"Das profundezas surgem os sentimentos"

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DAS PROFUNDEZAS SURGEM OS SENTIMENTOS ( FÁBIO MAURO ) Trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina de Produção, Fruição e Consumo de Arte Docente: Professor Carlos Fragateiro Trabalho Realizado por: Fábio Freitas | 43078

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Apresentação do trabalho de fruição

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das profundezas surgem os sentimentos (fábio mauro)

Trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina de Produção, Fruição e Consumo de Arte

Docente: Professor Carlos Fragateiro

Trabalho Realizado por: Fábio Freitas | 43078

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das profundezas surgem os

sentimentos

No âmbito da disciplina de Produção, Fruição e Consumo de Arte, fomos desafiados a criar e desenvolver um artefacto artís-tica que pudesse movimentar consciências e criar um impacto reflexivo a quem o contemple.

Essa mesma criação poderia ser desenvolvida de forma livre, bem como todo o argumento que a sustenta. Para isso foi-nos proposto que escolhêssemos duas personalidades contempo-râneas e com as quais nos iden-tifiquemos, sendo que uma delas deveria ser um pensador que ti-vesse de alguma forma marcado produzido ideais ou conceitos que tenham marcado a nossa sociedade, e um outro autor da área artística, que da mesma forma tenha produzido algo de relevo.

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JOSÉ ANTÓNIO MARINA [ PENSADOR ]

Como pensador contemporâneo a minha esco-lha recaiu sobre o espanhol José António Marina.

Marina é um conscializador e investigador na área da inteligência e pensamento divergente, principalmente nos mecanismos de criatividade artística.

É Impulsionador da mobilização educativa da sociedade, levando a que a mesma reflita sobre que ela (sociedade) pode fazer pelo país e não o que o país pode fazer pela sociedade

Defende também que a sociedade tem um de-ver no apoio do processo educacional.

É o autor de uma frase que diz: “A liberdade é a adequada gestão dos desejos; umas vezes será conveniente segui-los, e outras não”. Esta frase é um dos impulsionadores ao argumento da obra por mim desenvolvida.

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DIETER RAMS [ AUTOR ARTÍSTICO ]

Como autor artístico escolhi o designer Dieter Rams. Dieter Rams é um designer industrial ale-mão ligado à empresa Braun e um dos mais in-fluentes designers do século XX.

É Defende o conceito do “Less is more” (me-nos é mais), o qual incutiu em todos os objetos por si desenhados, despindo-os de todas as formas e acessórios visuais inúteis e remetendo-os os ás suas linhas formais mais básicas e simples.

Acredita que o bom objecto de design é aquele que não necessita de manual de instruções.

Criou os “Dez princípios do bom design” como forma de preservar e proteger o bom gosto estéti-co das novas influências surgidas na década de 80.

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CONFRONTO DE IDEIAS

A Escolha destes dois autores e das suas prin-cipais ideias cria o meu argumento, que na reali-dade é um confronto dessas duas ideias. Por um lado temos um autor que defende a liberdade. É a liberdade de pensamento de imaginação de cria-ção que nos leva a alcançar novas fronteiras e a descobrir novas áreas do saber. Mas por outro lado temos outro autor que afirma que essa mesma li-berdade é prejudicial porque pode permitir a cria-ção de conceitos errados e desprotegidos de valor estético.

Então surge a pergunta: como posso eu man-ter os meus princípios e valores sem constranger a minha liberdade?

Pegando nesta pergunta e refletindo sobre ela pensei em como a liberdade e os valores surgem. Por onde fluem quando se originam? De onde sur-gem estes sentimentos? Foi então que escutei o Professor Carlos Fragateiro dizer que as ideias surgem das profundezas de cada um de nós...

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CRIAÇÃO DO ARTEFACTO

Para a construção do artefacto eu decidi que o mesmo deveria ser uma instalação, pois o meu objectivo pas-sava por proporcionar ao observador uma experiencia visual e sonora que o levasse a refletir sobre o argumento por mim desenvolvido. Tendo em conta que o objectivo era usar a Universidade de Aveiro como suporte da nossa inter-venção, eu comecei a procurar alguns locais nos quais pudesse contextuali-zar da melhor forma possível a mensa-gem que pretendia passar, de forma a que a mesma fosse uma agitadora de consciências.

A minha escolha para exemplifi-cação do meu projecto recaiu nas ca-tacumbas, pois idealizei-as como as entranhas da Universidade. Entranhas essas de onde surgem as emoções e os sentidos... Sentidos esses que mo-vem as nossas emoções e emoções essas que fluem por dentro de nós... Os dois sentimentos (liberdade e criativi-dade) fluem sem que nenhum de nós

os consiga deter... Fomos criados para sermos livres e criados para criar...

Usando a metáfora do edifício como um ser Humano, imaginei que a mesma poderia ser aplicada a outros edifícios do campus universitário. As-sim sendo explorei alguns deles e veri-fiquei que em certos edifícios existiam nos seus corredores o mesmo tipo de tubos do ar condicionado aos que estão expostos nas catacumbas. Ao verificar essa situação imaginei que o meu conceito deveria ser estendido à maior parte dos edifícios e fazer com que cada um deles funcionasse como um corpo independente. Independente no seu pensamento, personalidade e saber. Como as veias de um edifício por onde fluem pensamentos, emoções e os sentidos, eu imaginei aqueles tubos do aquecimento. Dessa forma ideali-zei que conforme a área académica de cada departamento as frases ali colo-cadas deveriam refletir pensamentos célebres de personalidades ligadas a

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essas mesmas áreas. Por exemplo, no Departamento de Educação deveriam ser escolhidas frases de autores como Piaget ou João de Deus, de forma a le-var o observador a sentir que está num local onde aquelas ideias fluem e fazem parte da sua própria estrutura física.

Contudo e para a demonstração deste trabalho eu usei apenas as ca-tacumbas como local de intervenção e selecionei frases genéricas relaciona-das com o argumento por mim escolhi-do. Frases essas escritas por autores célebres e relacionadas com a criativi-dade e liberdade. Frases contraditórias e pensamentos divergentes existem dentro de cada um de nós, e é isso que nos torna humanos...

Para o efeito foram escolhidas, a tí-tulo experimental, as seguintes frases: “SE DEUS NÃO EXISTE, ENTÃO TUDO É PERMITIDO”. [FEDOR DOSTOIEVSKI]; “O HOMEM NASCEU LIVRE, E EM TODOS OS LUGARES ELE ESTÁ ACORRENTADO”. [JEAN-JACQUES ROUSSEAU] ; “A PIOR COISA É A LIBERDADE. A LIBERDADE DE QUALQUER TIPO É O PIOR PARA A CRIATIVIDADE”. [ SALVADOR DALI ].

Estas frases, de pensadores e ar-tistas ilustres, foram escolhidas por

refletirem um dilema que cada ser humano tem de enfrentar: “Como pos-so ser livre (de criar, pensar, inventar, etc.) sem desrespeitar a liberdade dos outros?”. Ser livre é mais que uma li-berdade... é uma responsabilidade de gerir a nossa própria liberdade. Mas criar nem sempre pode refletir liberda-de, mas sim essa mesma responsabi-lidade...

Depois da escolha das frases a uti-lizar pensei em como as poderia aplicar na instalação por mim idealizada. Devi-do à cor escura da esponja que envolve os tubos das catacumbas, escolhi co-res contrastantes que salientassem da melhor forma as frases, bem como uma tipografia em caixa alta e em “Bold” por forma a dar “força” às mesmas. O ma-terial usado na fabricação das frases foi o vinil.

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