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lhar ocia l Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul de 2013 - Ano 4 - Nº 32 Olhar diferente Página 2 Página 6 Piscinão que é bom, nada Praticantes do futebol de botão lutam para expansão do esporte entre as novas gerações Resgatando tradições Esportes Moradores são obrigados a usar alternativas para escapar das enchentes no ABC Foto: Lucas Panoni Foto: Daniel Tossato Foto: iago Lima Foto: Rafael Revadam Página 5 Cultura Droga de jogo! Training Games é nova mania entre jovens mas preocupa pais e especialistas Página 8 Política Erguendo bandeiras digitais Manifestações virtuais são o novo grito da juventude ''de sofá'' Página 6 Cidades Falha no estopim Boom imobiliário não funciona e mercado é prejudicado Página 4 Página 7 Foto: Divulgação

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lharocialJornal-laboratório do Curso de Jornalismo da

Universidade Municipal de São Caetano do Sul����� de 2013 - Ano 4 - Nº 32

Olhar diferentePágina 2

Página 6

Piscinão que é bom, nada

Praticantes do futebol de botão lutam

para expansão do esporte entre as novas

gerações

Resgatando tradições

Esportes

Moradores são obrigados a usar alternativas para escapar das enchentes no ABC

Foto: Lucas PanoniFo

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CulturaDroga de jogo!

Training Games é nova mania entre jovens mas preocupa pais e especialistas

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PolíticaErguendo bandeiras digitais

Manifestações virtuais são o novo grito da juventude ''de sofá''

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CidadesFalha no estopim

Boom imobiliário não funciona e mercado é prejudicado

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Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

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Ano 4 - Nº 322

Mais um ano se inicia e com ele novos projetos, sonhos e realizações. “Adeus ano velho, feliz ano novo”, já dizia a conhecida música. E é assim que a primeira edição do Jornal Olhar Social de 2013 começa: com mudanças. Depois de ter passado por uma reformulação, o jornal possui agora ilustrações e charges feitas pela desenhista e aluna do 5º semestre de Jornalismo, Beatriz Paz. Apesar desse ar descontraído, as matérias continuam relatando os acontecimentos mais marcantes e importantes do ABC.Nessa edição, você poderá conferir uma matéria sobre as enchentes que afetam as cidades do Grande

Editorial

Fotogra!a: Lucas Panoni

Olhar diferente

Sempre fui um cara normal, sem muitas am-bições. Dentro dos meus (poucos) relaciona-mentos, sempre prezei pelo romantismo e pela !delidade. Mas dentro de mim, havia um outro cara que queria aparecer. Um cara que tinha muita curiosidade em conhecer o “submundo”, o universo das casas noturnas, a vida promíscua,que se sustenta pelas margens da sociedade desde que o mundo é mundo.

Conduzi meu amigo Zé pra um night club em São Bernardo. Conduzi, sim, porque quem me levou foi ele. Eu apenas dirigi. Quando entramos, fomos muito bem recebidos, primeiro pelo gerente da casa, que nos deixou à vontade.

Tínhamos quatro latas de cerveja de crédito pelo pagamento da entrada. Eu tinha pouco dinheiro – 60 reais contados, com conta bancária no negativo e sem cartão de crédito (e o Zé já havia pago a gasolina) – então tratamos de pegar o que já era nosso por direito.

Até a segunda latinha, eu e Zé conversa-mos sobre as trivialidades da vida, coisas comuns do cotidiano. Foi quando eu compartilhei com meu amigo a minha primeira conclusão: “Se todas as pessoas fossem tão gentis quando um ge-

Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Mu-nicipal de São Caetano do SulFevereiro de 2013 - Ano 4 - Nº 26

lharocial

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS

!"#$%&'(Prof. Dr. Silvio Augusto Minciotti

)&*+!"#$%&(,-.#/#0$&1$#2%("(3#/1/4"#&%' Prof. Ms. Marcos Sidnei Bassi;

)&*+!"#$%&(-"(5&1-6178%' Prof. Ms. José Turíbio de Oliveira;

Pró-Reitor de Extensão: Prof. Ms. Joaquim Celso Freire Silva;

)&*+!"#$%&(-"()*0+5&1-6178%("()"096#01' Prof. Dr. Eduardo de

Camargo Oliva;

)&*+!"#$%&(-"(:-64178%(1(;#0$</4#1' Prof. Dr. Denis Donaire.

;#&"$%&#1(-"(=&"1(-"(>%.6/#4178%' Profa. Ms. Ana Claudia Govatto

5"0$%&(-%(>6&0%(-"(?%&/1@#0.%' Prof. Ms. Flávio Falciano

Jornal Olhar Social

:-#$%&1' Profa. Eloiza de Oliveira Frederico (Mtb 32.144)

������������ ����� Prof. Ms. Paulo Alves de Lima

3%$%A%&/1@#0.%' Profa. Mariana Meloni

:96#B"(-"(C"4D1."/$%(-"0$1("-#78%' Bruno Cruz, Louyse Denis, Lucas

Panoni e Marina Camargo.

E%F%$#B%' Criação da AG - Agência Experimental de Publicidade da USCS

>%/$1$%' [email protected] - Fone: 4239-3212

G.B&"008%'�� �������������������������������������������

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ABC tem projeto para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura

Os objetivos visados para a criação desse projeto, além de promover a redução das emissões de gases de efeito estufa das atividades agro-pecuárias, são reduzir o desmatamento, aumentar a produção agropecuária em bases sustentáveis, adequar as propriedades rurais à legislação ambiental, ampliar a área de florestas cultivadas, estimular a recuperação de áreas degradadas. O tempo de implantação do projeto é de 5 a 15 anos.

Lollapalooza 2013

Pearl Jam, The Killers, Que-ens of the Stone Age, Franz Ferdinand, Planet Hemp, Criolo, Agridoce e Vanguart são alguns dos destaques do evento que acontecerá no Jo-ckey Club, em São Paulo, nos dias 29, 30 e 31 de março. Os organizadores do Lollapalooza esperam 200 mil pessoas nos três dias de evento, público bem superior ao da edição de 2012.

Grupo de Proteção aos Animais de Ri-beirão Pires

A ONG Clube dos Vira-Latas abriga cães e gatos de rua para coloca-los na adoção. Além disso, a ONG presta atendimento médico, castra-ção aos animais carentes, vacinação, cirurgias, acom-panhamento clínico e outros. Quando o bicho é adotado,

ABC, quais os principais pontos de alagamento e histórias de pessoas que já perderam tudo por causa das chuvas. Ainda na editoria de Cidades, o repórter Tiago Lima aborda o tema “boom imobiliário” e conta como isso vem acontecendo ao longo dos anos. Para os amantes de cultura japonesa, a editoria de Cultura traz uma matéria sobre o assunto. Uma abordagem interessante sobre o ativismo digital, um resgate do futebol de botão, uma análise sobre a vida dos taxistas e uma crônica um tanto irreverente, também te esperam nessa primeira edição do Jornal Olhar Social de 2013.Boa leitura e feliz ano novo!

rente de boate, o mundo seria um lugar melhor”. Brindamos a pauta da minha nova crônica.

Na terceira lata, resolvemos sentar no sofá. Não demorou e chegou uma morena pra nos acompanhar. Ao que eu conseguia enxergar, Priscila era bastante atraente.

No meio da conversa, Zé citou que eu era jornalista e que estava procurando histórias da vida noturna pra registrar. A resposta de Priscila me soou como uma música de Roberto Carlos: “Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer.”

Para ler o restante da crônica, copie a URL abaixo no seu navegador. Se preferir, tire uma foto do QR code com o seu celular.

a ONG ainda se preocupa em informar e conscientizar os futuros donos. Para mais informações acesse o www.clubedosviralatas.org.br.

Postos oferecem va-cina contra catapora

A partir de 2013 as crianças poderão receber nova prote-ção. O novo imunizante tam-bém proporciona cobertura contra outras doenças, como sarampo, caxumba e rubé-ola. A vacina será aplicada em duas doses: uma aos 12 meses e outra, aos 4 anos. Atualmente, pais que desejam proteger seus filhos contra a catapora têm de recorrer a clínicas particulares, onde é encontrada uma vacina específica contra a doença. O SUS até agora oferecia o imunizante apenas nos casos de surto ou em campanhas específicas.

CBF anuncia calen-dário do futebol 2013

Os jogos desse ano prome-tem sobrecarregar o segundo semestre do ano. Dia 12 de junho de 2013, dia dos namo-rados, será a única quarta-fei-ra do ano em que não haverá futebol. A maior mudança é o deslocamento da Copa doBrasil, que acontecerá do dia 3 abril a 27 de novembro. O outro grande fator de modifi-cações é a Copa das Confe-derações, a ser jogada entre 15 e 30 de junho. A tempora-da começa em 20 de janeiro, com os estaduais que vão até 20 de maio, e termina em 21 de dezembro, com o Mundial de Clubes.

Ficou curioso?

Um passeio pelo mundo livre* Lucas Panoni

*O título faz uma alusão á música de Chico Science, que não fala sobre a mesma temática da crônica, mastambém faz um questionamento sobre o que é liberdade na nossa “Sociedade” (Aspas usadas pelo compositor)

http://vai.la/2SLn

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Ano 4 - Nº 32 3Economia lharocial

Copa do Mundo agita o mercado e gera novas oportunidades para taxistas

Joca Oliveira

Chegou a hora! Mais do que nunca o país sente a aproximação da Copa do

Mundo. Mais do que um even-to, é a oportunidade perfeita para muitos brasileiros trabalharem e, assim, aquecerem a economia do país. Pensando nisso, foram cria-dos alguns programas especiais de incentivo para microempreendedo-res. Como maiores an!triões dessa festa, e porque não guias, eles não podiam ser esquecidos: os taxistas.

Se preparando para atender os turistas que estarão no Brasil no período dos eventos, e dar mais qualidade aos passageiros, os inte-ressados têm ao dispor o progra-ma Taxista Nota 10, desenvolvido pelo Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas, em parceria com o Serviço Social do Transporte (Sest), o Ser-viço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e a Escola do Transporte.

Voltado somente para taxistas, o programa tem três cursos gratuitos. “O projeto está dividido em dois grandes subprojetos. Cursos de lín-guas estrangeiras e gestão de negó-cios para taxistas”, explica Marcelo Alciati, gestor de projetos do escri-tório regional do Sebrae no Grande ABC.

A iniciativa, no entanto, parece não ter repercutido entre muitos

Apesar dos cursos gratuitos de capacitação, alguns pro!ssionaisencontram problemas ou desconhecem as iniciativas

“É algo que toma conta da pessoa, uma lição que se tem todos os dias”

Duração: 15 meses

Modalidade: à distância

Inscrição: pelos telefones 0800

728 2891 (Sest/Senat) e 0800 570

0800 (Sebrae)

Como funciona: depois de se

inscrever, será enviado, a cada 15

dias, um jornal à residência cadas-

trada com as disciplinas do curso

escritas de forma simples e des-

contraída.

COMO SE INSCREVER

Foto: Divulgação

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taxistas. Ao ser questionado sobre o assunto, Jonas F. De Melo, de 36, anos, é explícito. “Não conheço o programa, nunca nem ouvi falar dele”, alega. O taxista acredita que se desse para fazer o programa seria bom, mas expressa “que a divulga-ção deveria ser melhor”.

A opinião de Melo é a mesma de José Eraldo de Araújo Jr., de 30

anos. O taxista cita que está em um ponto de taxis com 28 pro!ssionais bem em frente a um movimentado hotel e que, mesmo fora de lá, não conhece ninguém que faz curso. “O programa parece ser bem intencio-nado, mas que ninguém conhece”, admite. Segundo Araújo, dois pro-blemas !zeram os condutores não aderirem à iniciativa. O primeiro seria a ida até o SEBRAE para se cadastrar. De acordo com o taxista, o emprego está “muito caro” e iraté o local é perder dinheiro, uma vez que não teria como trabalhar ao mesmo. O segundo empecilho, “é que a grande maioria dos pro!ssio-nais ainda não acessa a internet de forma efetiva, onde foi feita a maior

Recebendo os estrangeiros...Con!ante que a Copa do

Mundo trará benefícios ao setor, Araújo se mostra preocupa-do com a recepção dos turistas. “A partir de agora, deveriam obrigar as pessoas a ter um mínimo de in-glês para conseguir tirar o Condu-tax (licença para dirigir taxis), fa-zendo uma provinha antes”, opina o taxista. Ele diz que “arrasta” umpouquinho do inglês, mas que ape-sar do esforço dos pro!ssionais da área em receberem bem os turistas, a comunicação será “complicada”, já que “alguns [taxistas] não falam nem o português direito”.

Já para Melo, os condutores es-tão preparados para receber turis-

tas, mas não tem “nem ideias de como será a comunicação” com os estrangeiros. “Isso aí vai dar o maior bochecho”, presume.

Visto à carência de condutores bilíngues, dois de três cursos do Taxista Nota 10 são voltados a esta área. Nos cursos de idiomas (espanhol e inglês), o gestor de projetos Alciati conta que o ob-jetivo é quali!car os taxistas com um curso de idiomas “personaliza-do” para melhorar o atendimento ao estrangeiro, se comunicando de “forma clara e fornecendo in-formações turísticas e essenciais para o dia-a-dia”. Já no curso de gestão de negócios, Alciati conta

Duração: 120 horas cada curso

Modalidade: à distância

Inscrição: pessoalmente nas uni-

dades do Sest/Senat em todo o

Brasil.

Como funciona: ao se inscrever, o

participante receberá um kit conten-

do caderno do aluno, caderno de

exercícios e CD para estudar quan-

do e onde desejar. Mais informa-

ções pelo telefone 0800 728 2891.

parte da campanha”, analisa.Na pro!ssão há cinco anos,

Araújo acredita que se houvesse di-vulgação em jornais especí!cos do ramo, “todo mundo leria”. Ele de-fende que poderia haver uma par-ceria do programa com o Sindica-to, alegando que pelo menos uma vez por mês quase todo taxista tem uma corrida até o aeroporto e passa no Sindicato, que !ca no caminho.

“Seria muito mais fácil e viável [fa-zer o cadastro no Sindicato]. Lá é aonde todo mundo vai se informar e !ca por dentro de tudo que acon-tece no nosso meio de trabalho”, justi!ca.

Em explicação, o Sebrae, por meio da Assessoria de Imprensa, in-formou que as parcerias foram fei-tas com os órgãos que mais repre-sentam o setor e que, em nenhum

momento, impediu os Sindicatos de divulgarem o material. De acor-do com a Assessoria, não era viável fazer parcerias com todos os Sindi-catos, uma vez que existem vários e o programa envolve todo o ter-ritório nacional. Ainda assim, a!r-maram que as divulgações foram feitas além da internet, nos maiores veículos de comunicação do país, incluindo TVs, rádios e jornais.

que os pro!ssionais vão aprender como aumentar os lucros, pontos de turismo e hospitalidade, ad-ministração do tempo, “além de aprimorarem o serviço”, comple-menta.

O taxista que preferir pode fa-zer simultaneamente um curso de línguas e se inscrever na ação de capacitação empresarial de ges-tão, mas só poderá fazer o outro curso de outro idioma quando concluir o primeiro. O partici-pante ganhará o material didático e, ao !nal, deve realizar uma pro-va escrita. Após esta etapa, recebe-rá um certi!cado de quali!cação do programa Taxista Nota 10.

GESTÃO DE NEGÓCIOSPARA TAXISTAS

IDIOMASESPANHOL E INGLÊS

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���Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

����� de 2013

Ano 4 - Nº 324 Cidadeslharocial

Boom ou Bolha ImobiliáriaCom o mercado imobiliário agitado, municípios do ABC paulista

registraram sucesso de vendas, mas, há muitas barreiras para se conseguir o !nanciamento

Foto: "iago Lim

a

Thiago Lima

As cidades do grande ABC há algum tempo fazem parte do chamado “boom imo-

biliário”. Municípios como Santo André e São Bernardo são alvos de investimentos de renomadas cons-trutoras, além de terem seu padrão de vida melhorados. A cidade de Mauá, após chegada do Rodoanel, também foi alvo de construtoras e da supervalorização de seus imóveis.

Porém, a situação que se en-contra o mercado imobiliário devido á crise !nanceira, mostra que comprar e vender imóveis está mais difícil. Com a chega-da do programa “Minha Casa, Minha Vida”, uma minoria das famílias com renda consideradas baixa, conseguiram comprar sua casa. Já a maior parte delas, não se adequam as regras exigidas pelo programa. No caso da cidade de Mauá, chega a ser espantoso os al-tos preços dos imóveis.

Casas com quatro cômodos chegam a custar até 200 mil re-ais. No Parque São Vicente, bair-ro onde há 11 anos o Governo do Estado embargou as obras de conjuntos residências, apartamen-tos construídos recentemente não saem por menos de 160 mil reais. A moradora do bairro, Lucy Var-gas, relatou o abuso e a falta de lógica com as novas moradias na região: “É engraçado ver tantos prédios sem terminar na divisa entre Mauá e Santo André, mui-ta gente querendo sair daqui pelo descaso com que tratam agente (moradores), prejudicados na área

contaminada. Raramente temos uma informação sobre o processo que anda até hoje. E agora fazem comerciais dizendo ser aqui o me-lhor bairro de Mauá”.

Problemas como comprar e vender imóveis não são os únicos das cidades do grande ABC. Famí-lias sem condições de comprar o próprio imóvel, e que moram de aluguel, atualmente sofrem para achar um teto de valor mais barato para morar. Em Mauá, uma casa de três cômodos, chega a custar

600 reais por mês, sem contar as despesas !xas como água, luz, te-lefone e gás. E a família que quer um pouco mais de conforto e se-gurança, não paga menos de 750 reais por mês em um apartamento de quatro cômodos e uma vaga na gar agem, sem contar condomínio que gira em torno de 250 reais, que muitas vezes ainda tem a con-ta de luz á parte.

Em conversa com o Sr. Ma-noel Inacio, morador da cidade, ele nos esclareceu a situação da maioria da população em poucas palavras: “Ter, eu até tenho 600 reais para pagar a prestação de um novo apartamento, o que eu não tenho é uma entrada gigante, e uma renda familiar de quase 4 mil por mês (se referindo a exigência do Programa Minha Casa, Minha Vida), então, continuo pagando meu aluguelzinho...”.

E além de toda este briga sobre valores, existe um fato que corre bastante nos principais noticiários do país, os golpes imobiliários. Documentação falsa, esquenta-da, localização errada, viagem do proprietário e muitas outras, são objetos de preocupação para o comprador de um imóvel, que ao ver tantos anúncios parecidos em jornais ou internet, prefere ir dire-to ao banco de sua con!ança con-sultar um avaliador quali!cado.

E apesar de prós e contras, a verdade é que o mercado cresceu, porém, o momento “boom” já !-cou para traz. E pra quem procura um bom imóvel, para alugar, com-

Diante do informe no site da CETESB, a atualização mostra a seguinte situação:...” Em reunião com o Ministério Público Estadual, a CETESB apresentou esclarecimentos a respeito de suas conclusões acerca do Plano apresentado pela Cofap e pela manutenção de sua posição acerca da remoção dos mo-��� ����� ������������ ��� ��� � �������� ���������� ����se encontra a massa de resíduos, em vista das incertezas ainda existentes quanto à investigação desses locais e aos riscos potenciais existentes”.

Plano de manutenção feito

pela empresa responsável e conclusões da

CETESB mostram incertezas

A imagem ao lado mostra condomínios residênciais na área desolo contaminado no bairro do ParqueSão Vicente em Mauá. Alguns prédios seguem sem o término da construção.

Já a imagem abaixo, mostra prédios inaugurados recentemente no mesmo bairro, porém em outra área. O Parque São Vicente tem status de melhor bairro da cidade.

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Divulgação/Fonte: Fipe-Zap

prar ou até mesmo para montar um negócio, é imprescindível a consulta à um avaliador de con-!ança, e também instituições idô-nias, além de muita pesquisa.

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Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

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Ano 4 - Nº 32 5Cidades lharocial

Chuva de verão assusta ABCIlustração: Beatriz Paz

Foto: Daniel Tossato

Moradores tentam se adaptar às tragédias causadas pelas fortes chuvas e enchentes que acontecem todo ano.

Louyse Denis

Chegou o verão e, com a época mais quente do ano, as chuvas responsáveis

pelas enchentes que afetam as resi-dências e os comércios do Grande ABC.

Muitas pessoas que moram em áreas de risco reformam as residên-cias para melhorar a segurança das famílias, porém, nem todos têm condições de resolver o problema.

Leilane Olivério, ex-mora-dora da rua Jequitinhonha no bairro Campestre(Santo André) lembra,sem saudade, o último verão da família. A chuva alagou primeiro a casa do vizinho, logo em seguida a dela também já esta-va cheia e o muro, que separava as duas residências, caiu. Leilane le-vou os dois !lhos para casa da mãe, duas ruas abaixo e quando voltou para buscar o cachorro, ele já tinha morrido afogado. “Foi uma tris-teza, perdemos nossa casa, nossos móveis e nosso cachorro... eu não pude salvá-lo”. Leilane morava na casa há mais de dez anos, precisou alugar outra e recomeçar a vida. Quando perguntei se recebeu aju-da da prefeitura, ela respondeu que tentou, mas desistiu quando per-cebeu que estava perdendo tempo. “Nem interditaram a casa e, um mês depois, !quei sabendo que a casa encheu novamente, ainda bem que me mudei”, disse ela.

Em São Caetano do Sul, o bair-ro Fundação é famoso pelas tragé-dias. As avenidas alagam, o trânsito para e as casas são inundadas. Paulo Cesar Bowkut, morador da Rua Marconi, precisou instalar uma

briel Nicolau, uma travessa da Av. Afonsina (Rudge Ramos). Ela con-ta que a rua enchia de 1m a 1,5m, quem estava em casa não saía e quem queria entrar, não passava na rua. Ana instalou uma comporta, mas não resolveu. Depois de cinco enchentes seguidas resolveu mu-dar-se em 2011 com a família para um local mais seguro. “Mudei para um prédio, num bairro que não sofre inundações, hoje não tenho mais medo quando o céu começa a !car escuro, sei que eu e meus !-lhos estamos seguros”, conta Ana.

Paulo Akio, estudante de Enge-nharia Ambiental da UFABC, está

rios para seu armazenamento”, ex-plica o recém-formado engenheiro.

O professor doutor Gilson La-meira de Lima, orientador do Pau-lo Akio no Tcc, explica que a gran-de causa das enchentes no ABC é a falta de espaço de escoamento das águas da chuva. “Não existe espa-ço, não tem mais lugar para a água escoar, as cidades estão crescendo cada vez mais, estão se engolindo e não há espaço para a chuva correr”, diz o professor, que também escla-rece a origem do piscinão. Em 19 de Março de 1991 aconteceu uma chuva muito forte, houve enchente em todos os cantos de São Paulo,

foi uma verdadeira catástrofe, na época, a Prefeitura de São Paulo era comandada por Luiza Erundi-na, que resolveu fazer alguma coisa para melhorar a situação. Então, a prefeitura e o Governo do Estado passaram a investir nos piscinões, que tem a função de armazenar a água da chuva. Porém, não são tão e!cientes como pensamos. Os piscinões são projetados para ar-mazenar determinada quantidade de água, se acontecer duas ou três chuvas fortes seguidas o reserva-tório não dará conta e o aumento no volume de água no sistema de drenagem da cidade aumentará e acontecerá as enchentes. Ele diz que o piscinão do Pacaembu foi o primeiro a ser construído no Esta-do de São Paulo, e é o mais bem feito até hoje.

“Em São Caetano do Sul, a instalação de um piscinão nas pro-ximidades da Av. Guido Aliberti é plano do novo governo, levará o nome de Piscinão Jaboticabal epromete resolver ou pelo menos amenizar os problemas da região”. No entanto, ainda não há previsão para a construção da obra.

Além do controle das en-chentes, o Professor sugere que os piscinões devem trabalhar em conjunto com a qualidade de vida dos moradores em relação à área de lazer. “O piscinão ocupa uma gran-de área do bairro e cidade, o ideal é transformar essa ocupação, esse espaço perdido, em área de lazer. Na Vila Luzita, em Santo André, por exemplo, temos um piscinão aberto no meio de uma região de morro, sem alternativas de lazer e é uma área pobre. Construir uma laje em cima do piscinão e fazer qua-dras e parques para a comunidade seria uma ótima idéia. No Bairro Santa Terezinha, em Santo André, foco do trabalho dos engenheiros da UFABC, os moradores trans-formaram o piscinão em um pes-queiro. Em parceria com a Semasa, adaptaram o lago com telas evitan-do a fuga dos peixes para o esgoto e eles mesmos são responsáveis pela conservação do local e pela compra dos peixes.

Vale lembrar que além da construção dos piscinões, a cons-cientização dos moradores para a conservação ambiental da cidade é muito importante. Não jogar lixo nas ruas, nos bueiros, não construir casas na beira dos rios é um dos exemplos mais comuns.

fazendo em seu Trabalho de Con-clusão de Curso, uma análise sobre a e!ciência do piscinão do Bairro Santa Terezinha em Santo André, a!rma que os moradores sofrem as mesmas tragédias todo ano, mas pelo vínculo com a casa e o bairro não se mudam, preferem reformar a casa deixando-as mais altas, fazem rampas e colocam comportas. “Se o escoamento natural da água éreduzido pela grande urbanização do local, a água das chuvas busca-rá outros espaços para seu trânsito podendo atingir locais em que isso não é desejável. Então o primeiro passo é providenciar meios necessá-

Moradores de Santo André limpando o estrago da enchente.

"Foi uma tristeza, perdemos nossa

casa, nossos móveis e nosso cachorro...”

comporta e trocou os móveis por outros mais leves. Assim, quando a casa começa encher ele coloca tudo para cima com mais facilidade. Willians Cosme, morador da mes-ma rua que também instalou uma comporta, transformou a casa em um sobrado. “Deixei a parte térrea livre para garagem e à disposição das enchentes”, ironiza.

Em São Bernardo do Campo o drama das enchentes é semelhante. Ana Flávia Ribeiro morava com o marido e os dois !lhos na Rua Ga-

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���Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

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Ano 4 - Nº 32� Políticalharocial

A luta agora começa na internet

Foi a primeira vez em que uma ação digital promovida

pelo grupo se transportou para o

mundo real

Jovens transformam as redes sociais em espaços de mobilização políticae criam o ativismo “de sofá”

Foto: Rafael Revadam

Lívia Podda (à esquerda) em mobilização pelo feminismo realizada na Avenida Paulista

Rafael Revadam

Além de revolucionar os meios de comunicação, a internet mudou o pa-

pel do expectador. Antes receptor de informações, o internauta pas-sou a emitir conteúdos, compe-tindo até com os próprios meios através das redes sociais. Num ambiente em que todos possuem espaços tecnicamente iguais, as mí-dias sociais proporcionaram maior liberdade de expressão. Mas, acima de se tornar um espaço de opini-ões, elas vêm se destacando como um espaço político, no qual valo-res humanos são debatidos e causas sociais discutidas. Assim nasceu o ativismo digital, ou ciberativismo.

Participante do grupo no Fa-cebook “Blogueiras Feministas”, a designer Lívia Podda conseguiu apoio para sua causa através da in-ternet. Utilizando a rede, ela con-

Para conhecer melhor o ativismo virtual e a defesa da causa feminista, acesse o site Blogueiras Feminis-tas.

Através da página é possível acompanhar e participar das iniciativas promovidas pelo grupo.

No site também estão disponíveis depoimentos de pessoas envolvidas em causas sociais, além de artigos e vídeos que apresentam o feminismo e a defesa pela igualdade de gêneros.

Blogueiras Feministas: conscientização onlineseguiu reunir cerca de 200 pessoas em uma marcha em prol da igual-dade de gênero realizada no mês de agosto de 2012. A mobilização percorreu a Avenida Paulista, em São Paulo, até a Praça Roosevelt. “Foi a primeira vez em que uma ação digital promovida pelo grupo se transportou para o mundo real”, diz. Para a designer, o ativismo di-gital, chamado entre os usuários de ativismo ‘de sofá’, começa com o compartilhamento de informações na internet.

!iago Cavallini, 30 anos, can-didato a vereador na cidade de São Caetano do Sul nas últimas elei-ções municipais, é outro exemplo de mobilização virtual para obje-tivos reais. Ele inovou ao realizar sua campanha eleitoral totalmente

online, utilizando um blog e um per"l no Facebook.

Através destas plataformas !iago divulgou propostas e expli-cou conceitos políticos totalmen-te via internet. Apesar de não ter sido eleito, o candidato a vereador obteve 855 votos e foi o 32º mais votado numa disputa com 295 participantes.

A busca pela conscientização e apresentação de uma causa faz com que cada vez mais usuários parti-cipem do ativismo digital mesmo sem perceber. Divulgar um vídeo contra a construção da usina de Belo Monte em seu per"l pessoal, assinar petições ou abaixo-assina-dos online ou mudar o seu nome de usuário (nickname) em prol de uma cultura indígena são pequenas iniciativas que visam uma mudan-ça nos hábitos e costumes em so-ciedade, criando uma mobilização virtual e, consequentemente, uma ação no ativismo ‘de sofá’. É o ato de querer mudar um mundo sem sair de casa.

No estudo ‘Redes e ciberativis-mo: notas para uma análise do cen-tro de mídia independente’, Maria Eugenia Cavalcanti Rigitano, mes-tre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universi-dade Federal da Bahia, explica o conceito do ciberativismo e seus objetivos. Para a pesquisadora, a utilização da rede por parte desses grupos - movimentos politicamen-te motivados -visa, dentre outras coisas, poder difundir informações e reivindicações sem mediação, com o objetivo de buscar apoio e mobilização para uma causa, criar espaços de discussão e troca de informação, organizar e mobilizar indivíduos para ações e protestos online e o#ine.

Maria Eugenia conclui que existem aspectos bons e ruins no ativismo digital. Como item po-sitivo, ela destaca a atuação dos ciberativistas na internet. O pon-to negativo se apresenta ao expor ações de organizações que utilizam a tecnologia com o objetivo de co-meter crimes e atos terroristas. De acordo com a especialista, o ativis-mo digital permite inúmeras pos-sibilidades e seu desempenho de-pende unicamente da forma como será utilizado.

Site: http://blogueirasfeministas.com/

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Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

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Ano 4 - Nº 32 7Esportes lharocial

Cá com meus botõesSimpatizantes lutam para manter tradição do esporte

Crédito: Divungação

Daniel Tossato

Torcida, uniforme, hinos cantados em uníssono, o nervosismo dos jogadores.

O juiz apita, os jogadores se prepa-ram e... A bola não é uma bola, os jogadores não são de carne e osso, o gramado não é de verdade. Mas apaixão é a mesma!

O futebol de botão foi inventa-do, provavelmente, no Brasil por Geraldo Décourt em 1929. Pelo menos foi nesse ano que foi lança-do o primeiro livro de regras para a brincadeira. E desde então o jogo passou a fazer parte da cultura do país.

Hoje em dia, o fute-bol de bo-tão, ou de mesa como preferem os praticantes, é reconhecido como esporte desde 1983. F e d e r a ç ã o Paulista de Futebol de Mesa é o ór-gão que regu-lamenta todos os campeonatos que são feitos no estado. A FPFM foi fundada em 1962 e hoje é presidi-da por José Jorge Farah Neto um

amante do esporte. “O futebol de botão é igual ao ping-pong, uma brincadeira. Já o tênis de mesa é igual ao futebol de mesa, uma coi-sa mais pro!ssional. Um jogo de alto rendimento como qualquer outro” , explica Farah.

Jorge ainda diz que no Brasil há mais de 8.000 jogadores !liados, mas somente metade destes devem jogar futebol de mesa. O número em São Paulo seria de 2.300 !la-dos, porém somente 350 atuam de fato no esporte. “Agora, aqueles que jogam futebol de botão na ga-ragem, sem compromisso, só com os amigos, devem beirar os 100

mil”, garante.N u m

mundo do-minado por jogos de vi-deogames e computado-res é cada vez mais difícil e n c o n t r a r crianças que joguem fute-bol de mesa. Porém quem viveu nos anos 80, 70 e

60 com certeza jogou e escalou sua seleção para jogar com o vizinho. É isso que conta o auditor de qua-lidade Eduardo Navarro, 53 anos.

“Eu joguei muito futebol de botão quando eu era moleque, fazia parte da minha infância”, lembra.

Navarro diz também que às ve-zes dava um jeito para completar o time, tendo em vista que naque-le tempo o jogo de botão era um pouco caro. “Me lembro que uti-lizava caixa de fósforos como go-leiro, pegava botões da minha mãe pois deslizava melhor e até arranca-va alguns botões da minha camisa para poder brincar”, relembra.

O futebol de mesa, hoje, é di-vidido por regras e cada uma delas tem sua particularidade. Há o jogo com a “regra baiana”, o jogo com a “regra carioca” e ainda um com a “regra paulista”, cada “regra” re-gional tem um campeonato. Em São Paulo há dois campeonatos importantes, a “Taça São Paulo” e o “Campeonato Paulista Indivi-dual” onde o vencedor pontua no ranking de jogadores da entidade federativa.

O presidente da federação que se preocupa com o futuro do es-porte: “Não há mais aquele resgate do passado que o pai fazia com o !lho. Os adultos não estão mais preocupados com a infância, por isso acho que não só a Federação, mas também os clubes devem tra-balhar de forma diferenciada para que a criança se interesse pelo fute-bol de botão e de mesa”.

Botonista eu sou com justo orgulho

Boto muita fé no meu botão

Botonista eu sou com muita honra

Isto é verdade, eu não me arrependo não

Botonista eu sou com persistência

Jogo a qualquer hora com prazer

(Pois jogando em qualquer regra! Eu vou praticando o meu lazer) -bis-

Eu jogo limpo, jogo sério sem esbulho,

Pois prá mim adversário considero como irmão

(Aviso logo para quem jogar comigo que somente me vencendo poderá ser cam-peão)

Hino dos botonistasLetra: Geraldo DécourtMúsica: Geraldo Décourt

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���Universidade Municipal de

São Caetano do Sul - USCS

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Ano 4 - Nº 328 Culturalharocial

Trading card games é nova mania entre jovens de SP

Jogo de cartas ganha espaço e preocupa pais e especialistasBruno Cruz

Os trading card game são cartas que levam o nome de séries con-sagradas na Tv, como Pokémon e Yu-gi-oh. Cada carta possui um personagem com força, velocidade e defesa diferenciadas, ganha o jogo quem no confronto estiver com os personagens que possuem as caracte-rísticas mais fortes.

Esta diversão vem chamando a atenção dos jovens entre 13 e 16 anos, que chegam a pagar de R$ 0,10 à R$ 30,00 em cada carta.

Segundo o estudante de Ribei-rão Pires, Danilo Oliveira o jogo é composto por um tabuleiro e 51 car-tas. ''No começo da batalha, os dois duelistas começam com 8000 de pontos de vida , tiram no pedra, pa-pel ou tesoura pra ver quem começa. E vão seguindo a batalha até um dos jogadores chegar a zero ”, explica o jovem de 15 anos.

Os interessados no jogo podem adquirir um deck, conjunto de car-tas que varia de 10 à 51, em lojas especializadas no ramo. Uma das lojas mais conhecidas é a Shinozaki que está localizada no bairro da Li-berdade, conhecido por ser o maior reduto da comunidade japonesa em São Paulo.

Vitor Hugo,atendente da loja, explica que torneios são promovidos e realizados com frequência o que es-timula novos fãs e adeptos por todo o país. Esses torneios premiam osmelhores participantes com produ-tos relacionados aos jogos que pos-suem itens como games, bonecos e latas promocionais com cards raros.

Entre os Cards mais conhe-cidos no Brasil está YU-GI-OH e Pokémon.

A série animada YU-GI-OH é baseada em batalhas realizadas entre diversos personagens por meio de cartas mágicas. Pokémon, sucesso dos anos 90, é o anime que conta a história de um menino aventureiro em busca de seu sonho, de ser um grande mestre Pokémon. O desenho já está na décima quinta temporada na televisão, já no mundo dos ga-mes, é a segunda franquia mais ven-dida na história da Nintendo com venda de 180 milhões de unidades em todo o mundo.

O maior campeonato brasileiro é promovido pela Copag, empresa nacional pioneira na produção de

cartas. Em 2012, o torneio aconte-ceu em maio, e o vencedor do tor-neio ganhou uma viagem para dis-putar o World championships 2012 no Hawai.

Enquanto os jovens se divertem alguns pais se preocupam com

a brincadeira que poderia moldar o per!l do adolescente e torná-lo vio-lento e agressivo.

Mas,para a Supervisora de cré-dito Sandra Domingues, seu !lho Fabio Domingues de 17 anos joga muito essas cartas e até então isso não interfere na sua personalidade. “O que tem grande valor é o rela-cionamento que você tem com seus !lhos”.

Já para a dona de casa Vivian Kelly, mãe de David, 7 anos, acredi-ta que o jogo pode in"uenciar espiri-

tualmente, sua religião diz que jogos como esse não acrescentam em nada no crescimento de crianças e orien-ta os país a não deixarem seus !lhos jogarem por estimular a violência. “ Eu acredito que in"uencia devido minha crença”.

De acordo com a professora doutora Lucia Villas Bôas, da Pós--Graduação em Educação da uni-versidade Metodista de São Pau-lo, a violência nos jogos de modo geral, é uma questão controversa. Há pesquisas que mostram a ine-xistência de uma correlação entre comportamento agressivo do jovem e a prática de jogos violentos (foram analisados o jogo Fuel e Conan), há outras que indicam que há uma naturalização e banalização da vio-lência em jovens acostumados a esse tipo de atividade. A questão é que as pesquisas não conseguem alcançar, com a mesma rapidez, as mudanças tecnológicas. “Assim, de certa forma, com o progresso da interatividade é possível o jogador ( e não mais um bonequinho) matar alguém”, !nali-za a professora e especialista em jogos didáticos.

Regras do jogo

“No inicio, os dois duelistas começam com 8000 de pontos

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da interatividade é possível o jogador ( e não mais um

bonequinho ) matar alguém”

Crédito:http://deathnote.viz.com/

Crédito:http:www.shonenjump

Vitrine de loja especializada em trading card games.

Podemos encontrar diversos sites especializados no jogo, produtos direcionados as crianças como Pokémon, já Death Note tem como público alvo jovens entre 14 e 16 anos.

Crédito foto: Bruno Cruz

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