educação.

FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO: Caderno Pedagógico.

PÚBLICO ALVO: Alunos do Ensino Médio.

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APRESENTAÇÃO

Esta produção didática tem como proposta o uso do Cinema como

ferramenta facilitadora do ensino de História para turmas do Ensino Médio da

rede pública.

Partimos do princípio que os alunos muitas vezes encontram-se

desmotivados pelo fato de no seu cotidiano falarem uma língua e quando estão

na escola ouvirem outra. Nesse sentido acreditamos que o Cinema possa

aproximar escola e aluno, tornando as aulas mais interessantes e agradáveis,

principalmente porque o trabalho estava centrado na experiência vivida pelos

alunos, sobretudo quando, na segunda parte do projeto, eles mesmos

produzirão material de acordo com sua vivência, sua história, seus anseios e

preocupações.

Como objetivo geral almejamos desenvolver o senso crítico dos alunos

tornando-os capazes de assistir, ler, refletir, analisar e transformar suas

realidades.

Como objetivos específicos temos como proposta a aproximação dos

alunos com o Cinema, desenvolvendo a autonomia para que sejam capazes de

diferenciar diferentes produções e procurem ver além do que é mostrado, o que

está oculto como contexto histórico, associações ideológicas, consequências

da produção, reação da crítica e do público, etc.

A ampliação do repertório cultural com certeza será muito importante

tanto na vida estudantil como na vida pessoal do aluno.

Outra proposta é beber da fonte riquíssima e abundante do dia a dia

desses alunos para os quais as novas tecnologias foram incorporadas de forma

irreversível. Parece que telefonar é uma das coisas para as quais celulares são

menos usados por esses adolescentes, esta tecnologia Filmar, editar, distribuir

e se comunicar por mensagens são gestos corriqueiros dessa geração e isso

não vem sendo aproveitado pela geração desesperada de professores que não

entendem esses alunos e suas linguagens e também não são entendidos por

eles.

Esse projeto incorpora essa realidade, buscando entender esses

alunos no seu cotidiano, usando as suas linguagens e ouvindo o que eles têm

a dizer, tentando dar ouvidos às Diretrizes Curriculares Estaduais quando

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recomendam “que se tome a experiência do aluno como ponto de partida para

o trabalho com os conteúdos, pois é importante que também o aluno se

identifique como sujeito da história e da produção do conhecimento histórico”

(CAINELLI;SCHMIDT, 2006, p. 50 ).

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INTRODUÇÃO

Esse projeto surgiu a partir de uma análise do cotidiano escolar que

não levou a constatações animadoras: desinteresse, indisciplina, fracasso e

evasão são palavras-chave que habitam o cotidiano durante reuniões de

educadores, de pais e nos intervalos em salas de professores de nossas

escolas. Procurando respostas para esse quadro chegamos a uma pesquisa da

FGV-RJ que constatou que 40% dos jovens de 15 a 17 anos que deixaram de

estudar o fazem simplesmente porque acreditam que a escola é

desinteressante.

Durante encontro promovido pela Cinemateca em Curitiba por ocasião

do I Seminário Audiovisual e Educação em junho de 2012, um dos expoentes

no trabalho da Educação aliada ao Cinema, Alain Bergala, afirmou que

atualmente a grande questão da Pedagogia é: como dar vontade a alguém de

fazer alguma coisa?

O “alguém” nesse caso é o nosso aluno, desinteressado pela escola e

o “alguma coisa” é o interesse pela sua formação de maneira mais ampla

possível, tornando-o crítico, senhor da sua história e capaz de entender sua

realidade nos mais diversos contextos para que sua vida e o seu mundo sejam

melhores a partir de sua reflexão e da sua ação.

Livro didático, quadro e giz parecem não estar dando conta dessa

demanda e é aí que entra uma nova perspectiva de ensino: o emprego do

Cinema em sala de aula de forma planejada e organizada.

Novas metodologias como análise de filmes e novas linguagens culturais como o Cinema, possibilitam ao professor diferentes alternativas, meios e formas para motivar o aluno em relação ao conteúdo. O Cinema é uma das linguagens que permitem a mediação didática e prática do saber histórico e sua utilização pode transformar a realidade em sala de aula, despertar o interesse dos alunos através da fantasia e da imaginação proporcionada pela linguagem audiovisual. Portanto além do entretenimento, o Cinema representa um fantástico instrumento de aprendizado em sala de aula. (Marcelo Gaertner Marques, em seu projeto do PDE 2011, “Diversificação Metodológica no Ensino de História: Um passo para a motivação”).

Tanto Marcelo Gaertner como nós, concordamos que esse é somente

um passo para resolver uma questão tão complexa que muitas vezes até

extrapola os muros da escola e perpassa questões pessoais, psicológicas e

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sociais, mas não deixa de ser uma tentativa de aproximação do aluno real,

atual, em oposição a uma prática de ensino que ensina conteúdos irreais para

alunos e cabeças que não existem mais.

JUSTIFICATIVA

O termo adequado para designar a realidade da escola diante dos meios de comunicação e das novas tecnologias, parece-nos, é “desajustamento”. Enquanto a escola continua com sua retórica pedagógica conservadora, ocupando todo o tempo de sala de aula com esse discurso, o discurso dos meios de comunicação está presente no âmbito da escola de maneira clandestina. Não adentram as salas de aula, mas estão nos corredores, nas entradas, nas conversas informais, tanto de professores quando de alunos. É urgente que esses discursos outros saiam da clandestinidade e passem a constituir parte dos diálogos que deveriam ocorrer na sala de aula. (BACCEGA, 2003, p.61)

Vemos com isso, que na atualidade o homem não vive mais num

mundo puramente físico, mas também num mundo de representações, onde a

linguagem e a arte tomam parte e a realidade não mais é vista face a face

somente. Dessa forma, um olhar sobre a realidade sob o viés do Cinema,

pode, em tese, ajudar o homem a olhar para dentro de si e do seu mundo,

vislumbrando permanências, mudanças e rupturas.

No entanto, muito se perderia se nesse trabalho não pudéssemos

beber da fonte da arte pela arte, ou seja, o Cinema em si, como arte, com todo

seu fascínio e magia, como todo seu encantamento, capaz de transformar

vidas e por consequência a realidade humana, cumprindo o principal papel do

processo educacional, quase como se não soubesse disso.

Não é nossa pretensão afirmar que o Cinema traz consigo a

possibilidade plena de conhecimento da realidade e para tanto citamos Silvio

Back em seu livro Por um cinema desideologizado quando escreve: “cinema é

verdade-mentira, o que não é nenhum achado, como a memória, como as

ideologias “p.16,1987

A meu ver, se o Cinema tem alguma missão é de abrir a cabeça das pessoas, e não de fazer. Quem “faz a cabeça” é a família, o Estado, a Escola, a Universidade, a Igreja, as Forças Armadas, os partidos, até a própria censura. (BACK, 1987, p. 17).

As DCE de História apontam uma mudança na perspectiva do ensino.

O professor não pode mais ser o centro do uso didático do documento,

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induzindo a reflexão do aluno. Agora o centro do processo tem que ser o aluno

e ao professor cabe o papel de mediador. Isso leva a um ensino menos

livresco, mais concreto e dinâmico (SCHIMDT, 1997, p. 10)

Bittencourt assinala que o documento pode ser utilizado como

ilustração, instrumento da aula, ou de uma ideia. Pode ser usado como fonte

de informação ou como introdução a um determinado tema. Para a autora a

intenção é desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita ao

aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma consciência

histórica.

Outro fator importante destacado por Bittencourt é a identificação das

especificidades desses documentos, determinando sua origem, natureza,

autor, datação e pontos importantes.

Munidos dessas orientações esse projeto tem como objetivo

concretizar a sugestão de Milton José de Almeida:

Ver filmes e analisá-los é a vontade de entender a nossa sociedade massificada, praticamente analfabeta e que não tem memória escrita. Uma sociedade que se educa por imagens e sons, principalmente da televisão. (ALMEIDA, 1994, p.72)

OBJETIVOS

OBJETIVOS GERAL IS

Desenvolver o senso critico dos alunos usando como ferramenta filmes

que facilitem a formação dos mesmos como cidadãos capazes de assistir, ler,

refletir, analisar e transformar sua realidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Aproximar o aluno do cinema.

Investigar as preferências e dentro do possível diagnosticar as causas

dessas preferências.

Desenvolver autonomia para seleção de filmes com conteúdo a partir

do que for melhor para a formação do aluno.

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Mostrar na obra cinematográfica além do que pode ser visto o que está

oculto, revelando contexto histórico, associações ideológicas, consequências,

etc.

Ampliar o repertório cultural do aluno.

Desenvolver competências para trabalhar melhor em grupo.

Produzir vídeos amadores a partir da realidade dos alunos e

especialmente voltados para a formação.

Socializar as produções com a comunidade, escola e com as famílias

dos alunos.

Propiciar aos alunos, professores de outras disciplinas, funcionários e

familiares dos alunos uma aproximação das produções cinematográficas

profissionais e amadoras e o entendimento da importância do cinema como

instrumento de formação de consciência critica no ambiente escolar e fora dele.

Para essa finalidade serão propostas as seguintes atividades:

UNIDADE I - História e Audiovisual

UNIDADE II - Análise de Filmes

UNIDADE III - Luz, Câmera... Alunos em ação

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UNIDADE I – HISTÓRIA E AUDIOVISUAL

No livro O túnel do tempo: Um estudo de História e Audiovisual, o autor

Dennison de Oliveira organizou um estudo sobre a série veiculada na televisão

brasileira a partir dos anos 60. Segundo o autor, a série ajudou a sedimentar

uma concepção de história segundo a qual os períodos e fatos “existiram” no

passado, de maneira absoluta e sem controvérsias.

Segundo esse estudo essa concepção é inaceitável para um

historiador:

A História para o historiador, só existe como representação. Se conhecemos a História é porque nos foram legados registros, testemunhas, fontes, arquivos, informações dadas, etc.; que nos permitem descrever e entender o passado. Isto coloca ao historiador o problema incontornável de analisar o quanto de verdade e mentira, de erro e precisão, contém suas fontes. A crítica, análise e a interpretação das diferentes fontes históricas é que nos permite construir uma “verdade” sobre a História, que sempre se entende como provisória e sujeita a contestação. (OLIVEIRA, 2010, P. 17).

ATIVIDADES

Essa primeira atividade parte do conhecimento prévio do aluno. Nesse

caso se levará em conta não só filmes propriamente ditos, mas qualquer

produção audiovisual, mesmo televisiva. Acreditamos que os conhecimentos e

competências já existentes na estrutura cognitiva são de suma importância

para a formação do conhecimento histórico. Esta atividade poderá ser realizada

em duplas. E após a explanação dos alunos, o professor deverá argumentar a

partir da análise cinematográfica.

1- Partindo desses princípios e da sua própria experiência:

a. Faça um levantamento de alguns filmes que você já viu e que tratam de

temas históricos.

b. Quais eram os temas históricos tratados?

c. Na sua opinião, o filme retrata a história da maneira como aconteceu?

d. Em que proporção dividiria a 100% para:

Retrata a realidade

Simula a realidade

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Apresenta uma ficção ou mentira

Existem outros filmes que retratam esses fatos históricos de outra

forma?

Para essa próxima atividade a ideia é levar o aluno a refletir sobre a

fonte histórica, levando-se em conta que tanto o Cinema como qualquer outro

documento deve ser analisado com cautela, podendo conter verdade, meias-

verdades e até mentiras. Isso não é tão explícito e mesmo algumas respostas

provavelmente serão divergentes. O importante é gerar o debate e a reflexão

buscando uma verdade aproximada o máximo possível, mas não absoluta.

Acreditamos que tanto o Audiovisual como o texto escrito tem suas

vantagens e desvantagens, por isso mesmo não se excluem no processo de

aprendizagem, ao contrário, se complementam.

2- A partir do fragmento de um filme:

a. Compare o filme com um texto do livro didático.

b. Qual é a temática tratada no filme e no texto?

c. Em quais aspectos o filme se assemelha ao texto?

d. No que um diverge do outro?

e. Em sua opinião, qual mais se aproxima da realidade?

f. A partir dos seus conhecimentos sobre o fato histórico, o que você acha que

foi omitido no texto e no filme e que são relevantes para o conhecimento da

realidade?

g. Em sua opinião, existe uma razão para a omissão e qual seria ela?

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UNIDADE II – ANÁLISE DE FILMES

Ultimamente a moda de romancear a história em livros tem provocado no cinema uma repercussão ainda mais lamentável. Deforma-se deliberadamente o passado, para effeitos românticos ou cômicos, e o público applaude e [...] desaprende o que sabia ou aprende errado para o resto da vida. Para quem ama a História como sciencia, esses filmes são irritantes. Para a maioria do público ignorante são prejudicaes. Ao menos se todos os espectadores se dessem depois ao trabalho de estudar a verdade histórica sobre o episódio ou a personagem deformada na tela! Mas nem há tempo, nem elementos fáceis para a maioria. E as imagens falsas perduram na memória. (SERRANO, 1935, p. 112).

Tal qual os textos dos livros de História antigos, Serrano acreditava no

ensino de uma História que se apresentava como verdade absoluta na década

de 30 do século XX.

Essa visão nascida muito antes dos anos 30 permaneceria por muito

tempo ainda, com certeza até os dias atuais.

O Cinema pode ser entendido como documento histórico e passível de

ser analisado com os alunos, entendendo-o como uma representação histórica.

O objetivo dessa unidade não é chegar à verdade absoluta o, mesmo

porque, segundo Dennison de Oliveira:

Até mesmo nos filmes históricos do gênero documentário o problema existe. O documentarista é coagido a contar com imagens e sons, e sob uma perspectiva dramática, uma determinada história para a qual não necessariamente existem imagens. No intuito de reconstitui-las, reencena-las, descreve-las, tem de apelar para a criação de um tipo de cena que, em si, é tão “real” quanto qualquer outra do drama Hollywoodiano [...] e ainda a vida real não é o tempo todo, e muito menos para todos, “drama”, “comédia”, “aventura”, etc. (OLIVEIRA, 2010, P. 19 ).

A orientação de Marcos Napolitano é que a análise de um filme jamais

deve começar com sua exibição em classe. Para que esse trabalho seja

otimizado o ideal é que seja visto primeiramente fora do horário de aula,

individualmente ou em pequenos grupos.

Seguindo esse método, o segundo passo é fornecer um roteiro para

análise, que direcionará, sem limitar, a participação dos alunos, tendo em vista

que terá questões abertas e até mesmo abertura para elaboração de questões

pelos próprios alunos.

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Para a atividade prática foi escolhido o filme Carlota Joaquina, Princesa

do Brasil (Brasil, 1994) com direção de Carla Camurati. A diretora disse numa

entrevista que sempre foi fascinada pela figura de Carlota Joaquina graças a

um episódio que ouviu no ginásio: “voltando à Europa, a princesa tira os

sapatos e sacode sobre o mar dizendo: ‘Desta terra eu não quero levar nem o

pó”(Revista IMAGENS,Abril/1995). Esse episódio, reproduzido no filme, pode

ser tomado como chave para entendimento e análise, e sobretudo para

entender seu expressivo sucesso com o público. Ao optar por esse enfoque em

fatos pitorescos a diretora assume que deixou de lado a preocupação com a

estrita “fidelidade” histórica e a intenção de analisar a fundo a estrutura

colonial, no entanto é um rico trabalho para a promoção do debate.

ROTEIRO PARA ANÁLISE DO FILME

Essa primeira parte não é específica e exclusiva para esse filme,

podendo ser usada para outros.

Roteiro 1 (individual)

Título.

Nacionalidade.

Duração.

Ano da produção.

Diretor.

Estúdio.

Sinopse da história.

Comentários pessoais.

Roteiro 2 (individual)

Acrescenta-se ao Roteiro 1.

Principais atores.

Principais personagens.

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Do que você mais gostou no filme?

Qual seu personagem favorito? Justifique.

De qual personagem você menos gostou? Justifique.

Roteiro 3 (individual)

Acrescenta-se ao Roteiro 2

Algum fato não foi compreendido? Qual?

Localize a história filmada no tempo e no espaço geográfico.

Houve outras questões históricas abordadas? Quais?

Roteiro 4 (coletivo)

Qual o tema do filme?

O que os realizadores quiseram contar?

Eles conseguiram passar sua mensagem? Justifique.

Como o filme foi recebido pela crítica?

Como o filme foi recebido pelo público?

Você acredita que todos os eventos retratados são verdadeiros?

Justifique pesquisando outras fontes.

Roteiro 5 (coletivo)

O sentido do filme, o tipo de história que conta, a maneira pela qual

tematiza, delimita e descreve os eventos e o contexto histórico.

Qual a relação da produção cinematográfica com a conjuntura histórica

na qual ela se realizou?

Elementos na linguagem cinematográfica que estruturam a narrativa

fílmica.

Bibliografia sobre o tema.

Roteiro 6 (coletivo)

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Relevância social/cultural/científica do filme escolhido.

O sentido do filme, o tipo de história que conta, a maneira pela qual

tematiza, delimita e descreve os eventos e o contexto histórico e suas

relações sociais com base na literatura.

Conjuntura histórica da produção.

Roteiro 7 (coletivo)

Complemente os roteiros anteriores conforme suas curiosidades e

interesses.

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UNIDADE III – LUZ, CÂMERA... ALUNOS EM AÇÃO

Após termos, nas unidades anteriores, estudado a relação entre

História e Audiovisual e feito a análise de filmes, chegou a hora de produção

própria a partir da realidade dos alunos. Chegou a hora de mostrar o mundo

sob o olhar desses adolescentes, a partir do que sentem, pensam e vivem.

Como motivações para essa atividade a proposta é assistir ao filme Curitiba

Zero Grau, devido à identificação dessa produção com o cotidiano desses

alunos, tendo visto que toda a produção e todas as locações são paranaenses

e, mais especificamente, curitibanas. Existe ainda a possibilidade do contato

direto do Diretor, da Produtora, e de alguns atores com os alunos na escola

ainda a ser confirmado.

O filme Curitiba Zero Grau é uma crônica da vida urbana das metrópoles contemporâneas [...] O filme traz em primeiro plano os desafios e as dificuldades da vida cotidiana das metrópoles. Uma ficção sobre quatro histórias de vida que acontecem em uma semana extremamente fria na cidade de Curitiba. É nesse tempo e lugar que se encontram Jaime, Márcio, Ramos e Tião, que, simultaneamente representam a vida das pessoas que nasceram nesse lugar ou vieram de outros espaços. O frio é a metáfora da forma de relacionamento das pessoas, consequência do stress diário que as afasta. Por outro lado o filme mostra que mesmo nesse meio pode existir solidariedade e companheirismo, mesmo em situações beirando a tragédia. Como pano de fundo a situação econômica que pode ser motivo para desagregação ou união dessa gente, dependendo das opções e atitudes de cada um. (Blog do filme.Disponível em www.curitibazerograu.com.br).

A proposta de produção dos próprios vídeos vem ao encontro da

necessidade de expressão dos alunos. Está mais do que provado que os

alunos adoram fazer vídeos, mas que isso muitas vezes não é incentivado nas

escolas. A produção desses vídeos é moderna, integra diversas linguagens e

os alunos, aprendem de maneira lúdica. É importante dar liberdade para a

criatividade dos alunos, deixar que partam deles as ideias, incentivar a

autonomia para a criação e desenvolvimento desse trabalho.

Para esse trabalho existem algumas propostas diferentes:

1- Remake: Após escolher um filme os alunos o assistirão na íntegra, mas

escolherão um trecho que deverá ser regravado por eles, tentando ser o mais

fiéis possíveis à produção.

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2- Os alunos farão a gravação de um trecho do filme modificando conforme

seus gostos e criatividade esse trecho.

3- Os alunos farão uma roda onde cada um contará algum episódio real de

suas vidas e o grupo escolherá um episódio que seria produzido e filmado por

eles.

4- Os alunos elaborarão uma história de ficção que será produzida e filmada

pelo grupo.

O planejamento desse trabalho é de um bimestre, sendo realizado em

horário distinto do horário das aulas.

A culminância desse projeto será com a exibição desses filmes para

toda a comunidade escolar e postagem no site youtube.

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REFERÊNCIAS

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2011. (Cadernos PDE).

MARTIM, M. A linguagem cinematográfica. São Paulo: Brasiliense, 2003. NAPOLITANO, M. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2010.

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OLIVEIRA, D. (coord.) O túnel do tempo: um estudo de história e audiovisual. Curitiba: Juruá, 2010. ______. História e audiovisual no Brasil do Séc. XXI. Curitiba: Juruá, 2011. SÁ, I. T. Cinema e Educação. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1967. ______. Cinema e Presença na educação. Rio de Janeiro: Editora Renes, 1976. SCHMIDT, M. A. (coord.) o uso escolar do documento histórico: Ensino e metodologia. Curitiba: Editora UFPR, 1997. SCHMIDT, M. A; CAINELLI,M. Ensinar História .São Paulo:Scipione,2005. SERRANO, J. Cinema e Educação. São Paulo: Melhoramentos, 1930. SOARES, I. O. Educomunicação: O conceito, o profissional, a aplicação: contribuições para a reforma do ensino médio. São Paulo: Paulinas, 2011. TEIXEIRA, I. A. C.; LOPES, J. S. M. (orgs.) A escola vai ao cinema. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. XAVIER, I. O discurso cinematográfico, a opacidade e a transparência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.

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ANEXOS

ANEXO A - GLOSSÁRIO

Ângulo (tipos de): normal (mesma altura dos personagens/objetos); inferior

(abaixo dos personagens/objetos) e superior (acima dos personagens/objetos).

Argumento: primeiro sumário da história, enfatizando as motivações dos

personagens e peripécias principais do enredo. Base de desenvolvimento do

roteiro.

Cena: unidade espaço-temporal (pode ser chamada de sequência).

Cenário: materialização do mundo diegético onde ocorre a história. Pode ser

interior ou exterior, natural ou de estúdio, limpo ou sujo, realista ou figurado.

Conteúdo diegético: a fábula, a história contada pelo filme e consequente

realidade fílmica implicada.

Continuidade: procedimento que consiste em controlar o enquadramento e

vários planos que compõem uma sequência, para que os cenários, figurinos,

objetos e atores pareçam estar sendo filmados em tempo real da ação e em

harmonia com as posições anteriores no cenário.

Copião: cópia de todos os planos de um filme, apenas como imagem (sem

som) e indicações que precedem as sequências. Partindo do copião, o

montador seleciona as sequências para a versão final.

Diretor: profissional responsável pela coordenação de todos os elementos que

compõem o filme (escolha de cenários, execução do roteiro na filmagem,

formas de interpretação, cor e efeitos de fotografia, edição final).

Distribuidor: pessoa ou empresa responsável pela chegada do filme às salas

de exibição em diferentes partes do mundo.

Edição: montagem, procedimento final que prepara o filme a ser exibido,

organizando o material filmado na ordem narrativa preestabelecida pelo roteiro.

Enquadramento (tipos de): plano geral (amplo e distante), plano médio

(conjunto de objetos ou pessoas), plano americano (até a cintura ou até os

joelhos) e primeiro plano (rosto).

Figurino: elemento sutil, muitas vezes secundários, mas que em determinados

gêneros (ficção científica, filmes de época) ganha importância.

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Foco narrativo: perspectiva da qual a história é transmitida para o espectador.

Pode ser subjetiva (quando coincide com a “visão” de um personagem),

intersubjetiva (quando entrecruza as perspectivas de diversos personagens) ou

objetiva (quando não se confunde com nenhum personagem específico). (Obs:

não confundir com “ponto de vista” de câmera).

Fotografia: Item que inclui as cores e os tons predominantes na imagem,

contrastes (luz e sombra) e efeitos de iluminação (foco, penumbra,

superexposição, etc.)

Fotograma: Cada quadro fotográfico que compõe o filme. Quando projetado a

24 quadros por segundo, provoca a sensação de movimento contínuo das

figuras.

Gêneros: Grandes estruturas narrativas ficcionais. Tipo de filme conforme a

fábula e o conteúdo diegético desenvolvido.

Interpretação: Forma pela qual os personagens ganham “vida” pela ação dos

atores. Além dos talentos e estilos individuais, a interpretação pode ser

marcada por um tipo específico de procedimento: pode ser naturalista ou

artificial; contida ou exagerada; indicatória ou distanciada; expressiva ou

minimalista; etc.

Montagem: Procedimento técnico que organiza a narrativa e/ou dramaticidade

do filme, entendida como o “tempo lógico” da obra (que nem sempre coincide

com o tempo cronológico real das ações supostas pelo espectador). A

continuidade estabelecida pela montagem busca a articulação de três

elementos básicos: ritmo, tensão e coerência interna da história.

Montagem de ponto de vista: Tipo de montagem na qual o corte se dá no

interior da cena, com a mudança do ponto de vista da câmera (por exemplo, de

um personagem para outro, por meio do efeito de campo/contracampo).

Montagem paralela: Sequências e/ou cenas diferentes intercaladas no mesmo

fluxo narrativo, geralmente culminando, na convergência de ações/espaços.

Movimentos (tipos de): Panorâmico (travelling: giro da câmera sobre um eixo

fixo), dinâmico (câmera acompanha movimento do personagem/objeto),

fechamento/aproximação (zoom: câmera fecha o foco em algum

personagem/objeto, sem corte) e abertura/distanciamento (oposto do zoom).

Moviola: engenhoca similar ao videocassete, a moviola permite que se

manipulem as películas sem correr o risco de dilacera-las ou queima-las, como

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frequentemente se verifica quando elas são exibidas em projetor normal.

Permitindo aos operadores imobilizar os filmes ou move-los para frente e para

trás em velocidade acelerada ou retardada, as moviolas são geralmente

usadas por especialistas para montagem ou análise mais cuidadosa de filmes.

As moviolas estão sendo, cada vez mais, substituídas por computadores: filma-

se em 35mm, digitalizam-se as imagens e depois o filme é montado no

computador.

Película: suporte material do filme, a fita de celuloide sensível que contém

brometo de prata e, quando exposta à luz, grava as imagens enquadradas pela

câmera. Basicamente possui três formatos (larguras): 35mm (a mais usada no

cinema comercial, de melhor qualidade), 16mm (utilizada por videomakers e

semiprofissionais) e 8mm (muito utilizada por amadores até os anos de 1980).

Alguns filmes de maior orçamento utilizam-se de películas de 70mm, que

permitem maior enquadramento e qualidade visual.

Personagens: As pessoas fictícias que protagonizam a história. Os

personagens podem ser analisados do ponto de vista psicológico (intenções ou

motivações profundas) ou dramático (ações externas e suas consequências).

Subdividem-se em principais, secundários e figurantes. Podem se agrupar de

forma mais ou menos fechada na narrativa, formando “núcleos” dramáticos.

Plano: Cada tomada de cena. Extensão compreendida entre dois cortes.

Segmento contínuo de imagem, focalizado pela câmera conforme o

enquadramento da câmera, costuma ser dividido em vários tipos: plano de

conjunto (panorâmico), plano geral (quando os atores, objetos centrais e

cenários são mostrados à distância), plano médio (quando o ator ou objeto de

primeiro plano é enfatizado), plano americano (quando o ator é mostrado dos

joelhos para cima), primeiro plano (quando se enfatiza o rosto do ator) e o

close-up ou pormenor (quando uma parte do corpo ou do objeto é mostrado à

distância curtíssima). Todos esses elementos são importantes para enfatizar

aspectos narrativos e aspectos psicológicos.

Ponto de vista (tipos de): Subjetivo (câmera coincide com o “olho” do

personagem), objetivo (câmera não coincide com o “olho” do personagem).

(Obs.: Não confundir com o foco narrativo do filme).

Produtor: pessoa ou empresa responsável pela viabilização material e

financeira do filme.

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Quadro cênico: Enfoque específico de um plano sobre uma parte da cena.

Articula todos os elementos (personagens, objetos, cenário) que compõe a

unidade que o espectador vê. Quase sinônimo de plano, porém com enfoque

no espaço representado (e não no tempo entre os cortes).

Roteiro: Desenvolvimento dramático do argumento, contendo o conjunto de

sequências, a descrição das cenas e os diálogos que as compõe. Faz a

unidade, a coerência e a tensão dramática da história. Pode ser original

(história escrita especialmente para filme) ou adaptado (inspirado em obra

diferente). O profissional que elabora o roteiro é o roteirista (que pode ser o

diretor do filme ou não).

Sequência: Unidades dramáticas de enredo que, somadas, compõe o filme

como um todo. Costuma se dividir em vários planos ou num plano só (o

chamado plano-sequência).

Sinopse: Pequeno resumo escrito do filme, contendo a trama básica e os

personagens principais.

Teatro filmado: Tipo de montagem na qual o corte se efetua a cada cena,

mantendo um ponto de vista fixo entre eles.

Telecinagem: Processo de adaptação do filme original (em película

cinematográfica para o VHS.

Trilha sonora/sonorização: compõe-se da parte musical (geralmente externa

à história, exceto no caso dos musicais, nos quais a música é o órgão

condutor) e da parte de efeitos sonoros intrínsecos à história, como os diálogos

e ruídos. A partir de meados dos anos 1930, o som passou a ser gravado

diretamente na película utilizada para a filmagem, por meio de mecanismos

ópticos.

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ANEXO B – SUGESTÕES DE FILMES

CIBERCULTURA E ROBÓTICA

MATRIX, DIREÇÃO DE ANDY WACHOWSKI E LARRY WACHOWSKI,

1999. Sinopse: O cenário do filme é o “cérebro” de um computador. A luta entre

o bem e o mal é representada por grupos humanos que utilizam o computador

para fins diferentes. O mal deseja destruir a humanidade e o bem luta para

destruí-los aprendendo a viajar no tempo na velocidade da luz.

MINORITY REPORT – A NOVA LEI, DIREÇÃO DE STEVEN

SPIELBERG, 2002. Sinopse: em 2054 existe um sistema com a capacidade de

prever crimes. Um dos agentes de combate ao crime descobre que ele irá

cometer um crime.

SIMONE, DIREÇÃO DE ANDREW NICCOL, 2002. Sinopse: Viktor

Taransky é um diretor decadente e perde a sua última oportunidade porque a

atriz Nicola Anders não aceita participar de seu filme. A sua ex-mulher, chefe

do estúdio, despede-o. Aparece um gênio da computação que lhe entrega um

software que mudará sua vida. Surge, então, uma nova estrela: Simone.

COMUNICAÇÃO E MÍDIA

15 MINUTOS, DIREÇÃO DE JOHN HERZFELD, 2000. Sinopse: O

detetive da divisão de homicídios é uma celebridade em Nova Iorque. Policiais

perseguem criminosos e as câmeras de TV perseguem todos eles. Eddie

Fleming, o detetive, usa a mídia para manter a ordem na cidade até quando os

bandidos passam a querer seus 15 minutos de fama.

2001 – UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO, DIREÇÃO DE STANLEY

KUBRICK, 1968. Sinopse: O filme é um clássico que apresenta a trajetória do

homem desde milhões de anos antes de Cristo até o ano de 2001. Aborda-se a

evolução da espécie, a influência da tecnologia nesse crescimento e os perigos

da inteligência artificial.

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ASSASSINOS POR NATUREZA, DIREÇÃO DE OLIVER STONE,

1994. Sinopse: Por intermédio da mídia, o casal fugitivo Mickey e Mallory

alcança a fama matando pessoas. O filme é uma crítica à violência e à

responsabilidade da mídia na divulgação de violência como diversão.

UMA AVENTURA NA AMÉRICA SELVAGEM, DIREÇÃO DE WILLIAM

DEAR, 1997. Sinopse: No verão de 1967, os irmãos Mark, Marty e Marshall

ganham uma câmera de 16 mm e começam a filmar documentários sobre a

natureza e, principalmente, animais em extinção. Mas há muitos obstáculos a

serem enfrentados para conseguirem as filmagens e uma delas é a oposição

do próprio pai.

BYE BYE BRASIL, DIREÇÃO DE CARLOS DIEGUES, 1979. Sinopse:

Três artistas ambulantes fazem espetáculos em várias cidades do nordeste

brasileiro e fogem do seu maior concorrente: o surgimento da televisão no

Brasil.

A CHEGADA DO TREM À ESTAÇÃO CIOTAT, DIREÇÃO DE

AUGUSTE E LOUIS LUMIÈRE, 1895. Sinopse: Foi a primeira exibição pública

de um filme projetado. A chegada do trem à estação Ciotat foi realizado no dia

28 de dezembro de 1895, em Paris, pelos irmãos Lumière.

CIDADÃO KANE, DIREÇÃO DE ORSON WELLES, 1941. Sinopse: O

repórter Thompson tenta decifrar a palavra rosebud pronunciada por Charles

Forster Kane, um empresário da mídia, antes da morte. Para isso, o repórter

reconstitui a história do empresário.

CINE MAJESTIC, DIREÇÃO DE FRANK DARABONT, 2001. Sinopse:

Peter Appleton é um roteirista em ascensão, mas acusações de que ele é

simpatizante do comunismo destroem sua carreira. Peter, dirigindo alcoolizado,

sofre um acidente e não consegue lembrar do seu passado.

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CINEMA PARADISO, DIREÇÃO DE GIUSEPPE TORNATORE, 1988.

Sinopse: Salvatore di Vitto passa 20 anos em Roma, onde se transformou em

um cineasta de sucesso. Quando retorna à sua cidade natal é avisado que

Alfredo, o projecionista do cinema da cidade, morreu.

COMO FAZER CARREIRA NA PUBLICIDADE, DIREÇÃO DE BRUCE

ROBINSON, 1989. Sinopse: O filme mostra a guerra interna vivida por um

publicitário yuppie dividido entre sua ética pessoal e a lei selvagem que a

profissão lhe impõe. Bagley é um publicitário de sucesso que entra em crise

por não conseguir criar um slogan convincentes para um creme para

furúnculos.

UM DIA DE CÃO, DIREÇÃO DE SIDNEY LUMET, 1975. Sinopse:

Sonny e Sal planejam roubar um banco em dez minutos. Porém nada acontece

como planejado porque policiais, curiosos e emissoras de televisão chegam ao

local.

DURVAL DISCOS, DIREÇÃO DE ANNA MUYLAERT, 2002. Sinopse:

Durval vive com sua mãe em uma casa onde funciona uma loja de discos de

vinil (LPs). A loja inicia um processo de decadência porque Durval não aceita

vender CDs. Uma empregada doméstica recém-contratada deixa sua filha de 5

anos com eles e desaparece. Surgem diversos problemas e confrontos com a

polícia.

FEITIÇO DO TEMPO, DIREÇÃO DE HAROLD RAMIS, 1993. Sinopse:

Phil Connors é o homem do tempo de uma emissora de televisão e vai fazer a

cobertura do “Dia da Marmota”, na cidade de Punxsutawney, Pensilvânia. Após

o trabalho uma tempestade de neve impede-os de sair da cidade. No dia

seguinte tudo ocorre da mesma maneira, no outro também e no outro... e no

outro...

FELLINI, OITO E MEIO, DIREÇÃO DE FREDERICO FELLINI, 1963.

Sinopse: É um filme sobre o processo de criação no cinema. Conta a história

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do cineasta Guido Anselmi que se encontra em crise de inspiração e de saúde

e não consegue criar histórias para seu próximo filme.

O FRANGO CASEIRO, DIREÇÃO DE UGO GREGORETTI, 1963.

Sinopse: É uma sátira ao mundo da propaganda. Influenciada por programas

de televisão, uma família sai de carro para comprar um casa no campo.

GINGER E FRED, DIREÇÃO DE FREDERICO FELLINI, 1986.

Sinopse: Amelia e Pippo são dançarinos e apresentam um musical imitando

Fred Astaire e Ginger Rogers em um programa de televisão.

O INFORMANTE, DIREÇÃO DE MICHAEL MANN, 1999. Sinopse:

Lowell Bergman é o produtor do programa 60 minutes e convida o cientista

Jeffrey Wigand, recém demitido de uma das maiores fábricas de cigarros do

país, para ser entrevistado por Mike Wallace. Inicia, então a luta do produtor

para apresentar uma denúncia contra a indústria tabagista.

LADRÕES DE SABONETE, DIREÇÃO DE MAURIZIO NICHETTI,

1989. Sinopse: Ladrões de sabonete está para ser exibido em uma grande

emissora de televisão. O filme seria sobre Antonio que não consegue arrumar

emprego. Um dia, com o apoio de um padre, ele consegue trabalho em uma

fábrica para sustentar a sua família. O diretor do filme irrita-se com as

interrupções do filme pelos intervalos comerciais e, dentre outros fenômenos

que confundem a realidade com a ficção, a modelo de um comercial e o próprio

diretor entram no filme.

MUITO ALÉM DO JARDIM, DIREÇÃO DE HAL ASHBY, 1979.

Sinopse: O jardineiro Chance vive isolado no seu mundo em Washington.

Chance conhece o mundo apenas pelo que vê na televisão. Certo dia, vê-se

diante do mundo “real” e acaba entrando em um restrito círculo de poderosos

homens do governos interessados em seus “conhecimentos”.

NOS BASTIDORES DA NOTÍCIA, DIREÇÃO DE JAMES L. BROOKS,

1987. Sinopse: Retrata o cotidiano de uma sala de imprensa em uma emissora

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de televisão. Entre a correria diária de colocar “no ar” manchetes mais

importantes, desenvolve-se um triângulo amoroso que envolve o âncora, a

produtora e um repórter.

O QUARTO PODER, DIREÇÃO DE COSTA-GRAVAS, 1997. Sinopse:

Um vigia recém demitido de um museu toma como reféns crianças e

funcionários do museu para implorar por seu emprego de volta. Um jornalista

interessado na fama aproveita o acontecimento para se promover.

A RICOTA, DIRAÇÃO DE PIER PAOLO PASOLINI, 1962. Sinopse: A

história de um cineasta que realiza um filme baseado na Paixão de Cristo.

A ROSA PÚRPURA DO CAIRO, DIREÇÃO DE WOODY ALLEN, 1985.

Sinopse: Durante a Grande Depressão americana, a garçonete Cecília é

viciada em filmes hollywoodianos. Ao assistir A Rosa Púrpura do Cairo, Cecilia

fica perplexa quando o ator principal sai da tela para conhece-la e apaixona-se

por ele.

O SHOW DE TRUMAN – O SHOW DA VIDA, DIREÇÃO DE PETER

WEIR, 1998. Sinopse: Truman Burbank é um corretor de seguros que mora em

uma pacata ilha. Contudo, desde criança sua vida é transmitida 24 horas em

um programa de TV, mas ele nem imagina. Todas as pessoas que ele tem

contato são atores.

EDUCAÇÃO E ESCOLA

ADEUS MENINOS, DIREÇÃO DE LOUIS MALLE, 1987. Sinopse: Na

França, em 1944, em meio à Segunda Grande Guerra, Julien e Jean são dois

meninos que frequentam o colégio e tornam-se amigos. Julien descobre que

Jean é judeu e foi acolhido pelos padres. Um dia a Gestapo invade o colégio

em busca de judeus.

O CLUBE DO IMPERADOR, DIREÇÃO DE MICHAEL HOFFMAN,

2002. Sinopse: Em um colégio americano frequentado por rapazes da alta

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sociedade americana, Hundert é um professor de História. Sedgewick é um

aluno que inicia um confronto de egos com o professor que se estende por

vários anos.

CORRENTE DO BEM, DIREÇÃO DE MIMI LEDER, 2000. Sinopse: Um

professor de Estudos Sociais, Eugene Simonet, sugere um trabalho no primeiro

dia de aula de uma turma da 7ª série. Um aluno resolve levar o trabalho a sério

e cria a corrente do bem. A ideia do garoto resume-se a fazer algo por três

pessoas que não podem fazê-las por elas mesmas e cada uma delas faz por

outras três. A corrente é iniciada em Las Vegas e espalha-se pelos Estados

Unidos.

O JARRO, DIREÇÃO DE EBRAHIM FORUZESH, 1992. Sinopse:

Numa escola no meio do deserto o jarro que serve para as crianças matarem a

sede trinca e gera reações diferentes nas pessoas da aldeia.

MADADAYO, DIREÇÃO DE AKIRA KUROSAWA, 1993. Sinopse: O

filme retrata a relação de um grupo de alunos e seu mestre Hyakken Unchida,

nos últimos dias da Segunda Guerra.

MR. HOLLAND – ADORÁVEL PROFESSOR, DIREÇÃO DE STEPHEN

HEREK, 1995. Sinopse: Em 1964, um músico começa a lecionar porque

precisa de dinheiro para compor uma sinfonia. Ele encontra dificuldades em

motivar os alunos e nasce um filho dele, surdo. Ele se envolve mais com a

escola e os alunos para pagar o tratamento de seu filho e desiste de ser

compositor.

O PREÇO DO DESAFIO, DIREÇÃO DE RAMON MENENDEZ, 1988.

Sinopse: Jaime Escalante é um professor de matemática em Los Angeles que

se recusa a rotular seus estudantes de subúrbio como fracassados. Escalante

inspira 18 garotos a se transformarem em mestres da matemática.

QUANDO TUDO COMEÇA, DIREÇÃO DE BERTRAND TAVERNIER,

1999. Sinopse: É a história do professor Daniel Lefebvre que decide comandar

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uma campanha contra o governo para reivindicar condições mínimas de vida e

dignidade para a população.

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS, DIREÇÃO DE PETER WEIR,

1989. Sinópse: Em um colégio conservador americano, chega um professor de

literatura que desafia os métodos de ensino vigentes. O maior objetivo do

professor é conseguir ensinar os alunos a pensarem por si mesmos.

O SORRISO DE MONALISA, DIREÇÃO DE MIKE NEWELL, 2003.

Sinopse: Em 1953, na faculdade feminina Wellesley College, o sucesso das

alunas é medido pelos seus casamentos. Mas uma professora encoraja as

mulheres a lutarem por um futuro melhor desafiando a administração superior.

HISTÓRIA E BIOGRAFIA

1492 – A CONQUISTA DO PARAÍSO, DIREÇÃO DE REIDLEY

SCOTT, 1992. Sinopse: O filme aborda as duas primeiras viagens de Cristóvão

Colombo que descobre uma nova rota para se chegar às Índias.

ALEXANDRE, DIREÇÃO DE OLIVER STONE, 2004. Sinopse:

Cinebiografia de Alexandre, o Grande, que herdou o trono da Macedônia com

15 anos, criou e expandiu seu império pela Europa inteira.

AMADEUS, DIREÇÃO DE MILOS FORMAN, 1984. Sinopse: Aborda a

época em que Wolfgang Amadeus Mozart é alvo de inveja de Antonio Salieri,

Em 1871, na cidade de Viena, vivem os dois que se tornam rivais, mas em

nenhum momento Salieri consegue superar a genialidade de Mozart.

AMISTAD, DIREÇÃO DE STEVEN SPIELBERG, 1997. Sinopse: Em

1839, um navio espanhol que levava escravos foi tomado pelos mesmos. Eles

lutam pela liberdade, mas são vencidos e a sua posse passa a ser objeto de

disputa que alcança a alta cúpula da Espanha e dos Estados Unidos.

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BEN-HUR, DIREÇÃO DE WILLIAM WYLER, 1959. Sinopse: é

considerado um dos melhores e maiores épicos bíblicos da história do cinema.

O príncipe Ben-Hur tenta alcançar a liberdade de seu povo na Judéia invadida

pelos romanos. Mas ele é preso e levado a trabalhar como escravo longe de

suas terras. Ele transforma-se em um guerreiro disposto a enfrentar os inimigos

e restabelecer a paz.

CAMILLE CLAUDEL, DIREÇÃO DE BRUNO NUYTTEN, 1989.

Sinopse: Em 1885, a jovem escultora Camille Claudel entra em atrito com sua

família burguesa em Paris ao tornar-se aprendiz e, depois, assistente de

Auguste Rodin. Ela torna-se amante do mestre e cai em desgraça junto a

sociedade parisiense, pois ele já era casado.

COMO ÁGUA PARA CHOCOLATE, DIREÇÃO DE ALFONSO ARAU,

1992. Sinopse: Uma extraordinária história de amor entre o camponês Pedro e

Titi. O romance acontece durante a Revolução Mexicana, em 1910.

DIÁRIOS DE MOTOCICLETA, DIREÇÃO DE WALTER SALLES, 2003.

Sinopse: Antes de se tornar um líder revolucionário Che Guevara faz uma

viagem de motocicleta com seu amigo Granado pela América. Toda a trajetória

é apresentada no filme baseado no diário de Che Guevara.

A ÉPOCA DA INOCÊNCIA, DIREÇÃO DE MARTIN SCORSESE, 1993.

Sinopse: Mostra o relacionamento entre um advogado e a prima de sua futura

esposa que choca a sociedade americana com suas ideias liberais. É uma

crítica à sociedade burguês americana do século XIX.

FAHRENHEIT 11 DE SETEMBRO, DIREÇÃO DE MICHAEL MOORE,

2004. Sinopse: É uma investigação sobre como os Estados Unidos são alvo de

terroristas a partir da tragédia de 11 de setembro. São apresentadas

comparações entre as duas gerações da família Bush que governaram os

Estados Unidos e sobre a família de Bin Laden.

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GERMINAL, DIREÇÃO DE CLAUDE BERRI, 1993. Sinopse: No século

XIX, inicia-se um processo de fortalecimento de movimentos grevistas na

França e o filme retrata a atitude mais ofensiva por parte dos trabalhadores das

minas de carvão deste período em relação à exploração de seus patrões.

O GRANDE DITADOR, CHARLES CHAPLIN, 1940. Sinopse: É o

primeiro filme falado de Chaplin. Conta a história de um barbeiro judeu e um

ditador maluco. Os personagens têm nomes que nos remetem facilmente aos

seus inspiradores, com Astolf Hynkel a Adolph Hitler.

A LISTA DE SCHINDLER, DIREÇÃO DE STEVEN SPIELBERG, 1993.

Sinopse: Durante a Segunda Guerra, quando os nazistas exterminaram seis

milhões de judeus, Oskar Schindler salva milhares de pessoas dos campos de

concentração.

ERIN BROCKOVICH – UMA MULHER DE TALENTO, DIREÇÃO DE

STEVEN SODERBERGH, 1999. Sinopse: Baseada em um fato verídico,

apresenta a história de Erin, uma mulher divorciada, com três filhos e sem

dinheiro que começa a trabalhar em um escritório e descobre a ocultação de

um incidente envolvendo casos de água contaminada que causava graves

doenças nos moradores da vizinhança.

UMA VERDADE INCONVENIENTE, DIREÇÃO DE AL GORE, 2006.

Sinopse: Al Gore apresenta vários estudos que levam à conclusão que se não

houver diminuição da produção de dióxido de carbono e outros gases, haverá

diversas mudanças no modo de vida existente, principalmente, com relação ao

clima na Terra.

DAENS – UM GRITO DE JUSTIÇA, DIREÇÃO DE STIJN CONINX,

1992. Sinopse: Na virada do século XIX, na cidade de Aalst, norte da Bélgica,

um grupo de trabalhadores vivem em estado de miséria absoluta, vítimas da

exploração da indústria de tecidos aonde estão empregados. A situação

começa a mudar quando um padre revolucionário é transferido para a cidade e

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assume a igreja local. Seu coração balança perigosamente entre o ofício da fé

e a conscientização política dos oprimidos.

GUERRA DE CANUDOS, DIREÇÃO DE SÉRGIO REZENDE, 1997.

Sinopse: No final do século XIX, Antônio Conselheiro (um monarquista

assumido) e seus seguidores começam a transformar um simples movimento

em algo grande demais para a República, que recentemente tinha sido

proclamada. O poder oficial decide enviar vários destacamentos militares para

destruí-los. Os seguidores de Conselheiro apenas defendiam seus lares, mas

anova ordem não podia aceitar que humildes moradores do sertão da Bahia

desafiassem a República. Assim, em 1897, esforços são reunidos para destruir

os sertanejos. Esses fatos são vistos pela ótica de uma família que vive no

vilarejo e tem opiniões conflitantes sobre Conselheiro.

ABRIL DESPEDAÇADO, DIREÇÃO DE WALTER SALLES, 2001.

Sinopse: Baseado no livro homônimo do albanês Ismail Kadaré, o filme se

passa em 1910, no Nordeste, e discute aspectos do coronelismo, focalizando

os conflitos entre os fazendeiros. No interior do Brasil, uma sangrenta rixa

destrói, aos poucos, os integrantes de duas famílias. Depois de seu irmão mais

velho ser morto por um membro do clã rival, chega a hora de Tonho executar a

vingança e aguardar a hora de sua própria morte. Entretanto, ele não se

conforma com este trágico destino e, estimulado pelo irmão caçula, um menino

sonhador, resolve viver intensamente os dias que lhe restam, acompanhando

um circo mambembe.

BAILE PERFUMADO, DIREÇÃO DE PAULO CALDAS, 1997. Sinopse:

Amigo íntimo do Padre Cícero, o mascate libanês Benjamin Abrahão decide

filmar Lampião e todo seu bando, pois acredita que este filme o deixará muito

rico. Após alguns contatos iniciais ele conversa diretamente com o famoso

cangaceiro e expõe sua ideia. Mas os sonhos do mascate são prejudicados

pela ditadura do Estado Novo.

HOTEL RUANDA, DIREÇÃO DE TERRY GEORGE, 2004. Sinopse:

Em 1994, um conflito político em Ruanda levou à morte quase 1 milhão de

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pessoas em apenas 100 dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses

tiveram que buscar saídas em seu próprio cotidiano para sobreviver. Uma

delas foi oferecida por Paul Rusesabagina, que era gerente do hotel Milles

Collines, localizado na capital do país. Contando apenas com sua coragem,

Paul abrigou no hotel mais de 1200 pessoas durante o conflito.

55 DIAS EM PEQUIM, DIREÇÃO DE NICHOLAS RAY, GUY GREEN E

ANDREW MARTON, 1963. Sinopse: Na Pequim de 1900, durante a rebelião

dos boxers (revolta de uma facção do povo chinês contra a presença ocidental

na China), é organizada uma comissão que reúne diplomatas, ministros do

exército e outros representantes de dezenas de nações. A ideia é encontrar

uma solução amigável e diplomática que leve ao fim da revolução. Mas, há o

evidente conflito de interesses entre os países presentes no Império Chinês.

MISSISSIPI EM CHAMAS, DIREÇÃO DE ALAN PARKER, 1988.

Sinopse: Mississipi, 1964. Rupert Anderson e Alan Ward, dois agentes do FBI,

investigam a morte de três militantes dos direitos civis em uma pequena cidade

onde a segregação divide a população entre brancos e negros e a violência

contra os negros é uma tônica constante.

E O VENTO LEVOU, DIREÇÃO DE VICTOR FLEMING, 1939.

Sinopse: Durante a Guerra Civil Americana, quando fortunas e famílias foram

destruídas, um cínico aventureiro e uma jovem determinada, que foi duramente

atingida pela guerra, se envolvem numa relação de amor e ódio.

OUTUBRO: DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO, DIREÇÃO DE

SERGEI M. EISENSTEIN E GRIGORI ALEKSANDROV, 1928. Sinopse: Filme

de comemoração ao 10º aniversário da Revolução Soviética de 1917, na qual

os bolcheviques derrubaram o governo de Kerensky. Em tom de documentário,

o filme relata o fim da monarquia e, posteriormente, o fim do governo provisório

em novembro de 1917. Foi realizado com vultuosos recursos, utilizando gente

do povo que havia realmente participado da Revolução nas ruas.

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ANASTASIA, DIREÇÃO DE DON BLUTH E GARY OLDMAN,

DESENHO ANIMADO PRODUZIDO PELOS ESTÚDIOS 20TH CENTURY

FOX, 1997. Sinopse: Anastasia, filha do Czar Nicholas, nasceu em 1916, na

Rússia. Depois da maldição de Rasputin contra os Romanovs, a pequena

Anastasia é separada de sua avó, a grã-duquesa imperial. Ela cresce em um

orfanato e se torna uma jovem mulher chamada Anya. Sem memórias claras

de sua juventude, Anya encontra Dimitri e Vladimir, que procuram por alguém

parecido com Anastasia, na esperança de conseguirem uma recompensa de

10 milhões de rublos oferecida pela Imperatriz Maria, que fugira para a França.

Anya sai à procura de sua identidade numa aventura cheia de romance, música

e humor, enfrentando as peripécias do terrível feiticeiro Rasputin e de seu

morcego Bartok. Tomando como pano de fundo a queda da família imperial

russa e a Paris dos Anos 20, a animação é um conto de fadas em torno da

lenda da princesa Anastasia que teria sobrevivido ao massacre de sua família.

ASSASSINATO DE TROTSKI, DIREÇÃO DE JOSEPH LOSEY, 1972.

Sinopse: Cidade do México, 1940. Paradas comunistas estão celebrando o Dia

do Trabalho. Num quarto de hotel perto da praça Zocalo, encontram-se duas

pessoas que serão os protagonistas do assassinato de Leon Trotski,

idealizador do Exército Vermelho e “dedicado marxista ateu” expulso da Rússia

pelo ditador Josef Stalin. Trotski continuava muito envolvido com a política

russa. Stalin, desejando eliminar seu oponente envia ao México o assassino de

aluguel Frank Jackson, que através de uma amizade em comum, é convidado

pra conhecer Trotski pessoalmente em sua casa.

DR. JIVAGO, DIREÇÃO DE DAVID LEAN, 1965. Sinopse: O filme

narra o antes, o durante e o pós Revolução Russa pela ótica de Yuri Zhivago,

um médico e poeta. Yuri fica órfão ainda criança e vai para Moscou, onde é

criado. Já adulto, se casa com a aristocrata Tonya, mas tem um envolvimento

com Lara, uma enfermeira que se torna a grande paixão de sua vida. Lara,

antes da revolução tinha sido estuprada por Victor Komarovsky, um político

sem escrúpulos, que já tinha se envolvido com a mãe dela. A enfermeira se

casa com Pasha Strelnikoff, que se torna um vingativo revolucionário. A história

é narrada em flashback por Yevgraf de Zhivago, o meio irmão de Yuri, que

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procura sua sobrinha, suposta filha de Zhivago com Lara. Enquanto Strelnikoff

representa o “mal”, Yevgraf representa o “bom” elemento da Revolução

Bolchevique.

CABARET, DIREÇÃO DE BOB FOSSE, 1972. Sinopse: Berlim, início

da década de 1930. O nazismo estava em ascensão meteórica, mas a grande

maioria das pessoas ainda não tinha noção do terrível poder que aquela força

política representaria. Sally Bowles, uma jovem americana que canta em um

cabaré e sonha se transformar numa estrela, se apaixona por Brian Roberts,

que é bissexual. Ambos se envolvem com Maximilliam von Heune, um rico e

nobre alemão. Quando Sally fica grávida, Brian diz que quer casar e declara

não se importar de quem seja o filho. Mas o futuro lhes reserva outro destino.

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO, DIREÇÃO DE MARK HERMAN,

2008. Sinopse: O filme tem início quando um menino de 8 anos, Bruno, recebe

a notícia de que terá de deixar a sua confortável casa em Berlim e se mudar

com sua família para um lugar isolado no campo chamado Auschwitz. O motivo

é a promoção de seu pai, um oficial nazista. No lugar não tem nada para fazer.

Bruno pergunta à mãe sobre as pessoas estranhas da fazenda, que andam

sempre de “pijamas listrados” e é proibido de ir lá. Mas seu instinto explorador

fala mais alto e o garoto descobre um caminho. Bruno conhece Shmuel, que

também tem 8 anos, nasceu no mesmo dia que ele, mas vive do outro lado da

cerca. Desenvolve uma improvável amizade com o menino judeu.

A VIDA É BELA, DIREÇÃO DE ROBERTO BENIGNI, 1997. Sinopse:

Na Itália dos anos 40, durante a Segunda Guerra Mundial, Guido, filho de

judeus, é levado para um campo de concentração nazista, juntamente com sua

esposa e seu filho, o pequeno Giosué, e tem que usar sua imaginação para

fazer seu filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira,

com o intuito de protegê-lo do horror e da violência que os cercam.

O RESGATE DO SOLDADO RYAN, DIREÇÃO DE STEVEN

SPIELBERG, 1998. Sinopse: Ao desembarcar em uma praia da Normandia, no

Dia D, um capitão recebe a missão de resgatar com vida o soldado James

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Ryan, caçula de quatro irmãos, cujos três primeiros já haviam morrido em

combate.

PEARL HARBOR, DIREÇÃO DE MICHAEL BAY, 2001. Sinopse: Com

o bombardeamento dos japoneses à Pearl Harbor, dois amigos, uma

americano outro inglês, se envolvem de maneira distinta nos eventos que

fazem com que os Estados Unidos entrem na Segunda Guerra Mundial.

Alistam-se na Força Aérea dos seus países para participarem do conflito.

Entretanto, no decorrer do drama da guerra surge outro, relacionado com a

paixão que ambos desenvolvem pela mesma mulher, no que será um teste

sério à sua grande amizade. Esse filme é baseado na obra homônima de

Randall Wallace.

ALÉM DA LINHA VERMELHA, DIREÇÃO DE TERRENCE MALICK,

1998. Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, jovens fuzileiros são

lançados num arquipélago do Pacífico, onde americanos e japoneses vão se

enfrentar na Batalha de Guadalcanal. Ao chegarem, os novatos conhecem um

terror que jamais haviam imaginado. Em meio ao desespero e às dificuldades,

afloram fortes laços de amizade entre os jovens soldados.

OLGA, DIREÇÃO DE JAIME MONJARDIM, 2004. Sinopse: Baseado

no livro de Fernando Morais, o filme relata a história e a trajetória política de

Olga, companheira de Luiz Carlos Prestes. Por ser judia e comunista, foi presa

durante o governo Getúlio Vargas e deportada para a Alemanha, onde foi

entregue aos nazistas. As duas guerras compõem o contexto.

GANDHI, DIREÇÃO DE RICHARD ATTENBOROUGH, 1982. Sinopse:

África do Sul, início do século XX. Após ser expulso da 1ª classe de um trem, o

jovem e idealista advogado indiano Mohandas Karamchand Gandhi inicia um

processo de avaliação da submissão indiana, pois, na época, a Índia era uma

colônia britânica. Já na Índia, através de manifestações enérgicas, mas não

violentas, atrai para si a atenção do mundo ao se colocar como líder espiritual

de hindus e muçulmanos.

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A BATALHA DE ARGEL, DIREÇÃO DE GILLO PONTECORVO, 1966.

Sinopse: História da luta da Argélia para se tornar independente da França.

Narra a trajetória de Ali, líder da Frente Algeriana de Libertação Nacional

(FLN). A história mostra desde o momento em que ele se une à organização,

quando ainda era um pequeno ladrão, até sua captura, juntamente com os

líderes do movimento. Por fim, revela a execução de todos pelo governo

francês. Constituído com um suspense crescente, o filme conta em paralelo a

guerra dos rebeldes, fundada em métodos não convencionais, e as medidas

cada vez mais extremas tomadas pela França.

PLATOON, DIREÇÃO DE OLIVER STONE, 1986. Sinopse: Chris é um

jovem recruta recém-chegado a um batalhão americano, durante a Guerra do

Vietnã. Idealista, foi um voluntário para lutar, pois acreditava que devia

defender seu país, assim como fez seu avô e seu pai em guerras anteriores.

Mas aos poucos, com a convivência dos demais recrutas e dos oficiais que o

cercam, ele vai perdendo sua inocência e passa a experimentar de perto toda a

violência e loucura de uma carnificina sem sentido.

APOCALYPSE NOW REDUX, DIREÇÃO DE FRANCIS FORD

COPPOLA, 2001. Sinopse: Durante a Guerra do Vietnã, por volta de 1969, um

alto comandante do exército americano designa o capitão Willard para matar o

coronel Kurtz que tinha enlouquecido ao ponto de assassinar inocentes no

interior da selva do Camboja. Subindo o rio num barco de patrulha escoltado

por 4 soldados Willard depara-se com situações inacreditáveis geradas pela

guerra enquanto examinava os documentos a respeito do coronel. Ao chegar

ao seu destino, percebe que os nativos adoram Kurtz e terá de decidir de

cumpre ou não a missão.

FOMOS HERÓIS, DIREÇÃO DE RANDALL WALLACE, 2002. Sinopse:

Em plena Guerra do Vietnã, o tenente-coronel Hal Moore e mais 400

integrantes do exército norte-americano são cercados por 2000 soldados

vietnamitas, na batalha de La Drang, que durou 34 dias (entre os meses de

novembro e dezembro de 1965). A luta que segue torna-se uma das mais

sangrentas da história militar dos Estados Unidos.

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PROMESSAS DE UM MUNDO NOVO, DIREÇÃO DE JUSTINE ARLIN,

CARLOS BOLADO E B. Z. GOLDBERG, 2001. Sinopse: Retrata a história de 7

crianças israelenses e palestinas em Jerusalém. Apesar de morarem no

mesmo lugar, vivem em mundos completamente distintos, separadas por

diferenças religiosas. Com idades entre 8 e 13 anos, raramente falam por si

mesmas e estão isoladas pelo medo.

TRÊS REIS, DIREÇÃO DE DAVID O. RUSSEL, 1999. Sinopse: Em

março de 1991, foi assinado o cessar-fogo na Guerra do Golfo. Em meio às

comemorações no acampamento norte-americano, um mapa é descoberto com

um dos prisioneiros iraquianos, mostrando a rota de um tesouro enterrado no

deserto do Iraque. Quatro soldados americanos resolvem partir nessa busca.

TREZE DIAS QUE ABALARAM O MUNDO, DIREÇÃO DE ROGER

DONALDSON, 2000. Sinopse: Durante treze extraordinários dia em outubro em

1962, o mundo esteve à beira de uma verdadeira catástrofe. Todo o planeta

aguardava com ansiedade o desfecho do confronto político-militar entre

Estados Unidos e União Soviética, em razão da instalação de mísseis

antiaéreos soviéticos em Cuba. O confronto foi tão sério, que quase provocou

uma guerra nuclear entre as duas potências, o que poderia ter destruído toda a

humanidade. O alarmante desenvolvimento dos eventos ocorridos, envolveu

um número enorme de políticos, militares e gente influente que temiam uma

invasão russa através do estabelecimento da base militar em Cuba. A ação se

passa, quase em sua totalidade, dentro da Casa Branca, onde existem

discussões acaloradas e intermináveis sobre como encaminhar a questão do

armamento de Cuba. As discussões sobre o poderoso governo soviético

consumiam os dias dos políticos e, principalmente, do presidente e seus dois

fiéis confidentes e amigos.

FORREST GUMP, DIREÇÃO DE ROBERT ZEMECKIS, 1994.

Sinopse: Quarenta anos da História dos Estados Unidos vistos pelos olhos de

um rapaz de QI abaixo da média que por obra do acaso, consegue participar

de alguns momentos cruciais dessa história, como a Guerra do Vietnã.

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JANGO, DIREÇÃO DE SILVIO TENDLER, 1984. Sinopse: Rodado em

1984, Jango retrata a carreira política de João Belchior Marques Goulart,

presidente deposto pelos militares em 1º de abril de 1964. Na obra, Tendler

procurou mostrar a política brasileira da década de 60, desde a candidatura de

Jânio Quadros, passando pelo golpe militar, as manifestações da UNE e os

exílios. O filme, narrado pelo ator José Wilker, conta com depoimentos de

Magalhães Pinto, Aldo Arantes, Raul Ryff, Afonso Arinos, Leonel Brizola, Celso

Furtado, General Carlos Muricy, Frei Betto, entre outros.

O HOMEM DA CAPA PRETA, DIREÇÃO DE SÉRGIO REZENDE,

1986. Sinopse: O filme baseia-se na vida de Tenório Cavalcanti, um político

reacionário e muito polêmico, na Baixada Fluminense, dos anos 50. Ele nasceu

em Alagoas e teve a violência como companheira de infância, presenciando o

assassinato de seu pai. Empunhando uma metralhadora, chamada

carinhosamente Lurdinha, e desafiando os corruptos e poderosos que

dominavam Duque de Caxias. Sua trajetória mistura os papéis de político e

bandido. Era visto como um defensor do povo entre as classes mais

miseráveis, por suas atitudes populistas. Conquistou fama e fortuna, ao mesmo

tempo em que era tido como um assassino frio e calculista pela classe média e

pelos políticos dominantes.

O PAÍS DOS TENENTES, DIREÇÃO DE JOÃO BATISTA DE

ANDRADE, 1987. Sinopse: Um general da reserva, no dia em que é

homenageado por uma multinacional, entra em crise pessoal e começa a

lembrar sua trajetória, que coincide com os 60 anos de vida política brasileira.

O filme mistura o passado e o presente, valendo-se das lembranças do velho

militar, que participou dos grandes acontecimentos da história política brasileira

entre 1922 (Tenentismo) e 1964 (Golpe Militar). Suas lembranças, culpas e

utopias perdidas funcionam como síntese das contradições dos projetos

políticos, à esquerda e à direita, que se degladiaram ao longo daquele período.

PRA FRENTE BRASIL, DIREÇÃO DE ROBERTO FARIAS, 1983.

Sinopse: Em 1970, o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção de futebol no

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México, enquanto prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura

militar e inocentes são vítimas dessa violência. Todos esses acontecimentos

são vistos pela ótica de uma família comum, quando um dos seus integrantes,

um pacato trabalhador da classe média é confundido com um ativista político.

LAMARCA, DIREÇÃO DE SÉRGIO REZENDE, 1994. Sinopse:Crônica

dos últimos anos de vida do capitão do Exército, Carlos Lamarca, que nos anos

de ditadura desertou das Forças Armadas e passou a fazer oposição ao

governo militar, tornando-se um dos mais destacados líderes da luta armada.

Ao lado de Carlos Marighella, Lamarca foi um dos principais líderes

guerrilheiros durante a duração da luta armada (1967-1973). Nesse período,

diversos grupos de esquerda tentaram combater o regime militar pela via de

guerrilha urbana e rural.

O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS, DIREÇÃO DE

CAO HAMBURGUER, 2006. Sinopse: Mauro mora com seus pais em Belo

Horizonte. O ano é 1969 e o Brasil está em crise. A ditadura militar está em seu

ápice e os pais de Mauro parecem estar fugindo de alguma coisa. Sem muitas

explicações, eles deixam o menino na casa do avô paterno, no bairro do Bom

Retiro, na cidade de São Paulo. O garoto tem de crescer de uma hora para

outra e, com a ajuda de seus vizinhos, supera esse obstáculo em seu

desenvolvimento, sem nunca perder a inocência do olhar infantil.

O QUE É ISSO COMPANHEIRO? DIREÇÃO DE BRUNO BARRETO,

1997. Sinopse: Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático

brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em

dezembro de 1968 o Ato Institucional nº 5, que nada mais era que o golpe

dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis.

Nesse período, vários estudantes abraçavam a luta armada, entrando na

clandestinidade e, em 1969, militante do MR-8 elaboraram um plano para

sequestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por

prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.

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PEÕES, DIREÇÃO DE EDUARDO COUTINHO, 2004. Sinopse: O filme

fala sobre a classe operária do ABC paulista, composta principalmente por

metalúrgicos que iniciaram grandes greves há muito não vistas, devido à

ditadura militar, que era bastante repressiva ao movimento. Mostra os

acontecimentos e esperanças no Brasil na época da eleição de Lula à

presidência da República e os rumos do país.

ADEUS LENIN, DIREÇÃO DE WOLFGANG BECKER, 2003. Sinopse:

A mãe de Alexander, fiel devota do socialismo na antiga Alemanha Oriental,

tem um ataque cardíaco ao ver o filho em uma passeata contra o sistema

vigente. Quando ela acorda do coma, após a queda do muro de Berlim, o

médico aconselha Alexander que ela evite emoções fortes, pois outro ataque

tão cedo seria fatal. Com o peso na consciência pelo estado atual de sua mãe,

Alex faz de tudo para que ela continue vivendo em uma ilusória Alemanha

socialista, mudando embalagens de produtos industrializados e até mesmo

inventando documentários televisivos para preencher as brechas do dia-a-dia

do recente capitalismo no país.

BABEL, DIREÇÃO DE ALEJANDRO GONZALEZ-INARRITU, 2006.

Sinopse: Um ônibus repleto de turistas atravessa uma região montanhosa do

Marrocos. Entre os viajantes, estão Richard e Susan, um casal de americanos.

Ali perto, os meninos Aymed e Youssef manejam um rifle que se pai lhes deu

para proteger a pequena criação de cabras da família. Um tiro acidental atinge

o ônibus, ferindo Susan. A partir daí, o filme mostra como este fato afeta a vida

de pessoas em vários pontos diferentes do mundo: nos Estados Unidos, onde

Richard e Susan deixaram seus filhos aos cuidados da babá mexicana; no

Japão, onde um homem tenta superar a morte trágica de sua mulher e ajudar a

filha surda aceitar a perda; no México, para onde a babá acaba levando as

crianças; e ali mesmo no Marrocos, onde a polícia passa a procurar suspeitos

de um ato terrorista.

VÔO UNITED 93, DIREÇÃO DE PAUL GREENGRASS, 2006. Sinopse:

Em 11 de setembro de 2001 o vôo 93 da United Airlines é sequestrado por

terroristas que tem por objetivo abatê-lo junto a algum símbolo norte-

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americano. Durante 90 minutos o avião permanece no ar, sendo que neste

período os passageiros decidem reagir para evitar que os planos terroristas

sejam concluídos.

CENTRAL DO BRASIL, DIREÇÃO DE WALTER SALLES JR., 1998.

Sinopse: O filme retrata a vida de Dora e Josué. Ela, uma professora

aposentada que ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos, na maior

estação de trens do Rio de Janeiro (Central do Brasil). Ele, um garoto pobre,

que com 8 anos de idade, perde sua mãe no Rio de Janeiro e sonha com uma

viagem ao nordeste para conhecer o pai. Dora conhece Josué que, após a

perda da mãe, fica perdido e entregue às várias formas de violência urbana,

típicas de uma cidade grande num país subdesenvolvido. Após um grave

acidente onde Josué quase foi vítima de uma tentativa de tráfico para o exterior

Dora rendeu-se ao apelo do menino e o acompanhou em busca de seu pai e

irmãos num longa viagem para o sertão da Bahia e de Pernambuco.

ENCONTRO COM MILTON SANTOS OU O MUNDO GLOBAL VISTO

DO LADO DE CÁ, DIREÇÃO DE SÍLVIO TENDLER, 2007. Sinopse: O filme

trata do processo de globalização com base no pensamento do geógrafo Milton

Santos que por suas ideias e práticas, inspira o debate sobre a sociedade

brasileira e a construção de um mundo novo.

ENTREATOS, DIREÇÃO DE JOÃO MOREIRA SALLES, 2004.

Sinopse: O diretor acompanha as viagens de Luis Inácio Lula da Silva, então

candidato à presidência da República, e consegue um belo apanhado sobre a

história política do país pós-redemocratização.

LULA, O FILHO DO BRASIL, DIREÇÃO DE FABIO BARRETO, 2010.

Sinopse: Mostra a trajetória pessoal e profissional de Lula, que nasceu no

sertão pernambucano em 1945, veio para Santos com a mãe, dona Lindu e os

irmãos num pau-de-arara, numa viagem de treze dias e treze noites. Conheceu

de perto a miséria e deu a volta por cima, até se tornar em 1980 o maior líder

sindical do país. Um caminho marcado por dificuldades e uma notável

capacidade de superação.

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PSICOLOGIA E INCLUSÃO SOCIAL

AMOR ALÉM DA VIDA, DIREÇÃO DE VICENT WARD, 1998. Sinopse:

Chirs Nielsen morre e percebe que o paraíso existe dentro de uma pintura de

sua mulher Annie. Na Terra, Annie não consegue viver sem Chris e tenta

juntar-se a ele, mas Chris é avisado que eles não podem se encontrar. Inicia

então um caminho entre o Céu e o Inferno para conseguir libertar Annie.

O AMOR É CEGO, DIREÇÃO DE PETER FARRELLY E BOBBY

FARRELLY, 2001. Sinopse: Hal Larsen é um homem que só vê a beleza nas

supermodelos. Após uma sessão de hipnose em um elevador pelo guru Tony

Robbins, a forma como ele percebe as mulheres modifica e ele passa a

perceber a beleza interior e não enxerga o aspecto físico das mulheres e

envolve-se com mulheres bem diferentes do padrão estabelecido anteriormente

por ele e seus amigos.

ATLANTIS – O REINO PERDIDO, DIREÇÃO DE GARY TROUSDALE

E KIRK WISE, 2001. Sinopse: No ano de 1914, Milo James Thatch tenta provar

aos seus colegas do Museu Norte-americano de Washington que pode

localizar Atlântida com base em um livro antigo que seu avô havia lhe falado.

Thatch, assim como aconteceu no passado com seu avô, é considerado louco.

Mas surge uma oportunidade de provar suas teorias.

BICHO DE 7 CABEÇAS, LAÍS BODANZKY, 2000. Sinopse: Os

problemas entre pai e filho resultam na internação deste em um sistema

manicomial.

BILLY ELLIOT, DIREÇÃO DE STEPHEN DALDRY, 2000. Sinopse:

Billy é um garoto que se apaixona pelo ballet ao assistir uma aula enquanto

treinava boxe e tem que conviver com um mundo de estereótipos culturais,

mas é incentivado pela professora de ballet.

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CAZUZA – O TEMPO NÃO PÁRA, DIREÇÃO DE WALTER

CARVALHO E SANDRA WERNECK, 2004. Sinopse: Conta a história de

Cazuza, entre 1980 e 1990. Desde sua ascensão como cantor, passando por

suas amizades e o diagnóstico de portador do vírus HIV, apresenta a trajetória

de um rapaz corajoso que viveu intensamente cada momento de sua vida.

CIDADE DAS SOMBRAS, DIREÇÃO DE ALEX PROYAS, 1998.

Sinopse: John Murdoch acorda em um quarto de hotel e descobre que é

procurado pela polícia, mas não tem lembrança nenhuma de seu passado. São

abordadas questões sobre religião e metafísica para compreender a criação e

manipulação dos seres humanos. Um filme que pretende mesclar os limites

entre a realidade e a imaginação.

DUELO DE TITÃS, DIREÇÃO DE BOAZ YAKIN, 2000. Sinopse: Em

1971, nos Estados Unidos, Herman, um negro, é contratado como técnico do

time de futebol americano. Bill, um técnico branco que perdeu o lugar para ele,

passa a ser o assistente, e eles são forçados a conviver juntos e treinar o tima

para ser campeão.

EFEITO BORBOLETA, DIREÇÃO DE ERIC BRESS E J. MACKYE

GRUBER, 2004. Sinopse: Evan tenta esquecer alguns traumas da sua infância

que se escondem no seu subconsciente. Cria uma técnica de voltar ao

passado para mudar os fatos, mas as consequências são diferentes do que ele

esperava.

O ENCANTADOR DE CAVALOS, DIREÇÃO DE ROBERT REDFORD,

1998. Sinopse: Após um acidente de sua filha com o seu cavalo, a mãe procura

um domador de cavalos para aproximá-los novamente.

ENCONTRANDO FORRESTER, DIREÇÃO DE GUS VAN SANT, 2000.

Sinopse: William Forrester é um escritor que há quarenta anos foi premiado por

um romance e nunca mais se ouviu falar dele. Um dia, um jovem negro que

sonha em ser escritor invade seu apartamento e acidentalmente esquece a

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mochila que continha textos de sua autoria. Inicia, então uma relação de

amizade que os fortalece para enfrentar diversos obstáculos.

UM ESTRANHO NO NINHO, DIREÇÃO DE MILOS FORMAN, 1975.

Sinopse: Um prisioneiro passa por louco para conseguir a transferência da

cadeia para um manicômio. Lá ele faz amizade com os internos e os incentiva

a agir de forma independente, mas ele passa a ter problemas com a

enfermeira-chefe.

UM GRITO DE LIBERDADE, DIREÇÃO DE RICHARD

ATTENBORUGH, 1987. Sinopse: A história de uma amizade entre o ativista

negro Stephen Biko e o editor jornalístico branco Donal Woods na África do

Sul. Após Biko ser silenciado pela polícia, Woods tenta levar a mensagem de

Biko para o mundo.

JANELA DA ALMA, DIREÇÃO DE WALTER CARVALHO E JOÃO

JARDIM, 2001. Sinopse: Dezenove pessoas com deficiência visual, da miopia

à cegueira, compõem os depoimentos para formar um panorama sobre a visão

(de si mesmos, dos outros e do mundo).

LARANJA MECÂNICA, DIREÇÃO DE STANLEY KUBRICK, 1971.

Sinopse: Alex diverte-se à custa da tragédia dos outros. A transformação de

Alex de um punk imoral até um cidadão exemplar e seu retorno recompõe a

chocante visão do futuro apresentada no filme.

UMA LIÇÃO DE AMOR, DIREÇÃO DE JESSIE NELSON, 2001.

Sinopse: Sam Dawson é um pai com deficiências mentais que cria sua filha

Lucy com ajuda de amigos. Mas aos sete anos, quando Lucy começa a

ultrapassar a capacidade do pai, uma assistente social tenta separá-los. Sam e

uma advogada iniciam um processo para enfrentar a justiça e demonstrar que

Sam merece a filha de volta.

MENINA DE OURO, DIREÇÃO DE CLINT EASTWOOD, 2004.

Sinopse: Uma jovem deseja lutar boxe e quer ser treinada por Frankie, um

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experiente treinador. Mesmo sem ele ter aceitado, ela continua frequentando o

ginásio diariamente até que ele aceita ser seu treinador. Um filme que aborda a

importância da determinação para alcançar seus objetivos.

MENINOS NÃO CHORAM, DIREÇÃO DE KIMBERLY PIERCE, 1999.

Sinopse: É um filme baseado em uma história real de uma garota que resolve

assumir a homossexualidade. Assume, então, uma nova identidade para fugir

do preconceito nos Estados Unidos.

UMA MENTE BRILHANTE, DIREÇÃO DE RON HOWARD, 2001.

Sinopse: É um filme inspirado na vida do matemático John Forbes Nash Jr.. Na

década de 50 desenvolveu a “teoria do jogo” e fascinou o mundo intelectual.

Mas foi afetado pela esquizofrenia e teve que passar por diversas dificuldades.

MEU NOME É RÁDIO, DIREÇÃO DE MICHAEL TOLLIN, 2003.

Sinopse: Um técnico de futebol americano, Harold Jones faz amizade com um

estudante deficiente mental, Radio. O relacionamento transforma Radio de

tímido a exemplo para a localidade em que vive na Carolina do Sul.

MEU PÉ ESQUERDO, DIREÇÃO DE JIM SHERIDAN, 1989. Sinopse:

É a história de Christy Brown, um homem com grande amor e paixão pela vida.

Apresenta progressos desde o seu nascimento em 1932 até o dia em que

conheceu sua futura esposa. Quando Christy ainda era bebê, descobriu-se que

ele sofria de paralisia cerebral e a mãe foi comunicada pelos médicos que, se

ele sobrevivesse, seria quase um vegetal.

NÁUFRAGO, DIREÇÃO DE ROBERT ZEMECKIS, 2000. Sinopse:

Chuck Noland é um engenheiro de sistemas do FedEx. A vida corrida e

cronometrada de Chuck é abalada quando ele fica isolado em uma ilha após

um acidente de avião.

O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN, DIREÇÃO DE ANG LEE,

2005. Sinopse: Dois cowboys são contratados para trabalhar em Brokeback

Mountain cuidando de ovelhas durante o verão. Nesse período eles vivem uma

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relação homossexual de amor e sexo. Após o verão retornam a suas vidas,

mas o sentimento de um pelo outro nunca será esquecido.

SHREK, DIREÇÃO DE ANDREW ADAMSON E VICTORIA JENSON,

2001. Sinopse: Uma sátira aos contos de fada com belos príncipes e princesas

e aos padrões estéticos de finais felizes.

REALIDADE BRASILEIRA

2 FILHOS DE FRANCISCO, DIREÇÃO DE BRENO SILVEIRA, 2005.

Sinopse: Francisco Camargo, um lavrador goiano, tem o sonho de transformar

dois de seus nove filhos em uma dupla sertaneja. Dificuldades sociais,

financeiras, culturais e pessoais retratam o sofrimento dos meninos e de toda a

família envolvida.

O AUTO DA COMPADECIDA, DIREÇÃO DE GUEL ARRAES E

MAURO MENDONÇA FILHO, 1999. Sinopse: João Grilo, um sertanejo pobre e

mentiroso, tem um companheiro de aventuras, Chicó. Vários episódios são

compartilhados pelos dois com base na peça de Ariano Suassuna, escrita em

1955.

BOLEIROS – ERA UMA VEZ O FUTEBOL, DIREÇÃO DE UGO

GIORGETTI, 1998. Sinopse: Em um bar paulistano com fotos de jogadores de

futebol nas paredes, um grupo de boleiros (profissionais do futebol) bebe

cerveja e relembra histórias.

CARANDIRU, DIREÇÃO DE HECTOR BABENCO, 2002. Sinopse: Um

médico faz um trabalho de prevenção à AIDS na Casa de Detenção de São

Paulo, o Carandiru. Em outubro de 1992, centenas de policiais assassinaram

111 presos.

CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL, DIREÇÃO DE CARLA

CAMURATI, 1995. Sinopse: É a passagem de Carlota Joaquina, prometida a

D. João VI com apenas 10 anos de idade, pelo Brasil.

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CIDADE DE DEUS, DIREÇÃO DE KATIA LUND E FERNANDO

MEIRELLES, 2002. Sinopse: O filme é passado no conjunto habitacional

Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. É dividido em três partes: fim dos anos 60,

anos 70 e início dos anos 80. Apresenta a trajetória de Buscapé e Dadinho,

duas crianças que vivem e crescem no local.

O SOL – CAMINHANDO CONTRA O VENTO, DIREÇÃO DE TETÊ

MORAES, 2006. Sinopse: Mostra o Brasil nos anos 1967 e a968 através de

documentos de arquivo e depoimentos de pessoas que estiveram envolvidas

com o surgimento do jornal O Sol no Rio de Janeiro.

O XANGÔ DE BAKER STREET, DIREÇÃO DE MIGUEL FARIA

JÚNIOR, 2001. Sinopse: Baseado no livro de Jô Soares. A história aborda o

convite de D. Pedro II para o detetive Sherlock Holmes para visitar o Brasil e

solucionar um crime ao lado do Dr. Watson. Sherlock vai para o Rio de Janeiro

e enfrenta dificuldades, mas descobre muitas maravilhas tropicais.

SÁUDE, DOENÇA E MORTE

ENCONTRO MARCADO, DIREÇÃO DE MARTIN BREST, 1998.

Sinopse: O milionário William Parrish recebe a visita de Joe Black, a morte

corporificada. Mas negocia viver até o seu próximo aniversário em troca de Joe

Black viver o mundo dos humanos. Inesperadamente, a morte apaixona-se

pela filha do rico empresário.

A FELICIDADE NÃO SE COMPRA, DIREÇÃO DE FRANK CAPRA,

1946. George Bailey é um bom homem, mas está pronto para o suicídio na

véspera do Natal. Deus manda um anjo para convencê-lo a continuar vivo.

AS INVASÕES BÁRBARAS, DIREÇÃO DE DENYS ARCAND, 2003.

Sinopse: Um professor encontra-se com uma doença terminal em um hospital e

aguarda o reencontro com o seu filho. Uma obra excelente para se pensar

sobre a vida e a morte.

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MAR ABERTO, DIREÇÃO DE KHRIS KENTIS, 2003. Sinopse: Davis e

Susan mergulham em mar aberto com um grupo de turistas, mas são

esquecidos. A esperança de serem resgatados diminui quando percebem que

tubarões estão se aproximando.

MAR ADENTRO, DIREÇÃO DE ALEJANDRO AMENÁBAR, 2004.

Sinopse: Ramón Sampedro é um espanhol que luta durante 30 anos que se

encontra acamado pelo seu direito à eutanásia.

OSMOSE JONES, DIREÇÃO DE PETER FARRELLY, BOBBY

FARRELLY, PIET KROON E TOM SITO, 2001. Sinopse: Frank Pepperidge

come alimentos que se encontram no chão, não liga para dietas e nem pensa

em fazer exercícios. Uma vez deixa entrar em seu corpo Thrax, um vírus letal

decidido a acabar com tudo que encontrar pela frente. Uma das células

brancas do organismo de Frank é Osmose Jones, um policial que gosta de

trabalhar sozinho. Frank, ao sentir os primeiros sintomas causados por Thrax

toma a pílula Drix que é designada para trabalhar com Osmose contra Thrax.

PATCH ADAMS – O AMOR É CONTAGIOSO, DIREÇÃO DE TOM

SHADYAC, 1998. Sinopse: Apresenta a história do Dr. Patch Adams, que

acredita na importância do amor, da alegria e do tratamento médico

personalizado na recuperação dos pacientes.

REI CORAGEM, DIREÇÃO DE SUSAN RADARY E WILLIAM

WHITEFORD, 1999. Sinopse: Mostra a trajetória de vida dos 12 aos 25 anos

de um rapaz que nasceu com paralisia cerebral.

SUPER SIZE ME – A DIETA DO PALHAÇO, DIREÇÃO DE MORGAN

SPURLOCK, 2004. Sinopse: O cineasta Morgan Spurlock resolve registrar sua

rotina diária durante um mês alimentando-se três vezes ao dia, de comido fast

food nos Estados Unidos.

SOCIEDADE E GUERRA

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CASABLANCA, DIREÇÃO DE MICHAEL CURTIZ, 1942. Sinopse:

Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto as cidades são invadidas pelos

alemães, Ilsa apaixona-se por Rick em Paris, mas o romance é impossível.

Amor e guerra são abordados magistralmente no filme.

CÍRCULO DE FOGO, DIREÇÃO DE JEAN-JACQUES ANNAUD, 2001.

Sinopse: Vassili Zaitsev é um exímio atirador russo que se encontra na batalha

de Stalingrado e o oficial político soviético Danilov o transforma em herói

nacional. Os dois apaixonam-se pela mesma mulher, Tânia, que luta junto com

os homens na guerra. Os alemães enviam o major König, seu melhor atirador,

para matar Vassili.

CORRA, LOLA, CORRA, DIREÇÃO DE TOM TYKWER, 1998.

Sinopse: Lola corre durante quase todos os 81 minutos de projeção. Sua

corrida inicia para salvar seu namorado Manni que tem uma divida com

mafiosos e tem que conseguir 100 mil marcos em 20 minutos. A história é

contada três vezes e cada uma delas tem algumas alterações que modificam

seu final.

CRASH – NO LIMITE, DIREÇÃO DE PAUL HAGGIS, 2004. Sinopse: O

roubo de um carro resulta em uma aproximação de pessoas de diversas

classes sociais. É um filme que retrata, magistralmente, as diferenças sociais e

as semelhanças humanas.

O DIA EM QUE A TERRA PAROU, DIREÇÃO DE ROBERT WISE,

1951. Sinopse: um dos raros filmes de ficção científica que não trata o ser do

outro planeta como invasor. O extraterrestre vem à Terra para evitar uma

catástrofe causada pelas guerras e pelas armas.

FARENHEIT 451, DIREÇÃO DE FRANK DARABONT, 1966. Sinopse:

Trabalhando com a hipótese de um futuro da sociedade sem livros. Um

bombeiro responsável pela queima de livros proibidos envolve-se com uma

professora que não respeita a proibição.

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A FUGA DAS GALINHAS, DIREÇÃO DE NICK PARK E PETER

LORD, 2000. Sinopse: É um desenho no qual os personagens são “feitos” de

massinha de modelar. As galinhas estão presas em um galinheiro e

desenvolvem diversas táticas de fuga, mas todas fracassam. A chegada de um

galo voador no galinheiro incentiva-as a buscarem a sonhada liberdade.

A ILHA, DIREÇÃO DE MICHAEL BAY, 2005. Sinopse: No ano 2019,

um homem descobre que todos os que vivem no local em que se encontra são

clones. Ele tenta fugir para o mundo externo que nunca conheceu.

ILHA DAS FLORES, DIREÇÃO DE JORGE FURTADO, 1989. Sinopse:

Um tomate é plantado, colhido, vendido e termina no lixo da Ilha das Flores,

mas ainda serve de alimento para porcos e seres humanos.

METROPOLIS, DIREÇÃO DE FRITZ LANG, 1926. Sinopse: É uma

obra clássica que inspirou vários filmes de ficção científica. No século 21

operários são escravizados e vivem no subterrâneo enquanto a elite fica na

superfície. Quando o filho do governador de Metropolis se apaixona pela líder

dos operários, inicia-se uma luta de classes.

O PIANISTA, DIREÇÃO DE ROMAN POLANSKI, 2002. Sinopse: No

início da Segunda Guerra, um pianista polonês é o único da sua família que

consegue escapar da caça dos alemães para os campos de concentração.

Refugia-se em locais ermos para aguardar o término da guerra.

PONTO DE MUTAÇÃO, DIREÇÃO DE BERNT CAPRA, 1990.

Sinopse: Personagens inspirados em personalidades mundiais debatem a

respeito de uma nova visão de mundo e abordam a questão da mudança de

paradigmas.

TEMPOS MODERNOS, DIREÇÃO DE CHARLES CHAPLIN, 1936.

Sinopse: O tempo marca a vida de operários de uma fábrica onde trabalha

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Carlitos. Apresenta-se uma relação entre a desumanização do trabalhador e a

evolução das máquinas.

TIROS EM COLUMBINE, DIREÇÃO DE MICHAEL MOORE, 2002.

Sinopse: Trazendo como fato estruturador do filme, imagens do massacre

ocorrido na Columbine High School e de fatos relacionados, aborda a relação

da violência com da felicidade nos Estados Unidos.

O TRIUNFO DA VONTADE, DIREÇÃO DE LENI RIEFENSTAHL, 1934.

Sinopse: É um filme que documento o Congresso Nacional-Socialista Alemão.

O filme mostra muitos membros do Partido Nazista assim como soldados

marchando, jogando e cozinhando. Inclui trechos de discursos reais de Hitler e

de seus conselheiros.

O ÚLTIMO DOS MOICANOS, DIREÇÃO DE MICHAEL MANN, 1992.

Sinopse: É um filme que apresenta sentimentos de amor e lealdade durante a

Guerra dos Sete Anos. Conta a história da guerra, em que ingleses e franceses

buscaram alianças com índios para conquistar as terras da América do Norte.

A VILA, DIREÇÃO DE M. NIGHT SHYAMALAN, 2004. Sinopse: É a

história de um pequeno vilarejo rodeado por uma floresta na qual os habitantes

acreditam viver um ser demoníaco. Limitada pelo medo a comunidade não

sabe o que existe após a floresta até precisar de ajuda.