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o PRIMEIRO MESTRE-ESCOLAR DO BRASIL: NOTAS ACERCA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA Aécio Feitosa Na literatura educacional brasileira, poucas referências en- contramos à figura de Vicente Rijo Rodrigues, primeiro mestre- escola do Brasil; primeiro sacerdote da Companhia de Jesus a ser ordenado em terras brasileiras e igualmente primeiro a instalar uma escola jesuítica no continente americano. Por este tríplice pioneirismo, cabe a Vicente Rodrigues honroso lugar de destaque, tanto na História da Educação Bra- sileira, quanto na própria História da Igreja em nosso país. As poucas referências à sua pessoa vamos encontrar em três obras do historiador Serafim Leite: Novas Páginas de História do Brasil, (1) História da Companhia de Jesus no Brasil (2) e Monumenta Brasiliae. (3) Em trabalho que apresentamos à Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, fazemos também várias referências ao trabalho missionário e educativo desenvolvido por Vicente Ho- drigues na então colônia portuguesa. (4) Vicente Rodrigues nasceu no povoado de São João da Palha, não muito longe do atual aeroporto de Lisboa. O dia exato do seu nascimento não nos é conhecido. Quanto ao ano, paira também uma dúvida: 1528 ou 1529. Adolescente, ingressou ele na Companhia de Jesus, em Portugal, aos 16 de dezembro de 1545, cinco anos após a instalação dos jesuítas neste país. Seus pais eram Antão Rijo e Isabel Jorge. I No dia 1.° de fevereiro de 1549, em companhia de outros religiosos da Companhia de Jesus e do primeiro Governador- Geral, Tomé de Souza, embarcava ele em Lisboa, com destino ao Brasil. À Bahia (Arraial do Pereira), chegou ele aos 29 de março do citado ano. (5) Educação em Debate, Fort. 13 (1): [an/Iun 1987 103

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Page 1: DARCY, Rosiska. Os movimentos sociais reinventam a ... · PATTO, Maria Helena Sousa. Psicologia e Ideologia. Uma Introdução crí-tica à psicologia escolar. S. Paulo, J'.A. Queiroz,

DARCY, Rosiska. Os movimentos sociais reinventam a educação. RevistaEducação e Sociedade., 08.

FERNANDES,(3) Florestan. Marx Engels. S. Paulo. Atica, 1983.FIGUEIREDO, Maria Aparecida. ° normalista: Expectativas da forma-

ção e da profissão. Tese de Mestrado, S. Carlos, 1980.GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Tradução

Civilização Brasil/eira, 1982.MARNECKER, Marta. Os conceitos elementares do materialismo histórico.

S. Paulo, Global Editores Distribuidora Ltda, 1981.GONZALEZ,(3) Horácio. O que são os intelectuais S. Paulo, Ed. Brasilien-

se, 1981.MARTINS, Maria Anita Viviani. O Professor como agente político. S.

Paulo, Ed. Loyola, 1984.NOSELLA, Paolo. Compromisso político como horizonte da competência

técnica. Revista Educação e Sociedade, 14 S. Paulo, 1983.PATTO, Maria Helena Sousa. Psicologia e Ideologia. Uma Introdução crí-

tica à psicologia escolar. S. Paulo, J'. A. Queiroz, ed. 1984.PEREIRA, Luiz. O magistério numa sociedade de classe. S. Paulo, Pioneira,

1969.

,.í b'2 Educação em Debate, Fort. 13 (1): Ian/íun 1987

o PRIMEIRO MESTRE-ESCOLAR DO BRASIL: NOTASACERCA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Aécio Feitosa

Na literatura educacional brasileira, poucas referências en-contramos à figura de Vicente Rijo Rodrigues, primeiro mestre-escola do Brasil; primeiro sacerdote da Companhia de Jesusa ser ordenado em terras brasileiras e igualmente primeiroa instalar uma escola jesuítica no continente americano.

Por este tríplice pioneirismo, cabe a Vicente Rodrigueshonroso lugar de destaque, tanto na História da Educação Bra-sileira, quanto na própria História da Igreja em nosso país.

As poucas referências à sua pessoa vamos encontrar emtrês obras do historiador Serafim Leite: Novas Páginas deHistória do Brasil, (1) História da Companhia de Jesus noBrasil (2) e Monumenta Brasiliae. (3)

Em trabalho que apresentamos à Universidade Católica deLouvain, na Bélgica, fazemos também várias referências aotrabalho missionário e educativo desenvolvido por Vicente Ho-drigues na então colônia portuguesa. (4)

Vicente Rodrigues nasceu no povoado de São João daPalha, não muito longe do atual aeroporto de Lisboa. O diaexato do seu nascimento não nos é conhecido. Quanto aoano, paira também uma dúvida: 1528 ou 1529.

Adolescente, ingressou ele na Companhia de Jesus, emPortugal, aos 16 de dezembro de 1545, cinco anos após ainstalação dos jesuítas neste país. Seus pais eram Antão Rijoe Isabel Jorge. I

No dia 1.° de fevereiro de 1549, em companhia de outrosreligiosos da Companhia de Jesus e do primeiro Governador-Geral, Tomé de Souza, embarcava ele em Lisboa, com destinoao Brasil. À Bahia (Arraial do Pereira), chegou ele aos 29de março do citado ano. (5)

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Tão logo desembarca e, por iniciativa do seu superior, opadre Manuel da Nóbrega, Vicente Rodrigues instala uma es-cola que abrigou filhos de portugueses e alguns indígenas.Esta Inforrnaçao nos é forneci da pelo padre Manuel da Nó-brega em carta com data de 15 de abril de 1549: "o Irmão Vi-cente Rodrigues ensina a doutrina aos meninos cada dia etambém tem uma escola de ler e escrever". (6)

"Frase simples, escreve Serafim Leite, mas de suma im-portância. Porque é, na realidade, a primeira menção positivana história da instrução e educação do Brasil". (7)

Nesta escola, Vicente Rodrigues exerceu suas atividadesmissionárias e educacionais praticamente só, quando em 15S0passa a ser coadjuvado pelo Irmão Simão Gonçalves tambémvindo de Portugal no ano anterior.

Além do magistério e da pregação evangélica, VicenteRodrigues dedicava seu tempo ao cultivo de alimentos (agri-cultura, hortaliças) e à tecelagem, necessários ao sustentoda sua escola.

Por determinação de Nóbrega, em 1550, deixa ele a Bahiae vai para a Capitania de Porto Seguro, onde comanda os tra-balhos de construção de uma casa da Companhia. Esta eraa casa de Nossa Senhora da Ajuda, que foi importante centrode difusão da mensagem jesuítica no Brasil.

Vicente Rodrigues sempre foi de saúde frágil. Mesmoantes de ingressar na Companhia de Jesus, em Portugal, jáera ele doente. Por sinal, foi num dos leitos do Colégio dosMeninos de Jesus, em Coimbra, que o padre Simão Rodrigues,então Provincial de Portugal, foi encontrá-I o dias antes de suapartida para o Brasil.

Acometido de malária, em 1551, retorna ele de Porto Se-guro à Bahia, ficando ao seu encargo a catequese indígena."Vicente Rodrigues era muito doente, escreve Nóbrega emcarta de 10 de julho de 1552. Sempre se queixava da sua ca-beça. Mandei-lhe que não fosse mais doente (para Porto Se-guro) e assim o fez". (8)

Em 1553, vamos encontrá-Io na aldeia indígena de Pari-pe, situada a alguns quilômetros de Salvador. Nesta casa, nosinforma outra carta de Nóbrega, Vicente Rodrigues "ensinavae dormia e comia, com muita edificação e aproveitamento dosíndios". (9) Esta casa foi dedicada ao apóstolo São Tomé enela Vicente Rodrigues contou com a colaboração de váriosórgãos que em 1550 foram enviados de Portugal ao Brasil.

Neste mesmo ano, necessitando Nóbrega visitar as casasda Companhia instaladas no sul da Colônia, deixa Vicente Ho-

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drigues como superior da Bahia. Ao que tudo indica, foi nesteano que Vicente Rodrigues recebeu sua ordenação sacerdo-tal. (lU)

Em sua visita ao sul da Colônia decidiu Nóbrega transfe-rir de Sao Vicente para o Campo de Piratininga (no]e ciaadede São Paulo), a escola que mantinham os jesuítas. Mesmoassim, em São Vicente continuou em funcionamento uma casade missões. Visando trazer reforços para o sul, Nóbrega enviao padre Leonardo Nunes à Bahia. Os reforços vieram. E, entreoutros, o Padre Vicente Rodrigues, que em sua ida para SãoVicente assistiu provavelmente à solene instalação da casade Piratininga aos 25 de janeiro de 1554, data oficial da fun-dação da atual cidade de São Paulo. (11)

Em São Vicente, Vicente Rodrigues passou alguns anossempre voltado para a causa do ensino e da catequese entreos indígenas.

Em 1557, por indicação de Nóbrega, recebe ele o títulode "coadjutor espiritual formado", título que lhe foi outorgadopelo Superior-Geral da Companhia.

Como Provincial dos jesuítas do Brasil, Nóbrega adotousempre o princípio do revezamento, isto é, não favorecer apermanência de um missionário por muito tempo na mesmacasa ou colégio na Colônia. (12) Assim, em 1566, vamos en-contrar Vicente Rodrigues exercendo seu apostolado na Ca-pitania do Rio de Janeiro, mais precisamente, no Arraial deEstácio de Sá.

No ano seguinte ele está em São Paulo. No Colégio dePiratininga ele trabalhou em companhia de José de Anchieta,tendo este chegado ao Brasil em 1553, juntamente com o padreLuis da Grã, que substituiria Nóbrega nas funções de Provin-cial.

No transcorrer do período 1567-1568, Vicente Rodriguesfoi superior do ColégiO de Piratininga, cargo que ocupou emsubstituição a José de Anchieta.

Entre 1570 e 1573, não temos notícias de Vicente Hodrl-gues. Ao que parece, permaneceu ele em São Paulo colaboran-do com José de Anchleta que assumira as funções de Provin-cial de São Paulo. O certo é que em 1573 ele retorna à Bahia.Nesta viagem sofre ele um naufrágio na foz do Rio Doce, aos28 de abril. Este era já o segundo naufrágio sofrido por ele,pois, em 1553, quando vinha da Bahia para São Vicente, passoupelos mesmos vexames nos Abrolhos.

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Tão logo desembarca e, por iniciativa do seu superior, opadre Manuel da Nóbrega, Vicente Rodrigues instala uma es-cola que abrigou filhos de portugueses e alguns indígenas.Esta Inforrnaçao nos é fornecida pelo padre Manuel da Nó-brega em carta com data de 15 de abril de 1549: "o Irmão Vi-cente Rodrigues ensina a doutrina aos meninos cada dia etambém tem uma escola de ler e escrever". (6)

"Frase simples, escreve Serafim Leite, mas de suma im-portância. Porque é, na realidade, a primeira menção positivana história da instrução e educação do Brasil". (7)

Nesta escola, Vicente Rodrigues exerceu suas atividadesmissionárias e educacionais praticamente só, quando em 15S0passa a ser coadjuvado pelo Irmão Simão Gonçalves tambémvindo de Portugal no ano anterior.

Além do magistério e da pregação evangélica, VicenteRodrigues dedicava seu tempo ao cultivo de alimentos (agri-cultura, hortaliças) e à tecelagem, necessários ao sustentoda sua escola.

Por determinação de Nóbrega, em 1550, deixa ele a Bahiae vai para a Capitania de Porto Seguro, onde comanda os tra-balhos de construção de uma casa da Companhia. Esta eraa casa de Nossa Senhora da Ajuda, que foi importante centrode difusão da mensagem jesuítica no Brasil.

Vicente Rodrigues sempre foi de saúde frágil. Mesmoantes de ingressar na Companhia de Jesus, em Portugal, jáera ele doente. Por sinal, foi num dos leitos do Colégio dosMeninos de Jesus, em Coimbra, que o padre Simão Rodrigues,então Provincial de Portugal, foi encontrá-lo dias antes de suapartida para o Brasil.

Acometido de malária, em 1551, retorna ele de Porto Se-guro à Bahia, ficando ao seu encargo a catequese indígena."Vicente Rodrigues era muito doente, escreve Nóbrega emcarta de 10 de julho de 1552. Sempre se queixava da sua ca-beça. Mandei-lhe que não fosse mais doente (para Porto Se-guro) e assim o fez". (8)

Em 1553, vamos encontrá-lo na aldeia indígena de Pari-pe, situada a alguns quilômetros de Salvador. Nesta casa, nosinforma outra carta de Nóbrega, Vicente Rodrigues "ensinavae dormia e comia, com muita edificação e aproveitamento dosíndios". (9) Esta casa foi dedicada ao apóstolo São Tomé enela Vicente Rodrigues contou com a colaboração de váriosórgãos que em 1550 foram enviados de Portugal ao Brasil.

Neste mesmo ano, necessitando Nóbrega visitar as casasda Companhia instaladas no sul da Colônia, deixa Vicente Ro-

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drigues como superior da Bahia. Ao que tudo indica, foi nesteano que Vicente Rodrigues recebeu sua ordenação sacerdo-tal. (10)

Em sua visita ao sul da Colônia decidiu Nóbrega transfe-rir de Sao Vicente para o Campo de Piratininga (no]e cidadede São Paulo), a escola que mantinham os jesuítas. Mesmoassim, em São Vicente continuou em funcionamento uma casade missões. Visando trazer reforços para o sul, Nóbrega enviao padre Leonardo Nunes à Bahia. Os reforços vieram. E, entreoutros, o Padre Vicente Rodrigues, que em sua ida para SãoVicente assistiu provavelmente à solene instalação da casade Piratininga aos 25 de janeiro de 1554, data oficial da fun-dação da atual cidade de São Paulo. (11)

Em São Vicente, Vicente Rodrigues passou alguns anossempre voltado para a causa do ensino e da catequese entreos indígenas.

Em 1557, por indicação de Nóbrega, recebe ele o títulode "coadjutor espiritual formado", título que lhe foi outorgadopelo Superior-Geral da Companhia.

Como Provincial dos jesuítas do Brasil, Nóbrega adotousempre o princípio do revezamento, isto é, não favorecer apermanência de um missionário por muito tempo na mesmacasa ou colégio na Colônia. (12) Assim, em 1566, vamos en-contrar Vicente Rodrigues exercendo seu aposto lado na Ca-pitania do Rio de Janeiro, mais precisamente, no Arraial deEstácio de Sá.

No ano seguinte ele está em São Paulo. No Colégio dePiratininga ele trabalhou em companhia de José de Anchieta,tendo este chegado ao Brasil em 1553, juntamente com o padreLuis da Grã, que substituiria Nóbrega nas funções de Provin-cial.

No transcorrer do período 1567-1568, Vicente Rodriguesfoi superior do Colégio de Piratininga, cargo que ocupou emsubstituição a José de Anchieta.

Entre 1570 e 1573, não temos notícias de Vicente Rodri-gues. Ao que parece, permaneceu ele em São Paulo colaboran-do com José de Anchieta que assumira as funções de Provin-cial de São Paulo. O certo é que em 1573 ele retorna à Bahia.Nesta viagem sofre ele um naufrágio na foz do Rio Doce, aos28 de abril. Este era já o segundo naufrágio sofrido por ele,pois, em 1553, quando vinha da Bahia para São Vicente, passoupelos mesmos vexames nos Abrolhos.

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Chegando à Bahia, Vicente Rodrigues passa a exercero cargo de "prefeito" da igreja local e da pastoral dos doentes,atividades que desempenhou com zelo e dedicação até 1584.

A saúde, porém, sempre foi-lhe frágil. Enfermo, foi eleenviado de regresso ao Rio de Janeiro, onde passaria os úl-timos anos de sua vida no Colégio que ele ajudara Nóbregaa fundar.

Em carta enviada a Portugal, o Visitador da Companhiano Brasil, padre Fernão Cardim, tece largos elogios ao "santovelho", como assim o chamava. E acrescenta: o padre Rodri-gues é o único sobrevivente dos seis jesuítas que chegaramso Brasi I em 1549. (13)

Vicente Rodrigues faleceu aos 9 de junho de 1600, com72 anos de idade, dos quais 51 de atividades no Brasil e 55de vida religiosa.

"O necrológio do primeiro mestre-escola do Brasil, escre-ve Serafim Leite, é impressionante na singeleza da expressão,a condizer com a pessoa que retrata. Escreveu-o o Provincialdo Brasil ao comunicar para Roma o falecimento no Rio de Ja-neiro: "Faleceu o padre Vicente Rodrigues, de cinqüenta ehum anos do Brasil, plenus diem, de grande bondade, paz,humildade e edificação para todos os de casa e os de fora". (14)

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5. - Os demais jesuítas eram os padres Manuel da Nóbrega, LeonardoNunes, Antonio Pires, João de Azpilcueta Navarro e o Irmão, depoispadre, Diogo [ácome.

6. - LEITE, Serarim. Monumenta Brasiliae, VoI. I, opus. cit., p. 110; Con-fira-se, igualmente, do mesmo autor, História da Companhia de Jesusno Brasil, VoI. lI, p. 269 e Vol. VII, p. 146.

7. - Novas Páginas de História do Brasis: opus cit. p. 135.8. - . Monumenta Braslliae, VoI. I, p. 352-353.9. - . Idem, p. 280.

10. - A ordenação de Vicente Rodrigues ocorreu entre 1552-1553, vez queem carta do Padre Brás Lourenço, datada dc 30 de julho de 1553,ele se refere a Vicente Rodrigues, já como sacerdote. Confirã-se Mo-numenta Brasiliae, VoI. I, p. 517-518.

11. - Sobre a fundação de São Paulo pelo padre Manuel da Nóbrega, vejam-se os trabalhos de Serafim Leite intitulados Nóbrega e a Fundação deSão Paulo, Instituto de Intercâmbio Luso-Brasileiro, Lisboa, 1953;Novas Páginas de História do Brasil, opus. cit., p. 3-74.

12. - LEITE, Serafim. Novas Páginas de História do Brasil, opus. cit., p. 143.13. - CARDIM, Fernão. Tratado da Terra e Gente do Brasil, Rio de

Janeiro, 1925, p. 297.14. - LEITE, Serafim. Opus. cit., p. 145.

NOTAS E REFER~NCIAS BIBLlOGRAFICAS

1. - LEITE, Serafim. Novas Páginas de História do Brasil, Coleção Brasi-liana, voI. 323, Companhia Editora Nacional, São Paulo: 1965.

2. - . História da Companhia de Jesus no Brasil, Tomo I,Livraria Portugália, Lisboa, 1938.

3. - . Monumenta Brasiliae, vols. I, II, III, IV, Roma, 1956,1954, 1968.

4. - Tese de Doutoramento apresentada ta à Universidade Católica deLouvain, Bélgica, tendo em vista a obtenção do grau de Doutoramen-to, sob o título Lettres des Jésuites: une contribution à l'Histoire deI'Education au Brésil, Louvain, 1084. Partes desta Tese, transforma-das em artigos, foram pubHcadas nas Revistas La Revue des Bcoles,Tournai, Bélgica, 1984, Tomo 69, p. 13-18; Revista Portuguesa deEstudos Pedagógicos, Coimbra, Portugal, Ano XVIII, 1984, p .....163-172; Educação Em Debate, Edições da Universidade Federal doCeará, Fortaleza, Ano 8, n," 9, 1985, p. 39-44; mesma Revista, Ano 10,n," 2, p. 105-116; Síntese, Belo Horizonte, n," 36, 1985, p. 76-82;Itaytera, Instituto Cultural do Cariri, Crato, vol. 28, 1984, p. 13-23.

Educação em Debate, Fort. 13 (1): ían/íun 198710 Educação em Debate, Fort. 13 (1): [an/jun 1987

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Chegando à Bahia, Vicente Rodrigues passa a exercero cargo de "prefeito" da igreja local e da pastoral dos doentes,atividades que desempenhou com zelo e dedicação até 1584.

A saúde, porém, sempre foi-lhe frágil. Enfermo, foi eleenviado de regresso ao Rio de Janeiro, onde passaria os úl-timos anos de sua vida no Colégio que ele ajudara Nóbregaa fundar.

Em carta enviada a Portugal, o Visitador da Companhiano Brasil, padre Fernão Cardim, tece largos elogios ao "santovelho", como assim o chamava. E acrescenta: o padre Rodri-gues é o único sobrevivente dos seis jesuítas que chegaramao Brasil em 1549. (13)

Vicente Rodrigues faleceu aos 9 de junho de 1600, com72 anos de idade, dos quais 51 de atividades no Brasil e 55de vida religiosa.

"O necrológio do primeiro mestre-escola do Brasil, escre-ve Serafim Leite, é impressionante na singeleza da expressão,a condizer com a pessoa que retrata. Escreveu-o o Provincialdo Brasil ao comunicar para Roma o falecimento no Rio de Ja-neiro: "Faleceu o padre Vicente Rodrigues, de cinqüenta ehum anos do Brasil, plenus diem, de grande bondade, paz,humildade e edificação para todos os de casa e os de fora". (14)

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5. - Os demais jesuítas eram os padres Manuel da N6brega, LeonardoNunes, Antonio Pires, João de Azpilcueta Navarro e o Irmão, depoispadre, Diogo [ácome.

6. - LEITE, Serarim. Monumenta Brasiliae, VoI. I, opus. cit., p. 110; Con-fira-se, igualmente, do mesmo autor, História da Companhia de Jesusno Brasil, VoI. lI, p. 269 e Vol. VII, p. 146.

7. - Novas Páginas de História do Brasis: opus cit. p. 135.8. - . Monumenta Braslliae, VoI. I, p. 352-353.9. - . Idem, p. 280.

10. - A ordenação de Vicente Rodrigues ocorreu entre 1552-1553, vez queem carta do Padre Brás Lourenço, datada de 30 de julho de 1553,ele se refere a Vicente Rodrigues, já como sacerdote. Confirã-se Mo-numenta Brasiliae, VoI. I, p. 517-518.

11. - Sobre a fundação de São Paulo pelo padre Manuel da N6brega, vejam-se os trabalhos de Serafim Leite intitulados Nóbrega e a Fundação deSão Paulo, Instituto de Intercâmbio Luso-Brasileiro, Lisboa, 1953;Novas Páginas de História do Brasil, opus. cit., p. 3-74.

12. - LEITE, Serafim. Novas Páginas de História do Brasil, opus. cit., p. 143.13. - CARDIM, Fernão. Tratado da Terra e Gente do Brasil, Rio de

Janeiro, 1925, p. 297.14. - LEITE, Serafim. Opus. cit., p. 145.

NOTAS E REFER~NCIAS BIBLlOGRAFICAS

1. - LEITE, Serafim. Novas Páginas de História do Brasil, Coleção Brasi-liana, vol. 323, Companhia Editora Nacional, São Paulo: 1965.

2. - . História da Companhia de Jesus no Brasil, Tomo I,Livraria Portugália, Lisboa, 1938.

3. - . Monumenta Brasiliae, vols. I, Il, 111, IV, Roma, 1956,1954, 1968.

4. - Tese de Doutoramento apresentada ta à Universidade Cat6lica deLouvain, Bélgica, tendo em vista a obtenção do grau de Doutoramen-to, sob o título Lettres des Jésuites: une contribution à l'Histoire del'Bâucation au Brésil, Louvain, 1084. Partes desta Tese, transforma-das em artigos, foram puhlicadas nas Revistas La Revue des Bcoles,Tournai, Bélgica, 1984, Tomo 69, p. 13-18; Revista Portuguesa deEstudos Pedagógicos, Coimbra, Portugal, Ano XVIII, 1984, p .....163-172; Educação Em Debate, Edições da Universidade Federal doCeará, Fortaleza, Ano 8, n," 9, 1985, p. 39-44; mesma Revista, Ano 10,n," 2, p. 105-116; Síntese, Belo Horizonte, n," 36, 1985, p. 76-82;Itaytera, Instituto Cultural do Cariri, Crato, vol. 28, 1984, p. 13-23.

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