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Publicado em 07.03.2013 EDIÇÃO N o 61 Fevereiro/2013 S UMÁRIO Destaques 2 Biodiesel Produção e Capacidade 10 Atos Normativos 10 Localização de Unidades Produtoras 11 Preços e Margens 11 Entregas dos Leilões 13 Preço das MatériasPrimas 13 Participação das MatériasPrimas 16 Produção Regional 19 Não Conformidades no Diesel B 19 Consumo Internacional 19 Etanol Produção e Consumo 20 Atos Normativos 21 Exportação e Importações 21 Frota FlexFluel 21 Preços da CanadeAçúcar 22 Preços 22 Margens 23 Paridade de Preços 23 Preços do Açúcar 24 Não Conformidades 25 Consumo Internacional 25 Biocombustíveis Variação de MatériasPrimas e do IPCA 26 Números do Setor 26 A PRESENTAÇÃO Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos a produção e preços de biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos: O monitoramento das condições de suprimento de etanol na entressafra; O abastecimento de carros e trios do Carnaval de Salvador com B50 pela Petrobras; A realização de workshop sobre óleo de palma pela Embrapa, MDA e MAPA; O início de novos estudos com foco no etanol de segunda geração pela Embrapa; A avaliação de cultivo de pinhãomanso no Piauí pela Embrapa; O início de pesquisa em tortas de crambe e pinhãomanso pela Embrapa; A assinatura de acordo de cooperação para desenvolvimento de bioquerosene de aviação pelos governos dos Estados Unidos e da Espanha; A análise conjuntural da soja pelo CEPEA; e Os resultados do 29º Leilão de Biodiesel. O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgandoas de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral. O Boletim é distribuído gratuitamente por email e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html. Muito obrigado, A Equipe do DCR Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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   Publicado em  07.03.2013

                                  

 

 

 

 

 

 

 

EDIÇÃO No 61 

Fevereiro/2013 

SUMÁRIO Destaques  2 

Biodiesel   

  Produção e Capacidade  10 

  Atos Normativos  10 

 Localização de Unidades Produtoras 

11 

  Preços e Margens  11 

  Entregas dos Leilões  13 

  Preço das Matérias‐Primas  13 

 Participação das Matérias‐Primas 

16 

  Produção Regional  19 

 Não Conformidades no Diesel B 

19 

  Consumo Internacional   19 

Etanol   

  Produção e Consumo  20 

  Atos Normativos  21 

  Exportação e Importações  21 

  Frota Flex‐Fluel  21 

  Preços da Cana‐de‐Açúcar  22 

  Preços  22 

  Margens   23 

  Paridade de Preços  23 

  Preços do Açúcar  24 

  Não Conformidades  25 

  Consumo Internacional  25 

Biocombustíveis   

 Variação de Matérias‐Primas e do IPCA  

26 

  Números do Setor   26 

APRESENTAÇÃO 

Nesta edição,  são  apresentadas  informações e dados atualizados relativos a produção e preços de biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos: 

O monitoramento das condições de suprimento de etanol na entressafra; 

O abastecimento de carros e trios do Carnaval de Salvador com B50 pela Petrobras; 

A  realização  de  workshop  sobre  óleo  de  palma  pela Embrapa, MDA e MAPA; 

O início de novos estudos com foco no etanol de segunda geração pela Embrapa; 

A  avaliação  de  cultivo  de  pinhão‐manso  no  Piauí  pela Embrapa; 

O início de pesquisa em tortas de crambe e pinhão‐manso pela Embrapa; 

A  assinatura  de  acordo  de  cooperação  para desenvolvimento  de  bioquerosene  de  aviação  pelos governos dos Estados Unidos e da Espanha; 

A análise conjuntural da soja pelo CEPEA; e 

Os resultados do 29º Leilão de Biodiesel. 

O  Boletim  é  parte  do  esforço  contínuo  do Departamento  de  Combustíveis  Renováveis  (DCR)  em  tornar transparentes  as  informações  sobre  biocombustíveis, divulgando‐as  de  forma  consolidada  a  agentes  do  setor, órgãos  públicos,  universidades,  associações,  imprensa  e público em geral.  

O  Boletim  é  distribuído  gratuitamente  por  e‐mail  e está  disponível  para  consulta  no  endereço  virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html. 

 

Muito obrigado, 

 

A Equipe do DCR 

 

Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis

BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS 

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BOLET IM  MENSAL  DOS  COMBUST ÍVE I S  RENOVÁVE I S                                                                                                                      NO 61 FEVEIRO/2013 

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DESTAQUES 

Monitoramento das condições de suprimento de etanol na entressafra  

O Governo  tem  realizado  encontros  com  representantes do  setor privado para  avaliar o  suprimento de etanol  na  entressafra  e  a  retomada  do  crescimento  do  setor  sucroenergético  desde  o  início  da  safra 2011/12.  Até  o momento,  já  foram  realizados  vinte  e  três  encontros  entre membros  do Governo,  dos distribuidores de combustível e do setor sucroenergético para avaliar a conjuntura do abastecimento de etanol no País.  

As  informações  fruto dessas  reuniões  tripartites  serviram  como  subsídio para a decisão do Governo em elevar o percentual de mistura de etanol na gasolina de 20% para 25%, aprovada na Resolução CIMA Nº1 de 28/02/2013 e efetivada por meio da Portaria MAPA Nº 105/2013 de 28/02/2013. O novo percentual de mistura  vigorará  a  partir  de  1º  de  maio  de  2013.  Para  esta  decisão,  o  Governo  Federal  levou  em consideração a perspectiva de uma maior safra de cana‐de‐açúcar com aumento da produção de etanol. Em função dos resultados das reuniões para o abastecimento do mercado de etanol e gasolina no País, os agentes  públicos  e  privados  continuarão  monitorando  as  condições  do  abastecimento  por  meio  das reuniões periódicas da Mesa Tripartite. 

Petrobras abastece carros e trios do Carnaval de Salvador com B50 

Este foi o quinto ano consecutivo em que a maior festa de rua do mundo, o Carnaval de Salvador, contou com o fornecimento de combustível da Petrobras para movimentar trios, geradores e carros de apoio na folia  baiana.  Com  autorização  da  Agência Nacional  de  Petróleo, Gás Natural  e  Biocombustível  (ANP),  a sociedade de  economia mista preparou  cerca de  96,5 mil  litros de B50  exclusivamente  para os dias de festa. O biocombustível movimentou mais de 120 veículos. 

De acordo com a estimativa da equipe técnica, o uso do B5 geraria a emissão de 298 toneladas de CO2 eq (CO2 equivalente). Com o uso do B50, a emissão será reduzida para 225 toneladas de CO2 eq, ou seja 73 toneladas de CO2 a menos. Para  calcular a  redução da emissão de CO2  com o uso do B50, os  técnicos utilizaram valores estimados gerais, adaptando referências mundiais e considerando não apenas a emissão direta de CO2, mas também estimativas das emissões de gases de efeito estufa ao  longo do ciclo de vida dos combustíveis. 

Este é o quinto ano em que a estatal contribui para a sustentabilidade do Carnaval de Salvador. A primeira vez, em 2008, forneceu o B5 (5% de biodiesel misturado ao diesel fóssil) e em 2010, o B20 (mistura de 20% de biodiesel ao diesel fóssil). Já em 2011, a utilização do B50 resultou na economia de 68 toneladas de CO2 eq e, em 2012, este número ficou em torno de 73 toneladas de CO2 eq. 

Fonte: Agência Petrobras (www.agenciapetrobras.com.br) 

Embrapa, MDA e MAPA realizam workshop sobre óleo de palma 

A  Embrapa  Amazônia  Oriental,  o  Ministério  do  Desenvolvimento  Agrário  (MDA)  e  o  Ministério  da Agricultura,  Pecuária  e  Abastecimento  (MAPA)  promoveram,  em  Belém  ‐  PA,  nos  dias  26,  27  e  28  de fevereiro, o   I Workshop do Programa de Produção  Sustentável de Palma de Óleo no Brasil: Agricultura Familiar  e  Pesquisa,  Desenvolvimento  &  Inovação.  O  evento  teve  como  público‐alvo  profissionais  de instituições  públicas,  privadas  e  de  federações,  técnicos  da  extensão  e  assistência  rural,  produtores  e agricultores de palma de óleo, a fim de alcançar o máximo de esferas envolvidas na produção, fomento e disseminação de conhecimentos relacionados à cultura da palma de óleo (dendê).  

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A realização do I Workshop do Programa de Produção Sustentável de Óleo de Palma no Brasil: Agricultura Familiar e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, teve como objetivo de integrar os agentes dos processos produtivos e agentes Governamentais e não Governamentais que atuam no segmento dessa cultura, a fim de discutir problemas e propor soluções para a execução do programa. Por meio de atividades expositivas e da formação de grupos de trabalho, pretendeu‐se consolidar um documento técnico contendo o estado da arte,  os  pontos  fortes,  os  pontos  fracos,  propostas  e  soluções  levantadas  que  possam  subsidiar  ações governamentais e não governamentais dentro do Programa da Palma de Óleo. 

O  objetivo  do Workshop  foi  estabelecer  o  estado  da  arte  e  fazer  uma  análise  focada  na  inclusão  de agricultores  familiares e PD&I na  cadeia produtiva da palma,  levantando gargalos e discutindo  soluções, registrados em documento técnico capaz de sustentar ações Governamentais e não Governamentais. Cinco grandes  temáticas  foram  priorizadas  no  evento:  (1)  inclusão  da  agricultura  familiar;  (2)  regularização fundiária e reforma agrária; (3) licenciamento ambiental; (4) crédito rural; e (5) pesquisa, desenvolvimento, inovação e assistência técnica/extensão rural ‐ ATER. 

No  primeiro  e  segundo  dia  o  evento  será  com  a  participação  de  todos  os  inscritos  no  evento,  com apresentações institucionais de acordo com as temáticas priorizadas. No terceiro dia os participantes serão divididos em Grupos de Trabalhos – GT por temáticas, determinados no segundo dia de evento. Cada GT deverá gerar um documento com estado da arte, pontos fortes, pontos a melhorar, propostas e soluções para os problemas analisados. Os demais participantes participarão de uma programação paralela de ciclo de palestras. Apresentação dos documentos desenvolvidos nos Grupos para discussão plena entre todos os presentes, a fim de obter o documento consolidado 

Fonte: Embrapa Amazônia Oriental (http://palmadeoleo.cpatu.embrapa.br) 

Embrapa inicia novos estudos com foco no etanol de segunda geração 

A pesquisa com microrganismos para produção de etanol celulósico  (2G) na Embrapa Agroenergia ganha reforço a partir deste ano, com o  início de um projeto de pesquisa que  integra ferramentas de Genômica Funcional, Transcriptômica e Metabolômica. Por meio delas, os pesquisadores irão criar uma base de dados e utilizá‐la na definição de alvos para o melhoramento genético de espécies de  leveduras, com o objetivo de obter boas fermentadoras de xilose. 

O  etanol  é  produzido  por meio  da  fermentação  dos  açúcares  por  leveduras,  sendo  que  Saccharomyces cerevisiae  é  a mais  eficiente  delas. O  problema  é  que  essa  levedura  não  consegue  fermentar  a  xilose, açúcar presente nas matérias‐primas para etanol 2G – no bagaço da cana ela chega a representar 33% do total de açúcares. Em todo o mundo, cientistas estão se valendo da engenharia genética para desenvolver linhagens recombinantes de Saccharomyces cerevisiae ou tornar espécies naturalmente fermentadoras de xilose bastante produtivas e robustas para serem utilizadas com eficiência em processos industriais. 

De  acordo  com uma pesquisadora da  Embrapa Agroenergia,  a Metabolômica  e  a  Transcriptômica  estão entre as  ferramentas da bioquímica que permitem  identificar as  funções dos genes de um organismo. A primeira  delas  é  utilizada  para  estudo  dos  metabólitos,  ou  seja,  das  substâncias  geradas  pelo microrganismo, por exemplo, na produção do etanol a partir do açúcar. Por sua vez, o transcriptoma está diretamente relacionado aos níveis de produção das enzimas que atuam nesse processo. 

O projeto, que terá duração de três anos, conta que o grupo de cientistas irá usar essas ferramentas para estudar  uma  linhagem  recombinante  de  Saccharomyces  cerevisiae  e  quatro  espécies  de  leveduras naturalmente fermentadoras de xilose. Os dados obtidos darão suporte a programas de melhoramento de microrganismos,  especialmente  a  dois  trabalhos  em  andamento  na  Embrapa  Agroenergia  focados  na obtenção de linhagens a ser utilizadas na produção de etanol celulósico (2G). 

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Ao  se  trabalhar  com  diversas  leveduras,  o  projeto  pode  gerar  dados  bastante  promissores  para  o desenvolvimento de tecnologia industrial. As informações obtidas permitirão utilizar a bioinformática para testar o melhoramento genético antes dos experimentos em bancada de laboratório, otimizando tempo e recursos.  Além  disso,  a  proposta  se  destaca  pelo  grande  conjunto  de  parâmetros  que  serão medidos, permitindo uma avaliação sistêmica das leveduras em estudo. 

O projeto  forma uma rede multi‐institucional da qual participam mais de 20 pesquisadores doutores das unidades  Informática  Agropecuária  e  Florestas  da  Embrapa,  além  da  Fiocruz,  Universidade  Católica  de Brasília (UCB), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade de Campinas (Unicamp).  

Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br) 

Embrapa avalia cultivo de pinhão‐manso no Piauí 

A  cerca  de  200  km  ao  norte  da  capital  piauiense,  na  cidade  de  Piracuruca,  está  uma  das  unidades  de observação  de  pinhão‐manso  mantidas  pela  Embrapa  Agroenergia  e  parceiros,  por  meio  do  projeto “BRJATROPHA  ‐  Pesquisa,  desenvolvimento  e  inovação  em  pinhão‐manso  para  produção  de  biodiesel”, parcialmente financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos ‐ FINEP. A área está localizada na Fazenda Tiracanga,  onde  há  dois  anos  os  pesquisadores  vêm  avaliando  o  comportamento  de  três  genótipos  da oleaginosa, em três diferentes sistemas de manejo. 

A parceria com a fazenda será ampliada com a introdução de outros 40 genótipos no local.  O novo plantio foi acertado durante a visita de pesquisadores à propriedade rural, em janeiro. Foram levados os materiais mais promissores  identificados no banco ativo de germoplasma para o  local, com o objetivo de avaliar o comportamento das plantas nas condições climáticas da região. 

Além de ampliar a área cultivada com pinhão‐manso, a Embrapa Agroenergia irá utilizar a fazenda, que tem cerca  de  1.200  hectares  cultivados  com  pinhão‐manso,  como modelo  para  estudos  socioeconômicos  e ambientais. A  ideia é de que seja estudada, em condições reais, toda a cadeia de valor da oleaginosa, do plantio à produção de biodiesel. Levantamentos de custos de produção e de viabilidade econômica estão incluídos nos estudos que serão realizados. Os pesquisadores também querem fazer a Análise de Ciclo de Vida (ACV) do pinhão‐manso cultivado para biocombustíveis.  

Durante a visita à Piracuruca, os pesquisadores começaram a discutir um trabalho com pinhão‐manso no Assentamento  Bela  Vista,  que  fica  próximo  à  Fazenda  Tiracanga  e  abriga  25  famílias.  O Ministério  do Desenvolvimento Agrário  ‐ MDA  financiará   o projeto, que  tem  como objetivo  criar, no  local, uma nova unidade de observação da oleaginosa, em consórcio com culturas alimentares – milho e feijão. A iniciativa conta também com o apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão‐manso (ABPPM). 

Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br) 

Tortas de crambe e pinhão‐manso são foco de nova pesquisa da Embrapa Agroenergia 

Pesquisadores da Embrapa Agroenergia estão iniciando o desenvolvimento de métodos ultrarrápidos a fim de identificar  e quantificar   substâncias tóxicas ou com potencial de utilização em tortas de duas culturas oleaginosas com potencial de  inserção da cadeia produtiva do biodiesel: o pinhão‐manso e o crambe. O projeto de pesquisa conta com a parceria da Embrapa Agroindústria Tropical, Fundação Mato Grosso do Sul e Universidade de Campinas (Unicamp) e tem duração prevista de dois anos. 

A  torta  é  o material  que  sobra  do  esmagamento  dos  grãos  após  a  extração  de  óleo. Normalmente,  é utilizada  para  alimentação  animal  na  forma  de  farelo.  No  entanto,  apesar  de  apresentarem  alto  valor proteico, as tortas do crambe e do pinhão‐manso possuem substâncias tóxicas, glicosinolatos e ésteres de forbol, respectivamente , que impedem o uso direto para esse fim. 

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Pesquisas estão sendo desenvolvidas com o objetivo de reduzir ou eliminar esses compostos das tortas de pinhão‐manso e crambe, de modo a permitir seu uso como componentes de  rações, agregando valor às cadeias produtivas. Para tanto, os cientistas estão se valendo tanto do melhoramento genético para obter cultivares  não  tóxicas,  quanto  de  processos  físicos,  químicos  e  biológicos  para  remover  ou  reduzir  a concentração das substâncias indesejadas. 

Segundo o pesquisador  líder do projeto  iniciado na Embrapa Agroenergia, para auxiliar as pesquisas que estão sendo desenvolvidas com o objetivo de reduzir ou eliminar esses compostos das  tortas de pinhão‐manso e  crambe, é necessário empregar  técnicas  analíticas que permitam obter  informações precisas e exatas em curto espaço de tempo. Além disso, o pesquisador disse que o monitoramento da eficiência e eficácia  destes  processos  é  indispensável   para  garantir  o  uso  seguro  das  tortas  e,  como  consequência, garantir a agregação de valor às cadeias produtivas dessas duas culturas. 

Ele  explica,  ainda,  que  existe  grande  deficiência  nas  abordagens  analíticas  empregadas  atualmente  no monitoramento  dos  agentes  tóxicos  dos  produtos  e  coprodutos  de  crambe  e  pinhão‐manso  porque  os procedimentos  de  referência  são morosos  e  laboriosos  e,  no  caso  do  pinhão‐manso,  são  incapazes  de realizar a diferenciação entre os seis isômeros de ésteres de forbol conhecidos ou, ainda, predizer se ocorre a formação de derivados similares durante os processos de destoxificação. 

Na  expectativa  de  contribuir  para  a  solução  desse  problema,  os  pesquisadores  da  Embrapa  e  das instituições parceiras irão desenvolver metodologias utilizando a cromatografia acoplada a diferentes tipos de detectores para monitorar os níveis dos  compostos químicos  tóxicos em  crambe e pinhão‐manso. O objetivo é obter métodos ultrarrápidos, que permitam identificar e quantificar as substâncias encontradas, mesmo  em  baixos  níveis  de  concentração.  Também  é meta  do  trabalho  empregar  instrumentação  que colabore  com  a  redução  do  volume  de  reagentes  utilizados  e,  consequentemente,  com  a  redução  de efluentes gerados nas análises. 

Além  do  sistemático monitoramento  das  substâncias  tóxicas,  a  pesquisa  também  pretende  reconhecer outros  compostos  químicos  de  ocorrência  nas  culturas  do  crambe  e  do  pinhão‐manso  que  apresentem potencial valor agregado para a cadeia dos biocombustíveis ou para outros nichos de interesse comercial. A condução do projeto prevê, ainda, ensaios para validação dos métodos obtidos, cursos para capacitação de pesquisadores e técnicos, e ações de transferência das tecnologias que forem geradas.  

Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br) 

Governos  dos  Estados  Unidos  e  da  Espanha  assinam  acordo  de  cooperação  para desenvolvimento de bioquerosene de aviação 

A Administração Federal de Aviação (Federal Aviation Administration ‐ FAA) dos Estados Unidos e a Agência Estatal  de  Segurança Aérea  – AESA  da  Espanha  assinaram  um  acordo  de  cooperação  para  promover  o desenvolvimento e o uso de biocombustíveis de aviação em ambos os países. O acordo visa que os dois países  troquem  ideias,  informações,  proficiências  e  técnicas;  e  colaborem  em  problemas  e  projetos  de interesse mútuo no desenvolvimento e uso de combustíveis alternativos sustentáveis de aviação.  

As áreas específicas de cooperação  incluem o  intercâmbio de  informações sobre resultados de pesquisas, publicações,  financiamento  de  pesquisas  e  desenvolvimento  de  atividades.  As  partes  também compartilharão  melhores  práticas  na  pesquisa  e  desenvolvimento  da  conversão  do  bioquerosene  de aviação.  O  acordo  também  permite  que  o  Escritório  de  Meio  Ambiente  e  Energia  da  FAA  (Office  of Environment  and  Energy)  e  a AESA  explorem  possibilidades  de  cooperação  em  outras  áreas,  tais  como pesquisas  sobre  os  efeitos  do  ciclo  de  vida  a  partir  das  emissões  de  biocombustíveis  alternativos  na atmosfera, bem como pesquisas sobre a redução dos custos de produção dos biocombustíveis de aviação. 

Fonte: Federal Aviation Administration ‐ FAA (www.faa.gov) 

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Análise conjuntural da soja 

A temporada 2012/13 de soja no Brasil deverá ser novamente favorável aos produtores de soja, com boa produtividade e remuneração acima da média. Os estoques mundiais continuam baixos, a demanda segue firme e há expectativa quanto ao tamanho da safra na América do Sul. Após a redução de 4% produção dos Estados Unidos e de 13% na Argentina, há necessidade de uma safra recorde no Brasil e no Paraguai para atendimento da demanda mundial. Por enquanto, os números do United States Department of Agriculture ‐ USDA  apontam  produção  de  81  milhões  de  toneladas  no  Brasil  (a  Conab  sinaliza  82,6  milhões  de toneladas), 55 milhões para a Argentina e 7,8 milhões de toneladas para o Paraguai. Se esses números se confirmarem, o Brasil deve se tornar o maior produtor mundial de soja, à frente dos Estados Unidos, devido à menor produtividade agrícola norte‐americana na  temporada colhida em 2012  (safra 2012/13). A  seca prolongada, que foi a maior em décadas, prejudicou o desenvolvimento das lavouras daquele país. 

Para o Brasil e América do Sul de forma geral, os bons patamares de preços obtidos em todo o ano de 2012 levaram produtores a substituir parte das áreas de outras culturas, especialmente milho, com a soja, que se refletirá nesta  temporada 2012/13. Apesar de preços  recordes observados em 2012, a demanda não  se retraiu, mantendo  boa  a  liquidez  e  também  a  expectativa  de  transações  internacionais  crescentes.  Na prática, o que elevou os preços da soja em grão no Brasil e no mundo em 2012 foram os valores recordes de farelo de soja. As cotações de óleo de soja oscilaram em menor intensidade no ano frente às do farelo, limitadas pelos valores do petróleo. Para 2013, pelo o menos no primeiro semestre, serão novamente os valores do farelo que deverão manter boa a remuneração da soja em grão para vendedores. 

De modo geral, mesmo com o crescimento da produção da América do Sul, os preços devem se manter na casa dos US$ 32,00/sc no porto de Paranaguá (PR) pelo o menos no primeiro semestre de 2013. Mais da metade  da  safra  estimada  para  2012/13  já  foi  comercializada,  inclusive  a  valores  acima  dos  sinalizados atualmente, e o restante que não  foi vendido deve ser escalonado por vendedores no decorrer de 2013. Regionalmente,  o  IMEA  (Instituto Mato  Grossense  de  Economia  Agropecuária)  sinaliza  que,  em Mato Grosso,  cerca  de  70%  da  safra  já  foi  negociada  e,  no  Paraná,  o  Deral/Seab  indica  35%.  Outro  ponto importante na  formação de preços para o próximo ano  será a  taxa de  câmbio. Neste ambiente, não há sinalização de alterações. O relatório Focus do Banco Central  indica taxa média de R$ 2,08/US$ em 2013, inclusive terminando este ano neste patamar, semelhante ao observado nas últimas semanas de 2012. 

Apesar de os contratos FOB exportação por Paranaguá estarem na casa dos US$ 32,00/sc de 60 kg para a soja em grão, os valores do farelo de soja sinalizam quedas expressivas a partir de abr/13, quando haverá melhor ritmo de processamento doméstico da oleaginosa e maior disponibilidade de produto. A estimativa é de queda de 16% entre os valores de negócios para embarque em jan/13 e os de abr/13, indo para a casa dos US$ 440,00/t. Para o óleo de soja, a estimativa é de queda de 7%, para cerca de US$ 1.000,00/t. Assim, apesar  do  otimismo  quanto  aos  patamares  de  preços  de  soja  em  grão,  que  deverá  gerar  rentabilidade acima da média por mais uma safra, produtores devem ficar atentos aos estoques. Pelos números citados acima, poderá haver pressão a partir de abril/13 – não dá para manter o pagamento pela soja em grão se não há rentabilidade dos derivados.  

Além  disso,  novos  números  para  a  safra  norte‐americana  2013/14  podem  exercer  pressões  sobre  as cotações,  especialmente  a  partir  de maio/13,  quando  haverá  estimativas  sobre  o  desenvolvimento  das lavouras dos Estados Unidos. Claramente, a concorrência em área com milho e trigo, também com valores atrativos, pode  limitar a expansão de cultivo de soja naquele país. Neste cenário, para vendedores, pode ser uma boa alternativa a negociação de maior parte da safra ainda no primeiro semestre de 2013, quando a  demanda  deve  se manter  firme  pelo  produto  da  América  do  Sul.  Ainda  assim,  buscar  formas  de  se garantir  bons  níveis  de  preços  para  o  segundo  semestre  e  de  se  precaver  quanto  a  quedas  bruscas  de preços pode  ser uma boa estratégia. Contratos de  futuros e de opções estão na  lista e à disposição de agentes.  

Considerando‐se a demanda firme, estimativas do USDA indicam exportação de 37,4 milhões de toneladas pelo Brasil na temporada 2012/13, um volume recorde e o maior do mundo, puxada pela necessidade de importação  também  recorde  de  63 milhões  de  toneladas  por  parte  da  China. O USDA  também  sinaliza 

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processamento brasileiro de cerca de 37 milhões de toneladas. A Conab estima que, de janeiro a dezembro de 2013, o Brasil exporte 36,4 milhões de toneladas e que o processamento interno seja de 42 milhões de toneladas. Com este nível de processamento, as ofertas de farelo (29,5 milhões de toneladas) e de óleo (7,5 milhões de  toneladas) devem  ser  recordes.  Para o  farelo,  a  sustentação  virá  do  consumo  interno  (14,3 milhões de toneladas) e da exportação (14,9 milhões de toneladas), que devem ser recordes. Já para o óleo de  soja,  será o  consumo doméstico  (5,6 milhões de  toneladas) que dará  sustentação, o qual deverá  ser utilizado na produção de biodiesel – as exportações deverão ser de 1,8 milhão de toneladas. 

Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA/ESALQ/USP (http://cepea.esalq.usp.br) 

Resultados do 29º Leilão de Biodiesel 

Em atendimento às diretrizes definidas pelo MME pela Portaria nº 476 de 2012, foi promovido pela ANP, no final  de  janeiro,  iníco  de  fevereiro,  o  29º  Leilão  de  Biodiesel,  para  suprimento  do mercado  durante  o segundo bimestre de 2013.  

Quarenta e uma empresas foram habilitadas pela ANP para apresentarem suas propostas, respeitando os preços máximos de referência que variaram em função da região e da detenção do Selo Combustível Social, perfazendo  um  total  de  716,5 mil m³.  Nas  fases  posteriores  foram  arrematados  517,4 mil m³,  de  34 unidades produtoras, ao preço médio de R$ 2,214 por litro (inclui os tributos federais Pis/Pasep e Cofins). A movimentação financeira foi de R$ 1,15 bilhão.  

Do volume total comercializado, 514,8 mil m³ de  litros (99,5%) serão fornecidos por empresas detentoras do Selo Combustível Social. Nos gráficos a  seguir apresenta‐se o volume vendido e os preços médios de venda  por  unidade  produtora  (agrupados  por  região),  por  empresa,  estado  produtor  e  região. Posteriomente mostram‐se os resultados tabelados por estado de origem e por unidade produtora.  

  

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Tabela 1. Participação por estado de origem do biodiesel 

UF Região

Capacidade 

Disponível

(m³/bim.)

Volume 

Ofertado

(m³)

Volume 

Vendido

(m³)

Valor Total

(R$)

Preço Médio

(R$ / litro)

Participação

(%)

RS S 274.640 219.140 133.255 R$                     287.167.295  2,1550R$              25,8%

GO CO 205.860 116.700 111.060 R$                     247.321.300  2,2269R$              21,5%

MT CO 244.431 165.307 89.644 R$                     192.678.725  2,1494R$              17,3%

BA NE 83.785 49.000 41.000 R$                       98.120.635  2,3932R$              7,9%

SP SE 110.447 39.773 37.773 R$                       84.231.581  2,2299R$              7,3%

MS CO 61.800 43.700 31.940 R$                       68.272.050  2,1375R$              6,2%

PR S 28.380 21.180 21.180 R$                       47.223.000  2,2296R$              4,1%

MG SE 27.884 18.000 18.000 R$                       41.154.600  2,2864R$              3,5%

CE NE 18.103 17.000 17.000 R$                       40.930.575  2,4077R$              3,3%

TO N 26.460 19.700 13.995 R$                       32.208.450  2,3014R$              2,7%

RO N 5.400 2.000 2.000 R$                          4.600.925  2,3005R$              0,4%

RJ SE 10.002 5.000 510 R$                          1.295.400  2,5400R$              0,1%

PA N 1.800 0 0 R$                                         ‐    ‐R$                     0,0%

MA NE 21.600 0 0 R$                                         ‐    ‐R$                     0,0%

1.120.592 716.500 517.357 R$                 1.145.204.536  2,2136R$              100,0%TOTAL

Tabela 2. Participação por unidade produtora 

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Unidade

ProdutoraUF

Capacidade 

Disponível

(m³/bim.)

Volume 

Ofertado

(m³)

Volume 

Vendido

(m³)

Valor Total

(R$)

Preço Médio

(R$ / litro)

Participação

(%)

ADM MT 81.120 52.000 40.000 R$                       86.691.250  2,1673R$              7,7%

Amazonbio RO 5.400 2.000 2.000 R$                          4.600.925  2,3005R$              0,4%

Barralcool MT 9.804 6.000 450 R$                          1.046.250  2,3250R$              0,1%

Bianchini RS 54.000 40.000 25.000 R$                       52.801.090  2,1120R$              4,8%

Binatural GO 27.000 16.000 13.000 R$                       28.779.500  2,2138R$              2,5%

Bio Óleo MT 9.000 2.000 0 R$                                         ‐    ‐R$                     0,0%

Bio Vida MT 1.080 1.080 540 R$                          1.020.600  1,8900R$              0,1%

Biocamp MT 18.000 18.000 12.490 R$                       27.104.300  2,1701R$              2,4%

Biocar MS 1.800 1.700 1.700 R$                          4.099.250  2,4113R$              0,3%

Biopar MT MT 6.000 4.000 1.180 R$                          2.619.600  2,2200R$              0,2%

Biotins TO 4.860 2.700 0 R$                                         ‐    ‐R$                     0,0%

Bioverde SP 30.196 1.000 0 R$                                         ‐    ‐R$                     0,0%

BSBios/Petrobras PR PR 21.180 21.180 21.180 R$                       47.223.000  2,2296R$              4,1%

BSBios/Petrobras RS RS 26.640 26.640 26.640 R$                       58.348.265  2,1903R$              5,1%

Bunge MT 24.827 24.827 16.827 R$                       34.616.575  2,0572R$              3,3%

Camera ‐ Ijuí RS 39.000 33.500 31.000 R$                       65.471.140  2,1120R$              6,0%

Caramuru Ipameri GO 37.500 25.000 25.000 R$                       56.078.500  2,2431R$              4,8%

Caramuru São Simão GO 37.500 31.000 31.000 R$                       68.931.000  2,2236R$              6,0%

Cargill MS 42.000 30.000 30.000 R$                       63.607.600  2,1203R$              5,8%

Cesbra RJ 10.002 5.000 510 R$                          1.295.400  2,5400R$              0,1%

Cooperbio MT 27.600 20.000 1.860 R$                          4.082.700  2,1950R$              0,4%

Cooperfeliz MT 400 400 0 R$                                         ‐    ‐R$                     0,0%

Delta MS 18.000 12.000 240 R$                             565.200  2,3550R$              0,0%

Fertibom SP 19.998 3.000 2.000 R$                          4.950.000  2,4750R$              0,4%

Fiagril MT 33.780 30.000 16.297 R$                       35.497.450  2,1782R$              3,2%

Granol GO GO 61.980 42.000 42.000 R$                       93.390.100  2,2236R$              8,1%

Granol RS RS 56.000 42.000 35.875 R$                       78.207.500  2,1800R$              6,9%

Granol TO TO 21.600 17.000 13.995 R$                       32.208.450  2,3014R$              2,7%

Grupal MT 7.200 5.000 0 R$                                         ‐    ‐R$                     0,0%

JBS SP SP 33.614 22.600 22.600 R$                       48.878.000  2,1627R$              4,4%

Minerva GO 2.700 2.700 60 R$                             142.200  2,3700R$              0,0%

Oleoplan RS 63.000 50.000 14.060 R$                       30.829.700  2,1927R$              2,7%

Olfar RS 36.000 27.000 680 R$                          1.509.600  2,2200R$              0,1%

Orlândia SP 9.000 9.000 9.000 R$                       20.700.023  2,3000R$              1,7%

Petrobras BA BA 36.205 31.000 31.000 R$                       74.288.650  2,3964R$              6,0%

Petrobras CE CE 18.103 17.000 17.000 R$                       40.930.575  2,4077R$              3,3%

Petrobras MG MG 25.364 18.000 18.000 R$                       41.154.600  2,2864R$              3,5%

SP Bio SP 4.173 4.173 4.173 R$                          9.703.558  2,3253R$              0,8%

Transp. Caibiense MT 6.000 2.000 0 R$                                         ‐    ‐R$                     0,0%

V‐Biodiesel BA 21.600 18.000 10.000 R$                       23.831.985  2,3832R$              1,9%

TOTAL 1.120.592 716.500 517.357 R$                 1.145.204.536  2,2136R$              100,0%

 

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BIODIESEL

Biodiesel:  Produção  e  Capacidade  Produtiva  Mensais  

Dados  preliminares  com  base  nas  entregas  dos  leilões  promovidos  pela  ANP mostram  que  a  produção estimada em  janeiro de 2013  foi de 228 mil m³. Um acréscimo de 4% em  relação ao mesmo período de 2012 (193 mil m³). 

A  capacidade  instalada,  em  janeiro  de  2013,  ficou  em  6.724  mil  m³/ano  (560  mil  m³/mês).  Dessa capacidade, 90% é referente às empresas detentoras do Selo Combustível Social. O número de unidades detentoras do Selo Combustível Social em janeiro foi de 40. 

 

Biodiesel:  Atos  Normativos  e  Autorizações  de  Produtores  

Atos Normativos   Aviso de Homologação do Pregão Eletrônico ANP nº 2/2013 ‐ Biodiesel para o 2º bimestre 2013 .  Avisos de Licitações do Leilão Público  ANP nº 14/2013 ‐ Biodiesel para o 3º bimestre 2013. 

Produtores  Autorizações  de  Operação  nos  166/2103  (Biofuga  –  RS,  capacidade  de  300  m³/d)  e  185/2103 

(Potencia – PR, capacidade de 477 m³/d);  Autorização de Ampliação nº 167/2103 (Biofuga – RS, sem alteração de capacidade);  Ato  Declaratório  da  RFB  do  delegado  de  Uberaba  ‐ MG  no  15/2013  (cancelamento  do  Registro 

Especial na RFB da B100 ‐ Araxá Bio Brasil ‐ MG); 

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Biodiesel:  Localização  das  Unidades  Produtoras  

 

 

 

 

Biodiesel:  Preços  e  Margens  

O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda. 

 

Região nº usinas Capacidade Instalada

mil m3/ano %

N 4 202 3%

NE 6 741 11%

CO 27 3.073 46%

SE 11 890 13%

S 8 1.818 27%

Total 56 6.724 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 31/01/2013.

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No mês de  janeiro, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor apresentou uma acréscimo de 0,2% na média nacional em  relação ao mês anterior. No preço  intermediário  (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve um decréscimo de 0,1%.  

A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um acréscimo de 2,6%. É  importante lembrar que esta margem é calculada pela diferença entre o preço de venda ao consumidor final e o preço de  aquisição  do  produto  pelo  posto  revendedor.  Representa,  em  tese,  a  lucratividade  bruta  do  posto revendedor por cada litro de combustível comercializado.  

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Biodiesel:  Entregas  nos  Leilões  e  Demanda  Estimada  

O gráfico a  seguir apresenta as entregas nos  leilões promovidos pela ANP e nos  leilões de estoque para atender a demanda obrigatória de B5. 

O  desempenho médio  das  entregas  nos  leilões  públicos  promovidos  pela ANP  é mostrado  no  gráfico  a seguir.  Contratualmente,  a  faixa  de  variação  das  entregas  permitida  é  entre  90%  e  110%  na  média trimestral. Em outubro, a performance ficou em 90% . 

Biodiesel:  Preços  das  Matérias‐Primas  

O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso. 

 

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Na  continuação,  apresentamos  as  séries históricas do preço do óleo de  soja  em  São Paulo,  em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.  

 

No  gráfico  a  seguir,  apresentamos  as  cotações  internacionais  de  outras matérias‐primas  utilizadas  na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.  

    

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No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja.   

No  gráfico  a  seguir,  apresentamos  as  cotações  dos  preços  de  exportação  e  importação  brasileiras  de matérias‐primas  que  podem  ser  utilizadas  na  produção  de  biodiesel. Na  sequência,  apresentamos  uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras. 

 

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O  gráfico  abaixo  apresenta  a  evolução  de  preços  do  biodiesel  nos  leilões  promovidos  pela  ANP, comparados  a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos. 

As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação. 

Biodiesel:  Participação  das  Matérias‐Primas  

Os gráficos a seguir apresentam a evolução mensal e anual da participação das matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. No mês de dezembro de 2012, a participação das três principais matérias‐primas foi: 70,5% (soja), 19,6% (gordura bovina) e 5,7% (algodão). 

 

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Nos gráficos a seguir, apresentamos a participação das principais matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel para cada região do Brasil. Observa‐se que o óleo de soja é a principal matéria‐prima em todas as regiões, seguido da gordura bovina e do óleo de algodão. Na região Nordeste o óleo de algodão, em alguns meses,    foi a segunda principal matéria‐prima. Nas regiões Norte e Sudeste a gordura bovina, em alguns meses, foi a principal matéria‐prima.  

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Biodiesel:  Distribuição  Regional  da  Produção  

A  produção  regional,  em  dezembro  de  2012,  apresentou  a  seguinte  distribuição:  44,7%  (Centro‐Oeste), 31,9% (Sul), 10,3% (Sudeste), 12,7% (Nordeste) e 0,4% (Norte).  

 

Biodiesel:  Não  Conformidades  no  Óleo  Diesel  (B5)  

A ANP analisou 7.449 amostras da mistura B5 comercializada no mês de  janeiro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 21,3% do total de não conformidades identificadas.  

Biodiesel:  Consumo  em  Países  Selecionados  

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ETANOL Etanol:  Produção  e  Consumo  Mensais      

A moagem de cana‐de‐açúcar no acumulado da safra 2012/13, até a posição de 01/12/2012, totalizou 580 milhões de toneladas. O mês de  janeiro somou 8 milhões de toneladas de produção, segundo o MAPA. A região  nordeste  foi  responsável  por  praticamente  100%  da  moagem  do  período,  com  8  milhões  de toneladas de cana moídas. 

A produção de etanol no mês de dezembro foi de 0,32 bilhões de litros de etanol, sendo 50% desse volume referente a etanol anidro e a outra metade  referente a etanol hidratado.  Se  comparada à produção do mesmo  período  do  ano  passado,  pode‐se  afimar  que  a  produção  permaneceu  estável,  somando  0,32 bilhões de litros de etanol carburante produzidos. 

 

 

 

A respeito do consumo para fins carburante, o mês de janeiro apresentou um volume consumido total de 1,87 bilhões de litros de etanol, sendo que 1,1 bilhão de litros foi de etanol hidratado e 0,7 bilhões de litros de  anidro  . No mês de  janeiro, o  consumo de  etanol  anidro  foi 13,0% maior   do que  em dezembro. O consumo de etanol hidratado aumentou 12% em relação ao mês de dezembro. 

 

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Etanol:  Atos  Normativos    

Atos Normativos   Resolução CIMA Nº 1 de 28/02/2013, que dispõe sobre a alteração do percentual de mistura de etanol 

na gasolina para 25% a partir de 1º de maio de 2013.

Etanol:  Exportações  e   Importações  

Em janeiro, as exportações brasileiras de etanol apresentaram uma diminuição de 88% em relação ao mês anterior, somando 350 milhões de litros, contra 3,1 bilhões de litros em dezembro de 2012. Esse resultado é  compatível  com  o  início  do  período  de  entressafra,  que  vai  de  janeiro  a  abril.  Cerca  de  56,0%  das exportações em janeiro tiveram como destino os Estados Unidos de forma direta.  

O preço médio (FOB), em janeiro, subiu 4,0%, para US$ 0,65/litro, com relação ao preço registrado no mês anterior, US$ 0,63/litro. Se comparado ao mesmo período de 2012, o preço médio  (FOB), por  litro   caiu 20%. 

As  importações  brasileiras  de  etanol,  em  janeiro,  somaram  14,3 milhões  de  litro. O  preço médio  (FOB) dessas importações foi de US$  0,68/litro. A principal origem das  importações brasileiras foram os Estados Unidos, com um volume de aproximadamente 11,4 milhões de litros. 

Etanol:  Frota  Flex‐Fuel  

O  número  de  licenciamentos  de  veículos  leves  em  janeiro  de  2012  foi  de  297 mil,  apresentando  um aumento de 18,0% em relação a  janeiro de 2012 e uma diminuição de 14% em relação ao mês anterior. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 88,4%. Em 2013, a ANFAVEA passará a contabilizar e número de veículos elétricos e híbridos, que somaram 45 licenciamentos em janeiro. 

 

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Etanol:  Preços  da  Cana‐de‐Açúcar  

Etanol:  Preços  

Em janeiro, o preço médio do etanol hidratado teve um aumento de 1,3% em relação ao mês anterior, R$ 1,14/litro no produtor, enquanto que o anidro manteve‐se no patamar dos R$ 1,33/litro no produtor.   

Comparando aos preços de janeiro de 2013 com preços do mesmo período ano anterior, o anidro está 5% maior e hidratado está 2% menor. Destaca‐se que o acompanhamento dos preços semanais realizados pela ESALQ  referem‐se aos preços praticados no mercado  spot, ou  seja, não captura os preços praticados no contratos.   

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Etanol:  Margens  de  Comercialização  

 

 

Etanol:  Paridade  de  Preços  –  Média  Mensal  

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Etanol:  Paridade  de  Preço  –  Semana  de  03.02.2013  a  09.02.2013  

A  paridade  de  preços  no  varejo,  em  nível  nacional,  na  primeira  semana  de  fevereiro  de  2012,  esteve levemente superior aos 70%  (valor que  torna o consumo de hidratado mais vantajoso do ponto de vista econômico em relação à gasolina).   Destaque para as cidades de Cuiabá, São Paulo e Goiânia que tiveram paridade  inferior a 70%. As cidades de Vitória, Belém, Teresina e Boa Vista tiveram as maiores paridades, próximas de 90%.  

Etanol:  Preços  do  Açúcar  e  do  Petróleo  em  Relação  ao  Etanol  

Em janeiro, o preço médio do açúcar foi de US$ 414,61/ton (redução de 4,7% em relação ao mês anterior e retração  de  22%  em  relação  a  janeiro  de  2012). O  preço  do  petróleo  tipo  Brent  foi  de US$  113/barril (aumento de 3% em relação ao mês anterior). 

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Etanol:  Não  Conformidades  na  Gasolina  C  

A ANP analisou 8.158 amostras de gasolina C no mês de janeiro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 39,1% do total das não conformidades. 

 Etanol:  Não  Conformidades  no  Etanol  Hidratado  

A ANP analisou 3.953 amostras de etanol hidratado no mês de  janeiro, das quais 67 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere à Soma de Massa Específica/Teor de Álcool. 

   

Etanol:  Consumo  em  Países  Selecionados  

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Biocombustíveis:  Variação  de  Matérias‐Primas  em  Comparação  à  do  IPCA  

O gráfico a seguir mostra a variação acumulada da principais matérias‐primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana‐de‐açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e o  índice de inflação dado pelo IPCA. 

Biocombustíveis:  Números  do  Setor  em  2011  e  2012  

NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2011 e 2012) 

  Etanol  Biodiesel 

  2011  2012  2011  2012 

Produção (safras 2011/12  e 2012/13 – milhões de m³)  22,8  n.d.  n.a.  n.a. 

Produção (ano civil – milhões de m³)  22,9  23,5  2,7  2,7 

Consumo combustível (milhões de m³)  20,6  19,0  2,7  2,7 

Exportações (milhões de m³)  1,96  3,1  ‐  ‐ 

Importações (milhões de m³)  1,15  0,5  ‐  ‐ 

Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L)  1,21 1,12  2,21  2,41 

Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5(2) (R$/L)  1,93 1,94  1,77  1,86 

Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5(2) (R$/L)  2,19 2,21  2,01  2,09 

Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d.  n.d.  6,0  6,9                               (1) Inclui os tributos federais.    (2) Com todos os tributos.  Ressalva  do  Editor  A  reprodução de  textos,  figuras e  informações deste Boletim não é permitida para  fins  comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte. 

 

Distr ibuição  do  Boletim  A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é  feita gratuitamente por e‐mail. Aqueles interessados  em  receber  mensalmente  essa  publicação,  favor  solicitar  cadastramento  na  lista  de distribuição, mediante  envio  de mensagem  para  o  endereço  [email protected]. O Boletim  também  está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html 

 

Equipe  do  Departamento  de  Combustíveis  Renováveis  Ricardo de Gusmão Dornelles  (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Diego Oliveira Faria, Henrique Soares Vieira Magalhães,  Luciano  Costa  de  Carvalho, Marlon  Arraes  Jardim  Leal,  Paulo  Roberto M.  F.  Costa, Raphael Ehlers dos Santos e Ricardo Borges Gomide.