DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE...

113
UNIVERSIDADE VALE DO PARAÍBA INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOENGENHARIA DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP 2016

Transcript of DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE...

Page 1: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

UNIVERSIDADE VALE DO PARAÍBA INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOENGENHARIA

DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA

INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP 2016

Page 2: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA

INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Bioengenharia como complementação de créditos necessários para a obtenção do título de mestre em bioengenharia. ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo Roxo Barja CO - ORIENTADORA: Profª Drª Maria Belén Salazar Posso

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP 2016

Page 3: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura
Page 4: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA

INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos

Dissertação aprovada como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em

Bioengenharia, pelo programa de Pós-graduação em bioengenharia, do Instituto de

Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade Vale do Paraíba, São José dos

Campos, pela seguinte banca examinadora:

Profª. Drª Fernanda Pupio Silva Lima (Presidente) ______________________

Prof. Dr. Paulo Roxo Barja (Orientador, UNIVAP) _______________________

Profª Drª Maria Belén Salazar Posso (Coorientadora, Fundação Universitária Vida

Cristã) ____________________________

Prof. Dr. Irimar Salazar Posso (USP) _________________________________

Data de aprovação: 26 de fevereiro de 2016

Page 5: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

Dedico a Deus que sempre está comigo, conduzindo e iluminando meus passos.

Page 6: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

AGRADECIMENTOS

A Deus, que está presente em todas as horas e situações da minha vida,

fica à frente me conduzindo no caminho certo e nunca me deixa fraquejar. Pai

piedoso e misericordioso, merecedor de todas as honras e todas as glórias.

À minha mãe, Neumi, exemplo de força e de determinação que muito me

ajudou em toda a minha vida e tudo fez por mim.

Ao meu amado esposo, Manoel Soares, pelo carinho, presença, tolerância e

incansável compreensão dispensada a mim em todos os dias de nossa convivência.

Aos meus irmãos, Demerson e Natália, por estarem sempre presentes.

A todos os meus familiares, pelo carinho.

A Margarida Gouveia, João Gouveia e Zuleide Gouveia pela participação

em minha vida e na caminhada em busca de minhas vitórias e por terem me

acolhido quando precisei.

Ao meu professor e orientador Paulo Barja e minha coorientadora Maria Belén Salazar Posso, meus profundos sentimentos de gratidão, por terem

acreditado em mim e aceitado o convite para a orientação deste trabalho. Também

pelo incentivo, compreensão em todo o percurso de minhas atividades e pela

competência com que exercem suas atividades, vocês são exemplos de

profissionais. A Natalia Marinelli, por toda sua representatividade em minha caminhada.

Aos meus colegas de classe, pelos bons momentos vividos juntos, vocês

foram meus presentes nesses dois últimos anos.

A Maria Andreza, pela presença e paciência. Aos docentes e funcionários da Univap, pela dedicação e pelos

ensinamentos transmitidos.

Aos profissionais do Instituto de Longa Permanência de Idosos onde a

pesquisa foi realizada, pela acolhida e colaboração tão afetuosa.

A todos aqueles que direta ou indiretamente me ajudaram e fizeram

parte da minha caminhada, pois me deram força para continuar.

Page 7: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

“Quando a velhice chegar, aceita-a, ame-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem, Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres.”

Sêneca

Page 8: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos

Os profissionais que atuam em Institutos de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) estão permanentemente expostos a riscos ocupacionais, dentre eles os riscos físicos como ruídos, vibrações, pressões anormais, radiações ionizantes, altas temperaturas e umidade, dentre outros. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um instrumento de coleta de dados para avaliação da estrutura física de ILPIs, relacionando-a com a RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005. O presente estudo é do tipo descritivo-exploratório, de campo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal, sendo realizada a pesquisa em um município do interior do estado do Pará, onde o procedimento de coleta de dados foi realizado em três etapas: observação e mapeamento do campo de estudo, desenho técnico da planta do ILPI e a o procedimento de coleta de dados. A coleta foi realizada em julho de 2015, pela própria pesquisadora, por meio de instrumento de coleta de dados com questões fundamentadas por Posso (1988), adaptando dados da RDC ANVISA 283/26/9/2005 (BRASIL, 2005) e distribuídos em seis partes: identificação da instituição, características estruturais da instituição, risco de trauma, risco elétrico, risco de ruído e disposição de mobiliário e equipamentos. Os resultados mostram que os profissionais estão expostos a diversos riscos físicos, dos quais se destacam número insuficiente de profissionais, distribuição inadequada de mobiliários e equipamentos, risco de choques elétricos, umidade, exposição a ruído e inadequação de espaço, luminosidade e temperatura. Todos estes são fatores que afetam a realização das atividades laborais e conforto no ambiente de trabalho, destacando-se o setor da lavanderia como o que mais apresentou riscos físicos aparentes e condições inadequadas. Constatou-se que a estrutura do ILPI avaliado é diferente dos padrões preestabelecidos pela RDC ANVISA Nº 283/2005, e que a existência de riscos físicos é uma realidade; todavia, estes problemas podem ser minimizados a partir do mapeamento dos riscos ambientais, ressaltando-se que os mesmos são passiveis de prevenção e demandam correção imediata, uma vez que afetam a qualidade do trabalho exercido pelos profissionais ali atuantes. PALAVRAS-CHAVE: Instituto de Longa Permanência de Idosos; Riscos Físicos; Saúde Ocupacional.

Page 9: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

Home for agef: Physical and strutural dimension and the potential risks and adverses events

Professionals working in Long Term Care Residences (LTCR) are permanently exposed to occupational hazards, including physical risks such as noise, vibrations, abnormal pressures, ionizing radiation, high temperatures and humidity, among others. The objective of this study was to develop a data collection tool for evaluating the physical structure in LTCRs, relating it to the RDC ANVISA No. 283 (Sept 26, 2005). This is a descriptive-exploratory, field study with quantitative and cross-sectional approach, the research being carried out in a municipality in the state of Para, where the data collection procedure was performed in three steps: observation and mapping the field of study, technical design ILPI plant and the data collection procedure. Data collection was conducted in July 2015 by the researcher, through data collection instrument with questions based on I (1988), adapting data of Anvisa 283/26/9/2005 (BRAZIL, 2005) and distributed in six parts: identification of the institution, structural characteristics of the institution, risk of injury, electrical risk, noise risk and provision of furniture and equipment. The results show that the professionals are exposed to various physical risks, among which are the insufficient number of professionals, inadequate distribution of furniture and equipment, risk of electric shocks, humidity, noise exposure and inadequacy of space, light and temperature. All these are factors that affect the performance of work activities and comfort in the workplace, especially the laundry sector that showed apparent physical risks and unsuitable conditions. It was found that the structure of the rated LTCR is different from the pre-standards established by RDC ANVISA No. 283/2005, and that the existence of physical risks is a reality; however, these problems can be minimized from the mapping of environmental risks, emphasizing that they are preventable and require immediate correction, since they affect the quality of the work done by the professionals. KEYWORDS: Long Term Care Residences; Physical risks; Occupational health

Page 10: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeto Arquitetônico, Planta Baixa da ILPIs. .............................................................. 31 Figura 2 – Trena. ................................................................................................................................ 32 Figura 3 - Decibelímetro. ................................................................................................................... 33 Figura 4 - Sala de Fisioterapia desativada. .................................................................................... 37 Figura 5 - Sala de Fisioterapia desativada. .................................................................................... 37 Figura 6 - Piscina Desativada. .......................................................................................................... 38 Figura 7 - Piscina Desativada. .......................................................................................................... 38 Figura 8 - Espaço para Lazer. .......................................................................................................... 38 Figura 9 - Espaço para Lazer ........................................................................................................... 38 Figura 10 - Área descoberta ............................................................................................................. 41 Figura 11 - área descoberta.............................................................................................................. 41 Figura 12 - Piso antiderrapante. ....................................................................................................... 41 Figura 13 - Área de circulação Pátio ............................................................................................... 41 Figura 14 - Acesso Principal. ............................................................................................................ 42 Figura 15 - Rampas com corrimão. ................................................................................................. 42 Figura 16 - Dormitório ILPIs. ............................................................................................................. 44 Figura 17- Dormitório ILPIs. .............................................................................................................. 44 Figura 18 - Dormitório ILPIs. ............................................................................................................. 44 Figura 19 - Objetos guardados em locais Inapropriados. ............................................................ 44 Figura 20 - Má conservação nos dormitórios ................................................................................. 44 Figura 21 - Banheiro do ILPIs........................................................................................................... 47 Figura 22 - Banheiro do ILPIs........................................................................................................... 47 Figura 23 - Risco elétrico em Banheiro do ILPIs. .......................................................................... 47 Figura 24 - Risco elétrico em Banheiro do ILPIs. .......................................................................... 47 Figura 25 - Banheiro dos Funcionários. .......................................................................................... 49 Figura 26 - Banheiro dos Funcionários. .......................................................................................... 49 Figura 27 - Farmácia ILPI. ................................................................................................................ 51 Figura 28 -Farmácia ILPI................................................................................................................... 51 Figura 29 - Farmácia ILPI. ................................................................................................................ 52 Figura 30 - Farmácia ILPI. ................................................................................................................ 52 Figura 31 - Pia da farmácia ILPI. ..................................................................................................... 52 Figura 32 - Caixa de material perfurocortante. .............................................................................. 52 Figura 33 - Enfermaria ILPI. .............................................................................................................. 54 Figura 34 - Enfermaria ILPI. .............................................................................................................. 54 Figura 35 - Enfermaria ILPI. .............................................................................................................. 54 Figura 36 - Enfermaria ILPI. .............................................................................................................. 54 Figura 37 - Risco elétrico-enfermaria .............................................................................................. 54 Figura 38 - Risco elétrico-banheiro da enfermaria ........................................................................ 54 Figura 39 –Cozinha - Risco de trauma. .......................................................................................... 56 Figura 40 – Cozinha. .......................................................................................................................... 56 Figura 41 – Cozinha. .......................................................................................................................... 56 Figura 42 – Cozinha. .......................................................................................................................... 56 Figura 43 - Cozinha ............................................................................................................................ 56 Figura 44 - Refeitório. ........................................................................................................................ 57 Figura 45 – Refeitório. ....................................................................................................................... 57 Figura 46 – Refeitório. ....................................................................................................................... 58

Page 11: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

Figura 47 – Refeitório. ....................................................................................................................... 58 Figura 48 - Esterilizadora – Lavanderia. ......................................................................................... 59 Figura 49 -Lavanderia ILPIs.............................................................................................................. 59 Figura 50 - Lavanderia ILPI. ............................................................................................................. 59 Figura 51 - Lavanderia ILPI .............................................................................................................. 59 Figura 52 - Lavanderia – ILPI. .......................................................................................................... 59 Figura 53 - Umidade - Lavanderia - ILPI ........................................................................................ 59 Figura 54 - Lavanderia ILPI .............................................................................................................. 60 Figura 55 - Iluminação do Banheiro. ............................................................................................... 65 Figura 56 - Iluminação da Enfermaria. ............................................................................................ 65 Figura 57 - Iluminação da lavanderia. ............................................................................................. 66 Figura 58 - Iluminação do dormitório. .............................................................................................. 66

Page 12: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracterização do ILPI. Pará, 2015 ............................................................................ 34 Quadro 2 - Quantidade, categoria profissional e cargo dos profissionais que compõem o funcionamento do ILPI. Pará, 2015. ................................................................................................ 35 Quadro 3 - Descrição do número e grau de dependência dos idosos residentes no ILPI. Pará, 2015. .......................................................................................................................................... 37 Quadro 4: Dimensionamento físico dos dormitórios de um ILPI, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005). Pará, 2015.......................................................................... 43 Quadro 5 -Dimensionamento físico dos dormitórios do ILPI avaliado, Pará 2015. ................. 43 Quadro 6: Dimensionamento físico (mínimo) dos banheiros de um ILPI, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (PARÁ, 2015). ............................................................................ 46 Quadro 7: Dimensionamento físico dos banheiros do ILPI (PARÁ, 2015). ............................... 46 Quadro 8: Dimensionamento físico do banheiro dos funcionários de um ILPIs, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005). ......................................................................... 48 Quadro 9: Dimensionamento físico do banheiro dos funcionários do ILPI. Pará, 2015. ........ 48 Quadro 10: Níveis de ruído encontrados no ILPI, Pará, 2015. ................................................... 61 Quadro 11: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente ...................................... 63 Quadro 12: Índice de Iluminação conforme a localização, área e número de lâmpadas do ILPIs, Pará, 2015. ............................................................................................................................... 65

Page 13: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CME – Central de Materiais Esterilizados Db – Decibel EAS – Estabelecimento de Assistência à Saúde EU-OSHA – Agência Europeia para a Segurança e Saúde no trabalho ILPIs – Instituto de Longa Permanência de Idosos NPS – Nível de Pressão Sonora OIT – Organização Internacional do Trabalho OPAS – Organização Pan Americana de Saúde PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais RDC – Resolução de Diretoria Colegiada SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

Page 14: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 14 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 18 2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................... 18 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 18 3 EMBASAMENTO TEÓRICO ................................................................................................ 19 3.1 ASPECTOS GERAIS DE GERONTOLOGIA E GERIATRIA .......................................... 19 3.2 INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS – ILPIs .................................... 21 3.3 RISCOS OCUPACIONAIS ................................................................................................... 23 4 METODOLOGIA .................................................................................................................... 29 4.1 TIPO DE ESTUDO ................................................................................................................ 29 4.2 LOCAL DE ESTUDO ............................................................................................................. 29 4.3 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ......................................................................................... 30 4.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS .................................................................... 30 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 34 5.1 IDENTIFICAÇÃO ESPACIAL E PROFISSIONAL DO ILPI ............................................. 34 5.2 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DO ILPI ................................................................ 40 5.2.1 Área externa ........................................................................................................................... 40 5.2.2 Áreas internas ........................................................................................................................ 42 5.2.2.1 Dormitórios ............................................................................................................................. 42 5.2.2.2 Banheiros dos usuários ........................................................................................................ 46 5.2.2.3 Banheiro dos funcionários ................................................................................................... 47 5.2.2.4 Farmácia e enfermaria ......................................................................................................... 50 5.2.2.5 Cozinha e refeitório ............................................................................................................... 54 5.2.2.6 Lavanderia .............................................................................................................................. 58 5.3 RUÍDO ..................................................................................................................................... 61 5.5 OUTROS FATORES: TEMPERATURA E UMIDADE ...................................................... 66 6 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 68 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 69 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 70 APÊNDICE A - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO /ILPI .............................................. 79

Page 15: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

14

1 INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (ORGANIZACION

INTERNACIONAL DEL TRABAJO, 1989),

Risco é a possibilidade real ou potencial compreendendo situações, episódios, eventos, fatos capazes de causar dano, lesão e/ou morte, perdas patrimoniais, suspensão temporária do processo de trabalho ou, ainda, de afetar a comunidade e/ou o meio.

É a probabilidade de alguém sofrer danos gerados pelo perigo ou de que

ocorram eventos que possam causar algum dano ou mal a uma pessoa (AGÊNCIA

EUROPEIA, 2014). Nesse sentido, D'Innocenzo (2006), afirma que risco se relaciona

a situações, procedimentos, condutas ou eventos que podem implicar em efeito

negativo, causando danos ao usuário do serviço, ao trabalho, ao ambiente e/ou ao

estabelecimento.

Segundo Posso (1988), todas as atividades dos seres humanos, inclusive

aquelas destinadas ao lazer, envolvem riscos, cuja incidência pode ser de maior ou

menor gravidade, dependendo das características específicas dos mesmos. Nas

últimas décadas, o estudo sobre riscos ocupacionais ganhou destaque,

principalmente devido à maior preocupação em preservar a saúde dos profissionais.

No entanto, é pleno o conhecimento que a possibilidade de riscos é inerente a

qualquer pessoa.

Nichiata et al. (2008), referindo-se aos riscos ambientais, afirma que os riscos

podem permanecer ocultos por falta de conhecimento ou de informação, situação

em que o trabalhador sequer suspeita de sua existência; porém, ao emergir, podem

causar danos, seja em situações cotidianas, emergenciais ou de estresse.

De acordo com a Norma Regulamentadora 9 do Ministério do Trabalho do

Brasil (BRASIL, 1978; 1994), no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

incluem-se como Agentes Biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas,

protozoários, vírus e outros. Os Agentes Físicos são os agentes representados pelas

diversas formas de energia a que estão expostos os trabalhadores, tais como ruídos,

vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, bem

como o ultrassom e o infrassom. Os Agentes Químicos são substâncias, compostos

ou produtos que possam penetrar no organismo por via respiratória na forma de

poeira, fumos, névoa, neblina, gás ou vapor, ou que pela natureza da atividade de

Page 16: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

15

exposição, por meio de contato direto ou ser absorvido pelo organismo através da

pele ou ingestão.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2001) acrescenta, ainda, os

agentes ergonômicos decorrentes de má-postura, inadequação do local de trabalho

e mobiliários e outros responsáveis por distúrbios osteomusculares; os agentes

psicossociais provenientes de relações conflituosas, monotonia, ritmo excessivo,

entre outros. Já os agentes mecânicos e de acidentes são aqueles ligados à falta de

proteção do trabalhador, aparelhamento e arranjo físico, inadequados, ordem e

limpeza do ambiente de trabalho e sinalizações deficientes, entre outros.

Esses agentes de risco podem estar presentes nas Instituições de longa

permanência de idosos (ILPI), foco deste estudo, influenciando na saúde dos

usuários do serviço e na dos profissionais que ali exercem suas atividades laborais

cotidianas. Reiteram essa assertiva Tomasini e Alves (2007) ao afirmarem a

existência de evidências empíricas de que a ambiência físico-estrutural influencia a

adaptação dos idosos nas instituições, referindo-se principalmente às características

físicas que lhes deem independência.

Esta pesquisa considera as ILPI como “asilo, casa de repouso, clínica

geriátrica e ancionato para pessoas com 60 anos e mais, dependentes ou

independentes, que não têm condições de permanecer com a família ou em seu

domicílio”, tal como descrevem Santos, Feliciani e Silva (2007). Essas ILPI devem

oferecer serviços de saúde multiprofissionais para atender às necessidades

humanas básicas afetadas dos idosos, como determina a Sociedade Brasileira de

Geriatria e Gerontologia da seção São Paulo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2003).

Atualmente, observa-se uma mudança no cenário nacional quanto à

distribuição por faixa etária, dado que a população está mais envelhecida, graças ao

crescimento da expectativa de vida do brasileiro, bem como à melhora na sua

qualidade de vida, acrescida de uma mudança de hábitos alimentares, autocuidado

e melhora no sistema de infraestrutura e de saúde nacionais.

Segundo Neri e Yassuda (2004), o envelhecimento gera consequências na

saúde, levando ao aumento da suscetibilidade a infecções e agravos de saúde,

configurando um novo espectro epidemiológico de incidência e prevalência de

doenças crônicas, contribuindo para a diminuição da capacidade física e biológica,

minimizando a independência, autonomia e comprometendo a qualidade de vida dos

Page 17: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

16

idosos. Esta mudança do espectro epidemiológico, aliada às mudanças sociais e

econômicas familiares, tem aumentado os índices de institucionalização em vários

países. O Brasil faz coro a esse processo, pois a família nem sempre está preparada

para o envelhecimento, o que aumenta os índices de institucionalização de idosos

(VITORINO; PASKURIN; VIANNA, 2012). O aumento da longevidade também

acarreta problemas sociofinanceiros que culminam na busca pelas ILPI.

Isto pode representar exclusão social, quando o idoso se vê alijado do

cotidiano social que permeia sua história de vida. Porém, este tipo de instituição

também pode ser um ambiente propício às relações interpessoais saudáveis,

redefinição de metas e a busca de uma vivência com dignidade na velhice,

objetivadas pela reformulação do processo da institucionalização como alternativa

para idosos que perderam seus vínculos familiares (RAMOS, 2008).

Segundo a teoria de Lawton (WAHL; WEISMAN, 2003), são três “as funções

básicas do ambiente de idosos: manutenção, estimulação e suporte”. A primeira visa

manter as características físicas constantes e previsíveis, atribuindo uma identidade

ao ambiente, mantendo uma analogia cognitiva e afetiva com o lar; a segunda diz

respeito à criatividade de gerar novos estímulos para promover relações sociais, de

recreação e lazer resultando em mudanças comportamentais positivas. E a terceira,

de suporte ou apoio, objetiva equilibrar a redução ou a perda de aptidões e

capacidades eliminando obstáculos físicos e criando elementos de apoio para

garantir a acessibilidade aos e nos ambientes. Além disso, visa garantir o acesso

aos equipamentos das atividades diárias, assegurar a privacidade, flexibilidade do

ambiente físico para a assistência a novas necessidades (BRASIL, 2005;

TOMASINI; ALVES, 2007; SANTOS, et al., 2011; BESSA, et al., 2012). No entanto,

segundo Tomasini e Alves, (2007), o que se observa nas ILPI é que o cotidiano mais

rigoroso quanto às rotinas de horários dificulta o desenvolvimento de estímulo

autônomo, diferente do que se observa em ambiente familiar.

Segundo Santos et al. (2011), as ILPI pesquisadas se apresentam aquém do

preconizado pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC ANVISA Nº 283, de

26/09/2005 (BRASIL, 2005), que regulamenta e define as normas de funcionamento

para as mesmas, “demonstrando um distanciamento entre o atendimento

preconizado pela legislação e a capacidade real de atendimento da instituição”.

Essa afirmação despertou o interesse e a motivação em realizar um estudo

sobre a presença e mensuração de riscos físicos em ILPI, visando sua identificação

Page 18: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

17

e a relação com o cotidiano dos usuários e trabalhadores de saúde. A proposta da

investigação também se justifica: i) pela escassa literatura sobre o tema específico;

ii) pelo aumento verificado na utilização de ILPI; iii) pela contribuição para a reflexão

sobre a prevenção de riscos de acidentes para os idosos e de trabalho e de doenças

profissionais para os trabalhadores de saúde que ali exercem suas atividades.

Page 19: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

18

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver um instrumento de coleta de dados que possibilite a avaliação da

estrutura física existente em ILPIs relacionando com a RDC ANVISA Nº 283, de

26/09/2005 (BRASIL, 2005).

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar, em ILPI de um município do interior do estado do Pará, a

presença de riscos físicos e a potencialidade de consequentes eventos

adversos nos profissionais que ali exercem suas atividades laborais;

Mensurar os riscos em um ILPI de um município no interior do estado

do Pará;

Avaliar a estrutura física existente em um ILPI de um município do

interior do Pará, relacionando-a com a RDC ANVISA Nº 283, de

26/09/2005 (BRASIL, 2005).

Page 20: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

19

3 EMBASAMENTO TEÓRICO

3.1 ASPECTOS GERAIS DE GERONTOLOGIA E GERIATRIA

De início parece oportuno resgatar o que determina a Sociedade Brasileira de

Geriatria e Gerontologia (2003) sobre as definições de Gerontologia e Geriatria.

Gerontologia “é o estudo do envelhecimento nos aspectos – biológicos, psicológicos,

sociais e outros” e Geriatria “é a especialidade médica que se integra na área da

Gerontologia com o instrumental específico para atender aos objetivos da promoção

da saúde, da prevenção e do tratamento das doenças, da reabilitação funcional e

dos cuidados paliativos” (SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E

GERONTOLOGIA, 2003). Ressalta-se que tais palavras se originam do grego em

que Geron siginifica: velho, idoso e Logos: palavra, ciência, estudo e Tria: cura

(NERI, 2014).

Isto posto, vale tecer considerações gerais sobre o tema de que tratam tais

especialidades, o envelhecimento. É inegável o aumento constante da longevidade

tanto no cenário mundial quanto no nacional; neste, em particular, o aumento

aparece significativamente, estimando-se que em 2025 o Brasil venha a ser o sexto

país do mundo em números absolutos de idosos (SILVA et al., 2009). Este fato

deve-se à associação da redução nos índices de mortalidade e, mais recentemente,

também nas taxas de fecundidade (SILVEIRA NETO, et al., 2007).

Enquanto por um lado essa expectativa de vida aumentada represente um

índice positivo, reconhecida mesmo como conquista social (levando-se em conta as

melhorias tecnológicas na Medicina, na saúde, no saneamento básico e,

consequentemente, qualidade de vida), por outro lado, esse novo panorama traz

aspectos preocupantes, do ponto de vista das políticas públicas, de funcionalidade e

debilitação do idoso; desafios para o Estado, a sociedade e a família:

[ “Envelhecer é algo inexorável a todos os seres humanos, faz parte do ciclo vital e impossível de ser ultrapassado. Aos poucos, o corpo passa por um processo disfuncional e começa a reagir lento aos reflexos que outrora eram instantâneos. A mente começa a ter falhas, podendo chegar em muitos momentos até a esquecer sua real função; entretanto, também é no envelhecer que se descobrem muitas facetas da vida, valorizando-se a transição do tempo e o passar de muitas trajetórias vividas...”] (ARAÚJO et al., 2013, p.150).

Page 21: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

20

Essa afirmativa encontra respaldo em Santos et al. (2008), ao asseverar que

o envelhecimento é um processo natural e gradual em que ocorrem diversas

limitações e alterações de ordem morfológicas, funcionais, bioquímicas e

psicológicas, podendo interferir ou até mesmo determinar a perda de capacidade e a

adaptação do indivíduo ao meio que está inserido e, ainda, torná-lo mais suscetível

às enfermidades.

O processo do envelhecimento pode gerar o surgimento de algumas

complicações de saúde, implicando no aparecimento de determinadas doenças,

devido às alterações que surgem na terceira idade incluindo: alterações orgânicas,

debilidades físicas que favorecem o aparecimento de doença e em muitos casos o

grau de dependência do idosos em questão (FREITAS et al., 2002).

De acordo com ARAUJO et al. (2007), o envelhecimento é um processo

debilitador e em consequência das alterações presentes, muitas atividades rotineiras

e consideradas banais, vão se tornando difíceis de serem realizadas, e muitas vezes

isso ocorre de forma imperceptível.

Assim, constata-se que o processo de envelhecimento populacional é uma

realidade inquestionável. No entanto, esse processo vem associado a diversas

questões fisiológicas resultando em debilitações físicas e perdas de funções

variadas, uma vez que o envelhecimento é um processo contínuo, durante o qual

ocorre o declínio progressivo de todos os processos fisiológicos, psicológicos e

sociais do ser humano.

A Geriatria e a Gerontologia buscam cada vez mais aumentar o tempo de vida

do homem com o objetivo de conseguir que esse processo do envelhecer seja vivido

com qualidade, preservando o máximo de bem-estar físico, social e mental,

entendendo que a fase final da vida deve ser encarada como uma etapa que tem

seus atrativos, permitindo uma existência feliz e recompensadora (BRUNETTI;

MONTENEGRO, 2000).

Também é necessário levar em conta que cada idoso vive seu processo de

envelhecimento de modo único, conforme o contexto socioeconômico, cultural,

familiar e ambiental. Muitas vezes, as alterações orgânicas do idoso, decorrentes do

seu processo natural de envelhecimento, levam-no a depender dos cuidados de

outrem, seja dos membros familiares, do Estado ou do mercado privado, sendo as

ILPI uma alternativa.

Page 22: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

21

3.2 INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS – ILPIs

Diante das alterações decorrentes do processo do envelhecimento e de todas

as consequências que isso implica depara-se, muitas vezes, com a dificuldade da

família em lidar com essa nova condição do idoso e prestar-lhe os cuidados e a

atenção necessária que demanda essa fase da vida. Para Camarano e Kanso,

(2010), isso pode ser consequência do surgimento de novos arranjos familiares,

onde as mulheres, anteriormente vistas como cuidadoras, inserem-se no mercado

de trabalho, passando assim a ter menos tempo e disposição para cuidar.

Além das novas atribuições das famílias, estas ainda esbarram na dificuldade

de cuidar de idosos, muitas vezes, com problemas de saúde crônicos que até então

não existiam e/ou dificuldade cognitivas e funcionais, fatores que tornam o cuidar do

idosos mais desgastante e complicado. É inconteste a importância que o ambiente

familiar exerce na vida do idoso, porém, nem sempre as famílias possuem meios

psicossociais e econômicos para cuidados domiciliares, surgindo assim a alternativa

do ILPI.

O ILPI aparece como auxiliar ao atendimento das demandas da sociedade

moderna, devido à difícil realidade de despreparo da família. Isso é reiterado por

Perlini, Leite e Furini (2007), ao afirmarem em seu estudo que essas novas

necessidades e dificuldades sociais impulsionam o surgimento das ILPI, sejam elas

mantidas pelo governo, pela sociedade privada ou filantrópica.

Para Silva e Santos (2010), muitas famílias optam por institucionalizar seu

familiar idoso como uma alternativa viável, uma vez que a ILPI é uma moradia

especializada, que possui o intuito de atender os idosos respeitando suas

necessidades e funções básicas baseadas em uma assistência gerontogeriátrica de

qualidade, conforme as necessidades individuais de seus residentes.

A dependência dos idosos e as doenças crônicas configuram-se como a

principal causa de institucionalização, pois as ILPI estão, na maioria das vezes,

associadas a tais condições (DAVIM et al. 2004). Os idosos institucionalizados,

Page 23: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

22

geralmente são aqueles com riscos consideráveis, apresentando mais doenças

limitantes e baixa funcionalidade (GAUTÉRIO et al., 2012).

Associadas a esse aumento nos percentuais de institucionalização e aliados

ao intuito de prestar um cuidado de qualidade aos idosos admitidos no serviço do

ILPI, torna-se necessária a atuação de profissionais capacitados, pois suas ações de

cuidado devem permear o envelhecimento ativo de todos os idosos

institucionalizados (LENARDT et al. 2009).

Para Silva e Santos (2010) o cuidar é uma atividade que vai muito além do

atendimento às necessidades básicas de cada ser humano. No momento de

fragilidade e cada cuidador deve estar preparado e capacitado, para poder

proporcionar ao idoso um cuidado de forma individual e integralizada e que possa

atender todas as expectativas do idoso e familiares, proporcionando a este um

cuidado pautado na melhoria da qualidade de vida e manutenção da funcionalidade

do idoso.

Além da preocupação com os profissionais que lidam diretamente com esse

público, destaca-se também a importância de uma estrutura adequada, que possa

atender às necessidades dos idosos ali residentes. Baseado nisso e com objetivo de

nortear a fiscalizar das ILPI, a ANVISA criou em 26 de setembro de 2005 a

Resolução da Diretoria Colegiada 283 (RDC-ANVISA-283/2005) (BRASIL, 2005)

estabelecendo que a ILPI é “destinada à moradia coletiva de pessoas com idade

igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar”, de ambos os sexos, com

diferentes necessidades funcionais e dependência. Diz ainda que as ILPI podem ser

públicas ou privadas, apresentando caráter residencial e estrutura física em

conformidade com as normas pertinentes, para idosos que não tem capacidade de

se autocuidar e disponibilidade de serem cuidados por familiares ou, ainda, quando

apresentarem situações de negligência ou abandono familiar ou institucional.

A RDC-ANVISA 283/2005 (BRASIL, 2005) apresenta as normas gerais de

funcionamento das ILPI e seis indicadores de notificação anual e obrigatória para a

avaliação de desempenho e padrão da ILPI. Ainda nessa RDC em questão, é

preconizada a articulação das ILPI com os serviços públicos de saúde, objetivando

que seja estabelecido um plano de atendimento bianual, o que na prática tem

Page 24: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

23

esbarrado em alguns impedimentos, mostrando-se de difícil implementação (PINTO;

SIMSON, 2012).

Nesse contexto, e buscando solucionar os problemas decorrentes do

despreparo de familiares e, muitas vezes, dos próprios sistemas existentes, surgem

os ILPI, que apresentam considerável demanda na prestação de cuidados

específicos e adequados à terceira idade.

Reconhecendo a complexidade e a responsabilidade de assistir integral e

holisticamente a esses idosos, é notório que se deve, oferecer também, a mesma

atenção aos profissionais que ali prestam seus serviços e que desenvolvam suas

atividades em um ambiente que lhes proporcione condições adequadas de trabalho

e com o mínimo risco possível.

Diante desse anseio e com o objetivo de estabelecer o padrão mínimo de

funcionamento das ILPI, surge a RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL,

2005), pautada nas seguintes considerações:

[...] Considerando a necessidade de garantir à população idosa os direitos assegurados na legislação em vigor; Considerando a necessidade de prevenção e redução dos riscos à saúde aos quais ficam expostos os idosos residentes em instituições de longa permanência; Considerando a necessidade de definir os critérios mínimos para o funcionamento e avaliação, bem como mecanismos de monitoramento das instituições de longa permanência para idosos; Considerando a necessidade de qualificar a prestação de serviços públicos e privados das instituições de longa permanência para idosos. Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos, de caráter residencial, na forma do Anexo desta Resolução. Art. 2º As secretarias de saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal devem implementar procedimentos para adoção do Regulamento Técnico estabelecido por esta RDC, podendo adotar normas de caráter suplementar, com a finalidade de adequá-lo às especificidades locais. Art. 3º O descumprimento das determinações deste Regulamento Técnico constitui infração de natureza sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades previstas na Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977, ou instrumento legal que venha a substituí-la, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil cabíveis. [...] (BRASIL, 2005).

3.3 RISCOS OCUPACIONAIS

Nas últimas décadas, o interesse por riscos ambientais/ocupacionais vem

ganhando destaque, principalmente devido à maior preocupação em preservar a

Page 25: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

24

saúde dos trabalhadores. No entanto os riscos são inerentes não só no ambiente

profissional, mas em todas as situações do dia-a-dia.

Para Perlini; Leite e Furini, (2007), os riscos inseridos no ambiente de trabalho

podem não ser percebidos pela simples falta de conhecimento ou informação do

trabalhador; na tentativa de mudar essa realidade, tem-se tratado de riscos

ocupacionais com mais frequência e rigor.

As fontes potenciais de riscos podem advir de condições ambientais de

trabalho, inseguras provocando eventos adversos, que podem causar alterações

orgânicas nas pessoas expostas a elas (BENEDETTI; FERRAZ; POSSO, 2009).

Além dos agentes de risco descritos pelas normas (BRASIL, 1978; 1994), os

problemas decorrentes da instalação elétrica inadequada e antiga, a iluminação

insuficiente e o piso escorregadio também são fontes geradoras de riscos físicos

(FARIAS; ZEITOUNE, 2005; MIRANDA; STANCATO, 2008).

Os agentes de risco presentes no ambiente de trabalho podem gerar cargas

de diversos tipos nos profissionais a eles expostos (FELLI; BAPTISTA, 2015).

Dentro dos ambientes de saúde, como em qualquer outro ambiente de trabalho, os

trabalhadores estão expostos a diversos tipos de riscos (físicos, biológicos,

químicos, psíquicos, entre outros); na presente pesquisa, os riscos físicos são o

objeto de investigação. Dentre estes, a literatura enfatiza problemas decorrentes de

construções e edificações inadequadas em relação à legislação pertinente

(MIRANDA; STANCATO, 2008). Não foge à regra o ambiente de trabalho de um

ILPI.

Ainda sobre riscos, Servilha; Leal e Hidaka (2010) relatam em seu estudo que

os fatores de risco à saúde devem ser estudos e avaliados por diversos aspectos

que incluem: intensidade, tempo de exposição e organização temporal da atividade,

duração do ciclo de trabalho, distribuição das pausas e/ou adequação de horários de

trabalho.

Na realidade atual, os riscos ocupacionais são tratados dentro da saúde

ocupacional, embasados pela prevenção de acidentes e melhoria dos ambientes de

trabalho, sugerindo assim que a saúde ocupacional seja fundamentada em uma

abordagem preventiva, ao invés de curativa e reparadora (OENNING et al., 2012).

Isto pode ser constatado nas Normas Regulamentadoras 9, 15 e 32 elaboradas

Page 26: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

25

pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e da Saúde, respectivamente (BRASIL,

1977, 2005). Essas Normas Regulamentadoras legislam sobre os riscos

ocupacionais e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e

Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.

De acordo com as NR-MTE 9/1977 e 15/1977(BRASIL, 1977) do Ministério do

Trabalho e Emprego, consideram-se riscos ambientais “os agentes físicos, químicos

e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,

concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à

saúde do trabalhador”.

Ainda de acordo com a NR-MTE 9/1977 e 15/1977(BRASIL, 1977):

[...]Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.

Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros[...] NR-MTE 9/1977 e 15/1977(BRASIL, 1977)

Ainda existem os riscos ergonômicos, sendo estes distúrbios ocasionados

pela ausência de adaptação no ambiente de trabalho e consequência à sobrecarga

física causando desconforto ou doença (OLIVEIRA et al, 2014). Por fim, há os riscos

de acidentes, que são aqueles inerentes a cada ambiente de trabalho, como por

exemplo, os riscos de queda e traumas (SILVA; ZEITOUNE, 2009).

3.4. RISCOS OCUPACIONAIS NA GERIATRIA E ILPI

O envelhecimento populacional repercute em mudanças sociais e de

condições de vida que somadas refletem no aumento de demandas por serviços

sociais e de saúde. Isto determina novas condutas e reestruturação dos serviços de

saúde para prestar um atendimento integral e qualificado aos idosos, exigindo, entre

outras coisas, investimento na capacitação dos profissionais que atuarão na

assistência desse público (OLIVEIRA; NOVAES, 2012).

Page 27: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

26

Diante disso, as ILPI prestam-se a suprir a procura por parte de familiares

frente à dificuldade e o despreparo destes em lidar com essa nova fase da vida dos

seus idosos. Para tanto, é necessário a formação de uma equipe de qualidade que

vise a manutenção das necessidades básicas desse grupo, além de ser um espaço

adequado e com o menor número de fontes potenciais de riscos que possam

comprometer de alguma forma a saúde destes profissionais e dos clientes. Esta

assertiva encontra ressonância em Silva e Santos, (2010), como se vê a seguir:

A equipe multiprofissional presente na ILPI necessita ser composta por enfermeiro, técnicos de enfermagem, médico, nutricionista, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, educador físico, cuidadores e responsáveis pelos serviços gerais, com a finalidade de assistir integralmente a pessoa idosa, cabendo a cada trabalhador o desenvolvimento de seu processo de trabalho, de modo complementar (SILVA; SANTOS, 2010, p. 776).

Além da equipe profissional, os idosos também necessitam de um ambiente

apropriado para sua convivência. A adequação deste ambiente reflete na qualidade

da assistência prestada aos idosos, uma vez que os riscos podem ser minimizados

ou abolidos, refletindo no bem-estar e na saúde de ambos.

Lamentavelmente, tem-se percebido, durante o exercício das atividades

profissionais, que a grande maioria dos ILPI é aberta sem a preocupação com a

estrutura física, parecendo desconhecer o disposto na RDC-ANVISA 283/2015

(BRASIL, 2005), que traçou as diretrizes para os projetos físicos e regulamentar a o

funcionamento dessas instituições. Por conta disso, Pallo e Assis (2008) mostram

em seu estudo que a interdição de ILPI é uma realidade bem atual, haja vista a

constatação de que a maior parte dos 29 asilos avaliados na Cidade de São Paulo

estava inadequada.

Essa inadequação estrutural reflete em diversos agravos aos profissionais, e

também aos usuários, quando expostos à potencialidade dos riscos físicos

presentes no ambiente de trabalho da ILPI podendo vir a sofrer as cargas deles

advindas, tais como: choque elétrico, calor excessivo, acidentes por iluminação

insuficiente ou piso inadequado, contusões e quedas, entre outros.

Mesmo não sendo foco de estudo deste trabalho, devemos mencionar

também a exposição ao risco psicológico por uma série de situações estressantes,

como o ambiente físico inadequado, excesso de tarefas, turnos longos de trabalho,

Page 28: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

27

fadiga mental, aumento da ansiedade pelo nível de exigência que o estado de saúde

do idoso demanda, entre outras cargas psíquicas (STACKFLETH et al, 2012; FELLI;

BAPTISTA, 2015).

Ainda sobre o desgaste do profissional:

O cuidador é considerado um indivíduo no processo do cuidado ao idoso que absorve níveis diferentes de ansiedade, em função de algumas características, como a modificação de papéis sociais, a adaptação à condição de cuidador que demanda dedicação, paciência e abnegação. Assim, o acompanhamento e o suporte fornecidos pelo serviço de saúde podem contribuir para minimizar as dificuldades (UESUGUI; FAGUNDES; PINHO, 2011, p.690).

Dessa forma, torna-se evidente a presença potencial de diversos riscos

ocupacionais nos ILPI; sejam eles físicos, biológicos, químicos e psicológicos, assim

como também aflora a certeza de que essa realidade necessita ser modificada a fim

de obter uma prevenção de acidentes e/ou doenças ocupacionais e a manutenção

de um serviço de qualidade aos idosos que destes profissionais necessitam, para

manutenção de sua qualidade de vida.

O profissional de saúde é muito diligente com a manutenção da qualidade de

vida e saúde das pessoas; no entanto, descuida da sua própria saúde, protelando

muitas vezes a prevenção contra acidentes e doenças provenientes da natureza de

sua profissão (ORGANIZACION INTERNACIONAL DEL TRABAJO, 1989).

Assim, vale conceituar acidentes de trabalho segundo a Lei n° 6.367/76 que

em seu art.2º e a Lei 8213/91 em seu art.19, caracterizam “acidente de trabalho,

aquele que pode ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,

provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou

redução da capacidade de trabalho” (CAMPANHOLE; CAMPANHOLE, 2004).

Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera, mais

generalizadamente, como acidentes de trabalho os acidentes típicos, os de trajeto,

as doenças profissionais e doenças do trabalho (BRASIL, 2005; COSTA;

GUIMARÃES; AMARAL, 2015).

Com relação às doenças do trabalho, estas são a possibilidade de um

trabalhador adquirir e/ou sofrer danos advindos de seu trabalho, em função de sua

natureza, concentração, intensidade, tempo de exposição e condições em que é

realizado. As doenças profissionais são aquelas inerentes ou específicas de

determinado ramo de atividade (BRASIL, 2005).

Page 29: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

28

Por outro lado, é preciso salientar que a não observância dos limites de

tolerância e das normas de segurança podem gerar o ato inseguro que executado

conscientemente pela pessoa, porém não observando as normas de segurança

(ORGANIZACION INTERNACIONAL DEL TRABAJO, 1989; NISHIDE; BENATTI;

ALEXANDRE, 2004; POSSO; SANT’ANNA, 2007), desencadeando os acidentes e

doenças advindas do trabalho.

Pelo exposto, entende-se, como indicam Costa, Guimarães e Amaral (2015),

que os acidentes de trabalho são em geral provenientes do desgaste do trabalhador

em razão da excessiva carga de trabalho.

Considerando a importância da qualidade da assistência de enfermagem ao

idoso para promover ou assegurar-lhe uma condição digna de vida e, ao mesmo

tempo, para evitar os riscos ocupacionais aos quais idosos e profissionais estão

expostos em ILPI, é necessário identificar os riscos existentes nesse local, sendo

que esta pesquisa limitar-se-á a estudar os riscos físicos em potencial presentes em

um ILPI.

Page 30: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

29

4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

O presente estudo é do tipo descritivo-exploratório, de campo, com

abordagem quantitativa e delineamento transversal. Tem por finalidade contribuir

para identificar os fatores determinantes de fenômenos ou eventos mediante

observação direta utilizando-se um instrumento de coleta de dados elaborado

conforme os requisitos da RDC Nº 50/2002 da ANVISA (BRASIL, 2002 a). De acordo

com Andrade (2010), neste tipo de pesquisa, os fenômenos de campo, físico e

humano são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, mas

não são manipulados pelo pesquisador. Além disto, busca-se descrever conceitos

ligados aos objetivos do trabalho, permitindo assim uma abordagem focalizada,

pontual e estruturada.

O trabalho descritivo busca detalhar as características de determinada

população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis; o presente

trabalho também possui caráter exploratório, pois o tema escolhido ainda não possui

fontes suficientes de referência e, assim, não apresenta hipóteses consistentes

como ponto de partida para a pesquisa (MARTINS JUNIOR, 2008). A pesquisa de

campo é utilizada com o objetivo de conseguir informações relacionadas ao

problema para o qual se investiga uma resposta. A análise quantitativa é aplicada

quando se deseja analisar dados numéricos; valores como o número de sujeitos

participantes, médias e desvios de medições experimentais são dispostos sob a

forma de tabelas e gráficos. No delineamento de um estudo transversal, todas

as mensurações são executadas em um momento único (RUIZ, 2006).

4.2 LOCAL DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada nas dependências de um ILPI, sendo uma instituição

privada/filantrópica, de um município do estado do Pará, ativa há 34 (trinta e quatro)

anos, tendo sido construída em 1981. Entende-se que este intervalo de tempo é

suficiente para detectar possíveis riscos físicos oriundos da falta de manutenção. A

escolha do local de pesquisa deu-se pela demanda de idosos residentes na mesma

e também pela facilidade de acesso aos pesquisadores.

Page 31: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

30

4.3 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS

Como a pesquisa não envolve diretamente seres humanos e suas emissões

de valores, tampouco seus pareceres, opiniões por parte de nenhuma variável, não

foi necessária aprovação em Comitê de Ética (BRASIL, 1996; 2012), e sim apenas a

aprovação assinada pelos administradores das ILPI inerentes ao campo de estudo.

Ressalta-se que foi assegurado às instituições o direito de retirarem-se da pesquisa

caso assim o desejem, bem como a privacidade e individualidade de todos os

envolvidos, motivo pelo qual não foram anexadas as autorizações (que ficarão

arquivadas em poder do pesquisador) e também não foram divulgadas, nesse

trabalho, imagens da frente da instituição em questão.

Todos os gastos financeiros da Pesquisa foram de responsabilidade dos

pesquisadores; ressalta-se que, em todos os momentos da pesquisa, foi designado

pela administração um funcionário que acompanhou todo o processo, porém este

não participou da coleta em nenhum momento.

4.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

O procedimento de coleta de dados foi realizado em três etapas:

Etapa 1: Observação e mapeamento do campo de estudo

A observação dos procedimentos e rotinas executadas pelos idosos e

profissionais possibilitou o conhecimento detalhado das atividades lá desenvolvidas,

permitindo o reconhecimento dos potenciais riscos físicos a que estes estão

expostos.

Nessa etapa, as informações obtidas permitiram a identificação, classificação

da potencialidade dos riscos físicos, visando estabelecer um pré-diagnóstico sobre

das condições de trabalho na instituição. Esse momento também foi crucial para, a

partir da observação, elaborar o instrumento de coleta de dados (APENDICÊ A) que

foi baseado na RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005) e em

instrumento de coleta utilizado por Posso (1988).

Etapa 2: Desenho técnico da planta do ILPI

Page 32: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

31

Nessa etapa, o objetivo foi conhecer as dimensões espaciais e estruturais

que ofereceram subsídios na identificação das fontes potenciais de riscos físicos no

ILPI e serviram como base para realizar as mensurações a serem efetivadas na

coleta propriamente dita.

Foi considerada, também, a norma de construção para o ILPI e planta física

padrão (Figura 1) comparando-as com a RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005

(BRASIL, 2005).

Figura 1 - Projeto Arquitetônico, Planta Baixa da ILPIs.

MNXJHVASYTFD V

FEFFSN GJH VGH SB FHJVSBFG

Fonte: Instituto de Longa Permanência de Idosos. Acervo Pessoal, 2015.

Page 33: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

32

Etapa 3: Procedimento de coleta de dados

A coleta de dados foi realizada em julho de 2015, pela própria pesquisadora,

por meio de instrumento de coleta de dados (APÊNDICE A) com questões

fundamentadas por Posso (1988), adaptando dados da RDC ANVISA 283/26/9/2005

(BRASIL, 2005) e distribuídos em seis partes: identificação da instituição,

características estruturais da instituição, risco de trauma, risco elétrico, risco de ruído

e disposição de mobiliário e equipamentos.

Nesta etapa, foram coletados os dados para identificação de riscos físicos

presentes no ILPI selecionado, utilizando-se para a coleta uma máquina fotográfica

digital (SONY®, 16.1 mega pixels), uma trena (TRAMONTINA, 3 metros, Figura 2) e

um decibelímetro (Instrutherm, DEC-490, Figura 3), os quais foram utilizados para

registro e armazenamento de imagens, aferição de medidas e captação de ruídos

sonoros, respectivamente.

De acordo com Posso (1988), o cálculo de iluminamento pode ser feito

baseando-se no número de lâmpadas existentes: soma-se o valor em potência de

cada uma das lâmpadas do ambiente dividindo-se em seguida pela área de

iluminação (em m2). O resultado deve ser maior ou igual a 20 para que a

luminosidade seja considerada suficiente. Vale ressaltar que o cálculo pode ser

aplicado a qualquer tipo de fonte luminosa.

Figura 2 – Trena.

Nota: Marca Tramontina.

Fonte: Acervo Pessoal, Belém, Pará, 2015.

Page 34: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

33

Figura 3 - Decibelímetro.

Nota: Marca Instrutherm, DEC-490 Fonte: Acervo Pessoal, Belém, Pará, 2015.

A coleta de dados ocorreu no período diurno no ILPI, em dias alternados, nas

seguintes áreas: administração, áreas comuns (pátio, jardim, área da piscina),

dormitórios, banheiros (incluindo o dos funcionários), farmácia, enfermaria, sala de

Serviço Social, lavanderia, refeitório, cozinha, sala de Fisioterapia, despensas e

capela.

A coleta de ruídos, especificamente, foi realizada em dois momentos,

escolhendo-se os horários de funcionamento mais intensos da instituição, pela

manhã e pela tarde, e realizando a comparação posterior dos dados obtidos. Além

disso, após a coleta, todos os dados foram analisados e tabelados para a discussão

a seguir.

Page 35: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

34

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 IDENTIFICAÇÃO ESPACIAL E PROFISSIONAL DO ILPI

O ILPI pesquisado é uma instituição filantrópica, o que implica dizer que sua

manutenção é feita por entidade jurídica sem fins lucrativos cuja prestação de

serviços visa a benemerência (SANGLARD, 2003). Sobre filantropia, Sanglard,

(2003, p.1095) ainda escreve:

A filantropia pode ser entendida, a grosso modo, como a laicização da caridade cristã ocorrida a partir do século XVIII, e que teve nos filósofos das luzes seus maiores propagandistas. O “fazer o bem”, o socorro aos necessitados, deixa de ser uma virtude cristã para ser uma virtude social.

Sendo assim, a instituição é mantida por meio de doações de outrem, não

recebendo nenhum incentivo financeiro do poder e administração pública

(SANGLARD, 2003).

No ILPI campo de estudo, os profissionais exercem funções diversificadas,

sendo cada um responsável por atividades dentro de suas competências. Todavia,

em nada isso altera a exposição aos riscos, uma vez que, todos estão inseridos no

mesmo ambiente e no geral todos possuem atitudes similares, colocando-os em

situação de vulnerabilidade e exposição aos riscos durante as atividade laborativas.

A caracterização da instituição cenário do estudo e o quantidade, categoria

profissional e cargo dos profissionais que compõem o funcionamento do ILPI,

seguem representados nos Quadros 1 e 2 a seguir:

Quadro 1 - Caracterização do ILPI. Pará, 2015

Ano de construção 1981

Capacidade de Idosos no ILPI 39

Número de idosos que convivem no ILPI 39

Área física 622, 92 m2

Page 36: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

35

Quadro 2 - Quantidade, categoria profissional e cargo dos profissionais que compõem o funcionamento do ILPI. Pará, 2015.

Categoria profissional Número de profissionais

Responsável técnico (Auxiliares administrativos)

02 Responsáveis Técnicos

Técnicos/Auxiliares de enfermagem

03 Técnicos de enfermagem

Cuidadores de idosos 07 Cuidadores de Idosos

Copa/ Cozinha 02 Cozinheiros

Lavanderia 01 Funcionário

Serviço de limpeza 03 Auxiliares de serviço gerais, sendo 01 para

serviços da parte externa e 02 para serviços da

parte interna.

Ao analisar o Quadro 1, pode-se perceber que a capacidade máxima do local

está sendo ocupada. Tal assertiva ratifica que as famílias brasileiras estão

recorrendo à institucionalização dos idosos, fato que ocorre por motivos diversos,

onde evidentemente, se identifica a diminuição do apoio familiar aos idosos (SILVA;

SANTOS, 2010). No entanto, a institucionalização do idoso deveria ser a última

alternativa de assistência o que é preocupante segundo Tier, Fontana e Soares

(2004), pois a ILPI está ocupando um lugar diferente daquele que seria o devido.

No que diz respeito à análise da composição profissional do ILPI (Quadro 2),

pode-se perceber a existência de um déficit profissional, com ausência de médicos,

enfermeiros e outros profissionais como nutricionistas e fisioterapeutas, por

exemplo. Este fator predispõe a ocorrência de agravos à saúde, visto a sobrecarga

de trabalho dos profissionais existentes, além de não garantir a assistência

adequada aos idosos que lá residem.

Para Ferreira e Yoshitome (2010), os ILPI devem satisfazer as necessidades

dos idosos em todos os sentidos e, para tal, devem disponibilizar o trabalho da

Assistência Social, Medicina, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia

Ocupacional, Odontologia, Nutrição, entre outros serviços. No cenário em que se

encontram as ILPI atualmente, existe a necessidade de contratação de mais

Page 37: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

36

profissionais que componham uma equipe multiprofissional, com o intuito de assistir

os idosos holisticamente (MEDEIROS et al., 2015).

Baseando-se na Anvisa, 2004 e RDC Anvisa Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL,

2005), o ILPI deve apresentar recursos humanos com vínculo formal de trabalho que

garantam a realização das seguintes atividades:

“Modalidade I: destinada a pessoas idosas independentes, mesmo que requeiram

uso de equipamentos de auto-ajuda.

a) Um cuidador para cada 20 idosos, ou fração, com carga horária de 40

horas/semana;

b) Dois funcionários para serviços gerais com carga horária de 40 horas/semana;

c) Dois cozinheiros com carga horária de 40 horas/semana.

Modalidade II: destinada a pessoas idosas com dependência funcional em

qualquer atividade de autocuidado como alimentação, mobilidade, higiene e que

necessitem de auxílios e cuidados específicos. a) Um médico com carga horária de 08 horas por semana;

b) Um enfermeiro com carga horária de 12 horas/semana;

c) um nutricionista com carga horária de 04 horas /semana;

d) um fisioterapeuta com carga horária de 04 horas/semana;

e) um auxiliar/técnico de enfermagem para cada 15 idosos, ou fração, por turno;

f) um cuidador para cada 10 idosos, ou fração, por turno;

g) dois funcionários para serviços gerais com carga horária de 40 horas/ semana;

h) dois cozinheiros com carga horária de 40 horas por semana;

Modalidade III: destinada a pessoas idosas com dependência que requeiram

assistência total, com cuidados específicos, nas atividades de vida diária: a) um médico com carga horária de 12 horas/semana;

b) um enfermeiro com carga horária de 20 horas/semana;

c) um nutricionista carga horária de 08 horas/semana;

d) um fisioterapeuta carga horária de 20 horas/ semana;

e) um auxiliar/técnico de enfermagem para cada 10 idosos, ou fração, por turno;

f ) um cuidador para cada 06 idosos, ou fração, por turno;

g) dois funcionários para serviços gerais com carga horária de 40 horas/ semana.

h) duas cozinheiras com carga horária de 40 horas/semana...]” (BRASIL, 2005)

Page 38: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

37

Os idosos institucionalizados distribuem-se entre as três modalidades/graus

de dependência especificadas no Quadro 3. Constata-se um dimensionamento de

pessoal no ILPI incompatível com o mínimo recomendado para que seja possível a

manutenção das atividades, destacando que apenas os serviços de limpeza e

cozinha estão compatíveis com a carga de atendimento.

Quadro 3 - Descrição do número e grau de dependência dos idosos residentes no ILPI. Pará, 2015.

GRAU DE DEPENDÊNCIA DO IDOSOS NÚMERO DE IDOSOS

Grau I 16 idosos

Grau II 08 idosos

Grau III 15 idosos

Em relação aos demais serviços, percebe-se que alguns são até mesmo

inexistentes, como é o caso das atividades de lazer, garantidas somente quando há

o apoio de acadêmico e/ou estagiários de cursos superiores que realizam pesquisa

cientifica ou estágios supervisionados na instituição. No entanto, tais atividades

ocorrem periodicamente e sem rotina determinada, fato que poderia ser resolvido,

uma vez que a ILPI estudada apresenta estrutura para atividade de lazer – ainda

que parte dessa estrutura esteja desativada, como é o caso da piscina adaptada

(Figuras 6 a 9). Outro espaço que poderia ser utilizado para atividades de bem-estar

dos idosos seria a sala de fisioterapia, que também se encontra desativada por falta

de profissionais (Figuras 4 e 5).

Figura 4 - Sala de Fisioterapia desativada.

Figura 5 - Sala de Fisioterapia desativada.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Page 39: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

38

Figura 6 - Piscina Desativada.

Figura 7 - Piscina Desativada.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 8 - Espaço para Lazer.

Figura 9 - Espaço para Lazer

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Os serviços médicos, psicológicos, nutricionais e de assistência social não

são, rotineiramente, garantidos. Contudo, quando necessário, os idosos são

hospitalizados na rede pública de saúde e a equipe da Estratégia de Saúde da

Família-ESF oferece o apoio, dentro de suas limitações, realizando atendimento e

visitas na Instituição.

O serviço de enfermagem não é totalmente garantido, uma vez que o ILPI

estudado não possui enfermeiro, sendo este um profissional de extrema valia para

condução da equipe de enfermagem, gerenciamento da assistência e do serviço, e

de atividades preventivas. Tal afirmação encontra ressonância em Santos et al.,

(2008, p.295), como se depreende na declaração a seguir:

Page 40: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

39

O enfermeiro desenvolve suas atividades junto à pessoa idosa, por meio de um processo de cuidar, que consiste em olhá-la, considerando os aspectos biopsicossociais e espirituais, vivenciados pelo idoso residente e por sua família e amigos.

Assim, o trabalho do enfermeiro é capital para manutenção de uma

assistência de qualidade a esse público, levando em consideração todos os

aspectos relativos aos idosos e lhes proporcionando, além do bem-estar físico, a

maior qualidade de vida possível.

Compondo a equipe de enfermagem, o técnico de enfermagem possui como

funções dentro do ILPI: observar e descrever sinais e sintomas; prestar e promover

cuidados de higiene e conforto; aferir sinais vitais; administrar medicação e realizar a

alimentação via enteral, realizar orientações competentes com sua qualificação,

dentre outras, além de colaborar na supervisão do serviço dos cuidadores de idosos

(SANTOS et al,. 2008).

O idoso apresenta necessidades que exigem alta demanda dos profissionais

da saúde, incluindo o técnico de enfermagem, sendo que a RDC ANVISA Nº 283, de

26/09/2005 (BRASIL, 2005) estabelece três por turno de 8h ou de 12/36h, porém, no

ILPI pesquisado há três para o total de turnos, quando o ideal seria: nove para o

turno de 8h e seis para o de 12/36. Assim, fica patente um subdimensionamento do

número de profissionais, prejudicando o desenvolvimento e a qualidade de sua

assistência, além de expô-los a riscos e cargas físicas, biológicas, psicológicas,

entre outros.

Completando a equipe de assistência, no ILPI campo deste estudo, há os

cuidadores de idosos, divididos em duas categorias: os cuidadores formais, aqueles

pertencentes ao ILPI ou profissionais terceirizados, para fornecerem cuidados aos

idosos e informais, são aqueles que prestam assistência voluntariamente, como os

vizinhos, amigos ou familiares (BATISTA; ALMEIDA; LANCMAN, 2014).

As necessidades de cuidado extrapolam, muitas vezes, as capacidades das

famílias. Cresce, portanto, a necessidade de cuidadores formais, com capacitação

profissional para o cuidado ao idoso. Organizações internacionais e a política

nacional apontam para a necessidade da formação de profissionais capacitados

para lidar com o universo geriátrico e gerontológico (PAVARINI et al., 2005).

Segundo Souza e Argimon (2014), o cuidar originalmente era prestado por

voluntários que se dedicavam ao bem-estar do outro, tornando-se parte integrante

Page 41: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

40

da sua vida diária. Tratando-se da atenção ao idoso, o cuidador tem a função de

oferecer cuidados de higiene e conforto, ajudando com a alimentação, além de

estimular a reabilitação e independência do idoso.

Dessa forma, o cuidador de idosos está, também, altamente suscetível ao

desgaste físico e até mesmo psicológico, sendo necessário, além de um ambiente

propício à realização de suas atividades, uma demanda de trabalho que não o

sobrecarregue. O quadro real de cuidadores do ILPI estudado não condiz com estes

requisitos, uma vez que o quantitativo ideal deveria ser composto por quatro

cuidadores por turno de trabalho, ao invés de sete para todos os turnos, respeitando

a carga horária de trabalho e descanso destes.

Avaliando a composição de funcionários, identifica-se um problema a ser

corrigido em caráter de urgência, uma vez que a sobrecarga e a falta de

profissionais está intimamente ligada a possíveis implicações à saúde, ocorrência de

acidentes e surgimento de doenças ocupacionais.

5.2 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DO ILPI 5.2.1 Área externa

A área externa do ILPI apresenta-se sem a presença de placas de

identificação e contendo apenas uma porta de vidro para o acesso ao serviço. A

instituição estudada possui uma área descoberta (Figuras 10 e 11) própria para o

convívio e desenvolvimento de atividades ao ar livre e um pátio com área de 270m2

(Figura 12), todos os ambientes, sejam eles externos ou internos, contem piso

antiderrapante e corrimão unilateralmente e bilateralmente em rampas de acesso e

áreas de circulação (Figuras 13 a 15). A porta de entrada apresenta 2,05 m de altura

x 0,90 m de largura, com travamento simples.

Comparando o encontrado com o determinado pela RDC ANVISA Nº 283, de

26/09/2005 (BRASIL, 2005) identificaram-se algumas inadequações, uma vez que a

mesma estabelece acesso externo com no mínimo duas portas, sendo uma

exclusivamente de serviço, com um vão livre com largura mínima de 1,10m, com

travamento simples sem uso de trancas ou chaves.

Page 42: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

41

Os pisos externos e internos (inclusive de rampas e escadas) devem ser de

fácil limpeza e conservação, uniformes, com ou sem juntas e com mecanismo

antiderrapante; rampas e escadas devem ser executadas conforme especificações

da NBR9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004),

observadas as exigências de corrimão e sinalização; as circulações principais

devem ter largura mínima de 1,00 m e as secundárias podem ter largura mínima de

0,80 m, sendo que as circulações com largura maior ou igual a 1,50 m devem

possuir corrimão dos dois lados e circulações com largura menor que 1,50 m podem

possuir corrimão em apenas um dos lados.

Dessa forma, observa-se que, em relação à área externa, poucos são os

riscos encontrados aos trabalhadores, pois, mesmo com as inadequações existentes

de identificação dos ambientes e formas de acesso da instituição, estes configuram-

se como problemas mais organizacionais do que estruturais da instituição, não

implicando diretamente na saúde e potencialidade de riscos funcionários envolvidos

no processo.

Figura 10 - Área descoberta

Figura 11 - área descoberta

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 12 - Piso antiderrapante.

Figura 13 - Área de circulação Pátio

Page 43: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

42

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 14 - Acesso Principal.

Figura 15 - Rampas com corrimão.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

5.2.2 Áreas internas

5.2.2.1 Dormitórios

Adentrando o ILPI e realizando uma apreciação dos ambientes em que os

profissionais atuam, pode-se avaliar a adequação (ou não) dos ambientes e o

quanto esse fator implica em riscos. Estudos de Benedett (2008) e Marinelli (2013) já

atentavam para o fato de que medidas diferentes recomendado podem dificultar o

fluxo de circulação de pessoas, aumentando a possibilidade de choque com outros

objetos e equipamentos aí existentes ou de queda dos mesmos devido à restrição

do espaço de circulação. Assim, as inadequações do espaço físico podem se

caracterizar como fonte potencial de risco.

Em relação às dimensões físicas dos dormitórios do ILPI campo deste estudo,

verificou-se que são separados por sexo e abrigam no máximo 3 pessoas. Além

disso, todos são dotados de banheiro, respeitando assim a regulamentação exigida

para os mesmos, encontrando-se dentro dos padrões no que diz respeito a divisão e

distribuição dos dormitórios. Os quadros 4 e 5 apresentam, respectivamente, o

dimensionamento físico dos dormitórios de acordo com o preconizado pela RDC e

ao encontrado no ambiente analisado.

Page 44: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

43

Quadro 4: Dimensionamento físico dos dormitórios de um ILPI, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005). Pará, 2015.

Número de pessoas por dormitório

Área dos dormitórios, incluindo área para guarda de roupas e pertences do residente

Distância entre as camas

Distância entre cama e parede

1 pessoa 7,50m2 _ 0,50 m

02 a 04 pessoas 5,50 m2 por cama 0,80 m 0,50 m

Quadro 5 -Dimensionamento físico dos dormitórios do ILPI avaliado, Pará 2015.

Número de pessoas por dormitório

Área dos dormitórios, incluindo área para guarda de roupas e pertences do residente

Distância entre as camas

Distância entre cama e parede

1 pessoa 4,77 x 3,05 = 14, 54 m2

_ 1,00 m

02 a 04 pessoas 6, 34 x 3,48= 22, 06 m2

(7, 35 m2 por cama) 1,18 m 0,80 m

Realizando a análise comparativa dos dormitórios, entre o estipulado pela

RDC e o encontrado no ILPI, tem-se uma adequação da área encontrada, estando

até mesmo acima da exigência mínima, visto que há no máximo três idosos por

quarto.

Por outro lado, fatores que preocupam e descumprem a RDC ANVISA

283/2005 (BRASIL, 2005) são a ausência de luz de vigília e campainha de alarme

nesses ambientes, o que dificulta tanto ao idoso quanto ao profissional, caso haja

necessidade de se movimentar à noite. Além disso, há presença (em alguns

dormitórios) de objetos não fixados na parede e suspensos (televisor, guarda-roupa,

entre outros) ou ainda em mau estado de conservação das paredes (objetos e

própria estrutura física, conforme Figuras 16 a 20), fatores que aumentam a

predisposição à traumas durante a realização de atividades profissionais.

Page 45: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

44

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 18 - Dormitório ILPIs.

Figura 19 - Objetos guardados em locais Inapropriados.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 20 - Má conservação nos dormitórios

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Para Araruna e Posso (2014), é necessário um espaço adequado e que

permita a mobilidade dos profissionais, para que estes possam executar suas

atividades com segurança, assim como também um preparo adequado do local para

se evitar riscos físicos aos profissionais.

Figura 16 - Dormitório ILPIs.

Figura 17- Dormitório ILPIs.

Page 46: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

45

Segundo Cunha (2004), a adequação ambiental está diretamente relacionada

com equilíbrio e harmonia visual; assim, se estas não se encontrarem adequadas,

podem gerar complicações ao profissional. Ressalta-se ainda que o uso de cores

inadequadas, como as cores muito fortes e chamativas, pode causar confusão

mental aos trabalhadores, gerando estresse desnecessário.

Outro fator preocupante é inadequação de imobiliários e a presença de

objetos guardados em locais inapropriados (televisão não fixadas da parede, e

objetos pendurados atrás das janelas), o que aumenta o risco de traumas e

problemas ergonômicos. Segundo Benedett (2008), a sobrecarga ergonômica causa

danos à saúde e atrapalha o desenvolvimento das atividades profissionais,

reduzindo a qualidade da assistência.

Nota-se que as paredes e teto dos dormitórios, a exemplo dos banheiros

(Figuras 17 a 23), são de alvenaria recobertos com cerâmica branca, laváveis,

sendo que um deles apresenta piso antiderrapante, de cor neutra (Figura 24).

Padrão semelhante é apresentado pelas paredes, piso e tetos das demais

dependências internas do ILPI estudado (Figuras 27 a 43).

As Figuras 20, 25 e 26, referentes a um dormitório e aos banheiros dos

funcionários, respectivamente, apresentam paredes em mau estado de conservação

e com nítidos pontos de infiltração, principalmente, no banheiro dos funcionários, e

com talha de tecido (Figura 26), fator facilitador de contaminação.

Paredes e tetos eram de cor branca, coincidindo com os resultados

observados por Benedett (2008), Almeida (2013) e Araruna; Posso (2014) em UTI

neonatal e Central de Mateteriais Esterelizados - CME, respectivamente. Segundo

Boccanera; Boccanera; Barbosa, (2006) e Boccanera (2007), esta cor permite maior

refletância, além de representar simplicidade, paz, harmonia e estabilidade,

necessárias ao ambiente hospitalar e de EAS que devem transmitir sensações

agradáveis e de conforto para o paciente, família e profissionais. Ressalta Marinelli

(2013) que, de acordo com as dimensões dos ambientes, há um padrão de cor que

os torna mais amplos ou confortáveis, ao mesmo tempo que facilita a realização de

tarefas que exijam atenção.

Page 47: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

46

5.2.2.2 Banheiros dos usuários

Os banheiros fazem parte de cada dormitório, sendo cada um usado por no

máximo três idosos. Ressaltando que são idosos do mesmo sexo e que os

banheiros são de uso exclusivo dos residentes no ILPI. A seguir Quadros 6 e 7

demonstram o padrão determinado pela RDC ANVISA 283/2005, (BRASIL, 2005) e

o encontrado no local estudado, permitindo assim uma apreciação para identificar

inadequações que possam existir. Quadro 6: Dimensionamento físico (mínimo) dos banheiros de um ILPI, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (PARÁ, 2015).

Tamanho

do Banheiro

Número

de bacias

Número de lavatórios

Número de chuveiros

Possui algum desnível em

forma de degrau, para conter a água

Possui revestimentos que produzam brilhos

e reflexos

3,60 m2

01

01 01 Não Não

Quadro 7: Dimensionamento físico dos banheiros do ILPI (PARÁ, 2015).

Tamanho do

Banheiro

Número de

bacias Número de lavatórios

Número de chuveiros

Possui algum desnível em

forma de degrau, para conter a água

Possui revestimentos que produzam brilhos

e reflexos

3,07 x 1,90 = 5,83 m2 01 01 01 Não Não

Comparando a estrutura física, observa-se que a mesma está dentro dos

padrões determinados. É um fator importante, uma vez que a adequação do espaço

permite uma boa movimentação dos profissionais e idosos facilitando o

desenvolvimento de atividades como o banho dos idosos, por exemplo, diminuindo

assim os riscos de traumas e cargas mecânicas (FELLI; BAPTISTA, 2015) a estes

profissionais.

No entanto, na estruturação do banheiro percebe-se um risco de acidentes

por objetos suspensos (Figuras 21 e 22). Além disso, verificou-se a presença de

risco elétrico (Figuras 23 e 24). De acordo com Magarão; Guimarães e Lopes (2011)

as lesões por choque elétrico acompanham a história e a evolução dos meios de

Page 48: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

47

geração de eletricidade, representando segundo estatísticas norte-americanas 5.000

atendimentos nas unidades de urgência e emergência/ano e em consequência cerca

de 1.000 mortes, configurando um grave problema de saúde pública.

Figura 21 - Banheiro do ILPIs.

Figura 22 - Banheiro do ILPIs.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 23 - Risco elétrico em Banheiro do ILPIs.

Figura 24 - Risco elétrico em Banheiro do ILPIs.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Estudo sobre queimaduras realizado por Gawryszewski et al (2012) constatou

que 21,9 % dos pacientes que buscaram atendimento médico foram vítimas de

choque elétrico. Trata-se de um número que pode ser considerado alto para essa

natureza de problema e um fator preocupante, podendo ser fatal para a vítima.

5.2.2.3 Banheiro dos funcionários

Os funcionários devem possuir vestiário e banheiro próprios e separados por

sexo, onde cada banheiro deve estar disponível para cada 10 funcionários ou fração

Page 49: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

48

e a área do vestiário deve ser no mínimo 0,5 m2 por funcionário/turno, podendo

dessa forma proporcionar conforto e privacidade a estes profissionais. Visando

identificar a adequação desse espaço, os quadros 8 e 9 apresentam os parâmetros

estabelecidos e a realidade encontrada no ILPI avaliado. Quadro 8: Dimensionamento físico do banheiro dos funcionários de um ILPIs, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005).

Área do Banheiro

Número de

bacias

Número de

lavatórios

Números de

chuveiros

Possui algum

desnível em forma de

degrau, para conter a

água

Possui revestimentos que produzam

brilhos e reflexos

3, 60 m2 01 01 01 Não Não

Quadro 9: Dimensionamento físico do banheiro dos funcionários do ILPI. Pará, 2015.

Tamanho do

Banheiro

Número de

bacias

Número de

lavatórios

Números de

chuveiros

Possui desnível em

forma de degrau,

para conter a água

Possui revestimentos que produzam

brilhos e reflexos

2,90 x 1,13 = 3,27 m2

01

01 00 Não Não

Percebe-se a ocorrência de inadequações na estrutura do banheiro dos

funcionários, onde o tamanho encontra-se inferior ao recomendado. Além do fato da

inexistência de chuveiro. O ILPI avaliado não dispõe de vestuários nem banheiros

separados por sexo, sendo um único banheiro (Figuras 25 e 26) utilizado por todos

os funcionários do estabelecimento, excedendo, assim, o limite máximo permitido de

pessoas, desrespeitando a territorialidade individual e prejudicando a privacidade.

Outro fator preocupante é a utilização das instalações do banheiro como

despensa de material de limpeza (Figuras 25 e 26), fato que prejudica a mobilidade

no espaço e que, associado à má conservação, favorece a potencialidade de riscos,

além de causar desconforto aos usuários, evidenciando a pouca preocupação com o

bem-estar e a qualidade do ambiente de trabalho destes.

Page 50: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

49

Figura 25 - Banheiro dos Funcionários.

Figura 26 - Banheiro dos Funcionários.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

A saúde ocupacional dos profissionais, em especial os envolvidos no

processo de saúde, requer um ambiente de trabalho livre ao máximo de cargas,

sejam elas físicas, mecânicas, químicas ou psicológicas, entre outras (FELLI;

BAPTISTA 2015).

Para Rios (2008), o trabalho na área da saúde é desgastante, pois o ambiente

insalubre, o regime de turnos, os baixos salários, o contato muito próximo com os

pacientes provocam grande desgaste psíquico e podem levar ao adoecimento.

Contudo, apesar da importância desses aspectos, ainda se percebe um modelo de

gestão pouco atento ao conforto dos funcionários.

As condições do ambiente de trabalho correspondem aos aspectos materiais,

como espaço físico, entre outros (LANCMAN et al., 2013). A preocupação com o

ambiente profissional merece um cuidado especial, evitando sobrecarga e

consequentes possíveis transtornos à saúde desses trabalhadores, pois a garantia

de condições e de ambientes de trabalho adequados previne o aparecimento de

doenças e a ocorrência de acidentes (TOLDRÁ et al., 2010).

A sobrecarga de profissionais de enfermagem e cuidadores de idosos e as

condições ambientais de trabalho tem sido estudadas por diversos autores

enfatizando os seus efeitos na saúde destes trabalhadores, manifestada por sinais

e sintomas de diversas morbidades e comorbidades (LOUREIRO et al, 2014;

ZAVALA; KLIJN, 2014).

Os profissionais de saúde (assim como outros) estão envolvidos em

processos que os levam a trabalhar em diversos tipos de ambientes; muitas vezes,

tais ambientes estão em desacordo com o estabelecido na legislação pertinente,

Page 51: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

50

expondo-os à potencialidade de riscos com consequências nefastas à saúde

(Zavala; Klijn, 2014). Como fator adicional, a má qualidade ambiental de trabalho

favorece o aumento do absenteísmo (FELLI; BAPTISTA, 2015).

Corroborando esta afirmativa, Sancinetti et al. (2011) relata que o absteísmo,

na maioria das vezes, está relacionado à desmotivação profissional potencializada

por processos institucionais de trabalho deficientes, condições desfavoráveis do

ambiente de trabalho, entre outros. Sancinetti et al (2011) destacam a importância

da valorização profissional e da adequação do ambiente de trabalho para evitar

prejuizo mutúo, visto que os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores são

expostos tornam-os mais sucetíveis ao aparecimento de doenças e ocorrência de

acidentes ocupacionais, onerando e penalizando também as empresas com a

ausência ou perda do profissional.

5.2.2.4 Farmácia e enfermaria

A farmácia (assim denominada pelo ILPI estudado) na verdade é mais um

local de armazenamento de medicações, materiais de curativo e nebulização, e local

de preparo das medicações que serão administradas, usados pelos idosos e se

encontra em área de 9,76 m² (Figuras 27 e 28). A mesma tem como responsáveis os

técnicos de enfermagem que trabalham no ILPI. Embora a RDC ANVISA 283/2005

(BRASIL, 2005) não apresente parâmetros especificos para a área física dos ILPI,

percebe-se várias inadequações no que diz respeito à estrutura e manutenção

desse serviço, considerando por analogia o disposto na RDC nº 50, de 21 de

fevereiro de 2002 (BRASIL, 2002) que determina áreas específicas para cada

função do farmacêutico para a dispensação e distribuição dos diversos tipos de

medicamentos.

Uma questão preocupante encontrada está relacionada ao armazenamento

das medicações para posterior distribuição, visto que a farmácia não apresenta

controle de temperatura nem controle de umidade ambiente; além disso, pode-se

perceber estocagem de medicamentos fracionados, muitas vezes, por tempo

prolongado, comprometendo a qualidade do medicamento.

Segundo Silva (2011), a questão da estocagem de medicamentos é

preocupante também em relação às sobras, que podem comprometer a

Page 52: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

51

farmacoterapia, pela presença de medicamentos vencidos, sem rótulo, com

ausência de indicações de uso e ilegibilidade das informações. MENDES (2005)

relata que o procedimento de dispensa de medicamentos deve assegurar a

qualidade, necessitando dessa forma uma estocagem e embalagem compatível com

a preservação do produto.

O fato de a farmácia não possuir um responsável técnico correspondente e

qualificado é outro fator limitante e preocupante, uma vez que, mesmo a dispensa de

medicamentos sendo realizada mediante receita médica, os idosos não estão

totalmente livres de receber medicamentos em condições inadequadas.

Bueno et al. (2012) ressalta que é importante considerar que a maioria dos

idosos utilizam medicamentos sem prescrição; a falta de controle farmacólogico

facilicita essa prática de polifarmácia, com consequências de gravidade variável

(GAUTÉRIO et al, 2012).

Figura 27 - Farmácia ILPI.

Figura 28 -Farmácia ILPI.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Seguindo a discussão sobre o rol de irregularidades, observou-se ainda o

uso de estufa para esterilização de materiais e a falta de um sistema de esterilização

adequado (Figuras 29 e 30), com a ausência de centro de material e esterilização

(CME).

Page 53: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

52

Figura 29 - Farmácia ILPI.

Figura 30 - Farmácia ILPI.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

De acordo com Sancinetti e Gatto (2007, p. 265):

O CME tem finalidades e objetivos nitidamente definidos, tais como: concentrar os artigos odonto-médico-hospitalares, esterilizados ou não, facilitando seu controle, conservação e manutenção; padronizar e realizar técnicas de limpeza, preparo, empacotamento e esterilização, assegurando economia de pessoal, material e tempo; distribuir material esterilizado ou não aos diversos setores de atendimento a pacientes; treinar pessoal para atividades específicas do setor, conferindo-lhe maior produtividade; facilitar o controle de consumo, qualidade dos materiais e das técnicas de esterilização, aumentando a segurança do uso.

Os riscos observados dentro da farmácia estão mais intimamente

relacionados a fatores de riscos biológicos; no entanto, nosso foco são os riscos

físicos; perfurocortantes mal armazenados, por exemplo, podem causar traumas por

impacto no organismo de gravidade variável (POSSO, 1988). As figuras 31 e 32

mostram que o local onde está depositada a caixa de descarte pode provocar

acidentes.

Figura 31 - Pia da farmácia ILPI.

Figura 32 - Caixa de material perfurocortante.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Page 54: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

53

A ausência de farmacêutico responsável pela farmácia aumenta a sobrecarga

do técnico de enfermagem no caso da ILPI estudada, expondo-o também a riscos de

ordem legal, uma vez que não é habilitado para tal responsabilidade. Constatou-se

ainda a inadequação no armazenamento dos resíduos perfurocortantes (Figura 32),

em que a caixa utilizada é formada por material improvisado e mantida em local de

conservação inadequado.

A RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004), regulamenta o

descarte de materiais com possíveis riscos perfurocortantes e de transmissão

biológica à saúde: devem ser acondicionados em saco branco leitoso e caixa

especifica e rígida, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua

capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e indicando o risco que apresenta

o resíduo, não podendo permanecer no chão ou em superfícies e ficando a uma

altura de fácil visualização por parte dos trabalhadores.

A enfermaria, por sua vez, encontra-se em um espaço de 14,37 m², com dois

leitos utilizados para casos de emergência e de observações dos idosos

institucionalizados (Figuras 34 e 35). Dessa forma, encontra-se de acordo com a

RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 (BRASIL, 2002), que preconiza 7,0m² por

leito em quartos com dois leitos. Contudo, a distribuição do quarto deixa os leitos em

espaços inadequados, além do uso do espaço para guarda de materiais inutilizados

(Figura 33).

No ambiente da enfermaria, as figuras 36, 37 e 38 permitem observar riscos

de traumas nas por irregularidades do piso e mobiliários mal posicionados, assim

como riscos elétricos (anteriormente discutidos); tais questões necessitam ser

corrigidas o quanto antes, visto que deixam os profissionais suscetíveis a acidentes

de trabalho.

Outro fator preocupante aparece nas figuras 34 e 35 e se relaciona à

presença das dos cilindros de O2 entre as macas, pois existe a necessidade de um

manuseio adequado, a fim de evitar acidentes. Bártholo, Gomes e Noronha Filho

(2009) salientam o risco de explosão e incêndio associado ao uso do gás

concomitantemente ao uso objetos fontes de calor, como fósforos, por exemplo.

Page 55: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

54

Figura 33 - Enfermaria ILPI.

Figura 34 - Enfermaria ILPI.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 35 - Enfermaria ILPI.

Figura 36 - Enfermaria ILPI.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 37 - Risco elétrico-enfermaria

Figura 38 - Risco elétrico-banheiro da enfermaria

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

5.2.2.5 Cozinha e refeitório

As atividades desempenhadas em cozinhas caracterizam-se pela

manipulação e a preparação de alimentos, processo este que exige algumas

Page 56: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

55

posturas inadequadas como longos turnos em pé e condições ambientais

desconfortaveis, como exposição a altas temperaturas, por exemplo (CASAROTTO;

MENDES, 2003).

O trabalho em cozinhas está cercado de riscos ocupacionais, em especial os

riscos ergonômicos causando sobrecarga musculoesquelética, além dos riscos

relacionados ao ambiente físico, caracterizados por ruído, umidade excessiva,

temperatura elevada e ventilação insatisfatória (BOCLIN; BLANK, 2006).

Silva et al (2008) expecifica que nas cozinhas existem diversas atividades que

expõem os profissionais a riscos ocupacionais em decorrência do ambiente e reforça

que na maioria das vezes estes se apresentam de forma simultânea e sinérgica,

gerando sobrecarga física nestes trabalhadores.

Para a RDC N° 216/2004 (BRASIL, 2004), a edificação e as instalações

devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos

em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de

manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. Além disso, o acesso às

instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. O

dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as

operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos

ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada (BRASIL,

2004; 2005). Por fim, as instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir

revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros,

conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações,

bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos

alimentos (BRASIL, 2004; 2005).

A área da cozinha do ILPI campo de estudo (Figuras 39 a 46) é equivalente

a 23,40 m², espaço compatível com uma boa distribuição das atividades,

possibilitando a minimização de riscos a que os profissionais estao expostos.

Contudo, há risco de quedas e traumas, pela presença de tapetes e piso

escorregadio, inadequados (Figuras 39, 41 e 42), além do risco térmico ocasionado

pelo trabalho com altas temperaturas e intensificado pela baixa ventilação existente.

Page 57: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

56

Figura 39 –Cozinha - Risco de trauma.

Figura 40 – Cozinha.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 41 – Cozinha.

Figura 42 – Cozinha.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 43 - Cozinha

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Page 58: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

57

O refeitório (Figuras 44 a 47), por sua vez, ocupa uma área de 50,0 m²,

apresentando espaço adequado para o cotidiano das refeições dos internos,

deixando-os acomodados adequadamente e livrando os profissionais que ali

desenvolvem suas atividades de riscos relacionados a espaços insuficientes. O

refeitório também está de acordo com a RDC ANVISA 283/2005 (BRASIL, 2005),

que preconiza que o refeitório deve conter área mínima de 1m2 por usuário,

acrescido de local para guarda de lanches, lavatório para higienização das mãos e

luz de vigília. No entanto, embora o espaço seja adequado, outras diretrizes da RDC

ANVISA 283/2005 (BRASIL, 2005), como local para guarda de lanches, não são

respeitadas, necessitando adequação.

Tanto para profissionais quanto para usuários, evidencia-se risco de

acidentes no que diz respeito a mesas e bancos, uma vez que estes não possuem

cantos arredondados, aumentando assim o risco de acidentes e traumas, inclusive

para os idosos que estão mais suscetíveis, devido à diminuição de reflexos e

aspectos cognitivos.

Diante disso, percebe-se que no geral as condições ambientais do refeitório

do ILPI estudado encontram-se sem maiores problemas e sem tantos riscos de

acidentes ocupacionais. Ainda assim, é perceptível a necessidade de adequações,

para que estes profissionais tenham os poucos riscos eliminados, além de

adequações estruturais para que a estrutura encontrada seja condizente com o

padrão exigido pela norma especifica.

Figura 44 - Refeitório.

Figura 45 – Refeitório.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Page 59: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

58

Figura 46 – Refeitório.

Figura 47 – Refeitório.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

5.2.2.6 Lavanderia

Os ambientes de saúde são locais tipicamente insalubres que apresentam

riscos ocupacionais, onde poucas vezes percebe-se o cuidado dos gestores em

relação à minimização dos riscos e preocupação com a qualidades dos usuários e

dos trabalhadores envolvidos no processo (FONTANA; NUNES, 2013). As

lavanderias hospitalares tem o objetivo de limpar e descontaminar roupas, para que

as mesmas possam ser reutilizadas com segurança pelos usuários. Todavia, o

processo requer habilidade dos manipuladores (FONTANA; NUNES, 2013).

As lavanderias hospitalares são locais geralmente pouco observados em um

hospital; apesar da pouca investigação, apresentam grande índice de acidentes de

trabalho e desenvolvimento de doenças ocupacionais. Quanto ao gerenciamento de

riscos hospitalares, as lavanderias constituem-se um sério problema em relação aos

riscos ambientais (PROCHET, 2000; FERNANDES et al. 2000).

Em um rol de potenciais riscos fisícos existentes neste ambiente, pode-se

citar as temperaturas alternadas entre frio e calor intenso, umidade, falta de

ventilação, ruído, vibração, iluminação inadequada e choque elétrico (PROCHET,

2000; FERNANDES et al. 2000), além dos riscos ergonômicos e biológicos que se

fazem muito constantes na realidade do dia a dia do trabalho dos profissionais

envolvidos neste ambiente.

A lavanderia do ILPI analisada possui todos os riscos físicos já citados,

indicando um ambiente desfavorável à saúde do funcionário, inferindo-se, pelo

evidenciado, ser o mais vulnerável às cargas físicas de toda instituição. Destacam-

Page 60: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

59

se o ruído e a umidade no local, riscos mais expressivos, sendo estes claramente

reconhecidos nas Figuras (48 a 54).

Figura 48 - Esterilizadora – Lavanderia.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 49 -Lavanderia ILPIs

Figura 50 - Lavanderia ILPI.

Figura 51 - Lavanderia ILPI

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Figura 52 - Lavanderia – ILPI.

Figura 53 - Umidade - Lavanderia - ILPI

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Page 61: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

60

Figura 54 - Lavanderia ILPI

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Segundo a ANVISA (2009), os riscos fisicos estão comumente presentes nas

lavanderias, sendo estes:

• O ruído e a vibração, que são decorrentes do funcionamento dos

equipamentos (como lavadoras, secadoras e calandras e esterilizadoras), do

sistema de ventilação, dentre outros. Os ruídos podem acarretar, além da

perda auditiva, o desvio da atenção e falhas na comunicação, o que favorece

a ocorrência de acidentes;

• O calor, que é proveniente dos equipamentos (como ferros de passar roupas

secadoras calandras e prensas), da tubulação e descarga de vapor, de roupa

quente e pesada, dos botões metálicos de roupas, dentre outros;

• A umidade ocorre principalmente devido a pisos molhados, sendo estes por

sua vez causadores de escorregões e quedas nesse ambiente.

De acordo com FONTOURA et al. (2014), o ruído ocupacional está presente

nos ambientes de trabalho, em especial nas lavanderias hospitalares, nas quais a

exposição continuada e excessiva a níveis de pressão sonora (NPS) elevados pode

vir a produzir alterações físicas, fisiológicas e psicológicas aos trabalhadores que ali

desenvolvem suas atividades (POSSO; SANT’ANNA, 2007). Considerações sobre o

ruído e a umidade presente no ambiente da ILPI investigada serão abordados,

especificamente, mais adiante.

Levando-se em consideração os riscos fisicos encontrados nesse setor, e

ressaltando que não foram avaliados os riscos químicos, biológicos, mecânicos e

ergônomicos envolvidos, por não serem foco deste estudo, constata-se a

Page 62: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

61

necessidade de medidas urgentes de adequação do espaço, além de adequação do

número de funcionários, uma vez que estes estão bastante expostos a doenças e

acidentes ocupacionais, colocando-os em vunerabilidade fisíca e psicológica,

comprometendo a qualidade de vida dos mesmos e aumentando, dentre outras

coisas, a abstenção ao trabalho.

5.3 RUÍDO

O ruído é considerado o agente fisico mais encontrado nos ambientes de

trabalho, podendo causar alterações importantes à saúde do trabalhador (POSSO;

SANT’ANNA, 2007) como Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), sendo esta

uma das maiores dificuldades e problemas enfrentadas pelos trabalhadores (DIAS;

CORDEIRO, 2008).

A PAIR é um dos eventos adversos mais estudados quando se trata de

doença ocupacional referente à exposição à NPS acima do preconizado pela

Associação de Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DE NORMAS TÉCNICAS,1987) (Figura 55). A PAIR origina-se no sistema

neurossensorial, mais intensamente na cóclea, com difícil ou nula reversão,

estimando-se ser a doença ocupacional de maior incidência e a maior evento

causador de surdez, advinda de exposições prolongadas a NPS de alta potência

(COELHO et al., 2010).

No Quadro 10, apresentam-se os níveis de ruído presentes nos diversos

ambientes do ILPI estudado, enquanto o quadro 11 registra os Limites de tolerância

para ruído continuo ou intermitente, preconizados pela NR 15.

Quadro 10: Níveis de ruído encontrados no ILPI, Pará, 2015.

Local da Coleta Turno da coleta NPS em dBA Tempo de exposição dos trabalhadores

Dormitórios Manhã 64,2 6 horas

Tarde 59,9 6 horas

Farmácia Manhã 65,3 6 horas

Tarde 60,8 6 horas

Page 63: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

62

Enfermaria Manhã 49,2 Depende da permanência de pacientes

Tarde 48,9 Depende da permanência de pacientes

Cozinha Manhã 61,1 8 horas

Tarde 60,4 8 horas

Refeitório Manhã 62,5 8 horas

Tarde 60,1 8 horas

Lavanderia Manhã 66,0 8 horas

Tarde 63,9 8 horas

Page 64: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

63

Quadro 11: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente

Fonte: Limite de tolerância para ruído continuo ou intermitente. NR15 (BRASIL, 1978)

Observa-se, quanto ao ruído no ILPI, que os ambientes de maior e menor

intensidade sonora são, respectivamente, a lavanderia e a enfermaria, o que se

justifica pela quantidade de fontes emissoras de sons que existem em ambos.

Vale ressaltar que que todos os valores estão dentro do limite de tolerância

estabelecido pela NR 15 (BRASIL, 1978), mesmo com a coleta sendo realizada nos

momentos de maior fluxo de atividades do ILPI. Contudo, é importante observar que,

na lavanderia, a esterilizadora encontrava-se com defeito, portanto sem atividade,

podendo-se inferir que o valor do Nível de Pressão Sonora nesse local poderia

apresentar-se mais elevado que o obtido experimentalmente.

Percebeu-se, à coleta dos picos de ruído e suas respectivas fontes, que

grande parte dos ruídos captados poderia ser evitada. Estes ruídos referem-se a

ocorrências como: conversas entre profissionais, manuseio de utensílios, máquina

de lavar em atividade, movimentação de móveis e outros. A conversação

desnecessária interfere na comunicação e concentração nas atividades profissionais

até mais do que outros tipos de barulho, pois distrai e pode levar a efeito de

mascaramento na audição (ARRUDA, 2013).

Após uma exposição de ao menos 30 minutos a níveis de ruídos

inapropriados, podem ocorrer insônia, vasoconstrição, hipertensão arterial e

Page 65: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

64

aumento da frequência cardíaca, estresse, entre outros sinais e sintomas, como

afirmam Posso e Sant´Anna (2007); as autoras enfatizam ainda a pouca atenção

que os profissionais de saúde dão a essa exposição, podendo ter evolução

prejudicial, gradual e progressiva à audição. Marinelli (2013) ratifica a assertiva

anterior quando afirma que o controle do ruído é de extrema importância à saúde

ocupacional do trabalhador, uma vez que o fato de ruídos habituais do cotidiano

gerarem fadiga auditiva sem que sejam percebidos como risco acarreta danos

muitas vezes irreversíveis à saúde.

Um dos itens fundamentais para o conforto acústico ambiental e por

conseguinte à saúde dos trabalhadores é que deve ser previsto desde o projeto

físico estrutural e discutido com os engenheiros e arquitetos responsáveis pela

construção de todo e qualquer Estabelecimento de Assistência à Saúde (EAS)

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000; CAMPOS et al.,

2002). O fato de o ambiente estar preparado para proporcionar qualidade aos

trabalhadores é de extrema importância, uma vez que as condições ambientais

estão diretamente ligadas à saúde dos mesmos (SERVILHA; LEAL; HIDAKA, 2010).

Diante de um ambiente insalubre, os riscos à saúde devem ser sanados, se

passíveis de correção, e evitados para que a saúde do trabalhador seja promovida,

a partir da análise do ambiente e da organização da atividade laboral, controlando os

riscos ocupacionais que guardam relação direta com o tipo e concentração do

agente, frequência de exposição, tipo de atividade e local de trabalho, dentre outros

fatores (SERVILHA; LEAL; HIDAKA, 2010).

5.4. ILUMINAÇÃO

A maior parte da iluminação do ILPI é dada por fontes artificiais, onde a

maioria das lâmpadas são fluorescentes, com raras exceções incandescentes.

Posso (1988) afirma que as lâmpadas fluorescentes apresentam um componente de

radiações ultravioleta em seu espectro de emissão que exerce seus efeitos no

homem, podendo ser caracterizados por fadiga ocular e lesões dérmicas.

O Quadro 12 apresenta dados e cálculo do índice de iluminação, conforme

seção 4.4 (POSSO, 1988); o resultado deve ser maior que 20 para que a

luminosidade seja considerada suficiente.

Page 66: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

65

Quadro 12: Índice de Iluminação conforme a localização, área e número de lâmpadas do ILPIs, Pará, 2015.

LOCALIZAÇÃO ÁREA (m²) Número de Lâmpadas

Índice de Iluminação

Dormitórios Individuais 14,54 02 (25 W cada) 3.44

Dormitórios Coletivos 22,06 02 (25 W cada) 2,27

Banheiros 5,83 01 (25 W) 4.3

Banheiro dos funcionários 3,27 01 (25 W) 7.64

Farmácia 9,76 01 (25 W) 2.57

Enfermaria 14,37 01 (40 W) 2.8

Cozinha 23,4 01 (25 W) 1.07

Refeitório 58,0 07 (25 W) 3.0

Lavanderia 34, 31 01 (25 W) 0.73

Como observado no quadro 12, identifica-se que os indicies luminosos

encontram-se todos abaixo do adequado, baseado no estudo de Posso (1988),

destacando o nível luminoso da lavanderia, o qual apresenta o valor mais abaixo do

esperado para a manutenção do conforto luminoso do local.

A iluminação insuficiente pode ser verificada através das figuras 55 a 58;

causa preocupação por prejudicar o andamento do serviço e desenvolvimento das

atividades laborais, colocando todos os profissionais em situação de risco

ocupacional iminente.

Figura 55 - Iluminação do Banheiro.

Figura 56 - Iluminação da Enfermaria.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

Page 67: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

66

Figura 57 - Iluminação da lavanderia.

Figura 58 - Iluminação do dormitório.

Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.

De acordo com Silva e Lucas (2009), uma iluminação adequada, associada a

um uso adequado das cores do ambiente, podem produzir um ambiente agradável e

aconchegante para os trabalhadores e usuários, trazendo conforto, evitando fadiga e

acidentes de trabalhos.

Em seu estudo, Schmoeller et al. (2011) constataram que a iluminação é

uma das condições físicas do ambiente fundamentais para o desenvolvimento das

atividades profissionais e quando estas condições estão inadequadas aumentam a

possibilidade de acidentes, doenças profissionais e também de abstenção ao

trabalho.

As condições de trabalho inadequadas afetam diretamente os trabalhadores,

determinam o processo de desgaste e prejudicam qualidade da assistência ao

cliente. Por isso, planejar, organizar e adequar as instalações são etapas

importantes e necessárias, evitando problemas futuros relacionados à saúde

ocupacional (MANETTI; MARZIALE; ROBAZZI, 2008).

5.5 OUTROS FATORES: TEMPERATURA E UMIDADE

Embora não tenham sido feitas medições dos fatores temperatura e umidade,

pela inexistência de termômetro ambiental, nota-se no ILPI uma inadequação e um

desconforto ao profissional, uma vez que o único setor que possui climatização de ar

é a enfermaria e esta, por sua vez, não apresenta uso diário. Os demais setores da

Page 68: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

67

instituição estudada possuem um sistema de ventilação, por meio de ventiladores e

janelas que, quando possível, facilitam a circulação de ar ambiente.

Tomando como base que o Pará apresenta-se como um estado quente e

úmido, observa-se em particular que a cidade onde ocorreu o estudo, no período da

pesquisa, apresentou temperatura externa em torno de 36º C, fato que implica em

desconforto térmico, visto que a sensação térmica dos funcionários ainda sofre

influência da estrutura (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, 2015).

Pode-se observar a exaustão térmica dos funcionários pela fadiga visível e presença

de transpiração aparente.

A temperatura é um fator importante à sobrevivência do ser humano, tanto

para o funcionamento do seu organismo quanto para o seu conforto pessoal. A

temperatura e a umidade influenciam diretamente no desempenho de suas

atividades e consequentemente na produtividade dos trabalhadores (SILVA;

TEIXEIRA, 2014). Segundo Felix et al (2010), o conforto térmico em ambientes

interiores relaciona-se às características do ambiente e de movimentação do ar.

Em seu estudo, Marinelli (2013) destacou a importância de manter

temperaturas adequadas e confortáveis aos ambientes de trabalho, visto que a

inadequação destas provoca desconforto físico e influencia no nível de atenção do

trabalhador na execução de suas tarefas.

Assim, a climatização adequada torna-se essencial, bem como uma

adequação dos ambientes nos ILPIs, visando a diminuição dos riscos físicos e

repercutindo na qualidade da assistência aos idosos.

Page 69: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

68

6 CONCLUSÃO

Para realização das coletas de dados relatadas no presente trabalho, foi

desenvolvido um instrumento de coleta de dados possibilitando avaliação da

estrutura física existente no ILPI e a relacionando com a RDC ANVISA Nº 283

(BRASIL, 2005). Este instrumento encontra-se integralmente reproduzido no

Apêndice do trabalho.

Os objetivos específicos foram atingidos: identificou-se a presença de riscos

físicos com potencialidade de efeitos adversos aos profissionais de saúde que ali

atuam; foi possível realizar a mensuração destes riscos e sobretudo foi identificado

que a estrutura física existente no ILPI avaliado encontra-se irregular e aquém do

determinado pela RDC ANVISA Nº 283.

Page 70: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

69

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os riscos ocupacionais são inerentes aos Institutos de Longa Permanência de

Idosos, deixando os profissionais que nestes atuam expostos e suscetíveis. Assim, é

importante adotar medidas que minimizem estes riscos.

Neste estudo contatou-se que os riscos físicos a qual ao profissionais estão

expostos foram: número insuficiente de profissionais, distribuição inadequada de

mobiliários e equipamentos, risco de choques elétricos, umidade, exposição a ruído

e inadequação de espaço, luz e temperatura. O setor da lavanderia foi o que

apresentou condições mais inadequadas.

Constatou-se, ainda, que a estrutura do ILPI avaliado encontra-se em

desacordo aos padrões preestabelecidos pela RDC ANVISA Nº 283/ 2005,

corroborando trabalhos que alertam para a pouca preocupação destas instituições

com as condições ambientais que são oferecidas aos idosos e profissionais que ali

atuam.

Diante disso pode-se concluir que os ILPIs devem adequar suas estruturas à

RDC ANVISA Nº 283/ 2005, oferecendo condições adequadas tanto aos idosos

quanto aos funcionários que ali atuam. Embora a existência de riscos físicos nos

ILPIs seja uma realidade, estes podem ser minimizados a partir do mapeamento dos

condições ambientais, ressaltando-se que os mesmos são passiveis de prevenção e

demandam correção imediata, uma vez que afetam a qualidade do trabalho exercido

pelos profissionais ali atuantes.

Page 71: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

70

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA EUROPEIA para a segurança e saúde no trabalho (EU-OSHA). Definições, perigos, riscos, avaliação de riscos. 2014. Disponível em: http://osha.europa.eu/pt/topics/riskassessment/definitions. Acesso em: 3 jun. 2014.

ALMEIDA, L. M. N.; BELTRAME JUNIOR, M; POSSO, M.B.S. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: riscos físicos como fatores potenciais de agravos à saúde do trabalhador. Revista UniVap, v. 20, p. 69-77, 2014.

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho cientifico. 10. Ed. São Paulo: Atlas 2010, 176 p.

ARARUNA, A.B.; POSSO, M.B.S. Centro de material de esterilização: parâmetros espaciais e riscos físicos. Rev. SOBECC, v.19, n.3, p.142-147, 2014.

ARAÚJO, J. S. et al. Perfil dos cuidadores e as dificuldades enfrentadas no cuidado ao idoso, em Ananindeua, PA. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v.16, n.1, p.149-158, 2013.

ARAÚJO, M.O.P.H. de; CEOLIM, M.F. Avaliação do grau de independência de idosos residentes em instituições de longa permanência. Rev Esc Enferm USP, v.41, n.3, p. 378-85, 2007.

ARRUDA, I. G. Mensuração de níveis de pressão sonora em unidades de terapia intensiva: comparação entre um hospital privado e um hospital público. Dissertação (Mestrado)- Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Paraíba – São Jose dos Campos, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade: NBR-ABNT 10151. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Avaliação do Ruído para o conforto acústico. NBR-ABNT 10152. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 - Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbano: procedimento. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2004.

BARTHOLO, T.P.; GOMES, M.M.; NORONHA FILHO, A.J. DPOC: o impacto da oxigenioterapia domiciliar no tratamento. Pulmão RJ: Atualizações Temáticas, v. 1, n. 1, p. 79-84, 2009.

BATISTA, M.P.P.; ALMEIDA, M.H.M. de; LANCMAM, S. Cuidadores formais de idosos: contextualização histórica no cenário brasileiro. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v. 17, n. 4, p. 879-885, 2014.

BENEDETT, A. Riscos físicos: sua potencialidade na unidade de terapia intensiva neonatal. (Dissertação de Mestrado). São José dos Campos: Universidade Vale do Paraíba, 2008.

Page 72: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

71

BENEDETT, A.; FERRAZ, L.; POSSO, M.B.S. Os riscos de acidentes de trabalho em unidades de terapia intensiva neonatal. In: TONDIN, Celso Francisco. (Org.). Contribuições para a humanização do Trabalho. 1. ed. Chapecó: Sinproeste, 2009, p. 236-248.

BESSA, M. E. P. et al. Idosas residentes em instituições de longa permanência: uso dos espaços na construção do cotidiano. Acta Paul. Enferm., v.25, n.2, p.177-82, 2012.

BOCCANERA, N.B. Atualização das cores no ambiente de internação hospitalar. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2007.

BOCCANERA, N.B.; BOCCANERA, S.F.B.; BARBOSA, M.A. As cores no ambiente de terapia intensiva: percepções de pacientes e profissionais. Rev Esc Enferm USP, v.40, n.3, p. 343-349, 2006.

BOCLIN, K. de L.S., BLANK, N. Excesso de peso: característica dos trabalhadores de cozinhas coletivas? Rev. Bras. Saúde Ocup., v.31, n.113, p. 41-47, 2006.

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Processamento de Roupas de Serviços de Saúde: Prevenção e Controle de Riscos. Brasília: MS, 2009. (Série Tecnologia em Serviços de Saúde).

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada RDC (Consulta Pública) 41, de 18 de janeiro de 2004. Aprova o Regulamento Técnico Para o Funcionamento das Instituições Residenciais sob Sistema Participativo e de Longa Permanência Para Idosos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF) 2004; 18, jan.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF) 2002; 21 fev. Seção 1:1.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada RDC 216, de 15 de setembro de 2004. Aprova o Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Diário Oficial da União; Brasília, 16 de setembro de 2004.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada RDC 283, de 26 de setembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico que define as normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF) 2005; 27 set. Seção 1:1.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada RDC 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF) 2004; 07 dez. Seção 1:1.

Page 73: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

72

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC no32/2002. Dispõe sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Brasília: MS, 2005. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em 25 jul. 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa: Resolução Nº196/96/466/2012 versão 2012. Brasília: MS, 2012. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html. Acesso em 03 jun. 2015.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR – 9. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Portaria GM nº 3214 de 08/06/78 aprova as normas regulamentadoras que consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. Brasília: MTE. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/portaria-n-3-214-de-08-06-1978-1.htm. Acesso em: 03 out. 2015.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR – 15. Atividades e Operações Insalubres. Portaria GM nº 3214 de 08/06/78 aprova as normas regulamentadoras que consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. Brasília: MTE, 1978. Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15.htm Acesso em 03 out. 2015.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR – 9. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Portaria SSST n.º 25, de 29/12/94 que altera a NR – 9. Brasília: MTE, 1994. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/portaria-n-3-214-de-08-06-1978-1.htm. Acesso em 03 out. 2015. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o estatuto do idoso e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília (DF), 2003 Out 3; Seção 1:1.

BUENO, C.S.; BANDEIRA, V.A.C.; OLIVEIRA, K.R. de; COLET, C. de F. Perfil de uso de medicamentos por idosos assistidos pelo Programa de Atenção ao Idoso (P.A.I.) da UNIJUÍ. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v.15, n.1, p. 51-61, 2012.

CAMARANO, A.A., KANSO, S.R. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Rev Bras. Estud. Popul., v. 27, n.1, p. 233-5, 2010.

CAMPANHOLE, A.; CAMPANHOLE, H.L. Consolidação das Leis Trabalhistas. São Paulo: Atlas, 2004.

CAMPOS, J.Q. et al. Estudos dos Projetos Arquitetônicos para os estabelecimentos Assistenciais de Saúde. São Paulo: Jotacê, 2002.

CASAROTTO, R.A.; MENDES, L.F. Queixas, doenças ocupacionais e acidentes de trabalho em trabalhadores de cozinhas industriais. Rev. Bras. Saúde Ocup., v. 28, n. 107/108, p. 119-126, 2003.

COELHO, M.S.B. et al. As emissões otoacústicas no diagnóstico diferencial das perdas auditivas induzidas por ruído. Rev. CEFAC., v.12,n.6,p.1050-58, 2010.

Page 74: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

73

COSTA, TF; GUIMARÃES, ALO; AMARAL, PM, Acidentes de trabalho no contexto da enfermagem e o gerenciamento de riscos. In: FELLI, VEA; Baptista. PCP Saúde do trabalhador de enfermagem, Barueri: Manole, 2015. p.42-60.

CUNHA, L.C.R. A cor no ambiente hospitalar. In: I congresso nacional da ABDEH, Seminário de engenharia clínica, 57, 2004, Salvador - BA. Anais... Salvador: ABDEH, 2004.

DAVIM, R.M.B. et al.Estudo com idosos de instituições asilares no município de Natal/ RN: características socioeconômicas e de saúde. Rev. Latino-Am Enferm, v. 12, n.3, p. 518-524, 2004.

DIAS, A.; CORDEIRO, R. Interação entre grau de perda auditiva e o incomodo com zumbidos em trabalhadores com história de exposição ao ruído. Rev. Bras. Otorrinol., v. 74, n. 6, 2008.

D’INNOCENZO, M. (Coord.). Indicadores, auditorias, certificações. Ferramentas de qualidade para a gestão em saúde. São Paulo: Martinari; 2006.

FARIAS, S.N.P. de; ZEITOUNE, R.C.G. Riscos no trabalho de enfermagem em um centro municipal de saúde. R Enferm UERJ, v.3, p. 167-74, 2005.

FELIX, V.B. et al. Avaliação de conforto térmico em ambientes cirúrgicos utilizando método de Fanger e temperaturas equivalentes. Ambiente Construído, v. 10, n. 4, p. 69-78, 2010.

FELLI, V.E.A.; BAPTISTA, P.C.P. Saúde do trabalhador de enfermagem. Barueri/SP: Manole, 2015.p.11-60.

FERNANDES, A. T. et al. Infecção hospitalar e suas interfaces na área de saúde. São Paulo: Atheneu, 2000, p. 1256-65.

FERREIRA, D.C. de O.; YOSHITOME, A.Y. Prevalência e caraterísticas das quedas de idosos institucionalizados. Rev Bras Enferm, v. 63, n. 6, p. 991-7, 2010.

FONTANA, R.T.; NUNES, D.H. Os riscos ocupacionais na concepção dos trabalhadores de uma lavanderia hospitalar. Enfermería Global, n. 29, p. 170-182, 2013.

FONTOURA, F. P. et al. Efeitos do ruído na audição de trabalhadores de lavanderia hospitalar. Rev. CEFAC. v. 16, n.2, p. 395-404, 2014.

FREITAS, M.C. et al. Perspectivas das pesquisas em gerontologia e geriatria: revisão da literatura. Rev Latino-am Enfermagem, v.10, n.2, p. 221-8, 2002.

GAUTÉRIO, D.P. et al. Caracterização dos idosos usuários de medicação residentes em instituição de longa permanência. Rev Esc Enferm USP, v. 46, n. 6, p.1394-9, 2012.

GAWRYSZEWSKI, V.P. et al. Atendimentos decorrentes de queimaduras em serviços públicos de emergência no Brasil, 2009. Cad. Saude Publica, v. 28, n. 4, p. 629-640, 2012.

Page 75: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

74

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Temperaturas no estado do Pará. Disponível em: http://www.cptec.inpe.br/cidades/tempo/1396. Acesso em 20 nov. 2015.

LANCMAN, S. et al. Estudo do trabalho e do trabalhar no Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Rev Saúde Pública, v. 47, n.5, p. 968-75, 2013.

LENARDT, M. H. et al. O desempenho de idosas institucionalizadas no miniexame do estado mental Acta Paul. Enferm., v.22, n. 5, p. 638-44, 2009.

LOUREIRO, LSN; FERNANDES, MGM; NÓBREGA, MML; RODRIGUES, RAP. Sobrecarga em cuidadores familiares de idosos: associação com características do idoso e demanda de cuidado. Rev. bras. enferm., v.67, n.2,p.227-32 , 2014

MAGARÃO, R. V. Q.; GUIMARÃES, H. P.; LOPES, R. D. Lesões por choque elétrico e por raios. Rev Bras Clin Med, v.9, n. 4, p. 288-93, 2011.

MANETTI, M.L; MARZIALE, M.H.P; ROBAZZI, ML do C.C. Revisando os fatores psicossociais do trabalho de enfermagem. Rev. RENE. Fortaleza, v. 9, n. 1, p. 111-119, 2008.

MARINELLI, N.P. Riscos físicos: sua visibilidade na unidade básica de saúde. (Dissertação de Mestrado). São José dos Campos: Universidade Vale do Paraíba, 2013.

MARINELLI, N. P.; POSSO, M.B.S. Evaluation of space dimensioning of basic health units / Avaliação do dimensionamento espacial das unidades básicas de saúde. Rev. Enfermagem UFPI, v. 4, p. 68-73, 2015.

MEDEIROS, F. et al. O cuidar de pessoas idosas institucionalizadas na percepção da equipe de enfermagem. Rev Gaúcha Enferm., v.36, n. 1, p. 56-61, 2015.

MENDES, W.T. de L. Utilização de medicamentos em Instituições de Longa Permanência para Idosos de Fortaleza-Ceará/; Perfil, Riscos e Necessidades. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2005.

MIRANDA, E.J.P.; STANCATO, K. Riscos à saúde de equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva: proposta de abordagem integral da saúde. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo, v. 20, n.1.

NERI, A.L. Palavras-chave em Gerontologia. 4. ed. Campinas: Alínea, 2014.

NERY, A.L.; YASSUDA, M. S. Velhice bem-sucedida: aspectos afetivos e cognitivos. Campinas: Papirus; 2004. Pág. 224.

NICHIATA, L.Y.I. et al. A utilização do conceito vulnerabilidade pela enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2008, setembro-outubro; 16(5).

NISHIDE, V.M.; BENATTI, M.C.C; ALEXANDRE, N.M.C. Ocorrência de acidente de trabalho em uma UTI. Rev. latino-am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.12, n.2, p. 204-211, 2004.

Page 76: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

75

OENNING, N. S. X. et al. Occupational risk-taking in the mobile emergency care service (SAMU)/ Assunção de riscos ocupacionais no serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU). Rev enferm UFPE on line, v. 6, n. 2, p. 346-52, 2012. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/2179/pdf_807. Acesso em 30 out. 2015.

OLIVEIRA, L. B. O. et al. Saúde e segurança do enfermeiro: riscos ergonômicos nos setores críticos do ambiente hospitalar. Rev enferm UFPE on line. V.8, n.8, p. 2633-7, 2014. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/ revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/6013. Acesso em 30 out. 2015.

OLIVEIRA, M.P.F. de; NOVAES, M.R.C.G. Uso de medicamentos por idosos de instituições de longa permanência, Brasília-DF, Brasil. Rev Bras Enferm, v. 65, n. 5, p. 737-44, 2012.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf. Acesso em: 30 out. 2015.

ORGANIZACION INTERNACIONAL DEL TRABAJO. Enciclopedia de salud y seguridade del trabajo. Madrid: Ministerio del trabajo y seguridade social: 1989. 3 v., p. 1888- 1907.

PAVARINI, S.C.I. et al. A arte de cuidar do idoso: gerontologia como profissão?. Texto Contexto Enferm., v. 14, n. 3, p. 398-402, 2005.

PERLINI, N. M. O. G.; LEITE, M.T.; FURINI, A.C. Em busca de uma instituição para a pessoa idosa morar: motivos apontados por familiares. Rev Esc Enferm USP, v.41, n. 2, p. 229-36, 2007.

PINTO, S.P.L.C.; SIMSON, O.R.M.V. Instituições de Longa Permanência para Idosos no Brasil: Sumário da Legislação. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., v. 15, n. 1, p. 169-174, 2012.

POSSO, M.B.S. As fontes potenciais de riscos físicos e químicos incidentes sobre os membros da equipe cirúrgica.1988. 85 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1988.

POSSO, M.B.S.; SANT’ANNA, A.L.G. Riscos físicos e químicos que envolvem o trabalho em centro cirúrgico. In: CARVALHO, R.; BIANCHI, E.R.F. Enfermagem em centro cirúrgico e recuperação. São Paulo: Manole, 2007.

PROCHET, T. C. Lavanderia Hospitalar. Condições e Riscos para o Trabalhador. Rev. Téc. Enfer., V.3, n. 28, p.32-34, set. 2000.

RAMOS L.J. Avaliação do estado nutricional, de seis domínios da qualidade de vida e da capacidade de tomar decisão de idosos institucionalizados e não-institucionalizados no município de Porto Alegre, RS. 2008.Dissertação

Page 77: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

76

(Mestrado). Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.

SANCINETTI, T.R.; GATTO, M.A.F. Parâmetros de produtividade de um centro de material e esterilização centro de material e esterilização. Rev Esc Enferm USP, v. 41, n. 2, p. 264-70, 2007.

SANCINETTI, T.R. et al. Taxa de absenteísmo da equipe de enfermagem como indicador de gestão de pessoas. Rev Esc Enferm USP, v. 45, n. 4, p. 1007-12, 2011.

SANGLARD, G. Filantropia e assistencialismo no Brasil. História, Ciências, Saúde, v. 10, n.3, p. 1095-98, 2003.

SANTOS, A. S. R. et al. Caracterização dos diagnósticos de enfermagem identificados em prontuários de idosos: um estudo retrospectivo. Texto Contexto Enferm., v.17, n.1, p. 141-9, 2008.

SANTOS, J. L. G. et al. Risco e vulnerabilidade nas práticas dos profissionais de saúde. Rev Gaúcha Enferm. v.33, n.2, p. 205-212, 2012.

SANTOS, S.S.C. et al. The nurse role in the seniors’ long permanence. Rev enferm UFPE on line. v. 2, n.3, p. 291-99, 2008. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/351/pdf_386. Acessado em 04 de novembro de 2015.

SANTOS, S.S.C. et al. Alterações estruturais numa instituição de longa permanência para Idosos visando prevenção de quedas. Rev RENE, Fortaleza, v.12 n.4, p.790-7, 2011.

SCHMOELLER, R. et al. Cargas de trabalho e condições de trabalho da enfermagem: revisão integrativa. Rev Gaúcha Enferm., v. 32, n. 2, p. 368-77, 2011.

SERVILHA, E.A.M.; LEAL, R. O.F.; HIDAKA, M.T.U. Riscos ocupacionais na legislação trabalhista brasileira: destaque para aqueles relativos à saúde e à voz do professor. Rev Soc Bras Fonoaudiol., v.15, n. 4, p. 505-13, 2010.

SILVA, A. A.; LUCAS, E.R. O. Abordagem Ergonômica do Ambiente de Trabalho na Percepção dos Trabalhadores: Estudo De Caso Em Biblioteca Universitária. Rev. ACB, v.14, n.2, p. 382-406, 2009.

SILVA, B.T.; SANTOS, S.S.C. Cuidados aos idosos institucionalizados - opiniões do sujeito coletivo enfermeiro para 2026. Acta Paul Enferm., v.23, n.6, p. 775-81, 2010.

SILVA, J.E.G. da. Acompanhamento farmacoterapêutico em um abrigo de longa permanência para idosos: detecção de rnm e intervenções. 2011. Trabalho de conclusão de Curso (Graduação). Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2011.

SILVA, M.K.D.S.; ZEITOUNE, R.C.G. Riscos ocupacionais em um setor de hemodiálise na perspectiva dos trabalhadores da equipe de enfermagem. Esc Anna Nery Rev Enferm, v.13, n. 2, p. 279- 86, 2009.

Page 78: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

77

SILVA, J.R.M. da; TEXEIRA, R.L. Sobrecarga Térmica em Fabrica de Moveis. Floresta e Ambiente, v. 21, n. 4, p. 494-500, 2014.

SILVA, S.L.A. et al. Avaliação de fragilidade, funcionalidade e medo de cair em idosos atendidos em um serviço ambulatorial de Geriatria e Gerontologia. Fisioter. Pesq., v.16, n.2, p.120-5, 2009.

SILVEIRA NETO, N. et al. Condições de saúde bucal do idoso: revisão de literatura. RBCEH, Passo Fundo, v. 4, n. 1, p. 48-56, 2007.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA (SBGG) – Seção São Paulo. Manual de funcionamento para Instituição de longa Permanência para idosos (ILP). São Paulo: SBGG, 2003.

SOUZA, M.B.S., ARGIMON, I.I.L. Caregivers’ conception of the care provided to the elderly concepción. Rev enferm UFPE on line, v. 8, n. 9, p. 3069-75, 2014. Disponivel em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/4674/pdf_6091. Acessado em 04 de novembro de 2015.

STACKFLETH, R. et al. Sobrecarga de trabalho em cuidadores de idosos fragilizados que vivem no domicílio. Acta Paul Enferm. v.25, n. 5, p. 768-74, 2012.

TIER, C.G., FONTANA, R.T.; SOARES, N.V. Refletindo sobre idosos institucionalizados. Rev Bras Enferm., v. 57, n.3, p. 332-5, 2004.

TOLDRÁ, R.C. et al. Facilitadores e barreiras para o retorno ao trabalho: a experiência de trabalhadores atendidos em um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – SP, Brasil. Rev. bras. Saúde ocup., v.35, n. 121, p.10-22, 2010.

TOMASINI, S.L.V; ALVES, S. Envelhecimento bem-sucedido e o ambiente das instituições de longa permanência. RBCEH, Passo Fundo, v. 4, n. 1, p. 88-102, 2007.

UESUGUI, H.M.; FAGUNDES, D.S.; PINHO, D.L.M. Perfil e grau de dependência de idosos e sobrecarga de seus cuidadores. Acta Paul. Enferm. v. 4, n. 5, p. 689-94, 2011.

VITORINO, L.M.; PASKULIN, L.M.G.; VIANNA, L.A.C. Qualidade de vida dos idosos em instituição de longa permanência. Rev. Latino Am. Enfermagem, v. 20, n.6, p.09, 2012.

ZAVALA, M.O.Q.; KLIJN, T.M.P. Calidad de vida en el trabajo del equipo de enfermeira. Rev. Bras. Enferm., v.67, n. 2, p. 302-5, 2014.

WEISMAN, G. D.; MOORE, K. D. Vision and values: M. Powell Lawton and the philosophical foundations of environment-aging studies. In: SCHEIDT, R.J.; WINDLEY, P.G. Physical environments and aging: critical contributions of M. Powell Lawton to theory and practice. New York: Haworth Press, 2003. p. 23-37.

WHAL, H. W.; WEISMAN, G. D. Environmental gerontology at the beginning of new millennium: reflections on its historical, empirical, and theoretical development.

Page 79: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

78

Gerontologist, v. 43, n. 5 p. 612-27, 2003.

Page 80: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

79

APÊNDICE A - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO /ILPI

INSTRUMENTO PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS FÍSICOS POTENCIAIS EM ILPI

1 - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO /ILPI:

1.1 - Ano de Construção: ________

1.2 - Número de Idosos que convivem na ILPI: ___________

1.3 - Tipo de Instituição: ( ) Particular ( ) Pública

1.4 - Número de Idosos com grau de dependência I: _______

Número de Idosos com grau de dependência II: ______

Número de Idosos com grau de dependência III: ______

1.5 - Número de funcionários: __________, sendo

___________ Enfermeiros

___________ Técnicos de Enfermagem

___________ Auxiliares de Enfermagem

___________ Cuidadores de Idosos

___________ Responsável técnico

___________ Serviço de limpeza

___________ Serviço de alimentação

___________ Lavanderia

Outros profissionais ______________

Quais:___________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

TOTAL DE CUIDADORES 1.6 – PACIENTE/ CUIDADOR

1. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

Page 81: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

80

2. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

3. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

4. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

5. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

6. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

7. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

Page 82: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

81

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

8. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II

( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III

PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO

CARGA HORÁRIA MENSAL__________________

ATIVIDADES DE LAZER 1.9 - Possui profissional com formação de Nível Superior: ( )Sim ( )Não

Quantidade de idosos por profissional: ________________

Carga horária semanal: ___________________________

2 - CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DOS ILPI:

2.1 - AMBIÊNCIA:

- Placas de identificação dos serviços: ( ) Sim ( ) Não

- Possui duas portas de entrada, sendo uma exclusiva de serviço: ( ) Sim ( ) Não

- Possui piso antiaderente ( ) Sim ( ) Não

2.2 - RUÍDOS:

Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)

Page 83: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

82

2.3 - VENTILAÇÃO:

- Possui janelas em todos os ambientes ou outro tipo de ventilação indireta

(exaustores): ( ) Sim ( ) Não

2.4 - LUMINOSIDADE:

- Os ambientes são claros: ( ) Sim ( ) Não

- Há luminosidade natural: ( ) Sim ( ) Não

- Intensidade luminosa: ____________________

3 - CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA ÁREA EXTERNA:

3.1 - Possui área externa descoberta para convívio e desenvolvimento de atividades

ao ar livre (solarium com bancos, vegetação e outros): ( ) Sim ( ) Não

- Tratamento e limpeza externa (jardins): ( ) Sim ( ) Não

3.2 - Ambiente de Circulação Principal (largura): ___________m

Possui corrimão nos dois lados: ( ) Sim ( ) Não

Possui corrimão em um lado: ( ) Sim ( ) Não

3.3 - Portas (largura): __________m

Tipo de travamento: ( ) Simples/Sem travamento ( ) Com travamento

3.4 - Janelas possuem peitoris: ( ) Sim ( ) Não ________m

4 - CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA ÁREA INTERNA:

4.1 - Possui dormitórios separados por sexo: ( ) Sim ( ) Não

4.2 - Quantas pessoas dividem o quarto:

( ) Duas ( ) Três ( ) Quatro ( ) Mais ________

4.3 - Tamanho de Dormitórios para 1 (Uma) pessoa:

______m X ______m, área: _______m2

4.4 - Tamanho de Dormitório para 02 a 04 pessoas:

______m X ______m, área: _______m2

Distância entre duas camas: ______m

Page 84: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

83

Distância entre a lateral da cama e a parede: ______m

4.5 - Os quartos possuem área para guardar pertences dos idosos: ( ) Sim ( ) Não

4.6 - Os quartos possuem campainha de alarme: ( ) Sim ( ) Não

4.7 - Os quartos possuem luz vigília ( ) Sim ( ) Não

4.8 - Climatização ( ) Sim ( ) Não

Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)

Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J ou Ventilador V

4.9 - Iluminação dos quartos

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( ) Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

4.10 - Risco de Trauma nos quartos

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Page 85: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

84

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

4.11 - Risco Elétrico nos quartos

Idade da instalação elétrica: _____________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação

Observação: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 86: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

85

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4.12 - Risco de Ruído nos quartos

Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)

5 - BANHEIROS:

5.1 - Possui banheiros coletivos divididos por sexo: ( ) Sim ( ) Não

5.2 - Tamanho dos banheiros:

___________m X ___________m, área: ____________m2

5.3 - Os banheiros possuem (pelo menos) 01 bacia, 01 lavatório, 01 chuveiro:

( ) Sim ( )Não

5.4 - Os banheiros são nivelados ( ) Sim ( )Não

5.5 - Os banheiros possuem revestimentos que produzam reflexos: ( ) Sim ( ) Não

Page 87: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

86

5.6 - Os banheiros possuem no mínimo um BOX para vaso sanitário que permite

transferência frontal e lateral de uma pessoa em cadeiras de rodas ( ) Sim ( ) Não

5.7 - As portas e compartimentos internos dos sanitários possuem vão livre inferior

( ) Sim ( ) Não __________m (menor medida)

Possui piso antiderrapante em todos setores ( ) Sim ( )Não

5.8 - Iluminação dos banheiros

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( ) Não

Número de luminárias no teto:

( ) sem plafom _______ ( ) plafom-transp _______ ( ) opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

5.9 - Risco de Trauma nos banheiros

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Page 88: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

87

5.10 - Risco Elétrico nos Banheiros

Idade da instalação elétrica: _________ anos

NÚMERO DE TOMADAS:

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação

Page 89: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

88

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5.11 - Risco de Ruído nos Banheiros

Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)

BANHEIROS PARA FUNCIONÁRIOS

5.12 - Possui banheiros coletivos (para funcionários) divididos por sexo: ( ) Sim ( ) Não

5.13 - Tamanho dos banheiros:

___________m X ___________m, área: ___________ m2

5.14 - Os banheiros possuem (pelo menos) 01 bacia, 01 lavatório, 01 chuveiro:

( ) Sim ( )Não

5.15 - Os banheiros são nivelados: ( ) Sim ( )Não

5.16 - Os banheiros possuem revestimentos que produzam reflexos ( )Sim ( ) Não

5.17 - As portas e compartimentos internos dos sanitários possuem vão livre inferior

( ) Sim ( ) Não __________m (menor medida)

Possui piso antiderrapante em todos setores ( ) Sim ( )Não

5.18 - Iluminação dos banheiros

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Page 90: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

89

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

5.19 - Risco de Trauma nos banheiros dos funcionários

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

5.20 - Risco Elétrico nos banheiros dos funcionários

Idade da instalação elétrica: _________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Page 91: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

90

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5.21 - Risco de Ruído nos banheiros dos funcionários

Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)

Page 92: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

91

6 – CARACTERÍSTICAS GERAIS

6.1 - Área total do ILPI: _____________m2

6.2 - Risco de colisão: ( ) Sim ( ) Não

6.3 - Diminuição da visibilidade: ( ) Sim ( ) Não

6.4 - Possui almoxarifado: ( ) Sim ( ) Não

Outros: _____________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

SALA PARA ATIVIDADES COLETIVAS

6.5 - Possui Sala de Convivência: ( ) Sim ( ) Não

Área_______________m2/ Pessoa

6.6 - Tamanho da(s) Sala(s):

___________m X ___________m, área: ___________m2

Número máximo de pessoas que a(s) sala(s) acomoda: ___________

6.7 - Possui Sala para Atividades de Apoio Individual e Sociofamiliar:

( ) Sim ( ) Não

Se sim, tamanho da sala:

___________m X ___________m, área: ___________m2

6.8 - Climatização

Climatização ( ) Sim ( ) Não

Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)

Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V

6.9 - Iluminação do ambiente

Page 93: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

92

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

6.10 - Risco de Trauma no ambiente

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

6.11 - Risco Elétrico no ambiente

Idade da instalação elétrica: _________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Page 94: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

93

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6.12 - Risco de Ruído no ambiente

Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)

Page 95: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

94

6.13 – Mobiliários/Equipamentos

Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes

*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)

REFEITÓRIO

6.14 - Área: _________ m2

6.15 - Possui lavatório para higienização das mãos: ( ) Sim ( )Não

6.16 - Climatização

Climatização ( ) Sim ( ) Não

Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)

Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V

6.17 - Iluminação no refeitório

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Page 96: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

95

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

6.18 - Risco de Trauma no refeitório

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

6.19 - Risco Elétrico no refeitório

Idade da instalação elétrica: _________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 97: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

96

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6.20 - Risco de Ruído no refeitório

Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)

Page 98: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

97

6.21 - Mobiliários/Equipamentos

Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes

*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio

(fluxo/obstrução)

ALMOXARIFADO

6.22 - Possui almoxarifado: ( ) Sim ( ) Não

6.23 - Se sim, área:

___________m X __________m, área: ____________m2

6.24 - Climatização do almoxarifado

Climatização: ( ) Sim ( ) Não

Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)

Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V

6.25 - Iluminação no almoxarifado

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Page 99: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

98

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área (obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

6.26 - Risco de Trauma no almoxarifado

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo)

(m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

6.27 - Risco Elétrico no almoxarifado

Idade da instalação elétrica: _____________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Page 100: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

99

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6.28 - Risco de Ruído no almoxarifado

Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)

Page 101: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

100

6.29 - Mobiliários/Equipamentos

Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes

*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio

(fluxo/obstrução)

7. FARMÁCIA

7.1 - Tamanho da Sala:

___________m x ___________m, área: ___________m2

7.2 - Climatização

Climatização ( ) Sim ( ) Não

Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)

Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V

7.3 - Iluminação do ambiente

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Page 102: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

101

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

7.4 - Risco de Trauma no ambiente

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

7.5 - Risco Elétrico no ambiente

Idade da instalação elétrica: _________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Page 103: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

102

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7.6 - Risco de Ruído no ambiente

Fonte emissora Localização da fonte

Localização da medição Ruído (dB)

Page 104: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

103

7.7 – Mobiliários/Equipamentos

Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes

*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)

8. ENFERMARIA

8.1 - Tamanho da Sala:

___________m x ___________m, área: ___________m2

8.2 - Climatização

Climatização ( ) Sim ( ) Não

Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)

Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V

8.3 - Iluminação do ambiente

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Page 105: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

104

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

8.4 - Risco de Trauma no ambiente

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

8.5 - Risco Elétrico no ambiente

Idade da instalação elétrica: _________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 106: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

105

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

8.6 - Risco de Ruído no ambiente

Fonte emissora Localização da fonte

Localização da medição Ruído (dB)

Page 107: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

106

8.7 – Mobiliários/Equipamentos

Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes

*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)

9. SALA DA DIREÇÃO

9.1 - Tamanho da Sala:

___________m x ___________m, área: ___________m2

9.2 - Climatização

Climatização ( ) Sim ( ) Não

Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)

Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V

9.3 - Iluminação do ambiente

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Page 108: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

107

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

9.4 - Risco de Trauma no ambiente

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

9.5 - Risco Elétrico no ambiente

Idade da instalação elétrica: _________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 109: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

108

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do

chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de

tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

9.6 - Risco de Ruído no ambiente

Fonte emissora Localização da fonte

Localização da medição Ruído (dB)

Page 110: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

109

9.7 – Mobiliários/Equipamentos

Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes

*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)

10. FISIOTERAPIA

10.1 - Tamanho da Sala:

___________m X ___________m, área: ___________m2

10.2 - Climatização

Climatização ( ) Sim ( ) Não

Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)

Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V

10.3 - Iluminação do ambiente

( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista

Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não

Número de luminárias no teto:

( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________

Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______

Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________

Intensidade luminosa: __________

Page 111: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

110

Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área

(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)

10.4 - Risco de Trauma no ambiente

Objetos suspensos no teto:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

Objetos fixados na parede:

Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)

10.5 - Risco Elétrico no ambiente

Idade da instalação elétrica: _________ anos

Número de tomadas:

Tomadas com ou sem aterramento

110 V e 220 V (sem aterramento): _________________

110 V e 220 V (com aterramento): _________________

Altura do solo: _________ m

Conservação: ( ) Boa ( ) Má

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 112: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

111

Interruptor

Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do

chão (m) Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Extensões

Tipo/ Extensão Número Número de

tomadas Conservação

Observação:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

10.6 - Risco de Ruído no ambiente

Fonte emissora Localização da fonte

Localização da medição Ruído (dB)

Page 113: DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA INSTITUTO DE …biblioteca.univap.br/jspui/bitstream/tede/24/5/Deborah.pdf · desenvolver um instrumento de coleta de dados paraavaliação da estrutura

112

10.7 – Mobiliários/Equipamentos

Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes

*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)