DE COV NAS TINTAS - Associação Portuguesa de Tintas · 7 utilizado para a limpeza dos materiais...

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G UIA PARA A REDUÇÃO DE COV NAS TINTAS DECORATIVAS Elaborado por CEPE Technical Committee Decorative Paints

Transcript of DE COV NAS TINTAS - Associação Portuguesa de Tintas · 7 utilizado para a limpeza dos materiais...

GUIA PARA

A REDUÇÃO

DE COV

NAS TINTAS

DECORATIVAS

Elaborado por

CEPE Technical Committee

Decorative Paints

Í

P r e f á c i oUm guia para a redução de COV nas tintas decorativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

E n q u a d r a m e n t oUma abordagem europeia para a redução de COV nas tintas decorativas . . . . . . 4

N ú m e r o sO mercado europeu de tintas decorativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

F o n t e s d e e m i s s ã oAs emissões de COV e as tintas decorativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

R e d u ç ã o d e C O VOportunidades para a redução da emissão de COV nas tintas decorativas . . . . . . 8

U m a a b o r d a g e m e u r o p e i aA proposta do CEPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1

I m p l e m e n t a ç ã o Implementação da proposta do CEPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3

P r o p o s t a d o C E P E p a r a a r e d u ç ã o d e C O VCategorias de produtos e limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4

D e f i n i ç õ e sTermos e categorias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5

ÍNDICE

2

PDurante as últimas décadas a utilização

de produtos aquosos no mercado

decorativo cresceu de tal forma que

hoje representa aproximadamente 70%

do volume total. Este crescimento não

se deu inicialmente por razões ambien-

tais, mas sim pelo interesse nas

características funcionais especiais ou

outros elementos convenientes dos

produtos aquosos.

Durante este período, houve em todos

os países Europeus um crescimento de

consciência quanto à necessidade de

protecção ambiental. A indústria das

tintas está activamente, no âmbito do

seu programa mundial Coatings Care®

à procura de progressos, dirigindo

muitos dos seus esforços de investi-

gação e desenvolvimento para este

objectivo.

Esta brochura cobre as questões e

mostra as possibilidades de redução do

uso de compostos orgânicos voláteis

(COV) nas tintas decorativas. Faz

também uma proposta que resultará

numa redução significativa das

emissões de COV. Esta proposta baseia-

se no seguinte: conhecimento das

tecnologias correntes e emergentes;

conhecimento das diferentes culturas

existentes na Europa; compreensão da

exigência das expectativas quanto às

funções de protecção e preservação

das tintas decorativas e consideração

pelas diferentes condições climatéricas

entre o Norte e o Sul da Europa.

Esta proposta foi elaborada pela

Comissão Técnica de Tintas Decorativas

do CEPE (Conselho Europeu da Indústria

das Tintas, Tintas de Impressão e Tintas

para Belas Artes).

As 16 associações nacionais que são

membros do CEPE, representando

aproximadamente 1100 fabricantes de

tintas decorativas na Europa, estiveram

envolvidas na elaboração desta brochu-

ra, tal como todos os comités apropria-

dos dentro do CEPE. Por isso esta

brochura, que se baseia na riqueza do

conhecimento e da experiência,

apresenta-se como um guia exequível,

P r e f á c i o

UM GUIA PARA A REDUÇÃO DECOV NAS TINTAS DECORATIVAS

3

de fácil compreensão e prático, para

tratar as complicadas questões relati-

vas à redução de COV nas tintas

decorativas.

Esta brochura será de interesse para

todas as organizações activas, directa

ou indirectamente ligadas à indústria e

comércio de tintas decorativas, incluin-

do produtores de matérias primas,

fabricantes e comerciantes. Além disso,

como contributo inicial a uma

legislação harmonizada na Europa

sobre a redução da emissão de COV

pelas tintas decorativas, pretende

constituir um enquadramento para os

representantes políticos na Europa

Comunitária. Por último, mas não

menos importante, tem a função de

possibilitar e encorajar a cescente

utilização de tintas decorativas com

baixo teor de solventes por utilizadores

profissionais e privados.

EA Comisão Europeia e os Estados

Membros da UE reconheceram que é

necessário fazer ainda mais para

melhorar a qualidade do ar na Europa

para proteger a saúde dos cidadãos. Por

isso estão a ser elaboradas duas novas

Directivas. A futura Directiva sobre Tectos

de Emissão exigirá que os estados

membros da UE reduzam as suas

emissões de vários poluentes do ar,

incluindo COV, para níveis mais baixos, a

partir do ano 2010. A futura Directiva

sobre o Ozono exigirá que os Estados

membros tomem medidas adicionais

para limitar a concentração de Ozono no

ar a um nível máximo de 120 microgra-

mas por metro cúbico. Estas Directivas

podem levar os Estados Membros a

solicitar ao sector das Tintas Decorativas

a tomada de medidas para reduzir as

emissões resultantes do uso dos seus

produtos.

Na União Europeia há um considerável

interesse na melhoria da qualidade do ar,

dando particular atenção à redução da

emissão de óxidos de enxofre e nitrogé-

nio, amónia e compostos orgânicos

voláteis (COV). A redução da emissão de

COV tem particular importância para a

indústria das tintas.

A emissão de COV terá uma redução

considerável com a implementação da

Directiva sobre a Emissão de Solventes1).

Esta Directiva tem um impacto directo

em muitos sectores da Indústria das

tintas mas não no sector de tintas

decorativas, pelo facto de estas não

serem geralmente aplicadas em

estaleiros fixos.

Desde 1996, o CEPE, com a ajuda das

suas associações e companhias

membros, redigiu proactivamente uma

proposta para a redução das emissões

de COV das tintas decorativas. Embora

esta proposta tenha sido apresentada à

Comissão Europeia sob a forma de

rascunho, prioridades impediram que

fosse levada adiante pela Comissão. Em

1999, a Comissão Europeia nomeou

consultores independentes para estudar

a potencial possibilidade de redução das

emissões de COV pelas tintas decorati-

vas. O CEPE acolheu bem esta iniciativa

e, usando a proposta de 1996 como

base, dialogou de forma aberta e apoian-

te com os consultores.

Depois da publicação do relatório, no

segundo Semestre de 2000, o CEPE

empreendeu um programa detalhado de

consultas aos seus membros para rever

tanto o relatório como a sua proposta de

1996. Este trabalho resultou numa

proposta revista tendo em conta as

mudanças no mercado e os avanços da

tecnologia que tiveram lugar desde

1996. Esta nova proposta do CEPE para a

redução das emissões de COV pelas

tintas decorativas é apresentada detalha-

damente nesta brochura.

4

E n q u a d r a m e n t o

UMA ABORDAGEM EUROPEIAPARA A REDUÇÃO DE COV NAS

TINTAS DECORATIVAS

1) Directiva do Conselho 1999/13/CE, de 11 Março 1999,respeitante à limitação de compostos orgânicos voláteis em certas actividades e instalações

5

NN ú m e r o s

O MERCADO EUROPEUDE TINTAS DECORATIVAS

Vendas anuais:

Cerca de 3 .300 .000 Toneladas

Volume de negócios:

Cerca de 7 .000 .000 .000 Euros

Quota de mercado total de tintas:

60%

Número de fabricantes:

Cerca de 3000

Número de revendedores:

Cerca de 100 .000

Número de utilizadores profissionais:

Cerca de 2 .500 .000

Número de utilizadores DIY:

Mais de 100 .000 .000

FAs emissões efectuadas pelos meios de

transporte são a mais importante fonte

de poluição do ar. Os veículos a gasoli-

na e a diesel emitem uma variedade de

poluentes: Óxidos de Nitrogénio (Nox),

Monóxido de Carbono (CO) e partículas,

bem como compostos orgânicos

voláteis (COV). Todos eles podem

afectar a qualidade do ar.

Também são emitidas grandes

quantidades de COV por fontes naturais,

por exemplo as florestas. A acção da luz

solar nos Nox e COV leva à formação de

ozono ao nível do solo, um poluente de

longa distância, que poderá ter impacto

nas zonas rurais, a alguma distância

das fontes de emissão originais. O

Ozono pode irritar os olhos e os

pulmões, causando dificuldades

respiratórias, e pode reduzir a resistên-

cia às infecções. Também pode danifi-

car alguma vegetação, colheitas e

árvores.

Altos níveis de ozono observam-se

normalmente em dias calmos e

soalheiros de verão, quando o ar está já

poluído com Nox e COV (Ex. zonas

urbanas com trânsito). Devido ao tempo

necessário para as reações químicas se

darem, a formação do ozono tende a

ocorrer em zonas a favor do vento

relativamente à fonte de poluição. O

resultante « smog » pode persistir por

vários dias e pode ser transportado a

longas distâncias.

Os COV emitidos pelas tintas decorati-

vas devem-se quase exclusivamente

aos solventes usados nos produtos. A

maior parte destes solventes são

emitidos durante a aplicação e

secagem das tintas.

6

F o n t e s d e e m i s s ã o

AS EMISSÕES DE COV E ASTINTAS DECORATIVAS

7

utilizado para a limpeza dos materiais

de aplicação. As tintas aquosas, embora

usando predominantemente água como

suporte, geralmente contêm uma

pequena quantidade de solvente

orgânico. Este solvente é adicionado

para obter os resultados e as proprieda-

des de aplicação necessárias. Cerca de

70% das tintas decorativas usadas na

União Europeia são aquosas.

Embora o uso das tintas decorativas

contribua para a emissão total de COV,

representa menos de 3% das emissões

totais na União Europeia. O uso directo

de tintas decorativas dá origem a 425-

475.000 toneladas de emissões de COV

e além disso estima-se que o uso

associado de solvente, principalmente

para limpeza, adiciona aproximadamen-

te 100.000 toneladas a esta quantida-

de. A emissão total de cerca de

550.000 toneladas de COV representa

menos de 20% do total das vendas em

toneladas.

As tintas decorativas podem ser

categorizadas como as que usam

tecnologias de base solvente e as que

usam tecnologias de base aquosa. As

primeiras usam solvente orgânico como

fase líquida principal.

A maior parte das tintas de base

solvente não requerem a adição de

solventes ou diluente antes da

utilização mas o solvente é várias vezes

ROs processos de diminuição das

emissões, aquando da aplicação, não

são uma opção para as tintas decorati-

vas dado que os produtos são

geralmente aplicados em estruturas e

instalações em obra e não em oficina.

A redução das emissões só pode ser

conseguida através do uso de produtos

com uma quantidade reduzida de

solvente.

A emissão de solventes provém tanto

das tintas aquosas como das tintas de

base solvente.

O papel dos produtos de

base solvente

Os produtos de base solvente desem-

penham em papel importante no merca-

8

R e d u ç a o d e C O V

OPORTUNIDADES PARAA REDUÇÃO DA EMISSÃO DE COV NAS

TINTAS DECORATIVAS

do e por várias razões são muitas vezes

preferidos aos produtos aquosos. Estas

preferências devem-se a aspectos tais

como aparência estética, rendimento e

aplicabilidade.

Há diferenças regionais na divisão do

mercado entre produtos aquosos e

produtos de base solvente. As razões

para a variação da preferência incluem o

clima, geografia, cultura, arquitectura,

base de clientes, práticas de construção

e costumes.

As opções para a redução

de COV

As principais opções para a redução de

COV são:

1) Substituição dos produtos de base

solvente por produtos aquosos

2) redução do teor de solventes nos

produtos de base solvente

3) redução do teor de solventes nos

produtos aquosos

9

Substituição dos

produtos de base solvente

É teoricamente possível substituir os

restantes produtos de base solvente

tradicionais por versões aquosas. No

entanto, para certas aplicações, os

últimos não atingem a qualidade e o

rendimento necessários. Os produtos de

base solvente têm por vezes as seguin-

tes vantagens:

● Melhor aplicação e secagem em

condições adversas (ex. baixa

temperatura, elevada humidade)

● Melhor rendimento em substratos

difíceis

● Melhor aplicabilidade

● Níveis mais elevados de comporta-

mento da película (ex: resistência

mecânica ou química)

● Melhor aparência estética

As tecnologias para produtos aquosos

estão continuamente a melhorar, mas a

indústria não acredita que os produtos

de base solvente possam ser totalmen-

te substituídos num futuro próximo.

Redução do teor de

solventes nas tintas de base

solvente

É possível produzir produtos de base

solvente com um baixo teor de solven-

tes e podem ser usadas modernas

tecnologias de alto teor em sólidos para

formular produtos que oferecem muitos

dos atributos dos produtos tradicionais

de base solvente, mas com um teor

significativamente reduzido de solven-

tes. Embora sejam mais caros e tenham

uma secagem mais lenta, podem

desempenhar um papel importante na

redução das emissões de COV.

Redução do teor de

solventes nas tintas aquosas

O uso de solventes nas tintas aquosas é

por vezes crítico para a performance do

produto, o que é particularmente

verdadeiro no caso dos produtos

aquosos que foram formulados para

substituir produtos de base solvente. A

redução da quantidade de solventes nos

produtos aquosos é importante, mas

não primordial na minimização das

emissões de COV.

Consequências da

Redução de COV

Embora o mercado seja já 70% de base

aquosa e os produtos aquosos e

produtos com alto teor de sólidos

estejam a ser usados para substituir

alguns produtos de base solvente

tradicionais, ainda podem ser efectua-

das mais reduções na emissão de COV

por qualquer das opções acima. No

entanto, isto levará ainda algum tempo.

A indústria terá de reformular uma vasta

e importante parte da sua actual gama

de produtos, o que será apenas atingido

após um período de vários anos. Além

disso, reduções mais profundas

envolverão mudanças significativas em

alguns produtos. A indústria não pode,

em muitas áreas de produto, fabricar

produtos de baixo teor em COV idênticos

aos produtos actualmente existentes. As

1 0

diferenças significativas que irão ocorrer

terão de ser comunicadas aos utilizado-

res finais, o que exigirá uma comuni-

cação detalhada e extensiva e um

programa de formação entre produtores

de tintas e utilizadores.

As mudanças terão também consequen-

cias económicas significativas, resultan-

tes do aumento de I&D, do custo das

matérias primas e re-investimento em

equipamento. A vasta complexidade e

importância das questões associadas à

redução da emissão de COV pelas tintas

decorativas exige que qualquer aborda-

gem seja cuidadosamente formulada.

A proposta do CEPE baseia-se num

detalhado conjunto de informações

recolhidas na indústria europeia e por

isso utiliza um detalhado e variado

conhecimento do mercado, exigencias

dos clientes e das tecnologias. A

proposta do CEPE vai maximizar a

redução da emissão de COV, ao mesmo

tempo que aborda correctamente os

problemas de mercado. Sem qualquer

mudança na procura entre produtos de

base solvente e produtos aquosos, esta

proposta efectuará uma redução da

emissão de COV na Europa de cerca de

45%.

1 1

UU m a a b o r d a g e m e u r o p e i a

A PROPOSTA DO CEPE

dos produtos aquosos equivalentes.

Atendendo à tecnologia actual, o estabe-

lecimento dos novos limites conduz, na

prática, ao fim dos produtos de base

solvente.

Em algumas categorias, ex. tintas de

interior e exterior para caixilharias e

paineis de madeira ou de metal, os

limites para os produtos de base solven-

te requerem efectivamente o uso de

tecnologia com alto teor em sólidos.

Algumas categorias, ex. primários de

aderência, permitem o uso continuado

dos produtos existentes de base solven-

te. Nestas categorias, os produtos

baseados nas tecnologias alternativas

não preenchem as exigências dos utiliza-

dores finais. Além disso, estas categorias

de produtos contribuem apenas de uma

forma muito limitada para a emissão de

COV.

A proposta reduz os limites de COV em

duas fases. Esta abordagem apresenta

um número de vantagens, incluindo o

faseamento do trabalho técnico,

minimizando as consequências económi-

cas e permitindo um maior tempo de

adaptação aos novos produtos por parte

dos utilizadores.

Os limites de COV estabelecidos para os

produtos de base solvente na primeira

fase são mais elevados do que na

A proposta do CEPE foi formulada tendo

em conta os seguintes princípios:

● Ser aplicável aos sectores profissio-

nal e DIY do mercado.

● Ter em conta as diferenças significa-

tivas existentes na Europa.

● Ser independente da tecnologia,

tendo em consideração os produtos

aquosos e os produtos de base

solvente.

● Ser simples e compreensível.

Nesta proposta o mercado é dividido em

categorias de produtos. São estabeleci-

dos limites de COV para os produtos

aquosos e de base solvente.

Em algumas categorias, por ex. paredes

interiores e tectos, o uso continuado dos

produtos de base solvente tradicionais já

não tem uma completa justificação e por

isso os limites estabelecidos para estes,

nestas categorias, estão ao mesmo nível

segunda fase. Isto justifica-se principal-

mente para permitir o uso, na fase 1, dos

corantes actualmente existentes adicio-

nados às tintas quando misturados na

loja. Os corantes usados nesta operação

contêm geralmente solventes, sendo

apropriado incluir a sua contribuição

para a emissão total.

Por exemplo, existem várias expressões

que poderiam ser usadas para quantifi-

car o teor de COV de um dado produto.

Cada uma tem as suas vantagens e

desvantagens, mas após muita reflexão o

CEPE recomenda, para as tintas decorati-

vas, a expressão do teor de COV em

gramas por litro de tinta pronta a utilizar.

Esta expressão é facilmente entendida

por pessoal não técnico e técnico e é

facil de calcular e verificar. Além disso,

permite o cálculo rápido da emissão de

COV de qualquer quantidade de tinta

decorativa.

Através da consideração dos problemas

e uso apropriado das várias opções

disponíveis para a redução de COV, a

proposta do CEPE garante que a redução

de COV ocorra onde for técnica e

Para alcançar os limites finais de COV

para os produtos aquosos, os solventes

nestes corantes terão de ser reduzidos

significativamente ou eliminados. Muitos

dos sistemas tintométricos correntemen-

te em uso nos estabelecimentos não

serão compatíveis com os novos

corantes e terão de ser modificados ou

substituídos. Os custos e o tempo

necessário associados a estas mudanças

significam que a redução associada não

pode ser totalmente alcançada na

primeira fase.

A proposta também dá todas as

definições necessárias, às quais foi dada

uma consideração cuidadosa. Para ter

sucesso, qualquer definição dada precisa

ser fácil de compreender, firme, e

quando apropriado e possível, compatível

com qualquer outra legislação e iniciati-

vas Europeias.

economicamente viável. Permite aos

nossos clientes continuar a usar

produtos de base solvente onde forem

genuinamente necessários, assegurando

assim que a qualidade exigida pelo

mercado é mantida. Minimiza as

consequências económicas e estabelece

objectivos que podem ser atingidos pela

indústria em geral e não apenas pelos

grandes fabricantes.

No entanto, ao mesmo tempo, permite

uma mudança progressiva e controlada

para produtos com baixo teor em COV

onde for possível.

1 2

1 3

3. A legislação permitirá uma maior

publicidade às mudanças requeridas

e envolvimento dos utilizadores: Isto

resultará num melhor impulsio-

namento do mercado para os novos

produtos.

A proposta do CEPE é apropriada tanto

como base de um acordo voluntário da

indústria como para legislação. No

entanto a maneira mais eficaz de

implementar esta proposta é sob a

forma de legislação Europeia

harmonizada.

As razões pelas quais a legislação terá

mais sucesso do que um acordo

voluntário são as seguintes:

1. Não há nenhum mecanismo

apropriado pelo qual um acordo

voluntário possa ser implementado,

dado existirem 3000 fabricantes de

tintas decorativas na Europa, muitos

dos quais não estão representados

por nenhuma associação comercial.

2. Os produtos de substituição serão

muito diferentes dos produtos

correntes e um acordo voluntário

resultaria inevitavelmente na preser-

vação de alguns produtos antigos no

mercado por parte de alguns

fabricantes, arruinando assim os

esforços daqueles que mantêm o

acordo.

Similarmente, uma abordagem

Europeia harmonizada terá mais

sucesso porque:

1. há consequências económicas

consideráveis resultantes das

mudanças. Estas devem ser resolvi-

das num contexto global Europeu e

podem ser minimizadas por uma

abordagem harmonizada.

1. uma série de iniciativas distintas a

nível nacional enfraquecerá os

esforços da indústria e conduzirá à

confusão na indústria e entre os

utilizadores.

As mudanças significativas nos

produtos afectarão fabricantes de tintas

decorativas, fornecedores de matérias

primas, revendedores e utilizadores

finais de várias formas e embora o

detalhe da proposta minimise o efeito, o

espaço de tempo entre as duas fases

será crítico para uma implementação

bem sucedida. A conclusão da segunda

fase em 2010 constituirá um objectivo

ambicioso mas realista.

II m p l e m e n t a ç ã o

IMPLEMENTAÇÃO DAPROPOSTA DO CEPE

TIPO DE PRODUTO TIPO/ TEOR MÁX. COV G/L

NÍVEL DE BRILHO FASE 1 FASE 2

Tintas para paredes e tectos interiores Aquosa

Brilho <25@60° 75 30

Base solvente

Brilho <25@60° 400 30

Aquosa

Brilho ≥25@60° 150 100

Base solvente

Brilho ≥25@60° 400 100

Tintas para paredes exteriores de alvenaria e Aquosa 75 40

substratos minerais Base solvente 450 450

Tintas para madeira ou metal, remates e Aquosa 150 130

guarnições para interiores e exteriores Base solvente 400 300

Tintas transparentes, vernizes e protectores Aquosa 150 130

coloridos semi-transparentes e opacos para Base solvente 500 400

madeira ou metal, para interiores e exteriores

Protectores coloridos de poder enchedor Aquosa 150 130

mínimo para interiores e exteriores Base solvente 700 700

Primários com propriedades selantes ou de Aquosa 50 50

bloqueio para utilização em madeira ou em Base solvente 450 350

paredes e tectos

Primários fixadores para estabilizar substratos ou Aquosa 50 50

conferir propriedades hidrófobas Base solvente 750 750

Tintas de alto desempenho de 1 componente Aquosa 140 140

Base solvente 600 600

Tintas de alto desempenho de 2 componentes Aquosa 140 140

(secagem por reacção) Base solvente 550 500

Tintas multi coloridas Aquosa 150 100

Base solvente 400 100

Tintas de efeitos decorativos Aquosa 300 200

Base solvente 500 200

1 4

P r o p o s t a d o C E P E : c a t e g o r i a s d e p r o d u t o s e l i m i t e s

1 5

DTinta de base solvente

Tinta cuja viscosidade é ajustada com

solvente orgânico.

Protector colorido (lasure)Uma tinta que origina uma película

transparente ou semi-transparente para

decoração e protecção contra os

agentes atmosféricos e que permite

manutenção fácil. Estes produtos

podem conter biocidas para proteger a

película ou a madeira do azulamento e

de bolores. Em alguns países o termo

protector colorido opaco usa-se para

significar uma tinta aplicada de forma a

que a estrutura superficial da madeira

se mantenha visível.

Protector colorido depoder enchedor mínimo Protector Colorido que tem, de acordo

com EN 927-1: 1996, uma espessura

média inferior a 5 µm quando testada

segundo o método 5A da ISO

2808:1997.

Tintas de alto desempenho(«high performance»)Tinta cujo comportamento é superior ao

das tintas decorativas convencionais e

que se destina a uma ou mais das

seguintes finalidades:

Tintas decorativasTintas que são aplicadas nos edifícios,

remates, guarnições e estruturas

associadas com fins decorativos,

funcionais e de protecção. São aplica-

das em obra por aplicadores profissio-

nais ou por particulares. As tintas de

protecção de alto desempenho estão

explicitamente excluídas desta

definição.

Tintas de protecção dealto desempenho («highperformance»)Tintas funcionais usadas para preservar

a integridade estrutural de estruturas e

equipamentos industriais, tubagens,

instalações fabris e edifícios da deterio-

ração pela exposição à água, agentes

químicos ou atmosféricos. São aplica-

das por utilizadores profissionais em

oficina/estaleiro ou em obra.

COVCompostos orgânicos voláteis usados

ou associados ao uso de tintas decora-

tivas e que tenham um ponto de

ebulição inicial à pressão normal, igual

ou inferior a 250ºC.

Teor de COVO teor em COV, expresso em gramas de

COV por litro, contido numa tinta

decorativa pronta a utilizar, incluindo

todos os corantes e diluentes.

Tinta aquosaTinta cuja viscosidade é ajustada com

água.

● Pavimentos

● Assegurar padrões de higiene na

indústria alimentar ou de bebidas

ou em serviços de saúde

● Resistência aos graffiti

● Retardar fogo

● Resistência à corrosão

Tintas multi coloridasTintas especiais adequadas para se

obter um efeito a dois tons ou multi

colorido, directamente a partir da

aplicação base, por pulverização, a rolo

ou trincha. Geralmente aplicado a

substratos de grandes dimensões.

Tintas de efeitos decorati-vosTintas especialmente concebidas para

obtenção de efeitos estéticos especiais.

Aplicam-se geralmente sobre substra-

tos pré-pintados ou bases («base

coats»), durante o período de secagem,

com o auxílio de utensílios variados (por

ex. esponja, pano, espátula, rolo especi-

al, pente, trincha, etc.). Para se

conseguir um efeito homogéneo em

grandes áreas, é necessário que a

película não seque demasiado rápido.

D e f i n i ç õ e s

DEFINIÇÕES DE TERMOS E CATEGORIAS

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