de Medicina da UFRJ, conquistou o Prêmio Jovem Talento Rio. Além dos respectivos diplomas os...

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FOllUM PRODUÇÕES

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ANO 64 - NQ705

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Jt\~1IQUíMICA INDUSTRIAL

MARÇO/ABRIL 1996

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Indice

. Union Carbide apóia pesquisa comprêmio de química 6

XXXVICONGRESSOBRASilEIRO,DE QUIMICA 7

. 1999 - O ano da química 8

. Hoechst do Brasiluma nova realidadeempresarial 9

. A perda da capacitação da químicafina após 1990 1 1

14

17. Polímeros biodegradáveis

.Catálise

SEÇÕESACÓNTECEN DO 2EMPRESAS 22

, PROCESSOS, PRODUTOS, SERVIÇOS 25AGENDA 28CADERNO DA ABQ encartepara

os associados

Impressa em maio de 1996

Capa: Vista aérea da Ipiranga Petroquímica, no Pólo de Triunfo (RS)Cortesia: Hoechstdo Brasil

....

I ACONTECENDO IRio Polímeros dá

vida ao PóloGás-químico

Os Grupos Suzano, Mariani e Uni-par, parceiros da Petrobrás no PóloGás-químico, assinaram, na sede daFIRJAN / CIRJ, um protocolo que criaa Rio Polímeros, empresa central ge-radora de matéria-prima que deveráproduzir 300 mil toneladas/ano deeteno.

Criada no estilo tripartite, que reú-ne governo, indústria privada nacionale indústria multinacional, a nova em-presa terá como presidente o Engenhei-ro Roberto Villa, ex-diretor industrial ecomercial da Petrobrás.

Os investimentos naRioPolímerosdevem chegar a R$ 220 milhões, comexpectativa de produçáo de polie-tileno a partir de 1999. (InformativoFIRJANjCIRJ - NQ242 - março 1996)

Informe: CBAQ/IUPAC

Na recente reunião da IUPAC(agos-to 1995 em Guldford - Inglaterra) o,Bureau propôs e a Assembléia("Council") aprovou algumas modifica-ções na estrutura das Divisões da Or-ganização. Entre estas estão:

1. A comissão de Biotecnologia foitransferida da Divisão de Quími-ca Aplicada para ser diretamen-te ligada ao Comitê Executivo,gozando agora o mesmo desta-que do Comitê para o Ensino deQuímica; entre outros.

2. Os comitês de Publicações e de"Databases", ambos diretamen-te ligadas ã Diretoria, foramcombinados. O novo Comitê échamado "Publicações impres-sos e eletrônicos". Membros ti-tulares e associados serão indi-cados peloPresidente do IUPAC;

3. Uma nova comissão (I.7) foi cria-da para a Divisão de Físico-Quí-mica: a de Biofísico-Química.

4. A Divisão de Química Aplicada foidotada com um novo nome:Química e oAmbiente (Che-mistry and the Environ-ment). As comissões indi-cadas para esta }}ova divi-são são:

VI.l Química AmbientalFundamental (esta comis-

2

são foi transferida da Di-visão de Química Analíti-ca (antigo V.9) e ampliada

VI.2 Química Atmosférica (an-tigo VIA)

VI.3 Química do Solo e da Água(antigo V1.6, agora comnovo nome e responsabi-lidades)

VIA Agroquímicos e o Am-biente (antigo VI.5,também com novo nome eresponsabilidades)

VI.5 Química de Alimentos(antigo VI.l)

VI.6 Óleos, Gorduras e Deriva-dos (antigo V1.3)

Continua em estudo a fusão dasnovas comissões VI.5 e VI.6.5. A Divisão de Química Clínica foicombinado com a seção de QuímicaMedicinal para criar a Divisão deQuímica e Saúde Humana (VII).Estanova Divisão terá duas seções umada Química Clínica (VILC) e uma deQuímica Medicinal (VIl.M).

Algumas das novas comissões daDivisão VII já existem, como comis-sões na velha Divisão de QuímicaClinical. Outras foram convertidas deComitês e/ou Grupos de trabalho li-gada a esta divisão ou ao Comitê deQuímica Medicinal.

As comissões para Química Clí-nica são:

VII. 1 NomencIatura, Propri-edades e Unidades emQuímica Clínica (antigoVlI.2 com novo nome)

VlI.2 Toxicology (antiga VIlA)VlI.3 Sistemas de QualidadeAs comissões para Química Me-

dicinal são:VlI.5 NomenclaturaeTermino-

. logiaVlI.6 Treinamento e Desenvol-

vimentoVII. 7 Novas Tecnologias e Tópi-

cos EspeciaisCom estas mudanças na forma e

constituição (número de membros ti-tulares e associada~), a IUPAC aindanão confirmou para o CBAQ asindicações de representantes nacio-nais feitas pelo CBAQpara considera-ção na Assembléia Geral de 1995.

CAROL H. COLLINS -Prof. Titular -IQ-UNICAMP -Caixa Postal 6154 -13083-

970 - Campinas -SP.

César Maiapremiando cientista

e estudante

No dia 8 de março, no Palácio daCidade, em cerimônia presidida peloPrefeito César Maia, o dentista CarlosChagas Filho recebeu o Prêmio Cida-de do Rio de Janeiro em Ciência e Tec-nologia de 1996. A estudante NathalieHenriques Silva, aluna da Faculdadede Medicina da UFRJ, conquistou oPrêmio Jovem Talento Rio.

Além dos respectivos diplomasos ganhadores receberam tam-b ém quantias equivalentes a 1.000UNIFS para o Prêmio Cidade do Riode Janeiro e 500 UNIFS para o PrêmioJovem Talento. (Informativo FIRJAN/CIRJ NQ243 - março 1996).

NQ 705 - MarjAbr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

-"íoi

....

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'"

I ACONTECENDO IMCTvai apoiar

projetos de pesquisacooperativa

o Ministério da Ciência e Tecnolo-gia criou recentemente o Projeto Ôme-gavoltado ao desenvolvimento de pro-jetos de pesquisa cooperativa lidera-dos por centros de pesquisa, univer-sidades ou institutos tecnológicos,públicos ou privados. De acordo como edital, o projeto cobrirá 50% dasdespesas totais previstas nas propos-tas dos projetos selecionados, atê olimite de R$ 200 mil por projeto.

O edital do Projeto Omega já foipublicado no Diário Oficial e as pro-postas, em três vias, devem ser en-tregues até o dia 30 de abril nas agên-cias da Finep no Rio de Janeiro, emSão Paulo ou em Brasília. (Informati-vo FIRJAN / CIRJ - nQ245 - abril 1996).

.Castro I realizouSimpósio sobre

solventes clorados

Iniciando seu programa de pales-tras sobre lubrificação industrialdeste ano, a Castrol Brasil realizouo "Simpósio sobre Alternativas paraSubstituição de Solventes Clo-rados". Considerados altamente no-civos à cam~da de ozônio e à saúde,os solventes clorados estão sendo"gradativamente retirados do merca-do. Segundo determinação do Pro-tocolo de Montreal - reunião mun-dial que tratou especificamente so-bre a suspensão dos solventes clo-rados - o Brasil tem atê o ano 2001para substituir estes produtos porsolventes sintéticos ou desengra-xantes aquosos.

Para explicar as determinaçôesdo Protocolo de Montreal, a Castrol /

convidou o Prof. Paulo Coutinho, doMinistério da Ciência e Tecnologia.O Simpósio contou também com asparticipações da Vickers - fabrican-te de bombas hidráulicas e daGraber - especializada em usinagemde peças. Assuntos como "Substitui-ção de Solventes Clorados com Van-tagens Econômicas" foram aborda-dos pelas empresas convidadas,além de palestra sobre eficiência erelação custo/beneficio dos desen-graxantes aquosos (PR).

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Manual de Propriedadesde plásticos e resinas

O Núcleo de Informação TecnológicaffIl Materiais (NIT/Materiais), doDepto. de Engenharia de Materiais daUniv. de São Carlos, está elaborandoum Manual de Propriedades para asresinas e aditivos disponíveis no mer-cado nacional.

O Manual conterá informaçôes so-bre classificações, grupos químicos,propriedades, tais como as mecáni-cas, têrmicas, elétricas, físico-quími-cas, dentre outras. A publicação tra-rá também os endereços dos fabri-cantes e respectivos produtos.

As empresas interessadas emparticipar do Manual de Propriedadesdevem contactar o NIT/Materiais,DEMa-UFSCar, Rod. WashingtonLuís km 235, Cx. Postal 676,CEP 13.565-905 - São Carlos/SP,Te1./Fax: (016) 272-3418, E-mailnit@power. ufscar. br (InformativoABPol - Jan/Fev. 1996).

Fundo Asiáticocria fundação

nuclear

Rússia, China, Irã e Índia cria-ram uma fundação de pesquisa paratentar controlar e explorar comer-cialmente a energia gerada pela fu-são termonuclear. O Fundo Asiáti-co para a Pesquisa Termonuclearpretende construir um reator expe-rimental dentro de dois anos, con-forme informou a agência de notíci-as russa Itar-Tass. (GM)

Pós-graduação noexterior por apenasUS$ 300,00 mensal

O Banco de Boston, em convêniocom a MEFA - Massachussetts Educa-tionalFinancing Authority, uma agên-cia paragovernamental de assistên-cia financeira a estudantes, está pro-porcionando aos estudantes brasilei-ros a possibilidade de fazer pós-gra-duação em universidades do nível deHarvard, MIT e o Boston CoUege. Bas-ta ser aceito pela universidade esco-lhida e candidatar-se a uma bolsa deUS$ 30.000, financiados em 10 anos,com juros de 12% ao ano, o que im-plicaem prestações mensais de cer-ca de US$ 300,00.

Trata-se de uma linha de crêditoespecial que o banco abriu, fazendocom que oBrasil passasse a fazer par-te do PRISM -Programsfor IntemationalStudents in Massachussetts.

Para maiores informações procu-rar qualquer agência do Banco deBoston ou fazer contacto direto coma MEFA, na 176 Federal St., Boston,MA. 02110. O telefone é (001)617 -261-9765 e o Fax (001) 800-842-1531, que pode, tambêm fornecer arelação das universidades ligadas aoprograma. (Perspectiva Universitária -nQ312 - março de 1996).

Concurso deMonografia

O Conselho Regional de Químicarealiza o seu 3QConcurso de Mono-grafia, tendo como tema: A contribui-ção do profissional da química ao de-senvolvimento científico e tecnológiconos últimos 40 anos. O concurso co-incide este ano com os 40 anos de cri-ação dos Conselhos de Química econfere aos vencedores o prêmio doDia Nacional do Químico.

O Conselho espera com isso esti-mular o conhecimento da profissão deQuímica, suas perspectivas e atuaçãodo profissional para o desenvolvimen-to da economia da sociedade brasi-leira. O concurso abrange as catego-rias profissional e estudantil dos es-tados do Rio e do Espírito Santo. Ostrabalhos deverão abordar pelo me-nos um dos aspectos referentes ao te-ma: áreas de petróleo e petroquímica;alimentos; polímeros/plásticos; me-talúrgica; ambiental; química fina;fármacos; pesquisas; educação; quí-mica inorgãnica; operações e pro-cessos químicos.

O profissional que desejar partici-par tem que estar registrado no con-selho e em dia com suas anuidades eos estudantes regularmente matricu-lados em instituições de nível médioou superior. Os trabalhos devem serassinados sob pseudônimo e entre-gues até o dia 24 de maio, na sede doCRQ m, localizado à Rua AlcindoGuanabara, 24 - 13Qandar, Centro,Rio de Janeiro, CEP 20038-900 ou naDelegacia Regional do Espírito San-to, Rua Alberto de Oliveira Santos, 29- sala 601, Vitória. O regulamento doconcurso pode ser adquirido nessesdois endereços. (PR)

NQ 705 - MarjAbr 1996 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- RQI

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Union Carbide apóia pesquisa comprêmio de química

José S.T. Coutinho*

A Union Carbide do Brasil e aAs-sociação Brasileira de Química(ABQ) promoveram na terça-feira,19, na sede da Union Carbide, emSão Paulo, a entrega do PrêmioUnion Carbide de Incentivo à Quí-mica. Este ano, o prêmio distribuiuUS$ 35 mil para os dois melhorestrabalhos na área de Química dePolímeros (sintéticos), nas catego-rias graduando e pós-graduando.

Na categoria graduando, Simo-ne Pinto Paiva, da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ), foia vencedora com o trabalho "Carac-terização e Estudo da Interação doCopolímero EVA com DiferentesSolutos por Cromatografia GasosaInversa", sob orientação do profes-sor-doutor Ronaldo Nóbrega. Simo-ne ganhará uma ajuda de custo deR$ 10 mil para curso de pós-gra-duação em uma universidade bra-sileira de sua escolha, e a UFRJreceberá outros R$ 10 mil para aqui-sição de materiais e equipamentosde laboratório.

Na categoria pós-graduando, oprêmio foi para Débora Gonçalves,da Universidade Federal de SãoCarlos (UFSCar), no interior de SãoPaulo. Seu trabalho, intitulado"Preparação e Caracterização deFilmes de Polianilina e Poli -Metil-tiofeno com Partículas ColoidaisSemicondutoras Suportadas paraAplicação em Conversão de Ener-gia Solar - Células Fotoeletroquí-micas", recebeu orientação do pro-fessor doutor Luís Otávio de SousaBulhões.'A vencedora receberá aju-da de custo de R$ 15 mil para umcurso de especialização no exteriora sua escolha.

Criado em 1989, o Prêmio UnionCarbide de Incentivo à Química tempor objetivo apoiar os esforços depesquisa na área química, além demotivar jovens profissionais na op-çào pelo mundo acadêmico. Alémdisso, o prêmio estreita a relaçãoentre empresa e universidade, po-tencializando os recursos disponí-veis de cada lado. (PR)

(*)José S. T. Coutinho - Editor ROI.

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NQ 705 - Mar/ Abr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

XXXVI Congresso Brasileirode Química:"AQuímica no Mundo em

Transformação"Com este tema central a Associa-

ção Brasileira de Química reunirá pro-fessores, pesquisadores, técnicos,empresários e estudantes entre osdias 1 e 5 de setembro no XXXVI Con-gresso Brasileiro de Química.

O evento será realizado no Centrode Convenções da Faculdade de Ar-quitetura e Urbanismo (FAU) da USPna Cidade Universitária de São Pau-

lo, inaugurado recentemente, tem ex-celentes acomodações, com ótimassalas para cursos e auditórios, alémde tim andar inteiro para a Feira daExpoquímica 96.

As Comissões Científica e Orga-nizadora, presididas respectivamen-te pelos Profs. Omar El Seoud e IvanoGutz, estão se empenhando no senti-do de conseguir a maior integração detodos os químicos das diversas áreasatendidas pelo Congresso.

O Congresso tem o patrocínio doCNPq, da FINEP, da CAPES, da USP,do CRQ - 4'"Região, da Union Carbidee da FAPESP.

O hotel oficial é o Novotel Morumbi

e a companhia transportadora é aTransbrasil.

EVENTOS PARALELOS

Mais uma vez ocorrerá em para-lelo ao Congresso Brasileiro de Quí-mica a IX Jornada Brasileira de Inici-

ação Científica em Química, para alu-nos do 3Q grau. A expectativa é que onúmero de trabalhos ultrapasse os140 apresentados em Salvador em1995. O prazo final para entrega dosresumos é de 17 de maio.

O patrocínio da Jornada é daUnion Carbide, que premiará o pri-meiro colocado com R$ 1.000,00.

Outros eventos serão os EncontroNacionais de "Análise Térmica e Calo-rimetria" e o de "Química Industrial".Serão realizados também workshopssobre "Análise de Fluxo", "SensoresQuímicos e Biossensores" e "MeioAm-

(*) Celso A. Fernandes - ABQ

biente: Oportunidade para PesquisaInterdisciplinar", todos discutindotemas bastante atuais.

Por fim, a IV Maratona de Quími-ca, para alunos do 2Q grau, nota-damente de Escolas Técnicas. Os ins-critos assistirão as experiências apre-sentadas pela Comissão Julgadora edeverão demonstrar sua capacidadede discutí-las por escrito. Essa Comis-são tem como Presidente a Prof'" Reiko

Isuyama. A Maratona será patrocina-da pela Merck Indústrias Químicas.

ESTUDANTES

Como to-dos os anos há

sempre umaatenção espe-cial para osestudantes

nos CBQ's.Este ano es-

tão programa-dos 28 cursos,todos com oitohoras de dura-

ção. Duas ino-vações criadaspela Comissãoda ABQ-SP, fo-ram incorpora-das aos cursos

Celso Augusto Fernandes'

EXPOQuíMICA'96

A Feira de Equipamentos, Produ-tos e Serviços, que já está com grandenúmero de estandes comercializados,dará direito a seus expositores a re-ceber convidados especiais na área daExpoquímica. Com certeza será umafeira bem movimentada, com previsãode mais de 1.500 convidados além dos

congressistas.A empresa Freedom Comunica-

ções, de São Paulo, é a responsávelpela organização e comercialização daExpoquímica'96.

Exposições - Salão Caramelo

ê

Acesso ~

que proporcio-narão aos alu-nos uma escolha mais criteriosa so-bre os cursos a fazer.

Os cursos foram classificados

por nível em "básico" ou "avançado".As ementas estão disponíveis noendereço eletrônico www.internet.http:/allchemy.iq.usp.br. Estas me-didas visam um maior aproveitamen-to dos alunos.

São esperadas em São Paulo gran-des delegações estudantis. Já estãodisponíveis na secretaria do Congres-so, a relaçãq de alojamentos de cus-tos mais baixos.

RQI - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ705 - MarjAbr 1996

25 24

26 23

ê ê ê

Estandes modulares de 9m2 lestandes 06 e 15 .. 18m')

Em 15 de abril estas eram as

empresas confirmadas e seus res-pectivos stands (veja mapa emdestaque): (01/02) CG Analítica,(03/04) CAQ-SP, (06) Ambriex, (07)Tecnal, (08) Braseq (10), Ultra Cheni,(11/12) Jundlab, (14) Revista Espu-ma, (16 117) ABQ-SP RQI, (20) Marco-ni, (22) Superlab, (28/29) Metroquí-mica, (30) Vidy, (31/32) Analyser,(33 a 36) Schottzeis, (37) CRQ-IV,(38) Mettler Toledo, (39/40) Merck,(44/45) Digimed, (46) Amitel, (47148) Micronal.

7

..

1999 - O ano da celebração internacionalda química

A ACS - Americari Chemical Societyestá dando início aos trabalhos de pla-

nejamento, coordenação e divulga-ção de um dos eventos mais impor-tantes no mundo da química, a cele-bração em nível internacional da ati-

vidade da química no mundo de hoje.

International Scientific

Society RepresentativesFrom: Relen Free

Date: February 1, 1996Subject: International Chemistry

Celebration (IChC)

To:

While serving as Past President andon the Board of Directors of the

American Chemical Society (ACS),I have had the distinct honor of

traveling abroad and meeting with

my colleagues of many interna-

tional scientific societies. In my

travels, I have experienced the needto educate the worldwide com-

munity about the positive contri-

butions that chemistry and che-

mists make to everyday life. Qne

way to address this problem is our

International Chemistry Celebra-

tion (IChC) to promote public

awareness about the good things

hat chemistry and chemists do to

improve our quality of life.

During major international

chemistry conferences, inc1u-

ding the ACS National Meetings,the 1995 International Chemical

Congress of Pacific Basin Socie-

ties and the Pittsburgh Con-

ference, we have met with other

scientific societies to discuss or-

ganizing the IChC. The response

has been overwhelming and the

8

Para que tal evento tenha su-

cesso, aACS está contactando 115

Associações Internacionais de

Química, congregando as mesmas

para um trabalho conjunto de di-

vulgação e participação do referi-do evento.

ACS and 70 sister international

scientific societies have agreed tosupport an International Chemis-try Celebration in April, 1999.

As a result of this commitment,

we have developed a quartelynewsletter, NeWS, which featuresthe outreach activities of different

international societies, planningmeeting updates and contestartic1es. Enc1osed are issues 1 and

2, featuring the Royal Society ofChemistry and the ChemicalSociety of Japan. Please sharethese newsletters with your collea-gues who would be interested insupporting the IChC. The nextissue oftheNeWSis scheduled for

publication in March.

If you have any suggestions orwould like additional information

about the IChC, we canbe reachedvia fax 1.202.833.7722 or via e-

mail to [email protected]. Also,please feel free to browse the IChC

site on theACS homepage: (http:fwww.acs.org).

We would like to hear what

YOURsocietywill do for 1999. Weneed specific ideas thatALLsocie-ties can participate in as a worldwide effort.

We are counting on your parti-cipation in IChC and we hope tohear from you soon.

José S.T. Coutinho*

Transcrevemos abaixo a corres-

pondência que recebemos da Dra.

Relen Free, presidente da American

ChemicalSociety, 1993.

(*) José S. T. Coutinho - Editor RQI

NQ705 - MarjAbr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

Gunter Martin

INTRODUÇÃO

Contrariando todos os prog-nósticos do meio empresarial, aHoechst do Brasil investiu cercade US$ 40 milhões em um pro-grama de reestruturação queteve início no final do primeirosemestre de 1994.

Para falar sobre oassunto, opresidente da Hoechst do Brasil,Gunter Martin reuniu cerca de 54jornalistas no auditório do HotelTransamérica. Tratava-se de umadas mais complexas mudançasocorrida na história da Hoechst.

A HOECHST DO BRASILEm 1994 a Hoechst do Brasil

tinha uma estrutura empresarialconforme a mostrada na Figura 1.

Durante o ano de 1995, váriasmudanças ocorreram, ou seja, hou-ve fusões, vendas e aquisições denovas unidades industriais. AHoechst do Brasil passou a ter umaorganização centrada em produtosfarmacêuticos, produtos químicose produtos agroquímicos. A parteprodutiva se concentrou em cincoUnidades de Negócios (BusinessUnitsjBU's) e mais os negóciosPET, instaladas no complexo quí-mico da empresa em Suzano. Em1996, a Hoechst passou a ter umnovo perfil empresarial, conformemostrado na Figura 2.

Para completar a operaciona-lização destas cinco BU's,foramcriadas duas áreas de apoio, asaber: Serviços Centrais e Servi-ços de Fábrica (Figura 3).

(*JJosé S. T. Coutinho -Editor RQI.

Hoechst do Brasiluma nova

realidade empresarialJosé S.T. Coutinho*

RQI - REVISTADEQUíMICA INDUSTRIAL- N2705 - MorjAbr 1996 9

HOECHST DO BRASIL

o GRUPO HOECHSTDO BRASIL

(HOECHST AG)

Enquanto a Hoechst doBrasil ficou com uma estru-

tura empresarial mais enxu-ta, a reestruturação provo-cou resultados opostos noGrupo Hoechst do Brasil, ou

seja o número de empresasdo grupo aumentou paradezesseis, além da própriaHoechst do Brasil conforme

mostrado na Figura 4.Finalizando o encontro

com a imprensa, GunterMartin revelou alguns nú-meros do balanço de 1995,tanto da Hoechst do Brasil,

quanto do Grupo Hoechst doBrasil (Figura 5).

A Revista ouviu Thales P.

de Assis, Diretor de Comu-

nicação Corporativa daHoechst do Brasil, sobre as

mudanças ocorridas na es-trutura da empresa.

".

AMPLIEO MERCADO DA INDÚSTRIAQUíMICA EM 1996PROGRAMESEUANÚNCIO NA

RQI

PAUTAPARAEDiÇÃO NQ 706 - 3Q BIMESTRE1996 (MAIO/JUNHO)D RECICLAGEM DE GARRAFASDE PET

D PLASTIFICANTES:ALGUNSASPECTOSDE PRODUÇÃO NACIONAL

10 NQ705 - MarjAbr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

.

A perda de capacitação na indústria de químicafina brasileira após 1990

Ricardo Isidoro da Silva

A consolidação e análise de algumas implicações da abertura comercial no setor dequímica fina, em particular a desaceleração de investimentos.

INTRODUÇÃO

A indústria de química finabrasileira se deparou, a partir de1990, com uma nova realidade,face a sua maior exposição ã con-corrência internacional causadapela abertura comercial. Algumasconseqüências da abertura na in-dústria de química fina já foramabordadas em outros trabalhos,podendo-se destacar a quantifica-ção do número crescente de para-lisações de produções de insumose princípios ativos no mercado in-terno* e o aumento de transferên-cia de margens para as matrizesinstaladas no exterior, embutidasnas importações realizadas e-ntreempresas com vínculo acionário**.

A reorganização do espectro daprodução e a não implementaçãode diversos investimentos previs-tos em 1990 causou grande perdade capacitação, visto que o setorde química fina no Brasil era mui-to incipiente, tendo na realidadecomeçado a ser implantado na dé-cada de 80.

SITUAÇÃO ATUAL DOSPROJETOS DE

INVESTIMENTOSPREVISTOS ATÉ 1990

Inicialmente, examinaremos osdados relativos aos projetos de in-vestimentos no setor de químicafina programados até dezembro de1989, para implantação no perío-do 1990-94.

. NQde projetos aprovados =108.NQde produtos a que sereferiam =293

* Revista de Química Industrial NQ698,out/dez 1994

**Revista de Química Industrial NQ699,jan/mar 1995

. Valor de investimentosprevistos = US$ 743 milhões.Número de empregos diretosque seriam criados = 3.328

O Quadro 1 apresenta a situaçãoatual desses projetos de investi-mentos:

Verifica -se que mais da meta-de dos investimentos previstosem 1990 para o setor de quílnicafina não foram implementados,

Os segmentos com maiores in-vestimentos programados foram osde farmoquímicos (24%), defensi-vos agrícolas (22) e intermediários(21%). Nesses segmentos, os de-fensivos agrícolas contribuíramcom a maior participação de inves-timentos implementados (conclu-ídos) - 145 milhões de dólares (87%do total programado no segmentoe 20% no total do setor). .

(#) Em milhões de dólares* Refere-se a plantas multipropósitos que estão produzindo apenas uma parcela doque estavaprogramado.

indicando que a abertura comer-cial causou uma significativaretração nos investimentos pro-gramados para esse setor, impli-cando numa drástica desacele-ração na sua consolidação noBrasil.

As prováveis razões da drásticainibição dos investimentos no se-tor de química fina são sua estru-tura no mercado imperfeita e alta-mente oligopolizada e ãs carac-terísticas peculiares do seu proces-so competitivo, onde predominamtransações entre empresas comvínculo acionário.

O Quadro 2 apresenta a distri-buição dos investimentos previs-tos em 1990 no Setor, de acordocom o segmento demandante:

Nele pode-se observar:

RQI - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ705 - MorjAbr 1996

- Nos farmoquímicos e interme-diários, a participação dos proje-tos implementados é pequena emrelação ao total programado: 23%no segmento e 5% no setor, paraos farmoquímicos; 2% no segmen-to e 0,3% no setor, para os inter-mediários.

- Nenhum investimento previs-to nos segmentos de catalisado-res e aditivos foi implementado;

- A parcela de investimentosimplementados no segmentode corantes/pigmentos é infe-rior ã metade dos não imple-mentados;

- No segmento de essências/aromas foi significativa a parti-cipação de investimentos imple-mentados (93% do total progra-mado para o segmento).

11

-

CAPACITAÇÃO EM QUíMICA FINA

CONTROLE ACIONÁRIODAS EMPRESASINVESTIDORAS

Outro aspecto que merece re-flexão nos projetos que estavamprogramados em 1990 é a partici-pação nos mesmos dos investi-mentos que seriam realizados porempresas de capital nacional pri-vado e estrangeiro.

O Quadro 3 apresenta uma con;- j

solidação de tais investimentos deacordo com o capital acionário daempresa investidora:

Observa-se uma predominân-cia marcante no total de investi-

mentos previstos em 1990 daque-les programados por empresas decapital nacional privado (87%).

Verifica-se, ainda, que as em-presas de capital estrangeiro pra-ticamente abandonaram a totali-

dade de seus investimentos pre-vistos, visto que esse tipo de em-presa, após a abertura comercial,tornou-se muito mais confortávele económico enviar para o Brasilprodutos de maior valor agregado.

RETRAÇÃO DAPRODUÇÃO NACIONAL

Não bastassem os efeitos dano-sos nos investimentos programa-dos citados anteriormente, os da-dos levantados demonstram, ain-da, que a indústria de química finabrasileira sofreu, de 1990 a 1994,um forte desinvestimento, face aoelevado número de produtos quetiveram produções interrompidasno mercado doméstico.

Como exemplo, podemos ana-lisar a situação dos farmoquímicoshumanos:

- Núme~o de farmoquímicos queconstavam de projetos de investi-mentos aprovados até 1989 e quehoje estão sendo produzidos = 16

- Número de farmoquímicosque constavam de projetos de in-vestimentos aprovados até 1989e que hoje não estão sendo pro-duzidos = 106

12

- Número de farmoquímicos quenão constavam de projetos de in-vestimentos aprovados até 1989mas que passaram a ser produzi-dos após 1990 = 14

- Número de farmoquíniicos quetiveram suas produções internasparalisadas após 1990 =49

Nota-se uma significativa retra-ção na produção interna de farmo-quí~icos humanos, tendo-se dei-xadodefabricar 155 produtos, sen-do 106 de investimentos não im-

plementados e 49 que tiveram suasproduções paralisadas.

Os dados apresentados mos-tram, ainda, que hoje produzimos19 farmoquímicos humanos a me-

. nos do que em 1990.

CONCLUSÃO

A conseqüência imediata daretração dos investimentos pro-gramados e paralisações de produ-ção no mercado interno no setorde química fina foi o crescimentodas importações de produtos demaior valor agregado.

O Gráfico 1 mostra que as im-portações, por exemplo, de me-dicamentos acabados, prind-palmentejá acondicionados pa-ra a venda a varejo, mais do quequintuplicam nos últimos cin-co anos, tendo um crescimentomuito superior ao que poderiaser justificado pelo crescimen-to da economia nacional. Uma

NQ 705 - Mar/ Abr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

CAPACITAÇÃO EMQuíMICA FINA

Gráfico 1Crescimento das importações brasileiras de medicamentos - 1990-95.

1995 - Projeção a partir das guias emitidas no 1Q semestre.

projeção realizada para o ano de1995 indica que, nesse ano, fo-ram importados quase meio bi-/lhão de dólares de medicamen-tos no Brasil.

Os dados apresentados indi-cam, sem dúvida, significativa per-da de capacitação na indústria dequímica fina no período 1990-95,com perda d~ produção de 155novos farmoquímicos humanos ereflexos indesej áveis na renda e nonível de emprego.

A substituição de parte da pro-dução interna por importaçõescausou os mesmos efeitos indese-

jáveis, tendo apenas contribuídopara o aumento das margens dasmatrizes das empresas estrangei-

ras aqui instaladas, principal-mente quando a importação deprodutos de maior valor agregadodo que os anteriormente fabrica-dos passa a ser realizada pelomecanismo inter-company (ma-triz x filial).

Finálmente, cabe aindaressal-tar o alto índice de investimentos

previstos e não implementados no

I!!IA granel

I! A varejo111Total

segmento de intermediários, elomais deficiente nas cadeias pro-dutivas do setor de química finano Brasil, que certamente compro-meterão a verticalização dos pro-cessos de produção existentes nomercado doméstico, mantendo opaís altamente dependente deaquisição de insumos no merca-do externo.

RQI - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ705 - MorjAbr 1996 13

Polímeros BiodegradáveisRonilson V. Barbosa

Num futuro próximo todos os polímeros serão biodegradáveis. Precisamos apenaspesquisar para que este futuro chegue logo.

INTRODUÇÃO

Todos os polímeros naturais são biodegradáveis,porém muitos dos polímeros sintéticos são pouco sus-cetíveis à biodegradação. Atualmente considerávelatenção tem sido dada ao desenvolvimento de polí-meros biodegradáveis, principalmente devido à po-luição causada ao meio ambiente pelos polímeros quesobram nos centros de processamento de lixo ou nosaterros sanitários. A reciclagem de polímeros é umaoperação complicada e sua reutilização é limitada auma certa quanti-dade em misturascom polímeros vir-gens. Além disto oreaproveitamentopor repetidas vezesacaba provocandoperdas nas propri-edades mecãnicas.Referências sobrea biodegradação depolímeros são en-contradas >na lite-ratura divididasem três classes:utilização de polí-meros produzidospor microorganis-mos, utilizáção depolímeros naturaise seus derivados edesenvolvimentode polímeros sinté-ticos biodegradá-veis. A síntese depolímeros biode-gradáveis, tem sidouma meta per-seguidaarduamen-te em vários labora-tórios de pesquisa.

Vários fatores químicos devem ser levados em con-ta no momento da síntese de um polímero com ca-racterísticas biodegradáveis. Estes fatores são: fór-mula, hidrofilic1dade, composição, configuração,morfologia, mobilidade, peso moleculare suas inter-relações. Contudo, outros fatores não' intrínsecosà estrutura química precisam ser levados em con-sideração, como a presença de aditivos e cargas, ascondições ambientais onde ele será depositado e ageometria do corpo polimérico, principalmentequando este é insolúvel em água. Na Figura 1 é mos-trada a relação entre a estrutura química de um po-límero e o tipo de decomposição sofrida.

14

BIODEGRADAÇÃOE DEGRADAÇÃO

Entre os polímeros sintéticos capazes de sofrerbiodegradação, encontramos na literatura científi-ca, vários exemplos. Os poliésteres de baixo pesomolecular, como o poli(etileno adipatop, poli(tetra-metileno adipato)2 e poli(caprolactamaj3 sofrem bio-degradação pelo ataque de microorganismos. O po-li(álcool vinílico)4 é outro exemplo de polímero capazde sofrer biodegradação. Neste caso o processo debiodegradação é grandemente facilitado pela alta so-

lubilidade do mes-mo em água.

O processo debiodegradaçãoocorre quando amacromoléculaapresenta uma cer-ta miscibilidade coma água. Tal caracte-rística permite queas enzimas libera-das pelos agentesbiodegradan tes(bactérias e fungos)atinj am a macroes-trutura e quebremas ligações quími-cas da cadeia, dimi-nuindo o peso mo-lecular do polímeroe permitindo que omicroorganismofagocite os pedaçosmenores.O processo de

decomposição deumpolímero, mui-tas vezes é inicia-do sem a atuaçãode um microorga-nismo. Neste caso

de decomposição, conhecido como degradação,reações fotoquímicas, radiação ou degradaçõeshidrolíticas, quebram as ligações químicas da ca-deia principal do polímero, reduzindo o peso mo-lecular. Após sofrer esta primeira etapa de degra-dação, os microorganismos podem biodegradar opolímero, através da metabolização dos fragmen-tos por reações químicas ou biodegradação enzi-mática5,6. Os polímeros sintéticos como polietileno,polipropileno e outros, são insolúveis em água, fa-tor que dificulta a atuação das enzimas, sendo ape-nas decompostos por degradação.

O principal fator determinante na biodegradação

r..

NQ 705 - Mar / Abr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

I.

Ir

de um polímero, é a existência de uma,enzima dedespolimerização. Tais enzimas existem para polí-meros naturais, quebrando suas estruturas em uni-dades metabólicas. Para polímeros sintéticos estasenzimas não existem, devido ao pouco tempo deexistência dos polímeros na natureza. Entretantosendo os polímeros estruturas orgãnicas, eles po-deriam vir a ser utilizados como fonte de energia oude carbono para algum microorganismo que seadaptasse a utilizá-Ios como alimento. Só que ge-ralmente as subunidades geradas por um processode biodegradação enzimática de um polímero, pro-duzem metabólicos estranhos ao processo fisioló-gico normal de um microorganismo, sendo em mui-tos dos casos tóxicos.

A degradação biológica de um polímero catalisadapor uma enzima, processa-se em duas etapas. Pri-meiramente a enzima se liga a cadeia polimérica edepois catalisa a clivagem hidrolítica. Neste proces-so inicial, o ataque pode ser feito de modo "exo" ou"endo", os quais são resultantes do local onde aenzima se ligou e o tipo de produto final formad07. Oataque "exo" ocorre num grupamento funcionallo-calizado na extremidade da cadeia, geralmente hidro-xila ou éster. Em tal ataque, são geradospequenos oligômeros ou monômeros. No ataque"endo" a fixação e clivagem se dá em qualquer parteda cadeia principal, resultando na diminuição dopeso molecular.

Os grupos funcionais que mais facilmente são re-conhecidos por enzimas, possibilitando a biodegrada-ção, são os éster, amida e uretanos. Muitas das des-polimerizaçôes são específicas, e envolvem a atua-ção da enzima num substrato quiral. Polímerosamorfos são mais rapidamente biodegradados do queseus ,similares ,cristalinos. A .velocidade de biode~gradação é maior nos polímeros de peso molecularmenor, principalmente na biodegradação tipo "exo",devido ao aumento da concentração de grupos finais.A mobilidade da cadeia é um fator importante, poisquanto maior for a mobilidade, maior será o volumelivre, e melhor será o acesso da,enzima até o sítio deataque. Assim polímeros que têm maior grau de fle-xibilidade ou menor T~, apresentam maior facilidadede serem biodegradados6.

Somente um pequeno número de polímeros sãosolúveis em água, ou mesmo incham em contato comela. A água é o melhor meio. para biodegradação nanatureza. Desta forma, em materiais insolúveis emágua, o ataque da enzima ocorre apenas na superfí-cie do polímero.

A possibilidade de se produzir uma macromoléculaque sofra biodegradação, através da introdução degrupos com esta finalidade, sem alterar as proprieda-des mecánicas do polímero, é uma tarefa árdua paraos químicos poliméricos. A modelagem molecular temsido uma ferramenta muito usada para atingir tal re-sultado. A técnica de introdução de unidades bio-degradáveis, como álcool vinílico na cadeia de umpolímero tem sido muito utilizada8. A finalidade da

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RQI - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 705 - Mar / Abr 1996

POLíMEROS

introdução do álcool vinílico, é de aumentar o caráterhidrofílico do polímero.

Uma outra técnica muito utilizada para facilitar abiodegradação, é a introdução de grupos químicosfixadores de microorganismos na cadeia principal.Um grupamento químico muito utilizado é a piridina.Com esta técnica, Nariyoshi e Tekuya produzirampoliacetato de vinila-co-cloreto de N-benzil-4-vinilpiridina)9. Este polímero mostrou ser biodegradávelquando testado em água aerada. O grupo piridinaage capturando células vivas e fixando-as na super-fície do polímero. A degradação do poli(acetato devinila-co-cloreto de N-benzil-4-vinil piridina)9 foi ob-servada por diminuição do peso molecular e da vis-cosidade intrínseca do polímero, após ser colocadoem água aerada por 208 dias.

POLlOLEFINAS

As poliolefinas, são de longe, o maior volume deplástico sintético produzido atualmente, o que cau-sa sérios problemas para a natureza, devido a suaincapacidade de sofrer biodegradação. Parafinas epolietileno de baixo peso molecular são citados comosendo facilmente metabolizados por certos micro-organismos5. Assim uma estratégia na modelagemde estruturas poliméricas biodegradáveis a partir daspoliolefinas, seria a síntese de polietileno com umapequena quantidade de monômero que sofra fácilhidrólise ou mesmo a adição de compostos que que-brem a estrutura em unidades menores6.

Polietileno comercial tem sido misturado comamido na tentativa de torná-Io biodegradável. Estasmisturas porém se desintegram quando o amido ébiodegradado, sobrando apenas polietileno em for-ma de areia. Existem evidêBcias espectroscópieas deque o polietileno sofre oxidação pelo meio ambiente,porém sem sofrer biodegradação ou redução do pesomolecular6.

POLlESTIRENO E SEUS DERIVADOS

Existem trabalhos que relatam o ataque de micro-organismos a poliestireno e seus copolímeros. Polies-tireno graftizado em lignina 10 é atacado por fungos ca-pazes de crescer na lignina, os quais produzem enzimasperoxidases capazes de degradar o poliestireno. Nestecaso a degradação ocorre tanto a nível da cadeia prin-cipal, como pela clivagem do anel aromáticoll.

POLl(ÁLCOOL VINíLlCO)

O poli(álcool vinílico) é outra exceção para a regrade que polímeros com ligações carbono-carbono nãopodem sofrer biodegradação. Este polímero é solú-vel em água, e pode ser degradado facilmente em ummeio aquoso. Duas etapas enzimáticas estão envol-vidas na degradação do poli(vinil álcool): a oxidaçãodo grupo hidroxila até dicetona, seguida de uma re-ação de cisão da ligação carbono-carbon06.

15

.

POLíMEROS

POLlÉTERES

Poliéteres são mais hidrofílicos do que as polio-lefinas, e alguns são muito solúveis em água. Nu-merosos microorganismos tem degradado o poli-(etileno glicol)6, incluindo a bactéria do gêneroBacteroides, as quais utilizam o polímero comofonte de carbono. Acredita-se que uma enzimadespolimerase esteja envolvida na degradação,apesar da mesma nunca ter sido isolada. A mes-ma bactéria, entretanto não degrada o poli(pro-pileno glicol), indicando uma especificidade parao polir etileno glicol)l2.

POLIÉSTERES

Vários poliésteres tem se mostrado sensíveis adegradação por microorganismos, e como uma regragenérica, pode-se dizer que os poliésteres alifáticossão mais biodegradados que os aromáticos. Os aro-máticos possuem grande resistência à biodegra-dação. Os poli(a-hidroxiácidos) têm sido muito utili-zados como materiais na área de saúde por serembiodegradáveis, devido a facilidade de serem hidroli-sados no corpo humano, predominantemente porreações nãoenzimáticas. É irilpDrtantedtar que al-guns poliésteres alifáticos são hidrolisados por lipa-ses originárias de fungos13. A degradação da poli-(caprolactona) por fungos foi estudada utilizandotécnica de microscopia eletrônica, mostrando que asregiões amorfas do polímeros são preferencialmeJ1tedegradadas, quando comparados com as regiões cris-talinas.

POLlAMIDAS

Apesar das poliamidas comerciais serem resis-tentes à biodegradação, várias amidas substituídasou de baixo peso molecular sofrem ataq"!-le de micro-organismos de forma proporcional a sua hidrofili-cidade. Muitas proteases mostraram-se efetivas nes-tes processos de biodegradação in vitro5. Devido aatuação de enzimas proteolíticas não específicas, temse tentado sintetizar polímeros com ligações amida,as quais são facilmente atacadas por estas enzimas.Vários polímeros sintéticos como a poli(amida), po-li(amida-éster), poli(amida-uretana) e poli(éster-ure-tano) podem ser hidrolisados por protease bacteria-na de origem extracelular7. Para'estes polímeros acristalinidade e mobilidade da cadeia são fatoresimportantes na biodegradação.

Polímeros provenientes de proteínas análogas ~<isencontradas na natureza, sofrem biodegradaçãoproteolítica. Por exemplo, poli(L-ácido glutámico) ébiodegradado de modo "endo" e "exo" por proteases7.Uma versão deste mesmo polímero com ligações cru-zadas pode ser biodegradado pela papaína, depen-dendo apenas da densidade das ligações cruzadas7.

16

BIODEGRADAÇÃO in vivo

A biodegradação in vivo de polímeros é um pro-cesso em que o polímeroé decomposto no interior doser vivo. Poucos polímeros são biodegradáveisin vivo,porém os que sofrem biodegradação são utilizadosem um grande número de aplicações na área de saú-de. Como por exemplo, fixadores cirúrgicos, parasutura cirúrgica bioabsorvível, transportador de dro-gas para sistemas de liberação controlada de medi-camento, entre outras.

É de grande importància o estudo da biocom-patibilidade, da toxidez e da imunologia destes ma-terais para aplicações com esta finalidade. Além dis-so as propriedades mecãnicas, a suscetibilidademicrobiana e a própria degradação no corpo huma-no, devem ser bem compreendidas para evitar futu-ras complicações.

Os melhores polímeros para utilização em seresvivos, são aqueles que quando biodegradados gerammonômeros com características de ácidos do ciclo deKrebs. O ciclo de Krebs é o processo no qual um acetalé oxidado completamente a dióxido de carbono e água,produzindo energia para o ser vivo. Os ácidos do ciclode Krebs são estruturas básicas, adequadas para ge-rarem polímeros biodegradáveis com aplicaçôes naárea de saúde. É portanto esperado que todos os polí-meros que sejam produzidos a partir de monômerosque sejam oxidados pelo ciclo de Krebs sejam bio-compatíveis, biodegradáveis e produzam resíduos nãotóxiCOS14.

REFERÊNCIAS

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NQ 705 - MarjAbr 1996 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- RQI

Catálise: A experiência BrasileiraCláudia Inês Chamas

Para se elevar o nível de competitividade do setor de catalisadores são necessáriosmaiores investimentos em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e

produção por parte da iniciativa privada.

IMPORTÂNCIATECNOLÓGICA

o termo "catalisador" foi criado pelo químicosueco Jôns Jakob Berzelius em 1836. O primeiroprocesso catalítico aplicado industrialmente sur-giu em 1868, desenvolvido por Deacon e Hunter.Através de cloreto cúprico como catalisador, e comoreagentes cloridreto e ar, obteve-se cloro. Em 1834apareceu a primeira patente de catalisadores, em-pregando-se platina na oxidação de S a S025.

O catalisador é uma subs-tãncia que aumenta a veloci-dade com que uma reação seaproxima do equilíbrio sem queela mesma sofra alteraçõesquímicas, ou seja, não éconsumida durante o proces-so; a sua atividade representaa primeira medida quantitati-va da ação catalítica. Comoconseqüência diz-se que umcatalisador reduz a energia deativação de uma dada reaçãoquando comparada com a mes-ma reação não-catalisada.Como exemplo, pode-se citar areação de hidrogenação de umalqueno a alcano que é exo- Fonte:LIBERGOTT&APPEL(l987,p.27).térmica, ou seja, há liberaçãode calor. No entanto, não ocorre nenhuma reaçãoquando se mistura um alqueno com hidrogênio. Istoocorre porque a energia de ativação para esta reação émuito alta. Quando um metal, assim como o paládioou platina, disperso, é adicionado, a reação é suave equantitativa. O metal usado como catalisador servepara baixar a energia de ativação da reação. A reaçãoocorre na superfície do metaF.

As mudanças na taxa de reação produzidas por umcatalisador são geralmente positivas, corresponden-do a uma aceleração. Ao se aumentar a velocidade deuma reação desejada em relação a reações indesejadas,a formação do produto desejado pode ser maximizadoem relação aos produtos não-desejados.

Com uma mesma matéria-prima e cOlÍl o empregodo catalisádor adequado é possível se óbter produ-tos totalmente diferenciados. Este fato resulta dapossibilidade do catalisador aumentar a velocidadede uma dada reação em relação às demais, igualmenteviáveis do ponto de vista termodinámico. Como pode-se observar no Quadro 1, a partir de uma mesmasubstància - etanol - consegue-se obter diferentesprodutos como, dietil-éter, propeno, acetaldeído,metano, 1,3-butadieno e fenol e tolueno.

Os catalisadores são avaliados em geral por sua ati-vidade, que é medida pela capacidade de conversão dosreagentes, pela seletividade, que indica a capacidadede orientar a reação para um determinado produto, epela estabilidade, que é a capacidade de manter a ativi-dade ao longo do tempo. Além disso considera-se a ade-quação fisica, a capacidade de regeneração e o custo.Os catalisadores requerem não somente porosidadeadequada, que pode afetar a difusão e, desta forma, aatividade e a capacidade de regeneração, mas também

a resistência mecánica em re-atores de leito móvel. Um ca-talisador pode perder ativida-de ou seletividade por causa dadeposição de coque que, no re-fmo de petróleo, podeincluirre-síduos de enxofre e nitrogênio.O catalisador pode ser regene-rado por queima com ar7.

A catálise é a chave paraa grande expansão das indús- -trias químicas e de petróleo.Aprpxjmadamente 90% dosprocessos químicos são cata-líticos, o que corresponde de15 a 20% do total de bens ma-nufaturados nos Estados Uni-dos. A produção de ácido sul-fúrico, amônia, óleos comestí-

veis, hidrocarbonetos aromáticos, butadieno, ciclohe-xano, acetato de vinila, acetaldeído, ácido acético, ál-coois, acrilonitrila, borracha sintética e plásticos équase toda feita por processos~catalíticos. Da mesmaforma, o refmo de petróleo, que fomece o maior volu-me de produtos industriais, agora consiste quase quetotalmente de uma série de processos tais como, cra-queamento, reforma, dessulfurização, isomerização,polimerização e alquilaçã07.

De acordo com NOGUEIRA & LUCHl (1976, p. 2),a inovação em processos químicos é muitas vezesconseqüência de desenvolvimento de novos catali-sadores que permitem operação em condições eco-nômicas mais favoráveis e utilização de matérias-primas altemativas.

Os autores citam três exemplos recentes de ino-vações em processos químicos:. introdução de catalisadores denominados "pe-

neiras moleculares"(molecular sieves) ou zeó-litas nos Estados Unidos, na década de 60, noprocesso de craqueamento catalítico tendosubstituído 90% do consumo do catalisador tra-dicional de sílica-alumina, anteriormente uti-lizado no processo;

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RQI - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - N2705 - MorjAbr 1996 17

CA TÁLlSE

. desenvolvimento de catalisador mais ativo paraa síntese de metanol na década de 60, que per-mitiu redução na pressão de operação de 350atm para 50 atm, resultando diminuição acen-tuada no investimento fixo e custos de opera-ção associados à produção desta importantematéria-prima; .. aperfeiçoamento de catalisadores para o proces-so de "reformação com vapor" (steam reforming)para formação de misturas contendo H2, CO,CO2 e CH4, permitindo:

1. utilização de nafta ou gás natural como carga,sem o inconveniente da deposição de coque so-bre o catalisador como conseqüência da maiortendência dos hidrocarbonetos pesados, emcomparação com os mais leves, para esta de-composição indesejada.

2. operação em níveis maiores de pressão permi-tindo diminuição nos custos de compressão dogás a ser empregado posteriormente no proces-so de produção de amônia.

A aplicação industrial de catalisadores tem pre-cedido de muitos anos um conhecimento maisprofundo do fenômeno catalítico em si. No Quadro2 pode-se observar como se deu o desenvolvimen-to histórico dos principais processos catalíticos in-dustriais..O estabelecimento de um método de fa-bricação de catalisadores para um propósito espe-cífico foi conseqüência, na maior parte das vezes,de resultados o,btidos por procedimentos empíricosde tentativa e erro. A hidrogenação catalítica dehidrocarbonetos foi realizada por Sabatiner no sé-culo XIXusando níquel, cobalto e cobre, aproxi-madamente no mesmo tempo que W.N. Ipatieffini-ciava uma larga série de trabalhos como a desidro-genação de álcoois e isomerização de hidrocar-bonetos. A oxidação do gás amoníaco a óxidonítrico por meio de um catalisador de platina noinício do século gerou o processo Ostwald de largoemprego em todo o mundo.

Com o acúmulo dos conhecimentos científicos etecnológicos e com o desenvolvimento de sofistica-das técnicas analíticas como, espectroscopia de emis-são e absorção, cromatografia de gás e emprego deradioisótopos, os fenômenos catalíticos puderam sermelhor compreendidos, com conseqüente aumentode inovaçôes e depósitos de patentes.

. Uma grande descoberta foi a dos catalisadores deZiegler-Natta em 1953. Estes catalisadores permi-tem o controle de reaçôes de materiais baratos e fa-cilmente disponíveis, tais como o etileno. O políme-ro resultante difere dos polímeros anteriormente co-nhecidos do etileno, que são ramificados e não cris-talinos, e possuem propriedades mecãnicas fracas.Com os catalisadores de Ziegler-Natta pode-se pro-duzir polímeros de cadeia linear com grande regula-ridade estereoquímica, elevado ponto de fusão e queformam fibras muito fortesl.

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Fonte: CIOLA (1981, p. 4)

NQ 705 - Mar/Abr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

..

Na síntese de aldeídos e acetonas, o processoWacker ainda é o mais utilizado. Desenvolvido nadécada de 50, o processo oxida a olefina de partidanuma série de reações catalisadas por Pd2+ e Cu2+ naforma de cloretos, exemplificada abaixo para oacetaldeído:

I CH,CH, + 1/2 O, -; CH,COH I

o processo, embora de alta eficiência, produz umasérie de subprodutos organoclorados cuja destinaçãofinal é bastante onerosa e problemática.

Um processo desenvolvido recentemente, que uti-liza um novo sistema catalítico ã base de vanádio,reduzindo assim a concentração de cloreto em 400vezes e a de paládio em 100 vezes, eliminou o cobredo processo e diminuiu sensivelmente a produçãode organoclorados6.

Atualmente, há várias pesquisas dirigidas para odesenvolvimento de sistemas catalíticos de controlede emissões (conversor catalítico para a purificaçãodos gases de exaustão de motores de automóveis),em função da necessidade de se atender aos padrõesmais rígidos de emissões veiculares, objetivandomelhoria na qualidade do ar. No futuro, a aplicaçãoda catálise para síntese de combustível a partir decarvão e xisto, além das células combustíveis (fuelcells) , para conversão de energia química em energiaelétrica, parece ser um grande potencial.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

,-

o mercado mundial de catalisadores, em 1988, foiestimado entre US$ 3 e 4 bilhões, sendo normalmen-te caracterizado como um setor de alta competitivida-de, capacidade ociosa em alguns segmentos, baixarentabilidade quando comparado a outras especiali-dades químicas, e extremamente fragmentado.

Em 1991 o mercado caiu de US$ 5,9 bilhões paraUS$ 5,6 bilhões, em função de dificuldades como aqueda do preço de metais preciosos e a recessão eco-nômica4. Em 1992 a indústria se recuperou e alcan-çou um valor de US$ 6,6 bilhões, como pode-se ob-servar na Tabela 1. Para 1997 está previsto um valoraproximado de US$ 8,5 bilhões3.

O maior segmento é o de catalisadores para a in-dústria química, seguido pelo de catalisadores paraproteção ambiental e para refino de petióleo. Todossão a-Itamente competitivos.

Nos EUA o mercado de catalisadores para proces-samento químico corresponde a 45,2% do total, o deproteção ambiental a 34,4% e o de refino de petróleoa 20,4% (Tabela 2)

A indústria como um todo porém não apresentainovações tecnológicas radicais freqüentes. Empre-sas que atuam na área de catalisadores para a in-dústria petroquímica estão reposicionando sua tec-

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RQI - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 7Q5 - MarjAbr 1996

CATÁLlSE

nologia, buscando novos mercados para seus pro-dutos e serviços principais, ou desenvolvendo ver-sões altamente ativas e seletivas de catalisadores jáconhecidos. As maiores oportunidades de investi-mento concentram-se atualmente no controle depoluição.

O mercado brasileiro de catalisadores em 1992alcançou US$ 150 milhões, sendo que a oferta inter-na correspondeu a US$ 107 milhões, enquanto queas importações soma1;"am US$ 43 milhões. Este valorrepresenta mais do dobro do mercado estimado para1990 - US$ 73 milhões -, em função do aumento dademanda e do início da produção de catalisadoresautomotivos1o.

O mercado nacional (US$ 150 milhões) correspondeapenas a 2,3% do mercado mundial de catalisadores,que 1992 alcançou a cifra de US$ 6,6 bilhões.

Os catalisadores para craqueamento catalítico depetróleo representam 52% do mercado, enquanto queos catalisadores automotivos constituem 28%.

Fonte: Chemical Week (1993. p. 36).

Fonte: Chemical Week (1993. p. 36)

19

CA TÁLlSE

A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA

A indústria de catalisadores brasileira, de formageral, é pouco desenvolvida, uma vez que grande partedos processos da indústria química em operação nopaís tiveram seu desenvolvimento iniciado e comple-tado no exterior, sendo para aqui transferidos prote-gidos por contratos que lhes garante direitos sem aobrigatoriedade de esclarecimentos referentes a na-tureza do catalisador, sendo tecidas consideraçõesapenas sobre quantidade envolvidas, procedimen-tos de ativação e regeneração e cuidados gerais paraprevenir envenenamentoll.

No Brasil, os processos catalíticos são principal-mente empregados nas seguintes indústrias:

a. Refino de petróleo: craqueamento catalítico, re-formação catalítica e hidroprocessamento;

b. Fabricação de ácido sulfúrico;c. Fabricação de amônia;d. Geração de hidrogênio: para as aplicações de

síntese de amônia, metanol e hidroproces-samento;

e. Indústria petroquímica: obtenção de benzeno,tolueno e xileno (BTX), metanol, cumeno,tetrãmero de propileno, óxido de etileno,dodecilbenzeno, estireno, acrilonitrila, cloretode vinHa monômero, anldrido ftálico, anidridomaleico e butanol;

f. Fabricação de ácido nírico;g. Hidrogenação de óleos alimentícios e industriais.A produção de catalisadores no Brasil começou no

final dos anos 70. Antes todo o catalisadorutilizado nopais era importado. As pesquisas nesta área eram es-cassas. Somente em 1971 foi criado formalmente o Setorde Catálise na Divisão de Tecnologia de Refinação doCENPES. Este setor procurou fomecer àPetrobrás umacapacitação na área de caracterização, avaliação e de-senvolvimento de catalisadores, bem como em estu-dos relativos aos fundamentos dos processoscatalíticos. Eram estudadas a fabricação de aluminaspara suporte e como catalisador, e a fabricação dezeólitas para craqueamento e para petroquímica. Es-tas pesquisas avançaram da escala de bancada para aescala piloto, chegando ao desenvolvimento dealuminas (tanto como catalisador quanto como supor-te de catalisador) e a fabricação de zeólitas e o posteriorpreparo de catalisador para craqueamento catalíticode petróleo em leito fluidizado. Nesta mesma época fo-ram realizados estudos em escala piloto sobre o pro-cesso de craqueamento catalítico, entre outros9.

Além do CENPES, alguns centros e universida-des conseguiram acumular conhecimento nestaárea. Podemos citar: o Instituto Militar de Engenha-ria (IME), a Coordenação dos Programas de Pós-Gra-duação ém Engenharia (COPPE), o Instituto de Pes-quisas :recnológicas (IPT), o Instituto Nacional deTecnologia (INT), o Centro de Pesquisa e Desenvol-vimento (CEPED), a Universidade Estadual de Cam-pinas (UNICAMP), a Universidade Estadual de SãoPaulo (USP), entre outros.

20

Em 1983 foi criado o Plano Integrado de Catálisee o Programa Nacional de Catálise (PRONAC) objeti-vando:. a formação de recursos humanos qualificados;

. a integração de trabalhos de pesquisa;. o fomento de intercàmbios com a indústria, atra-vés de projetos de desenvolvimento;. a identificação de grupos com atividades com-plementares à catálise (técnicas físico-quími-cas, ciência dos materiais, física do estado sóli-do, polímeros etc.);. a estruturação de laboratórios de pesquisa.

Dez grupos nacionais participaram do I Programa,com financiamento da FINEP e do CNPq. No IV Planojá havia dezenove grupos participantes com 60 pes-soas. Nesta mesma época o CENPES fortaleceu e ex-pandiu suas atividades de catálise, a fim de apoiar acriação da Fábrica Carioca de Catalisadores.

Em 1990 foi criado o Núcleo de Catálise (NUCAT)na COPPE, visando realizar pesquisa básica e aplica-da e acumular conhecimentos para aplicação na in-dústrianacional. O NUCATtem participação daFINEP,da Oxiteno, da Petrobrás e da Flutec, e é uma experi-ência de cooperação universidade/empresa. Há con-vênios com diversas instituições na França, EstadosUnidos, Alemanha, Argentina, México e Espanha.

Houve também grande avanço nas universidades,uma vez que os trabalhos científicos apresentadosem congressos de catálise no Brasil passaram de cer-ca de 20, em 1980, para cerca de 150, em 1993, epara aproximadamente 50 em congressos e revistasinternacionais, também em 1993. Existem hoje cer-ca de 100 brasileiros qualificados em catálise, traba-lhando no Brasil e no exteriorl2.

No mercado nacional merece destaque o surgimen-to de dois produtores de catalisadores -a FábricaCarioca de Catalisadores - FCC e a Newtechnos Ca-talisadores Automotivos Ltda.

A Fábrica Carioca de Catalisadores S.A. - FCC,mesma sigla de seu produto "fluid catalytic cracking",foi criada em 1986, como umajoint venture entre aPetroquisa, a Akzo e a Oxiteno. A FCC tem por obje-tivo produção, comercialização e exportação de ca-talisadores, no Brasil e no exterior. A empresa estálocalizada no Distrito Industrial de Santa Cruz, Es-tado do Rio de Janeiro. AFCC é o fornecedor exclusi-vo de catalisadores taylor made para as dez refinari-as do Sistema Petrobrás, que possuem Unidades deCraqueamento Catalítico Fluido (UFCC). É a únicafábrica de catalisadores para craqueamento em todaa América Latina com capacidade tecnológica, pro-dutiva e comercial. As importações, que em 1989eram de 14.300 toneladas de catalisadores, caírampara 1.100 toneladas em 1991. A produção efetivada empresa em 1990 foi de 18.000 toneladas.

ANewtechnos foi criada em 1991 para atender aomercado sul-americano com a participação da De-gussa (60%) e do Bradesco Previdência e Seguros(40%). A operação iniciou-se em outubro de 1991,em Americana (SP), com capacidade instaladade um

{I

N° 705 - MarjAbr 1996 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- RQI

.

milhão de conversores por ano e tecnologia da Degus-sa, que desenvolveu catalisadores específicos para omercado brasileiro.

No Brasil são poucas as unidades que fabricamcatalisadores, e em geral possuem escala muito me-nor em relação a fábricas comerciais no exterior. Sãoexemplos a Degussa S.A. (catalisadores de paládio eplatina), a Oxiteno S.A. (catalisadores à base de óxi-do de zinco), a Getec - Guanabara Química Industri-al S.A. (catalisador de níquel Raney) e a Arex S.A.(catalisador de níquel Raney).

Observa-se que os passos iniciais mais importan-tes já foram dados. Já existe uma pequena capacitaçãonacional em catalisadores. Contudo, a produção bra-sileira está muito aquém da atual demanda. Desta for-ma, é preciso um esforço concentrado para superar adependência de importação do produto. Para se elevaro nível de competitividade do setor são necessáriosmaiores investimentos em pesquisa, desenvolvimen-to tecnológico e produção por parte da iniciativa pri-vada, bem como o fortalecimento da infra-estruturacientífica e tecnológica e dos programas de pesquisaexistentes nas universidades. É fundamental para opaís que as empresas aumentem os dispêndios nabusca e no aperfeiçoamento de catalisadores, dada aimportáncia estratégica deste setor.

REFERÊNCIAS

1. Allinger, N.L. et alii. Química orgânica. Guanabara Dois, Rio deJaneiro, 1976.

2. Chamas, C. I. Formação de joint ventures como estratégia de ca-pacitaçâo tecnológica: a experiéncia da Fâbrica Carioca de Cata-lisadores.Tese de Mestrado, ITOI/COPPE/UFRJ, 1994.

CATÁLlSE

3. Chemical catalyst producers in the doldrums. Chemical Week,1993, p. 36-54.

4. Chemical sector catches up with the recovery: innovating ma-ture technologies. Chemical Week, 1992, p. 26.

5. Ciola, R. Fundamentos da Catálise.Editora da Universidade deSão Paulo, São Paulo, 1981.

6. Jardim, W.F. As indústrias quimicas e a preservação ambien-tal. Revista de QuímicaIndustrial,n. 692, p. 16-18, 1993.

7. Kir k -Othmer. Encyclopedia of chemical technology. Interscien-. ce Publishers, NewYork, 1971.

8. Libergott, E.K., Appel. L.G. Catalisadores e a indústria quími-ca. Informativo doINT, v. 19, n. 40, setembro/dezembro 1987.pp.26-31.

9. Manual de Catálise.Instituto Brasileiro de Petróleo/Comissãode Catálise, Rio de Janeiro, 1984.

10. Milfont, Jr. W. A indústria de catalisadores no Brasil. Revistade Química Industrial, n. 692, abril/junho 1993.

11. Nogueira, L.; Luchi, N. R. Emprego de catalisadores químicos naindústria brasileira.Trabalho apresentado no 1Q Congresso Bra-sileiro de Petroqu'ímica. 08 a 12 de novembro de 1976.

12. Schmal, M. A catálise no Brasil. Ciência Hoje, junho de 1993,vol. 16, n. 91, p. 9-10.

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RQI - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ705 - Mar/Abr 1996 21

I[ EMPRESAS

Nitriflex de olhono mercado internacional

o marketing internacional daNitriflex teve o ano de 1995 commuita movimentação.

Em setembro passado a em-presa teve a oportunidade deapresentar o tema "Avaliaçãodas Blendas NBRjPVC" duran-te a Expo Hule, que aconteceu nacidade do México.

Em novembro do mesmo ano, aempresa participou de dois even-tos importantes: a Feira K 95 emDusseldorf, Alemanha e marcoupresença também na Expo - Cau-cho em Buenos Aires.

NaFeiraK'95, a Nitriflexfez umcompleto programa de vendas pa-ra os distribuidores europeus,culminando com exportações pa-ra 1996 de 4.500 toneladas deelastõmeros para Suécia, França,Portugal, Espanha, Escandinávia,Itália, Turquia, Alemanha e Ingla-terra. (NITRI news, nQ 3).

opp e Poliolefinas

promovem seminário'sobre embalagens

A OPP Petroquímica e a Polio-lefinas, empresas da Organiza'çãoOdebrecht, promoveram o seminá-rio "AVisão Empresarial doDesignde Embalagens", com LincolnSeragini, no dia 19 de abril, duran-te a Argenplas'96 - VI ExposiçãoInternacional de Plásticos. Sera-gini abordou aspectos do designde embalagens, como podem aju-dar na redução de custos e no in-cremento de vendas, efeitos quepodem causar no meio ambiente esua utilização como ferramenta demarketing. A Argenplas'96 acon-teceu de 18 a 24 de abril, no Pré-dio Ferial de Palermo, em BuenosAires.

Presidente da Seragini Design,empresa brasileira especializadano desenvolvimento tecnológicode embalagens, com escritório emBuenos Aires, já projetou peçaspara Nestlé, Johnson & Johnson,Colgate~Palmolive, Toga e Young& Rubicam. Além, de consultor daONU para assuntos que envolvemo setor de embalagem, Seragini éex-integrante do Instituto Argen-tino de Embalagem. (PR)

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, José Carfos Grubisich Filho.

Rhodia organizaSetor Químico

A Rhodia, principal empresaquímico-farmacêutica da Améri-ca do Sul, tem agora uma nova or-ganização para o seu setorquími-co, a partir da fusão das direçõesde produtos químicos de base ede especialidades químicas, se-gundo anúncio feito em18j3 pelopresidente da Empresa, EdsonVaz Musa.

O objetivo da Rhodia ao promo-ver essa reestruturação é reforçarsua posição de liderança no conti-nente sul-americano dando ênfasepara a química de aplicação e deserviços, a chamada "Chimie Nou-velle", fortemente orientada para osseus mercados e clientes, que seráa base do desenvolvimento no se-tor do grupo Rhône-Poulenc (ma-triz francesa da Rhodia) nos próxi-mos anos.

O novo Setor Químico da Rhodiana América do Sul representa umfaturamento anual da ordem deUS$ 400 milhões (cerca de 28% dototal da Rhodia no Brasil), com pro-jeção de crescimento expressivopara os próximos anos.

"A unificação do Setor Químicoé fundamental para o desenvolvi-mento da empresa", afirma JoséCarlos Grubisich, diretor-geral ad-junto da Rhodia e diretor geral do

Setor Químico para América doSul, ao assinalar que a decisão écoerente com a organização daRhodia, formada hoje por empre-sas descentralizadas, com atuaçãopor mercados e compartilhando ascompetências de um forte grupoindustrial. (PR)

Owens Corning promove"Global Design Challenge"

na América Latina

A Owens Corning, líder mundi-aI na fabricação de fibras de vidroe compósitos de alta tecnologia,está promovendo, pela primeira vezcom a participação de uma univer-sidade da América Latina, o "Glo-bal Design Challenge'96", um con-curso mundial de pesquisa paradesenvolvimento de produtos commateriais da empresa.

Em seu segundo ano, o "GlobalDesign Challenge" contará coma participação dos estudantes daUSP de São Carlos, juntamentecom outras sete universidades emtodo o mundo, a ,desenvolver a"World Bike": uma bicicleta queseja prática e tenha um preçofinal ao alcance de 80% da popu-1ação mundial. Os estudantesestão recebendo, orientação defuncionários da Owens Corning,para que compreendam perfeita-mente a utilização dos materiaiscompósitos.

Os projetos serão enviados paraavaliação da comissão julgadoraaté 15 de maio, no Centro de Ciên-cias e Tecnologia da Owens Cor-ning em Granville, Ohio, EUA. Ostrabalhos serão julgados segundocritérios como criatividade, perfor-mance, custo de produção e apli-cação dos materiais. As três melho-res equipes de estudantes viajarãopar Granville no dia 18 de junhopara a cerimônia de entrega dosprêmios.

Entre os participantes estão aUniversidade de Guelph (Ontário,Canadá) e a Universidade de HongKong, vencedoras do ano passado,além de outras seis universidades.Os prêmios são de US$ 5 mil paraa medalha de ouro, US$ 4 mil paraa medalha de prata e US$ 3 mil paramedalha de bronze. (PR)

NQ 705 - MarjAbr 1996 - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- RQI

Kenisur criaprogramas de Trainees

A Kenisur Indústrias Químicas,empresa 100% brasileira especi-alizada em tratamento de águas in-dustriais, está criando um progra-ma interno de trainees.

O programa inclui atividadespráticas e didáticas nas áreas deequipamentos industriais, carac-terísticas físico-químicas da água,tecnologia de tratamento de águas,problemas e soluções tecnológicaspara preservação de sistemas deaquecimento, resfriamento e aflu-entes/ efluentes.

A Kenisur atua em 80% do terri-tório nacional e os trainees que sedestacarem poderão escolher a ci-dade em que gostariam de trabalhar.

A Kenisur é uma empresa cer-tificada pela BVQI nas normas ISO9001 e investe também no seuquadro de colaboradores. Tem umprograma de treinamento quetotaliza 6.000 horas/participan-tes/ano em 1996.

O processo de recrutamento eseleção ocorre nos próximos me-ses. Informações através do tele-fone (011) 889-0809. (PR)

Extremultus passaaatuar como'

Siegling Brasil

~

Depois de anunciar a incorpo-ração da Siegling, maior fabrican-te de correias planas de transmis-são e transportadoras leves e mé-dias do mundo, emjaneiro último,o grupo suíço Forbo, com sede emZurique, informa que a sua subsi-diária brasileira Extremultus In-dústria de Correias Ltda. passa aatuar no mercado nacional comoSiegling Brasil, com o objetivo defortalecer a imagem da empresa nocontinente sul-americano.

A decisão de mudança da razãosocial, após 20 anos de atividadesno País como Extremultus, chegatambém com o anúncio de um in-vestimento de US$ 2 milhões naampliação e construção de umanova planta industrial no muniCÍ-pio de Itapevi, a 30 quilômetros deSão Paulo, onde a Siegling Brasil

passará a produzir correias trans-portadoras revestidas por uma pe-lícula de PVC ou PU (poliuretano),com largura de até três metros, sememenda longitudinal, antes impor-tadas da Alemanha.

. Logo depois da incorporação daSiegling, no contexto de um pro-cesso de reestruturação de seusnegócios, o grupo Forbo escolheuo Brasil como uma das áreas prio-ritárias para a expansão de suasatividades. "Estamos iniciando ostrabalhos de construção de umanova unidade de produção de cor-reias transportadoras, cuja capa-cidade instalada nos permitiráatender com folga não só o merca-do local como também outros paí-ses do continente, com foco espe-cial no Mercosul", explica RaulGollmann, gerente geral da subsi-diária. (PR)

Fabricante dechocolate investindo

em qualidade

A Chocolate Garoto, produtorade 8.000 toneladas/mês de cho-colate em todo o País, está inves-tindo em novo sistema de refrige-ração em sua frota de caminhõese carretas para o transporte do pro-duto. A empresatemuma frota decerca de 400 caminhões tercei-rizados, sendo que a metade jáadotou o novo sistema que garan-te que o produto chegue ao con-sumidor com uma consistênciaperfeita. A meta é modificar toda afrota até o final do ano. (GM)

Nitriflex vendesua fábrica de EPDM

A Nitriflex vendeu sua unidadede Triunfo, no pólo-petroquímicodo Rio Grande do Sul, para o gru-po holandês DSM ThermoplasticEla'stomers. A unidade é o únicofabricante da América Latina deEPDM, borracha sintética usadaem larga escala pela indústria au-tomobilística.

Com essa venda a Nitriflex re-solveu dois problemas ou seja,obteve capital para reduzir o seuendividamento e conseguiu apoio

RQI - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - N2705 - Mar/Abr 1996

[ EMPRESAS Itecnológico do líder mundial deEPDM e grande fabricante de ABSe borrachas nitrílicas.

O projeto de cooperação permÍ-tirá que a empresa se modernize,mantenha a qualidade ISO-9000e alcance a certificação ambientalISO-14000. (NITRInews nQ 3)

Betz e Dearborn se unem

Com o acordo definitivo de ven-da (US$ 632 mil) da sua divisãoDearborn em nível global, para aBetz Laboratories Inc, a W.R.Grace & Co. informou que recebeupropostas de 40 firmas interessa-das em comprar essa divisão.

A escolhida foi a Betz Labora-tories Inc., que produz e comercia-liza programas e especialidadesquímicas para sistemas de água eprocessos industriais.

A Betz é fornecedora líder, emnível mundial, em seu ramo deatuação, e a Dearborn é líder noBrasil na indústria do mesmo se-tor. A combinação de recursoscoloca à disposição uma amplaseleção de tecnologias e serviçosavançados em tratamento deágua e de processo. c

Para se ter idéia do tamanhodesta união, a Dearborn opera emmais de 50 países, com mais de70%.,dasvendas. proveniente demercados fora dos Estados Uni-dos, ou seja, da Europa e AméricaLatina. Em 1995, alcançou o valorde US$ 400 milhões de fatura-mento. A Betz detém 70% do mer-cado dentro dos EUA. Essa com-posição gera equilíbrio maior den-tro e fora dos Estados Unidos.

Betz e Dearborn se ajustam.Com cerca de 2.500 funcionáriosem todo o mundo, a Dearborn pos-sui 12 fábricas e seis 'centros depesquisas no exterior.

A Betz tem aproximadamente,4. 116 funcionários e investe 4% desuas vendas brutas em pesquisae desenvolvimento.

O objetivo da união Betz Dear-born é atingir o primeiro lugar nosetor, uma vez que a soma dofaturamento das empresas - US$1,2 bilhões, gerará a divisão naliderança deste segmento, lugarque até hoje era ocupado pelaamericana Nalco.

23

...

[EMPRESAS Iopp Petroquímica

investe US$ 2,9 milhõesem nova extrusora

AUnidade PolímerosAvançadosda OPP Petroquímica, instalada emTriunfo (RS) , investiu cerca de US$2,9 milhões em uma nova linha deextrusão para fabricar 6 mil ti anode compostos. O equipamento seráempregado na produção de com-postos de EVA e especialidades depolietileno e vai aumentar a capa-cidade instalada da UnidadedeTri-unfo para 24 mil ti ano.

A nova extrusora KP 701200,que entrou em operação no come-ço deste ano, foi projetada em par-ceira com a Wemer Ptleiderer. "Asextrusoras convencionais não aten-dem às necessidades do nosso ne-gócio", explica Marcelo C. Bianchi,gerente de negócios da OPP. Namesma unidade, além da novaextrusora, há uma outra WernerPtleiderer e uma da Japan SteelWorks em funcionamento. (PR)

AGA tem novocomando no Equador

Oexecutivo Clemis Miki é o novopresidente da AGA no Equador."Pretendo aproveitar a experiênciaadquirida no Brasil para colaborarcom a profissionalização e cresci-mento do mercado equatoriano",afirma. Além do Equador, Miki tam-bém será responsável pela recém-iniciada operação da AGA na Repú-blica Dominicana.

Miki ingressou na AGA em1976 como engenheiro de proces-sos. Desde então atuou como ge-rente das áreas de produção, apli-cação de gases e marketing. Des-de 1991, Miki era diretor comer-cial da AGA no Brasil. (PR)

BNDES ajudasetor coureiro

O BNDES aprovou cerca de R$100 milhões para projetos de fi-nanciamento a indústrias do pólocoureiro-calçadista do País. Já fo-ram desembolsados aproximada-mente R$ 40 milhões.

Todos esses créditos estãodestinados às indústrias do setor

24

que foram abaladas com a forteconcorrência internacional de-corrente da abertura da economiae que desejam reagir, buscandolinhas de financiamento para suareestruturação.

. Esses financiamentos, obtidosem condições favorecidas, são vol-tados para projetos de modemiza-ção, melhoria de qualidade e produ-tividade, reestruturação empre-sarial e capacitação tecnológica. (GM)

Eucalipto produzindocelulose solúvel

A Bacell S.A., "joint venture"formada pela Klabin e a austríacaLenzinig investiu US$ 300 milhõesna fabricação de celulose solúvela partir de madeira de eucalipto. Acelulose solúvel é usada na indús-tria têxtil, que a transforma em fiopara fabricação de viscose, obten-do-se um tecido com propriedadesquímicas parecidas às do algodão,mas com textura da seda.

Serão produzidas 115 mil tone-ladas anuais de celulose solúvel epara tanto serão consumidos 550mil metros cúbicos de madeira deeucalipto a serem fomecidos pelaCopener, uma subsidiária da Cope-ne Petroquímica do Nordeste. (GM)

Petrobrás estáperdendo US$ 30 milhões

/ por ano

Atualmente, cerca de 20% daprodução de gasolina brasileira éexportada, gerando uma receitaanual de US$ 140 milhões.

As restrições impostas pelosEstados Unidos a partir do iníciodo ano passado aos tipos de com-bustível que podem ser vendidosao mercado norte-americano, obri-gou o Brasil a procurar novos mer-cados, como o Canadá e África, apreços mais baixos, gerando per-das' da ordem de US$ 30 milhõespor ano.

A medida gerou ação contesta-tória por parte do govemo brasilei-ro junto à Organização Mundial doComércio (OMC), visto que a novalegislação norte-americana abreexceção para as refinarias daquelePaís. (GM)

Indústria de vidroinvestindo alto

A indústria vidreira nacionalprepara-se para investir no au-mento da população e no aperfei-çoamento dos produtos oferecidosaos consumidores.

Segundo pesquisa realizada pe-la ABIVIDRO (Associação TécnicaBrasileira das Indústrias Automá-ticas de Vidro), até o ano 2000, osetor pretende investir US$ 1,3bilhões, quantia semelhante aototal de investimentos realizadosaté agora no País, Deste volume,US$ 760 milhões serão destinadosao segmento de embalagens. Orestante será distribuído entre alinha de vidros planos, vidro trans-formado, fibra de vidro e outros ti-pos de vidro. (ABC - lriformativo -NQ5 - Fev. 1996)

Datasul transformandocustos em benefícios

Sempre à frente no mercado deinformática, a Datasul está come-morando um ano de sua divisão em .

células de atendimento a clientes.As células são unidades de negóci-os autõnomas, que atendem a di-versos segmentos de mercado, con-tando com profissionais especiali-zados em cada um desses setores.

Uma dessas células é a de Pro-cessos Contínuos que atende aempresas atuantes nas áreas dealimentos, química e petroquími-ca, farmacêutica, plásticos e bor-rachas, aço e tintas.

A iniciativa da Datasul é tomarconhecimento prévio do cliente empotencial, de suas necessidades eproblemas, respeitando as parti-cularidades do segmento em quea empresa está inserida.

Dentro da Célula de ProcessosContínuos, 30 profissionais aten-dem a 40 clientes. Destes clientes,12 estão classificados. entre as 50maiores indústrias químicas epetroquímicas do país.

Além dos gerentes de conta, acélula tem ainda consultores in-ternos, pós-graduados na área deprodução voltada para processoscontínuos. (PR)

NQ 705 - MarjAbr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

I

j

Borrachas do setorautomobilístico ganham

novo revestimento

A empresa norte-americanaWhitford, fabricante do revesti-

mento Xylan, utilizados em pro-dutos industriais e domésticos,acaba de lançar no Brasil umanova Série Xylan para aplicaçãoespecífica em borrachas - indi-cado para guarnições de portasejanelas, acabamentos internose aplicações especiais. Nas ca-naletas de janelas de veículos,substitui o perfil flocado, redu-zindo o atrito e o ruído no conta-to com o vidro. Apresenta alta re-sistência aos raios ultravioletas,ozônio e intempéries, impede quea borracha resseque e fiqueesbranquiçada, aumentando suavida útil.

O novo tipo deXylan tem em sualinha, produtos base água e basesolvente. Foi projetado para apli-cação em materiais elastoméricosou termoplásticos como: EPDM,NBR, PVC, ASA, ABS e NR. Consti-

tuído de uma combinação entreresinas especiais, fluorpolímeros,pigmentos e aditivos em meio líqui-do proporciona resistência quími-ca e abrasão. Possui propriedadesantiaderentes e a possibilidade dediferentesacabamentos de cores etextura. (PR)

Empresas faturam US$1,5bilhões por ano com

reciclagem

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A reciclagem está tirando la-tas, papéis e plásticos das ruas eproporcionando um faturamentode mais de US$ 1,5 bilhões porano às indústrias de reaprovei-tamento.

O CEMPRE-Compromisso Em-presarial para Reciclagemreúne13 companhias de grande porteque vêem a reciclagem como umredutor de custo bastante efetivo.No Brasil o carro chefe é a indús-tria de papel. Sessenta por centodo papelão produzido são recicla-dos, 29% do papel consumido sãotambém reciclados. Das 160 indús-trias de papel, 108 reciclam.

I PROCESSOS,PRODUTOS,SERViÇOSI

Terminal para recebimento e armazenagem de peróxido de hidrogênio da Degussa.

No segmento do alumínio os re-sultados são também bastantesfa-voráveis.A Latasareduziu seu cus-to de produção em 11% com o rea-proveitamento de latas recicladas.Contribuiu para estes resultadosos seguintes fatores: o preço do alu-mínio primário é de US$ 1800 a

- tonelada contra US$ 1200 a tone-lada de alumínio reciclado. O con-sumo de energia caiu de 17.600Kwh para 750 Kwh. (GM)

Projeto H202

Com a chegada no Portocel emVitória (ES), do primeiro navio-tanque adaptado exclusivamen-te pela Degussa S.A.para o trans-porte de HzOz (peróxido de hidro-gênio) a granel, encerrou-se a pri-meira fase do projeto da fábricade Peróxido de Hidrogênio daBragussa no Espírito Santo, ini-ciado em 92, no qual foram inves-tidos aproximadamente US$ 8,6milhões.

RQI - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ705 - Mar! Abr 1996

O descarregamento do produ-to, vindo da Alemanha, foi feitocom sucesso absoluto por meio deuma tubovia que liga o porto àplanta da Degussa. O produto im-portado em alta concentração seráreprocessado para ser vendidoatendendo às necessidades espe-cíficas de cada cliente. O peróxidode hidrogênio destina-se ao bran-queamento da celulose e tem apli-cações nos setores têxtil e quími-co. O uso do produto é favorávelao meio ambiente.

Na nova fase que se inicia,deverão ser investidos maisUS$ 87,7 milhões e estima-seque, até outubro de 1997, afábri-ca poderá iniciar a produção doperóxido de hidrogênio no Brasil,

com uma capacidadeanual deaté 40.000 toneladas de HzOz100%. Comestenovoinvestimen-to, o Grupo Degussa consolida asua posição atual como segundomaior produtor mundial do pro-duto. (PR)

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I PROCESSOS,PRODUTOS,SERViÇOSI

Kenisur investe empesquisa

Um dos problemas críticosn<=;tpasteurização da cervej a é aágua de refrigeração que circulanos pasteurizadores. Quando estaágua não é adequadamente trata-da há formação de um lodo mi-crobiológico, que além de obstruiro sistema, ele corrói e danificaos equipamentos provocando fre-qüentes paradas de produção paralimpezas e substituição de ma-quinários.

A Kenisur, tradicional empre-sa do ramo de tratamento deágua, principalmente de água derefrigeração, desenvolveu umprograma chamadoKengard, queatua como um somatório de pro-dutos e serviços destinados aotratamento de água que Circulanos pasleurizadores. O produtojá se encontra a disposição domercado cervejeiro. (GM)

Lançamento de produtopara o cUmatério

o LaboratÓrio BYK QUÍMICA EFARMACÊUTICA lançou a partirde fevereiro de 1996, um novo me-dicamento, específico para a fasedo climatério: LUTENIL.

O LUTENIL(Acetato de Nomeges-etrol) - novo derivado da 19-norpro-gesterona, é um progestágeno deúltima geração, desenvolvido pelaBYKapós 15 anos de pesquisas. Di-ferencia-se dos demais produtosdisponíveis no mercado e indicadospara climatério, por ser um pro-gestágeno sintético que está muitopróximo da progesterona natural e,dessa forma, evita o aparecimentode sintomas típicos de quem ingerehormôni6s progestagênicos de per-fil androgênico, como aumento depeso, acne, aparecimento de pelosno rosto e no corpo, rouquidão.Além disso não atua sobre a pres-são sangüínea e no metabolismodos açúcares, que também sofreminfluência dos outros progestáge-nos. Possui alta tolerabilidade clí-nica e metabólica. Ê também indi-cado no tratamento dos distúrbiosdos ciclos e das menstruações edismenorréia primária. (PR)

26

Medidor de vazão Modelo OOF 3088.

Medidor de vazão portátilganha prêmio nos EUA

A Polysonícs recebeu o Prêmio"Vaaler", outorgado pela revista"Chemícal Processíng", especi-alizada em química industrial.

Nos Estados Unidos, este é otroféu mais importante do setor,que foi disputado por 15 novos pro-dutos destinados ã indústria quí-mica, lançados nos últimos 2 anos.

O modeloDDF3088 daPolysonícsfoi o vencedor, por sua inovaçãotecnológica, eficiência e desempenhona medição de vazão de líquidos, ten-do sido eleito "a mais brilhante ins-piração industria:l do ano".

No Brasil, aPolysonícs é repre-sentada pela IEF BRISTOL Con-troles, Instrumentos e Sistemas,fone (011) 266-7055, que já temo produto disponível. (PR)

Resinas para tintasanti-fouling

O fenômeno conhecido comofoulíng é bastante conhecido naindústria naval. Trata-se da for-mação de crostas proveniente daproliferação de algas, moluscos eoutros organismos marinhos nocasco das embarcações.

As tintas antí-:foulíng que ini-bem o crescimento destes organis-mos marinhos são fabricadas ãbase de estanho que é um elemen-to altamente nocivo ã criação deostras, razão pela qual, a partir de1988 a utilização destas tintas foiproibida em toda costa Européia.

Procurando resolver este pro-blema o Laboratório de QuímicaMacromolecular da Universidadede Provence, em Marseille, desen-volveu uma resina bactericidachamada Bíolyse para ser utiliza-da nas tintasanti-:fouling em subs-tituição ao estanho.

O produto tem uma eficácia de2 anos e está sendo comercializadopela Companhia Catalyse. (FFJ

Visual Brasil lança painéisluminosos de Poliuretano

O Grupo Visual Brasil lançaeste mês um produto que vai re-volucionar o mercado de comuni-cação visual externa e interna noBrasil. Trata-se de painéis lumi-nosos para fachadas e para progra-mação visual interna fabricadosem poliuretano (PU).

Pioneira na produção de lumi-nosos modulados em série no país,a Visual Brasil investiu em doisanos US$ 250 mil em pesquisas,quantia que deverá se repetir nodesenvolvimento de novos moldes.A empresa está trabalhando nes-se projeto em parceria com a Sin-tenor Química, empresa do Gru-po Pronor especializada em siste-mas para a indústria de PU.

A utilização do PU na fabrica-ção de luminosos proporciona,entre outras vantagens, a reduçãono custo de produção das peças, opreço por metro quadrado parauma fachada em PU é cerca de 39%menor que uma estrutura de açoou chapa galvanizada, que tem umcusto, em média, de R$ 400,00 pormetro quadrado.

Outra vantagem, do ponto devista econômico, é que os painéisde PU são produzidos em série, oque garante um prazo de entregaentre 6 e 7 dias. Atualmente a Vi-sual Brasil tem capacidade de pro-duzir 300 peças/mês. Em doismeses estará fabricando mil pe-ças/mês, número que deve dobraraté o final deste ano. (PR)

NQ 705 - MorjAbr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

J

Nova filosofia derefrigeração ambiente

A Springer Carrier lançou re-centemente no Brasil, em Curitiba,a revolucionáriaJamília dechillersEvergreen, um lançamento mun-dial do Grupo Carrier, com a reali-zação de uma série de demonstra-ções denominadas "Criando Solu-ções para o Futuro", nas princi-pais capitais brasileiras, e se en-cerra dia 6 de maio, no Rio Grandedo Sul. Foram mais de dois anosde desenvolvimento e US$ 15 mi-lhões em investimentos para sechegar a esta nova geração de pro-dutos mundial do Grupo Carrier.Mas com este desenvolvimento,para inicialmente atender na ín-tegra o Protocolo de Montreal e oacordo de Copenhagem, os enge-nheiros e projetistas da compa-nhia chegaram a uma linha de pro-dutos inovadora. (PR)

Curtume Aimoré usaProtetor ScotchgardMR

-,

o Protetor de Couro Scotchgardjá é empregado em todos os cou-ros acamurçados (para vestuárioe calçados) comercializados pelotradicional CurtumeAimoré, loca-lizado em Arroio do Meio e Encan-tado, no Rio Grande do Sul.

Os principais mercados dÓscouros tratados com o Protetor deCouro Scotchgardsão Brasil e Amé-rica Latina.

Destaca, dentre as caracteristi-cas doProtetor de Couro Scotchgard,a efetiva proteção do couro contraderramamentos aquosos e oleosose sujeiras sólidas sem alterar as ca-racteristicas do produto final. (PR)

Óleo de mamona corrige -as mazelas deixadas

pelo câncer

o pesquisador Marcelo Gonçal-ves de Souza da Universidade Fe-deral de Pernambuco (UFPE), de-senvolveu um material com pó decálcio e óleo de mamona que per-mite a reconstrução do tórax demulheres com cãncer de mama emestado avançado. O óleo de mamo-na já está sendo usado por ortope-distas da UFPE e da USP. (JCH)

I PROCESSOS,PRODUTOS,SERViÇOSI

Chiller Evergreen da Carrier.

Rhodia-ster lança linhaecológica

A Rhodia -ster está lançando oGeogrim, ulI}a manta geotêxtil fabri-cada com PETrevalorizado. PET (Po-lietileno Tereftalato) é o nome quese dá à matéria-prima de garrafase embalagens feitas a partir da ca-deia poliéster, e a Rhodia-ster re-valoriza este material que ela mes-ma produz e o transforma em geo-têXtil com ganhos ecológicos e dematéria-prima que anteriormenteera desperdiçada.

O Geogrim, é um geotêxtil não-tecido (segundo aABNT esta é a gra-fia correta) de filamentos contínu-os de poliéster agulhado com múl-tiplas aplicações, como na enge-nharia civil (drenagens de solo, bar-ragens, canalizações, aterros, con-trole de erosão, canais de irrigação,recapeamento asfáltico, muros decontenção, campos de futebol) alémde obras de proteção ao meio am-biente, áreas verdes etc. (PR)

Hoechst ajudando a evitarpequenos acidentes

em carros

A Hoechst, por intermédio desua BU Plásticos de Engenharia,em conjunto com a Kostal, umaempresa de São Paulo, desenvol-

RQI - REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ 705 - MarjAbr 1996

veram um módulo com sensor quedetecta aumento na potência ne-cessária para erguer o vidro docarro. O módulo manufaturadopela Kostal utiliza um conector deparedes finas moldado em Celanex3300- 2, uma resina de poliéster re-forçada com fibra de vidro forne-cida pela Hoechst do Brasil.

Este dispositivo de segurançavai ajudar a evitar pequenos aci-dentes, quando do acionamentoelétrico das janelas d0s carros(ABPoO.

Nova tecnologia para trata-mento de água

A usina francesa de tratamen-to de água de Vigneux sur Seine,situada a 20 km de Paris, se tor-nará em 1996 a maior usina domundo a utilizar a técnica de ul-trafiltração, no tratamento de águapotável.

Com capacidade para tratar55.000 m3/dia de água e abaste-cer 400.000 pessoas, esta usinainiciou em 1995 uma operação demodernização cujo ~rincipal ele-mento é a instalação de um pro-cesso que combina um tratktmen-to de adsorção em carvão Çl.tivoe aseparação por membranas. de ul-trafiltração, eliminando tanto ossabores e os odores como osmicro-poluentes e a matéria orgánica:' (FF)

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Agenda1996

JUNHO

2QSEMINÁRIO DE GERENCIAMENTOENERGÉTICO DA INDÚSTRIA QUíMICA EPETROQuíMICA

São Paulo, Brasil- 12 a 13 de junho de 1996Into. ABIQU 1M- Rua Santo Antônio,184/17Q andarCEP 01314-900 - SP

Te!.: (011) 232-1144; Fax232-0919

40QCONGRESSO BRASILEIRO DECERÂMICA(12CONGRESSO DE CERÂMICA DOMERCOSUL)

Criciúma - S. Catarina - 12 a 15 de junhode1996Into.: Associação Brasileira de CerâmicaTe!.: (011) 549-3922; Fax: (011)573-7528

I SEMINÁRIO E EXPO SOBRESURFACTANTES/TENSOATIVOS PARA OS"PRODUTOS DO LAR" -HOUSEHOLD 96.

São Paulo -SP -24 a 25 de junho de 1996Into.: Te!.: (011) 828-0838; Fax: 820-5034

11'hINTERNATIONAL CONFERENCE ONORGANIC SYNTHESIS

'1-Amsterdar'l,.Holaoda- 30 d~ j!Jnhoa 4de julhode'1'996Into.:Fax; 0031 (80) 60-1159

11'hlNTERNATIONAL CONGRESS ONCATALYSIS

Baltimore, EUA -30 de junho a 5 de julhode 1996

( Into.: Fax 001 (203) 432-4387

JULHO

17'hINTERNATIONAL CONFERENCE ONORGANOMETALlC CHEMISTRY

Brisbane, Austrália -7 a 12 de julho de 1996Into.: Te!.:3875-7217Fax: 3875-7656ICOMC @STC.GU.EDU.AU

14'hINTERNATIONAL CONFERENCE ONCHEMICAL EDUCATION ICCE

Brisb'ane,Queensland, Austrália -de 14 a 19de JulhoInto.: Chemical Education, ContinuingEducationThe University ot QueenslandAustrália 4072Fax: (617)365-7099

VIII ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DEQUíMICA/V1I1ENCONTRO CENTRO-OESTEDE DEBATES SOBRE O ENSINO DEQUíMICA ECIÊNCIAS.

Campo Grande - MS - 22 a 26 de julhode 1996Into.: Fax: (067) 787-5314ENEQ@ BR.DCT.UFMS.

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7'hINTERNATIONAL CONFERENCE ONENVIRONMETRICS

São Paulo, SP - Brasil -22 a 26 de julhode1996Into.:Te!.: (011) 604-6412Fax: [email protected]@IME.USP.BR

AGOSTO

36'hIUPAC INTERNATIONAL SYMPOSIUMON MACROMOLECULES

Seoul, Coréia -4 a 9 de agosto

Into.: Dr. Kwang Jug KimSecret. ot IUPACMACRO SEOUL'96

Div. ot Polymers,Korea Inst. ot Sc. and TechnologyP.O. Bqx 131, CheongryangSeoul 1'30-650, KoreaFax: (82-2) 95761 05

THE14fuB~NNALCONFERENCEONCHEMICAL EDUCATION

Clemson, EUA - 4 a 8 de agosto de 1996Into.: Fax: 001 (803)[email protected]

IVJORNADA BRASILEIRA DERESSONÂNCIA MAGNÉTICA -CURSO"AVANÇOS EM RESSONÂNCIAMAGNÉTICA NUCLEAR"

Rio de Janeiro, RJ -5 a 7 de agosto de 1996Into.: Sonia Maria C. de Menezes.Te!.:(021)598-6171, 598-6914, 598-6919Fax: (021)598-6626, 598-6296Telex:(21)3121

14'hIUPACCONFERENCEONCHEMICALTHERMODYNAMICS

Osaka, Japão -25 a 30 de agosto de 1996Into.:Te!.: 0081(6) 850-5523Fax: 850-5526

SETEMBRO

XXXVI CONGRESSO BRASILEIRO DEQUíMICA

São Paulo, SP - 1 a 5 de setembro de 1996Into.: ABQ Nacional

Te!.: (021) 262-1837Fax: (021) 262-6044

VII BRASILlAN MEETING ON ORGANICSYNTHESIS

Rio de Janeiro, RJ - Brasil- 8 a 12 desetembro de 1996

Into.: Te!.: (021) 260-2299

XIV SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAISDO BRASIL

Florianópolis, SC - Brasil-17 a 20 desetembro de 1996Into.: Te!.: (048) 231-9491Fax: (048)222-4164

6'h INTERNATIONALSYMPOSIUM ON FINECHEMISTRY AND FUNCTIONAL POL YMERS

Zhengzhou, China - 20 a 23 de setembrode1996

Into.: Te!.: 0086 (371) 742-6679Fax: 797-3895

VIIINTERNATIONALMACROMOLECULARCOLLOQUIUM

Gramado - RS - 29 de setembro a 3 deoutubro de 1996

Into.: Fax: (051) [email protected].

OUTUBRO

IUPAC WORSHOP ON PESTICIDES USESAND ENVIRONMENTALSAFETY IN LATINAMERICA

São Paulo, SP - Brasil- 13 a 16 de outubrode1996Into.: Te!.: (011) 210-2299Fax: [email protected]

X SIMPÓSIO BRASILEIRO DEELETROQuíMICA E ELETROANALÍTICA

São Carlos, SP - Brasil- 27 a 30 de outubrode 1996Into.: Te!.: (016)274-9168 (IQSC-USP) ou272-8214 (UFSCar)Fax: 274-9205 (IQSC-USP) ou 274-8350(UFSCar)[email protected]

NOVEMBRO

INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON GLASSCRYSTALlZATION/11BRASILlANSYMPOSIUM ON GLASS.Florianópolis, SC:Srasil- 4 a 8 denovembro de 1996

Into.: Te!.: (016) 271-4871Fax: 272-7404/0160EU@ANSP>FAPES.BR

Cursos

. INSTITUTO DE MACROMOLÉCULASPROFESSORA ELOISA MANO - UFRJ

CINÉTICA DE REAÇÕES DEPOLlMERIZAÇÃO

11 a 13 de junho de 1996

I

II

11

MÉTODOS DE

PREPARAÇÃO DE POLÍMEROS6 a 9 de agosto de 1996

I

-jREÕMETRO DE TORQUE HAAKE-APLICAÇÕES. 19 a23 de agosto de 1996

NOVOS MATERIAIS VIACATALlSADORES METALOGÊNICOS

3 a 4 de setembro de 1996

Into.: Instituto de Macromoléculas ProtessoraEloisa ManoUniversidade Federal do Rio de Janeiro

Centro Tecnológico - Bloco J21945-000 - Rio de Janeiro - RJ

Tels.: (021) 270-1037/270-1317Fax: (021) 270-1317 (das 16:00 às 18:00 h)

NQ705 - Mar/Abr 1996 - REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - RQI

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A ABQ promove congressos e seminários, defende os interesses dos químicos juntoà sindicatos e governos, colabora com empresas do setor no aprimoramentotecnológico e científico, edita a Revista de Química Industrial, e muito mais...Venha nos conhecer.

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PROPOSTA PARA SÓCIO INDIVIDUAL NQ

MATRíCULA NQ""""""""""""""

SEÇÃO REGIONAL(PREENCHIDA NA SECRETARIA GERAL)

PROPOSTO

Nome: .......................................................................................................................................................................

Residência: Bairro: ..........................

Cep: Cidade: Te!.: ..............................................

Filiação: ................................................

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Nascido em: : (Dai; ~i~;;ii""""""""""""""""""""""""""""""""""""""

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Firma onde trabalha: .................................................................................................................................................

. Endereço: Te!.: ................................

Posição que ocupa: ...................................................................................................................................................

Especialidade a que se dedica: , .:.................

Endereço para correspondência: , Te!.: ................................

...................................................................................(Local e data)

...................................................................................PROPONENTES (Assinatura)

Sócio: """""""""" ,................

Sócio: ................................................................................................................................................

Para ser preenchida na Secretariada Seção Regional

Parecer da Comissão de Admissão

da Seção Regional

Recebida em ,.............................................

Aprovada em ................................................................

Recusada em .................................................................

Enviada à Secretaria Geral em ..................................... Aprovada em Sessão Ordinária da Seção

...................................................................................... Regional em ,............

& AsSOCu~;~a~~~oa~d~~~'~~~~~~'~:-5~uímica

Rua Alcindo GQanabara, 24 Conj. 1606 - CEP 20031-130 - Rio de Janeiro - RJ - Telefone: (021) 262-1837- Fax: (021) 262-6044

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respeito

,~ambiente semelhantes ao que a Copene mantém. E todas elas nohemisfério norte. Em uma economia cada vez mais . .

globalizada e competitiva, a Copene tem orgulho C)COPENEde colocar o Brasil onde ele merece: acima dessa linha;.,. PETROQUÍMICADONORDESTES.A.

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