Dario Alencar Costa Barbosa

73
DARIO ALENCAR COSTA BARBOSA ESTUDO AVALIATIVO DOS TIPOS DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PISTA DE ROLAMENTO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS USADOS NA TO 050, NO TRECHO TAQUARALTO/ PORTO NACIONAL-TO. Palmas-TO 2009

description

tcc

Transcript of Dario Alencar Costa Barbosa

  • DARIO ALENCAR COSTA BARBOSA

    ESTUDO AVALIATIVO DOS TIPOS DE MANUTENO E

    CONSERVAO DE PISTA DE ROLAMENTO DE PAVIMENTOS RODOVIRIOS USADOS NA TO 050, NO TRECHO

    TAQUARALTO/ PORTO NACIONAL-TO.

    Palmas-TO 2009

  • DARIO ALENCAR COSTA BARBOSA

    ESTUDO AVALIATIVO DOS TIPOS DE MANUTENO E

    CONSERVAO DE PISTA DE ROLAMENTO DE PAVIMENTOS RODOVIRIOS USADOS NA TO 050, NO TRECHO

    TAQUARALTO/ PORTO NACIONAL-TO.

    Monografia apresentada como requisito parcial Disciplina de Trabalho de Concluso de Curso (TCC II) no Curso de Engenharia Civil pelo Centro Universitrio Luterano de Palmas ULBRA. Sob a orientao do Professor Msc. Eduardo Suassuna Nbrega.

    Palmas-TO 2009

  • DEDICATRIA

    A Jesus Cristo: Porque tu s a minha rocha e a minha

    fortaleza; pelo que por amor do teu nome, guia-me e

    encaminha-me. (Salmo 31:3).

    meus pais ser Barbosa de Sousa e Maria Luzia Alencar

    Costa Barbosa minha esposa Patrcia Pereira Andrade

    aos meus filhos Dario Jnior Alencar Barbosa Andrade e

    Maria Jlia Alencar Barbosa Andrade: razo da minha

    vida e do meu crescimento profissional.

  • AGRADECIMENTOS

    Em primeiro lugar, agradeo a Deus Mestre dos Mestres pelo dom da vida, pela sade,

    por te me dado fora para chegar ao fim desta rdua jornada e por me conceder a

    oportunidade de conviver com pessoas maravilhosas, que assim como Ele me amam

    verdadeiramente;

    Agradeo aos meus amados pais, ser Barbosa de Souza e Maria Luzia Alencar Costa

    Barbosa, que sempre me ensinaram a lutar dignamente para alcanar meus objetivos, bem

    como, assumiram brilhantemente a minha educao, ensinando-me a amar a Deus, ao

    prximo e a respeitar os meus prprios limites;

    minha amada esposa, Patrcia Pereira Andrade, que com carinho, amor e dedicao

    me apoiou durante essa jornada;

    Aos meus adorveis filhos, Dario Jnior e Maria Jlia, que com sorrisos e abraos me

    deram foras para subir mais um degrau em minha vida profissional;

    A minha madrinha Maria Lola de Alencar que sempre ajudou e incentivou-me para

    que galgasse mais essa vitria na minha vida.

    A meu sogro, Toinho Andrade e a minha sogra, Virginia Andrade que sempre me

    incentivaram para que eu pudesse alcanar os meus objetivos.

    Ao meu orientador e professor, Eduardo Suassuna Nbrega, que um mestre na arte

    de ensinar a aprender e que muito contribuiu na minha formao acadmica.

    E a todos os meus familiares e amigos que colaboraram direta ou indiretamente para a

    realizao deste trabalho.

  • BARBOSA, Dario Alencar Costa. Estudo comparativo entre tipos de manuteno e conservao de pista rolamento de pavimentos rodovirios usados no Estado do Tocantins. Monografia de Concluso de Curso do Curso de Engenharia Civil, pelo Centro Universitrio Luterano de Palmas, TO.

    RESUMO

    Esta monografia centrou-se no estudo dos tipos de manuteno e conservao de pista rolamento de pavimentos rodovirios usados no Estado do Tocantins. A metodologia baseou-se em pesquisas bibliogrficas e de campo, sendo que esta foi desenvolvida a partir de aplicao de questionrios a 20 (vinte) usurios do trecho Taquaralto/Porto Nacional TO e entrevista com o diretor da residncia rodoviria do segundo municpio mencionado, assim como, da execuo do levantamento visual contnuo, obedecendo s normas estabelecidas pelo DNIT. Buscou-se diagnosticar o tipo de manuteno e conservao da malha rodoviria mais adequado para o trecho observado, defendendo que o ideal a conservao corretiva rotineira e a conservao preventiva peridica. Os dados coletados comprovam que o trabalho de conservao e manuteno de pavimento realizado no trecho Taquaralto/Porto Nacional considerado bom, oferecendo conforto e segurana aos usurios.

    Palavras-chaves: Conservao. Pavimentos. Comparao. Segurana. Conforto e

    Usurios.

  • BARBOSA, Dario Alencar Costa. I study comparative between maintenance types and conservation of track rolamento of pavements rodovirios used in the State of Tocantins. Monograph of Conclusion of Course of the Course of Civil Engineering, for the Center Academical Lutheran of Palmas, TO.

    ABSTRACT

    This monograph was centered in the study of the maintenance types and conservation of track bearing of pavements highways used in the State of Tocantins. The methodology based on bibliographical researches and of field, and this was developed starting from application of questionnaires to 20 (twenty) users of the space National Taquaralto/Porto - TO and glimpses with the director of the residence bus station of the second mentioned municipal district, as well as, of the execution of the continuous visual rising, obeying the established norms for DNIT. It was looked for to diagnose the maintenance type and conservation of the mesh bus station more appropriate for the observed space, defending that the ideal is the conservation routine corrective and the periodic preventive conservation. The collected data prove that the conservation work and pavement maintenance accomplished in the space National Taquaralto/Porto it is considered good, offering comfort and safety to the users.

    Word keys: Conservation. Pavements. Comparison. Safety. Comfort and Users.

  • LISTA DE FIGURAS E FOTOS

    Figura 01: Esquema de destilao de petrleo ...................................................................... 26

    Figura 02: Trecho pavimentado ainda sem sinalizao adequada.......................................... 28

    Figura 03: Pavimentao de acostamento ............................................................................. 35

    Figura 04: Placa de regulamentao ..................................................................................... 36

    Figura 05: Placa de advertncia ............................................................................................ 36

    Figura 06: Placa de Indicao ou informao ....................................................................... 37

    Figura 07: Sinalizao horizontal ......................................................................................... 37

    Figura 08: Mapa TO-050, trecho Taquaralto/Porto Nacional ................................................ 41

    Foto 01: Trincas couro de jacar ....................................................................................... 50

    Foto 02: Trinca couro de jacar......................................................................................... 51

    Foto 03: Trinca couro de jacar......................................................................................... 52

    Foto 04: Panela com remendo inicialmente danificado ......................................................... 52

    Foto 05: Trinca couro de jacar......................................................................................... 53

    Foto 06: Trinca couro de jacar e remendo ....................................................................... 53

    Foto 07: Trecho danificado por remendos, trincas e imperfeies nas bordas e acostamentos54

    Foto 08: Panela localizada prxima ao acostamento ............................................................. 54

    Foto 09: Remendo................................................................................................................ 55

    Foto 10: Trinca couro de jacar......................................................................................... 55

    Foto 11: Trecho com trincas e panelas.................................................................................. 56

    Foto 12: Remendo................................................................................................................ 56

    Foto 13: Trinca couro de jacar e Panela........................................................................... 57

    Foto 14: Trecho com pavimento de condio bom................................................................ 57

    Foto 15: Trecho com pavimento de condio bom................................................................ 58

    Foto 16: Trecho com pavimento de condio bom................................................................ 58

  • Foto 17: Trecho com pavimento de condio bom................................................................ 59

    Foto 18: Trecho com pavimento de condio timo............................................................. 59

    Foto 19: Trecho com pavimento de condio timo............................................................. 60

    Foto 20: Trecho com pavimento de condio timo............................................................. 60

    Foto 21: Trecho com pavimento de condio timo............................................................. 60

    Foto 22: Trecho com pavimento de condio timo............................................................. 61

    Foto 23: Ponte sobre o crrego Xup ................................................................................... 61

    Foto 24: Ponte sobre o crrego Xup ................................................................................... 61

    Foto 25: Trecho bem conservado, sem defeitos frequentes ................................................... 62

    Foto 26: Trecho bem conservado, sem defeitos frequentes ................................................... 63

    Foto 27: Trecho bem conservado, com baixa severidade ...................................................... 63

    Foto 28: Trecho bem conservado, com baixa severidade ...................................................... 64

  • LISTA DE TABELAS E QUADROS

    Tabela 01: Freqncia de defeitos ........................................................................................ 42

    Tabela 02: Conceitos do ICPF.............................................................................................. 42

    Tabela 03: Determinao do ndice de Gravidade................................................................. 44

    Tabela 04: Peso para clculo ................................................................................................ 44

    Tabela 05: IES ndice do Estado da Superfcie do Pavimento ............................................ 44

    Quadro 01: Quadro de Diagnstico The fever chart, de W. C. Hindermann.................... 32

    Quadro 02: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 50

    Quadro 03: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 51

    Quadro 04: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 52

    Quadro 05: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 54

    Quadro 06: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 55

    Quadro 07: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 56

    Quadro 08: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 57

    Quadro 09: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 58

    Quadro 10: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 59

    Quadro 11: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 62

    Quadro 12: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 62

    Quadro 13: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo................................................ 63

  • LISTA DE GRFICOS

    Grfico 01: Concepo dos entrevistados sobre as rodovias pavimentadas do Brasil ............ 47

    Grfico 02: Concepo dos entrevistados sobre as rodovias pavimentadas do Tocantins ...... 48

    Grfico 03: Concepo dos entrevistados sobre a TO-050, trecho Taquaralto/Porto Nacional49

  • LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS

    DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura de transporte

    CREMA Contrato de Restaurao e Manuteno das Rodovias

    DERTINS Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Tocantins

    EB Especificao Brasileira

    IBP Instituto Brasileiro de Petrleo

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    CAP Cimento Asfltico de Petrleo

    DETRAN Departamento de Trnsito

    CONTRAN Conselho Nacional de Trnsito

    LVC Levantamento Visual Contnuo

    ICPF ndice de Condio do Pavimento Flexvel

    IGGE ndice de Gravidade Global Expedito

    IES ndice do Estado da Superfcie do Pavimento

  • SUMRIO

    INTRODUO ................................................................................................................... 14 1 OBJETIVOS..................................................................................................................... 16

    1.1 Objetivo Geral............................................................................................................ 16 1.2 Objetivos Especficos ................................................................................................. 16

    2 JUSTIFICATIVA E IMPORTNCIA DO TRABALHO .................................................. 17 2.1 Estrutura do Trabalho ................................................................................................. 18

    3 REVISO BIBLIOGRFICA .......................................................................................... 20 3.1 Manual de Conservao Rodoviria ........................................................................... 20 3.2 Asfalto: Definies e Conceitos.................................................................................. 23 3.3 Conservao de Pavimentos Flexveis ........................................................................ 27 3.4 Pavimento Flexvel: Principais Defeitos das Rodovias Pavimentadas ......................... 30 3.5 Conservao de Rodovias: A Ao No Se Resume a Reparar Pavimentos................. 34

    3.5.1 Sinalizao .......................................................................................................... 35 3.5.2 Drenagem............................................................................................................ 38

    4 METODOLOGIA ............................................................................................................. 40 5 RESULTADOS E DISCUSSES ..................................................................................... 45

    5.1 Avaliao do Trecho 1................................................................................................ 50 5.2 Avaliao do Trecho 1/2............................................................................................. 51 5.3 Avaliao do Trecho 1/3............................................................................................. 52 5.4 Avaliao do Trecho 1/4............................................................................................. 54 5.5 Avaliao dos Trechos 1/5 e 1/6 ................................................................................. 55 5.6 Avaliao do Trecho 2................................................................................................ 57 5.7 Avaliao do Trecho 3................................................................................................ 58 5.8 Avaliao do Trecho 4................................................................................................ 59 5.9 Avaliao dos Trechos 5 e 6 ....................................................................................... 62 5.10 Avaliao do Trecho 7.............................................................................................. 63

    5 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................ 65 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.................................................................................. 66 ANEXOS............................................................................................................................. 69

  • 14

    INTRODUO

    Sabe-se que o progresso do Brasil depende do escoamento de suas produes, tanto do

    setor urbano como do rural. Esse escoamento, por sua vez, realizado, principalmente, pelo

    sistema rodovirio. Portanto, de suma importncia que essa rea esteja em boas condies,

    propiciando no s conforto aos usurios, mas, tambm, favorecendo o desenvolvimento.

    Frente a essa premissa, decidiu-se pesquisar sobre a manuteno e conservao desse

    contexto.

    Segundo o DNIT (2005), a malha rodoviria um patrimnio rodovirio federal que

    exige manuteno e conservao rotineira, sob o risco de todo valor investido ser perdido.

    Desse modo, faz-se necessrio realizao de aes voltadas para preveno de danos graves

    nas rodovias, sejam elas estaduais, municipais ou federais.

    Com vistas a alcanar essa meta, o CREMA1 se constitui em um modelo de execuo

    de atividades da manuteno rodoviria, que visa a conservao e a restaurao da rodovia,

    em nvel de gerenciamento federal. No Tocantins, o DERTINS2 responsvel pelo

    desenvolvimento dessas aes, entre outras responsabilidades, almejando dinamizar o fluxo

    rodovirio.

    1 Contrato de Restaurao e Manuteno das Rodovias - CREMA -. 2 Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Tocantins, criado em 28 de maio de 1998, atravs da lei n. 982 - DERTINS -.

  • 15

    De acordo com o DNIT (2005), os tipos de manuteno de pista de rolamento de

    pavimentos rodovirios se constituem em macroatividades que podem ser subdivididas em

    cinco grupos: conservao corretiva rotineira; conservao preventiva peridica; conservao

    de emergncia; restaurao e melhoramentos da rodovia. Essas aes sero detalhadas nesta

    monografia.

    A rodovia TO 050 surgiu com a implantao da capital Palmas devido a necessidade

    de escoamento da produo, e acesso a capital. Era uma rodovia carrovel que passava

    dentro de Taquaralto, onde hoje a Avenida Fenelon Barbosa. Tem uma extenso de 199,1

    km onde liga as cidades de Natividade a Chapada de Natividade 8,7km, Chapada de

    Natividade a Santa Rosa do Tocantins 51,6km, Santa Rosa do Tocantins a Silvanpolis

    42,3km, Silvanpolis a Porto Nacional 55,7km, Porto Nacional a Taquaralto 40,8km.

    Esta monografia apresenta os resultados obtidos, atravs da realizao de pesquisa de

    campo, em consonncia com as teorias estudadas, nas quais analisou-se os tipos de

    manuteno e conservao da malha rodoviria executados no trecho Taquaralto/Porto

    Nacional TO, avaliando a qualidade dos servios desenvolvidos.

  • 16

    1 OBJETIVOS

    1.1 Objetivo Geral

    Avaliar o servio de manuteno e conservao da pista de rolamento de pavimentos

    asflticos utilizados na TO-050 trecho Taquaralto/Porto Nacional.

    1.2 Objetivos Especficos

    Avaliar o estado de manuteno e conservao desenvolvido na TO-050 trecho

    Taquaralto/Porto Nacional TO;

    E destacar os tipos de manuteno e conservao da malha rodoviria utilizados no

    trecho observado.

  • 17

    2 JUSTIFICATIVA E IMPORTNCIA DO TRABALHO

    A manuteno da malha rodoviria uma necessidade, considerando que atravs do

    sistema rodovirio que circula grande parte das riquezas produzidas pelo Brasil. Nesse

    contexto, pode-se afirmar que a m conservao desse setor prejudica os setores financeiros,

    poltico e social.

    O DERTINS (2006), defende que o servio de manuteno das rodovias no Tocantins

    um dos melhores do Brasil, abordando que essa excelncia fruto do compromisso do

    governo estadual, bem como, das parcerias fixadas com instituies pblicas e privadas.

    Com base nesses fatores, surgiu a idia de pesquisar sobre as aes desenvolvidas pelo

    DERTINS, comparando os tipos de manuteno e conservao de rodovias e investigando se

    os servios prestados so de qualidade e adequados para a realidade vivenciada no trfego

    tocantinense ou se as rodovias estaduais so conservadas pelo fato do Tocantins ser um estado

    novo.

    Nesse contexto, buscou-se resposta para a seguinte problemtica: qual o tipo de

    manuteno e conservao da malha rodoviria o mais adequado para a TO-050,

    especificamente, no trecho Taquaralto/Porto Nacional, avaliando os servios desenvolvidos

    pela residncia rodoviria responsvel pelo espao observado.

    Entende-se que a conservao corretiva rotineira e a conservao preventiva peridica

    so os tipos de manuteno mais adequados para o Tocantins, em razo do bom estado de

  • 18

    conservao da malha rodoviria. Pois, uma conservao adequada, com intervenes na

    poca certa, prolonga a vida til do pavimento, e o mantm sempre em boas condies dentro

    do perodo de projeto.

    A conservao corretiva rotineira consiste em um conjunto de operaes de

    conservao que tem como objetivo sanar um defeito, restabelecendo as funes dos

    componentes da rodovia, propiciando conforto e segurana aos usurios.

    A conservao preventiva peridica consiste em um conjunto de operaes de

    conservao, realizada periodicamente, objetivando evitar o surgimento ou agravamento dos

    defeitos na malha rodoviria. Exemplos destes servios so as operaes tapa-buraco e

    fechamento de trincas.

    Frente a essas premissas, focou-se em verificar se os servios de manuteno e

    conservao da malha rodoviria citada esto sendo realizados periodicamente e de forma

    eficaz.

    2.1 Estrutura do Trabalho

    Esta monografia organizada em cinco captulos, especificados a seguir:

    O primeiro captulo rene a introduo, os objetivos do estudo monogrfico, a

    justificativa, discorrendo sobre a importncia do trabalho, bem como, abrange a estrutura

    geral da pesquisa.

    No segundo captulo, enfatiza-se as teorias pesquisadas, analisando os tipos de

    manuteno e conservao da malha rodoviria, segundo as normas do DNIT.

    No terceiro captulo, apresenta-se a metodologia executada na realizao desta

    monografia.

  • 19

    O quarto captulo focado na anlise dos dados coletados, sendo titulado Resultados

    e discusses, no qual verifica-se a condio real do pavimento do trecho avaliado.

    No quinto captulo, discorre-se nossas concluses e sugestes para trabalhos futuros.

  • 20

    3 REVISO BIBLIOGRFICA

    3.1 Manual de Conservao Rodoviria

    O Manual de Conservao Rodoviria foi editado na dcada de 70, em decorrncia do

    aumento do fluxo rodovirio que, por sua vez, ocorria pelo avano no setor de produo e de

    Tecnologia. Assim,

    natural que, nesse contexto, o Manual de Conservao Rodoviria conhecesse uma posio de destaque, tornando-se, por assim dizer, uma obra de referncia, ao mesmo tempo, porm, em que sujeitava necessidade de uma permanente atualizao e aprimoramento, em face da dinmica evoluo tecnolgica no campo da conservao rodoviria (BRASIL, 1998, p. 25).

    Essa preocupao em conservar a malha rodoviria, expressa a importncia desse setor

    para o desenvolvimento do Brasil e o Manual de Conservao engloba conceitos e prticas

    para melhor proceder a manuteno e restaurao do sistema rodovirio, sustentados pelo

    CREMA.

    Como j mencionamos anteriormente, os tipos de manuteno de rodovias podem ser

    divididos em cinco grupos. O DNIT (2005) destaca as seguintes definies:

  • 21

    Conservao Corretiva Rotineira

    Compreende o conjunto de operaes de conservao, que objetiva reparar ou

    sanar um defeito, restabelecendo as funes dos componentes da rodovia,

    propiciando conforto e segurana aos usurios;

    Conservao Preventiva Peridica

    Compreende o conjunto de operaes de conservao, realizadas periodicamente,

    objetivando evitar o surgimento ou o agravamento dos defeitos na malha

    rodoviria. Esse servio depende do clima, do trfego e da topografia. Exemplos:

    operao tapa-buraco, fechamento de trincas, entre outras;

    Conservao de Emergncia

    o conjunto de operaes, que visa reparar, repor, reconstruir ou restaurar trechos

    ou estruturas da rodovia, que tenham sidos danificados por um fenmeno

    extraordinrio, catastrfico, gerando a interrupo do trfego da rodovia;

    Restaurao

    Constitui o conjunto de operaes voltadas para restabelecer o perfeito

    funcionamento de um determinado bem ou trecho, restabelecendo na ntegra as

    caractersticas originais. So medidas destinadas a adaptar a rodovia, de forma

    permanente, s exigncias do trfego atual e futuro, pretende, portanto, prolongar o

    tempo til do sistema rodovirio;

    Melhoramentos da Rodovia

    Consiste no conjunto de operaes que acrescentam rodovia caractersticas

    novas, modificando, assim, as caractersticas existentes.

    Esses tipos de manuteno de rodovias so necessrios, porque o pavimento

    inicialmente apresenta condies timas, mas o trfego e outros fatores contribuem para que o

  • 22

    mesmo atinja a condio ruim. Esses danos precisam ser devidamente corrigidos, pois o

    agravamento dos mesmos pode ocasionar defeitos que caracterizam a pssima qualidade do

    trfego.

    Dependendo do tipo e de suas condies tcnicas, o pavimento certamente apresentar defeitos em maior ou menor espao de tempo. Uma conservao adequada, com intervenes na poca devida, poder prolongar a vida til do pavimento e mant-lo sempre em boas condies dentro do respectivo perodo de projeto proporcionando deste modo, permanentemente, conforto, segurana (aos usurios) e facilitando o escoamento das produes (DOMINGUES, 1993, p. 127).

    bom destacar que, de acordo com o Manual de Pavimentao (1996, p. 31), as

    correes convencionais selagem de trincas e, especialmente, a operao tapa-buracos

    realizadas constantemente passam a exigir um nvel de esforo elevado e crescente, que

    pouco favorece a vida til do pavimento, alm de ser antieconmica. Portanto, a restaurao

    um dos tipos de manuteno mais indicados.

    A soluo que se recomenda a execuo da restaurao do pavimento (devidamente dimensionada), para atender a um novo ciclo de vida. Ante a carncia de recursos para a execuo da restaurao, a soluo a ser adotada, em nvel de conservao (e a ser considerada como carter paliativo) envolve a adoo de prticas estabelecidas, para a conservao preventiva (peridica). Em geral, a soluo ento recomendada consiste na execuo de uma camada de revestimento (recapeamento) delgada, j que introduz melhorias sensveis na serventia do pavimento, podendo prolongar qualitativamente a vida til da malha rodoviria (PINTO, 2002, p. 131).

    Com base na citao acima, defende-se que a conservao corretiva rotineira e a

    conservao preventiva peridica so operaes eficazes, que prolongam o ciclo de vida do

    pavimento, sendo consideradas adequadas a atender as necessidades do trfego, no trecho

    Taquaralto/Porto Nacional TO.

  • 23

    3.2 Asfalto: Definies e Conceitos

    Verifica-se que o asfalto um material betuminoso, que objetiva o melhor fluxo do

    trfego, favorecendo, tambm, a segurana e o conforto daqueles que utilizam o sistema

    rodovirio. De acordo com Seno (1997, p. 318), o asfalto o mais antigo material

    impermeabilizante utilizado pelo homem, que j viabilizava durabilidade e melhores

    condies no ir, vir e construes.

    Na Mesopotmia, escavaes relevaram o emprego do betume como aglutinante de tijolos utilizados nas construes dos muros, edifcios e no peso das ruas. Segundo tambm a tradio, os tijolos da Torre de Babel receberam esse tratamento. Outras citaes indicam a utilizao do betume no Egito, nos trabalhos de mumificao; em Roma, na impermeabilizao de aquedutos e, tambm, costume herdado dos gregos, era usado em grandes bolas de fogo lanados por catapultas dentro das muralhas inimigas. Alis, dos gregos que nos vem a palavra asfalto (), que quer dizer firme, estvel. O vocabulrio betume vem do snscrito jatu-crit, que os romanos transformaram em guitu-men ou pix-tumen, que significa criador de piche (SENO, 1997, p. 318).

    Como vimos, o asfalto faz parte da histria da humanidade, ajudando a manter o que o

    homem produziu conservado. indiscutvel, que o asfalto prolonga a vida til do

    pavimento. Referido material era exclusivamente obtido de forma natural, mediante jazidas.

    Posteriormente, foi misturado a outros materiais. S em 1902, o asfalto passou a ser obtido

    atravs da destilao do petrleo, sendo usado com outras misturas.

    Como afirma Seno (1997, p. 319), o asfalto passou a ser produzido no Brasil em

    1994. O petrleo era importado na maioria das vezes da Venezuela. Analisa-se que o asfalto

    tem a preferncia na constituio do pavimento, tendo em vista que o betume no tem o preo

    elevado, apresentando caractersticas como impermeabilidade e durabilidade.

    Considerando que aborda-se frequentemente os termos: asfalto e betume, faz-se

    necessrio a definio dos termos. Vejam as definies a seguir:

  • 24

    Betumes so combinaes de hidrocarbonetos produzidos naturalmente ou por combusto, ou por ambos associados, encontrados frequentemente acompanhados por derivados no-metlicos e sempre completamente solveis no bissulfeto de carbono. Em geral, o termo betume engloba asfaltos e alcatres. Asfaltos so materiais aglutinantes de consistncia varivel, cor pardo-escura ou negra e nos quais o constituinte predominante o betume, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou obtido pela refinao do petrleo (SENO, 1997, p. 320).

    Percebe-se que betume e asfalto so considerados sinnimos, j que apresentam

    caractersticas afins. Os materiais betuminosos podem ser identificados, segundo natureza e

    origem. O autor Seno (1997, p. 320-321), destaca que, quanto natureza, pode-se assinalar

    os seguintes tipos de betumes:

    Rochas asflticas ou arenito betuminoso so rochas que apresentam gotculas de

    asfaltos que do a esses minerais, flexibilidade e impermeabilidade. Exemplos:

    gilsonita e o xisto;

    Asfaltos nativos ou naturais se apresentam no estado lquido, sendo encontrados

    em depsitos naturais e derivados do petrleo. A evaporao faz com que os

    depsitos de petrleo, que ocorrem em depresses da crosta terrestre, sejam

    transformados em lagos de asfalto. Exemplo: Trinidad e nas Bermudas;

    Asfalto de petrleo so asfaltos obtidos pela refinao do petrleo de base

    asfltica, sendo isentos de impurezas. Pode-se afirmar que so quase totalmente

    solveis no bissulfeto e no tetracloreto de carbono. So os produtos mais

    empregados no servio de pavimentao.

    Quanto origem, enfatiza-se que o petrleo de base asfltica tem o surgimento

    centrado nas teorias:

    Origem vulcnica os betumes seriam produtos da combinao direta do carbono

    com o hidrognio a altas presses e a altas temperaturas, bem como, pelas

    condensaes dos gases produzidos;

  • 25

    Origem hulhana segundo essa teoria os betumes seriam de origem vegetal, como

    a hulha, defendendo que as destilaes e transformaes seriam efetuadas no

    interior do planeta;

    Origem pela asfaltizao do petrleo de acordo com essa teoria os betumes

    seriam resultados da polimerizao e desidrogenao dos petrleos;

    Origem orgnica essa teoria a mais aceita no mundo atual. Segundo a teoria

    orgnica, os betumes teriam origem animal, mediante a decomposio de fsseis e

    dos moluscos sedimentados nas vizinhanas dos velhos mares, entre eles o mar

    Cspio, o mar Morto e o mar de Aral.

    O asfalto resultado do petrleo asfltico, como acentuou-se acima obtido,

    provavelmente, da decomposio de animais. Portanto, compreende-se que o petrleo fonte

    no s de combustveis necessrios produo de energia mecnica, mas tambm fator

    decisivo na conservao de estradas e outras construes.

    Nota-se que a produo de asfalto se d pela refinao ou destilao do petrleo.

    Nesse processo, obtm-se outros materiais como a querosene, o diesel e a gasolina. Na figura

    01, apresenta-se um esquema de destilao de petrleo, processo no qual origina-se o asfalto.

  • 26

    Figura 01: Esquema de destilao de petrleo

    Fonte: Seno (Manual de Tcnica de Pavimentao Vol.1), 1997.

    A gravura mostra que, o aquecimento do petrleo provoca a evaporao parcial deste

    produto. Aps o desaquecimento, acontece a condensao, que formam correntes lquidas,

    que saem pela lateral. No topo evacuam os destilados leves como a gasolina e no fundo da

    torre, escoam os destilados pesados e o ltimo desses resduos sos os asfaltos para

    pavimentao ou cimentos asflticos.

    A Especificao Brasileira EB-78 do Instituto Brasileiro de Petrleo e da Associao Brasileira de Normas Tcnicas, IBP/ABNT-EB-78, que tem o ttulo Cimentos Asflticos Preparados de Petrleo, assim define o cimento asfltico de petrleo: Cimento asfltico de petrleo o asfalto obtido especialmente para apresentar as qualidades e consistncias prprias para uso direto na construo de pavimentos, tendo uma penetrao a 25 ente 5 a 300 sob uma carga de 100g, aplicada durante 5 segundos (SENO, 1997, p. 324).

    fundamental considerar que a pavimentao, no Brasil, precisa ser composta pelos

    cimentos asflticos de petrleo do tipo: CAP 50-60; CAP 85-100; CAP 100-120 e CAP 150-

  • 27

    200. Destaca-se que imprescindvel verificar, o tipo de asfalto utilizado na construo do

    pavimento para melhor proceder a conservao da estrada.

    3.3 Conservao de Pavimentos Flexveis

    Define-se conservao como: ato de manter o bem em estado de uso adequado sua

    finalidade, que implica em maiores despesas que as de uma simples manuteno. J

    conservao de rodovias pode ser entendida como a ao de oferecer aos usurios condies

    adequadas de circulao, garantindo segurana e conforto.

    Conservar manter na rodovia as condies iniciais existentes, logo aps a

    construo e pavimentao (SENO, 2001, p. 445). Conservar rodovias a arte de repor

    caractersticas originais ao pavimento desgastado pelo tempo ou por fenmenos naturais e

    humanos.

    Para Mathew J. Betz, conservao a preservao e manuteno de cada estrada, sua estrutura e facilidades, to prximas quanto possvel de suas condies poca da construo ou dos melhoramentos subseqentes e de trabalhos adicionais, quando necessrio para o trfego escoando com segurana (SENO, 2001, p. 445).

    O autor Seno recorre definio de Betz para melhor denominar o conceito de

    conservao de rodovias, verificando que conservao no se restringe ao pavimento em si. A

    conservao de rodovias abrange outros pontos como: acostamentos, sinalizao e drenagem.

    Referidos pontos trataremos mais adiante.

    Primeiramente, analisa-se que relevante distinguir conservao de servios de

    melhoramentos. Os servios de melhoramentos, por serem realizados geralmente de forma

    parcial e por etapas ao longo da operao da rodovia, muitas vezes confundem-se com os

    servios especificamente de conservao (SENO, 2001, p. 446).

  • 28

    Todavia, melhoramento se restringe a um determinado ponto da rodovia, enquanto

    conservao engloba a rodovia de forma geral. Por exemplo: a construo de uma passarela

    em um trecho da rodovia, considerado perigoso ao pedestre um servio de melhoramento,

    que facilita a conservao da rodovia.

    (...) a conservao no um trabalho restrito preservao da superfcie de rolamento: um investimento constante, que visa preservar todos os elementos da via, mantendo o conforto e a segurana da circulao, evitando a degenerao, principalmente dos elementos da plataforma, cuja restaurao e reconstruo geralmente implicam despesas muito superiores s de conservao. O descuido com a conservao corresponde a dilapidar o patrimnio e submeter o usurio a riscos adicionais queles normalmente originados pelos conflitos resultantes da operao (SENO, 2001, p. 446).

    Para realizar um comentrio da citao anterior, destaca-se a figura n 02:

    Figura 02: Trecho pavimentado ainda sem sinalizao adequada

    Fonte: WebSite

    Observa-se que a rodovia foi pavimentada, podendo oferecer conforto no trfego. No

    entanto, o trecho observado oferece segurana? Visualiza-se que no h nenhum tipo de

    sinalizao na rodovia exposta, portanto, pode-se afirmar que o trecho no est conservado,

    pois a falta de sinais de trnsito pode causar acidentes, prejudicando um dos fins principais da

    conservao de rodovia, isto , segurana na circulao.

  • 29

    Nem mesmo as estradas recentemente construdas ou pavimentadas dispensam uma conservao imediata. A falta de uma placa num entroncamento muito solicitado pode provocar indecises nos usurios, as quais se refletem em operao irregular que pode degenerar um acidente. claro que, nessa fase, as despesas de conservao so mnimas, mas no dispensam a conservao como preveno de futuros danos (SENO, 2001, p. 446).

    necessrio assinalar que, a conservao a melhor forma de prevenir danos, tanto no

    pavimento como nos demais elementos que compem a rodovia. A conservao

    determinante ao bem estar dos usurios.

    A conservao de rodovias precisa ser efetuada com freqncia, tanto em estradas

    pavimentadas como em estradas de terras, j que o Brasil dispe de uma extenso significante

    de malha rodoviria sem pavimento.

    Como mostra Seno (2001, p. 447), os servios de conservao em estradas de terra

    devem objetivar:

    A manuteno da seo transversal abaulada, facilitando o escoamento da gua para

    as valetas;

    A eliminao das ondulaes, mediante a raspagem com motoniveladoras;

    O recobrimento dos sulcos deixados pelas rodas dos veculos, sobretudo aps as

    chuvas;

    O recobrimento da pista de rolamento com material de algum poder aglutinante

    quando houver excesso de partculas soltas na superfcie;

    O aparecimento de poas dguas;

    A execuo necessria do revestimento da superfcie;

    A facilitao da drenagem.

    Em estradas pavimentadas, a conservao deve ser realizada em carter preventivo,

    evitando danos rodovia. Mas, geralmente, a conservao precisa priorizar a correo das

    falhas existentes na malha rodoviria.

  • 30

    Nos trabalhos rotineiros de conservao de pavimentos deve-se atentar para servios que vo desde o pavimento como estrutura at os servios nas faixas de terreno que complementam o domnio da via visando dar ao usurio conforto, segurana, rapidez e economia no deslocamento. Os reparos de revestimento podem utilizar pr-misturado a quente, ou a frio, havendo uma acentuada preferncia para este ltimo, em face da possibilidade de trabalhabilidade por mais tempo e em melhores condies, alm da possibilidade de estocagem (SENO, 2001, p. 449).

    A conservao de pavimentos no pode se resumir a cobrir ou tapar reas danificadas.

    necessria a substituio da camada prejudicada por um novo revestimento, pois a simples

    ao de maquiar o defeito no se caracteriza em conservao.

    3.4 Pavimento Flexvel: Principais Defeitos das Rodovias Pavimentadas

    O engenheiro civil Wlastermiler de Seno (2001, p. 451), aponta que os defeitos das

    rodovias pavimentadas podem ser apresentados das formas abaixo:

    Fendilhamento da superfcie - caracterizado pela clivagem vertical, tendo como

    fatores determinantes a falha na mistura betuminosa constituinte do revestimento ou falta de

    suporte ou ainda insuficincia na espessura do pavimento. Esse defeito possibilita que a gua

    infiltre nas camadas inferiores do pavimento, originando, assim, o recalque ou a deformao

    da superfcie do rolamento.

    A correo do fendilhamento deve comear sempre pelo preenchimento das fendas com material betuminoso (). Como as deficincias decorrem de insuficincia de suporte, deve-se melhorar as condies de drenagem, como primeira tentativa de correo. No sendo suficiente essa melhoria de drenagem o pavimento deve ser inteiramente reconstrudo, desde o preparo do subleito, provavelmente com substituio do solo (SENO, 2001, p. 452).

    O uso de material betuminoso na correo do fendilhamento da superfcie

    necessria, bem como, a reconstruo do sistema de drenagem.

  • 31

    Deformao transversal e recalques definido pelo afastamento da superfcie

    pavimentada da seo transversal original. Percebe-se que um dos fatores que

    ocasionam esse defeito a drenagem inadequada. Porm, pode ser resultado

    tambm de:

    () recalques de aterros recentemente construdos, que por deficincia de compactao, quer por adensamento, quer mesmo por um volume de trfego superior ao previsto no projeto. O deslocamento ou consolidao de algumas das camadas do pavimento pode resultar tambm em deformao transversal, embora, nesse caso, as dimenses dessas deformaes sejam menores em relao s anteriores (SENO, 2001, p. 452).

    Verifica-se que o volume de trfego deve ser, considerado com preciso no projeto de

    pavimentao, caso contrrio a circulao excessiva de veculos pode ocasionar defeitos como

    a deformao transversal e recalques.

    Sulcamento, ondulao e corrugamento - caracterizado, geralmente, pelo excesso de

    asfalto. Esse defeito alm de causar desconforto, gera tambm acidentes. comum

    nas malhas rodovirias, sendo definido popularmente, como costela de vaca no

    asfalto. Referida falha sanada atravs da prvia regularizao do pavimento,

    juntamente com uma nova capa de rolamento;

    Exsudao - produto do excesso do asfalto, que possibilita a movimentao do

    material betuminoso de forma vertical e a formao de placas, tornando a pista

    escorregadia e, consequentemente, perigosa.

    A correo desse defeito ainda um desafio. O mais recomendvel que a camada de

    rolamento seja retirada completamente e, posteriormente, reconstruda.

    Formao de panelas - causada na maioria das vezes, em decorrncia da

    fragilidade da prpria estrutura do pavimento. Quase sempre, essa falha tratada

  • 32

    mediante a operao tapa-buracos, que no recomendada, uma vez que no

    econmico e no soluciona, de fato, o defeito;

    Abraso, desagregao, esburacamento e oxidao definidos pela desintegrao

    em excesso da superfcie do pavimento e da mistura betuminosa de teor baixo de

    ligante. Esse defeito pode ser solucionado, atravs do rejuvenescimento da

    superfcie do pavimento, utilizando capa selante ou lama asfltica. Caso esses

    defeitos estejam avanados, a melhor soluo o recapeamento;

    Separao da camada de base - sinnimo de deslocamento, definido pela separao

    da camada de revestimento da base. Resulta da execuo inadequada da

    imprimadura ou quando a base estiver molhada por causa da pintura ou com

    excesso de material solto e suja.

    O reparo precisa ser executado, refazendo a imprimadura aps a retirada do material

    prejudicado, realizando, desse modo, uma limpeza eficiente da superfcie da base.

    O quadro n 01 mostra a concepo de W. L. Hindermann sobre defeitos e reparados

    na conservao de estradas.

    Quadro 01: Quadro de Diagnstico The fever chart, de W. C. Hindermann

    Tipo do

    defeito Causa provvel Tratamento

    Falhas da borda

    Espessura insuficiente da capa, cargas

    excessivas, falta de suporte do acostamento,

    saturao da base, geralmente devida a

    acostamento alto, que impede a drenagem.

    Verifique drenagem e limpe valetas. Verifique

    a permeabilidade do acostamento e, se o

    mesmo estiver alto, nivele-o com a borda do

    pavimento e compacte-o. Encha as trincas e

    sele a borda externa.

    Superfcie

    gasta

    Asfalto insuficiente ou superaquecimento

    do asfalto (se for misturado em usina), idade

    do pavimento ou agregados porosos.

    Pulverizao com emulso asfltica diluda, de

    ruptura lenta (SS-1 ou SS1h) na base de 0,45

    litro por metro quadrado; se existirem reas

    com perda de material, necessitando

    enchimento, use lama asfltica ou uma capa

  • 33

    selante convencional.

    Panelas

    Qualquer das causas citadas aqui levam ao

    aparecimento de buracos; tambm a

    infiltrao de gua, base instvel,

    deficincia de asfalto para manter a liga,

    mistura aberta ou segregada.

    Corte o buraco em forma retangular, tornando

    as faces quase verticais; reponha o material de

    base perdido, se necessrio; pulverize

    ligeiramente a cavidade com asfalto diludo,

    encha com pr-misturado, compactando at

    uma altura que permita compactao adicional

    pelo trfego; finalmente, sele com 0,4 a 1,1

    litro de asfalto, e 5,5 a 13,5 quilos de agregado

    por metro quadrado. Pode-se usar tambm

    remendo de penetrao.

    Trincas (couro

    de jacar)

    Saturao de base, falta de suporte de base,

    ou espessura insuficiente da capa.

    Verifique e corrija falhas de drenagem; aplique

    camada fina de asfalto lquido com cobertura

    de agregados minerais nas propores dadas

    acima. (Se preciso, repita o tratamento para

    conseguir o reforo necessrio.) Algumas

    vezes indicado executar um remendo.

    Exsudao e

    instabilidade

    Um excesso de asfalto, mudando seu carter

    de elemento de ligao para lubrificante, ou

    presena de grande quantidade de silte ou

    argila na capa, com cascalho arredondado

    necessitando de interligao. Muitas vezes,

    a umidade acumulada sob a capa destri a

    ligao e o trfego calca o pavimento para

    formar ondas ou salincias.

    Escarifique, remisture e reespalhe, adicionando

    areia, se houver excesso de asfalto; onde a

    causa for base fraca e/ou drenagem pobre, a

    falha subsuperficial deve ser corrigida em

    primeiro lugar. Algumas vezes, a ondulao

    pode ser corrigida pela raspagem com lmina,

    remendo e capa selante.

    Desagregao

    de superfcie Falta de asfalto ou mistura superaquecida.

    Aplique material betuminoso pulverizado, capa

    selante normal com cobertura mineral, ou lama

    asfltica, como julgar melhor.

    Saturao de

    base

    gua parada nos drenos laterais, valetas ou

    bueiros com vazamento, ou qualquer outra

    situao que retm a umidade abaixo da

    superfcie. Porcentagem muita alta de finos,

    ou presena de finos plsticos na base.

    Limpe as valetas de drenagem ou melhore a

    drenagem.

    Trincas

    longitudinais e

    transversais

    Contrao ou movimento do subgreide. Enchimento de trincas e selamento.

    Ondulao e

    depresso

    Compactao inadequada do subgreide ou

    base. Nivelamento local e remendo de superfcie.

    Fonte: SENO (Manual de Tcnica de Pavimentao Vol.2), 2001.

  • 34

    Considera-se fundamental a anlise dos defeitos e possveis reparos de rodovias no

    contexto terico, uma vez que, a investigao bibliogrfica nos oferece subsdios para melhor

    atuar na prtica. A conservao de estradas implica na execuo de vrias aes, sendo

    primordial o diagnstico do defeito, a definio da origem do defeito e a execuo do reparo

    adequado.

    3.5 Conservao de Rodovias: A Ao No Se Resume a Reparar Pavimentos

    Como j foi destacado anteriormente, a conservao abrange a manuteno das boas

    condies do pavimento, bem como, de outros fatores como o acostamento, a sinalizao e a

    drenagem. A autora a seguir salienta que:

    A incluso de acostamentos nos projetos de rodovia uma medida mundialmente recomendada como fator de segurana. Estimativas apontam que a sua presena pode reduzir em at 28% o nmero de acidentes de uma estrada. Alm de confirmar este dado, um estudo da Escola Politcnica (Poli) da USP revelou a importncia dos acostamentos na elevao da vida til do pavimento da faixa de rolamento e mostrou que o saldo final da supresso dos acostamentos pode ser negativo tambm do ponto de vista financeiro (CAIRES, 2008, p. 04).

    De acordo com Seno (2001, p. 455), acostamentos podem ser definidos como faixas

    laterais, adjacentes pista, destinadas a proteger a pista de rolamento, eliminar interferncia

    lateral evitando obstculos prximos e servir para paradas eventuais dos veculos. O

    acostamento evita acidentes, portanto deve ser foco no projeto de conservao de uma

    rodovia, como destaca a figura 03:

  • 35

    Figura 03: Pavimentao de acostamento

    Fonte: WebSite

    A figura 03 mostra um acostamento tratado com betume, mas, ainda, o mesmo pode

    ser construdo com terra; com grama ou leiva ou de agregado.

    Os problemas de conservao dos acostamentos pavimentados no diferem dos problemas de conservao da prpria pista. A superfcie pavimentada dos acostamentos pode apresentar: fendas, panelas, corrugaes, deformaes transversais, etc., que devem ser corrigidas da forma descrita. preciso cuidado na execuo de servios, como recapeamento, que venha elevar o nvel da pista: os acostamentos devem ser tambm elevados para evitar degrau muito saliente na superfcie de contato (SENO, 2001, p. 457).

    Em geral, o acostamento possui um pavimento inferior ao da pista. Nesse contexto,

    precisa preservar essa caracterstica, com vistas a no acumular gua na pista, permitindo que

    a mesma seja escoada pelo acostamento. Como afirma o autor acima, o acostamento precisa

    de manuteno constante, permanecendo conservado como o pavimento rodovirio.

    3.5.1 Sinalizao

    denominada pelo agrupamento de sinais, que orienta o usurio a conduzir-se com

    segurana no trnsito, tanto terrestre, como martimo, areo ou ferrovirio. No setor

    rodovirio, a sinalizao indispensvel devendo ser conservada.

  • 36

    Sinalizao d meios via para se comunicar com os usurios, utilizando linguagens escritas por meio de smbolos, ou ambos combinados, sempre procurando transmitir as mensagens para um leitor percorrendo a via com velocidade alta. Os sinais de trfego precisam ser entendidos como decorrentes das condies de mobilidade (SENO, 2001, p. 461).

    A sinalizao tem como um dos principais fins: ajudar o usurio, em velocidade alta

    ou no, a no prejudicar o trfego, conservando a vida. O bom condutor respeita a sinalizao

    e a rodovia conservada dispe de um sistema de sinais de trnsito organizado e preservado.

    Segundo o DETRAN (2008, p. 14), a sinalizao definida como conjunto de sinais

    de trnsito e dispositivos de segurana colocados na via pblica com o objetivo de garantir

    sua utilizao adequada, possibilitando melhor fluidez no trnsito e maior segurana dos

    veculos e pedestres que nela circulam.

    Os tipos de sinalizao podem ser:

    Vertical - realizada por meio de placas, que so sustentadas verticalmente por

    suportes. As figuras 04, 05 e 06 apresentam diferentes tipos de placas.

    Figura 04: Placa de regulamentao Figura 05: Placa de advertncia

    Fonte: WebSite

    Fonte: WebSite

  • 37

    Figura 06: Placa de Indicao ou informao

    Fonte: CONTRAN, 2007.

    bom frisar que as placas so sinais de trnsito sustentados por suportes. Estes

    suportes laterais precisam ser constitudos de materiais frgeis, tendo em vista que os mesmos

    podem representar perigo para os usurios, caso os veculos sejam desviados de direo.

    Horizontal - realizada atravs de pintura no pavimento. So sinais que precisam de

    iluminao prpria, para que possam ser visualizados no perodo noturno. A figura

    a seguir retrata uma sinalizao horizontal, que informa o usurio do acesso a uma

    rodovia central. A figura n 07 retrata uma sinalizao horizontal:

    Figura 07: Sinalizao horizontal

    Fonte: CONTRAN, 2007.

  • 38

    Como informa o CONTRAN (2007, p. 02), a sinalizao horizontal tem a finalidade

    de transmitir e orientar os usurios sobre as condies de utilizao adequada da via,

    compreendendo as proibies, restries e informaes que lhes permitam adotar

    comportamento adequado, de forma a aumentar a segurana e ordenar os fluxos de trfego.

    3.5.2 Drenagem

    Entende-se que drenagem o efeito de dar escoamento s guas, atravs de um

    sistema eficiente de canalizao. Como diz Seno (2001, p. 483) a gua a principal causa

    de insucesso dos pavimentos. O acmulo de gua no subleito da malha rodoviria facilita a

    deteriorizao do pavimento, provocando defeitos nesse sistema. Assim, o processo de

    conservao precisa preocupar-se com a drenagem da gua do pavimento.

    Constata-se mesmo que at pavimentos corretamente projetados trincam com o tempo e mesmo pequenas trincas permitem a entrada da gua mais do que suficiente para criar problemas. Isso leva de imediato idia de se adotar um sistema de drenagem para a camada de base ou sub-base (SENO, 2001, p. 483).

    Dessa forma, importante evitar guas livres na estrutura dos pavimentos flexveis.

    Um projeto de conservao de pavimento, que no considera o sistema de drenagem no ter

    sucesso. A gua precisa ser desviada para no causar danos ou ser removida rapidamente,

    para que no penetre no pavimento.

    Para desviar a gua, pode-se utilizar o recapeamento espesso, como soluo

    temporria. Para remover a gua que penetra no pavimento, preciso considerar a lei de

    Darcy (Q = K I A), uma vez que, o fluxo de gua o problema central. Assim: Q = vazo;

    K = coeficiente de permeabilidade (dimenso de uma velocidade); I = gradiente hidrulico e

    A = rea da seo da vazo.

  • 39

    Os clculos precisam ser executados com preciso, para que o sistema de drenagem

    corresponda ao volume de gua que ser escoado. Desse modo, fundamental que um projeto

    de conservao abranja um sistema de drenagem eficiente. Ento, o engenheiro civil

    responsvel por essa ao precisa atuar com competncia realizando os clculos necessrios

    para desenvolver um projeto de conservao, que realmente oferea conforto e segurana aos

    usurios.

  • 40

    4 METODOLOGIA

    A monografia foi desenvolvida com base em dois momentos. Primeiramente, o foco

    foi o estudo bibliogrfico analisando os diferentes tipos de manuteno e conservao de

    pavimento, verificando as aes convencionais e as novas tcnicas de conservao da malha

    rodoviria.

    Em consonncia com as teorias estudadas, executou-se pesquisa de campo, realizando

    o acompanhamento dos servios de manuteno e conservao da malha rodoviria

    desenvolvidos na TO-050, no trecho Taquaralto/Porto Nacional.

    Realizou-se entrevista com o engenheiro de produo do DERTINS, da diretoria de

    residncia rodoviria de Porto Nacional/TO, Sr. Cleoyvane L. Ribeiro. A entrevista ocorreu

    no ms de setembro/2009, na qual o entrevistado respondeu trs perguntas estruturadas pelo

    acadmico, que destacamos a seguir: quais os servios de conservao realizados pelo

    DERTINS na malha rodoviria da TO-050, no trecho Taquaralto/Porto Nacional? De quanto

    em quanto tempo realizado os servios de conservao? Existe servio terceirizado na rea

    de conservao da malha rodoviria do trecho em destaque?

    Aplicou-se questionrio (Anexo E) a 20 (vinte) usurios do trecho Taquaralto/Porto

    Nacional, sendo 10 (dez) da zona rural, com o fim de diagnosticar a opinio dos mesmos

    sobre as condies das rodovias no Brasil, no Tocantins e, principalmente, no trecho

    analisado, apreciando se os entrevistados acreditam que a TO-050 favorece o escoamento das

  • 41

    produes, bem como, a concepo deles sobre as aes de manuteno e conservao

    realizadas pelo DERTINS.

    O trecho avaliado interliga a cidade de Porto Nacional/TO capital do Estado. A

    figura n 08 apresenta a rea de estudo abordada:

    Figura 08: Mapa TO-050, trecho Taquaralto/Porto Nacional

    Fonte: Google Earth

    No desenvolvimento do Levantamento Visual Contnuo (LVC), utilizou-se um veculo

    com velocmetro/odmetro, com vistas a garantir a verificao da velocidade da operao e

    das distncias percorridas, obedecendo a Norma DNIT 005/2003-TER, bem como, contou-se

    com uma equipe composta por trs profissionais, sendo um motorista e dois tcnicos. Quero

    ressaltar que um o acadmico.

    O trecho foi todo percorrido e, em seguida, dividido em 6 (seis) segmentos de 1 Km de

    extenso, onde nesse segmento o pavimento apresentava uma condio menos Homognea

    com relao aos trechos seguintes, e 6 (seis) segmentos de 6km onde o pavimento se

  • 42

    encontrava mais homogneo. O veculo manteve a velocidade mdia de 40 Km/h e percorreu

    apenas um sentido da rodovia, ou seja, o lado direito.

    H cada trecho percorrido, anotou-se detalhadamente os defeitos encontrados na

    malha rodoviria, respeitando a codificao exposta no anexo A e os cdigos expressos

    abaixo na tabela 01, expondo, assim, a estimativa da qualidade e da porcentagem de

    ocorrncia do defeito. Quando no foi observada nenhuma ocorrncia, o espao ficou em

    branco.

    Tabela 01: Freqncia de defeitos

    Panelas (P) e Remendos (R)

    Cdigo Freqncia Quant./km

    A Alta > 5

    M Mdia 2-5

    B Baixa < 2

    Demais defeitos

    Cdigo Freqncia % por km

    A Alta > 50

    M Mdia 50-10

    B Baixa < 10

    Fonte: DNIT

    Com base no clculo da mdia dos ndices contidos no Anexo B e na avaliao visual

    do pavimento, atribuiu-se um valor ao ICPF (ndice de Condio do Pavimento Flexvel),

    definindo-o conforme os padres salientados na tabela 02. Lembrando que os valores obtidos

    nos clculos do ICPF esto registrados no Quadro Resumo apresentado no Anexo D.

    Tabela 02: Conceitos do ICPF

    CONCEITO DESCRIO ICPF

    timo NECESSITA APENAS DE

    CONSERVAO ROTINEIRA 5-4

    Bom APLICAO DE LAMA

    ASFLTICA Desgaste superficial,

    trincas no muito severas em reas no

    4-3

  • 43

    muito extensas

    Regular

    CORREO DE PONTOS

    LOCALIZADOS OU

    RECAPEAMENTO pavimento

    trincado, com panelas e remendos

    pouco freqentes e com irregularidade

    longitudinal ou transversal

    3-2

    Ruim

    RECAPEAMENTO COM

    CORREES PRVIAS defeitos

    generalizados com correes prvias

    em reas localizadas remendos

    superficiais ou profundos.

    2-1

    Pssimo

    RECONSTRUO defeitos

    generalizados com correes prvias

    em toda a extenso. Degradao do

    revestimento e das demais camadas

    infiltrao de gua e descompactao

    da base

    1-0

    Fonte: DNIT

    Aps esse processo, calculou-se o ndice de Gravidade Global Expedito (IGGE), onde

    o IGGE classifica o grau de defeito do pavimento, a partir da mdia dos dados contidos no

    formulrio do Anexo C, atravs da frmula:

    IGGE = (Pt x Ft) + (Poap x Foap) + (Ppr x Fpr)

    Na qual,

    Ft, Pt = Frequncia e Peso do conjunto de trincas t;

    Foap, Poap = Freqncia e Peso do conjunto de deformaes;

    Fpr, Ppr = Freqncia (quantidade por km) e Peso do conjunto de panelas e remendos.

    H cada trecho, anotou-se a frequncia e a quantidade de defeitos no formulrio do

    Anexo B, j o valor dos pesos expostos nas tabelas 03 e 04 variam de acordo com a

    gravidade.

  • 44

    Tabela 03: Determinao do ndice de Gravidade Panelas (P) e Remendos (R)

    FREQUNCIA Fator Fpr

    Quantidade/Km GRAVIDADE

    A ALTA

    M MDIA

    B BAIXA

    > 5

    2-5

    < 2

    3

    2

    1

    Demais defeitos (trincas, deformaes)

    FREQUNCIA Fator Ft e Foap

    (%) GRAVIDADE

    A ALTA

    M MDIA

    B BAIXA

    > 50

    50-10

    < 10

    3

    2

    1

    Fonte: DNIT

    Tabela 04: Peso para clculo

    GRAVIDADE Pt Poap Ppr

    3

    2

    1

    0,65

    0,45

    0,30

    1,00

    0,70

    0,60

    1,00

    0,80

    0,70

    Fonte: DNIT

    A tabela 5 rene os valores do IES (ndice do Estado do Superfcie do Pavimento), que

    esto organizados de 0 a 10, assim como, os cdigos e conceitos. J o clculo do IES foi

    realizado a partir dos clculos do ICPF e do IGGE, se constituindo num resumo destes

    ndices. Referidos resultados encontram-se no Quadro Resumos (Anexo D).

    Tabela 05: IES ndice do Estado da Superfcie do Pavimento

    DESCRIO IES CDIGO CONCEITO

    IGGE < 20 e ICPF > 3,5 0 A TIMO

    IGGE < 20 e ICPF < 3,5 1 B BOM

    20 < IGGE < 40 e ICPF > 3,5 2

    20 < IGGE < 40 e ICPF < 3,5 3 C REGULAR

    40 < IGGE < 60 e ICPF > 2,5 4

    40 < IGGE < 60 e ICPF < 2,5 5 D RUIM

    60 < IGGE < 90 e ICPF > 2,5 7 RUIM

    60 < IGGE < 90 e ICPF < 2,5 8 E PSSIMO

    IGGE > 9 10

    Fonte: DNIT

  • 45

    5 RESULTADOS E DISCUSSES

    Antes da realizao do LVC, entrevistou-se o engenheiro de produo do DERTINS,

    da Diretoria de Residncia Rodoviria de Porto Nacional/TO, o Sr. Cleoyovane L. Ribeiro.

    Primeiramente, perguntou-se quais os servios de conservao realizados pelo DERTINS na

    malha rodoviria da TO-050, trecho Taquaralto/Porto Nacional e obteve-se a seguinte

    resposta:

    Roagem, limpeza em p de placa, porque s com a roagem no evita a queima das placas. Tapa-buraco, desobstruo de bueiros, desobstruo de galerias, desobstruo de decidas de gua e caiao de meio fio.

    Analisando a resposta acima, verifica-se que o DERTINS realiza servios de

    conservao preventiva peridica, executando aes que visam evitar o surgimento ou o

    agravamento dos defeitos na malha rodoviria.

    Em seguida, questionou-se em que variao de tempo os servios de conservao e

    manuteno so realizados e o engenheiro respondeu que:

    So realizados mediante a identificao do problema, embora no seja o ideal, mas dessa forma que o DERTINS trabalha. No caso da operao tapa-buraco realizada em poca da chuva que vai do perodo de outubro a maio do ano seguinte e a pintura e caiao acontece na poca de estiagem.

  • 46

    bom ressaltar que a operao tapa-buraco no uma ao recomendada, j que

    ameniza, mas no soluciona o problema. No entanto, uma das operaes mais adotadas em

    razo da falta de recursos financeiros.

    Por fim, perguntou-se se existe servio terceirizado na rea de conservao da malha

    rodoviria analisada e o engenheiro entrevistado destacou que:

    O servio de conservao e manuteno h aproximadamente cinco anos atrs era terceirizado, mas a partir desse perodo est com a administrao direta de todos os servios prestados.

    Sabe-se que a Administrao Pblica pode realizar suas prprias aes mediante as

    formas concentrada, desconcentrada ou ainda centralizada ou descentralizada. De acordo com

    Silva (2006, p.02), chamado de Administrao Direta o ncleo de cada Administrao

    Pblica (federal, estadual, distrital ou municipal), que corresponde prpria pessoa jurdica

    poltica (Unio, Estado, Distrito Federal e Municpios) e seus rgos despersonalizados.

    Administrao Direta seria a gesto dos servios pelas prprias pessoas polticas atravs de um conjunto de rgos que esto integrados na sua estrutura. A competncia para prestao dos servios est distribuda entre os diversos rgos que compem a entidade pblica por ele responsvel. Est associada idia de desconcentrao. Caracteriza-se pela falta de personalidade jurdica, ou seja, no podem contrair direitos e assumir obrigaes, esta capacidade vai pertencer pessoa jurdica (Unio, Estado, Distrito Federal e Municpios), ressaltando-se ainda que por via de conseqncia no possuam capacidade processual que seria a aptido de participar de uma relao processual seja como autor ou ru. Caracteriza-se ainda pela ausncia de patrimnio prprio, e por uma relao de hierarquia, e consequentemente de subordinao, que se estabelece entre os diversos rgos (CRUZ, 2005, p.04).

    Em outros termos: a Administrao Direta adotada pela residncia rodoviria de Porto

    Nacional/TO se caracteriza pela desconcentrao, ou seja, ocorre uma distribuio em uma

    mesma entidade, fatiando atribuies para outros rgos. Uma mesma pessoa jurdica, com

    diversos rgos e com diversas atribuies desconcentradas.

  • 47

    Por esse motivo, o engenheiro entrevistado tem a autonomia de diagnosticar defeitos

    na malha rodoviria, no trecho Taquaralto/Porto Nacional, propondo ao DERTINS solues

    possveis, respeitando os recursos financeiros disponveis, sem a necessidade de licitaes e

    de servios terceirizados.

    Aplicou-se questionrio a 20 (vinte) usurios do trecho Taquaralto/Porto Nacional,

    sendo 10 (dez) residentes na zona rural, uma vez que, objetivava-se saber tambm se alm de

    conforto e segurana, a rodovia analisada facilita o escoamento das produes. Perguntou-se

    como os entrevistados avaliam as rodovias pavimentadas do Brasil e obtivemos os seguintes

    dados:

    Grfico 01: Concepo dos entrevistados sobre as rodovias pavimentadas do Brasil

    Observa-se que apenas 10% dos entrevistados conceituam as rodovias pavimentadas

    do Brasil como boas; 50% as definem como regulares; 35% as caracterizam como ruins e 5%

    como pssimas. Acredita-se que os resultados so positivos, j que o percentual de pessoas

    que definem as rodovias pavimentadas do Brasil como pssimas se resume a cinco por cento.

    Concepo dos entrevistados sobre as rodovias pavimentadas do Brasil

    10%

    50% 5%

    35% 0%

    Bom Regular Pssimo Ruim timo

  • 48

    A segunda pergunta se limitou a conhecer a concepo dos entrevistados sobre as

    rodovias pavimentadas do Tocantins, como mostra os dados do grfico 02:

    Grfico 02: Concepo dos entrevistados sobre as rodovias pavimentadas do Tocantins.

    Os resultados mostram que os entrevistados definem as rodovias pavimentadas do

    Tocantins como sendo boas. Como visualizamos acima, 85% das 20 (vinte) pessoas desfrutam

    de rodovias boas, que oferecem conforto, segurana e que facilita o escoamento das

    produes tocantinenses e 15% avaliam as rodovias pavimentadas como timas. Os dados no

    apontam insatisfao e nenhum conceito regular, ruim ou pssimo. Fator muito positivo,

    caracterizando a preocupao do governo do Estado em manter as malhas rodovirias

    conservadas.

    Na terceira pergunta, os entrevistados apontaram o conceito sobre o trecho

    Taquaralto/Porto Nacional. Veja o grfico 03:

    Grfico 03: Concepo dos entrevistados sobre a TO-050, trecho Taquaralto/Porto Nacional

    Concepo dos entrevistados sobre as rodovias pavimentadas do Tocantins

    15%

    85%

    timo Bom

  • 49

    Os dados obtidos classificam a TO-050, trecho Taquaralto/Porto Nacional, com o

    conceito Bom, isto , 75% dos entrevistados assim o definiram. Apenas 5% atriburam o

    conceito regular e 20% avaliam o trecho como timo. Desse modo, segundo os usurios,

    entende-se que o trecho em observao de qualidade, possuindo poucos defeitos. Todavia,

    considerou-se necessrio utilizar mais um mtodo avaliativo, como discriminamos a seguir.

    Para melhor avaliar o trecho em destaque, realizou-se um Levantamento Visual

    Contnuo (LVC). Segundo o DNIT (2003), o LVC realizado para proceder avaliao da

    superfcie de pavimentos flexveis e semi-rgidos. A presente norma foi preparada pela

    diretoria de planejamento e pesquisa, para servir como documento base no levantamento

    visual continuo para a avaliao da superfcie de pavimentos flexveis e semi-rigidos por meio

    de determinao do ndice de condio dos pavimentos flexveis (ICPF), do ndice de

    gravidade global expedito (IGGE), e do ndice do estado de superfcie do pavimento (IES).

    Est formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2002 PRO. Portanto, foram obedecidas

    as normas estabelecidas por esse departamento durante a execuo do procedimento

    avaliativo. Vejamos os resultados:

    Concepo dos entrevistados sobre a TO-050, trecho Taquaralto/Porto Nacional

    20%

    75%

    5%

    timo Bom Regular

  • 50

    5.1 Avaliao do Trecho 1

    Quadro 02: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    0km 1km 1 59km 58km 1km B A B B B B 2,5 20

    Fonte: Acadmico

    No primeiro trecho, a malha rodoviria apresentou trincas do tipo couro de jacar

    (Foto 01), mas o pavimento est em condio regular, sem danos profundos.

    Foto 01: Trincas couro de jacar

    Fonte: Acadmico

  • 51

    Foto 02: Trinca couro de jacar

    Fonte: Acadmico

    5.2 Avaliao do Trecho 1/2

    Quadro 03: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    1km 1km 1/2 58km 58km 1km B A B B B B 2,5 20

    Fonte: Acadmico

    O segundo trecho continua a apresentar uma condio regular, sendo freqentes as

    trincas e os remendos. A Foto 04 ilustra uma panela que foi remendada, onde pode-se

    visualizar a ineficcia da operao tapa-buraco. Considera-se importante enfatizar que a

    referida operao no eficiente e nem econmica. Ou seja, os gastos so menores, mas so

    contnuos. Assim, o governo gasta muito mais e oferece uma malha rodoviria com menos

    qualidade.

  • 52

    Foto 03: Trinca couro de jacar

    Fonte: Acadmico

    Foto 04: Panela com remendo inicialmente danificado

    Fonte: Acadmico

    5.3 Avaliao do Trecho 1/3

    Quadro 04: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N

    DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    2km 3km 1/3 57km 56km

    1km B A B B B B 2,5 20

    Fonte: Acadmico

  • 53

    O trecho 1/3 possui um pavimento regular, apresentando trincas, remendos e

    imperfeies nas bordas e no acostamento. Como enfatiza as fotos:

    Foto 05: Trinca couro de jacar

    Fonte: Acadmico

    Foto 06: Trinca couro de jacar e remendo

    Fonte: Acadmico

  • 54

    Foto 07: Trecho danificado por remendos, trincas e imperfeies nas bordas e acostamentos

    Fonte: Acadmico

    5.4 Avaliao do Trecho 1/4

    Quadro 05: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N

    DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    3km 4km 1/4 56km 55km

    1km B A B B B B 2,5 20

    Fonte: Acadmico

    O trecho 1/4 dispe de um pavimento de condio regular, onde se acentua uma

    panela, remendos e trincas. Foto 08: Panela localizada prxima ao acostamento

    Fonte: Acadmico

  • 55

    Foto 09: Remendo

    Fonte: Acadmico Foto 10: Trinca couro de jacar

    Fonte: Acadmico

    5.5 Avaliao dos Trechos 1/5 e 1/6

    Quadro 06: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    4km 5km 1/5 55km 54km

    1km B A B B B B 2,5 20

    Fonte: Acadmico

  • 56

    Quadro 07: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N

    DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    5km 6km 1/6 54km 53km 1km B A B B B B 2,5 20

    Fonte: Acadmico

    Nos trechos 1/5 e 1/6, o pavimento se apresenta com condio regular, ainda sendo

    evidentes trincas, remendo e panelas. Essa visualizao pode ser realizada atravs das Fotos a

    seguir:

    Foto 11: Trecho com trincas e panelas

    Fonte: Acadmico Foto 12: Remendo

    Fonte: Acadmico

  • 57

    Foto 13: Trinca couro de jacar e Panela

    Fonte: Acadmico

    5.6 Avaliao do Trecho 2

    Quadro 08: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N

    DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    6km 12km 2 53km 47km

    6km B B B B 3,5 20

    Fonte: Acadmico

    O trecho 2 apresenta um pavimento de condio boa, com pouca irregularidade, tendo

    uma conservao adequada, j que os elementos acostamento e sinalizao so observados,

    como retratam as Foto 14 e 15:

    Foto 14: Trecho com pavimento de condio bom

    Fonte: Acadmico

  • 58

    Foto 15: Trecho com pavimento de condio bom

    Fonte: Acadmico

    5.7 Avaliao do Trecho 3

    Quadro 09: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    12km 18km 3 47km 41km

    6km B B B B 3,5 20

    Fonte: Acadmico

    O pavimento no trecho 3 continua a apresentar uma qualidade boa, sem defeitos

    freqentes.

    Foto 16: Trecho com pavimento de condio bom

    Fonte: Acadmico

  • 59

    Foto 17: Trecho com pavimento de condio bom

    Fonte: Acadmico

    5.8 Avaliao do Trecho 4

    Quadro 10: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    18km 24km 4 41km 35km 6km 4,5 20

    Fonte: Acadmico

    No trecho 4, as condies do pavimento so timas, o trecho est bem sinalizado. A

    ponte sobre o Crrego Xup no Km 41 encontra-se bem conservada, mas esse trecho precisa

    ser roado no p das placas de sinalizao, como mostra a Foto 24:

    Foto 18: Trecho com pavimento de condio timo

    Fonte: Acadmico

  • 60

    Foto 19: Trecho com pavimento de condio timo

    Fonte: Acadmico Foto 20: Trecho com pavimento de condio timo

    Fonte: Acadmico Foto 21: Trecho com pavimento de condio timo

    Fonte: Acadmico

  • 61

    Foto 22: Trecho com pavimento de condio timo

    Fonte: Acadmico Foto 23: Ponte sobre o crrego Xup

    Fonte: Acadmico Foto 24: Ponte sobre o crrego Xup

    Fonte: Acadmico

  • 62

    5.9 Avaliao dos Trechos 5 e 6

    Quadro 11: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N

    DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    24km 30km 5 35km 29km

    6km B B B B 3,5 20

    Fonte: Acadmico Quadro 12: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    30km 36km 6 29km 23km 6km B B B B 3,5 20

    Fonte: Acadmico Os trechos 5 e 6 dispem de pavimento de condio bom, sem freqncia de defeitos,

    como trincas, ondulaes, exsudao ou remendos. As Fotos 25 e 26 retratam essa realidade:

    Foto 25: Trecho bem conservado, sem defeitos frequentes

    Fonte: Acadmico

  • 63

    Foto 26: Trecho bem conservado, sem defeitos frequentes

    Fonte: Acadmico

    5.10 Avaliao do Trecho 7 Quadro 13: Formulrio para Levantamento Visual Contnuo

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B, ou S) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    36km 41,8km 7 23km 17,2km B B B B 3,5 20

    Fonte: Acadmico

    O trecho 7 possui um pavimento considerado bom, com baixa severidade.

    Foto 27: Trecho bem conservado, com baixa severidade

    Fonte: Acadmico

  • 64

    Foto 28: Trecho bem conservado, com baixa severidade

    Fonte: Acadmico

    Atravs do LVC foi possvel obter os resultados do ndice da Condio do Pavimento,

    que encontra-se anexado nesta monografia, bem como, o IGGE e IES, que tambm esto em

    anexo.

    Notou-se que os usurios entrevistados acreditam que as rodovias tocantinenses esto

    melhores conservadas que as dos demais Estados brasileiros. Observou-se que essa aprovao

    dos usurios no acontece apenas pelo fato do Tocantins ser um Estado novo, mas,

    principalmente, pela preocupao do Governo em conservar e manter as rodovias, oferecendo

    segurana aos cidados.

  • 65

    5 CONSIDERAES FINAIS

    O pavimento da TO-050, trecho Taquaralto/Porto Nacional, apresenta uma condio

    boa, tendo basicamente os mesmos defeitos, diferenciando somente na freqncia. Mediante

    esse processo avaliativo, verificou-se que os servios de manuteno e conservao da TO-

    050, especificamente, do trecho Taquaralto/Porto Nacional esto sendo realizados com

    sucesso, mantendo o pavimento em bom estado de uso, oferecendo conforto e segurana aos

    usurios e dinamizando o escoamento de nossas riquezas. Os defeitos diagnosticados no

    trecho analisado podem ser sanados com a aplicao de lama asfltica. A melhor soluo seria

    a restaurao de todo pavimento, mas como os problemas no atingem o trecho em geral, a

    conservao corretiva rotineira e a preventiva peridica so solues possveis, que como j

    afirmamos no so econmicas e to pouco garantem a durabilidade do asfalto.

    A avaliao do trecho Taquaralto/Porto Nacional foi de suma importncia para o

    acadmico, pois nos permitiu conhecer a relevncia de identificar detalhadamente os tipos de

    defeitos e de servios de manuteno e conservao da malha rodoviria. Temos certeza que

    esta monografia servir de base de estudo para outros estudantes, que almejam contribuir no

    processo de construo de um pas, que oferea a todos os brasileiros, malhas rodovirias

    pavimentadas seguras e confortveis.

    Assim, pode-se afirmar que seis trechos so classificados com o conceito regular,

    quatro com o conceito bom e um com conceito timo.

  • 66

    Como sugesto de novos trabalhos, prope-se a realizao de fato de servios de

    manuteno e conservao de pavimentos.

  • 67

    REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

    BRASIL. Manual de pavimentao. 2. ed. Rio de Janeiro: Departamento Nacional de Infra-

    Estrutura de Transportes, 1996.

    ________. Manual de reabilitao de pavimentos asflticos. Rio de Janeiro: Departamento

    Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, 1998.

    ________. Levantamento visual contnuo para avaliao da superfcie de pavimentos flexveis

    e semi-rgidos. Rio de Janeiro: DNIT, 2003.

    CARES, Luza. Acostamentos reduzem acidentes e aumentam a vida til da

    pavimentao rodoviria. So Paulo: USP, 2008.

    CONTRAN, Conselho Nacional de Trnsito. Educao para o trnsito: Sinalizao

    horizontal. 2007. Disponvel em:

    Acessado em: 04 de junho de 2009.

    CRUZ, Douglas. Administrao direta e indireta. Disponvel em

    [email protected]. Acessado em: 25 de setembro de 2009.

    DERTINS, Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Tocantins. Disponvel em:

    Acessado em: 05 de maio de 2009.

  • 68

    DETRAN, Departamento de Trnsito. Sinais de trnsito. 2008. Disponvel em:

    Acessado em: 05 de junho de

    2009.

    DOMINGUES, Felipe A. A. Manual para identificao de tipos de manuteno de

    pavimentos. So Paulo: F. A. A. Domingues, 1993.

    PINTO, Salomo. Pavimentao rodoviria: conceitos fundamentais sobre pavimentos. 2.

    ed. Rio de Janeiro: Pinto, 2002.

    SENO, Wlastermiler de. Manual de tcnica de pavimentao. V. 1, So Paulo: Pini, 1997.

    ________. Manual de tcnica de pavimentao. V. 2, 1. ed. So Paulo: Pini, 2001.

    SILVA, Bruno Mattos. Direito administrativo para concursos. Disponvel em

    [email protected]. Acessado em: 25 de setembro de 2009.

  • 69

    ANEXOS

  • 70

  • 71

    Anexo B (normativo)

    Formulrio par ao levantamento visual contnuo

    MT

    DNIT

    Anexo B Formulrio para o levantamento visual continuo

    RODOVIA TO-050, TRECHO PORTO NACIONAL/TAQUARALTO

    Folha _________

    de

    _________

    Cdigo PNV

    Ext. PNV______Ext. EXEC______UNIT_______N PISTA/LADO 1 MS/ANO 08/09 Largura da Pista: 7m Largura do Acostamento: 1,30m Incio 1 km MR N________ Fim 41,8km VMD 350 MR N________

    SEGMENTO

    FREQUNCIA DE DEFEITOS (A, M, B) INF.COMPLEMENTARES

    ODMETRO/KM TRINCAS DEFOR- MAES OUTROS

    DEFEITOS IDADE N DO

    SEG

    INCIO FIM Ext P

    TR TJ TB R

    AF O D EX E

    I

    C

    P

    F

    REV ESP ORIG REST

    OBSERVAES

    0 km 1 km 1 59 km 58 km 1km B A B B B B 2,5 20

    1 km 2 km 1/2 58 km 57 km

    1km B A B B B B 2,5 20

    2 km 3 km 1/3 57 km 56 km

    1km B A B B B B 2,5 20

    3 km 4 km 1/4 56 km 55 km 1km B A B B B B 2,5 20

    4 km 5 km 1/5 55 km 54 km 1km B A B B B B 2,5 20

    5 km 6 km 1/6 54 km 53 km 1km B A B B B B 2,5 20

    6 km 12 km 2 53 km 47 km 6km B B B B 3,5 20

    12 km 18 km 3 47 km 41 km 6km B B B B 3,5 20

    18 km 24 km 4

    41 km 35 km 6km 4,5

    Ponte sobre o crrego gua suja

    km41 24 km 30 km 5 35 km 29 km 6km B B B B 3,5 20

    Ponte sobre o crrego Xup km35

    30 km 36 km 6 29 km 23 km 6km B B B B 3,5 20

    36 km 41,8km 7 23 km 17,2km

    B B B B 3,5 20 Ponte sobre crrego So Joo km23

    P Panela AF Afundamento D Desgaste do Pavimento REST Idade da ltima restaurao TR Trinca Isolada O Ondulaes EX Exsudao REV Tipo de Revestimento TJ Trinca Couro E Escorregamento do R Remendo ESP Espessura de jacar revestimento betuminoso TB Trinca em Bloco ICPF ndice de Condies MR Marco Rodovirio ORIG Idade do Pav. Original

    Avaliadores

    ________

    ________

    _____________________/Anexo C

  • 72

    Anexo C (normativo)

    Clculo do IGGE

    MT

    DNIT

    PAVIMENTOS FLEXVEIS E SEMI-RGIDOS

    IGGE NDICE DE GRAVIDADE GLOBAL EXPEDITO

    (CLCULO)

    Folha

    _________

    de

    _________

    Ext. PNV____________Ext. EXEC____________UNIT________N PISTA/LADO: 1 MS/ANO 08/09

    Largura da Pista: 7m

    Largura do Acostamento: 1,30m

    Incio 1 km MR N________

    Fim 41,8km VMD: 350 MR N________

    SEGMENTO TRINCAS DEFORMAES PANELA + REMENDO

    N

    do

    Seg

    Km

    Incio

    Km

    Fim Extenso

    F1

    % P1

    F1

    X

    Pt

    Foap

    % Poap

    Foap

    X

    Poap

    Fpr

    n Ppr

    Fpr

    X

    Ppr

    (Ft x Pt) +

    (Foap x Poap) +

    (Fpr x Ppr) =

    IGGE

    1/1 0 km 1 km 1 km 50 0,65 32,5 10 0,6 6 2 0,70 1,4 39,9 1/2 1 km 2 km 1 km 50 0,65 32,5 10 0,6 6 2 0,70 1,4 39,9 1/3 2 km 3 km 1 km 50 0,65 32,5 10 0,6 6 2 0,70 1,4 39,9 1/4 3 km 4 km 1 km 50 0,65 32,5 10 0,6 6 2 0,70 1,4 39,9 1/5 4 km 5 km 1 km 50 0,65 32,5 10 0,6 6 2 0,70 1,4 39,9 1/6 5 km 6 km 1 km 50 0,65 32,5 10 0,6 6 2 0,70 1,4 39,9 2 6 km 12 km 6 km 10 0,3 3 10 0,6 6 9,0 3 12 km 18 km 6 km 10 0,30 3 10 0,6 6 9,0 4 18 km 24 km 6 km 0,0

    5 24 km 30 km 6 km 10 0,3 3 10 0,6 6 9,0 6 30 km 36 km 6 km 10 0,3 3 10 0,6 6 9,0 7 36 km 41,8km 6 km 10 0,3 3 10 0,6 6 9,0

  • 73

    Anexo D (normativo)

    Quadro resumo

    MT

    DNIT

    PAVIMENTOS FLEXVEIS E SEMI-RGIDOS

    RESULTADOS DO LEVANTAMENTO VISUAL CONTNUO

    Folha

    _________

    de

    _________

    Ext. PNV_________Ext. EXEC_________UNIT____________N PISTA/LADO: 1 MS/ANO: 08/09

    Incio: 1 km MR N________

    Trecho do PNV Fim: 41,8km VMD: 350 Veic MR N________

    SEGMENTO RESULTADOS

    IES N do Seg Km Incio Km Fim Extenso ICPF IGGE Valor Cd. Conceito

    OBSERVAES

    1/1 0 km 1 km 1 km 2,5 39,9 3 C Regular 1/2 1 km 2 km 1 km 2,5 39,9 3 C Regular 1/3 2 km 3 km 1 km 2,5 39,9 3 C Regular 1/4 3 km 4 km 1 km 2,5 39,9 3 C Regular 1/5 4 km 5 km 1 km 2,5 39,9 3 C Regular 1/6 5 km 6 km 1 km 2,5 39,9 3 C Regular 2 6 km 12 km 6 km 3,5 9,0 1 B Bom 3 12 km 18 km 6 km 3,5 9,0 1 B Bom 4 18 km 24 km 6 km 4,5 0,0 0 A timo Ponte sobre o crrego gua suja km41 5 24 km 30 km 6 km 3,5 9,0 1 B Bom Ponte sobre o crrego Xup km35 6 30 km 36 km 6 km 3,5 9,0 1 B Bom 7 36 km 41,8km 6 km 3,5 9,0 1 B Bom Ponte sobre crrego So Joo km23

    ICPF ndice de Condio de Pavimentos Flexveis IGGE ndice de Gravidade Global Expedido IES ndice do Estado da Superfcie

    _______________/ndice geral