Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

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www.cpad.com.br J ovens A dultos ISSN 1678-6823

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Integridade Moral e Espiritual.

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J o v e n sA d u l t o s

ISSN 1678-6823

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Todo.....................................................^

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precisa de uma boa

O pescador de homens tambémComo responder sobre seitas sem ter um manual de religiões à mão? Como dar um conselho bíblico sobre depressão, ansiedade ou drogas? Como explicar o que a Bíblia diz sobre adoração, pecado ou igreja?

ANOSEM T O D A S AS L IV R A R IA S I 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3

A Bíblia do Pescador oferece estas e muitas outras respostas úteis para todo aquele que milita no ministério do evangelísmo pessoal. Através de mais de 500 notas de versículos, aborda de forma acessível conceitos fundamentais que tornam simples e claro a evangelização, o discipulado e o aconselhamento de pessoas em nosso dia a dia.

Então, vamos lançar a r o d o ?

Nela você encontrará temas e artigos sobre:

éL Apologética

t í Evangelísmo

Igreja

(4 Devocional

IS Doutrina cristã

V Aconselhamento

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Digitalização: Escriba DigitalC o m e n t á r i o : ELIENAI CABRAL Lições do 4 o Trimestre de 2014 CfMD

D is p o n íve l tam bém em

VERSÃO DIGITALw w w .e d ito ra c p a d .c o m .b r/lb m d ig ita l

L ição 1Daniei, Nosso “Contemporâneo” 3

L ição 2A Firmeza do Caráter Moral e Espiritual de Daniel 1 1

L ição 3O Deus que Intervém na História 18

L ição 4A Providência Divina na Fidelidade Humana 26

L ição 5Deus Abomina a Soberba 32

L ição 6A Queda do Império Babilónico 39

Lição 7Integridade em Tempos de Crise 46

L ição 8Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias 54

L ição 9O Prenúncio do Tempo do Fim 62

Lição 10As Setenta Semanas 69

L ição 11O Homem Vestido de Linho 76

L ição 12Um Tipo do Futuro Anticristo S3

L ição 1 3O Tempo da Profecia de Daniel 90

L iç õ e s B íb l ic a s 1

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L i ç õ e s B íb lic a s

P resid en te d a C on v en ção Geral d a s A ssem b leias d e D eus n o BrasilJosé Wellington Bezerra da Costa_____P resid en te d o C on selh o A d m in istrativoJosé Wellington Costa JúniorD iretor Execu tivoRonaldo Rodrigues de SouzaG eren te d e P u b licaçõ esAlexandre Claudino Coelho C o n s u lto r ia D o u trin á ria e T e o ló g ic aAntonio Gilberto e Claudionor de AndradeG eren te F in an ceiroJosafá Franklin Santos BomfimG eren te d e P ro d u çãoJarbas Ramires SilvaG eren te C om ercialCícero da Silva G eren te d a R ede d e Lojasjoão Batista Guilherme da SilvaC h efe d e A rte & D e sig nWagner de AlmeidaC h efe d o S e to r d e E d u cação C ris tãCésar Moisés Carvalho R e d a to re sMarcelo de Oliveira e Telma Bueno D esig n er G ráficoMarlon Soares _____________________C apaFlamir Ambrósio

Av. B ras il, 3 4 .4 0 1 - BanguRio de Jan eiro - RJ - Cep 21 8 5 2 /0 0 2T e l.: (21 > 2 4 0 6 -7 3 7 3Fax: (2 1 ) 2 4 0 6 -7 3 2 6

L IV R A R IA S CPADA M A Z O N A S : Rua Barroso, 36 - C en tro - 69010-050 - M anaus- AM - T e l.: (92) 2 1 2 6 -6 9 5 0 - E -m a il: m a n a u s @ c p a d .c o m .b r G erente: R icardo dos Santos SilvaB A H IA : Av. A n ton ío C arlos M agalhães, 4 0 0 9 - Lo ja A - 4 0 2 8 0 -0 0 0- P ituba - S a lvado r - BA - Tel,: (71) 2104-5300 - E-mail: sa lvador@ cpa d .ço m .b r - G erente: M auro Com es da SilvaB R A S ÍL IA : Setor C om erc ia l Sul - Qd. 5, B3. C, Lo ja 54 - G aleria O u v id o r - 70305-918 - Brasília-DF -T e le fa x : (61) 2107-4750 - E-mail: b ras ilia@ cpad .com .b r - G erente: Marco A u ré lio da Silva ESPÍRITO SANTO: Rod. do So\, 5000 - lojas 1074 e 1075 - Praia de Itaperica - 29102-020 - Vila Velha - ES - Tel (27) 3202-2723 - G erente: Francisco A le xa n d re Ferre iraM A R A N H Ã O : Rua da Paz, 428, Centro , São Luis-M A - 65020-450- Tel.: (98) 3231-6030 /2108 -8400 - E-mail: sao lu is@ cpad.com .b r- Gerente: Eliel A lb u q u e rq u e de A g u ia rJ u n io rM IN A S GERAIS: Rua São Paulo, 1371 - Loja 1 - C entro - 30170-131- Belo H orizonte -M G -T e l.: (31) 3431-4000 - E-mail: be lohorizon te@ cpa d .co m .b r - G erente: W illiam s R oberto FerreiraPARANÁ: Rua Senador Xavier da Silva, 450 - Centro C ívico - 80530- 060 - C uritiba - PR-Tel.: (41) 2117-7950 - E-mail: curitiba@ -cpad.com.br Gerente: Maria Madalena Pimentel da SitvaPERNAM BUC O : Av. Dantas Barreto, 1 021 - São José - 5 0 0 20 -0 0 0 - Recife-PE - Tel.: (81) 3 4 24-6600 / 2128-4750 - E-mail: recife@cpad. com .b r- Gerente: Edgard Pereira dos Santos Junior R IO DE JAN E IR O :V ice n te de C a rva lh o : Av. Vicente de Carvalho, 1083 - Vicente de C a rv a lh o -21 2 10 -0 0 0 -Rio de Janeiro-RJ - Tel.: (21) 2481-2101 /2 4 8 1 - 2350 - E-mail: v icentecarva lho@ cpad.com .br - G erente : S everino Joaquim da S ilva FilhoN ite r ó i : Rua A u re lin o Leal, 47 - lo jas A e B - C en tro - 24020-110- N ite ró i - RJ - Tel.: (21) 2620-4318 / 2621 -4038 - E-mail: n ite ro i@ cp a d .co m .b r - Gerente: Eder CalazansN o va Ig u a ç u : Av. G overnador Am ara l Peixoto, 427 - lo ja 101 e 103 - Galeria Veplan - Centro - 26210-060 - Nova Iguaçu - RJ - Tel.: (21) 2667-4061 / 2667-8163 - E-mail: novaiguacu@ cpad.com .br- G erente: P a trick de O live iraC e n tro : Rua P rim e iro de M arço, 8 - C en tro - Rio de Janeiro-RJ - Tel: (21) 2509-3258 / 2507-5948 - G erente: S ilv io Tomé S h o p p in g J a rd im G u a d a lu p e : Av. Brasil, 22.155, Espaço Com ercial 115/01 - Guadalupe - Rio de Janeiro-RJ - TEL: (21) 3369-2487 - E-mail: guadalupe@ cpad.com .br - G erente: Juc ile ide Gomes da Silva S A N TA C A T A R IN A : Rua Sete de S etem bro, 142 ío ja 1 - C en tro - 8 8 0 10 -060 - F lorianópo lis-S C - Tel.: (48) 3225-3923 / 3225-1128- E-mail: flo rip a @ cp a d .co m .b r G erente: Geziel V ie ira Dam ascenoSÃO PAULO: Rua C onse lhe iro C oteg ipe, 210 - Be lenzinho - 03058- 000-S ãoP auE o-S P -Te l:(ll) 2198-2702 - E-mail: saopaulo@ cpad.com . b r G erente: Je ffe rson de FreitasF L Ó R ID A : 393 9 N o r th F ede ra l H ig h w a y - P o m p a no Beach, FL - 33064 - USA - Tel.: (954) 941-9588 / 941-4034 - S ite: w w w . e d ito ria lp a tm o s .co m - G erente: Jonas M ariano D is t r ib u id o r :C EA R Á: Rua Senador Pom peu, 834 lo ja 27 - C en tro - 6 0 0 2 5 -0 0 0- Forta leza - CE - Tel.: (85) 3231-3004 - E-mail: cb ib lia@ ig .com .b r C erente : José M aria N ogue ira LiraP A R Á : E.L.GOUVEIA - Av. Gov. José M a lche r 1579 - C e n tro - 66060 -230-Belém-PA-Tel.:(91)3222-7965-E-mail: gerencia@ cpadbe- lem .com .br - G erente: Bened ito de M oraes Jr.JAPÃO: Gunm a-ken O ta-sh i S h im oham ada-cho 304-4 T 373-0821 • Tel.: 81-276-48-8131 / 81 -8942-3669 C e lu la r (81) 90 8942-3669 E-mail: cpad jp@ hotm a il.com - G erente: Joe lm a W atabe Barbosa LISBOA - CAPU. Av. A lr r iiia iite Gayo C u u liu tiu 158 - 1700-030 - L is­boa - P o rtuga l - Tel.: 351 -21 -842-9190 /351-21 -840-9361 -E -m a ils : capu@ capu.pt - Site: w w w .c a p u .p tM A T O GROSSO: L iv ra ria A ssem b lé ia de Deus - Av. Rubens de M endonça, 3 .500 - G rande Tem plo - 7 8 0 4 0 -4 0 0 - Centro - C u ia ­bá - MT - Tele fax: (65) 644-2136 - E-mail: he lio rap@ zaz.com .b r Gerente: H é lio José da SilvaM IN A S GERAIS: Nova Sião - Rua Jarbas L. D. Santos, 1651 - Ij.l 02- Shopping Santa Cruz - 36013-150 -Juiz de Fora - MG - Tel.: (32) 3212- 7248/3236-8757 - E-mail: novas iao@ gm ail.com - G erente: Daniel Ramos de O live iraSÃO PAULO : SOCEP - Rua F lo riano P eixoto , 103 - C en tro - Sta. Bárbara D’O este - SP - 13450-970 - Tel.: (19) 3459-2000 E-mail: vendas@ socep .com .b r - Gerente: A n tô n io R ibe iro Soares

TELEM ARKETING(de 2 a a 6a das 8h às 18h e aos sábados das 9h às 15h)

C e n tra l d e A te n d im e n to : 0 8 0 0 - 0 2 1 7 3 7 3 ( lig a ç ã o g ra tu ita ) ■ Igre jas / Cotas e A ss ina tu ras - ram a l 2

a G o lp o rto re s e Lo jis tas - ram al 3 ■ Pastores e dem ais c lien tes - ram al 4

■ SAC (Serviço de A te n d im e n to ao C onsum ido r) - ram a l 5 L IV R A R IA V IR T U A L : w w w .c p a d .c o m ,b r

O u v id o r ia : o u v id o ria @ cp a d .co m .b r

CPADV.________________ _____

2 Lições Bíblicas

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Lição 15 de Outubro de 2014

D a n ie l , N o s s o

" C o n t e m p o r â n e o

‘Quancfo, pois, virdes que a abominação da desolação, de que fa lou o profe ta Daniel, está no lu g a r santo (quem lê,

que entenda)” (M t 24.1 5).

VERDADE PRATICADaniel é um exem plo de perseve­rança na f id e l id a d e a Deus e de integridade moral, estimulando-nos a confia r no pro jeto d iv ino.

H IN O S SU G ER ID O S 58, 61, 84

L E IT U R A D IA R IA

Segunda - Gn 3.1 5 A prim eira profecia escatológica

Terça - Gn 22.1 8; 2 6 .4 ; 2 8 .1 4 ; 4 9 .1 0A promessa para Abraão

Q u a r ta - Is 7 .14; 9.6; 42 .1 -4; 52.13-15A predição da v inda do Rei e Redentor

Q u in ta - Dn 2 .4 4 ,4 5 ; 7 .1 3 ,1 4A predição do reino v indouro

Sexta - J r 23 .3 ; Is 11 .11 ; Ez 37.1-1 1 A promessa de restauração de Israel

Sábado - M t 2 4 .1 5 Jesus cita Daniel

TEXTO ÁUREO

L ições Bíblicas 3

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L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSED an ie l 1 .1 ,2 ; 7 .1 ; 1 2 .4

D a n ie l 11 - No ano te rce iro do re inado de Jeoaquim , re i de Judá, veio Nabucodonosor, re i da Babi­lônia, a Jerusalém e a s itiou .

2 - E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim , re i de Judá, e um a p a rte dos utensí­lios da Casa de Deus, e ele os levou p a ra a te rra de Sinar, p a ra a casa do seu deus , e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.

D an ie l 71 - No p r im e iro ano de Bel- sazar, re i de Babilônia, teve D a n ie l, na sua c a m a , um sonho e visões da sua cabeça; escreveu logo o sonho e re la ­tou a sum a das coisas.

D a n ie l 124 - E tu, Daniel, fecha estas p a ­lavras e sela este liv ro , até ao fim do tempo; m uitos co rre rão de um a p a rte p a ra ou tra , e a ciência se m u ltip lica rá .

INTERAÇÃO

Prezado p ro fesso r, neste tr im e s tre estudarem os o liv ro do p ro fe ta Da­n ie l. Este liv ro é um dos p re fe rid o s das pessoas que gostam de e s tud a r a e sca to io g ia b íb lica . A p rendem os com D an ie l não som ente acerca de assuntos escatológicos, pois o seu tes­tem unho é um exemplo de fide lidade a Deus e de in teg ridade m ora l. D anie l v iveu g ra n d e p a r te dos seus anos como exilado em um a sociedade idó­la tra , serv indo a re is ím pios, todav ia não se contam inou. O com enta ris ta do tr im e s tre é o p as to r Elienai C abra l— co n fe re n c is ta e a u to r de vá ria s obras pub licadas pela CPAD, m em bro da Academ ia Evangélica de Letras do B rasil e tam bém da Casa de Letras Emílio Conde. Que Deus abençoe a sua vida e a de seus a lunos. Bons estudos!

OBJETIVOS

Após a aula, o a luno deverá estar apto a:

C onhecer panoram icam ente o livro de Daniel.

Explicar a autoria e a h istória por trás do liv ro de Daniel.

C o m p re e n d e r os fatos que prop i­ciaram o exílio na Babilônia.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, a fim de introduzir a primeira lição do trimestre, reproduza o esque­ma da página seguinte para os alunos.

Utilizando o quadro, faça uma exposição panorâmica do livro de Daniel, explican­

do o propósito e suas principais divi­sões. Enfatize os personagens centrais, os acontecimentos mais importantes e

as principais profecias. Que você possa extrair importantes lições deste grande

livro do Antigo Testamento.

4 L icões Bíblicas

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IN T R O D U Ç Ã ODada a im p o rtâ n c ia do liv ro

de Daniel, nós o estudaremos sob a perspectiva da escato logia b íb li­ca. In d iscu t ive lm e n te , A Daniel é um p ro fe ta bí­b lico que não ficou res­t r i to ao passado. Ele é contem porâneo! O seu nome, a sua v ida e obra são um e x e m p lo de perseverança em Deus.E m b o ra v iv e n d o em circunstâncias adversas e numa cu ltu ra pagã, Daniel não perdeu a fé no Deus A ltíss im o e o v íncu lo com o seu povo.

O capítu lo 24 do Evangelho de Mateus revela um dos mais im ­portantes discursos proféticos de Jesus. Ali, o Mestre de Nazaré citao profeta Daniel (v. 15). Conquanto

PALAVRA-CHAVE

Providência:Ação pela q u a l Deus conduz os aconteci­m entos e as c r ia tu ­ras p a ra o fim que lhes fo i destinado.

as profecias de Jesus nos remetam ao contexto de Israel, as evidências proféticas descritas em Mateus 24 não se aplicam apenas à história do povo judeu, mas igualmente à todas as etapas da história humana

como descrita no livro de Daniel.

I - A H IS TÓ R IA POR TRÁS D O LIVRO

DE DANIEL1 . A f o r m a ç ã o

h is tó r ic a de Is ra e l. Aw h is tó r ia do povo ju d e u

c o m e ça co m A b ra ã o e Sara (Gn 12.1-3). Eles t ive ra m um f i lho cham ado Isaque, o f i lho da prom essa de Deus (Gn 15.4; 17.18; 21.1-3). Isaque, por sua vez, gerou dois fi lhos , Esaú e ja có . Do segundo f i lho , Jacó, su rg iu um clã de 12 f i lhos . O clã cresceu e m u ltip licou-se e, poste r io rm en te ,

L I V R O D E D A N I E L

A&afor: Daniel

Tem a: A soberan ia de Deus na h is tó ria .

D ata : Cerca de 536 — 530 a.C.

P ro p ó s ito s : <1) Dar ao povo do concerto do AT a certeza de que o ju íz o de seu ca tive iro entre as nações gentias não seria perm anente ;(2 ) Legar ao povo de Deus, no decurso da sua história, as visões proféticas da soberania de Deus sobre as nações.

P erso n ag en s c e n tra is : Danie l e N abucodonosor.

P rin c ip a is a co n te c im en to s : Danie l in te rp re ta o sonho de N abucodonoso r (Dn 2); A fo rn a lh a de fogo ardente (Dn 3); A loucu ra de N abu­codo noso r (Dn 4); Daniel na cova dos leões (Dn 6).

P rin c ip a is p ro fec ias :

V _ _

As visões dos anos v in d o u ro s (Dn 7-8); A revelação das seten ta semanas (Dn 9); Im agens da h is tó ria do fim (Dn 1 1-12). J

E xtra ído do "C u ia d o L e ito r ita B íb lia ', CPAD.

Liç õ e s Bíblicas 5

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| mudou-se para o Egito. Ali a famí- | [ lia deJacó aum entou em núm ero,I to rnando-se um povo a ltam ente | abundante em te rra estrangeira .1 A p a r t i r de e n tã o , fo rm o u -s e I Israel, a fu tu ra nação pro je tada ! por Deus. Mas com o passar do I te m p o a fam ília ju d a ica perdeu I as benesses que des fru tava nos I anos do rei egípcio que respeita- I va a l iderança e a h is tó r ia de José

no Egito. Entretanto, através de uma in te rvenção d iv ina , e sob a l iderança de Moisés, os israelitas

| saíram do Egito e peregrinaram pelo deserto ate a te rra de Canaã po r qua ren ta anos. A p a r t ir da lib e rta çã o egípc ia , Israel v iveu

I sob a é g id e de um g o v e rn o I teocrá tico , isto é, governado d i ­

re tam ente po r Deus e através de homens cham ados po r Ele para

I esta função.2. O g o v e rn o te o c rá tic o .

Moisés m orreu e o seu subs titu toI fo i Josué. Sob o seu com ando, ls-

I rael co nq u is to u a te rra de Canaã j e in s t itu iu um g ove rn o em que a | au to r idade gove rnam en ta l v inha a de Deus — a teocracia . Esse perí- I odo perdu rou ap rox im adam en te I trezen tos anos, inc lu in d o o pe­

r íodo dos ju ize s . Foi um te m p o í d if íc i l po rque Israel a fas tou-se i da d ire çã o d iv in a e “cada um | faz ia o que parecia reto aos seusI o lh o s ” (Jz 21.25).

3. O g o ve rn o m o n árqu ico .■ O reino de Israel esteve sob a lide ­

rança de Saul, Davi e Salomão por ^ cento e v in te anos. O rei Salomão

m orreu em 931 a.C. m arcando assim a decadência política, moral

I e religiosa da monarquia. Roboão, o seu fi lho , assumiu o reino, mas

| acabou d iv id in d o -o em dois: o do Norte e o do Sul.

O reino do Norte constituía- -se de dez tribos. O do Sul, de ape­nas duas tr ibos, Judá e Benjamim. No ano de 722 a.C. o Im p é r io Assírio dom inou o reino do Norte e sub jugou o seu rei, os príncipes e to do o povo.

O reino do Sul teve m om en­tos de g ló r ia , mas ig u a lm e n te de calamidades. Constitu ído por a lg u ns reis p ie d o so s e o u tro s ímpios, acabou por ser invad ido pelo Im pério da Babilônia. Entre os anos 606 a.C. e 587 a.C.T Na- bucodonosor levou em cative iro os nobres de Jerusalém: príncipes, inte lectuais e homens de guerra, etc., d e ixa nd o em Judá apenas os pobres e os deficientes. Toda esta h istória p rop ic iou a in te rven­ção d iv ina na v ida de Israel para preservação do p ro je to o rig ina l de Deus.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )

Deus ch a m o u A b ra ã o e a partir dele deu início à h is tória do povo judeu .

R E S P O N D A

1. Com quem tem in íc io a h is tó ria do povo jud e u ?2. Q uantas tribos cons ititu íam os reinos do N orte e do Sul?

II - O S FA TO S Q U E P R O P IC IA R A M O E X ÍL IO

N A B A B IL Ô N IA

1. O c o n te x to p o lít ic o do re in o de J u d á . Em 606 a.C. Na-b u co d o n o so r invad iu Jerusalém e, a lém da n ob reza , to m o u da c idade to d o s os u te n s í l io s do T e m p lo : o u ro , p ra ta e ped ras preciosas. Jeoaquim , rei de Judá, não res is t iu e to rn o u -se t r i b u ­

6 L iç õ e s Bíblicas

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tá r io da Babilônia, perdendo o d o m ín io do seu re ino e tam bém a con fiança dos seus va lentes. Entre os c a t iv o s e x p a t r ia d o s para Babilônia estava o p ro fe ta Ezequie l (Ez 1.1-3). O e xé rc ito de N a b u c o d o n o s o r d e s tru iu o T e m p lo , saqueou Je rusa lém e a rra s o u p o l í t ic a , m o ra l e es­p ir i tu a lm e n te o re ino de Judá. Bab ilôn ia se im pôs com o im p é ­rio por mais de qua tro décadas. Israel fo i hum ilhado , passando de nação p róspera à t r ib u tá r ia da Babilônia!

2„ Is ra e l no e x ílio b a b i­ló n ic o . Quando uma liderança perde a in tim idade com Deus e, por consequência, a credibilidade entre os homens, como aconteceu com os ú lt im os reis de Israel e de ju d á , a tragéd ia esp ir itua l e moral é inevitável. O cative iro de 70 anos na Babilônia, p ro fe tiza ­do por Jeremias, foi cabalmente cum prido (2 Cr 36.21). Por outro lado, Deus nos ensina a conhecer os seus desígnios. Foi no exílio bab ilón ico que Israel aprendeu a conhecer a Deus e não aceitar ou­tro deus em seu lugar. O cativeiro propiciou a vo lta do povo de Deus à comunhão com o A ltíssimo.

A p a r t i r desse p a n o ra m a h is tó r ic o co m p re e n d e re m o s o liv ro do pro fe ta Daniel. Para isto, precisamos igualm ente conhecer os aspectos gerais e a importância do livro e da pessoa do chamado “pro fe ta do ca tive iro ”.

S IN O P S E D O T Ó P IC O <2)

O povo de Deus se rebelou contra o Senhor e como não se arrependeu, sofreu com o exílio na Babilônia.

REFLEXÃO

“O ca tive iro p rop ic iou a volta do povo de Deus à com unhão

com o A ltíss im o .” Elienai Cabral

R E S P O N D A

*3. Quanto tempo durou o cative iro de Is rae l?4. Daniel era contem porâneo de quais profe tas?

I I I - D A N IE L , O A U T O R E O L IV R O

1. O h o m e m D a n ie l. Hápouca informação histórica sobre a família de Daniel, senão a de que ele era da linhagem real de Israel (Dn 1.3). Levado para a Babilônia ainda m uito jovem , Daniel destaca­va-se como um judeu inteligente e bem instruído. Ele possuía firmes convicções no Deus de Israel e era con te m po râ n eo de dois im p o r­tantes profetas da nação israelita: Jeremias e Ezequiel. Certamente esses p ro fe ta s d e ix a ra m seus exem plos com o legados para a v ida do jovem Daniel. Em 597 a.C., Ezequiel havia sido levado para a Babilônia (Ez 43.6,7). Ali esse experiente profeta chega a citá-lo em seu livro, descrevendo Daniel como um homem de sabedoria e de jus tiça (Ez 14.14).

2. A im p o rtâ n c ia do liv ro .O l iv ro de D an ie l possu i do is conteúdos: o h istórico e o p ro fé ­tico. No plano geral da revelação d iv ina , o l iv ro de Daniel ocupa um lugar de suma im portânc ia . Do capítu lo 1 ao 6 o conteúdo é h istórico, e do 7 ao 12, profético.

L ições Bíblicas 7

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O c o n te ú d o h is tó r ic o do l iv ro contém experiências que revelam a soberania e o cuidado de Deus para com aqueles que lhe são fiéis. Já o conteúdo pro fé tico traz predições escatológicas, em sua maioria, ainda não cumpridas. Por este ú lt im o conteúdo cremos na “contem porane idade” de Daniel.

3. A a u to r ia e as c a ra c te ­r ís t ic a s do ! iv r© a In d iscu tive l­mente, fo i o p rópr io Daniel quem escreveu o livro entre os anos 606 e 536 a.C. Ele in ic iou sua obra escrevendo na Babilônia e, poste­riorm ente, encerrou-a no palácio de Susã (Dn 8.2). O liv ro contém doze capítulos, m ajo rita riam ente escrito em hebraico, excetuando a seção 2.4 até 7.28, que fo i escrita em dia leto aramaico.

Além de h istórico, o liv ro de Daniel contém revelações p ro fé t i­cas cumpridas e outras que ainda vão se c u m p r ir no fu tu ro . São revelações concernentes ao povo de Israel e aos gentios. Deus reve-

Ilou a Daniel o fu tu ro das nações através da linguagem alegórica. P ortan to , pode-se c la ss if ica r o l iv ro de D an ie l c o m o g ê n e ro

apocalíp tico porque desvenda o fu tu ro do m undo trazendo espe­rança para o povo de Deus, pois ali, Israel é o ponto convergente dos fatos fu tu ros .

S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 3 )

Umas das razões da im por­tância do livro de Daniel está no fato de que, em sua maioria, as predições escatológicas ainda não se cum priram .

R E S P O N D A

5. Quais são os dois conteúdos d is tin tos do liv ro de D an ie l?

C O N C L U S Ã O O liv ro de Daniel nos m ostra

o co m p ro m isso de um hom em que se d ispõe a se rv ir a Deus, mantendo a sua integridade moral e espiritual sem fazer concessões ao sistema id ó la tra e o p resso r da Babilônia. Aprendem os igua l­mente que a h is tória humana não é casual, mas d ir ig ida peio Deus soberano, que faz todas as coisas contribuírem para o bem daqueles que amam ao Senhor.

REFLEXÃO

“Indiscutivelm ente, fo i o p ró p rio Daniel quem escreveu o liv ro entre os anos 606 e 536

a.C. Ele in ic iou sua obra escrevendo na Babilônia e, posterio rm ente, encerrou-a

no pa lácio de Susã (Dn 8.2).’’Elienai Cabral

8 L iç õ e s B íb l ic a s

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A U X ÍL IO BIBLIOGRÁFICO S

V O C A B U L Á R IOA curácia : Precisão de um a d e te rm in a d o processo de in ­form ação.

B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A

ZUCK, Roy (Ed). Teo log ia do Antigo Testam ento. 1 .ed. Rio de jane iro : CPAD, 2009. LAHAYE, T im . E n c ic lo p é d ia Popular de Profecia Bíblica. 5 ed. Rio de Janeiro: CPADr 201 3.

SAEBA M A ISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p .38.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS1. A história do povo judeu começa

com Abraão e Sara (Cn 12.1-3).2. O reino do Norte constituía-se de dez tribos. O do Sul, de apenas duas

tribos, Judá e Benjamim.3. Setenta anos.

4. De Jeremias e Ezequiel. 5. O livro de Daniel possuí dois conteúdos: o histórico e o profético.

S u b s íd io H e rm e n ê u tic o

“ Uma co rre ta in te rp re taçã o de Daniel esclarece a revelação de que Deus tem um fu tu ro para Israel. Um ra c io c ín io c r í t ic o ace rca da m ensagem p ro fé tica de Daniel cria uma concepção f ic t íc ia da im p o r ­tâ n c ia do l iv ro . Tam anho e rro na in te rp re ta çã o exc lu í o s ig n if ica d o das p ro fec ias e to rn a o l iv ro de Daniel em um conto de fadas.

O liv ro de Daniel é a chave de to d a s as p ro fec ias b íb licas . Sem ele, rem otas revelações escato ló- g icas e seu escopo p ro fé t ico são inexp licáveis . As grandes profecias do Senhor, no d iscurso do m onte das Oliveiras (Mt 24,25; Mc 13; Lc 21), bem com o 2 Tessalonicenses2 e o l iv ro de Apoca lipse (ambos m encionam o A n tic r is to de Daniel 11), só podem ser com preend idas com a ajuda das profecias de Daniel” (LAHAYE, Tim. Encic lopédia Popu­la r de P ro fec ia B íblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p .175).

L iç õ e s Bíblicas 9

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AU XÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Herm enêutico

“Um a c o rre ta in te rp re ta ç ã o do liv ro de D an ie lA fim de in terpre tar corretam ente Daniel, duas premissas são

relevantes: ( 1 ) 0 livro é genuíno e fo i escrito pelo profeta Daniel no século Vt a.C. Muitos críticos a firm am que o livro de Daniel faz parte daquilo que conhecemos como lite ra tura apocalíptica, que veio a surg ir já no período helenístico. Eles sustentam que fraudes de autoria e data são comuns neste gênero literário. Tais suposições racionalistas são, contudo, inaceitáveis. A interpretação de qualquer livro considerado apocalíptico não exige uma hermenêutica especi­fica ou sistemas in terpretativos especiais. Mudar sua hermenêutica é separar a profecia bíblica de seu cum prim ento h istórico. É uma ten ta tiva liberal de se considerar a profecia como m ito ou fantasia.

(2) Uma interpretação precisa depende do fato de a profecia não ser apenas possível, mas também do fundam ento dos verdadeiros e genuínos escritos bíblicos apocalípticos. As profecias levaram muitos supostos estudiosos a rejeitarem a genuinidade das visões de Daniel. Muitos críticos rejeitaram de fo rm a cabal o que é claramente uma profecia predita. A única fo rm a de explicarem a meticu losidade e a acurácia das profecias de Daniel é relegando-as a uma época poste­rio r e a um ou tro a u to r” (LAHAYE, Tim. Encic lopédia P o p u lar de P rofec ia B íblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 3, p . l 75).

10 L iç õ e s B íb l ic a s

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_ Lição 212 de Outubro de 20

A Fi r m e z a d o C a r á t e r

M o r a l e Es p ir it u a l de D a n ie l

TEXTO ÁUREO

VERDADE PRÁTICAA integridade de caráter implica uma disposição in te r io r para se manter fiel aos princípios da vida cristã.

H IN O S SU G ERID O S 107, 162, 186

“E Daniel assentou no seu coração não se contam inar com a porção do m an ja r do rei, [...] portanto, pediu ao chefe dos

eunucos que lhe concedesse não se contam inar’' (Dn 1.8).

L E IT U R A D IA R IA

S egunda - Dn 1.8 A fidelidade de Daniel

T e rça - Lv 1 1.43 -45A alimentação de Daniel

Q u a r ta - SI 6 5 .5 ; 1 1 8 .8 ,9 ; Is 2 6 .4Daniel e a confiança em Deus

Q u in ta - Dn 6 .1 0A firmeza de Daniel

Sexta - Dn 2 .3 0 A humildade de Daniel

Sábado - Ez 1 4 .1 4 ,2 0Daniel entre os piedosos

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L ições Bíblicas 11

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L E IT U R A B ÍB L IC A E M C LASSE Daniel! 1 .1-8 ,1 7 ,2 0

1 - No ano terceiro do reinado de Jeoa- quim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou.2 - E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.3 - E disse o re i a Aspenaz, chefe dos eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres.4 - jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no co­nhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus.5 - E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do m anjar do rei e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles pudessem estar diante do rei.6 - E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias.7 - E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôso de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego.8 - E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do m anjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.1 7 - Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos.2 0 - E em toda matéria de sabedoria e de inteligênciar sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou as­trólogos que havia em todo o seu reino.

_____ ___ IN TE RAÇÃOEsta lição m o s tra rá o c a rá te r ilibado de Daniel e seus am igos. Mesmo vivendo em uma sociedade pagã eles não se deixaram contaminar. A fé de Daniel fez com que ele se tornasse um exemplo de fidelidade pa ra os crentes de todas as épocas. O profe ta com ­preendia visões e sonhos. Ele e os seus amigos estudaram com afinco a língua dos caldeus, bem como a sua lite ra tu ra . Os jovens se a p li­caram e Deus lhes recompensou. Treinados pela academia real, Daniel e seus companhei­ros recusaram-se a com er alim entos reais. Eles não eram vegetarianos, mas como judeus a ler proibia que comessem animais "imundos" (Lv 11; D t 14). Nas sociedades pagãs, as carnes em gera l tam bém eram dedicadas a algum a divindade. A decisão de não com er o alim ento rea l era uma fo rm a de d izer não à ido la tria e ao paganismo babilónico.

OBJETIVOS

Após a aula, o a luno deverá estar apto a:

Fazer uma retrospectiva da situação moral e política de Israel.

E x p l ic a r a força do caráter de Daniel.

A n a l is a r as atitudes de Daniel e seus am igos na corte babilónica.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, para introduzir o segundo

tópico da lição faça a seguinte pergunta: “Daniel e seus amigos eram vegetarianos?”

“O que fez eles escolherem uma alimen­tação diferente, natural?” Ouça os alunos e peça que leiam Daniel 1.12. Em seguida

explique que a decisão de Daniel de comer apenas legumes, verduras e água, estava

no fato de que a lei mosaica proibia os judeus de comerem carne de animais

“imundos” (Lv 11). A fé e a obediência aos princípios divinos não permitiria que ele comesse tais alimentos. Diga que outro

fato importante que precisamos observar era a ocorrência da idolatria nas culturas pagãs, pois a maior parte dos alimentos,

em especial a carne e o vinho, eram dedi­cados a alguma divindade.

12 L ic õ e s B íb l ic a s

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IN TR O D U Ç Ã OA lição de hoje retrata a his­

tó r ia de q u a tro jo v e n s ju d e u s levados cativos para a Babilônia. Dos quatro rapazes —Daniel, Hananias, Misael e Azarias — a pessoa de Daniel é quem tem m aior ênfase nessa nar­rativa. A sua fidelidade a Deus e integridade m o­ral são d em on s trad a s em meio a uma cultura pagã. Fruto da formação moral e espiritual recebida de seus pais, as a titudes de Daniel f ize ­ram-no desafiar a ordem do rei da Babilônia, a m aior autoridade do m undo de outrora.

Estamos no século 21, um tem po marcado pelo paganismo. Ao lermos a história de Daniel e a de seus amigos, somos desafiados a ter firmeza de caráter. Adotando uma postura moral que jamais ne­gue a fé e a ética cristãs no mundo. A integridade moral de Daniel tem muito a nos ensinar.

I - UM A RESTROSPECTIVA HISTÓ RICA

1. A situação m oral e po­lítica de Judá. Após a deposição do seu irmão Jeoacaz, Jeoaquim (Dn 1.1) ascendeu ao trono de Judá por intermédio de Neco, o faraó do Egito (2 Rs 23.34). Perversidades e rebeliões contra Deus fizeram parte do antecedente histórico do rei de Judá. No ano 606 a.C., Na- bucodonosor invadiu e dominou a cidade de Jerusalém levando para a Babilônia os tesouros do Templo. Mas as pretensões de Nabucodo-

PALAVRA-CHAVE

Determ inação:Na lição é a fo rte

inclinação de Daniel e seus am igos em não se con tam ina r com as iguarias do rei.

nosor não eram somente de cunho material, e sim igualmente cultural, pois ele levou os nobres da casa real versados no conhecimento, dentre os quais estavam Daniel, Hananias, Misael e Azarias.

2 . A s itu a ç ã o e s p ir i tu a l d e J u d á . D e p o is da grande re fo rm a p o lí t i ­ca e re lig iosa em Judá, p rom ovida pelo rei Jo- sias, os f i lhos deste se desviaram do Deus de Israel. Os sacerdotes, a casa real e todo o povo perverte ram -se e s p ir i ­tua lm ente . O rei Zede-

quias, por exem plo , “endureceu a sua cerviz e tan to se obstinou no seu coração, que se não con­verteu ao Senhor, Deus de Israel” (2 Cr 36.13). Judá pe rm it iu que a casa de Deus fosse profanada pelas abominações gentílicas. O reino do Sul conseguiu entristecero coração do Senhor!

3. O im p é rio bab ilón ico ar­rasa o re ino de Judá. A sequên­cia do texto do primeiro versículo diz: “veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a s it iou” (v. 1). Houve três incursões do rei da Babilônia contra Judá. Na pri­meira, o império babilónico levou os tesouros da casa do Senhor. Isto ocorreu no terceiro ano do reinado de Jeoaquim (ano 606 a.C.). Na segunda incursão, no oitavo ano do reinado de Jeoaquim, Nabuco­donoso r deportou os nobres da casa real (ano 597 a.C.). A última incursão deu-se no ano 586 a.C., quando o tem plo de Jerusalém foi saqueado, destruído e queimado, bem com o os m uros da cidade santa, derrubados (2 Rs 2 5.8-21). Nabucodonosor levou os utensílios

í

I .içõES B íb licas 13

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I da Casa de Deus para o santuário ' da divindade babilónica, Marduque,

chamado também de Bei, a quem o rei babilónico atribuía todas as conquistas imperiais.

| S INO PSE D O T Ó P IC O ( 1 )

Judá se encontrava espiritual e politicamente em uma situação des­favorável, o que facilitou a invasão e

| o domínio de Nabucodonosor.

R E S P O N D A

1. Quem subiu ao trono de Judá depois da deposição de Jeoacaz?2. Faça um breve com entário da situação esp iritua l em que se en­contrava Judá.3. Q uantas incursões Nabucodo­nosor fez a Jerusalém ?

II - A F O R Ç A D O C A R Á T E R

1. A t e n t a t i v a de acuütu- r a m e n to d o s jo v e n s h e b re u s (1 3 ,4 )» Os teóricos da psicologia definem caráter como “a parte en­rijecida da personalidade de uma pessoa” . Os jovens hebreus tinham um cará te r il ibado , m ed ian te a educação e o testemunho observa­do em seus pais. Para obter apoio daqueles jovens e usar a inteligência deles ao seu favor, Nabucodonosor sabia que, obrigatoriamente, teria de moldá-los, aculturando-os nas ciências dos caldeus. Porém, muito cedo os babilônios perceberam que a formação cultural e, sobretudo, re­ligiosa dos jovens hebreus, era forte. Não seria fácil fazê-los esquecer de suas convicções de fé. Por isso, Nabucodonosor os submeteu a um processo de aculturam ento. Para esta finalidade, o imperador caldeu

Lelaborou um programa cultural que fosse eficaz na extinção da cultura

judaica: Os jovens hebreus partici­pariam da mesa do rei (1.5).

2= O c a r á te r c o lo c a d o à p ro v a (1 .5 -8 ). Daniel e os seus amigos foram colocados à prova em uma cultura diferente de uma terra igualmente estranha. A for­mação desses jovens chocava-se com a cultura babilónica. Em outras palavras, eles eram firmes em seu caráter! Em especial, no caso de Daniel, o seu caráter íntegro tinha a ver com a sua personalidade. Ele assentara em seu coração não se contam inar com as iguarias do rei que, como se sabe, eram oferecidas aos deuses de Babilônia. Daniel e os seus companheiros, apesar de serem bem jovens, demonstraram m aturidade sufic iente para reco­nhecer que o exílio babilónico era f ru to do pecado co m e tid o pelo povo de Judá e seus governantes.

O m u n d o ho je o ferece um banquete vistoso para contaminar os discípulos de Cristo. Entretanto, devemos nos ater ao exemplo de Daniel e dos seus amigos. Apren­damos com eles, pois as suas vidas não consistiam em meras tradições religiosas, mas em uma profunda comunhão com Deus. Eles eram fiéis ao Deus de Israel e guardavam a sua Palavra no coração para não pecar contra Ele (SI 1 1 9.11).

S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 2 )

Daniel e seus amigos tinham um cará ter im acu lado e não se deixaram seduzir petas ofertas ma­lignas de Nabucodonosor.

R E S P O N D A

4. Como os teóricos da psico log ia definem ca rá te r?

14 L içõ es Bíblicas

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I I I - A A T IT U D E D E D A N IE L ! E D E SEUS A M IG O S

1. Um a firm e resolução: não se contam inar (Dn 1.8). Quando Aspenaz, chefe dos eunucos, rece­beu ordens de Nabucodonosor para preparar os jovens hebreus, ele os reuniu e deu-lhes ordens quanto à dieta diária (1.5). Em seguida, tro ­cou-lhes os nomes hebreus por ou­tros babilónicos: Daniel foi chamado “Beltessazar”; Hananias, “Sadraque”; Misael, “Mesaque” e Azarias, “Abede- | Nego”. Porém, cuidadosa e inteligen­temente, Daniel propôs outra dieta a Aspenaz e o convenceu. Como as iguarias do rei da Babilônia eram oferecidas aos deuses, Daniel e seus amigos não quiseram se contaminar. Essa corajosa atitude representava muito e tinha um profundo signi­ficado na fé de Daniel e dos seus amigos. Eles sabiam que seriam protegidos do mal!

2. DanieB, um m odelo de excelência. Mesmo sendo levado m uito jovem para o exílio bab iló ­nico, Daniel conhecia verdadeira­mente o Deus do seu povo. Daniel tinha convicção de que a limento algum, por m elhor que fosse, teria mais va lo r que o relacionamento entre ele e Deus. A exem plo de outros jovens descritos na Bíblia— Samuel (1 Sm 3.1-1 1), José (Cn39.2), Davi (1 Sm 1 6.1 2) eT im óteo (2 Tm 3.1 5 )— , Daniel é um modelo de excelência para a juventude que busca uma vida de retidão e com ­promisso com o Evangelho e a sua ética. A devoção de Daniel é ins- piradora para todos que desejam conciliar a vida cultural, em uma sociedade sem Deus, com uma v ida de oração e de com prom isso com o Evangelho (Dn 6.10).

.y ffj s r ----- .3. D an ie l: m o d e lo de in te -

g r id a d e x s o c ie d a d e c o r ru p ­ta . A im p o n ê n c ia dos te m p lo s bab ilón icos , o poder p o lí t ico do Estado e a classe sacerdo ta l dos ca ldeus escond iam o processo de co rru p ç ã o s is te m á tic a que, mais ta rde, cu lm in a r ia na queda daque le im pério . Em meio a toda aquela cu ltu ra pagã, o jo v e m Da­n iel manteve-se ín tegro , crente , h on ra n d o a Deus nas a tiv idades po lít icas e respe itando as a u to ­ridades superio res . Ele cu m p riu os d e ve re s e s p e ra d o s de um bom c idadão b a b i ló n ico . Toda­via, quando Daniel fo i desa fiado p e lo s m in is t ro s do im p é r io a abandona r a fé, o p ro fe ta não se d o b ro u , antes, co n t in u o u perse­ve ran te na fé um a vez dada aos santos. Mesmo que is to custasse a sua in teg r idade fís ica. Daniel m anteve-se fief!

S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )

Daniel estava no exílio, mas seu relacionamento com Deus não foi afetado. Ele manteve-se fiel ao Senhor e às suas leis.

R E S P O N D A

5. Qua! fo i a atitude de Daniel e seus amigos diante das iguarias do rei?

C O N C L U S Ã O

Como preservar um caráter puro em m eio a uma sociedade ■ corrom pida? Esta pergun ta pode | ser re s p o n d id a à lu z da v id a I de Daniel e seus a m ig os . Elas ' es tim u lam -nos a ve r a v ida com !,fo o lh a r de Deus, o nosso Pai. pj Fomos chamados po r Deus a ser jj sal da terra e luz deste m undo. I Para isso, precisamos guardar o ^ |

Liç õ e s Bíblicas 15

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ggg&iSsnosso coração e v ive r uma v ida de co m u n h ã o com Deus. Tes­te m u n h a n d o o Evangelho para todos quantos necessitam desta verdade libertadora .

Em meio a uma geração per­versa, não dobrem o-nos às f i lo ­sofias anticristãs. Sejamos como Daniel e seus três amigos: firmes no caráter.

A U X ÍL IO BIBLIOGRÁFICO ISubsídio B ib lio ió g ico

“Q u e t iv e s s e m h a b ilid a d e p a ra v iv e r no palác io do re i

Quando Deus perm itiu a Nabu- codonosor a v itó r ia sobre Jeoaquim em 605 a.C., o monarca bab ilón ico levou a lguns vasos do te m p lo e tam bém alguns escolhidos dentre os príncipes e nobres. Depois da destru ição de Nínive, sete anos an­tes, o im pério bab ilón ico começou a crescer tão rap idamente que não d ispunha de núm eros sufic ien tes de babilôn ios cultos para a cúpula governamental. Por isso, Nabucodo- nosor levou para a Babilônia jovens saudáveis de boa aparência e de alto nível cu ltura l a fim de ensinar-lhes a cu ltu ra e a língua dos caldeus e, assim , to rná - los úteis no serv iço real. Entre eles estavam Daniel e seus três am igos" (B íb lia de E stu ­do P en tecosta l. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p . l 244).

B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A

ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testam ento. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Po­pular de Profecia Bíblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 3.

S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p .37.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS1. O rei Jeoaquim.

2. Depois da grande reforma polí­tica e religiosa em Judá, promovida pelo rei Josias, os filhos deste se desviaram do Deus de Israel. Os sa­cerdotes, a casa real e todo o povo

perverteram-se espiritualmente.3. Houve três incursões do rei da

Babilônia contra Judá.4. Os teóricos da psicologia definem caráter como “a parte enrijecida da

personalidade de uma pessoa”.5. Daniel e seus amigos não quise­

ram se contaminar.

16 L iç õ e s B íb l ic a s

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A U X ÍL IO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio B ib lio lóg ico

“Jovens de C a rá te r (1 .6 -1 6 )Os quatro heróis de Daniel se sobressaíram entre todos os

vencedores do rigoroso exame. Esses pertenciam aos filhos de Judá e tinham a reputação de serem da linhagem de Davi. Eles eram Da­niel, Hananias, Misael e Azarias. Esses quatro jovens de Judá, por in term édio dos seus nomes, testemunhavam do único e verdadeiro Deus. Quaisquer que tivessem sido as lim itações do seu ambiente religioso em Judá, seus pais lhe deram nomes que serviam de teste­munho ao Deus que serviam: Daniel significava: ‘Deus é meu ju iz ’ ; Hananias significava: ‘O Senhortem sido gracioso ou bondoso’; Misael significava: ‘Ele é alguém que vem de Deus’ e Azarias declarava: ‘O Senhor é meu A judador’. A continuação da h istória claramente indica que, embora outros pais em Judá pudessem te r fa lhado em relação à educação dos seus filhos, os pais desses meninos tinham dado a eles uma base sólida em relação às convicções e responsabilidades dignas dos seus nomes. Seu tre inam ento piedoso havia cu lt ivado profundas raízes de caráter” (C om entário B íblico Beacon. Vol 4.1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p .503).

L ições Bíblicas 17

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O D eus q u e In t e r v é m

n a H i s t ó r ia

“Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciên­

cia aos inteligentes” (Dn 2 .20 ,21).

L E IT U R A D IÁ R IA

Segunda - Dn 1.8; Gn 3 9 .7 -9A v ida de Daniel lem bra a de José

T erça - Jó 4 .1 2 14; Dn 1 0 .7 -9A sabedoria de Daniel lembra a de Jó

Q u a rta - A t 1 .7 ; 1 Ts 5.1Os tem pos e as estações pertencem a Deus

Q u in ta - Gl 4 .4A plen itude dos tempos

Sexta - 1 Ts 5 .2 0Não desprezeis as profecias

Sábado - Nm 12 .6Deus fala de muitas maneiras

18 L ições Bíblicas

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L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSED a n i e l 2 . 1 2 - 2 3

1 2 - Então, o re i m uito se irou e enfureceu; e ordenou que m atas­sem a todos os sábios de Babilônia.13 - E saiu o decreto segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e buscaram Daniel e os seus compa­nheiros, pa ra que fossem mortos. 1 4 - Então, Daniel fa lou avisada e prudentem ente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído pa ra m a ta r os sábios de Babilônia. 1 5 - Respondeu e disse a Arioque, encarregado do re i: Por que se apressa tanto o mandado da parte do rei? Então, Arioque explicou o caso a Daniel.16 - E Daniel entrou e pediu ao re i que lhe desse tempo, para que pudesse d a r a interpretação.1 7 - Então, D an ie l fo i p a ra a sua casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,1 8 - para que pedissem m iseri­có rd ia ao Deus dos céus sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus com panheiros não pere­cessem com o resto dos sábios da Babilônia.19 - Então, fo i revelado o segredo a Daniel num a visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu.2 0 - Falou Danie l e disse: Seja bendito o nome de Deus para todoo sempre, porque dele é a sabedo­ria e a força;21 - e/e m uda os tempos e as ho­ras; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes.2 2 - Ele revela o profundo e o es­condido e conhece o que está em trevas; e com ele m ora a luz.23 - Ó Deus de meus pais, eu te louvo e celebro porque me deste sabedoria e força; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este as­sunto do rei.

INTERAÇÃO

Prezado professor, estudarem os na lição de hoje o segundo capítu lo do liv ro de Daniel. Este capítu lo revela o sonho de Nabucodonosor e o seu desafio aos sábios do seu palácio . Tudo ind ica que o re i já sabia das habilidades dos seus magos, p o r isso, os desafia a contarem o sonho e sua in te rpre tação . O que o re i desejava era h um anam en te im possíve l. Por isso, D an ie l ora e pede a a juda do Senhor. Temos um Deus que revela os seus m istérios aos seus pro fe tas. Daniel, com a a juda do Senhor, reve­lou ao re i detalhes do sonho que ele vagamente lem brava. A imagem vista p o r N a b u co d o n o so r re p re se n ta va sucessivos reinos fu tu ros , a té que o re i dos Reis venha e estabeleça o seu re ino eterno.

OBJETIVOS

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

C onhecer o sonho perturbador de Nabucodonosor.

A n a lis a r a atitude sábia de Daniel perante o rei.

C o m p re e n d e r a interpretação do sonho de Nabucodonosor.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, reproduza o quadro da página

seguinte. Utilize-o para explicar aos alunoso sonho de Nabucodonosor e a sua inter­pretação. Explane que a estátua do sonho

refere-se a quatro reinos mundiais que viriam: o Império Babilónico, Medo-Persa, Grego e Romano. A “pedra” representavao reino eterno de Cristo. Jesus é a Rocha

Eterna que desfará o império do Anticristo."v---------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- ------------------- 7

L ições Bíblicas 19

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:

IN T R O D U Ç Ã O

O segundo capítu lo do livro de Daniel revela o p lano d iv ino para o povo ju d e u e o gentílico. Deus revelou o seu pro je to sobe­rano para os governos m undia is e mais uma vez con firm ou o reino m e ss iâ n ico . Ao e s tu ­d a rm o s este ca p ítu lo , veremos o reino da Ba­b ilô n ia a tuando com oo “d ono do m u n d o ” e Nabucodonosor, com oo seu executor. Porém, ________por vo lta de 604 a.C., no período do apogeu da Babilônia, o rei teve um sonho pertu rbador queo deixou insone. Por p rov idência d iv ina, Nabucodonosor esqueceuo sonho e, através do Espírito San­to, Daniel o desvendou. Na terceira seção do capítu lo dois (vv.17-22) veremos Deus in te rv indo na vida do p ro fe ta e na dos seus amigos.O desenvo lv im ento deste capítu lo mostrará com o Deus traba lha nas circunstâncias mais adversas. O nosso Pai atua na h istória humana para cum prir os seus desígnios!

PALAVRAS-CHAVE

In te rv ir:In te rp o r au to ridade ,

u sa r de pode r de contro le (sobre).

I - O S O N H O P E R T U R B A ­D O R D E N A B U C O D O N O S O R

(D n 2 .1 -1 5 )

1. O te m p o do sonho (v„1).O p rim e iro vers ícu lo dem ons tra um aparente con flito de datas. A expressão "segundo ano do reina­do de N abucodonosor” contrasta com os três anos de tre inam ento

de D a n ie l e de seus companheiros descritos no p rim e iro capítulo.

Segundo e s tu d io ­sos do A n t ig o T es ta ­m ento, tan to os jud e us q u a n to os b a b i lô n io s c o n ta v a m as fra çõ e s

de um ano com o ano in te iro . Por isso, a v igênc ia do te rce iro ano para a cu ltu ra do re ino de Judá era o segundo ano do re inado de N abucodonosor.

2. A h a b ilid a d e dos sáb ios é d esa fiad a no pa lác io (2 .2 ). Ao esquecer-se do sonho, Nabucodo­nosor desafiou as habilidades dos sábios pa lac ianos em reve la r e in te rp re ta r o que ele havia sonha­do. O sonho pertu rbou o rei, pois Nabucodonosor suspeitava que a s im bo log ia do que sonhara t inha

O CUMPRIMENTO DA INTERPRETAÇÃO DE DANIEL

A g ra n d e e s tá tu a do so n h o de N a b u c o d o n o s o r (2 .2 4 -4 5 ) representava os q u a tro reinos que dom in a riam com o potências m und ia is . Reconhecem o-los com o Im pério Babilónico, Im pé rio Medo-Persa, Im pé rio Grego e Im pé rio Rom ano. Todos estes berâo sub juyad os e chegarão ao fim pelo Reino de Deus, que '|jíí ,con tin u a ra para sem pre.

P A R TE M A T E R IA L IM PÉRIO P E R ÍO D O D E D O M IN A Ç Ã OCabeça Ouro Babilónico 6 0 6 — 539 a.C.

Braços e Peito

Prata Medo-Pe rsa 539 — 331 a.C.

Ventre e coxas

Bronze Grego 331 — 146 a.C.

. Pernas . e Pés

Ferro e Barro

Romano 146 a.C.— 4 76 d .C .

E xtraído d e B iblia d e E stu d o A plica çã o Pessoal. CPAD p. 1092.

2 0 L içõ es Bíblicas

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relação com o reino e com o fu turo do império. Naqueles tempos, os reis tinham a pretensão de ser pri­vilegiados com sonhos divinamen­te inspirados (1 Rs 3.5-15; Gn 20.3). Q uando sonhavam , requeriam então o trabalho dos sacerdotes adivinhos. Estes serviam à corte e interpretavam os sonhos de seus senhores. Os sacerdotes adivinhos eram também chamados de ma­gos, astrólogos, encantadores ou apenas “caldeus” (Dn 1.4).

3. O fra c a s s o da s a b e ­d o ria pagã (2 .3 -13 ). Conform e descrito no capítu lo dois, perce­bemos que N abucodonosor sus­peitava da lisura e honestidade dos seus magos conse lhe iros . Será que estes magos se a p ro ­v e ita v a m das t ra g é d ia s para enganar e ameaçar as pessoas com palavras vãs? Esta dúv ida d e v e r ia ser passada a l im p o . Então o im perador desafiou-os a não somente advinhar o sonho, mas interpretá-lo. O rei decretou ainda a pena capital para todos os sábios do palácio caso não desvendassem o sonho. Diante do desafio, os magos revelaram- -se incapazes de dec ifra r o so­nho do rei Nabucodonosor, bem como saberem o seu conteúdo. O prob lem a era que, po r serem nobres, Daniel e os seus am igos poderiam ser igualm ente a t in g i­dos por esse decreto.

SIN O P S E D O T Ó P IC O (1)

O rei desafiou a habilidade de seus sabios, não revelando o conteúdo do seu sonho. Os sá­bios tentaram, mas não consegui­ram revelar o sonho do monarca e seu significado.

R E S P O N D A 1

/. O que revela o segundo capítulo I do liv ro de D anie l?2. Como tam bém eram chamados I os sacerdotes adivinhos?

II - A A T IT U D E SÁ B IAD E D A N IE L (2 .1 6 -3 0 )

1. A c a u te la d e D a n ie l I (vv.16-18). Daniel entrou na pre- 1 sença do rei e pediu-lhe um tempo | para desvendar o sonho. O objeti- I vo era receber a resposta de Deus acerca do conteúdo do sonho de Nabucodonosor. 0 profeta Daniel í não agiu isoladamente. Antes, pro- I curou os seus amigos Hananias, A Misael e Azarias para jun tos ora- j! rem a Deus pedindo-lhe orientação | espiritual sobre o assunto, a fim de que eles não perecessem com os sábios da Babilônia.

A ousadia da fé do profeta, j d e m o n s tra d a neste e p is ó d io , & ilustra-nos quão essencial é para o crente v ive r uma vida de con­fiança e inteira dependência de Deus. Há coisas na vida do crente que demandam oração perseve­rante. Para obtermos resposta do Senhor, a oração ainda é o canal mais eficaz (Mt 6.6).

2. Deus a in d a reve la m is­té r io s ( v v .1 9 -2 7 ). D epois de Daniel e os seus com panheiros terem buscado a Deus em ora ­ção, o Senhor revelou o que o rei havia sonhado e também o que o sonho significava. Daniel exaltou e alegrou-se em Deus porque o A ltíss im o in te rve io na h is tó r ia humana. Quem pode liv ra r como o Senhor? Quem pode im ped ir a sua ação? Sábio algum do mundo! N inguém poderia pe rsc ru ta r o pensamento e a consciência de

L ições Bíblicas 21

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| um hom em poderoso com o o reiI da Babilônia. Mas o Senhor dos

Exérc itos não só pod ia co m o oI fez. Ele é o C riador; o hom em ,I c r ia tu ra l O m u n d o es tá sob aI p ro v id ê n c ia de Deus, po is EleI tem poder de m udar os tem posI e as estações do ano, de rem overI e estabelecer reis. Ele conduz a

h is tó r ia hum ana (v.21; A t 1.7)!3. O c a rá te r p ro fé tic o do

I s o n h o d e N a b u c o d o n o s o rI ( v v .2 8 ,2 9 ) . O que fo i reve ladoI ao p ro fe ta Danie l? Em síntese,

Deus m ostrou que o sonho do reiI d iz ia respe ito a Bab ilôn ia , bem

I com o aos acontecim entos fu tu rosI envo lvendo ou tros reinos. A ex-

I pressão “ f im dos dias” merece serI destacada. Segundo a escato log iaI juda ica , essa é uma expressão doI A n tigo Testam ento que s ign ifica

o espaço de tem po, desde o início do cu m p rim e n to da p ro fec ia no

| im pério bab ilón ico até o estabe­lec im en to do re inado de C ris to na te rra . O u tro pon to d ig n o de nota é que Daniel não expressa nenhum interesse de te r os créd i­tos da revelação. Para o profeta, a revelação do m istério é m érito som ente de Deus. A g ló r ia per­tence ao Todo-Poderoso que, pela sua imensurável graça, desvenda os m istérios te rrenos e espirituais aos pequeninos deste m undo.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )

Daniel fo i sábio e hum ilde ao ped ir a a juda do Todo-Poderoso, pois som ente Ele tem poder para revelar o fu tu ro .

R E S P O N D A

3. Q ual e ra o ob je tivo de D an ie l ao& p e d ir um tem po ao rei?

4. O que a ousadia da fé de Danrei dem onstra no episódio do sonho do rei?

I l l - D A N IE L C O N T A O S O N H O E IN T E R P R E T A -O

( 2 .3 1 -4 5 )

1= A c o rre ta descrição do sonho (vv . 31-35). O sonho do imperador babilónico era profético. Nabucodonosor v iu uma estátua (v.32) constituída por uma cabeça de ouro; peito e braços de prata; ventre e coxas de cobre; pernas de ferro (v.33); e pés de ferro e de barro (v.33). O versículo 34 relata “ uma pedra que fo i cortada, sem mãos” a qual feriu os pés da está­tua, destru indo-a completam ente.

Os qua tro im périos pagãos, m encionados s im bo licam ente na profecia já ex is tiram , com provan ­do a veracidade da visão profética. Todavia, a visão da “ pedra que fo i cortada, sem mãos” a inda não se cu m p riu , pois tra ta-se do re ino universal de jesus Cristo que ainda não fo i l i tera lm ente estabelecido.

2. A in te rp re ta ç ã o dos e le ­m e n to s m a te r ia is d a g ra n d e e s tá tu a (2 .3 4 -4 5 ) .

a ) “A c a b e ç a de o u r o ” (v v .3 2 ,3 6 -3 8 ). E x e m p l i f ic a v a o re in o da B a b ilôn ia . N a b u c o d o ­nosor a governou po r 41 anos e a t ra n s fo rm o u no im p é r io mais poderoso da época.

b) “O p e ito e os b ra ço s de p ra ta ” (vv.32,39). Trata-se do im ­pério Medo-Persa. Os dois braços ligados pelo peito representam a união dos Medos e dos Persas.

c) “ V e n t r e e os q u a d r is ’’ (vv.32,39). Retrata o im pério Gre­go. Foi A lexandre Magno que d o ­m inou o m undo in te iro co ns titu in ­do assim um dos im périos mais

2 2 L içõ e s Bíblicas

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extensos na h istória da hum an i­dade até a sua m orte prematura.

d) “Pernas de fe r ro ” (v.33,40- 43). Refere-se ao ú lt im o im pério da h istória, o romano. Os pés de fe rro e b a rro ind icam a f r a g i l i ­dade deste im p é r io . A m is tu ra entre fe rro e barro não ocorre. O im pério rom ano, por um lado era poderoso (ferro), mas por outro, frág il e decadente (barro).

3. “A p e d ra c o rta d a , sem a ju d a d e m ã o s ” (2 ,4 5 ) , Esta “ p e d ra ” re p re se n ta o re ino de Cristo in te rv in d o nos reinos do mundo. Cristo é a pedra cortada que desfará o poder m undia l do A n tic r is to (Dn 2.45; SI 118.22; Zc 12.3). A pedra cortada v inda do monte significa, figuradam ente, a v inda do Rei esm iuçando o d o m í­nio im peria l e pagão deste século (Dn 2.44,45). Cristo é quem regerá as nações para sempre!

n

Com a a juda do A ltíss im o , Daniel pôde revelar o sonho ao rei e a sua interpretação.

R E S P O N D A

5. Q u a l é a in te rp re ta ç ã o dos e lem entos m a te r ia is da g ra nd e estátua?

C O N C L U S Ã O

A revelação da estátua provou ao rei Nabucodonosor a soberania do Deus de Israel. Nação a qual o rei havia levado em cativeiro, destruído a Cidade Santa e o seu Templo (2 Cr 36.11-23). O Deus desta nação reve­lou a Daniel e aos seus companhei­ros o futuro dos impérios ao longo da existência humana (Dn 2.46-49). Nabucodonosor compreendeu isto. E nós? O quanto valorizamos e ama­mos o Deus soberano?

SINOPSE DO TÓPICO (3)

REFLEXÃO

"Esta “pedra ” representa o reino de Cristo in te rv indo nos reinos do mundo. Cristo é a

pedra cortada que desfará o poder m und ia l do A n tic ris to (Dn 2.45; SI 118.22; Zc 12.3).”

Elienai Cabral

X X

L içõ es Bíblicas 2 3

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B IB L IO G R A FIA S U G E R ID A

ZUCK, Roy B (Ed). T eo lo g ia do A n tig o T es tam en to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Po­pu lar de Profecia Bíblica. 5.ed. Rio de janeiro: CPAD, 201 3.

S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p .37.

A U X ÍL IO BIBLIOGRÁFICO I1Subsídio Teo lóg ico

“N ab u codonosor sonha com um a e s tá tu a

A primeira profecia de Daniel foi acerca de Nabucodonosor. Tratava dos detalhes de um sonho que o rei tivera e de sua interpretação. Era um sonho sobre os futuros poderes do mundo. A cabeça de ouro era a Babi­lônia; o peito e os braços representa­vam os Medos e os Persas. Os quadris de bronze representavam a Grécia, e as pernas e os pés simbolizavamo Império Romano, em seu auge e declínio. Por fim, surge uma ‘pedra’. A pedra representava o Messias de Israel, que feriria ‘a estátua nos pés de ferro e de barro’, esmiuçando-os (2.34). Deus então estabeleceria o seu reino, ‘que não será jamais destruído’, referindo-se ao futuro reino messiâni­co de Cristo (2.44).

Esta profecia transpôs o âm b i­to h istórico e m ostrou que certas características em cada uma dessas nações levariam ao reino milenial. Com o sonho de Nabucodonosor, Deus revelou o propósito de toda a h is tória através de Daniel. Nenhum outro profeta recebeu revelação tão com pleta e precisa” (LAHAYE, Tim. E ncic lopéd ia P o p u la r de P ro fe ­c ia B íblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 3, p p . l 75-76.).

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O segundo capítulo do livro de Daniel revela o plano divino para o

povo judeu e o gentílico.2. Os sacerdotes adivinhos eram também chamados de magos, as­trólogos, encantadores ou apenas

“caldeus” (Dn 1 .4).3. O objetivo era receber a resposta de Deus acerca do conteúdo do

sonho de Nabucodonosor.4. A ousadia da fé de Daniel,

demonstrada neste episódio, ilustra-nos quão essencial é para o crente viver uma vida de confiança

e inteira dependência de Deus.5. “a) A cabeça de ouro” (vv.32,36- 38) e x e m p l i f ic a v a o r ei no da Babilônia; b) “O peito e os braços de prata” (vv.32,39) império Medo- Persa; c) “Ventre e os q u a d r is ” (vv.32,39) retrata o império Grego,d) “Pernas de ferro” (v .33,40-43) refere-se ao últ imo império da

história, o romano.

2 4 L ições Bíblicas

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A U X ÍL IO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio T eo lóg ico

“A pedra bateu v io le n ta m e n te nos pés da e s tá tu a e es ­m iuçou-a (2 .4 5 )

Quatro vezes está d ito que a pedra esm iuçou a imagem (vv. 34,40,44,45). Portanto, o m undo não findará convertido pela pregação do Evangelho, mas destruído com vio lência sobrenatural na v inda de Jesus. Isso ocorrerá em Am argedom , durante o dom ín io m undia l das dez nações confederadas sob o Anticristo (Ap 17.1 1-13 com 19.1 1-21).

No versículo 34, vemos que a pedra feriu a estátua nos pés, e em seguida destru iu a cabeça, o peito, o ventre, e as pernas. Isto indica que todas as formas de governo representadas por essas partes da estátua ex is tirão sob a Besta, no futuro!

O Mercado Comum Europeu já é uma realidade. Para a organização dos Estados Unidos da Europa basta apenas um passo” (GILBERTO, Anton io . D an ie l & A poca lip se : Como entender o p lano de Deus p a ro os ú ltim os dias. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1984, p. 21).

L ições Bíblicas 2 5

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r

Lição 426 de Outubro de 2014

A P r o v i d ê n c i a D i v i n a

n a F id e l id a d e H u m a n a

VERDADE PRATICASe fo rm os fiéis, a providência d iv ina jam ais faltará.

H IN O S S U G E R ID O S 178, 244, 296

LE IT U R A D IA R IA

Segunda - SI 34.1 7Deus ouve quando clamamos

T erça - SI 6 8 .1 0 A bondade de Deus

Q u a rta - Fp 2 .8-11Jesus, nome sobre todo o nome

Q u in ta - SI 5 0 .1 5Deus nos livra do mal

Sexta - SI 5 9 .1 6O Senhor nos protege na angústia

Sábado - M t 6.1 3Pertencem a Deus o reino, o poder

a g lória

"Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode liv ra r; ele nos

liv ra rá do fo rno de fogo ardente e da tua mão, ó re i” ( Dn 3.1 7).

TE X TO ÁUREO

2 6 L içõ es Bíblicas

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L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSE D aniel 3 .1 -7 ,14

1 - 0 Rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja a ltu ra era de sessenta côvados, e a sua largura, de seis côvados; leva n to u -a no campo de Dura, na província de Babilônia.2 - E o re i Nabucodonosor mandou a ju n ta r os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os ju izes , os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das p rovínc ias , para que viessem à consagração da estátua que o re i Nabucodonosor tinha levantado.3 - Então, se a juntaram os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os ju i ­zes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias, para a consagração da estátua que o re i Nabucodonosor tinha levantado, e estavam em pé diante da imagem que Nabucodo­nosor tinha levantado.4 - E o arauto apregoava em a lta voz: Ordena-se a vós, ó povos, na­ções e gente de todas as línguas:5 - Q uando ouvirdes o som da buzina, do p ífa ro , da harpa , da sambuca, do saltério, da ga ita de foles e de toda sorte de música, vos prostrare is e adorareis a imagem de ouro que o re i Nabucodonosor tem levantado.6 - E qualquer que se não p ros tra r e não a adorar será na mesma hora lançado dentro do fo rno de fogo ardente.7 - Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério e de toda sorte de música, se p rostra ram todos os povos, nações e línguas e adoraram a estátua de ouro que o re i Nabuco­donosor tinha levantado.14 - Falou Nabucodonosor e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?

INTERAÇÃOVocê já fo i desa fiado em sua fé? Deus perm ite que situações adversas nos sobre­venham pa ra p ro v a r a nossa fidelidade. Os am igos de Daniel fo ra m provados p o r uma fo rn a lh a ardente, todavia eles se m a n ti­veram fiéis e Deus os liv ro u da m aldade dos homens. A fé que nos fa z não recuar, não tem er e perm anecer firm es d iante dos males da vida. Os am igos de Daniel não concordaram em se d o b ra r d iante de um a estátua e desobedeceram a um a le i que ia co n tra os p rinc íp ios d ivinos. D iante de leis in jus tas (como a que lega liza o aborto ), a quem obedecer, a Deus ou ao hom em 7 Obedecer a Deus é sem pre a m e lho r a lte r­na tiva , mesmo que nos leve até a fo rn a lh a ardente. Hananias, M isael e Azarias não se in tim id a ra m d ian te da a fro n ta de N abu­codonosor, pois aqueles que confiam suas vidas a Deus não tem medo da m orte ou do que o homem possa fazer. Que tenham os a m esm a fé dos am igos de D an ie l p a ra e n fre n ta r as tribu lações desta vida.

OBJETIVOS

Após a aula, o a luno deverá estar apto a:

A n alisar a tentativa de Nabucodono­sor de institu ir uma religião mundial.

C onsc ien tizar-se de que não pode­mos aceitar a idolatria.

C o m p reen d er a fidelidade dos am i­gos de Daniel ante a fornalha ardente.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, para concluir o tópico três da lição faça a seguinte indagação: “Quem

era o quarto homem na fornalha?” Incentive a participação dos alunos. Em seguida leia Daniel 3.25 e explique que, segundo os teólogos, o quarto homem pode ter sido um anjo ou uma manifes­tação pré-encarnada do próprio Jesus. Porém, o mais importante é que Deus livrou o seu servo e que Jesus, o Filho

de Deus, prometeu estar ao nosso lado durante a nossa caminhada (Mt 28.20).

L ições Bíblicas 2 7

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ítV -yU-.

IN T R O D U Ç Ã O

A história narrada no capítulo três o co rre u p o ss ive lm e n te no final do re inado de N abucodono- sor. O te x to é mais uma prova de que vale a pena ser fie l a Deus até m esm o quando somos A d e sa f ia d o s em nossa fé. N ab u cod on o so r já havia se esquecido da m anifestação do poder de Deus na revelação dos seus sonhos (Dn 2.1-49). Tornou-se um déspota que ex ig ia dos \ seus s ú d ito s um se r­v i l is m o ir ra c io n a l. No m eio da m u l t id ã o dos s ú d ito s , p o ré m , estavam os três jovens hebreus, fié is ao Deus de Israel, do qual

| não trans ig iram de m odo a lgum .

I - A T E N T A T IV A D E SE IN S T IT U IR U M A

R E L IG IÃ O M U N D IA L

1. A g ra n d e e s tá tu a . Em­briagado pelo poder e pelo fu lgo r

| de sua p rópria glória, o rei caldeu chegou ao ápice da presunção, não se contentando em ser apenas “a cabeça de ou ro ” da grande estátua do seu “p r im e iro ” sonho (Dn 2.36- 45). Nabucodonosor perdeu o bom senso e co ns tru iu uma enorm e estátua de ouro maciço (Dn 3.1). Também ordenou que os represen­tantes das nações, súditos seus, se a joe lhassem e adorassem a estátua que o representava.

A grande estátua de Nabuco­donosor remete-nos a uma ou tra es tá tua que será e rg u id a pe lo ú lt im o im pério m undia l gentílico, p ro fe tizado com o o re ino do An-

PALAVRA-CHAVE

P rov id ênc ia :Ação pela q ua l Deus conduz os aconteci­m entos e as c r ia tu ­ras p a ra o f im que lhes fo i destinado.

t ic r is to que aparecerá no “ tem po do f im ” (Ap 13.14,15).

2 . A d i fe r e n ç a e n t r e as e s tá tu a s . É necessário destacar a d ife rença entre a estátua do ca­p ítu lo dois e a do capítu lo três de Daniel. Enquanto a estátua do ca­p ítu lo dois era s im bó lica e apare­ceu no sonho de Nabucodonosor,

^ a do capítu lo três era li te ra l, co ns tru ída po r ordem do rei caldeu. A estátua e rig ida t in h a a fo rm a de um obelisco que revelava, segundo se supõe , a in te n çã o va idosa de N abucodo­nosor em autodeificar- -se (cf. Dn 4.30).

3. A in a u g u ra ç ã o d a e s ­tá tu a de ou ro . Com o coração e n g ra n d e c id o , N a b u c o d o n o s o r desejou ser adorado como deus (vv.1-5). Não lhe bastou a revela­ção de que o único Deus verdade i­ro t r iu n fa r ia na h is tória (Dn 2.47). Ele pre feriu exa lta r a si mesmo e aos seus deuses. O o b je tivo era escravizar todos os seus súditos e obrigá-los a servirem as d iv inda ­des caldeias. Ele queria uma re li­gião to ta litá r ia em que as pessoas obedecem não pela lealdade, mas pela fo rça b ru ta (vv.5,6).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )

A o c o n s t r u i r a e s tá tu a e e x ig ir que to d o s os súd itos se encurvassem diante dela, N abu­codonosor desejava in s t itu ir uma re lig ião ofic ia l.

R E S P O N D A

1. A está tua constru ída pelo re i nos rem ete a qua l o u tra estátua que será erguida?

2 8 L içõ es Bíblicas

Page 31: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

2. Explique a d iferença entre a es­tá tua do capítulo dois e a do três.

II - O D E S A F IOÀ ID O L A T R IA

1. A o rdem do rei a todos os seus súd itos (vv .4 -7 ). Nabu- codonosor teve duas motivações principais para constru ir a grande estátua (v. 1). Uma das motivações era exibir-se perante os povos do m u n d o rep resen tados naquele evento. As dimensões e a m agnitu­de da estátua eram impressionan­tes: Aproxim adam ente 27 metros de altura por 6 de largura. A so­berba, arrogância e insolência do rei não tinham fimites. A Bíblia diz que “a soberba precede a ruína” (Pv 16.18). A segunda motivação de Nabucodonosor era o anelo de ser adorado como divindade pelos seus súditos. Por isso, ele deu ordens para que todos os oficiais do reino se reunissem a fim de adorarem a sua estátua (Dn 3.1-7).

2. A in tenção do re i e o es­p ír ito do A n tic ris to . A intenção de N abucodonosor prenunciavao espírito do An tic r is to , que le­vantará a imagem da Besta para ser adorada no tem po do fim (Mt 4.8-10; Ap 13.11-17). A intenção do rei era im por a relig ião d ia b ó ­lica de sua imagem para dom inaro m undo , não só nos cam pos material e político, mas tam bém no espiritual.

3. Coragem para não fa ze r c o n c e s s õ e s à id o la t r ia (D n 3 .1 2 ). Os três jo ve n s hebreus estavam naquele local por força da ordem do rei. Todos os g ra n ­des nomes do país, os chefes de g o v e rn o s , os sá trapas , os governadores das províncias, os sábios, os sacerdotes dos vários

cultos pagãos, todos estavam lá.A ordem era que quando a músi- j ca fosse tocada todos deveriam ajoelhar-se e adorar a estátua do rei. Quem não obedecesse seria lançado na fornalha de fogo ar­dente. Como sabemos, os três jovens hebreus preferiram m orrer queimados a negar a fé no Deus de Israel (Dn 3.13-27).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )

A fé dos amigos de Daniel perm itiu que eles não fizessem 1 concessões à idolatria.

------------------------------------------------------------- -

R E S P O N D A

3. Q ua l era a verdade ira in ten- 1 ção do re i caldeu ao co ns tru ir a 1 estátua?4. O que aconteceria com aquele â que não obedecesse a ordem de a d o ra r a estátua?

I I I - A F ID E L ID A D E A D EU S A N T E A F O R N A L H A I

A R D E N T E (D N 3 .8 12)

1. Os jo v e n s h ebreus fo - 1 ram acusados e denunciados I (vv .8 -12). O rei foi in form ado da Q desobediência dos judeus. Ele fi- I cou enfurecido e mandou que eles I fossem traz idos à sua presença. * Os jovens hebreus foram in terro- jjj gados, mas mantiveram suafideli- I dade ao Deus de Israel. Eles não se I in tim idaram diante das ameaças, I porque sabiam que Deus poderia I in te rv ir naquela situação.

2. A resposta corajosa dos ~ jo v e n s h ebreus (D n 3.16-18). J Aqueles jovens sabiam que a fide- I lidade a Deus é algo inegociável.A lealdade desses jovens era mais I que uma qua lidade de caráter. I Era uma c o n f ia n ç a inaba láve l^J

L iç õ e s B íb l ic a s 2 9

Page 32: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

^ Iem Deus. A resposta resu ltava tam bém do conhecimento que t i ­nham do primeiro mandamento do Decálogo (Êx 20.3-5). Deus busca homens e mulheres que lhe sejam fiéis mesmo quando ameaçados. Por isso, mesmo inquiridos pelo rei caldeu, Hananias, Misael e Azarias não se in tim idaram e mantiveram sua posição (Dn 3.16-18).

3. R eação à in t im id a ç ã o (Dn 3 .16-18). Ao perguntar-lhes:

; “Quem é o Deus que vos poderá l iv ra r das m in h a s m ãos?” (Dn

I 3.15), N a b u cod on o so r a fro n to u os jovens em sua fé. Eles não t iv e ra m d ú v id a de que va lia a pena permanecer fiéis ao Todo- -Poderoso. Então, sem te m o r e com grande fé, responderam ao i rei: “ Eis que o nosso Deus, a quem j

nós se rv im os , é que nos pode livrar; ele nos liv ra rá do fo rn o de fogo ardente e da tua mão, ó rei. ; E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem

Iadoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.17,18). Os três jovens não cederam às ameaças e não ficaram livres da fornalha, pois Deus já os esperava ali. A c o m p a n h ia do q u a r to h om em v is to pelo rei den tro da forna lha foi suficiente para que eles saís-

sem ilesos e sem um único fio de cabelo queimado.

Esta re s p o s ta dos jo v e n s hebreus con fron ta a posição de m uitos crentes de hoje. Quão fa ­cilmente cedemos e até negamos a fé, fu g in do do cam inho da p ro ­vação. Todavia, Deus conta com crentes fiéis que sejam capazes de responder às ameaças sem temer.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )

Hananias, Misael e Azarias m antiveram -se fiéis ao Senhor e fo ram libertos da forna lha.

R E S P O N D A

5. Transcreva a resposta dos três jovens ao re i quando fo ram in t im i­dados p o r não se dobrarem diante da estátua.

C O N C L U S Ã OA g rande lição que a p re n ­

demos com esses três jovens é que “eles confiaram suas v idas a Deus e não se preocuparam com as consequências da fo rn a lh a ”. Mesmo que Deus não os im p e ­dissem de m orre r que im ado eles não negariam a fé! Que tenhamos essa mesma fé para en fren ta r as tr ibu lações da vida.

“Deus busca hom ens e m ulheres que lhe sejam fié is mesmo quando ameaçados.

Por isso, mesmo inqu iridos pelo re i caldeu , Hananias, M isael e Azarias

não se in tim id a ra m e m an tive ram sua posição (Dn 3.16-18).’’

3 0 L iç õ e s B íb l ic a s

Page 33: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

rA U X IL IO BIBLIOGRÁFICO

BIBLIOGRAFIA SUGERIDAZUCK, Roy B (Ed). T eo lo g ia do A n tig o T es tam en to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Po­p u la r de P ro fec ia B íblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 3.

S A IBA M AISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p.38.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. A grande estátua de Nabucodono­sor, remete-nos a uma outra estátua que será erguida pelo úitimo império mundial gentílico, profetizado comoo reino do Anticristo que aparecerá

no “tempo do fim” (Ap 13.14,1 5).2. A diferença entre a estátua do capítulo dois e a do capítulo três de Daniel era que enquanto a estátua do capítulo dois era simbólica e apare­ceu no sonho de Nabucodonosor, a do capítulo três era literal, construída

por ordem do rei caldeu.3. Era o anelo de ser adorado como

divindade pelos seus súditos.4. Quem não obedecesse seria lan­

çado na fornalha de fogo ardente.5. “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.17,18).

Subsídio B ib lio g rá fico“ C onsp iração c o n tra os h e ­

b re u s (3 .8 -18 )Não deveria nos su rp reender

que os três hebreus, recentemente p rom ov idos a cargos de liderança po lít ica , despertassem uma certa inveja entre os outros func ionários públicos. A ausência de Daniel da convocação pode ser explicada pelo fa to de es ta r c u m p r in d o a lgum a ta re fa especial para o rei. A lguns homens caldeus, não a casta sacer­do ta l, mas c idadãos bab ilón icos , to m a ra m as dev idas p recauções para que os três hebreus não esca­passem. Quando o rei ficou sabendo da a titude dos três hebreus, ficou fu r ioso e convocou os três im ed ia ­tam en te . Sem dar-lhes chance de se defenderem , deu-lhes mais uma opo rtun idade de prestar adoração após o som especial da música. A recusa em fazê-lo s ign ificaria a im e­diata execução do decreto irreversí- j vel — eles seriam lançados dentro do fogo ardente; quem é o Deus que vos poderá liv ra r das minhas mãos?, voc ife rou o rei.

O equ ilíb rio e a calma dos três servos do Deus A ltíss im o estavam em claro contraste com a fú r ia in- contida do rei. A ousadia da fé deles era equ iparada à sua seren idade” (C o m e n tá rio B íb lico Beacon. 1. ed. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.510).

I .iç õ e s B íb l ic a s 31

Page 34: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

D eus A b o m in a

a So b e r b a

VERDADE PRÁTICAA sobe rba é o pecado que mais a fronta a soberania d iv ina.

H IN O S SU G E R ID O S 46, 244, 306

S á b ad o - 2 C r 26 .3 -21O rei Uzias e a soberba

T E X TO ÁUREO“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e g lo rifico ao Rei dos céus; porque

todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, ju ízo , e pode h um ilha r

aos que andam na soberba” (D n 4.37)»

LE IT U R A D IÁ R IA

T e rç a - Pv 11 .2 A soberba é afronta

Q u a r ta - M c 7 .20 -22 A soberba é o pecado do coração

Q u in ta - 1 Jo 2 .1 6 A soberba da v ida não é de Deus

S e x ta - Gn 1 7 .1 ; Jó 1 1 .7 Nenhuma soberba resiste a Deus

S e g u n d a - Pv 8.1 3 Deus aborrece a soberba

3 2 L içõ es Bíblicas

Page 35: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSE D a n i e l 4 . 1 0 - 1 8

10 - Eram assim as visões da minha cabeça, na m inha cama: eu estava olhando e vi uma árvore no meio da te rra , cuja a ltu ra era grande;11 - crescia essa árvore e se fazia forte, de maneira que a sua a ltu ra chegava até ao céu; e fo i vista até aos confins da terra.12 - A sua folhagem era formosa, e0 seu fru to , abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela, os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda carne se m anti­nha dela.1 3 - Estava vendo isso nas visões da minha cabeça, na m inha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu,14 -c lam ando fortemente e dizendo assim: Derribai a árvore, e cortai-lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fru to ; afugentem-se os animais de debaixo dela e as aves dos seus ramos.1 5 - Mas o tronco, com as suas ra i­zes, deixai na te rra e, com cadeias de fe rro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais na gram a da terra.16 - Seja m udado o seu coração, p a ra que não seja m ais coração de homem, e seja-lhe dado coração de an im a l; e passem sobre ele sete tempos.1 7 - Esta sentença é p o r decreto dos vigiadores, e esta ordem, p o r mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssi­mo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles.1 8 - Isso em sonho eu, re i Nabu- codonosor, vi; ta, pois, Beltessazar, dize a interpretação; todos os sábios do meu reino não puderam fazer- -me saber a in terpre tação , mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.

________ IN T E R A Ç Ã O __________Deus abom ina a soberba. Este sentim en­to pernicioso é um prenúncio da queda (Pv 16.18). As conquistas de m uitos im ­périos e o enriquecim ento con tribu íram pa ra que N abucodonosor se tornasse soberbo e altivo. Então Deus decidiu lhe e n s in a r um a im p o rta n te lição , assim como havia ensinado ao seu povo. O re i perdeu sua consciência e ficou durante um período de tempo se com portando como um anim al. Depois deste período tão d ifícil, Nabucodonosor aprendeu que o A ltíssim o está acim a de todo reino e poder hum ano. O Senhor é soberano, Ele remove os reis e os estabelece.Que a soberba não encontre g u a rid a em nossos corações, nos fazendo a g ir como tolos. Que sejamos hum ildes, hon­rando a Deus em toda a nossa m ane ira de viver.

OBJETIVOS

Após a aula, o a luno deverá estar apto a:

A n a lis a r a soberania d iv ina na vida de Nabucodonosor.

Saber que Deus fa lou com Nabuco­donosor por in term édio dos sonhos.

C o m p ree n d er a fidelidade da pre­gação de Daniel para o rei.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, para introduzir a lição

reproduza o quadro da página se­guinte para seus alunos. Utilizandoo quadro, enfatize os pontos fortes

de Nabucodonosor e as suas fraque­zas. Explique que este rei foi cha­

mado, segundo o profeta Jeremias, de “servo do Senhor" (Jr 25.9). Deus usou Nabucodonosor para punir seu

povo. O Senhor é soberano, Ele exalta e também abate. Porém, o coração

do rei se tornou soberbo e ele então experimentou o juízo de Deus. Leia

Provérbios 1 6.1 8 e conclua enfatizan­do os perigos da soberba.

L içõ es Bíblicas 33

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IN T R O D U Ç Ã O

Na aula de hoje estudaremos o capítulo quatro de Daniel, cujo con­teúdo consiste de um testemunho pessoal do rei Nabucodo- nosor. Ele foi submetido a um estado de loucura, resultante de sua sober­ba, que o levou a viver como um animal do cam­po por “sete tempos” , até que Deus o tirou daquela condição. Ao final desse período, Nabucodonosor reconheceu a soberania do Deus dos cativos de judá .

A história revela o que ocorre com os que se exaltam e se to r­nam soberbos ante a majestade do Todo-Poderoso. A tra jetória de Nabucodonosor dem onstra a so­berania divina sobre toda a criação, pois nenhuma criatura pode usur­par a glória de Deus. O episódio ilustra também que a misericórdia e a justiça divinas são capazes de salvar o homem arrependido.

I - A PROVA DA SOBERA­N IA D IV IN A <Dn 4 .1 -3 )

1. Nabucodonosor, cham a­do por Deus para um desígn io e s p e c ia l (Jr 2 5 .9 ) . Segundo a

PALAVRjV C H A V E ^

SobeCom porexcessh

orgu ia rro gpresu

srba:ta m ento /a m ente 1hoso; ância, mção.

história, Nabucodonosor reinou na Babilônia no período de 605 a 562 a.C. Foi um rei que Deus, dom ina­dor de todas as nações do mundo, levantou para um desígnio especial, perm itindo que o seu reino prospe­rasse e crescesse em extensão. O

profeta Jeremias diz que Deus chamou a Nabuco­donosor de “meu servo” (Jr 25.9). Na verdade, Nabucodonosor foi o ins­trum ento divino de pu­nição do povo de Deus. Israel foi castigado por ter abandonado o Senhor e tomado o caminho da

idolatria e dos costumes pagãos.2 . A s o b e rb a d e N a b u ­

c o d o n o s o r. A pesar de ser um “ instrum ento” usado pelo Senhor, segundo o pastor Matthew Henry, “Nabudonosorfo i o rival mais ousa­do da soberania do Deus Supremo do que qualquer outro m orta l ja ­mais pudesse ter sido”. Traspassa­do pela presunção, Nabucodonosor ficou longos “sete tem pos” numa situação irracional à semelhança dos animais do campo (Dn 4.28-33). Só assim o soberano caldeu viu queo Altíssimo está acima dele.

3. N abucodonosor p rocla­m a a soberania de Deus (Dn 4.1- 3). Depois de ter experimentado a

N A B U C O D O N O S O R

Pontos fo r te s e ê x ito s P o nto s fra c o s e e rro s

* O m a io r dos reis da Babilônia.

- C o n h e c id o c o m o um c o n s t ru to r de cidades.

■ D escrito na Bíblia com o um dos governa­dores es trange iros a quem Deus usou para seus p ropós itos

■ Considerou-se um deus e fo i persuad ido a co n s tru ir um a está tua de ouro que todos deviam adorar.

■ Tornou-se ex trem am en te o rgu lhoso , o que o levou à insanidade.

■ Tendia a esquecer-se das dem onstrações do poder de Deus que havia tes te m un hado .^

A d a p ta d o d a Brbtía de E stu d o A p Jica çã o Pessoaf, CPAD, p. 1099.

34 L ições B íb licas

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punição de sua soberba, Nabucodo- nosor se arrependeu do seu pecado e foi restaurado de sua demência. Isso o levou a fazer uma proclama­ção acerca do eterno domínio de Deus (Dn 4.34-37). O rei babilônio aprendeu que o Senhor, em sua soberania, é aquele “que muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis” (Dn 2.21).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (T )

Nabucodonosor fo i chamado por Deus para uma missão es­pecial, todavia ele deixou que a soberba dominasse seu coração.

R E S P O N D A

7. Q ual fo i a m issão p a ra qua l Deus designou Nabucodonosor?2. Por que o povo de Is rae l fo i punido?

II - DEUS FALA N O V A M E N T E A N A B U C O D O N O S O R PO R

M E IO DE S O N H O S (D n 4 .4 -9 )

1. D eus a d v e rte N abuco­donosor a través de um sonho.Tanto no A n tigo como em o Novo Testamento os sonhos eram um dos canais de comunicação entre Deus e o hom em . No caso do sonho que teve Nabucodonosor, seus sáb ios e a d iv in h o s nada puderam revelar. O rei, então, se lembrou de Daniel, o único capaz de trazer a revelação do sonho que certa vez ele tivera (Dn 2.1-45;4.8). Obviamente, não se tra tava de um sonho com um , pois era uma revelação d iv ina acerca do fu tu ro dc Nabucodonosor. Apesar da narrativa, é im portan te fr isar que hoje temos a Palavra de Deus como o canal revelador da vo n ta ­de de Deus aos homens.

2 . D an ie l é convocado (D n :4 .8 ). In terpretar sonhos era uma hab ilidade e sp ir itu a l de Daniel : reconhec ida desde quando ele entrou na Babilônia (Dn 1.17). Por isso, Nabucodonosor contou-lhe o sonho que tivera e solic itou-lhe.a k interpretação. Daniel ouviu a ten­tamente o relato do rei e pediu-lhe um tempo, pois estava atôn ito e sem coragem para revelar a ver­dade do sonho (Dn 4.19).

3. D a n ie l o u v e o s o n h o e dá a sua in te rp re ta ç ã o (Dn 4 ,19 2 6 ). Dos versículos 9 a 18, N abucodonoso r con ta a Daniel todo o seu sonho. O rei v iu uma grande árvore de dimensões enor­mes que produzia belos fru tos e que era visível em toda a terra. Os animais do campo se abrigavam debaixo dela e os pássaros faziam ninhos em seus ramos (vv.10-12).O monarca catdeu “v iu ” tam bém descer do céu “um vig ia , um san­to ” (v. 13). Esse vig ia clamava forte: “ Derribai a árvore e corta i-lhe os ram os” (v.14).

a) U m a á rv o re m a je s to sa (vv.11,12). A á rvo re in d ica va a form osura, a grandeza, o poder e a riqueza do reino de Nabuco­donosor. Ninguém na terra havia alcançado todo esse poder antes dele. Daniel declarou que aquela árvore que seria cortada era o rei babilônio (Dn 4.22). Assim é a g ló ­ria dos homens, como uma árvore que cresce e se torna frondosa e, de repente, é derribada. Da mesma forma, Deus destrói os soberbos.

b) Juízo e m ise ricó rd ia são d e m o n s tra ç õ e s da s o b e ra n ia d iv ina . O te x to do versícu lo 15 diz que a ordem d iv ina era que “o tronco com suas raízes seriam d e ixa d a s na te r r a ” , in d ica n d o ^

L ições Bíblicas 3 5

Page 38: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

■ que a intenção não era des tru ir a Nabucodonosor, e sim dar-lhe a opo rtun idade de se converte r e

| reconhecer a g lória de Deus. O rei fo i t irado do meio dos homens e\ :ficou com pletam ente louco, indo conv iver com os animais do cam ­po por “sete tem pos” (Dn 4.25). Depois, Nabucodonosor vo ltou ao normal, mas logo em seguida seu reino fo i sucedido po r Belsazar que, por p ro fana r as coisas de Deus, perdeu o tron o para Dario,o rei dos medos (Dn 5.1-31).

c) O pape! dos anjos nos de-1 sígnios d ivinos. No sonho do rei, S ele v iu “ um v ig ia ” que descia do * céu com a missão de proclamar os

ju ízos de Deus (vv.14,15). No An-I t ig o Testamento, os anjos tinham

uma a tiv idade mais presente na . v ida do povo de Deus. Em o Novo

« T e s ta m e n to , eles c o n t in u a ra m suas a tiv idades em obed iênc ia ao Criador, porém , para a orien-

v tação da igre ja de Cristo, Deus1 concedeu o Espírito Santo que a1 assiste em tudo.

S IN O P S E D O T Ó P IC O <2)

Deus, por in term édio de um sonho, falou com Nabucodonosor ! e o advertiu de sua soberba.

R E S P O N D A

3. Qual é hoje o cana l reve lador da vontade de Deus p a ra o crente?4. M aior do que os anjos, quem as­siste a Igreja de Cristo atualmente?

I I I - A P R E C A Ç Ã O D E D A N IE L

1. A p regação de D an ie l.Apesar de inic ialmente te r sentido ce rto te m o r após in te rp re ta r o sonho, Daniel deu um conselho

a N abucodonosor que lem bra a mensagem neotestam entária de Cristo à Igreja de Éfeso (Dn 4.27 cf. Ap 2.5). Será que temos cora­gem de fazer o mesmo diante dos poderosos dessa terra?

2. O pecado de N ab u co d o ­n o so r em re lação aos p o b re s .

: Daniel d iz ao rei que ele deveria des faze r os seus pecados p ra t i­cando a ju s t iça , “ usando de m i­se ricó rd ia para com os p o b re s ” (Dn 4.27). Em outras palavras, a n te s do p e c a d o p e sso a ! da soberba , o rei estava pecando socia l e e s tru tu ra lm e n te em re ­lação aos menos favo rec idos do re ino. A a tua lidade desse pon to é tão ve rdade ira que a mesma recom endação de cu idado apa­rece em o Novo Testam ento , no co n te x to da ig re ja (Cl 2.10).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )

Deus usa seu servo Daniel para revelar o sonho de Nabuco­donosor e aconselhá-lo a respeito do seu pecado.

R E S P O N D A

5. Antes do pecado da soberba, em que pecado N abucodonosor incorreu?

C O N C L U S Ã OQue Deus nos livre da so­

berba, pois ela é com o uma d o ­ença contagiosa que se aloja no coração do hom em e faz com que ele perca o senso de autocrítica, passando a agir irraciona lm ente (SI 101.5; 2 Cr 26.16). Estejamos atentos, pois a Palavra de Deus nos m ostra que a soberba nos cega (1 Tm 3.6; 6.4), nos afasta de Deus e traz ruína.

3 6 L ições Bíblicas

Page 39: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

BIBLIOGRAFIA SUGERIDAZUCK, Roy B (Ed). T e o lo g ia doA n tig o T e s ta m e n to , l .e d . Riode Janeiro: CPAD, 2009.LAHAYE, T im . E n c ic lo p é d iaP o p u la r de P ro fec ia B íblica. 5ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

_____________________________________________________ _______________________________________ . . . . . . . .

S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p .38.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Deus usou Nabucodonosor paracastigar seu povo.

2. Porque tomaram o caminho da idolatria e dos costumes pagãos.

3. A Palavra de Deus.4 . O Espírito Santo.

5, Ele pecou em relação aos pobres.

A U X ÍL IO B IB L IO G R Á F IC O I

Subsídio B ib lio g rá fico“C u m p rim e n to e D es tro n i-

zação (4 .2 8 -3 3 )A fa lha de N ab u co d o n o so r

em p re s ta r a tenção e vo lta r-se para Deus por meio de um arre­pendim ento genuíno é um reflexo i lus tra tivo da fraqueza e da per­vers idade hum ana. Doze meses se passaram e a visão apavorante desvaneceu-se. Talvez a v isão não viesse a se to rna r realidade. Certo dia, em um m om ento de g lo r i f i ­cação própria, o rei começou a se exu lta r pelas suas grandes reali­zações. Enquanto caminhava pelo ‘terraço do palácio real’, debaixo dos seus pés estava o edifício mais esplêndido que a Babilônia já tinha visto, adornado em ouro com ladri­lhos lustrosos de cores brilhantes. Próximo do palácio ficava a m onta­nha artificial e os jard ins suspensos construídos para a sua rainha das m ontanhas da Média. Esta era a grande Babilônia. De uma pequena cidade de um lado do rio Eufrates o rei havia dobrado sua área para os dois lados do rio. Ele havia enchido com novas construções e tem plos com uma arqu ite tu ra d istin ta . Ele a havia cercado com muros conhe­cidos pela altura e largura.

Com esse tipo de v isão en­chendo a mente, podemos im ag i­nar a soberba do rei” (C om entário Bíblico Beacon. 1. ed. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.514)

L ições Bíblicas 3 7

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A U X ÍL IO B IB LIO G RÁ FIC O IIS u b s íd io Teo lóg ico

“A lo u c u ra e a re s ta u ra ç ã o (4 .3 3 -3 7 )Demente, o rei nivela-se a um animal, e passa a v iver ao desabri­

go, em uma área onde a tem pera tu ra variava de 50 graus positivos no verão, a aba ixo de zero, no inverno. Recuperado, o rei f in a lm en ­te responde adequadam ente ao Senhor. Nabucodonosor, então: 1) g lo r if ica a Deus; 2) o honra com o o Rei suprem o do Universo; 3) expressa sua to ta l dependência da vontade de Deus e, 4) reconhece que tu d o o que ele faz é co rre to £e pode hum ilha r os que andam na soberba” (RICHARDS, Lawrence O. G uia do L e ito r da B íb lia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítu lo p o r capítu lo . 1. ed. Rio de 'aneiro: CPAD, 2005, p.516).

3 8 L içõ es Bíblicas

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9 de Novembro de 2014

TE X TO AUREO

A Q u e d a d o Im p é r io

Ba b il ó n ic o

“E te levantaste contra o Senhor do céu, [...] além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não

ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus cami­nhos, a ele não glorificaste” (Dn 5.23),

VERDADE PRÁTICASe nos rebelarmos contra o Soberano

; e Santo Deus, Ele nos abaterá.

H IN O S SU G ER ID O S 198, 211, 212

LE IT U R A D IA R IA

Segunda - SI 2 .1 -4 ; Is 4 4 .2 3 -2 8Deus frustra os maus intentos

Terça - Ex 3 4 .5 -7 ; Na 1 .3Deus é paciente e tard io em irar-se

Q u a rta - Nm 1 4 .1 8 -2 0Deus não tem ao culpado por inocente

Q u in ta - Gl 6 .7De Deus não se zom ba

Sexta - Is 4 2 .8Deus não dá a sua g lória a outrem

Sábado - 1 Cr 29 .10 -14Deus é Senhor sobre reis e nações

Lições Bíblicas 3 9

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INTER AÇ ÃONa lição de hoje estudarem os a respeito de um fa to o co rrid o d u ra n te o re inado de Bel- sazar. Este rei, tom ado pelo vinho, decide zo m b a r de Deus, u tiliza n d o os utensílios sagrados do Templo em um banquete. O A ltís s im o não to le ra escárn io . N aque la m esm a no ite o ju íz o de Deus fo i v isto p o r todos. Uma mão m is te riosa escreveu um a sentença nas paredes do pa lác io . O re i a te rro riza d o q u e r saber a in te rp re ta ção e m ais um a vez o p ro fe ta D an ie l e n tra em cena p a ra desvendar os m is té rios divinos. Deus reve la os seus segredos aos seus p ro fe ta s (Am 3.7). N aquela m esm a noite, o re i fo i m o rto e os persas passaram a d o m in a r a cidade. Que venham os re a liz a r a ob ra de Deus com te m o r e reverência, pois um d ia tam bém seremos ju lg a d o s pelo nosso Senhor.

L E IT U R A B ÍB L IC A EM C LASSEDn 5 .1 ,2 ,2 2 -3 0

1 - O re i Belsazar deu um grande banquete a miJ dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos m il.2 - Havendo Belsazar provado o vi­nho, mandou tra ze r os utensílios de ouro e de p ra ta que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que be­bessem neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.22 - £ tu, seu filho Belsazar; não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de tudo isso.23 - E te levantaste contra o Senhor do céu, pois fo ram trazidos os uten­sílios da casa dele perante ti, e tu, os teus grandes, as tuas mulheres e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de p rata , de ouro, de cobre, de ferro, de m adeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.24 - Então, dele fo i enviada aquela parte da mão, e escreveu-se esta escritura.25 - Esta, pois, é a escritu ra que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM.26 - Esta é a in terpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou.2 7 - TEQUEL: Pesado foste na balan­ça e foste achado em fa lta .28 - PERES: Dividido fo i o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.29 - Então, mandou Belsazar que vestissem Daniel de púrpura, e que lhe pusessem uma cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem a respeito dele que havia de ser o terceiro do­m inador do reino.30 - Naquela mesma noite, fo i m orto Belsazar, re i dos caldeus.

OBJETIVOS

Após a aula, o a luno deverá estar apto a:

Saber a respeito do festim profano de Belsazar.

C o m p re e n d e r que o ju ízo de Deus é irrevogável.

A n a l is a r a sentença contra Belsazar e a queda da Babilônia

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, converse com seus alunos explicando que Belsazar utilizou os

utensílios do Te m p lo em seu banquete e Deus condenou tal atitude. Em segui­da faça a seguinte indagação: “É licito

utilizar aquilo que foi dedicado a Deus, como o edifício da igreja, para qualquer fim?” Ouça os seus alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Leia

Ezequiel 44.23. Conclua enfatizando que precisamos distinguir o que é santo do que é profano. Explique que não pode­mos utilizar as dependências da igreja ou os objetos consagrados ao Senhor, como instrumentos musicais, para ou­

tros fins. Precisamos ser cuidadosos com o que pertence ao Todo-Poderoso.

4 0 L iç õ e s B íb l ic a s

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IN T R O D U Ç Ã O

A lição desta semana mostra mais uma vez a soberania divina. Após a m orte de N abucodono- sor, em 562 a.C., Evil-Merodaque,o seu f i lho , sucedeu-o ao trono babilónico. Entretanto, dois anos depois, Evil Merodaque foi assassinado pelo seu cunhado, N erig lissar.Mas quem assumiu o trono foi Nabonido, o genro de Nabucodono- sor. Nabonido era o pai de Belsazar, o qual se tornou corregente com o seu pai, três anos mais tarde. Cruel, devasso e profanador do sagrado são adje­tivos, ainda leves, para qualificar a Belsazar. Foi numa noite de festa, regada a muito vinho e prostituição, que o rei Belsazar viu o reino esca­par da sua mão e teve sua morte decretada. O reino babilónico daria lugar ao Medo-Persa, representado pelo peito e braços de prata da es­tátua sonhada por Nabucodonosor.

I - O F E S T IM P R O F A N O D E B E LS A ZA R

1. A zom baria d© Belsazar (Dn 5.1-4). O rei Belsazar deu um grande banquete para os maiorais do seu reino. A festa ocorreu no palácio babilónico, mas ele não de­monstrou nenhum escrúpulo com a religião alheia, o judaísmo. Embria­gado, o rei mandou v ir os utensílios sagrados do Templo dejerusalém, trazidos como espólio de guerra por seu avô, Nabucodonosor, para serem usados no banquete por ele oferecido. Homens corruptos e prostitutas profanariam o sagrado.

Uma orgia com o que era santo! Bei- ■ sazar foi íonge demais, pois para I satisfazer os seus instintos baixos, frívolos e profanos, escarneceu do I Deus de Israel e do seu povo.

2. A insensatez e a cruelda- ! 1 de do autocrata Belsazar. Segun- j do os historiadores, enquanto o pai | de Belsazar, Nabonido, estava no |

campo de batalha para f defender os interesses do reino, ele, Belsazar, | divertia-se com mulheres e amigos para satisfazer as suas paixões. O festim de Belsazar era incom­patível com o período de enfraquecimento do

império da Babilónia. Habituado a ter tudo ao seu alcance, o rei não hesitava em fazer sua vontade pre- | valecer, tanto para matar os seus oponentes quanto para se cercar de pessoas de sua estirpe. Belsazar era k um homem cruel!

3. Um a fe s ta p ro fa n a . A despeito da grandeza e da o pu ­lência imperial, a festa oferecida L p o r B e lsa za r e d e d ic a d a aos maiorais do reino, era um festejo j degenerado, pois ia desde as be­bedeiras às orgias com homense m u lheres . Onde a lu xú r ia , a r iqueza e a ostentação p redom i­nam, há prazeres pe rvertidos e maldades. Assim fo i aquela festa dedicada aos deuses babilónicos! Havia, a p a r t ir do palácio, uma fo rte influência dos dem ónios, o que con firm a o que disse Paulo aos crentes coríntios (1 Co 10.20).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )

Belsazar não temia ao Senhor, por isso utilizou os objetos sagrados I do Templo em sua festa profana.

PALAVRA-CHAVEProfanação:

Desrespeito ou violação do que é

santo, sagrado; in ­sulto, irreverência .

Liçõ es Bíblicas 41

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REFLEXÃO

“Eíe é o Todo-Poderoso e tem o ce tro do governo do

m undo em suas mãos. Nada escapa aos seus o lhos.”

Elienai Cabral

R E S P O N D A

1. O que o re i Belsazar m andou t ra z e r p a ra u sa r no b an qu e te

I oferecido p o r ele72. Que tipo de festejo era o b an ­quete oferecido p o r Belsazar?

II - O IR R E V O G Á V E L J U ÍZ O D E D E U S

1= O dedo de Deus escreve na p ared e {Dti 5.5). A resposta d iv ina foi imediata: Deus interferiu naquela festa escrevendo sua sen­tença na parede do salão, diante dos olhos de Belsazar e de todos os seus convivas. Ali, o barulho das taças e dos ja rros de vinhos, bem como a “alegria” de outrora, cessaram. De modo assombroso e assustador estava escrito a sen­tença contra o rei Belsazar e o seu reino. Aquela visão demonstrava o fru to do desprezo do rei bab iló ­nico ao Deus de Israel: o Reino da Babilônia foi rasgado. Fez-se um silêncio sepulcral no recinto!

2 . A r a in h a fem fero u -se do p ro fe ta D an ie l (Dn 5.6-12). A m ensagem na parede estava n u m a l in g u a g e m in in te l ig ív e l (v.7). No prim e iro m om ento , n in ­guém com preendia o que estava escrito. Belsazar convocou todos

5 os sábios para decifrar o “enigma”.1 Entretanto, eles fo ram incapazes

Ide fazê-lo.

Q uando o u v iu as pa lavras do rei e percebendo um m ov i-

I

m e n to d ife re n te no pa lác io , a ra inha, f i lha de N abucodonosor, m ãe do re i B e ls a z a r , e n t r o u na p resença do seu f i lh o para saber o que a con tece ra . Após in te irar-se do assunto , a ra inha le m b ro u -se de D an ie l, um h o ­m em de confiança ta n to do seu pai q ua n to do seu m arido . Ele p o d ia in te rp re ta r a m ensagem que o rei v ira . Mas Daniel não estava no palácio.

3. D an ie l e n tra na p re s e n ­ça de B elsazar (Dn 5.13). Belsa­zar não via a Daniel como servo do Deus A ltíss im o, mas apenas com o um dos sábios do palácio. A mãe de Belsazar, contrariam ente, o conhecia e t in h a certeza que Daniel era uma pessoa d iferente e o seu Deus, poderoso. Ela mesma havia testem unhado as proezas do Deus de Israel em outras oca­siões da h is tória daquele reino.

Daniel era um hom em que não fa z ia concessões a sua fé. Ele entrou na presença do rei e após lhe o ferecerem presentes, o p ro fe ta re je itou -os d iante do im perador (Dn 5.17).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )

O ju ízo de Deus contra o p ro ­fano rei Belsazar era irrevogável e se cum priu naquela mesma noite.

R E S P O N D A

3. Belsazar via a D anie l como um servo de Deus?

I I I - A S E N T E N Ç A C O N T R A B E L S A Z A R E A Q U E D A D E

B A B IL Ô N IA ( 5 .2 2 2 8 )

1. Os s áb io s não d e c if ra ­ram as p a la v ra s e s c r ita s na p a re d e (5 .15). A m ensagem era

4 2 L iç õ e s B íb l ic a s

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curta e ob je tiva , mas as palavras eram desconhecidas dos sábios do palácio e eíes não puderam d e c i f r á - la . Por isso D a n ie l é chamado, não pelo rei Belsazar, mas por indicação de sua mãe, para desvendar-lhe o m is té r io . O p ro fe ta Daniel t inha o Espírito Santo em sua vida, por isso, Deus o revelou o s ign ificado daquelas palavras (Dn 5.10-12).

2 . A s q u a t r o p a la v r a s “m is te r io s a s ” (D n 5 .2 5 ) . As palavras escritas na parede não foram interpretadas pelos sábios do im pério . Estes não achavam o sentido delas. Porém, sem medo e seguro, Daniel as in te rp re tou . As duas p rim e iras palavras es­tavam repetidas — MENE, MENE— e s ig n i f ic a v a m “ c o n ta r ou contado”. A palavra TEQUEL tinha o sentido de “pesado”. A ú lt im a palavra, PARSIM, s ign ificava “d i­v id id o ” (Dn 5.25). Para in terpre tar a mensagem Daniel usou o te rm o “ PERES” , p a la v ra c o r re la ta de PARSIM. O sentido daquela é o mesmo desta.

Então, dos versículos 26 ao 28, o pro fe ta explicou cada uma das palavras: “ Esta é a in te rp re ta ­ção daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: D iv id ido fo i o teu reino e deu-se aos medos e aos persas”.

3. O fim re p e n tin o do im ­p é r io b a b iló n ic o (v v .3 0 ,3 1 ). Naquela noite fa tíd ica Deus de ­m onstrou a sua soberania sobre os reis da Terra. Ele é o Todo- -Poderoso e tem o cetro do g o ­verno do m undo em suas mãos. Nada escapa aos seus olhos. Tão logo foi dada a in terpretação da

)

mensagem e as honrarias feitas a Daniel para ser o terceiro homem do império, o rei Belsazar foi m or­to e o exército de Dario entrou na cidade da Babilônia. Os medos e os persas passariam a reinar no lugar do im pério da Babilônia.

No capítú lo cinco de Daniel, j aprendemos a lição de que não p o d e m o s nos fe c h a r em nós mesmos. Deus não suporta uma v ida de egoísmo, soberba e per­versidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou com o santo. Não sejamos p ro ­fanos. Santifiquem o-nos a Deus jj com as nossas vidas.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )

Deus é o jus to ju iz , Ele não aceita escárnio ou zom baria de homem algum.

C

R E S P O N D A |

4. Quais os significados das pa- \ lavras MENE, TEQUEL e PARSIM? '5. O que aprendem os com o capí- * tu lo cinco de Danief?

C O N C L U S Ã O «

A opu lênc ia da Babilônia, a crue ldade de Belsazar e as o r­gias do re ino t ip if ica m uma v ida tre m e n d a m e n te fechada em si mesma. A in te rvenção de Deus em m eio aquela fes ta p ro fa na d em on s tra que Ele não adm ite a sobe rba e o ego ísm o. O Pai Celestial, em Jesus Cristo, ju lg a rá a todos os que se m ostram so ­berbos e arrogantes. A queda do im p é rio bab ilón ico é uma lição j para todos nós. Um dia, quando 5 da segunda v in d a g lo r io s a de Jesus, todos os povos serão j u l ­gados pelo nosso Senhor.

i

L ições Bíblicas 4 3■>

Page 46: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

Subsídio B ibliológico“A e s c r itu ra (5 .2 5)Não existem vogais na fo rm a

escrita da fa m í l ia de línguas às quais pertencem o hebra ico e o aramaico. O manuscrito pode m uito bem te r sido grafado como a ‘m ina’, o ‘s ic lo ’ e o ‘peres’ (meio siclo). Esta ordem é de va lo r decrescente, de acordo com a expressão m onetá­ria. C onquanto possa representar um a d esva lo r izaçã o p ro g re ss iva do reino, certa fe ita liderado por Nabucodonosor, sua interpretação pe rm anece um m is té r io . Danie l acrescenta vogais d iferentes para que se possa ler ‘num erado, nu­m erado, pesado, d iv id id o ’ . A inda assim, não tem s ign ificado a lgum até que os atos de Belsazar fossem exp licad o s , cu idadosam en te n u ­merados, pesados e considerados insufic ientes por Daniel. Seu reino estava prestes a ser d iv id id o e do ­m inado. Deus enumera e pesa os atos de todos os homens e m u lhe ­res. Que não nos encontrem os em fa lta ” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do L e ito r d a BíbBia: Uma análise de Gênesis a A pocalipse ca p ítu lo p o r cap ítu lo . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p .51 7).

A U XÍLIO BIBLIOGRÁFICO I ;B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A

ZUCK, Roy 8 (Ed). T e o lo g ia do A n tig o T e s ta m e n to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Po­p u la r de P ro fec ia B íb lica. 5. e d .R io d e Janeiro: CPAD, 201 3.

S A IB A M AISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p .38.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Mandou trazer os utensílios sa­grados do Templo.

2 . Era um festejo degenerado,profano.

3. Belsazar não vía a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas ape­nas como um dos sábios do palácio.4. MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-

-se aos medos e aos persas.5. No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em nós mes­mos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo queo nosso Pai consagrou como santo.

4 4 L içõ es Bíblicas

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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Bibliológico

“Segurança fa is aO rei festejava com ‘os seus grandes’, pois todos supunham estarem

protegidos pelas muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que as forças persas haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível de água, o in im igo simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da cidade.

Devido ã vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áre­as periféricas haviam sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois, como estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se d ivertindo até que, finalmente tomaram co­nhecimento do ocorrido. Que semelhança entre tanta gente da atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social, jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do L e ito r da B íblia: Uma análise de Cênesis a Apocalipse capítulo p o r capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,2005, p .51 7).

L iç õ e s B íb l ic a s 4 5

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Lição 77 6 de Novembro de 2014

In t e g r id a d e e m

T e m p o s d e C r iseT E X TO ÁUREO

"Então, os príncipes e os presidentes p ro ­curavam achar ocasião contra Daniel a

respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa a lgum a; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício

nem culpa ’’ (D n 6 .4 ),

V E R D A DE PRATICAA in te g r id a d e deve ser a nossa marca, com preendendo igua lm ente coração, mente e vontade.

* H IN O S S U G E R ID O S 175, 310, 394

LE IT U R A D IA R IA

S egunda - SI 7 .8Deus ju lga-nos con fo rm e nossain tegridade

T erça - Jó 1 .1 ; 2 .3Jó era hom em íntegro

Q u a rta - 1 Rs 9 .4In tegridade é s ím bo lo de in te ireza

Q u in ta - M t 6 .1 9 -2 4Jesus ensinou sobre a in tegridade

Sexta - 2 C r 2 5 .2 ; 1 Rs 9 .4In tegridade em tudo

S ábado - 1 Jo 2.1 5-1 7In tegridade é não d iv id ir o coração

46 L iç õ e s B íb l ic a s

Page 49: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

rL E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSE

uíaniel 6 .3-5 ,10 511 s 15,1 ©, 2©

3 - Então, o mesmo Daniel se distinguiu desses príncipes e pre­sidentes, porque neie havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.

4 - Então, os príncipes e os presi­dentes procura va m achar ocasião

f* contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião

ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa.5 - Então, estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião contra Daniel, se não a procurarm os contra ele na lei do seu Deus.10 - Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.11 - Então, aqueles homens foram juntos e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.1 5 - Então, aqueles homens fo­ram juntos ao rei e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei de­termine, se pode mudar.16 - Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lança­ram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: o teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.20 - E, chegando-se à cova, cha­mou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se- -ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?

INTERAÇÃO

Danie l viveu em um a sociedade pagã, porém ele manteve-se fie l e temente ao Senhor. Foi um im p o rta n te p ro fe ta e estad ista que fez a d iferença d iante dos reis a quem serviu . A vida deste servo de Deus não fo i nada fá c il. Ele experim entou te rríve is provas, como a cova com leões fam in tos, mas em todas elas ag iu como um vencedor. Embora exercendo im portan tes fu n ­ções no reino, Daniel não descuidava da sua vida de oração e não p e rm itiu que um edito re a l o tirasse da p re ­sença de Deus. Tem você, professor, tam bém um a vida devocional como Daniel? Não p e rm ita que d ificu ldade a lg u m a o im peça de se a che ga r a presença de Deus em oração. Jam ais espere que um a situação d ifíc il chegue para lhe e n s in a ra respeito da oração.

OBJETIVOS

Após a aula, o a luno deverá estar apto a:

S aber que Daniel era um hom em íntegro, mesmo vivendo em um meio corrom pido.

A n a lisa r o caráter íntegro de Daniel.

C o m p re e n d e r porque Daniel fo i parar na cova dos leões.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, reproduza o quadro da página seguinte de maneira que cada aluno te­nha o seu. Utiiize-o para introduzir a li­ção. Mostre todos os reis a quem Daniel serviu e enfatize o caráter íntegro deste servo de Deus, mesmo estando em um

meio político corrupto. Explique que a fé de Daniel fez com que ele se mantivesse inabalável. A nossa fé em Deus nos livra das investidas de nossos inimigos e nos

leva a ter uma vida íntegra.

Lições B íb l ic a s 4 7

Page 50: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

IN T R O D U Ç Ã O

O cap ítu lo seis do l iv ro de D anie l, o b je to de es tudo desta lição, destaca o v a lo r da in te g r i­dade m oral e esp ir itua l de Daniel e seus a m i­gos du ran te o re inado de Dario. Daniel agora e ra um h o m e m id o ­so, todav ia , sua fé em Deus e sua f id e lida d e pe rm anece ram ina b a ­láve is , m esm o d ian te das fa lsas acusações e da condenação que fize ram com que ele enfrentasse a cova dos leões.

PALAVRA-CHAVE

In te g rid a d e :C aráter, qua iidade

de um a pessoa ín tegra , honesta,

in co rru p tíve l, cujos atos e a titudes são

irrepreensíve is.

I - D A N IE L , U M H O M E M ÍN T E G R O EM U M M E IO P O L ÍT IC O C O R R U P T O

(D n 6 .1 - 6 )

Mais de sessen ta anos já hav iam se passado desde que Daniel e seus companheiros foram levados para o palácio babilôn io. Apesar d isso , eles pe rm a n ece ­

ram íntegros, e m antiveram a fé inabalável no Deus v ivo , mesmo v ivendo em meio à ido la tr ia e cor­rupção. Eíes não se corrom peram com as ofertas palacianas.

1 . D a r io r e o r g a n iz a & g o v e rn o e d e le g a a u to r id a ­

d e a d m in is t r a t i v a (D n 6 .1 - 3 ) . Pareceu bem ao rei nom ear 1 20 princípes para p res id i­rem sobre to d o o re i­no. Dentre estes, três se riam os p r in c ip a is . Os ou tros te r iam que prestar contas a esses. Daniel estava entre os três e, dentre eles, logo

se destacou e cham ou a atenção do re i D a r io , p o is t in h a “ um espír ito exce len te5’ (v.3). Assim , não dem orou m u ito para que o rei, dev ido à ap tidão de Daniel,o constitu ísse sobre to d o o reino (v.3). Tal decisão despertou ciúme e inve ja nos o u tro s líderes, os quais logo se to rna ram in im igos de Daniel (vv.4,5).

2 . D an ie l se to rn a a lvo de um a co n sp iração (D n 6 .4 ,5 ) . A

f ... .......... .......... . ... ...— \O S R EIS A Q U E M D A N IEL SERV IU

N om e Im p é r io R e la to da H is tó r ia A c o n te c im e n to s m e m o rá v e is

N abucodonosor Medo-Persa Capítu los 1— 4 Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram lançados na fornalha ar­dente; Nabucodonosor tornou-se insano por 7 anos.

Belsazar Babilônia Capítu los 5, 7, 8 Daniel leu a escritu ra na parede, a qua l avisava sobre o fim do Im pé rio Babilónico.

Dario Medo-Persa C apítu los 6, 9 Daniel é lançado na cova dos leões.

Ciro

1

Medo-Persa C apítu los 1 0— 1 2 Os ex ilados re to rnam a sua te rra natal, em Judá, e à capita l Jerusalém . ^

E x tra íd o d a B íblia de E studo A p lica çã o Pessoal, CPAD, p . 1 103-.

4 8 L iç õ e s B íb l ic a s

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inveja e o ciúme fizeram com que hom ens m alignos, sedentos de poder, tentassem derrubar Daniel.O problema era que por mais que os in im igos de Daniel procuras­sem um motivo, político ou moral, para acusá-lo, nada encontravam que pudesse manchar sua repu­tação. A integridade e a lealdade de Daniel eram tão imbatíveis que seus in im igos resolveram arm ar uma situação ardilosa contra ele, u tilizando a própria fidelidade de Daniel a Deus (v.5).

3. O p erigo das confabu­lações po líticas . A intenção do rei. de promover Daniel ao posto de m aior destaque no governo, suscitou raiva nos ou tros prin- cípes, pois um estrangeiro teria poder sobre eles. Os princípes se utilizaram da vaidade e do ego do próprio monarca para estabelecer uma trama que prejudicasse Daniel. Invejosos se uniram e foram até o rei e propuseram que fosse feito um edito real determinando que, durante o período de trinta dias, nin­guém fizesse oração a outro deus, ou homem, que não fosse ao rei Dario. Tal edito agradou o vaidoso monarca que desejava ser adorado como um deus (w.6-9). Daniel não fora consultado sobre tal decreto, mas certamente sabia que o objetivo era atingir a sua vida devocional e prejudicar sua comunhão com Deus.

Depois que o rei aprovou o edito, os inimigos de Daniel ficaram na espreita, esperando o momen­to em que ele estaria orando ao Senhor. Daniel seria apanhado em flagrante. Entretanto, Daniel não ficou abalado ou preocupado com tal edito (v. 1 0). Ele não permitiria que nada viesse atrapalhar sua co­munhão com Deus e suas orações.

O que tem impedido a nossa vida de oração? Não permita que algo lhe impeça de orar e falar com o Pai Celeste, pois não existe nada mais importante que o nosso Deus.

---------------------------------------------------------

S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )i

Mesmo vivendo em uma so­ciedade pagã, corrompida pelo pe­cado, Daniel se manteve íntegro.

R E S P O N D A

1. Segundo a lição, o que destaca o capítulo seis de Daniel?2. O que fez com que Daniel se destacasse entre os dem ais p re ­sidentes?

I I - D A N IE L , U M H O M E M ÍN T E G R O Q U E N Ã O

T R A N S IG IU C O M S U A FÉ EM D E U S (D n 6 .1 0 - 1 6 )

1. Nenhum a tram a política m udaria em Daniel o seu hábito devocional de oração (Dn 6 .1 0 ).A palavra integridade pode ser de­finida como “solidez, ou eslado de ser inteiro, isto é, completo”. Ainda muito jovem Daniel entendera que sua vida dependia de sua relação com Deus. A oração era a maneira de ele ser orientado em suas deci­sões pessoais e políticas. Da mesma forma, Deus nos orienta e revela a sua vontade por intermédio das nossas orações.

2 . A m om entânea v itó r ia dos consp iradores . Daniel sou­be do edito real, mas não abriria mão da sua fé, mesmo que tal re­sistência lhe custasse a vida (v. 1 0). Cientes da integridade de Daniel, os inim igos apenas esperaram o horário costum eiro para fazer o flagrante do “ in fra to r” (v.T l). De posse das provas, foram ao rei e

L iç õ e s B íb l ic a s 4 9

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re iv ind icaram que a lei dos me­dos e dos persas fosse cum prida (vv. 12,13). Só então Dario perce­beu que havia sido usado para que os inim igos de Daniel conseguis­sem o seu intento (vv. 13-15)

3. P reservan do a in te g r i­d ad e (D n 6 .1 8 -2 2 ). Daniel nos deixou o exem plo de que é pos-

sível permanecer íntegro mesmo v ivendo em meio a corrupção. Os servos de Deus são chamados para

Ique sejam luz em meio às trevas. Uma pessoa íntegra não é d iv id i­da, não age com duplicidade, não finge, não faz de conta e, mesmo diante do perigo, não nega a sua fé. Daniel nunca escondeu sua fé e o fato de que orava a Deus, pois segundo o tex to bíblico, ele orava em seu quarto com as janelas aber­tas (v. 1 0). As pessoas íntegras não escondem nada de n inguém. Suas vidas são transparentes.

S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 2 )

A fé de Daniel contribu iu para que ele tivesse uma vida devocio- nal bem-sucedida.

R E S P O N D A

3. Os in im igos de D an ie l co n fa ­bu la ram con tra ele buscando que tipo de fa lha?4. Defina a pa lavra integridade.

I I I - D A N IE L N A C O V A D O S LEÕ ES (D n 6 .1 6 - 2 4 )

1. D anie l p re fe riu m o rre r a se d o b ra r d ia n te de um e d ito m a lig n o (D n 6 .1 6 ,1 7 ) . Daniel não d iscutiu nem questionou com o rei o seu edito. Quando soube da lei real, foi para o seu quarto

Le, como de costume, orou a Deus (v. 10). Na verdade, Daniel t inha

certeza de que Deus poderia livrá- -lo se assim o quisesse. A grande lição é que sua integridade não o livrou da maldade e da inveja dos seus inim igos, pois foi denuncia­do, preso e lançado na cova dos leões (vv. 1 6,1 7).

2. D an ie l fo i p ro teg id o da m o rte pelo an jo de Deus (Dn 6 .2 2 ,2 3 ) . A f irm e za de Daniel estava acima de qualquer tram a d iabó lica . Com essa confiança , re s ig n a d a m e n te a ce ito u a sua arb itrária condenação (vv.16,17). Porém, na cova, Daniel constatou o livram ento do Senhor, que en­viou o seu anjo e fechou a boca dos leões, os quais não puderam devorá-lo (v.22).

O rei Dario ficou temeroso e tr is te ao ver que não poderia livrar seu fiel súd ito daquela situação (v. 1 4). Porém, no seu íntimo, o rei sabia que o Deus de Daniel pode­ria operar um milagre. Por isso, foi à cova para constatar o livra­mento (vv. 18-20). Ali, o monarca fo i surpreendido pelos fe itos do Todo-Poderoso. Daniel foi retirado da cova sem nenhum fe r im en to (vv.22,23). Então, o rei ordenou que to d o s aqueles que haviam tram ado contra Daniel fossem lan­çados na cova (v.24). Os inim igos experimentaram o castigo que eles mesmos haviam preparado.

3. Deus m ais um a v e z fo i g lo rific ad o a tra v é s da v id a de D an ie l (Dn 6 .2 2 ,2 3 ,2 5 -2 8 ). Da­niel não saiu da cova esbravejando e amaldiçoando os conspiradores. Ao con trá r io , ele rea firm ou sua inocência e disse que Deus havia en v ia d o o seu an jo para liv rá - -lo (v.22). Mediante a f ide lidade de Daniel, o rei Dario aprendeu uma im portante lição e, por isso,

5 0 L iç o e s B íb l ic a s

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decidiu honrar o Deus de Daniel com um edito. Este decretava que todos os habitantes do im pério babilónico temessem ao Deus de Daniel "porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim . Ele livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões” (vv.26,27). Portanto, não há e nem houve um Deus como o da Igreja.

SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )Daniel não se dobrou diante

de um edito maligno. Ele foi fiel e o Senhor o livrou dos leões.

RESPONDA

5. Q uem Deus en v iou p a ra fe c h a r a boca dos leões?

CONCLUSÃO

Daniel foi próspero e aben­çoado du ran te to d o o re inado de Dario e no reinado de Ciro, o persa (v.28). Deus honrou a fé do

seu servo. Ele também vai honrar ■ a sua fé e o livrará de todo o mal. I Confie! A tua lm ente, os in im igos I dos se rvo s de Deus ta m b é m procuram, mediante articulações j ardilosas, caluniar e m entir contra j aqueles que servem ao Senhor I fie lm ente e se destacam no cená­rio po lít ico e eclesiástico. Estes lançam calúnias a f im de dene­g r ir a in tegridade daqueles que legislam e realizam seu trabalho com excelência. Muitas vezes os íntegros tam bém padecem diante de leis injustas. A fé do profeta fez com que ele mantivesse sua comunhão com Deus mesmo em tem po de crise. A fé em Deus nos dá paz e convicção in te r io r para enfrentar as situações adversas da vida. Como crentes, estaríamos dispostos a sacrificar nossa vida e até m orrer pelo nome de Jesus? O Mestre declarou que no final dos tem pos os verdadeiros discípulos . seriam odiados, a torm entados e | levados à morte. Temos pessoas ? como Daniel? Oremos a Deus para 'ú que sejamos como este profeta. ^

“É possível perm anecer ín tegro mesmo vquando somos ameaçados e vítim as

de consp iração ’’.

Liçõ es Bíblicas 51

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mm.

A U X ÍL IO BIBLIOGRÁFICO ISubsídio B ib lio lóg íco

“Os m ales da in v e ja (6 .4 )Os companheiros de cargo de

Daniel, movidos por amarga inveja, tinham más intenções contra o servo de Deus.

Todos têm de vigiar contra este mostro destru idor: a inveja. Ainda [ neste versículo vemos outra virtude de Daniel: integridade de caráter — ‘nenhum erro nem culpa’. O plano diabólico de matar Daniel seria execu­tado através dos dirigentes do povo, e da vaidade do rei. Em Daniel 2.12, o Diabo, em seu plano anterior de matar Daniel, agiu através da irado rei Nabu- codonosor. Agora ele usou outro rei e outras armas: a presunção, a vaidade, o orgulho, a vanglória pessoal.

O Diabo percebeu que Daniel seria o homem que intercederiajunto a Deus, com oração e je jum , para que os cativos de Israel retornassem à sua terra.

O rei seria um deus por trinta dias (v. 7). Assim, movido por orgulho e vaidade, assinaria o decreto de morte (v. 9). Ainda hoje, muitos decretos, leis, estatutos, resoluções, decisões, votações e reuniões são feitas para prejudicar os outros” (GILBERTO, An- tonio. Daniel & Apocalipse: Como entender o p lano de Deus para os últimos dias. Rio de Janeiro: CPAD,2006, p.38).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B (Ed). T eo lo g ia do A n tig o Testam ento . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Po­p u la r de P rofecia Bíblica. 5 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 3.

SAIBA M AISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p .39.

R E S P O S T A S D O S E X E R C ÍC IO S

1. O capítulo seis do livro de Da­niel destaca o valor da integridade moral e espiritual de Daniel e seus amigos durante o reinado de Dario.2. Ele tinha “um espírito excelente”.

3. Falhas políticas ou morais.4. A palavra in tegridade pode ser definida como '‘solidez, ou estado de

ser inteiro, isto é, completo”.5. Deus enviou seu anjo.

5 2 L içõls Bíblicas

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A U X ÍL IO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio B ib lio ió g ic o

“A vanço P o lítico de D a n ie l (6 .1 -3 )Na reorganização do governo, Dario seguiu a política liberal de

Ciro e logo d iv id iu a responsabilidade da adm in is tração. A nomeação de 120 presidentes, sobre os quais foram colocados três príncipes, pode te r sido um arran jo tem porá rio para assegurar a co leta regular dos im postos e m anter um sistema de arrecadação e contab ilidade. A breve explicação do versícu lo 2 parece ind icar isso: aos quais esses presidentes dessem conta, para que o rei não sofresse dano.

Dos três presidentes, Daniel se d is t ingu iu . E Dario encontrou nele um espírito excelente e planejava estender sua autoridade sobre todo o reino.

Daniel devia te r em to rno de 85 anos ou ta lvez se aproxim asse dos 90 anos. Ele t inha passado diversas crises políticas. Agora, a sua reputação de hom em íntegro e honesto chegara ao conhecim ento dos novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os novos governantes acerca da posição de Daniel na noite fatal da queda de Belsazar. Quaisquer que fossem as circunstâncias, o hom em de Deus estava p ron to para serv ir onde fosse necessário.

Um homem de fide lidade e honestidade é desconcertante para m aquinadores desonestos. Ver Daniel prestes a receber uma p ro m o ­ção que o colocaria acima deles era mais do que os príncipes e os presidentes podiam tolerar. Eles precisavam destru ir Daniel a qualquer custo. O fracasso em encontra r falhas na adm in is tração de Daniel os fez buscar uma maneira de atacá-lo no seu ponto mais fo rte — sua relig ião e a lei do seu Deus.

O rei foi ingênuo no que tange à sugestão dos in im igos de Da­niel. Era bastante com um para os governantes dos medos e persas colocar-se no lugar de um dos seus deuses e requerer a adoração do povo. Dario sentiu-se lison jeado em ser o centro da devoção relig iosa por um mês, assim, assinou esta escritu ra e ed ito ” (PRICE, Ross E.; CRAY, Paul C. (Eds.). C o m e n tá rio B íb lico Beacon. Vol. 4. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.518-9).

L ições Bíblicas 5 3

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Os Im p é r io s M u n d ia is

e o R e in o d o M essias

23 de Novembro de 2014

TE X TO AUREO“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados

ao povo dos santos do Altíssimo;o seu reino será um reino eterno,

e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão” (D n 7 .27 ).

VERDADE PRATICAE n q ua n to os im p é r io s h u m a n o s caem, o Reino de Deus se expande através de Jesus Cristo.

H IN O S SU G E R ID O S 90, 94, 599

LE IT U R A D IA R IA

Segunda - H b 1 .3k Jesus é rei eternamente

Terça - Dn 2 .4 4O reino do Messias será único e eterno

Q u a rta - Dn 7 .1 4 O reino do Messias é invencível

Q u in ta - A p 19.1 5Jesus, o Rei dos reis

Sexta - A p 2 0 .4 O reino m ilenia l de Cristo

Sábado - M t 6 .33 ; Mc 4 .11 ; M t 12 .28A realidade do Reino de Deus

5 4 L ições Bíblicas

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LE ITU R A BÍBLICA EM CLASSE D an ie l 7 .3 8 ,1 3 ,1 4

3 - E q u a tro a n im a is g randes , diferentes uns dos outros, subiam do mar.4 - 0 p rim e iro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe fo ram arrancadas as asas, e fo i levantado da te rra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.5 - Continuei olhando, e eis aqu i o segundo anim al, semelhante a um urso, o qua l se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e for-lhe d ito assim : Levanta-te, devora m u ita carne.6 - Depois disso, eu continuei o lhan­do, e eis aqu i outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também esse an im a l qua tro cabeças, e foi- -Ihe dado domínio.7 - Depois disso, eu con tinuava olhando nas visões da noite, e eis a q u i o q u a rto a n im a l, te rr ív e l e espantoso e m u ito fo rte , o qua l tinh a dentes grandes de fe rro ; ele devorava, e faz ia em pedaços, e p isava aos pés o que sobe java ; era d iferente de todos os an im ais que apareceram antes dele e tinha dez pontas.8 -Estando eu considerando as pon­tas, eis que entre elas subiu ou tra ponta pequena, diante da qua l três das pontas p rim e iras fo ram a rra n ­cadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que fa lava grandiosam ente.13 - Eu estava olhando nas m inhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.14 - E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, pa ra que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu dom ínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.

INTERAÇÃOO tex to b íb lico que vam os e s tu d a r é o cap ítu lo sete de D anie l. Antes, p rezado professor, precisam os considerar algum as in form ações pa ra obterm os êxito na p re ­paração da aula. O nosso estudo sobre o liv ro de Danie l tra ta de um capítu lo inteiro, p o r isso, você deverá faze r ao menos duas le itu ras ou mais, de preferência, u tilizando versões diferentes. Um d ic ioná rio b íb lico e um bom com entário lhe o rien ta rão nos estudos. Muitas pessoas não compreendem o liv ro de Daniel p o r acharem -na d ifíc il. É verdade que a obra do p ro fe ta é complexa, mas, igualm ente, m uito do que se d iz ser com plicado pode ser resolvido através de uma le itu ra atenta com o auxílio de uma versão contemporânea. E com a a juda dos eruditos que, através dos d icionários e dos com entários bíblicos, d isponib ilizaram uma vida in te ira de estudo pa ra nos auxiliar.

OBJETIVOS

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

D escrever e exp licar a visão dos quatro animais.

id e n t if ic a r o c lím ax da visão do profeta.

C o m p reen d er a vo lta de Jesus à luz do cap itu lo sete de Daniel.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, no primeiro tópi­

co da presente lição, os itens (1) e (2) estão estruturados assim: (1) A Visão e (2) In te rp re tação . O primeiro item é

a descrição pura e simples da visão de Daniel de acordo com o texto bíblico.O segundo é a interpretação, isto é, a

explicação da visão.Sugerimos que você siga rigorosamente

a leitura do texto bíblico de acordo com a estrutura da lição. Em seguida, afirme aos

alunos que o capítulo sete de Daniel re­trata uma grande parte da história antiga da civilização humana. A Palavra de Deus

já falara dos acontecimentos históricos antes mesmo de eles acontecer. Boa aula!

L ições Bíblicas 5 5

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I INTRODUÇÃONa lição desta semana, ve ­

rem os um a m u d a n ça n a r ra t iv a no capítulo sete de Daniel. Agora estamos diante de uma série de quatro visões do profeta. É o “apocalipse do A n tigo Testamento” a p re s e n ta n d o q u a tro im périos s im bo lizados po r q ua tro an im ais. A visão do capítulo dois foi dada a um rei pagão, Na- bucodonosor, enquanto que a do capítulo sete, a um servo de Deus, o profeta Daniel.

Veremos que em Nabucodono- sor, a visão revela o lado político dos impérios apresentados como uma grande estátua. Em Daniel, através dos quatro animais, ela revela o lado moral e espiritual desses impérios. Os fatos são os mesmos, mas os o b je t iv o s das duas v isõ e s têm finalidades d istin tas. No capítu lo sete, Deus revela a Daniel o fim dos quatro impérios e o surgimento do reino eterno do Messias prometido.

I - A VISÃO DOS Q UATRO A N IM A IS (D n 7.1-8)

1. A v is ã o . Daniel recebeu a v isão sobre os qua tro animais no p r im e iro ano do rei Belsazar da Babilônia. É im p o rta n te le m ­b ra rm os , aqui, que Belsazar não gove rnou sozinho. Ele fo i corre- gente com o seu pai, N abon ido. Verem os agora a p r im e ira parte da visão de Daniel (vv.1-3):

a) O “leão com asas de águ ia ” (v.4). O versículo quatro descreve um animal semelhante ao leão com asas de águia. Enquanto Daniel o

PALAVRA-CHAVE

Im p é rio :Form a de governo m onárqu ico , cu jo soberano tem o

títu lo de im p e ra d o r ou de im p e ra tr iz .

contemplava, as asas do leão eram arrancadas. Posteriormente, o ani­mal foi erguido da terra, posto de pé como um ser humano e, logo depois, ele recebeu um coração hum ano. O leão representava o império da Babilônia.

b) O urso (v.5). Da­niel v iu uma f igu ra se­melhante a um urso. Este fora erguido de um lado e tinha em sua boca três costelas. A este animal as pessoas diziam: “Le­vanta-te, devora m u ita carne”. O urso simboliza­va o império Medo-Persa.

c) O leopardo com quatro asas (v.6). Outro animal era uma figura semelhante ao leopardo. Este pos­suía quatro cabeças e tinha quatro asas de aves em suas costas. Foi-lhe dado domínio. O leopardo s im boli­zava o império da Grécia.

d) Uma apa rênc ia in d e sc rití­vel (vv.7,8). “Terríve l, espantosa e e x tre m a m e n te fo r te ” era a f i ­gura do qua rto anim al. Ela t in ha enorm es dentes de fe rro , com ia e t r i t u r a v a o que e n c o n tra s s e pe lo c a m in h o . Em sua cabeça havia a inda dez chifres. Enquan­to Danie l p res tava a tenção nos dez ch ifres, um ch ifre pequeno su rg iu e n tre os dez; mas três dos p rim e iros dez ch ifres fo ram arrancados pela raiz. No chifre pe­queno havia tam bém olhos com o “o lhos hum anos” e uma boca que p ro fe r ia “palavras a rrogan tes ”. O animal, aqui descrito, s im bo lizavao im p é rio rom ano.

2= A in t e r p r e t a ç ã o . O b io ­co dos versícu los 9 a 14 revelam mais duas figuras : a do Ancião e a do Filho do Homem. Após este b loco de versícu los, Daniel passa

5 6 L iç õ e s B íb l ic a s

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a narrar a interpretação dos ani­mais dada a ele ainda na mesma visão (vv.l 5-27):

a) As f ig u ra s dos a n im a is (15- 18). As figuras representadas pelo leão, urso, leopardo e o quarto animal, significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa, o rei da Grécia e o rei de Roma (v. 17).

b) A ênfase no q u a r to a n im a l (vv.23-27). O quarto animal foi o que mais chamou a atenção do profeta Daniel: “Então, tive desejo de conhe­cer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros” (v.19). Daniel precedeu o tempo em que o império romano se tornara uma superpotência. Roma foi o império mais devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia administra­tiva, mas frágil (barro), dada a gran­de corrupção que ajudou a sepultar “um sonho chamado Roma”.

c) Os dez ch ifre s e o pequeno ch ifre . Os dez chifres que saíam da cabeça do quarto animal prefigu­ravam dez reis advindos do antigo império romano. Mas outro rei, re­presentado pelo pequeno chifre, se levantará após os dez reis e abaterá os três primeiros, arrancando-os tal como descreve a visão. Este peque­no chifre é o Anticristo escatológico t ip if icado na pessoa de Antíoco Epifânio, o qual estudaremos rapi­damente na próxima lição e, com maiores detalhes, na lição 12.

SINOPSE DO TÓ PICO (1 >

Em Daniel 7.1 -8 o profeta rece­be visões sobre os quatro animais que simbolizavam os quatros gran­des impérios do mundo.

RESPONDA/. Q uais são os a n im a is que a p a re ­cem na v isão de D an ie l?2. De a co rd o com o que você a p re n ­deu n a lição , dê a in te rp re ta ç ã o de cada a n im a l.3. E xp liqu e o s ig n if ic a d o dos dez ch ifre s e o “p e q u eno ch ifre ".

II - O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA P

1. Tronos, “ancião de d ias”e ju ízo divino (vv.9-14). Entramos ú na segunda parte da visão de Da- I niel, que trata do julgamento ceies- | te. O versículo nove nos diz: “foram postos uns tronos, e um ancião de f dias se assentou” (v.9). A figura de vários tronos tipifica um contexto de ju lgamento e justiça. A profecia nos fala que o ju iz do julgamento é o “ancião de dias”, isto é, Deus é retratado no livro tendo cabelos brancos e vestido de branco. É aque­le que Abraão reconheceu como o “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). O tr ibuna l demonstrado no sétimo capítulo de Daniel revela que Deus julgará “o pequeno chifre” e decre- | tará a sentença final contra o quarto animal (Roma) (vv.l 1,12). Aqui estáo ápice da visão de Daniel, ou seja,o Altíssimo julgando as maldades, crueldades e perversidades das nações deste mundo!

2 . O “ F ilh o do H o m e m ” (vv .13 ,14 ). A expressão “f i lho do m hom em ” ou, de acordo com os m elhores m anuscr itos an tigos , “ f i lho de hom em ”, aparece mais de 80 vezes no liv ro de Ezequiel.A fó rm u la é regularm ente tra d u ­zida como “hom em ” ou “ ser hu ­m ano”, pois na Bíblia trata-se de expressões sinônimas. Tanto em Daniel quanto em Ezequiel, “ fi lho

L ições Bíblicas 5 7

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do h o m e m ” refere-se a um ser hum ano d is t in to que recebe de Deus a soberan ia ce lestia l. Pos­te r io rm e n te , os santos após to los de Cristo id e n tif ica ram “ f i lh o do h o m e m ” com a pessoa de Jesus de Nazaré (M t 24.27,30). Em o Novo Testam ento , Jesus in t ro d u ­z iu o Reino de Deus no m undo com o o p ró p r io ve rbo d iv in o fe ito carne, a p lena revelação de Deus (Jo 1.1,14). Foi-lhe dado um nom e que é sobre to d o o nom e e to d o

Ío poder sobre a Terra (Fp 2.9-11). Jesus C ris to v irá pe la segunda vez e ins tau ra rá o g ove rno l i te ­ral de Deus no m undo — o reino m ilenar (Ap 20.2,6).

3 . A G ra n d e T r ib u la ç ã o ( v v .2 4 ,2 5 ) . S e g u n d o a v is ã o conservadora-trad ic iona l e evan­g é lica , e s tam o s d ia n te de um te x to que aponta para um tem po de grande so fr im ento no m undo,

(especialmente em relação à nação de Israel. “O chifre pequeno”, ad­v indo da região do quarto império, Roma, p ro m o ve rá engano e as- som bro no planeta. Na linguagem neotestamentária, ele é o “Anticris-

I to ” , o b lasfem ador de Deus e dos seus preceitos. Por “ um tem po, e

I tempos, e metade de um te m p o ”,o “A n tic r is to ” terá autoridade no m undo. Esse período equivale a “ três anos e m eio”, ou “quarenta e dois meses” ou “ mil e duzentos e sessenta d ias” (Dn 12.7; 9.27; Ap 12.14; 7.14). Ele com preende a

j metade dos sete anos finais pres-1 critos com o a Grande TribulaçãoI e o fim do “tem po dos gentios”.I Nos prim eiros “três anos e meio” | o Antic r is to fará acordos com Isra-I ei, mas não os cum prirá . Este é o■ período de grande poder e in f lu ­

ência política desse líder mundia l

sobre o m undo e os judeus. Mas o Messias o dom inará e quebrará o seu reino de mentira . O An tic r is to será condenado e a p len itude do Reino de Deus será estabelecida para sempre!

S IN O P S E D O T Ó P IC O ( 2 )

O clím ax da visão pro fé tica de Daniel m arca o a d ve n to da g ra nd e t r ib u la ç ã o , do f i lh o do hom em e do ju ízo d iv ino .

R E S P O N D A

4 . E x p liq u e o q u e s ig n if ic a a e x ­p re s s ã o “f i lh o d o h o m e m ”.

I I I - A V IN D A D O F IL H O D O H O M E M

1. A v is ã o (vv .1 3 ,1 4 ). Exp li­camos ante rio rm ente a expressão “ f i lho do h o m e m ” e v im os que ela fo ra a tr ibu ída pelos apósto los a Jesus Cristo. O versícu lo 13 de Da­niel afirma que o “f i lho do hom em ” vo lta rá nas nuvens do céu. Este é o en tend im en to rem on tado em Atos 1.9-11 quando da a firm ação dos santos anjos sobre a vo lta do Cristo de Deus: “ E, quando d iz ia isto, vendo-o eles, fo i e levado às a lturas, e uma nuvem o recebeu, o cu ltando -o a seus o lhos. [...] [Os anjos] lhes disseram: Varões gali- leus, por que estais o lhando parao céu? Esse Jesus, que dentre vós fo i recebido em cima no céu, há de v ir assim com o para o céu o vistes i r ”. Da mesma fo rm a o após to lo João escreveu no Apocalipse uma mensagem recebida do p róp r io Je­sus: “ Eis que vem com as nuvens, e todo o lho o verá, até os mesmos que o traspassaram ” (Ap 1.7). O re ino de Cristo será eterno, único e jam a is perecerá (v.14).

5 8 L iç õ p .s Bíblicas

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2 . “Os san tos do A lt ís s i­m o ” (v .18). Para os p r im e iro s Jeitores do liv ro de Daniel, a ex­pressão “os santos do A ltíss im o” era iden tif icada por eles com o o povo judeu que estava em ca ti­veiro. Entretanto, de m odo mais a b ra n g e n te , e de a c o rd o com Apoca lipse 7.9-17, e a p a r t ir da revelação progressiva da Palavra de Deus ao longo da h is tória b í­blica, esses grupos de m ártires e santos são os crentes adv indos da Grande Tribulação, de todos os lugares, tr ibos e nações, que tive ram as suas roupas favadas no sangue do Cordeiro.

3. A d e s tru iç ã o do A n ti- c ris to (v v .2 6 ,2 7 ). Deus in te rv irá na história dos judeus e tra rá ju ízo contra o An tic r is to . Este será ju l ­gado e condenado para sempre. A sua destruição dar-se-á quando do final do segundo período de “três anos e m eio” da Grande T ribu la ­ção. Mas a Igreja de Cristo, lavada e rem ida no sangue do Cordeiro, não passará pela Grande Tribu la­ção. Antes de in ic ia r esse tem po de grande sofrim ento , o Corpo de

WtÊMBKKÊÊÊÊÈMÊÊÊÊÊÊlÊIÊÊMm Cristo será t irado do m undo para estar para sempre com o Senhor.

SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )O p ro fe ta Danie l v iu o dia

em que v irá o Messias e Ele j u l ­gará tanto os grandes quanto os pequenos.

RESPONDA5. C o m o se d a rá a v in d a d o f i lh o d o h o m e m ?

CO NCLUSÃOL a m e n ta v e lm e n te , d e v id o

à m u ltip licação da “d o u tr in a ” da prosperidade, e de muitas igrejas e pregadores propalarem o “aqui e agora”, a profecia bíblica quanto ao fu tu ro f icou de lado. Outros caem no erro de ensinar que as profecias de Daniel e do A poca lip ­se são alegorias e produtos de um tem po e de uma cu ltu ra sem co­nexão com a era atual. Estudemos a Palavra de Deus para não nos acharm os soberbos, de le itosos e não sejamos, pois, a Laodiceia contem porânea (Ap 3.14-22)!

REFLEXÃO

“O A n tic ris to será condenado e a p len itude do Reino de Deus será

estabelecida p a ra sem pre!" Elienai Cabral

Liç õ e s Bíblicas 5 9

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A U X ÍL IO BIBLIOGRÁFICO I j

V O C A B U LÁ R IOC lím ax: Parte do enredo (livro, f i lm e , peça etc.) em que os a co n te c im e n to s cen tra is ga­nham o m áximo de tensão, pre­nunciando o desfecho; ápice.

4B IB L IO G R A FIA SU G E R ID A

LAHAYE, T im ; HINDSON, Ed. E n c ic lo p é d ia P o p u la r d e P ro fecia B íblica. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.GILBERTO, Anton io . D an ie l & A p o c a lip s e . Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

SA IBA M AISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p .39.

Subsídio Teo lóg ico“As Q u a tro BestasD u ra n te o p r im e iro ano do

reinado de Belsazar, Deus revelou a D an ie l um o u tro resu m o dos im pé rios m und ia is que estavam por vir. Por meio de um sonho e visões noturnas, Daniel v iu o mar revoito (representando os povos da terra). Dele, subiam quatro grandes animais ‘d iferentes uns dos ou tros ’ (7.2-3). Os animais eram um leão, um urso, um leopardo e um outro não defin ido, que era ‘terríve l, es­pantoso e sobrem odo fo rte ’ (7.7). Sobrepondo-se à profecia da está­tua no sonho de Nabucodonosor, os animais representavam a Babilônia (o leão); a Medo-Pérsia (o urso); a Grécia (o leopardo), com seus qua­tro generais que d iv id iram o reino de A lexandre, o Grande, logo após sua m orte; Roma (o quarto animal)” (LAHAYE, T im ; HINDSON, Ed. En­c ic lop éd ia P o p u la r de P ro fec ia B íblica. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD,

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS1. Um leão com asas de águia; um urso corri Irês costelas na boca; um leopardo com quatro asas; um ani­mal com uma aparência indescritível com dentes de ferro que comia e triturava tudo o que via no caminho.2. As figuras representadas pelo leão, o urso, o leopardo e o quarto animal, significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa,

o rei da Grécia e o rei de Roma.3. Os dez chifres que saíam da cabeça do quarto animal prefigu­ravam dez reis advindos do antigo império romano. O pequeno chifre

é o Anticristo escatológico.4. A expressão “filho do h o m e m ” refere-se a um ser humano distin­to que recebe de Deus a sobera­

nia celestial.5. O “filho do homem” voltará nas

nuvens do céu.

6 0 I TÇÕF..S Bíblicas

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A U XÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Teo lóg ico

“ O F ilho do H om emA Daniel fo i concedida a visão celestial do Filho do Homem

perante o trem endo e resplandecente trono do Deus Todo-Poderoso,o Ancião de Dias (Dn 7.9-14). Durante suas palavras no cenáculo,o Senhor Jesus disse a seus discípulos que Ele (o Filho do Homem) retornaria ao seio de seu Pai celestial, que o enviara para m orrer pela humanidade Oo 14.1 -6,28; 1 6.28). Na verdade, sua vo lta para a g lória fo i testem unhada por aqueles fiéis d iscípulos. Os anjos lhe disseram: ‘Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu v irá do m odo como o vistes sub ir ’ (At 1.1 1 ). Daniel pode te r testem unhado a ascensão do Senhor e sua entrada diante do trono de Deus, depois de m orre r pelos pecados da humanidade. Daniel v iu: *[...] eis que vinha com as nuvens do céu um como o f i lho do homem, e d ir ig iu - se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele’ (Dn 7.1 3). Tanto a d iv indade como a humanidade de Cristo são vistas nas palavras queo identificam . Era o Filho de Deus (SI 2.7) e o Filho do Homem que havia sido profetizado. Ser chamado de Filho do Homem mostra que Cristo não era apenas uma divindade, mas também um ser humano.

Ao Filho do Homem, ‘fo i-lhe dado dom ínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servis­sem; o seu dom ín io é dom ín io eterno, que não passará, e o seu reino jam ais será destru ído ’ (Dn 7.1 4). Trata-se, na verdade, de um qu in to reino cuja duração será de mil anos na h istória da te rra (Ap 20.4-9). Este reino, contudo, prosseguirá pela eternidade com a Novajerusa- lém e novos céus e nova terra, onde a paz e a jus t iça prevalecerão (Ap 21— 22)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Encic lopédia P opu lar de P rofecia B íb lica. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p . l 77).

L iç õ e s B íb l ic a s 61

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Lição 930 de Novembro de 2014

O P r e n ú n c io d o

T e m p o d o FimTEXTO AUREO

“E disse: Eis que te fa re i saber o que há de acontecer no ú ltim o tempo da ira ;

porque ela se exercerá no determ inado tempo do fim " (D n 8.1 9).

VERDADE PRÁTICAO tem po do f im não é o f im do m un­do, mas o tem po de tra tam en to de Deus com o povo de Israel, p renun­ciando a v inda de Cristo.

HINOS SUGERIDOS 304, 334, 469

LE IT U R A D IA R IA

Segunda - T t 2 .1 3O aparecimento do grande Deus

Terça - Dn 7.1 3Cristo v indo em g ló ria nas nuvens

Q u a rta - Mc 1 3 .2 6Cristo v indo com grande poder

Q u i n t a - M t 2 5 . 31,32Jesus vindo em glória para ju lgar asnações

Sexta - A t 1 .10 ,11Os anjos a firm am que Jesus vo ltará

Sábado - M t 1 6 .2 7Jesus v indo para ju lg a r a cada um

6 2 L içõ es Rírt.tc as

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m

LEITURA BÍBLICA EM CLASSED an ie l 8 .1 ,3-1 1___________

I - No ano terceiro do reinado do rei Belsazar, apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me apareceu no princípio.3 - E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta subiu por último.4 - Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia; e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e e/e fazia conforme a sua vontade e se engrandecia.5 - E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente so­bre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos;6 - dirigiu-se ao carneiro que tinha as duas pontas, ao qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o ímpeto da sua força.7 - E o vi chegar perto do carneiro, irritar-se contra ele; e feriu o carnei­ro e lhe quebrou as duas pontas, pois não havia força no carneiro para p a ra r diante dele; e o lançou por terra e o pisou aos pés; não houve quem pudesse liv ra r o carneiro da sua mão.8 - E o bode se engrandeceu em grande maneira; mas, estando na sua m a io r força, aquela grande ponta fo i quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu.9 - E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa.10 - E se engrandeceu até ao exército dos céus; e a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os pisou.I I - E se engrandeceu até ao prín­cipe do exército; e por ele fo i tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário fo i lançado por terra.

__________ INTERAÇÃO _____“O tempo do fim .’’ Há pessoas que têm arrepios quando ouvem ta l expressão. Mas esta nada tem com o fim do mundo. Todavia, parece que o tema escatológico do fim do mundo mexe com os senti­mentos das pessoas. Não por acaso, a indústria cinem atográfica am ericana tem investido bilhões de dólares acerca destes ternários. No meio evangélico não é diferente, pois não poucos autores e ci­neastas têm assustado pessoas fazendo com que as profecias pareçam um filme de Hollywood. Quando ensinamos o oi­tavo capítulo do livro de Daniel, a nossa perspectiva de ensino não pode ser a do terror, mas a da esperança. Apresentan­do aos nossos alunos o triunfo do Reino de Deus mediante o contexto profético apresentado no capítulo em estudo.

OBJETIVOS

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

C onhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode.

Identificar a visão do chifre pequeno.

C o m p reen d er o período do tem po do fim.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, após lecionar o primei­

ro tópico da lição, sugerimos que repro­duza o esquema da página seguinte. A

ideia é reforçar o aprendizado dos alunos. De acordo com o esquema elaborado e objetivando a assimilação das informa­

ções pelos alunos, é salutar ao professor acrescentar ao esquema proposto figuras

do bode, do carneiro e dos impérios medo- -persa e grego — as imagens podem ser

identificadas na internet ou adquiridas nas lojas da CPAD. A exposição oral do assunto

conjugado ao esquema e as figuras dos animais farão com que os alunos tenham

sucesso no processo ensino-aprendizagem.Boa aula!

Lições Bíblicas 6 3

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IN T R O D U Ç Ã ONo capítulo sete, Daniel tem

a visão dos quatro animais, cada um destes representando um im ­pério m undia l. No capítu lo oito, que estudaremos nesta lição, o profeta tem sua segunda visão. Ele viu um c a rn e iro lu ta n d o c o n t ra um b o d e . Na verdade, este capítu lo repete m uito da pred i­ção do capítulo dois, e especia lm ente do cap ítu lo sete. Todavia, o capítulo o ito acrescenta detalhes importantíssimos quanto aos períodos m edo-persae grego.

I - A V ISÃ O D O CARNEIRO E D O BODE <Dn 8 .3 -5 )

1, A v is ã o do e ariie ir© (Dn 8 .3 ,4 ,2 0 ) . Esse c a rn e iro s im ­bo lizava o im p é r io m edo-persa (v.20). Segundo os h istoriadores, no caso dos persas, os seus reis sempre levavam como emblem a uma cabeça de carneiro em ouro sobre a cabeça, p r inc ipa lm en te quando passavam em revista os seus exércitos. De acordo com a história, os medos haviam preva­lecido na guerra com a Babilônia. Dario fo i o p rim e iro governante da união entre a Média e a Pérsia. Porém, logo os persas prevalece­ram em força e Ciro to rnou-se o rei do im pério .

PALAVRAS-CHAVE

Tem po:Período contínuo no

qua l os eventos se sucedem.

O carneiro iden tif icado com oo im pério m edo-persa venceu e d e r ro to u o im p é r io b a b i ló n ic o quando Belsazar estava no poder. No mesm o dia em que Belsazar zom bou de Deus ao u t i l iz a r os utensílios sagrados do te m p lo de Jerusalém, ele caiu nas mãos dos

m edo-persas. Nota-se que há uma repetição do p red ito na visão do cap ítu lo sete sobre o segundo e o te rce iro impérios, porém, Deus de m a n e ira e sp e c ia l mostrou a Daniel o que

estaria fazendo no fu tu ro desses im périos e com o p ró p r io povo de Israel.

2 . Os c h ifre s do c a rn e iro . Os dois chifres do carneiro não eram iguais, pois um dos chifres era m a io r que o outro . O m aior representava Ciro, o persa (v.3) eo m enor representava Dario, da Média. Na c ro n o lo g ia h is tó r ica , C iro sucedeu a D ario . Eventos im p o r ta n te s a c o n te c e ra m no período desses dois reis até queo carneiro foi vencido, surg indo na visão de Daniel a f ig u ra de um bode que ataca o ca rne iro e o vence (vv.5-7).

3„ A v isão do bode (Dn 8.5- 8). A figura do bode, na m ito log ia do m undo de então, s imbolizava o poder e a força. Na visão de Daniel,o bode arrem eteu contra o car­neiro com m uita força, fe rindo-o e quebrando os seus dois chifres,

fO CARNEIRO OS CHIFRES

DO CARNEIROO SODE

E O GRANDE CHIFRE

0 s ig n ifica do do carne iro é o adven to do im pé rio m edo-persa.

V

Eram dois os chifres do car­neiro: o m aior e o menor. O m aior referia-se a Ciro, o per­sa; o menor, Dario da Média.

A figu ra do bode representa­va o im pério grego. E o chi­fre, o im perador A lexandre.

...........J64 L iç õ e s B í b l i c a s

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Segundo a Bíblia de Estudo Pen­tecostal, “o bode representava a Grécia, e seu grande chifre refere- -se a Alexandre, o Grande (8.21)”. O carneiro foi tota lmente dominado e humilhado. Seus dois chifres fo ­ram quebrados e, após isso, ainda foi pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de comple­ta sujeição e derro ta do império medo-persa pelos gregos.

Nos versículos o ito e nove, a “ p on ta n o tá ve l” se queb ra e surge em seu lugar quatro outras pontas (ou chifres). Esses quatro chifres menores representam os quatro generais que assumiramo im pério grego depois da m orte de Alexandre, o Grande.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )

A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos im ­périos medo-persa e grego.

R E S P O N D A

1. Quais são os dois anim ais da visão do capítu lo o ito?2. O ca rn e iro s im bo lizava q ua l im pério?3. O que rep resen tava os dois chifres do carneiro?

II - O C H IF R E P E Q U E N O (D n 8 .9 )

1. A v isão da ponta p eq u e­na. Na visão do profeta Daniel, surge de uma das quatro pontas notáveis, “ uma ponta mui peque­na” (v.9). Daniel percebeu que esta “ ponta pequena” cresceu muito , especialmente direcionada para a “terra fo rm osa”, Israel. Essa “pon­ta pequena” refere-se a Antíoco Epifânio que tornou-se um opres­sor terrível contra os judeus. Ele

REFLEXÃO

“O fu tu ro do homem e do m undo está sobo o lh a r do A ltíssim o."

Elienai Cabral

surgiu da partilha do im pério de Alexandre e a ele coube o domínio da Síria, Ásia Menor e Babilônia.

2. A u ltra ja n te a tiv id a d e d e s s e re i c o n tra Is ra e l (D n 8.10,11). Os versículos dez e onze fa lam das ações u ltra jan tes do “ pequeno ch ifre ” contra o povo de Deus, profanando o santuário de Israel e ten tando acabar como “ sacrifício contínuo” que Israel fazia ao Senhor.

3. A p u rificação do s a n tu ­á rio (Dn 8 .14 ). Segundo a his­tó ria , a purificação do santuário ocorreu três anos e dois meses depois de o a ltar do Senhor te r sido rem ovido por Antíoco. Deus é bom e m isericord ioso .M esm o seu povo sendo in f ie l, Ele iria purificá-los e restaurá-los.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )

O chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e terrível con­tra Israel.

R E S P O N D A

4. A p o n ta pequena do c h ifre refere-se a quem?

I I I - A N T ÍO C O E P IF Â N IO ,O P R O T Ó T IP O D O

A N T IC R IS T O

1. A ntíoco E p ifân io . Por orabasta d izer que este fo i um rer da d inastia Selêucida (Babilônia e

L içõ es Bíblicas 6 5

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Síria) que perseguiu os judeus de Jerusalém e da Judeia. Trata-se do rei de cara fe roz descrito no ver­sículo v in te e três. Este monarca cometeu tantas atrocidades con­tra o povo de Deus, que muitos o veem como um tipo do Anticris to.

2. A v is ã o d o a n jo G a b r ie l (D n 8.16). O “Gabriel” mencionado no versículo dezesseis é um anjo que o Senhor enviou com o p ropó ­sito de explicar a Daniel a visão. Esse mesmo Gabriel tam bém foi enviado a Zacarias e, igualmente, a Maria, para anunciar o nascimento de Jesus (Lc 1.1-38). Como vere­mos, no capítulo nove ele aparece novamente a Daniel.

3 . O t e m p o d o fãm (Drs 8 .17). Segundo a Bíblia de Estu­do A p licação Pessoal, “o fim do te m p o ”, neste caso é uma alusão a todo o período entre o final do exílio e a segunda v inda de Cris­to ”. Os governantes e im périos v is to por Daniel no capítulo o ito já não existem mais. Homens como A lexandre e Epifânio m orre ram e seus im p é r io s ch e g a ra m ao fim , pois os reinos deste m undo

são efêmeros. Somente um reino nunca terá f im — o reino do Mes­sias: "O reino, e o dom ín io , e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do A ltíss im o; o seu reino será reino eterno, e todos os dom ínios o servirão e lhe obe­decerão” (Dn 7.27).

S IN O P S E D O T Ó P IC O <S)

Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas atrocidades contra o povo de Deus, Antíoco Epifânio é consi­derado por m uitos estudiosos um tipo do Anticr is to .

R E S P O N D A

5. A lguns teólogos veem Antíoco como um p ro tó tip o de quem?

C O N C L U S Ã ODeus é soberano e a h istória

do m u n d o fa z p a rte dos seus d es íg n io s . Ele conhece to d a a h istória, começo e fim . O fu tu ro do hom em e do m undo está sobo o ihar do A ltíssimo.

.: REFLEXÃO

‘Os reinos deste m undo são efêmeros, mas o governo de Deus é e te rno .”

Elienai Cabral

6 6 Liçõ es Bíblicas

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B IB LIO G R A FIA SU G ER ID A

PFEIFFER, Charles F.; VOS, Ho­w ard, F. D ic io n á r io B íb l ic o W yc liffe» Rio de Janeiro: CPAD, 2009.SILVA, Severino Pedro. D a n ie l V e rs íc u lo p o r V e rs íc u lo : Asvisões p a ra estes ú ltim os dias. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.STAMPS, Donald C (Ed.). B íb l ia de E s tu d o P e n te c o s ta l: A n ti­go e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

SAIBA M AISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p.40.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O carneiro e o bode.2. O império medo-persa.

3. Ciro, o persa; Dário da média.4. Essa “ponta pequena” refere-se à Antíoco Epifânio que tornou-se um opressor terrível contra Israel.

5. Protótipo do Anticristo.

Subsíd io H is tó rico“MEDOS, M ÉDIAEm Isaías 1 3.1 7,1 8 e Jeremias

51.11,28, fo i predito o papel que os medos iriam desem penhar na queda da Babilônia, embora nessa época os persas estivessem d om i­nando. Daniel também a tr ibu i aos m edos um papel im p o rta n te na queda da cidade da Babilônia (Dn 5 .30 ,31). Talvez em 539 a.C. os exércitos de Ciro o Grande fossem d ir ig idos por um Dario, o medo, que ‘ocupou o reino, na idade de sessenta e do is ’ (v.31). Entretanto, é d ifíc il ide n tif ica r esse Dario, o medo. O estudioso j . C. Whitcomb Jr. acredita que era o Gubaru das Crônicas de Nabonido (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. D ic io ­n á r io B íb lico W y c lif fe . Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 1242-43).

AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I

Lições Bíblicas 6 7

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A U XÍLIO BIBLIOGRÁFICO IIS u b s id io H is to r ic o

“ PÉRSIA Os reis assírios foram os primeiros a m enc ionara Pérsia em seus relatos. Salmanaser III recebeu tr ibu to dos reis da Parsua em 836 a.C., Tiglate Pilaser III invadiu a Parsua em 737, e Senaqueribe lutou contra eles em Haíulina em 681. Aquêmenes (Hakhmanish da Pérsia) foi o ancestral epônim o que fundou a d inastia persa. Teispes, f i lho de Aquêmenes, dois netos, Ariyaramnes e Ciro e um bisneto, Cambises, governaram a terra natal, mas foram subord inados aos seus primos mais poderosos do norte, os medos. A pátria deste povo de língua indo-europeia era chamada de Parsa, mas eles a chamavam de Airyana, do sânscrito arya, ‘nobre ’, e a partir daí o atual Irã. O país situava-se a leste de Elão a partir do go lfo Pérsico até o Grande Deserto de Sal. Este povo passou pelo planalto do Irã e ocupou esta região no início do prim eiro m ilên io a.C.

Depois da queda de Nínive, em 61 2 a.C., os medos contro laram todo o norte da Mesopotâmia. O casamento de Cambises com a filha do rei medo Astíages, resultou no nascimento de Ciro II. Este líder uniu as tr ibos persas e ju n to u forças com Nabu-na’ id (Nabonido) da Babilônia, em uma revolta contra os medos. Em pouco tem po, o contro le da Média caiu nas mãos de Ciro o Grande, em 547 a.C. ele venceu Creso, o rei de Lídia que governava a Anatólia ocidental.

Ciro não fez uma mudança radical quando tom ou os reinos dos caldeus, mas ins titu iu reformas. Colocou o tem p lo da Babilônia sob sua própria administração, mas teve uma atitude ilum inada em relação às religiões que eram diferentes da sua. Os judeus exilados não foram os únicos a receber liberdade religiosa e vo lta r para a sua te rra natal (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. D ic io n á r io B íb l ic o W y c l i f fe . Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p p .l 51 5-1 6).

6 8 L iç õ e s B íb l ic a s

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Lição 1 07 de Dezembro de 2014

As S e t e n t a S e m a n a s

TEXTO ÁUREO“Setenta semanas estão determinadas so­bre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim

aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profe­

cia, e ungir o Santo dos santos’’ (Dn 9.24).

VERD A D E PRÁTICADeus reve la os seus m is té r io s a quem reconhece a sua soberania e submete-se a sua vontade em amor e contrição.

■iH IN O S SUG ERIDO S 105, 483, 231

i

LE ITU R A D IÁ R IA: :i Segunda - M t 2 1 .1 8 -2 2

O ensino de Jesus sobre a fé

Terça - Pv 1 5 .29; SI 141 .2Deus está pronto a ouv ir

Q u a rta - Pv 11 .2 ; 2 9 .2 3Humildade e sabedoria

Q u in ta - D t 9 .1 8 -2 9Uma vida de oração

Sexta - M t 13 .1 -23Deus revelou os mistérios do Reino

Sábado - Dn 9 .1 -1 0Danief, um homem de oração

L ições Bíblicas 6 9

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_____ INTERAÇÃO _________

Prezado professor, na lição de hoje es­tudarem os as setenta semanas do livro de Daniel. Este é um assunto que deve ser estudado com m uita dedicação. Depois de estudar com zelo as p ro ­fec ias do p ro fe ta Jerem ias, D an ie l compreendeu o fu tu ro do seu povo. A pro fecia de Daniel começou a se cum ­p r ir a p a r t ir do decreto da restauração de Israel p o r ordem do re i A rtaxerxes (Ne 2.1-8). Porém , a p ro fec ia ainda não se cum pria na íntegra, pois a sep­tuagésim a semana de Daniel fo i in te r­rom pida pelo Todo-Poderoso. A Igre ja de C ris to não verá o cu m p rim en to to ta l desta profecia , pois antes que a septuagésima semana se cum pra ela já terá sido a rreba tada .

L E IT U R A B ÍB L IC A E M CLASSE D an ie l 9 .2 0 -2 7

20 - Estando eu ainda fa lando, e orando, e confessando o meu pecado e o pecado do meu povo Israel, e lançando a m inha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus,2 1 - estando eu, digo, a inda fa la n ­do na oração, o varão Gabriel, que eu tin h a visto na m inha visão ao princíp io , veio voando rap idam en­te e tocou-me à hora do sacrifíc io da tarde.22 - E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora, saí para fazer- -te entender o sentido.23 - No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem , e eu vim , pa ra to dec la ra r, porque és m u i am ado; toma , pois, bem sentido na palavra e entende a visão.24 - Setenta semanas estão deter­m inadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e d a r fim aos peca­dos, e expiar a iniquidade, e trazer a jus tiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ung ir o Santo dos santos.25 - Sabe e entende: desde a saída da ordem pa ra re s ta u ra r e pa ra ed ificar Jerusalém, até ao Messias,o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tra n ­queiras se reed ifica rão , m as em tempos angustiosos.26 - E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destru irá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guer­ra ; estão determ inadas assolações.2 7 - E ele f irm a rá um concerto com m uitos po r uma semana; e, na metade da semana, fa rá cessar o sacrifício e a o ferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determ inado será der­ram ado sobre o assolador.

OBJETIVOS

Após a aula, o a luno deverá estar apto a:

C onhecer que Daniel compreendeuo fu tu ro de Israel após estudar as profecias de Jeremias.

C o m p re e n d e r as setenta semanas profetizadas no livro de Daniel.

Saber os propósitos da septuagési­ma semana.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPara introduzir o segundo tópico da lição desta semana reproduza o esquema da

página seguinte conforme as suas possibili­dades. Com o auxílio do esquema, explique que a profecia de Daniel começou a se cum­prir a partir do decreto da restauração de Is­rael por ordem de Artaxerxes (Ne 2.1-8), em

444 a.C. Em seguida, diga aos alunos que essa profecia não foi cumprida cabalmen­te, pois a septuagésima semana de Daniel foi interrompida por Deus. Então deu-se o

advento da Igreja. Afirme que a Igreja deve primeiramente ser arrebatada, para em

seguida, a profecia sobre a septuagésima semana cumprir-se literal e plenamente.

7 0 Liçõ es Bíblicas

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MM et m t t

IN TR O D U Ç ÃODiferentemente dos capítulos

anteriores, o nono capítu lo de Danie! não descreve o fu tu ro dos im p é r io s m u n d ia is , ^ mas o de Israel. Nes­ta lição, estudaremos a pesquisa de Daniel quanto à profecia de Jerem ias: as se ten ta semanas, um período de 490 anos para o povo judeu. Este perío- ^

PALAVRA-CHAVE

Soberania:Q u a lid a d e o u co n ­

d iç ã o de s o b e ra n o ; s u p e r io r id a d e d e r i­va d a de a u to r id a d e ,

d o m ín io , pode r.

do compreende o fim do tem po da escrav idão e do e x í l io dos israe litas em te rras estranhas A p a r t i r de uma c ircuns tânc ia histórica, Deus revelou a Daniel uma verdade fu tu ra acerca do

seu povo. Pelo período de setenta anos, Israeí ve ria a sobe ran ia de Deus in te r v in d o em seu fu tu ro . E após uma visão estarrecedora dos capítulos 7 e 8, referen­te ao tempo v indouro, em que “um rei fe roz”

AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL (Daniel 9.24-27)

O Decreto da Restauração

Messias, o Príncipe

O Príncipe que Virá

O Messias Retorna

69 semanas

O Messias é "tirado” 3 de abril de 33 d.C.

Era da Igreja

cidade e o Tem plo são destru ídos 6 de agosto de 70 d.C.

J 6661n r~í h1 semana

V * semana Vz semana

5 de m arço,444 a.C.

Decreto de A rtaxe rxes — Neem ias 2.1 -8

30 de m arço, 33 d.C.

Entrada tr iu n fa l — Lucas 19 .28 -40

Arrebatam ento

EX P LIC AÇ ÃO DAS S E TE N TA SEM ANAS DE ANO S DE D AN IEL

■ 69 semanas de anos x 7 anos em cada semana x 360 dias por ano = 1 73.880 dias■ 5 de março, 444 a.C. (decreto de Artaxerxes) + 1 73.880 dias = 30 de março, 33 d.C. (a entrada triun fa l)

Î !

VER IFIC A Ç Ã O

■ 444 a.C. a 33 d.C. = 476 anos■ 476 anos x 365.2421 989 dias = 1 73.855 dias* + dias entre 5 de março (decreto de Artaxerxes) e 30 de março (a entrada triunfal) = 25 dias■ Total = 1 73.880 dias

FU N D A M E N TA Ç Ã O PARA OS ANO S D E 360 DIAS

■ 1/2 semana (ou 3 1 /2 anos) — Daniel 9.27■ 1.260 dias — Apocalipse 11.3; 1 2.6 n 42 meses — Apocalipse 11.2; 1 3.5

» 42 meses = 1.260 dias = tem po, tem pos, metade de um tem po = meia semana■ Portanto, um mês = 30 dias; um ano = 360 dias

ilu s tração e x tra íd a d a Enciclopédia Popular <le Profecia B íblica ed ita d a p e la CPAD.

L iç õ e s B íb l ic a s 71

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rpre figu rava o fu tu ro A n tic r is to ,o pro fe ta enfraqueceu-se física e emocionalmente, restando-lhe tão somente orar e buscar o socorro de Deus.

I - DANIEL INTERCEDE A DEUS PELO SEU POVO

(D n 9 3 -1 9 )1. O t e m p o d a p r o fe c ia d e

J e r e m ia s (vv . 1,2). Daniel, ago ­ra um ancião, ainda exercia suas a tiv idades políticas sob dom ín io de Dario. O pro fe ta esquadrinhou a mensagem do livro de jerem ias. E descobriu que a pro fec ia de Je­remias determ inava um tem po de setenta anos de ca tive iro para os judeus. Logo este tem po marcado pelo so fr im en to chegaria ao fim . Ao c o m p re e n d e r a m ensagem ,o p ro fe ta Daniel o ro u a Deus, p ed indo-lhe o cu m p rim e n to da p rom essa ao seu povo e que, por fim , Ele restaurasse o reino a Israel.

2. A c o n f is s ã o d o s p e c a ­

d o s d e u m pov© (vv.3-T 1,20 ).

A oração de Daniel dem onstrou uma a t itu d e con fess iona l e de reconhecim ento da culpa. Ele não apenas in fo rm ou a cu lpabilidade do seu povo, mas a sua p rópria também: “pecamos, e cometemos in iqu idade, e procedemos im p ia ­mente, e fomos rebeldes, apartan­do-nos dos teus m andam entos e dos teus ju ízo s ” (v.5). A despeito da sua in teg ridade , Daniel não foi presunçoso diante da jus t iça

de Deus, pois ele colocou-se de­baixo da mesma culpa do povo e suplicou o perdão a Deus.

3 . D an ieS r e c o n h e c e u a

j u s t i ç a d e D e u s ( v v .7 , I 6 ) . A

princípio, como um ser humano imerso no sofrim ento, Daniel não

compreendeu a manifestação da jus tiça de Deus contra o seu povo, mas ao mesmo tem po ele estava conv ic to acerca da perfe ição da jus t iça d ivina.

Não podem os , e n tre ta n to , co n fu n d ir o ju ízo de Deus com os acertos de contas humanos. A jus - tiça d iv ina não é jus t iça humana.

SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )Q u a n d o o p ro fe ta D an ie l

intercedeu a Deus pelos pecados do povo, ele fez-se igua lm ente pecador com a nação.

RESPONDA

1. Em relação à p ro fec ia de Jere­mias, o que D an ie l descobriu?2. O que a oração intercessória de D aniel dem onstrou?

II - DEUS REVELAO FU TU R O D O SEU POVO

(D n 9 .2 4 -2 7 )1. A s s e t e n t a s e m a n a s

(v ,24). Daniel confirmara que Je­remias profetizou os setenta anos do exílio de Israel (Jr 25.11-13; 2 Cr 36.21). Por isso, na Bíblia, o número setenta ganhou um sen­tido profético. Assim, cada dia da semana pode sign ificar um ano; cada semana, um período de sete anos. Então, as setenta semanas compreendem o período de 490 anos — setenta multip licado por sete. Mas quando se deu o início do cumprimento das setenta semanas? Para respondermos a esta pergunta temos de explicar primeiramente a expressão “setenta semanas”:

a) E xp licação . O ve rs ícu lo24 afirm a que Deus determ inou as s e te n ta sem anas. O b lo c o que fo rm a os versículos 24-27 é

7 2 L içõ es Bíblicas

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profe ticam ente d iv id id o em três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos). Estes somam as setenta semanas:

b) O p r im e iro g ru p o (1). O iníc io desta p ro fec ia deu-se como d e c re to da re c o n s tru ç ã o de Jerusa lém (v.25). Os p r inc ipa is es tud iosos do assun to c o n co r­dam que se tra ta do decreto de A rtaxe rxes Longímano, ba ixado em 445 a.C. (cf. Ne 2).

c) O segundo g rupo (2). É o período do advento do Messias, Jesus de Nazaré (vv.25,26). Neste tem po o Senhor fo i m o rto e mais ta rd e Jerusalém fo i novam ente destruída através da liderança do general do exército romano, Tito, em 70 d.C.

d) O terce iro (3). Esta semana ainda não aconteceu (v.27). Com ­pare o versículo 27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja com o se trata de uma profecia que ainda não se cum priu . Esta ú lt im a semana refere-se, então, ao período que im plicará o advento do A n tic r is to e o início do tem po de tr ibu lação para Israel.

2 . O s t r ê s p r ín c ip e s s ã o

m e n c i o n a d o s n a p r o f e c i a

(v v .2 5 ,2 6 ) . O prim eiro príncipe éo Messias (v.25). O segundo apa­receu posteriorm ente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário em 70 d .C., trata-se do general T ito (v.26). E o terceiro príncipe surgirá no fu tu ro , na ú ltim a sema­na pro fe tizada por Daniel (v. 27). Este príncipe não é o Messias “t i ­rado” (9.26), mas certam ente um personagem mais poderoso que Antíoco Epifânio e o general T ito. Trata-se, portan to , do An tic r is to (2 Ts 2.3-9; 1 Jo 2.18).

E. O in t e r v a lo q u e p r e c e ­

d e a s e p t u a g é s im a s e m a n a

(v .2 7 ) . O estudo das Escrituras d e m o n s tra um lo n g o in te rv a lo de te m p o que precede a sep tua ­gésim a semana. A Bíblia id e n t i f i ­ca este in te rva lo p ro fé t ico com o | '‘o te m p o dos g e n t io s ”. A c o m u ­nhão e sp ir itu a l e n tre ju d e u s e gentios, m ed ian te a salvação em C ris to , fo rm o u um novo povo para Deus: a Igre ja (Ef 2.12-16; 1 Pe 2.9,10). A tua lm ente , estam os no tem po da graça de Deus e te ­mos de anunc ia r o ano aceitável do Senhor para o m undo in te iro (Lc 4.18,19).

Após o tem po gentílico v irá j a ú lt im a semana que, identificada pelas profecias bíblicas, s ignifica um tem po de Grande Tribulação.É neste tem po que o “assolador", isto é, o “an tic r is to ” ou “o homem do p e c a d o ” ou “ o h o m e m da perd ição”, v irá sobre a asa das abominações (v.27).

Os sinais que precedem a re- f velação dessa f igu ra abominável estão ocorrendo por toda parte. Todavia, a Igre ja de C ris to não mais estará neste m undo, pois a noiva do Senhor será arrebatada antes do tem po da tr ibu lação (1 Co 15.51,52).

SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )Na Bíblia, o número setenta ga­

nhou sentido profético, pois a partir desta visão profética Deus revelouo fu turo do seu povo a Daniel.

RESPONDA3. Como está d iv id ido o bloco dos versículos 24-27?4. Como é iden tificado o in te rva lo da “septuagésim a semana"?

B

L içõ e s Bíblicas 7 3

Page 76: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

I NI - OS PR O PÓ SITO S D A S E P TU A G ÉS IM A S E M A N A

(D fi 9 .2 7 )

1. R evelar o “ hom em do pecado” (2 Ts 2 3 ) . De acordo com as profecias, nem Antíoco Epifânio nem o general Tito foram objetos : das predições do versículo 27 de

í Daniel. A passagem bíblica começa com o pronome “ele”, também iden-

| tificado como “o rei de cara feroz”;I “o chifre pequeno”; “o animal terrível

* e espantoso”. Mas quem será o per­sonagem do livro de Daniel? Em o Novo Testamento, ele é identificado como “o anticristo” (1 Jo 2.18; 4.3) e “a besta que saiu do mar” (Ap 13.1). Apesar de apresentada numa lin­guagem simbólica, a personagem é literal. Trata-se de um líder mundial poderoso que chamará a atenção das nações pela sua diplomacia, j astúcia e inteligência política.

2 . A G ra n d e T r ib u la ç ã o (M t 24.15 ,21). O Anticris to “fará uma aliança com muitos por uma semana (v.27). Note a expressão “com m uitos” ! Esta quer d izer queo An tic r is to fará uma aliança com Israel, mas de início esta aliança não será unân im e entre os j u ­deus. Contudo, o Anticris to terá influência suficiente para im por a sua liderança política e, por fim , j alcançar o sucesso e sua completa aceitação entre os judeus.

(A força política do Anticristo será reconhecida nos três prim ei­ros anos e meio, isto é, na primeira metade da última semana, quando

I a m arca desse tem po será umI período de falsa paz e harmonia.

I Em seguida, surg irá um tem poI de sofrim ento e tamanha afliçãoI em todo o mundo. Perseguição,1 humilhação e morte serão a tôn ica

desse tempo, a segunda fase da Grande Tribulação. Entretanto, e antes de tudo isso ocorrer, a tgreja será arrebatada e estará para sem­pre com Cristo na glória.

3. Revelar a v itó r ia g lo r io ­sa do M essias . Jesus Cristo, o Messias prometido, será revelado quando da sua segunda vinda v i­sível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10). O Rei aniquilará por completo o poderio do Anticristo, do falso profeta e do próprio Diabo (Ap 19.19-21) e estabelecerá um reino de paz e harmonia no mundo todo. Esta é uma mensagem de esperança para o nosso coração. Não tenham os m edo, creiamos tão somente! Breve Jesus voltará! Alegremo-nos nesta esperança!

S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )

Os propósitos da septuagé­sima semana são revelar ao povo de Deus o “homem do pecado” , “a Grande Tribulação” e o tem po da v itó ria g loriosa do Messias.

R E S P O N D A

5. Mencione os propósitos da sep­tuagésim a semana.

C O N C L U S Ã O

Vivemos um tempo de incre­dulidade. Muitos se dizem teó lo ­gos, mas negam e desprestigiam as profecias bíblicas. Eles preferem as alegorias ao invés de se debruça­rem sobre as Escrituras e estudá-las com fé, graça e humildade. Entre­tanto, a Igreja não pode rejeitar as verdades futuras de nosso Senhor. Portanto, corramos e prossigamos em conhecê-lo mais, sabendo que um dia tudo será desvendado aos nossos olhos.

74 L iç õ e s B íb l i c a s

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B IB L IO G R A FIA S U G E R ID A

LAHAYE, Tím; HINDSON (Ed.). E n c ic lo p é d ia P o p u la r d e P rofecia B íb lica. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.MERRIL, Eugene H. H is tó ria de Is rael no A ntigo Testam ento:O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6,ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2007. ZUCK, Roy B (Ed.). T eo lo g ia do A n tig o T es tam e n to . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.

SAIBA M AISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p.41.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS1. Ele descobriu que a profecia de

Jeremias determinava um tempo de setenta anos de cativeiro para os judeus. Logo este tempo marcado

pelo sofrimento chegaria ao fim.2. A oração de Daniel demonstrou uma atitude confessional e de reco­

nhecimento da culpa.3. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos).4. Esta última semana refere-se ao período que implicará o advento do Anticristo e o início do tempo de

tribulação para Israel.5. Revelar ao povo de Deus o “ho­mem do pecado”, “a Grande Tribu­lação” e o tempo da vitória gloriosa

do Messias.

Subsídio Teológico “O C O NTEXTO DA PROFECIADaniel entendeu, a partir das

profecias de Jeremias, que o exílio na Babilônia duraria setenta anos (Dn 9.2; Jr 25.1 1; 29.1 0). Ele reco­nheceu que a restauração dependia do a r re p e n d im e n to n ac io na l (Jr 2 9 .1 0 -1 4 ) , de m o d o que Danie l intercedeu pessoalmente por Israel com penitência e petições. Ele orou especificamente pela restauração de Jerusalém e do Templo (Dn 9.3-1 9). Aparentemente, Daniel esperava o cu m p rim en to im ed ia to e co m p le ­to da restauração de Israel com a conclusão do cativeiro dos setenta anos. No entanto, a resposta que lhe foi entregue pelo arcanjo Gabriel (a profecia dos setenta anos) revelou que a restauração de Israel seria progressiva e se cum prir ia d e f in it i ­vamente somente no tem po do fim (LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.). En­c ic lopéd ia P o p u lar de P ro fec ia Bíblica. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p .429).

f AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

L iç õ e s B íb l ic a s 7 :d

Page 78: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

___Lição 114 de Dezembro

j ___________

de 2014

O H o m e m V e s t id o

d e L i n h o

! E levantei os meus olhos, e olhei,e vi um homem vestido de linho, e os seus lombos, cingidos com ouro fino de Ufaz"

(Dn 10 .5 ).

VERDADE PRATICA

H IN O S SU G E R ID O S 77, 125, 500

Deus revela o fu tu ro , para que o seu povo não fique am edron tado

\ e confuso.

LE IT U R A D IA R IA

Segunda - M t 7 .8O poder da oração constante

Terça - SI 3 7 .1 -7Deus responde a oração sincera

Q u a rta - Dn 1 0 .4 ,5 ; A p 1 .1 3 -1 7A visão de Daniel e João

Q u ita - Dn 1 0 .1 3 ; Ef 6 .1 0 -1 2Ativ idade no m undo espiritual

Sexta - Dn 1 0 .1 2 -1 4Pela oração vencemos as potestades diabólicas

Sábado - Ez 3 7 .1 -1 4 ; M t 2 4 .3 2 ; Lc 2 1 . 2 9 ,3 0Israel, a figue ira brotando

7 6 L iç õ e s B íb l ic a s

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| L E IT U R A B ÍB L IC A | EM CLASSE1 Dasiie l 10.1-6, 9 ,1 0 ,1 4

| 1 - No ano terceiro de Ciro, re i J da Pérsia, fo i reve lada uma | palavra a Daniel, cujo nome se1 chama Beltessazar; e a palavra é | verdadeira e trata de uma guer- | ra prolongada; e ele entendeu m essa palavra e teve entendimento

da visão.2 - Naqueles dias, eu, Daniel,

f estive triste por três semanascompletas.3 - Manjar desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com unguento, até que se cum­priram as três semanas.

4 4 - E, no dia vinte e quatro doI primeiro mês, eu estava à horda | do grande rio Hidéquel;I 5 - e levantei os meus olhos, e1 olhei, e vi um homem vestido de

linho, e os seus lombos, cingidos com ouro fino de Ufaz.6 - E o seu corpo era como turquesa, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos, como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés, como cor de bronze açacalado; e a voz das suas palavras, como a voz de uma multidão.9 - Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo a voz das suas palavras, eu caí com o meu rosto em terra, profundamente adormecido.10 - E eis que uma mão me tocou e fez que me movesse sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos.14 - Agora, vim para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias; porque a visão é ainda para muitos dias.

_____ INTERAÇÃO _________Os anjos são seres esp iritua is p re ­sentes na Bíblia. Ele está envolvido com o fu tu ro de Israel, no A n tig o Testamento, e com o fu tu ro da Igreja, em o Novo Testamento. Além disso, os anjos m in is tram p o r ordem d iv ina e, p o r isso, não recebem adoração em hipótese alguma. Infelizmente, muitos têm ensinado um a fa lsa d o u tr in a acerca dos anjos, dizendo que Gabriel está ali, Miguel, acolá. E Jesus? Onde fica nisso tudo? Prezado professor, você tem um a boa o p o rtu n id a d e , através do capítu lo dez de Daniel, de desm istifica r crendices que não exaltam a Deus e nem edificam vidas.

OBJETIVOS

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

D is c o r r e r sobre a visão celestial de Daniel.

E xplicar o s ign ificado do homem vestido de linho.

S a b e r que os anjos de Deus são seres espirituais ajudadores.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAProfessor, para concluir a auía da presen­te lição, reproduza o esquema da página seguinte de acordo com as suas possibi­lidades. O esquema é uma adaptação da explicação do teólogo pentecostal esco­

cês, radicado nos EUA, Myer Pearman. Destaque para os alunos o que a Bíblia

revela acerca da natureza dos anjos: são criaturas, espíritos, imortais e numero­

sos. A partir da análise da natureza ange­lical, enfatize que a Bíblia não nos ensina

crendices quanto aos anjos. Boa aula!

L iç õ e s B íb l ic a s 7 7

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| IN TR O D U Ç Ã OAo e s tu d a rm o s o ca p ítu lo

| dez, precisamos compreender que | já se haviam passado uns quatro | anos desde que Gabriel apare-1 ceu a Daniel com uma *I mensagem da parte de1 Deus. Era o terceiro ano

do reinado de Ciro da v Pérsia, e Daniel era umi homem com mais de 90 % anos de idade. Mesmo1 assim, não desistiu de § orar e je ju a r em favor

do seu povo.O capítu lo dez tra ta da últi-

| ma visão do profeta a respeito dosI acontencimentos dos últimos dias.

I - UMA VISÃO CELESTIAL (10.1-3)

1. “Foi revelada um a pala­vra a D an ie l”. O capítulo dez tem início com a visão que Daniel teve a respeito dos acontecimentos dos últimos dias. Neste capítulo, temos apenas o início da visão e da revela­ção de Daniel. Deus é Senhor e temo conhecimento total e completo do futuro. Sua revelação é infalível e não deixa nenhuma dúvida.

PALAVRA-CHAVE

Visão:Concepção ou

representação, em espírito , de s itu a ­

ções, questões, etc. In terpre tação.

2. D an ie l um hom em de oração. Lendo os primeiros ver­sículos do capítu lo dez, podemos ver que Daniel estava mais uma vez se dedicando à oração e ao je jum . Mesmo estando exilado e tendo que serv ir a reis pagãos, Daniel não se descuidou de sua

^ v ida de je jum e oração. Eie era um homem que tinha um espírito exce­lente, por isso Deus lhe revelou seus desígnios.

Daniel era um ho ­m em d e te rm in a d o e consciente da situação do seu povo . Ta lvez, p o r isso, t ivesse p o r

três semanas consecu tivas (21 dias) o rado , je ju a d o e não se u ng ido com unguen to (v. 3). A perseverança de Daniel em oração fez com que os céus se abrissem. Temos um Deus que ouve e res­ponde as nossas orações Qr 33.3). Daniel não desistiu de clamar e pe­d ir pelo re to rno do seu povo. Ele sabia o quanto Deus é Poderoso e que no tem po certo Ele agiria em favor dos israelitas. O tem po de Deus não está preso às circunstân­cias históricas. No tem po devido, seus desígnios são concretizados. Daniel, havia entendido que o pia-

C ria tu ra sOs anjos são criaturas. Antes da criação da hu­manidade eles existiam. Sendo criados por Deus, os anjos rejeitam adora­ção <Ap 19.10; 22.8 ,9). Logo, os seres humanos não podem adorá-fos (Cl 2 .18).

A N A T U R E Z A D O S A N JO SE s p írito s

Os anjos são espíritos, por isso, não são lim ita­dos ao tem po e ao espa­ço. Têm o poder de as­sumir forma humana a fim de comunícarem-se ao sentido dos homens (Cn 19.19.1-3). Também não são masculinos nem femininos. Os anjos não têm sexo nem se repro­duzem <Lc 20.30,35).

Im o rta isOs anjos não estão su­jeitos à morte. Nosso Senhor, jesus de Nazaré, em Lucas 20 .34 -36 , ex­plica que os ressuscita­dos no último dia serão iguais aos anjos: nunca mais morrerão.

N u m ero sosAs Escrituras inform am - -nos que o número de anjos é grande: m ilha­res serviam a Deus (Dn 7.10); mais de doze legi­ões (Mt 26.53); um exér­cito celestial (Lc 2.13).

7 8 L ições Bíblicas

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no de Deus para o seu povo não havia findado.

3 . A t r is te z a de D a n ie l.“Estive tr is te po r três semanas com pletas” (10.2). Não sabemoso m otivo real que trouxe tam a­nha tris teza e dor ao coração de Danie l. Todav ia , sabem os que ele não se deixou abater por sua m elancolia . Daniel con tinuou a orar e jejuar, buscando o socorro d iv ino. As adversidades e tr is te ­zas desta v ida não podem nos im pedir de orar e prosseguir em nossa caminhada. Talvez um dos m otivos da tr is teza de Daniel sejao fato de que no terceiro ano de Ciro o trabalho da reconstrução do Templo havia sido in te rrom p ido (Ed 4.4,5, 23,24).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (1 )

Daniel, um homem de oração, sentiu o peso da tristeza acerca da revelação das últimas coisas.

R E S P O N D A

1. Como se in ic ia o capítulo dez?2. Qual era o m otivo da tristeza de Daniel?

II - A V IS Ã O D O H O M E M V E S T ID O DE L IN H O

(1 0 .4 ,5 )

1. Um “hom em ves tid o de Sinho”. A visão de Daniel é muito parecida com a que João teve na ilha de Patmos (Ap 1.12-20) e com a do profeta Ezequiel (Ez 1.26). Acredita-se que, assim co m o jo ã o e Ezequiel, o profeta Daniel tenha v isto o Senhor Jesus Cristo. Tanto João como Daniel tiveram a mes­ma reação diante de tal visão: des­faleceram. Eles não encontraram forças para ficar de pé (Dn 10.8;

Ap 1.17). Homem algum pode re- j§ s itir d iante da g lória do Senhor. A | visão do Filho do Homem fez com B que as forças físicas de Daniel se g esgotassem , todav ia , o Senhor j j enviou um anjo para tocar o seu j profeta (Dn 10.10).

2. “ Eis que um a mão me to- I c o m ” . Daniel é tocado pelo anjo de a Deus e ouve palavras de consolo. ■

! Os anjos são seres celestiais reais, i porém nem sempre podemos vê- S -los (Hb 12.22). A Palavra de Deus S declara que eles são “espíritos mi- - nistradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar :f a salvação” (Hb 1.14). Alguns an- i jos se rebelaram contra Deus (Jd -6), cometendo um grave pecado. Estes foram expulsos do céu.

O número de anjos é imenso (Hb 12.22), porém , no l iv ro do i. profeta Daniel encontramos a re- 1 ferência a dois anjos em especial: j Gabriel, que a judou a Daniel a 1 compreender as revelações divi- 1 nas (Dn 9.21-27) e Miguel, o ar- I canjo, pro te tor de Israel (Dn 12.1). j No Antigo Testamento, uma das 1 atribuições dos anjos era guardar o i povo de Deus (2 Rs 6.17). Na Bíblia | os anjos também foram utilizados 1 como agentes na execução do ju l- j gamento d iv ino (Gn 19.1).

3. “O prínc ipe do re ino da I Pérsia”. Quem era este príncipe? 1 A maioria dos teólogos acredita 1 que este príncipe seja um anjo | satân ico. Estes seres m alignos §j obedecem ao com ando de seu j chefe, o Diabo. Neste capítulo, eles §j aparecem em oposição ao povo de I Deus (vv.13,20). Precisamos de dis- | cernimento em relação aos anjos, pois a Palavra de Deus afirma que §o próprio Satanás pode disfarçar- \ -se em anjo de luz (2 Co 11.14). J§

L iç õ e s B íb l ic a s / 9

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s A visão de Daniel acerca do j j hom em vestido de linho é seme- ! Ihante a que o apósto lo João teveI na Ilha de Patmos e com a doI p ro fe ta Ezequiel.

| SINOPSE DO TÓPICO (2)

| R E S P O N D A

| 3. A visão de Danie l no capítulo dez ■ se parece com quais visões?

4. Quem era o “hom em vestido h de lin h o ”?

I I I I - D A N IE L É C O N F O R T A D O PO R U M A N JO (1 0 .1 0 12)

1, D a n ie l é c o n fo r ta d o p o r u m a n jo (10 .10-12 ). D iante da v isão o p ro fe ta perdeu as suas

t forças. Porém, o Senhor envia umI anjo para tocar Daniel e restaurar1 as suas forças físicas. A mão do H anjo tocou o pro fe ta e o ergueu.I Observe que Daniel, “o hom em Ú mui desejado,” ficou com o m ortoI e depois de joe lhos d iante do Se-

I® nhor. No grande dia, como ficarãoI aqueles que rejeitam e desprezam | o Filho de Deus?

| 2= O c o n f l i to e n t re © A rca n -i j o M ig u e l e o p r ín c ip e d o re is io S d a P é rs ia (10 .13). No cap ítu lo

H dez do l iv ro de Daniel, dois prín- ffl cipes das milícias satânicas são | iden tif icados: “o príncipe do reino

da Pérsia” (v.13) e o “príncipe da 3 Grécia” (v.20). Estes príncipes não1 eram hom ens comuns, mas anjos | satânicos. Estes anjos caídos sóI fo ra m d e r ro ta d o s d e p o is que1 Deus env iou M iguel, o prínc ipeI de ísrael (v. 21). O anjo que fa lava

S com o profeta explicou que o prin- l^c ípe da Pérsia estava im ped indo

que a mensagem de Deus fosse entregue. O p rópos ito de Satanás era im p e d ir que Daniel recebesse a revelação do Senhor.

3. A h o s t i l id a d e e s p i r i t u ­a l c o n t r a o p o v o d e D e u s . O In im igo ten ta de todas as form as des tru ir ísrael, todav ia o Senhor tem uma aliança eterna com o seu povo. Satanás não pode im ped ir a bênção de Deus para Israel. O In im igo tam bém tenta de todas as fo rm as des tru ir a Igreja de Cristo. E!e se opõe a Igreja assim comoo rei da Pérsia se opôs a Daniel e ao anjo do Senhor.

Há res is tênc ia esp ir itua l às nossas orações e a nós. Quando oramos entramos em batalha con­tra as potestades do mal (Ef 6.12). Israel tem o seu ajudador, o arcanjo Miguel. A Igreja é guardada pelo próprio Senhor Jesus Cristo, aquele que venceu as forças do Inim igo ao morrer e ressuscitar ao terceiro dia.

S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )

Diante da visão Daniel desfa­leceu. Mas, Deus enviou-lhe um anjo para confortá -lo e reerguê-lo.

R E S P O N D A

5. Segundo a lição, quem era o prínc ipe da Pérsia?

C O N C L U S Ã O

Duas vezes o anjo de Deus tocou em Daniel para que ele pu ­desse recobrar as suas forças fís i­cas. O toque de Deus nos anima e nos fo rta lece para que possamos, como Daniel, servir ao Senhor com tem or e amor.

8 0 L iç õ e s B íb l ic a s

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B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A

GILBERTO, A n ton io . D a n ie l & A p o c a lip s e . Rio de Jane iro : CPAD, 2006.LAHAYE, T im ; HINDSON (Ed.). E n c ic lo p é d ia P o p u la r d e P rofec ia B íb lica . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

S A IB A M A IS

Revista Ensinador Cristão CPAD, n°60, p.41 .

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS1. Com a visão que Daniel teve a respeito dos acontecimentos dos

últimos dias.2. Não sabemos o motivo real que trouxe tamanha tristeza e dor ao coração de Daniel. Todavia, sabemos que ele não se deixou abater por sua melancolia. Daniel continuou a orare jejuar, buscando o socorro divino.

3. A visão de Daniel é muito parecida com a que João teve na ilha de Pat- mos (Ap 1.1 2-20) e com a do profeta

Ezequiel (Ez 1.26).4. Acredita-se que, assim como João e Ezequiel, o profela Daniel tenha

visto o Senhor Jesus Cristo.5. A maioria dos teólogos acredita que

este príncipe seja um anjo satânico.

AUXILIO BIBLIOGRÁFICO ISubsídio Exegético

“ U m a V is ã o C e le s t ia l de C onflitos T erren o s , 1 0 .1 — 1 2 .1 3

A m aioria dos intérpretes con­corda em que os úJtimos três capí­tu los do liv ro de Daniel constituem um a u n id a d e . Keil descreve os co n teúdos dessa seção com o 'A revelação das aflições do Povo de Deus Inflig idas pelos Governantes do M undo até a Consumação do Reino de D eus’ . Essa seção não está em fo rm a de sonho ou visão. Ela é uma revelação, que vem d i­retamente a Daniel por in te rm éd io de um ser celestial que age como o m ediador da verdade. A expressão fo i re v e la d a um a p a la v ra a D a­n ie l (10.1) contém a palavra niglah, a fo rm a passiva do verbo que sig­nifica ‘desvendar, manifestar, reve­lar’ . Essa manifestação cu lm inante expe rim en tada po r Daniel ve io a ele na fo rm a mais elevada de reve­lação, através do encontro d ire to com a deidade. Keil descreve essa expe riê nc ia com o uma teo fan ia , uma manifestação ou aparição de Deus” (PRICE, Ross; GRAY, C. Paul (et al). C o m e n tá rio B íb lico Beacon: Isaías a Daniel. 1 .ed. vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p p .538-39).

L iç õ e s B í b l i c a s 81

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A U X ÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio B ib lio ló g ic o

“A n jo s C aídosOs anjos m alignos, dos quais Satanás é o príncipe (jo 12.31;

1 4.30; Ef 2.2; cf. 6.1 2), se opõem aos bons (Dn 1 0.1 3), perturbam o bem-estar do hom em às vezes adqu ir indo o contro le que Deus tem sobre as forças da natureza Qó 1.1 2-1 9) e as doenças Oó 2.4-7); cf. Lc1 3.1 6; At 1 0.38). Eles tentam o hom em para pecar (Gn 3.1-7; Mt 4.3; jo 13.27; 1 Pe 5.8) e espalham falsas doutrinas (1 Rs 22.21-23; 2 Co1 1.1 3,1 4; 2 Ts 2.2; 1 Tm 4.1). No entanto, sua liberdade para ten ta r e testar o homem está sujeita à vontade permissiva de Deus (Jó 1.12; 2.6).

Embora eles a inda tenham a sua hab ilitação no céu e, às vezes, tenham acesso ao p rópr io trono de Deus Qó 1.6), serão lançados à te rra po r Miguel e seus anjos antes da Grande Tribulação (Ap 1 2.7-9), e fina lm en te serão lançados no lago de fogo e enxo fre ‘preparado para o d iabo e seus an jos ’ (Mt 25.41).

Os anjos, com o seres criados separadamente, não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.30 ; Lc 20.36). Em contraste, os homens são todos partic ipantes da raça hum ana e descenderam do p rim e iro casal, Adão e Eva. Deus, portanto , não pode lidar com os anjos através de um representante e, sendo assim, os anjos caídos não podem ser rem idos por um com andante federa l com o o hom em (por exem plo , ‘em Adão ’ e ‘em C ris to ’ Rm 5.1 2ss.; 1 Co 1 5.22).

Com que base Deus, então, separou os santos anjos (Mt 25.31; Mc 8.38) daqueles que pecaram (2 Pe 2.4; cf. Jd 6)? Com base em sua obediência, am or e lealdade a Ele. Aqueles que seguiram a Lúcifer em sua rebelião contra Deus (Is 1 4.1 2-1 7; Ez 28.1 2-1 9) desse m odo peca­ram e caíram. Alguns destes fo ram colocados em cadeias eternas 0d 6), mas os outros ainda estão livres e ativos e são chamados demônios. Aqueles anjos que continuaram firmes em amor, lealdade e obediência a Deus foram confirm ados em um caráter de jus tiça . Assim, os anjos podiam pecar ou permanecer puros até serem to ta lm ente testados e confirm ados em jus t iça ” (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. D ic io ­n á rio B íblico W yc liffe . 1 .ed. Rio de jane iro : CPAD, 2009, p . l 39).

8 2 L iç õ e s B íb l ic a s

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U m T ip o d o Fu t u r o

A n t ic r is t o

H IN O S SU G E R ID O S 8, 123,

“Ninguém, de m aneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste

o homem do pecado, o filho da perdição” <2 Ts 2 .3).

VERDADE PRÁTICAAs conquistas d ita toria is e as a troc i­dades de Antíoco Epifânio dão uma

i noção do que será o fu tu ro Anticristo na Grande Tribulação.

TE X TO ÁUREO

Q u in ta - 2 Ts 2 .3 ,8O “homem da in iqu idade”

Sexta - M t 24 .1 5O abominável da desolação

Sábado - 2 Ts 2 .8 ; A p 1 9 .2 0O Anticr is to será lançado no Lago de Fogo

LE IT U R A D IA R IA

Segunda - Dn 7 .7 ,8O pequeno chifre do animal espantoso

Terça - 1 Jo 2 .2 2O “m entiroso”

Q u a rta - 1 Jo 2 .1 8O '“an tic r is to ”

L iç õ e s B íb l ic a s 8 3

Page 86: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSED an ie l 1 1.1 -3,21 -23 , 3 1 ,3 6

1 - Eu, pois, no p rim e iro ano de Dario, medo, levantei-me para o a n im a r e forta lecer.2 - E, a g o ra , te d e c la ra re i a v e rd a d e : Eis que a in d a três re is estarão na Pérsia, e o q u a rto será cum ulado de grandes riquezas mais do que todos; e, esforçando-se com as suas riquezas, a g ita rá todos contra o re ino da Grécia.3 - Depois, se levan ta rá um re i valente, que re in a rá com grande dom ínio e fa rá o que lhe aprouver.21 - D epois, se le v a n ta rá em seu lu g a r um homem vil, ao qua l não tin h a m dado a dign idade rea l; mas ele v irá caladam ente e tom ará o reino com engano.22 - E, com os braços de uma inundação, serão a rrancados de d ian te dele; e serão que­b ran tados, como tam bém o príncipe do concerto.2 3 - E, depois do conce rto com ele, usará de engano; e sub irá e será fo rta le c id o com pouca gente.31 - E sa irão a ele uns braços, que p ro fa na rã o o san tuá rio e a fo rta leza, e t ira rã o o con tí nuo sacrifício, estabelecendo a abom inação desoladora.3 6 - E esse re i fa rá conform e a sua vontade, e se levantará , e se engrandecerá sobre todo deus; e c o n tra o Deus dos deuses fa la rá coisas incríveis e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determ inado será feito.

INTERAÇÃO

Quando encerram os a le itu ra do A n ­tigo Testamento e deparam o-nos com o p rim e iro liv ro do Novo Testamento, o Evangelho de Mateus, nós não im a ­ginam os o lapso de tempo que rep re ­senta passar de uma pág ina a outra . Foram aproxim adam ente qua trocen­tos anos de um período considerado “o silêncio de Deus”. Entretanto, aconteci­mentos proféticos cum priram -se neste período onde su rg iu um personagem na h is tó ria , considerado p o r m uitos o A nticris to , mas considerado pelos p r in ­cipais estudiosos do A n tigo Testamen­to, uma fig u ra do A n tic ris to : Antíoco Epifânio. Um personagem im portan te na h is tó ria bíblica e secular.

OBJETIVOS

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

Conhecer as predições proféticas do capítulo onze de Daniel.

D estacar o caráter perverso de A n ­tíoco Epifânio, o im perador da Síria.

Saber que Antíoco Epifânio prefigurao Anticr is to que há de vir.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, para a aula de hoje, procure se preparar com informações

sobre o personagem central da lição: o im­perador sírio Antíoco Epifânio. Um homem cruel, imoral e que profanou o Templo dos

judeus em Jerusalém. Procure pesquisar informações históricas de sites confiáveis, revistas de história e livros que abordem o período considerado interbíblico. Este

é um período pouco estudado pelos professores, mas crucial para compreen­der o momento histórico da invasão em

Jerusalém após o retorno do cativeiro e a pessoa de Antíoco Epifânio como a figura

do futuro Anticristo. Boa aula!

8 4 Lições Bíblicas

Page 87: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

IN TR O D U Ç ÃONo capítulo onze, Deus revela

a Daniel eventos proféticos que se cumpriram no período ínterbíblico, ou seja, o período entre o Antigo e o Novo Testamentos.Nesta revelação profé­tica destaca-se o per­sonagem histórico que estudaremos nesta lição,Antíoco Epifânio. Esse personagem pre figura o Anticristo revelado em o Novo Testamento (Mt 24.15; 2 Ts 2.3-12).

I - P R E D IÇ Õ E S P R O F É T I­CAS C U M P R ID A S C O M

E X A T ID Ã O (1 1 .2 -2 0 )

Essas profecias reveladas a Daniel cum priram -se f ie lm en te por uns 500 anos até o período in te rb íb lico , que vai do fim de Malaquias ao início de Mateus.

1. A r e v e l a ç ã o s o b r e o f i m d o I m p é r i o M e d o - P e r s a ( 1 1 . 2 ) . Aparece no versículo primeiro o nome do rei “ Dario, o medo” que é o mesmo de Daniel 5.31. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei. No capítulo onze é revelado a Daniel uma suces­são de reis que vai de Ciro até o desm oronamento do reino de Alexandre. For revelado a Danie! que o rei valente (v.3), Alexandre, se levantaria e dominaria muitos reinos, todavia o Senhor mostrou também que embora imponente, o reino de Alexandre seria partido aos quatro ventos do céu (v.4). Os reinos deste mundo, por mais importantes que sejam, são todos passageiros. Somente o Reino de Deus é eterno.

A história apresenta d iferen­tes datas quanto a estes reis, mas isso não afeta o cum prim en to , com exatidão, dos fatos p ro fé ti­cos do capítulo onze.

2 . U m r e i v a l e n t e ( 1 1 .3 ) . O rei valente que seria levantado era Ale­xandre Magno. A importância dessa

profecia está no fato de que é Deus que dirige a história para que sua soberana vontade seja exercida especialmente em relação a Israel.

Até o versículo 35 a profecia de Daniel se concentra em revelar os reinos gentílicos. De­pois, o foco principal passa a ser o povo de Deus e seus sofrimentos.

Os reis do Sul descritos no versículo cinco eram os Ptolomeus, sucessores de P to lomeu Soter, general de Alexandre. E os reis do Norte (v. 6) eram os Selêucidas, sucessores de Seleuco I, que go ­vernou parte da Ásia Menor e Síria.

3 . A d i v i s ã o d o r e i n o e n ­t r e q u a t r o g e n e r a i s ( 1 1 . 4 - 2 0 ) . A firm a o vers ícu lo qua tro que “estando ele em pé, o seu reino será quebrado”. Alexandre morreu na Babilônia aos 33 anos de idade. ,O seu reino, como havia sido re­velado pelo Senhor, “ foi repartido para os quatro ventos do céu” (v.4). Alexandre não teve um sucessor e seu reino foi d iv id ido entre os seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. A in­da que os historiadores neguem a questão da soberania de Deus no destino das nações, não podemos duvidar que Ele permite que reinos sejam estabelecidos e destruídos.

“Os quatro ventos do céu” (v. 4) lembra a profecia sobre a figura das quatro cabeças do leopardo

PALAVRAS-CHAVE

Anticristo:Falso Cristo; fa lso

pro fe ta.

L iç õ e s B íb l ic a s 8 5

Page 88: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

alado (7.6) e a visão do bode com quatro ch ifres notáveis (8.8). As f ig u ra s são d ife re n te s , mas as rep re se n ta çõ es dessas f ig u ra s são as m esm as, p o rq u e fa lam j do Im pério Grego e sua divisão, depois da m orte de A lexand re . Cassandro re inou na Macedônia; Lisímaco reinou na Trácia e Ásia Menor; P tolomeu reinou no Egito e Seleuco reinou sobre a Síria e o restante do Oriente Médio.

Nos versícu los 5 a 20, temos um a sucessão de guerras entre esses q ua tro reis, especia lm ente entre Egito e Síria, entre os re i­nos do N orte e do Sul. O rei do N o rte , A n tío c o E p ifâ n io (en tre 175 e 164 a.C.) o qua l to rn o u -se um t ip o do A n tic r is to .

S IN O P S E D O T Ó P IC O < 1)

O capítu lo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do im pério medo-persa, a ascen­são do im pério grego e a sua pos­te r io r d iv isão em quatro partes.

R E S P O N D A

7. Quem constitu iu a Da rio como rei?2. Qual é a im portância da profecia a respeito do Im pério Grego?3. Quais eram os qua tro generais de Alexandre?

II - O C A R Á T E R P E R V E R S O D E A N T ÍO C O E P IF Â N IO

(1 1 .2 1 -3 5 )

Os q ua tro generais de A le ­xandre que se to rna ram reis não se conten taram com seus te r r i tó ­rios e passaram a (utar entre si. Seleuco IV ocupava o t ro n o da Síria em Antioqu ia e reinou de 187 a 175 a.C. Ele m orreu envenenado

; e seu f i lho deveria assum ir o tro -I no, mas seu t io Antíoco Epifânio

to m o u o t ro n o da fo rm a mais ignom in iosa e detestável possível. Assum iu o tro n o sírio e m udou seu tí tu lo de A n tíoco IV para A n ­tíoco Epifânio, isto é, o g lo rioso .

1 . A n t í o c o E p i f â n i o f o i u m r e i p e r v e r s o e b e s t i a l . Ele chegou ao poder em 175 a.C. e t inha apenas 40 anos de idade. O vocábulo Antíoco s ign ifica adve r­sário, e Epifânio significa ilustre, o que é uma contradição. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e m orreu em 164 a.C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou a rtifíc ios m entirosos, enganosos e cruéis com o n inguém . An tíoco Epifânio não tinha escrúpulo. Sua ascensão ao trono da Síria foi atra­vés de in tr igas e engano (11.21). Ele de rram ou m u ito sangue em guerras. Enriqueceu com os des­pojos quando lutou contra o Egito (11.25-28). O versículo v in te e umo chama de “ hom em v i l ”, porque f in g in d o am izade e aliança, en­trou no Egito e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer.

2 . A n t í o c o E p i f â n i o i n v a ­d i u J e r u s a l é m ( 1 1 . 2 8 ) . Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tom ado posse do reino de Ptolomeu VI (vv.25,26), resol­veu investir contra a Terra Santa, e s p e c ia lm e n te , Je ru sa lé m . Ele t inha um ódio enorm e de Israel. Por isso, partiu para a profanação do Templo e fez cessar os sacri­f íc ios d iá r ios (11.30,31). Houve res is tênc ia da parte de ju d e u s fieis que não cederam aos abusos de poder e a arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifíc io de porcos sobre o a ltar sagrado para pro fanar o Santuário.

8 6 L iç õ e s B íb l ic a s

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3= A n t í o c o E p i f â n io e ra c ru e l (vv .31 -35 ). Ao invadir Je­rusalém, Antíoco Epifânio desres­peitou valores morais e éticos da sociedade israelita. Estabeleceu regulamentações contra a c ircun­cisão, a observância do sábado e outras práticas dietéticas do povo hebreu. O vers ícu lo 31 fa la da “abom inação deso ladora”, quan­do Epifânio constru iu um altar a Zeus, deus grego, sobre o a itar dos holocaustos no Templo.

S IN O P S E D O TÓ P S C O (2 )

O imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou a cidade de Jerusalém.

R E S P O N D A

4. Segundo a lição, qual é o s ign i­ficado do nome Antíoco Epifânio?

I I I - A N T ÍO C O E P IF Â N IO , T IP O D O A N T IC R IS T O

1. O “ h o m e m v i l ” q u e ch e g a ao p o d e r- Até o versículo 35 a h istória se cum priu perfe i­tam en te . A p a r t i r do ve rs ícu lo 36, os fatos acontecem de modo especial e fala de um rei que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao poder, prospera, cresce em fo r­ça e, então, investe contra o Deus de Israel. Esse rei, na f igu ra de Antíoco Epifânio, assume o papel de d iv indade. Essa profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de Paulo, quando diz que “se opõe contra tudo que se cha­ma Deus ou se adora” (2 Ts 2.4).

2 . O f u t u r o g o v e r n a n te m u n d ia l no “ te m p o d o Sim” . Nos versículos 36 a 45 do capítu ­lo onze está escrito que ele fará

conform e sua própria vontade. O versículo quarenta fala do “f im do tem po” apontando para a Grande Tribulação que é a septuagésima semana do te x to de Daniel 9.27. Nesse período, os reis do Norte e do Sul se unirão numa coligação de nações na “ te r ra g lo r io s a ” (11.41) para a grande batalha do A rm agedom , onde o A n t ic r is to será derro tado na Segunda Vinda de Cristo (Ap 19.11-20).

3 . P r e c is ã o p r o f é t i c a . Como vimos, Antíoco Epifânio é um personagem da história que representa o rei fu tu ro , o A n t i ­cristo, que p rovocará o grande co n fl i to com Israel e fa rá tudo para d e s tru ir a nação, até que venha o Senhor para an iqu ila r o seu poder.

S IN O P S E D O TÓ P S C O (3 )

A n tío c o E p ifâ n io a ssum iu o papel de d iv indade tal qual o apósto lo Paulo revela acerca do Anticr is to : “ se opõe contra tudo que se chama Deus ou se adora” .

R E S P O N D A

5. Antíoco Epifânio é um tipo de quem?

C O N C L U S Ã O

A Bíblia declara que o “ú lt i­mo dia” não acontecerá sem que prim eiro venha a apostasia e seja manifestado “o homem da in iqu i­dade, o fi lho da perd ição” que é o An tic r is to (2 Ts 2.3). Isto se dará no período da Grande Tribulação, todavia, a Igreja do Senhor não estará mais na Terra e assim não verá o Anticr is to .

L iç õ e s B íb l ic a s 8 7

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S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p.42.

S u b s íd io T eo ló g ic o

“A advertência de nosso Senhor parece sugerir que os falsos mes­sias irão, na verdade, se in f i l t ra r nas f i le iras daqueles que fogem . Embora o povo de Deus possa fu ­g ir das perseguições do Antic r is to , eles não conseguirão escapar dos agen tes m e n t iro s o s de Satanás, que irão ev iden tem en te segui-los até o esconderijo . Mesmo em seu exílio da ameaça da aniquilação, os refugiados constantem ente ouvirão pessoas m en tiro sa s a firm ar, ‘Eis que o Cristo está aqu i’; ‘A l i ’ (v.23). ‘Eis que ele está no deserto !’ Ou, ‘Ele está nas salas interiores!’ Todas estas a firm ações serão m entiras, ta lvez até deliberadam ente p lane­jadas para a tra ir os refugiados para fora do esconderijo. Os crentes são, com antecedência, solenemente ins­tru ídos a não darem atenção a elas” (MACARTHURJR., John. A S e g u n d a V in d a . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 201 3, p . l 1 7).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

r RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. A história bíblica diz que Ciroconstituiu a Dario como rei.

2. A importância dessa profecia está no fato de que é Deus que dirige a história para que sua soberana von­tade seja exercida especialmente

em relação a Israel.3. Os seus quatro generais eram Cas- sandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.4. O vocábulo Antíoco significa ad ­versário ,, e Epifânio significa ilustre .

5. Um tipo do Anticristo.

8 8 L iç õ e s B íb l ic a s

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S ubsíd io Teo lóg ico

“ A M a r c a d a B e s t a (1 3 . 1 6 - 1 8 )O versículo 18 oferece uma pequena lista para se entender o

sentido da marca e do nome, ou caráter, da besta. O número 666, no entanto, tem-se tornado mui controvertido, e vem promovendo mais especulações que qualquer outra coisa da Bíblia. Antes da invenção dos números arábicos (0,1,2,3...), os judeus e gregos tinham de es­crever os números por extenso. Com o passar do tempo, começaram a substitu ir as letras do alfabeto pelo nome dos números. Assim, as primeiras dez letras eram usadas para os números de 1 até 10. A letra seguinte designava o 20, a outra 30, e daí por diante.

Vem se constitu indo num passatempo popular adicionar fetras aos mais diversos nomes para se obter a identidade da besta. Alguns concluem que o Antic r is to haja sido Nero César, pois tal nome em caracteres hebraicos soma 666. Contudo, o Apocalipse está no grego, e fala do Alfa e do Ômega, letras do alfabeto grego; e não ‘Alefe’ e ‘Tau’, letras do alfabeto hebraico. Assim há somente especulação ao atribuir-se o número 666 a Nero.

Através da história, vem-se tentando identificar nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em Israel em 1962, um judeu con­vertido disse-me para prestar atenção no nome de Richard Nixon, pois vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão da Itália contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no in terio r da basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma 666. É digno de nota que alguns escribas antigos substituíssem o número 666, por 616, para que se encaixasse com o nome de calígula. A igreja prim itiva , unanime­mente, rejeitou o artifíc io.

O Apocalipse, contudo, nada fala sobre a soma de números do nome da besta. A única chave é esta: “é o número de um hom em ” . Expositores da Bíblia interpretam o seis para s im bo lizar a raça hu­mana. O três para designar a Trindade. A tr ip la repetição — 666 — pode simplesmente s ignificar que o Anticr is to é um homem que crê ser um deus, m embro de uma trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta e Satanás (2 Ts 2.4; Ap 13.8)” (HORTON, Stanley M. A p o c a l i p s e : As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p .l 85).

L iç õ e s B íb l ic a s 8 9

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Lição 1 328 de Dezembro de 2014

O T e m p o d a P r o f e c ia

d e D a n ie lTEX TO ÁUREO

"Ninguém , de m aneira alguma, vos engane, porque não será assim sem

que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho

da perdição” (2 Ts 2 .3 ).

VERDADE PRÁTICAO tem po do fim é a ocasião em que Deus fará com que o seu Reino tr iu n ­fe sobre todos os poderes do mal.

H IN O S S U G E R ID O S 2, 334, 432

LE IT U R A D IÁ R IA

Segunda - Mc 1 3 .2 2Os falsos cristos e profetas

Terça - 2 Ts 2 .3 ,4“O homem da in iqu idade”

Q u a rta - Ap 1 3.1 -18A falsa tr indade

Q u in ta - Dn 9 .2 4 -2 7A Grande Tribulação

Sexta - Dn 9 .2 7; 1 2 .7O contro le do tem po do fim está com Deus

Sábado - 1 Ts 4 .1 6 -1 8O Arrebatam ento da Igreja será antes da Tribulação

9 0 L içõ es Bíblicas

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INTERAÇÃO"Ressurreição dos m ortos", "castigo eterno dos ím p ios ’’, “estado e te rno de ju s tiç a " , você crê nestas promessas? A p e rgun ta faz sentido quando temos a consciência de estarmos vivendo um período m ateria lista e consumista. Uma das m aiores dificuldades dos discípulos de Jesus fo i a de entender queo Reino de Deus não era deste mundo. Não p o r acaso, quando Jesus p a rtiu pa ra ser crucificado seus discípulos o abandonaram . Eles não suportaram a decepção de ver o representante “do re ino de Israel” m o rre r sem estabelecê-lo na Terra. Que risco não entender a mensagem de Jesus! Os discípulos só a compreenderiam depois de cam inhar três anos com Ele e após a Sua ressurreição.

L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSED a n i e l 1 2 . 1 - 4 , 7 - 9 , 1 1 - 1 3

1 - E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve na­ção até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro.2 - E muitos dos que dormem no pó da te rra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno.3 - Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firm am ento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente.4 - E tu, Daniel, fecha estas pala­vras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se m ultip licará.7 - E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando levantou a sua mão dire ita e a sua mão esquerda ao céu e ju ro u , po r aquele que vive eterna­mente, que depois de um tempo, de tempos e metade de um tempo, e quando tiverem acabado de des­tru ir o poder do povo santo, todas essas coisas serão cumpridas.8 - Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso, eu disse: Senhor meu, qual será o fim dessas coisas?9 - E ele disse: Vai, Daniel, porque estas pa lavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim .11 - E, desde o tempo em que o contínuo sacrifício fo r tirado e posta a abominação desoladora, haverá mi! duzentos e noventa dias.12 - Bem-aventurado o que espera e chega até mH trezentos e tr in ta e cinco dias.13 - Tu, porém , vai até ao fim ; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias.

OBJETIVOS

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

C o m p reen d er o tem po do cum pri­mento da profecia entregue a Daniel.

Explicar a doutr ina da ressurreição do corpo na Bíblia.

R ec o n h e c er a nossa l im ita ção e f in itude como seres humanos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAA doutrina da ressurreição de Jesus e do corpo é o fundamento da fé cristã e da

esperança da Igreja. Ao iniciar o se­gundo tópico da auJa, leia os seguintes textos bíblicos: Jó 1 9.25-27; SI 16.9,1 0;

17.15; Dn 12.1-3; Mt 22.23-32; Jo 6.39,40,44 e 54; At 1 7.1 8; 24.1 5; 1 Co1 5.1 7,22; 2 T m 2.1 8. Destaque alguns deles juntamente com os seus alunos.

Em seguida, reconheça que muitos cren­tes têm dificuldades de entender a ideia da ressurreição do corpo no Antigo Tes­

tamento. Mas, por intermédio dos textos destacados, afirme que tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, a Bíblia confirma a realidade da ressurreição do nosso corpo. E a prova disso é a d e que

Jesus ressuscitou dentre os mortos. Esta é a nossa esperança!

L ições Bíblicas 91

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IN TR O D U Ç Ã OChegamos ao f im de mais

I um trimestre e bem como ao de mais um ano. Os meus votos são de que ao longo deste trimestre você tenha crescido no conhecimento e na gra­ça de nosso Senhor! Que a esperança da iminente v o l ta de Jesus possa inflamar o seu coração!

Na lição desta se­mana e s tuda rem os o capítulo 12 do livro de Daniel. Nele, não encontram os nenhum aspecto p ro fé t ic o em relação às histórias das nações, como encontramos até o capítulo11.35, exce tuando Daniel 9.27. Mas veremos os seguintes temas mencionados no ú lt im o capítulo de Daniel: O tem po da profecia, a ressurreição dos mortos, a re­compensa dos justos e o castigo eterno dos ímpios. Bons estudos!

I - O T E M P O D A P R O FE C IA ( 12 .1)

1. Q ual é o tem po? (v„l)A exp ressã o “ naque le te m p o ” se refere ao período da Grande Tribulação. Quando o Antic r is to liderará o mundo política e belica- mente. Será um período de bruta l e sangrenta perseguição contra os judeus e tantos quantos estiverem a favor de Israel (Dn 11.35,40).

Em suas terras, o povo ju - | deu sofreu m uitas invasões de B in im igos. Porém, nem as piores | incursões contra Israel, como as | da Bab ilôn ia e os h o rro res do [ h o lo ca u s to nos d ias de H it le r

^ (1939-1945), podem se com parar

com o “ tem po de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele te m p o ” (v.l). A p ropo rção deste co n fl i to u lt ra ­passará qualquer outro m om ento da h is tó r ia da c iv i l iz a ç ã o (M t 24.21,22; cf. Jr 30.5-7).

2 . A lib e rta ç ã o de Is rae l. No l iv ro de Daniel, o a rcan jo M iguei, p r ín ­cipe de Deus, entrou em bata lha contra as fo rça s do mal a f im de que o anjo Gabriel levasse a m ensagem ao profeta. Miguel é o guardião de Israel con­

tra as potestades satânicas, iden­tificadas como “ reis e príncipes da Pérsia e da Grécia”. Estes criavam obstáculos aos desígnios divinos.

No capítulo doze, para pro te­ger o povo de Deus, Miguel entrou mais uma vez em batalha contra as forças opositoras de Satanás. Aqui, há uma relação escatológica com a passagem de Apocalipse 12.7-9, isto é, a batalha de Miguel com o Dragão e os seus anjos. Segundo a visão do apóstolo João, no meio desta batalha havia uma m ulher vestida com o sol, a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (Ap 12.1). Esta visão não é a respeito da Igreja, mas de Israel, que receberá de Deus uma intervenção através do arcanjo Miguel (Ap 12.7,8).

3. Os anjos no m undo hoje. O mundo espiritual é real e m u i­tas vezes não o percebemos. Os anjos são espíritos m inistradores em favor não só da nação de Is­rael, mas especialmente da Igreja de Cristo. Eles não recebem ado­ração de homens e nem podem in te rfe r ir na v ida espiritual dos

PALAVRA-CHAVE

R essurreição:Ato ou efeito

de re ssu rg ir ou ressuscitar; re to rno

da m orte à vida.

9 2 L ições Bíblicas

Page 95: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

filhos de Deus sem a expressa ordem do Pai. Portanto, não seja­mos meninos nem infantis neste assunto (Cl 2.18; Gl 1.8). Os anjos de Deus terão uma participação especial antes e após o arreba­tam ento da Igreja e nas circuns­tâncias que envolverão Israel e o resto do mundo na Grande Tri­bulação (1 Ts 4.13-17; Ap 12.1-9).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (1)

O cap ítu lo doze de Daniel mostra dois mundos: o material ( libertação de Israel) e o espiritual (atuação dos anjos). Deus in terv in ­do na criação.

R E S P O N D A

1. Segundo a lição , qua l é o s ig­n ificado da expressão “naquele tempo"?2. Quem são e com o agem os anjos hoje?

II - R E S S U R R E IÇ Ã O E V ID AE T E R N A <Dn 1 2 .2 -4 )

1. R e s s u rre iç ã o . Quando lemos o Antigo Testamento temos a impressão de não vermos a dou ­tr ina da ressurreição dos mortos com clareza, princ ipa lm ente nos livros da Lei, o Pentateuco. Entre­tanto, aqui, Daniel não nos deixa d ú v id a s q u a n to à v e ra c id a d e desta gloriosa doutrina: “ E muitos dos que dorm em no pó da terra ressusc ita rão, uns para a v ida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” (v.2).

2 . As duas ressu rre içõ es .O tex to de Daniel, versículo 1, nos informa um livro onde constam os nomes dos santos a ressuscitar para a v ida eterna e dos ímpios para a ve rgonha e o desprezo

eterno. Entretanto, o versículo 2 não se refere a uma ressurreição gera l, is to é, de todos os que já dorm em . O te x to diz apenas “m uitos dos que dorm em ”. Esta expressão pode se re fe r ir aos “ m ártires da g rande tr ibu laçã o que ressuscitarão” (Ap 7.14,15). O tex to sugere também o advento das duas ressurreições conforme vemos no Apocalipse (20.12,13).A prim eira ressurreição refere-se aos justos e a segunda, após o Milênio, aos ímpios (Jo 5.29; Mt 25.46; cf. Dn 12.2; Jo 5.28,29; 1 Co 15.51,52).

3. “A c iência se m u lt ip li­cará” (v .4 ). Muitos pensam que esta expressão é uma pro fec ia sobre os avanços do conhecimen­to científico e da tecnologia. To­davia, precisamos com preender a co m p le tu d e desse vers ícu lo . Estamos diante de um tex to que menciona uma ordem expressa de Deus para Daniel: guardar a re­velação até o tem po do seu cabal cum prim ento . O Senhor ainda diz a Daniel que “muitos correrão de uma parte para ou tra ”, em busca da verdade. Entretanto, “a ciência se m ultip lica rá ”.

O sentido da palavra “c iên­cia”, no te x to de Daniel, tem a ver com o saber das coisas, “ser ou estar in fo rm ado” ou “te r co­nhec im entos específicos sobre a lgo”. Por isso, a m ultip licação da ciência refere-se ao aumento do conhecimento sobre o conteúdo expresso da profecia de Daniel, não tendo relação alguma com o avanço da ciência formal.

Lou vad o seja Deus! pe los | m uitos estud iosos que vêm se i debruçando sobre estas profecias, j Compreendendo o seu contexto 1!

L iç õ e s Bíblicas 9 3

Page 96: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

________REFLEXÃO

“A m u ltip lica çã o da ciência refere-se ao aum ento sobre

o conteúdo expresso da p ro fec ia de Daniel. ”

Elienai Cabral

histórico e cultural, evitando falsos alardes e preservando a g loriosa esperança de que a profecia de Da­niel um dia se cum prirá fie lmente: Veremos o advento da p len itude do Reino de Deus no mundo!

S IN O P S E D O T Ó P IC O (2 )

Os jus tos e os in justos que fo ram m ortos serão ressuscitados para estar d iante do Senhor.

R E S P O N D A

3. Cite o versículo que deixa d a ra a d o u tr in a da re ssu rre içã o dos m ortos no A n tigo Testamento.4. Explique a expressão “a ciência se m u ltip lic a rá ”.

I I I - A P R O F E C IA F O I S E L A D A (1 2 .8 -1 1 )

1. A p ro fe c ia e s tá s e la d a .Daniel recebeu a o rdem de “ fe ­char” e “se lar” o l iv ro da profecia sobre a h is tória do m undo (v.4). O ato de selar o liv ro , à época do p ro fe ta Daniel, dava a garan tia da veracidade ao que havia sido lhe revelado. Não tinha mais segredos e nada mais estava escondido que Deus não houvesse traz id o à luz.

I O selo do liv ro assegurava que a revelação era dada p o r Deus.

A pro fec ia quando dada peloI Senhor, com o no liv ro de Daniel eI de todos os santos profetas, não é

l u m a palavra im penetráve l, fecha­

da ou res tr ita a poucas pessoas que se acham “ capazes”. Não! A palavra de Deus é a revelação d iv i­na para todos os homens. Não foi somente para a nação de Israel, mas a todos quantos tem erem a Deus e porfia rem por com preen ­der os desígnios do Senhor para o m undo.

2. O “ te m p o do F im ”. “Qual será o f im dessas coisas?” Foi a pe rgu n ta de Daniel. Note a res­posta do hom em ves tido de linho ao p ro fe ta : “Vai, Daniel, porque estas pa lav ras es tão fechadas e seladas até ao te m p o do f im ” (v .9). O p ro fe ta fo i o r ie n ta d o pelo hom em ves tido de linho a p ro s s e g u ir a sua p e re g r in a çã o ex is tenc ia l po rque a pro fec ia já fo ra “ fechada” e “ selada” . E Da­niel t in ha de v iv e r a v ida sem a in fo rm ação requerida .

3. H u m ild a d e e ü n itu d e . Uma dec la ração de Daniel cha ­ma-nos atenção: “ Eu, pois, ouvi, mas não e n te n d i” (v.8). Após o hom em vestido de linho a firm ar que depois “de tem pos e metade de um te m p o ” e “quando tive rem acabado de d es tru ir o poder do povo santo” v irá o fim ; Daniel o ouviu , mas não o compreendeu! O p ro fe ta havia recebido a v isão de Deus, todavia , não a entenderia. Aqu i, Daniel d e m o n s tro u a sua h u m ild a d e e reconheceu a sua fin itude ! Não devem os sentir-nos in feriores a outras pessoas q u a n ­do não en tenderm os um assunto b íb l ico . O que não devem os é inven ta r teo r ias que con tra r iam as Escrituras. E para isso é preciso entender o que a Bíblia diz.

As pa lavras de Danie l são um a g ra n d e a d v e r tê n c ia para quem lida com as profecias e a

9 4 L içõ es Bíblicas

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REFLEXÃO

“Jesus Cristo vo lta rá ! Esta era a esperança dos apósto los e da ig re ja P rim itiva . E igua lm en te a esperança de

m uitos c ris tãos a té o século IV. Mas p o r m uitos anos, p a rte da ig re ja se descuidou a respe ito desta esperança.

Contudo, ju n ta m e n te com o advento da Reform a Protestante, a esperança quan to à v inda de Jesus fo i

renovada na Ig re ja . Com o M ovim ento Pentecostal Clássico deu-se a explosão dessa m ensagem .”

Elienai Cabral

in terpre tação da Bíblia em geral. A ten tem os para as palavras de Jesus quando fo i indagado pelos d iscípu los a respeito da res tau ­ração do reino a Israel: “ Não vos pertence saber os tem pos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu p róp r io p o d e r” (At 1.7).

S IN O P S E D O T Ó P IC O (3 )

A pro fec ia está selada. Deve­mos reconhecer a nossa lim itação e f in itu d e quan to àqu ilo que não sabemos.

soberania de Deus age na história. Aprendem os sobre a im po rtânc ia j de m anterm os um caráter ín tegro | na presença de Deus e d iante dos homens. V ivendo à luz da espe- : rança do arrebatam ento da Igreja, é urgente v ig iar, orar e dedicar- nos ao estudo da Palavra de Deus.

Jesus Cristo voltará! Esta era a esperança dos apósto los e da Igreja Primitiva. E igualmente era a esperança de muitos cristãos até o século IV. Mas por muitos anos, par­te da Igreja se descuidou a respeito desta esperança. Contudo, com o advento da Reforma Protestante, a esperança quan to à v in d a de Jesus foi renovada na Igreja. Com o Movimento Pentecostal Clássico deu-se a explosão dessa mensagem. Em nosso país, qual o pentecostal que não conhece a célebre frase: “Jesus Cristo salva, cura, batiza com o Espírito Santo e breve vo ltará ”? Maranata! Ora vem Senhor Jesus!

R E S P O N D A

5. Com as sua pa lavras comente a resposta de Daniel: “Eu, pois, ouvi, m as não entendi

C O N C L U S Ã O

Neste tr im e s tre estudam os o liv ro de Daniel. V im os com o a

L iç õ e s Bíblicas 9 5

Page 98: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

a u x í l i o b ib l io g r á f ic o

S u b s íd io T e o ló g ic o

“ E m u ito s dos q u e d o rm e m no pó d a te r r a re s s a is e ifa rã © (2 ). Essa é a revelação mais clara da dou tr ina da ressurreição no A n tigo Testamento. Ela nos lem bra que é C ris to que ‘trou xe à iuz a v ida e a inco rrupção ' (2 Tm 1.10). A lguns in té rp re te s a c re d ita m que a res­surreição m encionada aqui é uma re ssu rre içã o parc ta l re la c io n a d a somente aos judeus que m orreram na tr ibu lação . C a lv ino ins is te em que esse es tre itam ento do escopo é in justif icáve l. Para ele, esse te x to ressalta o aspecto do mal e do bem, ou seja, a lguns serão separados j para a v ida e terna e ou tros para a ve rgonha e condenação eterna. Ele entende que a palavra m uitos significa ‘os m u itos ’ ou ‘to d o s ’ e que aqui se tem em mente a ressurreição geral” (PR1CE, Ross; GRAY, C. Paul (et al). C o m e n tá r io B íb lico Beacon: ísaías a Daniel. 1 .ed. vol. 4 Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p p .543-44).

V O C A B U L Á R IOB elic a m e n te : C oncernente à guerra ou ao belicismo; belicoso.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

GILBERTO, A n ton io . D a n ie l & A p o c a lip s e . Rio de Jane iro : CPAD, 2006.MACARTHUR JR., John. A Se­g u n d a V in d a , î . e d . Rio de Janeiro: CPAD, 201 3.HORTON, Stanley M. A p o c a lip ­se: As coisas que brevem ente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 60, p .42.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. A expressão “naquele tempo” se re­fere ao período da Grande Tribulação.2 . Os anjos são espíritos ministrado- res em favor não só da nação de Israel, mas especialmente da igreja de Cristo.3. “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha

e desprezo eterno” (Dn 1 2.2).4 . A m ultip licação da ciência refere- -se ao aumento do conhecimento so­bre o conteúdo expresso da profecia de Daniel, não tendo relação alguma

com o avanço da ciência formal.5. Daniel demonstrou a sua humil­dade e reconheceu a sua finitude! Não devemos sentir-nos inferiores a outras pessoas quando não enten­dermos um assunto bíblico. O que não devemos é inventar teorias que

contrariam as Escrituras.

9 6 L iç õ e s Bíblicas

Page 99: Daniel - Legado do livro para a igreja de hoje (Lições Bíblicas - 4º trimestre de 2014) MESTRE

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PROF«. HELENA FIGUEIREDO / RJ • PROF". ANITA OYA1ZU1 SP • PROF«. SILÉIA CHIQUIM/PR