Daninhas Ultimo

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Associação de diferentes mecanismos de ação de herbicidas para o controle de plantas daninhas: ACCase/GS, FSI/PROTOX, GS/PROTOX Catherine Lencina 1 Géssica Wust 1 Nádia Goergen 1 Schayana Pavelski 1 Tassiana Dacás 1 Dr. Prof. Diecson R. Silva 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA- RESUMO Palavras-chave: Inibidores de herbicidas, ABSTRACT Key words:

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Biologia de controle a plantas daninhas.

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Associao de diferentes mecanismos de ao de herbicidas para o controle de plantas daninhas: ACCase/GS, FSI/PROTOX, GS/PROTOXCatherine Lencina1 Gssica Wust1 Ndia Goergen1 Schayana Pavelski1 Tassiana Dacs1 Dr. Prof. Diecson R. Silva2- REVISO BIBLIOGRFICA-RESUMOPalavras-chave: Inibidores de herbicidas,

ABSTRACT

Key words:

INTRODUOAs plantas daninhas so assim consideradas, pois interferem negativamente nas culturas, causando prejuzos econmicos. O prejuzo mais conhecido causado por essas plantas a diminuio do rendimento de gros das culturas, devido a competies por nutrientes, gua e luminosidade, e ainda servem de hospedeiras para pragas que aumentam os custos de produo, dificultam a colheita e a secagem de gros, e depreciam o valor comercial do produto final. Sendo assim essas plantas so indesejadas e para elimin-las das lavouras os agricultores utilizam-se de produtos qumicos par control-las.Dentro os mtodos de controle para plantas daninhas os mtodo qumico o mais conhecido e utilizado, pois apresenta diversas vantagens aos agricultores, como aumento do lucro da produo, poucos danos a cultura, no danificam a estrutura do solo, rapidez na utilizao e baixo custo comparado com outros mtodos.Contudo, apesar da grande utilizao desses produtos, h conflitos sobre as vantagens e desvantagens causadas pelos herbicidas. Assim, necessria a correta recomendao tcnica para a utilizao desses produtos, pois preciso saber onde e como agem, suas caractersticas fsico- qumicas e biolgicas, seletividade, interao com o ambiente. Para compreender os herbicidas necessrio um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto em questo, entendendo como ocorrem as relaes qumicas nas clulas. Atravs de estudos aprofundados sabe-se que as reaes qumicas nas clulas ocorrem em sequencia, onde cada etapa da sntese realizada por enzimas especficas. Os herbicidas agem interferindo de forma a inibir ou quebrar essas enzimas, interrompendo a sntese de enzimas e alguns processos necessrios para a sobrevivncia da planta, causando a sua morte. Genericamente, cada herbicida inibe uma enzima especfica, desorganizando a produo de vrias substncias necessrias para a sobrevivncia da planta. Especificamente os herbicidas afetam a sntese de lipdios, aminocidos e a produo de energia. Assim sendo, com a inibio de alguma enzima, interrompendo a sntese de algum composto, consequentemente ir afetar outras rotas metablicas, causando a morte (controle) da planta daninha.Os herbicidas podem ser divididos em sistmicos ou de contato, onde que os herbicidas Sistmicos so de aplicao sobre a folhagem da planta, e movimentam-se pelo floema junto com os fotoassimilados ou pelo xilema junto com gua e sais minerais. Os herbicidas de Contato so de aplicao sobre o solo e possuem translocao e mobilidade insignificante, limitada ou at mesmo nula.Pode se descrever os herbicidas de acordo com o local de atuao na planta. Contudo os herbicidas que possuem desempenhos diferentes sob o mesmo local de ao, possuem caractersticas fsico qumicas que os diferem entre si. Assim sendo necessrio entender, explicar e estudar cada um desses herbicidas individualmente, em decorrncia das diferenas de comportamento desses produtos nas plantas e no ambiente, de modo a obter informaes a cerca da sua eficcia.Aps a busca de informaes a cerca do modo de ao dos herbicidas, conhecendo melhor suas informaes possvel obter informaes corretas e confiveis sobre a correta forma de aplicao destes produtos, o que garante a sua eficcia sobre o controle e promove menos riscos ao meio ambiente. Assim a utilizao dos herbicidas deve ser planejada e avaliada. Atravs dos conhecimentos adquiridos com os avanos tecnolgicos propiciou-se mtodos para melhorar a seletividade, eficcia, economicidade e segurana desses produtos.Atravs de todas as informaes adquiridas sob todos os aspectos dos herbicidas possvel repassar aos produtores a melhor forma de utilizao desses produtos, para que os pontos positivos dos mesmos superem os negativos, para que sejam utilizadas as dosagens corretas, assegurando sua eficcia, controle e segurana ambiental. Fotossistema 1 (FS1)Pertencem ao grupo qumico bipiridilos, e so representados pelos produtos diquat e paraquat. O primeiro herbicida descoberto deste grupo foi o diquat, em 1995, na Inglaterra. Aps alguns anos, o paraquat foi desenvolvido. As caractersticas dos sintomas e o modo de ao dos herbicidas inibidores de F1 determinam que os mesmos sejam chamados de dessecantes. Esses herbicidas tiveram um papel importante na introduo e desenvolvimento do sistema de semeadura direta, viabilizando a dificuldade deste sistema, que era a eliminao da vegetao precedendo instalao de culturas.A marca comercial do herbicida diquat Reglone e do paraquat Gramoxone 200. Ambos formulados com soluo aquosa concentrada (SAC), em concentrao de 200 g/l e fabricados pela indstria Syngenta. O paraquat est presente em misturas de diuron (Gramocil) e com bentazon (Pramato).So utilizados para controle no seletivo da vegetao, inicialmente utilizado o diquat em reas aquticas e o paraquat para aplicaes terrestres. Os herbicidas bipiridilos possuem utilizao pela ao de contato, sendo adequados para o controle de plantas daninhas mono e dicotiledneas anuais. O paraquat possui maior ao em monocotiledneas do que o diquat. Ambos possuem limitao de eficincia de controle sobre plantas daninhas anuais em avanado estdio de desenvolvimento e em perenes. A funo da poca de aplicao deve ser determinada conforme o estdio de desenvolvimento das plantas daninhas, a dose do herbicida e as das condies ambientais deve ser levada em conta para uma melhoria de eficincia de controle nesses casos.Tabela Utilizao dos herbicidas inibidores do Fotossistema 1.UtilizaoModalidade / objetivoCulturas

Manejo pr-plantio em reas conduzidas no sistema de semeadura diretaAplicao em rea total, antecedendo o plantio, para eliminao da vegetaoAlgodo, arroz, aspargo, batata, cana-de-acar, beterraba, cebola, feijo milho, soja e sorgo

Seletivamente, em ps-emergnciaAplicao em jato dirigido nas entre-linhas da culturaMilho e sorgo

Cultura perenesAplicao nas entre-linhas (ruas) ou na projeo da copa das rvoresAbacate, banana, cacau, caf, citros, coco, maa, pra, pssego, seringueira e uva

Renovao de pastagensEliminao da vegetao para proporcionar o estabelecimento de novas espciesPastagens

Precedendo o rebrote de forrageirasControle de plantas daninhas aps o corte de forrageiras para fenaoAlfafa e trevo

Dessecao pr-colheitaEliminao de plantas daninhas para facilitar a colheitaAlgodo, arroz, batata, cana-de-acar, milho, soja e sorgo

Dessecao em batata sementeEliminao da parte area das plantas da cultura para obteno de tubrculos pequenosBatata-semente

reas industriais, ferrovias, terreiros e terraosAplicao em rea total para controle geral da vegetaoreas no cultivadas

reas aquticasControle de plantas daninhasreas no cultivadas

O herbicida paraquat se constitui da ligao de um radical metil a cada extremidade do anel bipiridilo, que forma um ction divalente, resultante na molcula de N com trs molculas de C, dois destes pertencendo ao anel benznico.Com as molculas de Cl, acontece a neutralizao destas cargas duplas catinicas para o paraquat e com duas molculas de Br para diquat. Ambos so formulados nas formas de sair Cl e Br, a ao dos herbicidas acontece em funo da parte inica destes compostos. Os herbicidas bipiridilos tem densidade semelhante dos demais herbicidas utilizados. O paraquat pode ser degradado por microorganismos do solo de duas trs semanas, resultando em amnia e cido oxlico como produtos intermedirios, e gua e dixido de carbono como produtos finais. Aspergillus, Penicillium, Fusarium, Pseudomonas, Corynebacterium e Lipomycetes so os proncipais degradadores de paraquat na soluo do solo. A degradao microbiana limitada pela adsoro desde herbicida no solo.O principal mecanismo de dissipao dos herbicidas a adsoro, inviabilizando a ao dos mesmos no solo. A adsoro dos bipiridilos resultante da dupla carga catinica que estabelece ligaes inicas com os colides do solo, principalmente argilas expansivas, sendo que a adsoro no afetada pelo pH do solo.A poeira sobre a superfcie das folhas torna a adsoro prejudicial, contribuindo para a reteno, e no disponibilizao do mesmo para absoro da planta. A presena de partculas de solo em asperso na gua de aplicao dos herbicidas pode diminuir a eficincia por adsorver molculas. Solos arenosos, os bipiridilos podem ser lixiviados ou absorvidos pelas plantas.Os bipiridilos so sensveis fotodecomposio (radiao ultra-violeta), causando degradao dos compostos em 25 a 50% em trs semanas.A volatilidade vai de baixa a moderada, pela baixa presso de vapor desses herbicidas, que menor que a presso de vapor suscetvel volatilizao que de mm Hg a mm Hg. Os problemas de fitotoxidade em plantas no alvo por herbicidas inibidores de F1 esto relacionados deriva de gotas de pequeno dimetro, originadas padres incorretos de aplicao.Paraquat e diquat possuem alta solubilidade em gua, possibilitando que sejam formulados como soluo aquosa. Porm, os herbicidas bipiridilos possuem baixa lixiviao, devido a adsoro aos colides do solo.A persistncia de bipiridilos alta, possuindo meia-vida estimada em 1000 dias, porm, so inativos no ambiente devido a grande adsoro ao solo. A toxicidade destes alta, determinando a necessidade de cuidados durante a aplicao ou restrio do uso em certas situaes.Os inibidores de F1 so absorvidos rapidamente pelas folhas, tolerando chuvas em at 30 minutos aps a aplicao. A rpida absoro do paraquat se deve a suas caractersticas catinica e polar, possibilitando forte afinidade com a cutcula. A absoro para o interior da clula acontece pelas protenas de membrana especializadas no transporte de poliaminas, como putrescina. J a absoro pelas razes no acontece pois o herbicida adsorvido ao solo.Em menor luminosidade potencializada a absoro, devido mobilidade do herbicida que decorre da menor intensidade fotossinttica, chamada de ao de profundidade, proporcionando maior eficincia na eliminao das plantas. A ausncia de luz permite que o herbicida atue em um maior nmero de clulas no interior da folha.A maior adsoro de herbicidas do F1 est condicionada a utilizao de surfatante aninico ou no inico em mistura calda de aplicao. Dispensa-se a aplicao de surfactante em aplicaes para dessecao de batata-semente ou em pr-colheita.Em tecidos jovens so encontradas pequenas quantidades de herbicidas inibidores de F, indicando translocao simplstica. So tambm encontrados na ponta de folhas adultas, indicando translocao apoplstica. Portanto, essa magnitude de quantidades pequena e considera-se que estes herbicidas so imveis na planta para o controle de plantas daninhas.A inexistncia de dissociao e diquat e paraquat esta relacionada com a forma cida que encontrada na planta, demonstrada pelo Pka destas molculas. Sendo assim, o Kow dos compostos determinante para a translocao entre clulas. O Kow do paraquat favorvel translocao pelo xilema. O que impossibilita a translocao de bipiridilos a velocidade de morte de clulas.Ocorre em funo dos processos bsicos da fase clara da fotossntese, da produo de radicais livres e peroxidao das membranas celulares.A ao dos herbicidas de F1 ocorre na membrana dos tilacides dos cloroplastos, na fase clara da fotossntese, onde acontece a transferncia de energia obtida da molcula de gua para o composto receptor P680, que ir produzir ATP e NADPH2. Ambos utilizados na fixao de carbono na fase escura da fotossntese.O F1 se constitui de um conjunto de protenas responsveis pela recepo de energia da plastocianina e pelo seu transporte at a ferredoxina. A fase mais crtica do processo, que a transferncia da energia para a ferredoxina, determinada pela PsaC.Os bipiridilos se ligam a PsaC e recebem energia que ser transferida para a ferredoxina, sendo considerado o local dos inibidores de F1.Ao herbicidaA ao herbicida no consiste somente em bloquear a transferncia de energia, mas tambm em receber e no possibilitar a produo de NADPH+, tornando os herbicidas monoctions (radicais livres). A planta no ir morrer pela deficincia de energia, mas sim pelos efeitos txicos do herbicida. Herbicidas bipiridilos tem potencial redutor de 446 mV para parquat e e 349 mV para diquat, o que permite receber eltrons no lugar de ferrodoxina e reagir com oxignio, formando oxignio singleto (O2*) e perxido de hidrognio (gua oxigenada).Estresse oxidativo o conjunto de resultados originados pelos radicais livres, causados por fatores abiticos ou naturalmente na planta. Dissipao de energiaOs vegetais toleram as variaes da transmisso de energia (ex. radiao solar) devido aos mecanismos que possuem. O composto QB funciona como um escudo para P700, transformando a energia liberada pela quinona em fluorescncia. A ferrodoxina uma via alternativa para a dissipao e aproveitamento de energia quando a clula est suprida de NADPH+ mas necessita de ATP. Os efeitos dos herbicidas ocorrem pela incapacidade de planta em dissipar a energia que estava sendo transferido, o que produz radicais livres.A dissipao de energia ocorre pela reao entre a clorofila (alta quantidade de energia) com -caroteno, produzindo calor. Portanto, essa reao limitada e insuficiente para que toda a energia seja dissipada. O oxignio tripleto pode reagir com a clorofila tripleto e formar oxignio singleto que ativo na peroxidao de lipdios.O oxignio singleto pode reagir com o caronteno e dissipar a energia em excesso, sendo uma reao tambm insuficiente para neutralizar a energia liberada.Peroxidao de lipdios a ltima etapa e a ao fsica dos herbicidas inibidores de F1, e outros relacionados indiretamente ou diretamente fotossntese. A disponibilidade de radicais livres no interior celular peroxida os lipdios (LH) pela remoo de um hidrognio do grupo metil, prximo instaurao da cadeia pela ao de um radical livre. Originando um radical lipdico peroxidado (L*), que reage com outros lipdios da membrana, que forma uma reao em cadeia, produzindo o etano como produto final, ou ento pentano e malonildialdedo.Poucas horas aps a aplicao, comeam a surgir manchas verde-escuras, murcha e necrose nas folhas. As manchas ocorrem devido ao extravasamento do contedo celular, resultado da ruptura da membrana plasmtica, que acontece pela peroxidao de lipdios.Estes sintomas ocorrem apenas em partes das plantas que foram atingidas pela asperso, pois no h translocao nos herbicidas inibidores de F1. Quando as plantas so expostas a luz solar direta, a intensidade dos sintomas aumenta, devido necessidade da ativao de reaes fotossintticas.Geralmente, de um a trs dias aps a aplicao surgem manchas necrticas nas folhas. Em indivduos adultos, necessrio o molhamento completo da planta e regies meristemticas para a eficincia. A deriva de bipiridilos tem como sintomas caractersticos manchas clorticas nas partes da planta que foram atingidas pelas gotas.SeletividadeFeijo, amendoim e azevm perene tem tolerncia a baixas doses de herbicidas de F1. Essa tolerncia ocorre pois ambas as culturas possuem altas quantidades de enzimas detoxificadoras superxido dismutase (SOD), catalase e peroxidase.A compartimentalizao dos herbicidas no vacolo e espaos intercelulares tambm causa da menor sensibilidade aos efeitos txicos de radicais livres. Em plantas perenes adultas, a inexistncia de atividade fotossinttica no tronco, determina a seletividade.A imobilidade de herbicidas proporciona sua seletividade em aplicaes nas culturas do sorgo e milho. Os radicais livres podem ser originados do estresse de temperatura, toxidez de Fe, Cu e Zn, dficit hdrico e outros processos relacionados ao metabolismo vegetal. Os efeitos dos herbicidas F1 interagem com estas causas e altera a eficincia no controle de plantas daninhas e na seletividade de culturas.HERBICIDAS INIBIDORES DE PROTOXOs primeiros herbicidas inibidores da enzima Protoporfirinognio oxidase (Protox) foram os Nitrofen e o Bifenox, desenvolvidos na dcada de 60 para utilizao na cultura do arroz.Os inibidores de Protox pertencem a quatro grupos qumicos, onde, a nomenclatura dos produtos pertencentes ao grupo difenilteres possui terminao em fen, o grupo das triazolinonas a terminao one e o grupo das ftalamidas o prefixo flu. Est em desenvolvimento um novo grupo de herbicidas inibidores de Protox, chamado isoindoldiones, onde o herbicida cinidon-etil possui seletividade em cereais de gros pequenos. Os herbicidas que pertencem ao grupo qumico difenilteres possuem maior importncia, seguidos pelos produtos do grupo triazolinonas.Os herbicidas inibidores de protox so utilizados para o controle de plantas daninhas anuais de folha larga e algumas gramneas. A ao graminicida desses compostos utilizado apenas para aplicaes em pr- emergncia e especfica para alguns herbicidas. A maioria usado em ps- emergncia, e a maior eficincia conseguida em aplicaes realizadas quando as plantas daninhas estiverem com duas a seis folhas, ou trs a cinco centmetros de altura. Esta particularizao pode ser considerada como o principal fator a ser considerado quando se faz uso destes herbicidas. Estes herbicidas so utilizados particularmente nas culturas de soja e feijo, mas tambm so utilizados em menor escala na olericultura e em reflorestamentos. No sistema de semeadura direta, para o manejo da cobertura vegetal, o herbicida carfentrazone utilizado em milho e soja na aplicao de pr-semeadura.

Ingrediente ativoNome comercialDistribuidorCulturaAplicao

DIFENILTERES

Acifluorfen- sdioBlazer SolBasfFeijo e SojaPs

FomesafenFlex SyngentaFeijo e SojaPs

LactofenCobraAventisSojaPs

OxyfluorfenGoal BRRohm and HaasAlgodo, arroz inundado, caf, cana-de-acar, citros, eucalipto e pinus.Pr/Ps

FTALAMIDAS

FlumicloracRadiante 100HokkoSojaPs

FlumioxazinFlumizin 500 SumisoyaHokkoIharabrsSojaPr

TRIAZOLINONAS

CarfentrazoneAurora 400 CEFMCCaf, citros, milho e soja Ps

SulfentrazoneBoral 500 SC

SolaraFMC

FMCCana-de-acar e soja.Eucalipto.Pr

OXADIAZOL

OxadiazonRonstar SCRonstar 250 BRAventisAventisAlgodo, alho, arroz, caf, cana-de-acar, cebola, cenoura, citros, cramo, gladolo e tabaco.Pr/ Ps

Tabela1.1- Herbicidas inibidores de PROTOX utilizados no BrasilFonte: Rodrigues e Almeida (1998); Lorenzi (2000); Manaus.O processo mais importante da dissipao e inativao dos herbicidas inibidores de Protox a degradao microbiana devido a alta capacidade dos microrganismos em utilizar as molculas de herbicidas como fonte de energia. A dinmica desses herbicidas no solo altamente influenciada pelos teores de matria orgnica, variao do estado hdrico, temperatura, oxigenao e pH do solo.O processo que regula a dinmica dos herbicidas no solo a adsoro. Em relao ao herbicida acifluorfen a adsoro e dessoro diretamente relacionada ao pH e ao contedo de matria orgnica, mas, no afetada pelo teor de argila do solo. Para os herbicidas inibidores de Protox aplicados ao solo, o fenmeno da adsoro possui maior importncia. Segundo Torres e Fernandez- Quintanilla (1991), a adsoro o processo que determina o armazenamento e a liberao gradual de oxifluorfen e oxadiazon na camada superficial do solo, o que permite a ao pr- emergente destes herbicidas. Quando o solo estiver com alto teor de gua, a quantidade dessorvida dos herbicidas aumenta e poder proporcionar alta absoro pela cultura, resultando em fitotoxidade.Em relao aos herbicidas fomefasen, oxyfluorfen oxadiazon, o principal mecanismo de inativao pode ser considerada a adsoro, est relacionada o Kod destes compostos e as interaes microbiolgicas do solo.Tabela 1.2- Dissipao dos herbicidas inibidores de PROTOX.HerbicidaAdsoroMobilidade hdricaVolatilidadeFotodecom-posioDegradao MicrobianaPersistncia

Acifluorfen- sdioAltaMdiaBaixa Alta Alta*Mdia

FomefasenAlta*MdiaBaixa Alta Mdia Alta

LactofenAltaBaixa Baixa Mdia Alta*Baixa

OxyfluorfenAlta*BaixaBaixa MdiaBaixa Mdia

FlumicloracAltaBaixaBaixa Alta Alta*Baixa

FlumioxazinAltaBaixa Baixa Alta Alta*Baixa

Carfentrazone- etilAltaMdia Baixa Baixa Alta*Baixa

SulfentrazoneMdia Mdia Baixa Baixa Alta*Alta

OxadiazonAlta*Baixa Baixa Mdia Alta*Alta

Fonte: Adaptado de Ahrens (1994, 1998). *Principal mecanismo de dissipao

Tabela 1.3- Principais caractersticas fsico qumicas dos herbicidas inibidores de PROTOX. Ingrediente AtivoDensidade(g/cm3)PesoMolecularSolubilidade com gua (mg/L)Presso de vapor (mm Hg, 25C)PKaKowKoc (mL/g)Meia vida

Acifluorfen- sdio1,12383250 0008x10-83,910-1611314-60

Fomefasen1,28461600 0001x10-72,779460100

Lactofen1,394620,14x10-9-x-Nd10 0003-23

Oxyfluorfen1,35362O,12x10-6029 400100 00030-40

Flumiclorac1,334243,41x10-7-x-97 720Nd1-6

Flumioxazin0,833541,82x10-6-x-NdNd22

Carfentrazone- etil1,50412221x10-7Nd22907502-4

Sulfentrazone1,213874901x10-96,6NdNd180

Oxadiazon1,263450,78x10-7063 100320060

Fonte: Ahrens (1994,1998); Rodrigues e Almeida (1998); Manaus. Nd=no disponvel, -x- =nunhumA movimentao hdrica dos herbicidas inibidores de Protox limitada, devido a forte adsoro e degradao microbiana que evita que permaneam na soluo do solo sujeito ao carregamento junto com fluxo de gua. Independente da alta solubilidade em gua sos herbicidas acufluorfen-sdio e fomesafen, a mobilidade hdrica destes tambm limitada pela alta adsoro ao solo.Todos os herbicidas inibidores de Protox possuem baixa suscetibilidade volatilizao, que est associada baixa presso de vapor destes compostos. Os inibidores de Protox genericamente so sensveis a fotodecomposio, ocasionando a rpida degradao destes compostos quando expostos a luz na superfcie da folha, de material vegetal em decomposio ou do solo. No entanto, os herbicidas do grupo das triazolinonas possuem baixa sensibilidade a fotodecomposio.A absoro dos herbicidas inibidores de Protox se d pelas folhas e razes, variando sua predominncia entre os herbicidas. Para os fentrazone ocorre predomnio de absoro foliar. A absoro foliar favorecida quando h menor espessura da cutcula, como em folhas jovens e localizadas na parte inferior da plantae baixa luminosidade.Aplicaes no escuro seguidas de exposio luminosidade, facilitam a absoro destes herbicidas, isso, devido ao menor dano imediato das clulas localizadas no exterior do parnquima foliar, ocasionando a penetrao do herbicida em maior quantidade e distribuio. Contudo, logo aps a aplicao deve ocorrer intensa disponibilidade de radiaonpara que ocorra a mxima eficincia do herbicida. A permanncia das plantas tratadas por longo tempo na ausncia de luz pode ocasionar a metabolizao do herbicida e consequentemente a diminuio do seu efeito na planta. A absoro dos inibidores de Protox rpida, o que possibilita a ocorrncia de chuvas em at 15 minutos aps a aplicao para carfentrazone, e at 2horas para acifluorfen-sdio. Os valores de Kow variam entre os herbicidas inibidores de Protox. Assim, os herbicidas de alto Kow podem ser absorvidos atravs da cutcula predominantemente lipoflica, e os herbicidas de baixo Kow podem ser absorvidos mais facilmente em cutculas mais hidroflicas. Essas variaes podem explicar as diferenas de eficincia destes herbicidas entre espcies de plantas daninhas em virtude da variao da composio da cutcula, que tambm pode ocorrer devido a variao ambiental. A absoro de herbicidas inibidores de Protox facilitada pela adio de surfactante no inico ou aninico. A presena de adjuvante na aplicao interfere no Kow do herbicida facilitando a penetrao na cutcula. Os inibidores de Protox so considerados como produtos de contato, pois a translocao desses herbicidas muito reduzida. A translocao desses herbicidas quando absorvidos por estruturas de emergncia ou razes no acontece, definindo a ao de contato desses herbicidas no solo.A enzima protox esta presente na rota de sntese da clorofila e de citocromos, chamada rota de sntese de porfirinas ou de tetrapirroles, essa enzima no participa diretamente na fotossntese, porm um composto fotodinmico pois atua na produo de clorofila.A enzima Protox a chave na rota de sntese de porfirinas que acontece no cloroplasto, originando-se de glutamato, este que aps sete reaes intermedirias produz protoporfirinognio IX que oxidado pela enzima protox e produz protoporfirina IX. A ao do herbicida acontece devido a competio pelo substrato protoporfirinognio IX impedindo a produo de protoporfirina IX, resultando em acmulo de protoporfirinognio IX no cloroplasto. A partir deste acmulo protoporfirinognio IX se difunde do cloroplasto para o citoplasma, e ali protoporfiringnio IX transformado em protoporfirina IX, que um composto fotodinmico e aps oxidao ir resultar em oxignio singleto.Os sintomas dos herbicidas inibidores de Protox, a nvel molecular, inicia uma hora aps a exposio luz solar por meio da quebra de ligaes eletrolticas, diminuindo a produo de ascorbato e glutationa, e, da diminuio da atividade das enzimas da rota de sntese de clorofila. Cinco horas aps a exposio luz diminuem os nveis de clorofila e carotenides na planta.Os sintomas desses herbicidas variam conforme a dose utilizada e a espcie vegetal. Em plantas daninhas os sintomas so rpido branqueamento, dessecao e necrose. A necrose no imediata e acontece em at dois dias aps a aplicao, e como este herbicida no possui translocao, a necrose s ocorre nos locais onde houve contato com o produto. Para que ocorra a morte da planta, necessrio aplicar o produto atingindo uma grande rea foliar da planta, especialmente os meristemas.Em espcies tolerantes ao herbicida os sintomas so bronzeamento ou clorose, podendo evoluir para necrose nos locais atingidos pela aplicao, porm com posterior recuperao da planta.SeletividadeA seletividade aos inibidores de Protox se deve atravs da degradao diferencial do herbicida, variao da sensibilidades das espcies aos efeitos txicos do oxignio singleto, a diferente sensibilidade do local de ao. O mecanismo mais importante de seletividade a metabolizao, a tolerncia de soja aos herbicidas difenilteres ocorre devido ao rompimento da ligao ter do grupamento fenil pela enzima glutationa transferase, produzindo metablitos sem atividade herbicida. No ocorre deteco do herbicida 24 horas aps a sua aplicao em espcies tolerantes. As condies ambientais podem causar variaes dos efeitos desses herbicidas, onde que aplicaes realizadas no escuro resultam em menor eficincia do herbicida devido a inatividade da rota de sntese da clorofila.Os mecanismos de seletividade aos herbicidas inibidores de protox no so especficos, caracterizando uma serie de vantagens para o desenvolvimento de espcies resistentes herbicidas. A eficincia dos herbicidas inibidores de Protox influenciada por interaes com o ambiente, o herbicida e as caractersticas das plantas daninhas. As condies ambientais mais importantes so temperatura e umidade do ar, radiao solar, velocidade do vento e umidade do solo. Em relao ao herbicida so a dose utilizada, a presena de adjuvantes ou outros herbicidas. As plantas daninhas relacionam-se espcie e ao estgio de desenvolvimento. A aplicao desses herbicidas sob temperaturas entre 20 e 30C e com umidade relativa do ar acima de 65% aumenta a eficincia do controle de daninhas, pois aumenta a absoro do herbicida, alcanada pela melhoria das caractersticas da cutcula e das propriedades fsico-qumicas da soluo herbicida. Misturas: FS1/PROTOXAs misturas de herbicidas so usadas afim de aumentar o espectro de controle das plantas daninhas. O uso de misturas de herbicidas, faz com que as doses sejam reduzidas, implicando menor risco de fitotoxicidade da cultura, reduo de custos de controle e efeito residual menor no solo. Nas misturas, um herbicida pode melhorar a ao do outro, ou seja, pode ocorrer efeito sinergstico ou complementar, o que resulta em maior eficincia de controle, mesmo com as variaes das condies climticas. O uso de misturas de herbicidas com mecanismos de ao diferentes, diminui o risco de aparecimento de plantas daninhas tolerantes e resistentes. Isso ocorre devido a interao entre os herbicidas, ou seja, a relao de um herbicida na eficcia de um outro. Quando dois ou mais herbicidas so aplicados juntos, os efeitos esperados podem ser aditivos, sinergsticos e antagnicos, sobre as plantas daninhas. Destes, os primeiros so os mais explorados.Misturas com os herbicidas carfentrazone-ethyl, flumioxazin, oxyfluorfen, paraquat (Protox e F1) potencialmente resultam num elevado controle de algumas plantas daninhas, como por exemplo, a trapoeraba, sendo que h diferenas significativas de controle de plantas daninhas em funo dessas misturas.Carfentrazone-ethyl e aplicaes com intervalo de 21 dias, das misturas de (paraquat + diuron) / (carfentrazone-ethyl + glyphosate) ou de (paraquat + diuron) / (paraquat + diuron) proporcionam timos resultados no controle deplantas daninhas como C. difusa. Tambm a aplicao de (paraquat + diuron) / (paraquat + diuron)Proporcionam altos resultados de controle, eliminando quase toda a parte area, reduzindo a biomassa de espcies daninhas, como trapoerava (Commelina. Benghalensis). A mistura de paraquat + diuron, apresentaram os sintomas de toxidez no dia seguinte aplicao.

HERBICIDAS INIBIDORES DE ACCaseNo final da dcad de 60 foi descober os inibidores de ACCase. A pesquisa seguiu com descobertas, culminou a comercializao do diclofop, para daninhas gramneas na cultura do trigo. Na dcada de 80, foram descobertos outros produtos para uso da soja, esses produtos foram revolucionrios, pois substituam outros, que antes era necessrio realizar incorporao ao solo. Em 90, foi descoberto gramnicidas para cultura do arroz. Atravs do melhoramento gentico, foram obtidos milhos hbridos, resistentes a aplicao de alguns herbicidas.Tabela 3.1 Inibidores de ACCase encontrados no Brasil.

Ingrediente ativoNome ComercialConcentrao

ButroxydimFALCON250 g/Kg GDSyngenta

ClethodimSELECT240 g/l CEHokko

DiclofopILOXAN284 g/l CEAventis

FenoxapropFUROREPODIUMWHIP S120g/l CE110 g/l CE69 g/lAventisAventisAventis

FluazifopFUSILADE125 g/l CESyngenta

HaloxifopGALLANTVERDICT R240 g/l CE120 g/l CEDowDow

PropaquizafopSHOGUN100 g/l CESyngenta

QuizalofopTARGATRUCO 18TRUCO 108PANTHER 12050 g/l CE18 g/l 108 g/l CE126 g/l CEAventisMilenaMilenaUniroyal

SethoxydimPOAST184 g/l CEBasf

TepraloxydimARAMO200 g/l CEBasf

ClefoxydimAURA200 g/l CEBasf

CyhalofopCLINCHERDow

HerbicidaCulturas

ButroxydimSoja

ClethodimAlgodo, alho, batata, cebola, cenoura, feijo, tomate e soja.

DiclofopBatata, cebola, cevada, ervilha, feijo, fumo, soja e trigo.

FenoxapropAlgodo, amendoim, arroz, batata, colza, ervilha, feijo, fumo, girassol, soja.

FluazifopAlface, algodo, caf, cebola, cenoura, eucalipto, fumo, laranjeira, pinus, tomate, soja.

HaloxifopEucalipto, pinus, soja.

PropaquizafopAlgodo, soja.

QuizalofopEucalipto, pinus, soja (em fase de registro).

SethoxydimAlgodo, eucalipto, feijo, fumo, girassol, soja (milho resistente= em fase de registro).

TepraloxydimEucalipto, pinus, soja, algodo (em fase de registro).

ClefoxydimArroz (em fase de registro).

CyhalofopArroz (em fase de registro).

So utilizados para controlar gramneas em ps-emergncia, em geral, para culturas de dicotiledneas. Segue tabela com inibidores de ACCase para uso seletivo em culturas de gramneas. Tabela 3.2 Culturas com registros de inibidores de ACCase no Brasil

Os herbicidas inibidores da ACCase possuem o mesmo mecanismo de ao, porm esses produtos apresentam diferenas quanto ao espectro de ao no controle de gramneas. Dessa forma, existe diferenas marcantes entre os diferentes grupos qumicos.Os dois grupos apresentam baixa presso de vapor e, portanto, no so volteis.Segundo Vidal, A. Ribas et. al (2001) comentam que os ariloxifenoxipropionatos (FOP/PROP) so steres para facilitar a absoro foliar, onde que na forma ster, a absoro 8 vezes mais rpida, no entanto, a forma cida 10 vezes mais ativa. Os ciclohexanodionas (DIM) no so formulados como ster, em geral, apresenta maior solubilidade em gua, do que os FOP/PROP estando eles na forma ster.A absoro dos herbicidas esta entre 30 e 90%, sendo que chuvas que ocorrem entre 1 a 2 horas aps aplicao, no atrapalham em seu desempenho, sendo assim, a absoro relativamente rpida.Para ocorrer melhor absoro, as condies adequadas so temperaturas elevadas e por alta umidade do ar.Temperaturas baixas podem reduzir a absoro dos herbicidas ciclhoexanodionas, a luz UV(ultra violeta) poder degradar mais intensamente as molecas que no so absorvidas, uma vez que, a luz UV, tem a capacidade de decompor esses herbicidas.Associaes com herbicidadas inibidores de ACCase, juntamente com de ALS e de PROTOX pode ser prejudicial a absoro e o desempenho. Portanto, a presena de adjuvantes para absoro.Para que haja penetrao na clula o FOP/PROP necessitam ser de-esterificados. Pois em condies de baixa umidade relativa do ar e de baixar temperaturas o funcionamento das esterases so comprometidos, mesmo estando presentes na parede celular.Esses inibidores apresentam alta atividade bioqumica, dessa forma a quantidade que atinge o meristema suficiente para controlar as plantas daninhas, essa translocao esta ente 1 e 6% do total absorvido.Quando ocorre a baixa translocao devido a reteno do herbicida na parte lipoflica da cutcula e das membranas celular. Tanto a associao de inibidores de ACCase e a interao com fatores ambientais adversos, so prejudiciais e comprometedores a eficincia na sua translocao.Muitos ACCase apresentam de mdia a alta adsoro dos colides orgnicos e minerais do solo, assim, reduzindo a lixiviao no perfil do solos por esses compostos.J os DIM, quando mais expostos a luz solar, mais sujeitos estaro a fotodegradao, pois apresentam sensibilidade a luz UV.Todos os herbicidas inibidores de ACCase so degradados por microrganismos, deixando que a persistncia desses produtos ao solo seja baixa. Quando a umidade do solo e a umidade relativa do ar esto alta, pode-se detectar efeito residual, porem este curto, em torno de 10 dias.Como mecanismo de ao a inibio ACCase (Acetil Coa carboxilase), sendo ela uma das enzimas responsvel pela sntese de cidos graxos, so constituintes dos lipdios que ocorrem nas membranas de clulas e organelas. Esses lipdios regulam a permeabilidade seletiva, onde os herbicidas deste grupo so inibidores reversveis e no competitivos da enzima ACCase (Vidal & Merotto, 2001). Segundo Vidal e Merotto (2001) h dois tipos de ACCase, onde so formados de trs sub-unidades, onde duas apresentam genes nucleares e uma gene cloroplstico, sendo assim, essa ACCase aptica a ao dos graminicidas e, nas dicotiledneas, 100% do cloroplasto e 80% da ACCase do citoplasma so constituda por esse tipo de enzima.O outro tipo de ACCase, formado por duas sub-unidades as quais so sensveis a ao de germinicidas, onde esto presentes no citoplasma e no cloroplasto de gramneas.Os meristemas requerem grande quantidade de Malonil-CoA devido a sua intensa diviso e elongao celular, necessrio essa grande quantidade para que ocorra a formao de lipdios e de membrana celular.Dessa forma, os herbicidas so translocados para os meristemas, envolvendo derivados de Malonil-CoA e lipdios nas clulas, interferem na formao de novas clulas, e crescimento vegetal, impedindo que haja formao da membrana celular nas clulas recm formadas nos meristemas vegetais.Sendo assim, os primeiros sintomas a ocorrncia do extravasamento do material celular, devido a ausncia de membrana, apresentando a desestruturao na regio basal do cartucho das gramneas. Posteriormente ocorre necrose na parte basal das folhas, podendo elas serem removidas com facilidade do colmo.Devido a inibio de sntese de lipdios nos meristemas, ocorre a reduo do crescimento radicular. As folhas novas, apresentam-se clorticas, logo aps 2 a 4 dias da aplicao, parando de crescer. Aps ocorre murchamento foliar, e algumas gramneas podem apresentar cor avermelhada quando tratadas com ciclohexanodionas.Assim, as plantas acabam tendo maior sensibilidade a fatos externos, como o vento, podem acabar quebrando na base. SeletividadeA seletividade ocorre de formas diferentes, variando de espcie para espcie, assim, no caso de diclofp a seletividade ocorre devido a metabolizao diferenciada e irreversvel.No arroz, h seletividade do fenoxaprop devido a baixa absoro e translocao, comparada com plantas daninhas gramneas. Outros produtos como, cyhalofop e clefoxydim so seletivos devido a forma de metabolizao do herbicida na cultura.J as dicotiledneas, apresentam tolerncia devido ao fato de que 100% da enzima ACCase presente no cloroplasto e 80% do citoplasma ser indiferente aos produtos. Mesmo tendo a presena de herbicidas, a sntese de lipdios prossegue normalmente, no apresentando sintomas de danos as plantas.Existem possveis fatores que afetam e interferem na atividade dos inibidores de ACCase, porm essas informaes ainda so genricas, as quais foram estudadas em casa de vegetao e laboratrio.No entanto, plantas daninhas com maios ndice de sombreamento absorvem com maior intensidade os inibidores de ACCase. Por outro lado, o sombreamento intenso pode haver menor translocao do herbicida, uma vez que, a sombra atua como fator negativo em relao a fotossntese.Quando as plantas encontram-se em temperaturas elevadas e estresse hdrico, faz com que haja modificao na morfologia dos vegetais, as folhas se enrolem, oque atua como fator prejudicial a disposio e absoro aos inibidores de ACCase. Nesse caso, alguns surfactantes podem minimizar, em parte, o efeito desses fatores extrnsecos.Se realizar a aplicao simultnea de sethoxydim com bentazon a ao antagnica, devido a reao de sethoxydim com o sdio, assim no fica disponvel para que haja absoro. Se gua conter altos teores de sdio, pode ocorrer esse mesmo efeito. A associao de inibidores de ACCase com outros inibidores de PROTOX reduz a absoro e a eficcia de inibidores de ACCase.HERBICIDA INIBIDOR DE GLUTAMINA SINTASE A glutamina sintase uma enzima que desempenha muitas funes importantes nas plantas, como a assimilao de amnio, a sntese de aminocidos, a fotorrespirao e a manuteno de baixos nveis de glioxilato para prevenir a inibio de ribulose-1, 5-bifosfato carboxilase (Rubisco), que uma enzima chave na fixao de carbono, a inibio de glutamina sintase resulta em acmulo de amnio e, consequentemente, na morte da planta, o nico herbicida que inibe a enzima glutamina sintase na via de assimilao de nitrognio o glufosinato. O nome comercial do nico herbicida inibidor da glutamina sintase FINALE que controla eficientemente, em ps-emergncia plantas daninhas nas culturas de: alface, algodo, banana, batata, citros, caf, eucalipto, ma, milho, nectarina, pssego, repolho, soja, trigo e uva; na dessecao de feijo, batata e soja. A dose recomendada varia de 500 a 600 g i.a. ha-1, dependendo das espcies a serem controladas. No sistema de plantio direto, em soja e trigo; e na ps-emergncia total do algodoeiro LibertyLink. O herbicida glufosinato de amnio um herbicida no sistmico e no seletivo, utilizado, principalmente, no controle de plantas invasoras em ps-emergncia, tanto de folhas largas como de folhas estreitas, e est registrado, aprovado e liberado para uso comercial no Brasil, pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA), pelo IBAMA, e pelo Ministrio da Sade, sendo utilizado no Brasil e em vrios outros pases no controle de ervas daninhas, independente do cultivo ou no de plantas transgnicas resistentes ao mesmo. Os sintomas iniciais so amarelecimento de folhas, seguido de murchamento e necrose total da planta. O uso de espalhante aumenta sua atividade, apresenta absoro foliar com translocao reduzida. Glufosinato no absorvido pelas razes, por isso no apresenta atividade de solo.O glufosinato de amnio um herbicida considerado de baixa toxicidade para animais, insetos e peixes, alm de ser biodegradvel.A soja Liberty Link (LL) foi desenvolvida atravs de uma modificao gentica especfica inserindo na planta o gene pat, responsvel pela sntese da enzima fosfinotricinaN acetiltransferase (PAT), que catalisa a converso de Lfosfinotricina (glufosinato de amnio) a produtos no txicos, inativando o ingrediente ativo e, deste modo, conferindo planta a caracterstica de tolerncia ao herbicida.De acordo com a Lei 7.802/89 a prtica da mistura em tanque proibida em todo o territrio brasileiro, porm h a busca de maior rendimento operacional e menor custo aparente do controle fitossanitrio, agricultores tm ignorado a norma que regulamenta esta prtica, e inquestionvel que h o uso dessa prtica na maior parte das lavouras.Em relao as misturas de tanque com inibidor de glutamina sintase e inibidores de ACCase no foi encontrada nenhuma literatura citando, uma das explicaes possveis pode se dar levando em considerao que o Finale um herbicida de contato que tem rpida ao na planta daninha, em questo de horas o mesmo j tem ao matando a planta, no havendo necessidade de aplicar um inibidor de ACCase, herbicidas sistmicos com ao mais demorada, pois a planta j se encontrar em fase de morte, sendo desperdcio de dinheiro para o produtor.

REFERENCIAS BIBLIOGRFICASDisponvel em:< http://inquima.eco.br/empresa/quais-finalidades-e-os-beneficios-dos-adjuvantes-agricolas/> Acesso em 21/06/2015Disponvel em: < http://www.bayercropscience.com.br/site/aempresa/unidadesdenegocios/biotecnologia/libertylink.fss> Acesso em 21/06/2015