Decasaemcasa ekklesia participantes

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Guia do Participante

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Guia para os participantes dos Pequenos Grupos da Comunidade Batista Nova Esperança

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Guia do

Particip

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Nossos pequenos grupos estão retornando neste mês! É tempo de retomar os encontros, aprofundar os relaciona-mentos, colocar as conversas em dia, acolher pessoas novas e crescer na Palavra de Deus!Nesta primeira série de estudos do ano, convidamos você a refletir sobre o tema “Ekklesia: Convocados para Fora”. Nestes estudos, você vai notar que incentivamos seu peque-no grupo a cumprir 2 tarefas: a primeira, no dia do encontro, a fazer uma avaliação pessoal e individual de como o tema do dia desafia cada parcipante a buscar uma espiritualidade voltada para fora de si mesmo(a); e a segunda, no decorrer da semana seguinte ao encontro, promovendo breves devo-cionais de 5 minutos:

• Lendo a Bíblia (alguns versículos indicados), • Escrevendo uma curta oração (em reação às leituras

feitas) • Decidindo uma atitude que terá a partir da leitura

bíblica e oração. Oramos para que Deus use os líderes de cada grupo e esti-mule cada parcipante à consagração a Deus, aprofundando a fé e as amizades, acolhendo os novos integrantes e am-pliando a influência de seu grupo na vida de outras pessoas que estão do lado de fora!Que a graça do Senhor Jesus esteja conosco ao longo da jor-nada que trilharemos juntos, para fora de nós mesmos, nos próximos encontros! Deus o abençoe!

Pastores da Comunidade Batista Nova Esperança

Prefácio

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Antes de tudo...E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. (2 Coríntios 5:15)

Uma grande notícia. Jesus veio nos salvar para que não mais vivamos uma vida “para dentro”, uma vida centrada em nós mesmos. Ele veio nos libertar da tirania que nossos egos nos impõem. Sem o Evangelho, não passamos de escravos de nossos desejos, in-teresses, preferências, caprichos; sem sermos alcançados pela graça, somos incapazes de resistir à soberania de nossa vontade.No entanto, uma vez mergulhados na maravilhosa graça da salvação em Cristo, nos tornamos livres. Os grilhões da auto-adoração (ego-latria) são destruidos e, então, milagrosamente, somos despertados para uma realidade onde o nosso “eu” não ocupa mais o lugar cen-tral. Uma vez salvos, somos participantes da nova criação onde toda a existência gira em torno de Deus e do seu propósito em Cristo. Uma vez salvos, somos batizados no Corpo de Cristo, onde cada indivíduo se vê como parte (membro) – e uma vez parte, percebe seu próprio valor apenas na medida em que se vê parte do todo (corpo). Uma vez salvos, somos capazes de perceber o quanto somos depen-dente das outras partes e o quanto as outras partes dependem de nós.Sabemos que não podem viver para dentro de nossos interesses, vidas, casas. Sabemos que fomos chamados para fora, na direção de Deus e de sua vontade; na direção dos irmãos de nossa comunidade de fé; e na direção de todos os “próximos” cuja necessidade seja evi-denciada ao longo do caminho. Por tudo isso, a partir do momento em que somos salvos, o Espírito Santo passa a trabalhar em nós, operando uma mudança central exatamente nesse ponto, que é o eixo central de nossa vida. Se, antes, tudo girava em torno do nosso lado de dentro, agora, a cada dia, mais e mais, passa a girar em torno do que está no lado de fora.

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Temos aprendido que o objetivo de nossa comunidade não é reunir pessoas que buscam uma igreja para satisfazer suas preferências pes-soais e suas necessidades de um bom “serviço religioso”, nem tampou-co aquelas que procuram aliviar sua consciência religiosa. Ao contrário disso, nossa comunidade existe para reunir pessoas que

viveram a experiên-cia de ouvir o chamado ao dis-cipulado de Jesus. Que responderam “sim” à convocação e agora O seguem, O servem.

Pessoas que nasceram de novo para apresentar a si mesmas e todos os seus recursos para o serviço do Senhor Jesus e do Seu Reino. Assim, se você é uma nova criatura em Jesus, ao longo dos próximos encontros em seu pequeno grupo, esteja atento ao que Deus quer falar ao seu coração. Os quatro tópicos que vão nortear as próximas quatro reuniões do seu Pequeno Grupo foram extraídos e adaptados a partir do livreto “Espiritualidade Outro-Centrada”, da Comunidade Presbiteriana da Chácara Primavera. Seja sensível ao toque do Espírito Santo, permita que Ele conduza você na direção de uma espiritualidade “para fora”, uma espiritualidade cujo centro não é mais você, os seus gostos e interesses, mas que ousa sair, ao encontro da vontade de Deus, na direção das demandas, necessi-dades, carências, e porque não dizer, dos desafios que se encontram aguardando pela nossa atenção e empenho, lá no “lado de fora”.

Pr. Marcos

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Encorajandouns aos outros

1. Quando vejo alguém em crise ou desanimado, dou apoio de algu-ma forma – orando com a pessoa, ouvindo, abraçando e/ou presen-teando de alguma forma, de modo que ela possa se sentir acolhida.

2. Quando alguém está desmotivado, indeciso ou precisando deorientação, tenho palavras de incentivo, ânimo e direção a partir de verdades e princípios bíblicos.

3. Quando alguém comete um pecado ou falta grave, percebo que sou capaz de confrontar a pessoa a partir de verdades e princípios bíblicos, encorajando a pessoa a crescer,contribuindo para o seu aprendizado.

4. Percebo que Deus tem me usado na vida de pessoas quando estão passando por um tempo de profunda dor e sofrimento, tendo palavras e/ou atitudes que dão ânimo e consolo diante do que es-tão atravessando.

5. Meu grupo pequeno tem sido fonte de consolo e ânimo para as pessoas que chegam, com palavras e atitudes de encorajamento, tempo de oração e acolhimento com sensibilidade e amor uns aos outros.

Você é uma pessoa que tem o hábito de encorajar as pessoas que estão ao seu redor?

Faça o teste e avalie o quanto o encorajamento é uma atitude presente em sua vida. Selecione a pontua-

ção que melhor descreve sua postura em cada situação:

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uns aos outros Conta-se uma história que alguns animais em um bosque encontraram dois sapos presos em dois buracos próximos um do outro. No entanto, um sapo era surdo e outro não. Aqueles animais começaram a gesticular para os sapos, dizendo para ficarem ali e não correrem risco de tentarem sair e piorar a situação no buraco, agravando o problema. O sapo que ouvia, prontamente atendeu o pedido e fi-cou parado. No entanto, o sapo surdo via a gesticulação dos animais e não entendia o que estava sendo falado. Assim, ao vê-los gesticulando, aumentava seu esforço para sair do buraco.Isso fazia com que os animais gesticulassem ainda mais, pedindo para que o sapo surdo parasse. E o sapo surdo esforçava-se ainda mais. Após algum tempo e tanta energia gasta, pulando cada vez mais alto, o sapo surdo conseguiu saiu do buraco. Quando saiu, os animais se explicaram com maior fa-cilidade, bem como o sapo surdo e este esclareceu que, não estava entendendo o que estavam dizendo, mas ao vê-los gesticulando, foi estimulado a se esforçar mais e sair do buraco. Foi o que o ajudou a sair.Quando os animais viram o resultado e a explicação do sapo surdo, mudaram o discurso para o outro sapo, o encorajaram e este também conseguiu sair do buraco. Em outras palavras, nós temos a possibilidade de ajudar pessoas ou de deixá-las no buraco. Podemos encorajar ou desmotivar. Nossas atitudes influenciam e podem ser decisivas na vida dos outros.

DE FRENTE PARA O PROBLEMA

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“Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha cora-ção perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, du-rante o tempo que se chama “hoje”, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado”.Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costu-me de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.

Hebreus 3.12-13

Hebreus 10.23-25

Não fomos criados para viver na solidão. O isolamento é um inimi-go da alma. Lidar com as situações que atravessamos sozinhos é uma luta injusta.Deus nos criou como seres relacionais e é nos relacionamentos que podemos encontrar apoio, sermos encorajados, enxergarmos as coisas sob uma nova perspectiva, termos forças para prosse-guir, superarmos limitações, crescermos e aprendermos em meio aos desafios da vida.Precisamos uns dos outros. Veja o que Deus nos fala:

A PROPOSTA BÍBLICA

O convite de Deus a nós é para caminharmos uns com os outros, com intencionalidade e apoio mútuo, com palavras e atitudes de

estímulo e incentivo, mas, esteja atento: encoraja-mento não é concordar com tudo o que o outro fala,

nem falar que vai acontecer algo apenas para a pessoa ter uma sensação de bem-estar e não lidar

com fatos ou a realidade.

Frases como “tudo vai ficar bem”, “ele(a) vai melhorar” e outras do gênero não são encorajamento. Apoiar o pecado ou erro de uma pessoa também não é encorajamento. Dizer “a culpa não é

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sua”, “ele(a) é assim mesmo” não é solução para encarar desafios. Posturas e atitudes como essas são omissões em situações em que as pessoas precisam de encorajamento, orientação, ânimo, consolo ou até mesmo confrontação a fim de refletirem a partir da palavra de Deus, ponderarem, aprenderem, tirarem lições e crescerem.

Encorajar não é mera empatia ou sensibilidade com alguém. É em-patia com intencionalidade, sensibilidade com palavras de direção, confronto com amor, consolo com calor. Encorajar pode ser diferente em cada situação.

Pode:I. Confrontar, exercendo “pressão positiva” focada na palavra de Deus, visando o crescimento, a maturidade e o bem da pessoa;II. Animar, solidarizando-se, ouvindo, abraçando, orando, com palavras norteadoras e verdadeiras, de esperança e renovação de fé para o que vem pela frente;III. Consolar, apresentando verdades de um Deus amoroso que nos acolhe e fortalece nos problemas e não nos desampara. 1. Assim, encorajamento envolve intencionalidade nos rela-

cionamentos uns com os outros. É conversar e conviver. É confrontar e consolar. Encorajar contribui para manter o foco e não se perder ou desistir no caminho.

2. Encorajar clareia a mente, aquece corações, revigora o corpo, fortalece a alma.

3. Há outros textos bíblicos que abordam o encorajamento. Você pode conversar um pouco com seu grupo sobre eles:

“Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos en-sinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.” “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.”

Romanos 15.4

Romanos 15.13

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1. Considere como uma “comunidade de encorajadores” poderia influenciar os que chegam na Nova Esperança.a. Já imaginou o impacto que poderia gerar para os novos

na fé e os que estão atravessando adversidades? Pense um pouco em como seria.

b. Como seria o “dia-a-dia” de seu grupo pequeno se o enco-rajamento fosse uma práca intencional entre os partici-pantes?

2. Quais são as escolhas e decisões que precisa tomar para aprofundar o encorajamento em sua vida?a. Separe um tempo para considerar: I. Qual a atenção que

você tem dado aos problemas e adversidades dos outros? II. Tem a prática de orar e/ou levar uma palavra de enco-rajamento para elas?

b. Que atitudes simples você poderia ter (ou manter e intensificar) para intencionalmente ser um encorajador na vida dos outros?

3. Tenha atitudes de encorajamento. a. Ore para Deus lhe guiar, orientar e usar na vida de ou-

tros.b. Considere e pratique o encorajamento, pensando em

passos ou práticas que o ajudem a ser usado na vida de outros (como um simples abraço, uma breve e sig-nificativa oração com o outro, palavras intencionais que promovam o consolo, a reflexão e o crescimento do outro).

c. Esteja atento às oportunidades que surgirem em sua se-mana. Se possível, planeje um encontro com alguém que precisa de apoio e que você pode encorajar.

COLOCANDO EM PRÁTICA

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Incentivamos você a concluir esse estudo em sua casa e ten-do um momento diário com Deus. Nesta semana busque a Deus a partir dos textos abaixo, escreva uma oração a partir de cada um desses textos, e também uma atitude que pode ter a partir desse tempo. Cinco minutos de devocional por dia poderá transformar seu relacionamento com Deus e com as pessoas.

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

Filemom 1.8-11

Atos 11.23

Atos 14.21-22

II Coríntios 2.6-7

II Coríntios 7.6.-7

Romanos 15.4, 13

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

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Edificandouns aos outros

1. Ao longo de minha vida, percebo como as palavras são um recur-so importante que Deus tem usado para ajudar pessoas e edificar vidas nas verdades e princípios bíblicos.

2. Quando envolvido em situações de stress, tensões e conflitos, as palavras que pronuncio promovem a reflexão, a paz e o caminhar na direção de solu-ções, pois são ditas sempre com sensibilidade, empatia e amor ao outro.

3. Pessoas têm, de diferentes formas, manifestado o quanto as palavras que pronuncio as edificam e promovem o crescimento em suas vidas.

4. Tenho palavras oportunas para o momento que as pessoas vivem,ensinando e/ou aconselhando a partir de textos bíblicos que fortalecem os enfraquecidos, consolam os aflitos, esclarecem para os que buscamrespostas, revigoram a fé dos que estão tropeçando.

5. Meu pequeno grupo tem sido fonte de edificação para as pessoas que chegam em nossos encontros, com palavras que promovem o crescimento e a maturidade.

Você é alguém que tem hábitos que edifi-cam as pessoas que estão ao seu redor?

Faça o teste e avalie o quanto a edificação é uma atitude presente em sua vida. Selecione a pontuação que

melhor descreve sua postura em cada situação:

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uns aos outros Leia e reflita um pouco sobre a canção abaixo:

Fonte: Sérgio Pimenta | Vencedores por Cristo

As palavras não dizem tudoMesmo que o tudo seja fácil de dizerCom certeza fala bem melhor o mudoSe sua atitude manifesta o que crê.

Compromisso, sumiço, omisso,Ou faz o que fala ou se cala de uma vez,Que não venha sobre si justo juízoPois terrível coisa é cair nas mãos do rei.

Mesma língua que abençoa, amaldiçoaMesma língua canta um hino e traz divisãoNão pode, da mesma fonte, o doce e o amargoSe Cristo habita de fato no coração.

Converse um pouco com seu grupo sobre a canção:

1. No que somos convidados a refletir?2. O que nos ensina sobre as palavras?3. O que nos desafia em nossas atitudes?

DE FRENTE PARA O PROBLEMA

derrubaredificar?

Ah! As palavras... Quanto poder! Quantas possibilidades! A língua tem o poder para construir e destruir. Ela pode nos conduzir aos luga-res mais altos e honrados quando usada com sabedoria e prudência e aos abismos mais profundos e sombrios se a tivermos como um arse-

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nal de fuselagem e aniquilação. A língua pode promover o amor e a paz e despertar o ódio e as guerras. Dependendo de nossas escolhas, trazem saúde para vida ou câncer para alma.

Palavras endurecem o coração, contaminam a mente, enfra-quecem o corpo, golpeiam a alma. Palavras machucam pessoas, destróem relacionamentos, distanciam amigos, afastam irmãos, dividem famílias, danificam filhos, encerram casamentos. Atra-vés da língua, a gritaria revela a distância dos corações, a calúnia manifesta o rancor e amargura na alma.

A maledicência surge, os conflitos emergem, as fofocas se mul-tiplicam, o falso testemunho envenena e mata. Quantos danos! Quanto desperdício!

Se em sua vida você possui uma ou algumas dessas marcas, este-ja certo de que não era para ser assim. Não foi para isso que o Senhor criou as palavras.

Não é o desejo do coração de Deus as feridas e cicatrizes que car-regamos pelas experiências que já tivemos. E somos convidados a pensar e refletir a partir de princípios e valores divinos sobre o valor, impacto e resultado benéfico que as palavras podem ter em nossas vidas e relacionamentos.

Assim como as palavras têm um potencial nuclear de destrui-ção, é interessante perceber como possuem um poder ainda mais elevado e supremo de curar, regenerar e transmitir vida aos outros:

A PROPOSTA BÍBLICA

“A resposta calma desvia a fúria,mas a palavra ríspida desperta a ira.A língua dos sábios torna atraente o conhecimento,mas a boca dos tolos derrama insensatez.O falar amável é árvore de vida,mas o falar enganoso esmaga o espírito.O justo pensa bem antes de responder,mas a boca dos ímpios jorra o mal”.

Provérbios 15.1, 2, 4, 28

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Quando as palavras de Jesus Cristo habitam em nossas vidas, encar-namos a cada dia mais de sua vida no que somos, no que fazemos e no que falamos.

Assim, suas palavras nos fortalecem, amparam, auxiliam, encorajam, estimulam, guiam, orientam e movem. Quando a vida e as palavras de Jesus renovam nossa mente e se enraízam em nosso coração, começamos a ter cada dia mais palavras de vida para os outros. So-mos capazes de ensinar e aconselhar uns aos outros com sabedoria e graça. As palavras de Deus em nossas vidas nos levam a adorá-lo, proclamá-lo e a ter um coração grato!

Quando suas palavras tornam-se parte de nosso ser, experimenta-mos o inimaginável. Quando suas palavras influenciam as nossas palavras, então casamentos são transformados, pais e filhos são aproximados, amizades são renovadas, relacionamentos restaurados, etc... em outras palavras, quando nossas palavras são influenciadas pelas DEle, a maldade é esmagada em nossas vidas e histórias.

O Evangelho de João apresenta Jesus como a Palavra Encarnada (João 1.1-5, 10, 14): Deus se escreveu em nossa história para se tornar conhecido e, a própria Palavra de Deus, deixou de ser um papel para se tornar uma pessoa.

Jesus é a Verdade vista! Pessoas testemunharam o impacto de sua

presença, o valor de suas palavras, as marcas de sua influência! E quando Jesus e suas palavras tornam-se parte crescente de quem somos, então nos tornamos novas pessoas capazes de edificar todos os outros!

Há outros textos bíblicos que abordam a edificação uns aos outros. Você pode conversar um pouco com seu grupo sobre eles:

“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações. Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai”.

Colossenses 3.16-17

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Tenhas as palavras como um rico instrumento para edificar vidas! Seja renovado pelas palavras de Deus! Que elas façam morada em sua vida e possam fluir para a vida de outros que estão à sua volta, no lado de fora!

“Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros,como de fato vocês estão fazendo.”

“Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo.”

I Tessalonicenses 5.11

Judas1.20

1. Considere o resultado que a edificação uns aos outros pode tra-zer em sua vida e na dos que te cercam.

a. Já parou para pensar no valor que simples frases como um “Bom dia!”, “Bom trabalho!”, “Deus o abençoe!” pode ter na vida de alguém?

b. Como seria o seu dia se tivesse a prática intencional de aprovei-tar as oportunidades para elogiar seu cônjuge e filhos, conversar com um colega ou amigo que esteja um pouco afastado, conhe-cer um pouco mais sobre alguém que está chegando na Nova Esperança ou se mover na direção de uma pessoa que Deus colocar no seu caminho ao longo do dia?

2. Quais são as escolhas e decisões que precisa tomar para inten-cionalmente edificar as outras pessoas?

a. Como tem usado as palavras em seus relacionamentos?b. Há alguma atitude que se repete e que precisa ser revista?c. Há alguma atitude que pode ter para edificar outras pessoas?

3. Tenha atitudes de edificação ao outro.

a. Ore para Deus lhe guiar e orientar sobre pessoas com as quais pode (ou precisa) conversar, aconselhar ou ensinar.

b. Esteja atento às oportunidades que surgirem em sua semana. Se possível, planeje um encontro com alguém que precisa de apoio e que você pode edificar.

COLOCANDO EM PRÁTICA

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Incentivamos você a concluir esse estudo em sua casa e tendo um momento diário com Deus. Nesta semana busque a Deus a partir dos textos abaixo, escreva uma oração a partir de cada um desses textos, e também uma atitude que pode ter a partir desse tempo. Cinco minutos de devocional por dia poderá transformar seu relacionamento com Deus e com as pessoas.

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

Provérbios 6.16-19

Provérbios 15.1,2,4,23,26,28

I Tessalonicenses 4.18

I Tessalonicenses 5.11

Colossenses 3.16

Romanos 14.9

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(Atitude)

(Atitude)

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(Atitude)

(Oração)

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(Oração)

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Perdoandouns aos outros

1. Quando ofendido, humilhado e/ou agredido física, verbal ouemocionalmente, tenho a prática de, numa ocasião ou oportunida-de posterior, conversar e perdoar meu agressor.

2. Quando pessoas me decepcionam e/ou não correspondem às mi-nhas expectativas, sou capaz de manter um relacionamento saudável com elas, lidando com a situação e seguindo com o relacionamento a partir do aprendizado que tivemos.

3. Quando situações de desentendimento aconteceram em minha fa-mília (casamento, pais, filhos, irmãos, parentes), busquei a reconciliação com os envolvidos, tendo como árbitro as orientações bíblicas. Quando a situação não se resolveu, busquei líderes espirituais que pudessem mediar a situação para que a reconciliação ocorresse.

4. Quando decepcionei e falhei com pessoas próximas a mim, confessei omeu pecado diante de Deus e das pessoas envolvidas e perdoei a mim mesmo pela minha atitude.

5. Posso afirmar que perdôo os outros como desejo que Deus me perdoe.

Você é uma pessoa que tem o hábito de perdoar as pessoas que estão ao seu redor?

Faça o teste e avalie o quanto o perdão é uma atitude presente em sua vida. Selecione a pontuação que

melhor descreve sua postura em cada situação:

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uns aos outros A falta de perdão invade a mente, alimenta a amargura, com-pactua com o rancor, corrói o coração, drena as energias, nutre a omissão, corrompe a alma. Na ausência do perdão, relacionamen-tos se desgastam, pessoas se afastam, casamentos acabam, filhos se distanciam dos pais, amizades chegam ao fim, comunidades se dividem, sociedades se destroem e vidas são aniquiladas.

De um lado, situações em que falta o perdão tem as marcas da gritaria, discórdia e facções. Pessoas escolhem lados. De outro, emerge a omissão, passividade, maledicência e falso testemunho. Finge-se que nada está acontecendo com a pessoa diretamente envolvida e amplia-se o ocorrido com terceiros. Ao invés de lidar com a situação, a dor causada e buscar a pessoa que causou o dano, nutre-se o mal no coração em conversas com terceiros, o que complica o cenário e pode gerar uma crise ainda mais grave.

A ausência do perdão é o contexto perfeito para as batalhas. É o cenário ideal para as guerras. E o mal é retribuído com o mal.

DE FRENTE PARA O PROBLEMA

punirperdoar

Surgem os terroristas da alma: homens e mulhe-res, famílias e grupos, cidades e nações prontas como uma bomba-relógio, dispostos a explodir (ou implodir) e destruir tudo em defesa do ego inflamado, humilhado e machucado. O orgulho ferido ganha espaço. A arrogância cresce. A in-sensatez se propaga e o temor a Deus se desva-nece. Quando não se assume os danos causados por alguém, a maturidade é uma ilusão, o cresci-mento é irreal e seguir Jesus é uma mentira.

Não era para ser assim... E a Bíblia nos convida a refletir um pouco mais sobre este grande desa-

fio que temos de perdoar uns aos outros.

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É interessante como na oração que Jesus nos ensinou no conheci-do Sermão do Monte – a oração do Pai Nosso (Mateus 6.9-13) – há o trecho que diz: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.” (Mateus 6.12). Você já se perguntou:

Como Deus nos perdoaria se Ele nos perdoasse como nós perdoamos as pessoas?

1. E essa pergunta levanta uma outra: você tem oferecido perdão às pessoas que lhe causam dano?

A PROPOSTA BÍBLICA

Há outros textos bíblicos que abordam o assunto do perdão também:

Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.

Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calú-nia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassi-vos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo

O fim de todas as coisas está próximo. Portanto, sejam crite-riosos e sóbrios; dediquem-se à oração. Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssi-mos pecados.

Colossenses 3.13

Efésios 4.31-32

I Pedro 4.7-8

Perdão está diretamente relacionado ao amor. Muitos dizem amar, mas têm dificuldade de compreender a dimensão e profundidade do amor verdadeiro que Deus nos ensina. O amor bíblico não é mera-mente praticado aos que fazem o que queremos, agem como agimos, pensam como pensamos, concordam com tudo o que dizemos. Pen-se um pouco sobre isso. Quantas vezes não dizemos que amamos alguém pelo simples fato de serem tão parecidos conosco ou terem algo de agradável que nos atrai?

O amor que Deus nos ensina não é vivido apenas com aqueles que nós consideramos “almas gêmeas”, que completam nossas frases, nos abra-çam, acolhem e não confrontam nossas atitudes. Confundimos amor com um sentimento narcisista e egocêntrico projetado em terceiros, uma sensação que temos por nós mesmos e que colocamos sobre outros.

Relacionamentos não se desenvolvem e perduram assim. Relaciona-

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mentos acontecem em meio aos desencontros e desafios, aos desen-tendimentos e dores, provações e adversidades, decepções e triste-zas. E é nessas situações que o perdão e a comunicação tornam-se uma dupla essencial para o relacionamento a longo prazo.

Tim Keller, pastor presbiteriano na cidade de Nova Iorque, ajuda-nos a refletir sobre isso, quando nos desafia: “Perdão só existe onde há morte e ressurreição”. Para amarmos as pessoas que falharam conosco, temos que aprender a morrer. Nossa amargura precisa morrer. Nosso rancor precisa morrer. Nosso orgulho precisa morrer. Morrer para os danos. Morrer diante da dor. Morrer diante da atitu-de que nos feriu. Morrer para ressuscitar. Morrer para ter um novo relacionamento com a pessoa.

1. Sonhe com um novo futuro para seus relacionamentos.

a. Já imaginou em que seus relacionamentos se tornariam se seguisse to-das as instruções de Jesus sobre perdão? Pense um pouco em como seria.b. Considere a(s) pessoa(s) com as quais precisa se reconciliar.

2. Quais são as escolhas e decisões que precisa tomar para que seurelacionamento com essas pessoas (consideradas na questão 1) pos-sa ser diferente?

a. Separe um tempo para considerar:I. Qual foi a situação que nos afastou?II. O que eu fiz que pode ter contribuído para isso?III. O que a outra pessoa fez?

b. O que você pode fazer para mudar o relacionamento entre vocês?

3. Tenha a atitude de perdão.

a. Ore pela pessoa que lhe feriu e/ou que você feriu.b. Agende um encontro de reconciliação com a pessoa.c. Planeje como será o encontro (o que deve ser dito, o que não preci-

sa ser dito, a forma que deve ser dito).d. Converse com um líder ou irmão maduro que possa acompanhar

de fora esse processo de reconciliação (o princípio é de ter alguém a quem se reporte e que acompanhe toda situação).

COLOCANDO EM PRÁTICA

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Incentivamos você a continuar refletindo a respeito do perdão durante a semana em sua casa e tendo um momento diário com Deus. Busque a Deus a partir dos textos abaixo, escreva uma oração a partir de cada um desses textos, e também uma atitude que pode ter a partir desse tempo. Cinco minutos de devocional por dia poderá transformar seu relacionamento com Deus e com as pessoas.

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

Prov. 18.1-3, 6-8, 13, 19-21

Filipenses 2.1-5

Mateus 6.9-13

Colossenses 3.13

I Pedro 4.7-8

Efésios 4.31-32

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

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Servindouns aos outros

1. Estou envolvido semanalmente em uma atividade, evento e/oucompromisso na qual sirvo e me dedico aos outros com prazer e alegria.

2. Tenho atitudes diárias de alguma forma de serviço à minha família e/ou pessoas que moram comigo (ou próximas a mim) e faço com grande satisfação.

3. Dedico minhas habilidades, talentos e/ou dons na nossa igreja, sendousado positivamente na vida de outros.

4.Utilizo e dedico meus recursos financeiros de modo equilibrado entrepessoas, na minha comunidade, minha cidade e lugares distantes comextrema pobreza e necessidades.

5. Meu pequeno grupo serve pessoas – adultos, adolescentes e crianças –que chegam em nossos encontros, incluindo-as, acolhendo-as,conversando e se aproximando de cada um delas com sensibilidade e amor.

Você é uma pessoa que tem o hábito de servir aqueles que estão ao seu redor?

Faça o teste e avalie o quanto o serviço é uma atitude presente em sua vida. Selecione a pontuação que

melhor descreve sua postura em cada situação:

NUNCA

NUNCA

NUNCA

NUNCA

NUNCA

SEMPRE

SEMPRE

SEMPRE

SEMPRE

SEMPRE

0

0

0

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1

1

1

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3

3

3

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4

4

4

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5

5

5

5

5

ATITUDE “PARA FORA” 04

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DE FRENTE PARA O PROBLEMA

usarservirA sociedade não nos incentiva a viver “para fora” de nós mesmo. Pelo contrário. Se apenas reagirmos ao estímulos do meio, nossa vida será altamente EGOcentrada. Nossas cidades tem como pressuposto princi-pal as necessidades dos indivíduos e não necessariamente as carências da sociedade. O sociólogo polonês Zigmunt Bauman analisa em seus diversos livros o mundo “líquido” de nossas cidades marcado por rela-tivismos, individualismos, consumismos e direitos pessoais que super-valorizam a pessoa. E, como Bauman afirma, “a sociedade de consumo consegue tornar permanente a insatisfação”.A mídia move-se a partir do desejo que temos de satisfação pessoal. Oconsumo é pensado a partir do prazer individual. O mercado com crianças, adolescentes e jovens cresce não a partir de princípios e valores, mas daqui-lo que dá dinheiro e é atrativo. A educação coloca a criança no centro.Pais colocam os filhos no centro. Professores tornam-se vilões para os pais. Tudo para “nossos filhos” e, se possível, sem sofrimento, luta ou dor.Casamentos acabam na luta pelo suposto direito pessoal de cada um ser feliz. Jovens regem suas vidas segundo o que querem. Se forempressionados no trabalho, tiram alguns meses (ou anos) de férias para fazerem um mochilão na Europa ou “darem um tempo” na Ásia pelo cansaço que acumularam no curto tempo que trabalharam. A Geração Y tem a marca do imediatismo. Prazer imediato, retorno imediato.

Dizemos que não temos o suficiente por qualquer motivo: não temosroupas, mas os armários da casa estão cheios. Não temos sapatos, mas tropeçamos em alguns em casa. Dizemos que não temos dinheiro, mas trocamos de celular, laptop, automóvel, televisão, eletrodomésticos em poucos anos (se não todo ano). Abrimos facilmente o bolso para com-prar smartphones, iPods, iPads, carros, casas, mas dificilmente abrimos o bolso para ajudar pessoas. Somos capazes de jogar fora centenas ou mi-lhares de reais com coisas, mas incapazes de investir centavos ou alguns reais em pessoas. Passamos horas na frente de vídeo-games, smartpho-nes e laptops nos entretendo virtualmente, mas nem sequer pensamos em passar alguns minutos com pessoas que precisam de auxílio e afeto.

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Investimos mais em tecnologia do que em pessoas. Gastamos mais com cosméticos do que com pessoas. Perdemos alguns minutinhos

no shopping dando “uma voltinha”, mas não podemos ganhar alguns minutinhos ajudando uma pessoa em

extrema necessidade. A lista que revela as marcas do nosso vergonhoso egocen-trismo continua. Acrescente as suas.

O fato é que tendemos a usar/utilisar ao invés de servir. Nas igrejas, a atitude se repete: desejamos muito para nós e dedicamos pouco para os outros. Em nossos relacionamentos,

consumimos as pessoas ao invés de contribuir com as mesmas. Ter é o protagonista de nossas vidas.

Dar é o vilão de nossas histórias. Se nos dizemos cristãos, há algo muito sério em nossa forma de viver que está disfuncional. Como Gandhi certa vez declarou: “Gosto do seu Cristo. Não gosto é dos seus cristãos. Seus cristãos são tão diferentes do seu Cristo”.Converse um pouco com seu grupo sobre essa realidade. Consideretambém os pensamentos de Zigmunt Bauman em seu livro Moderni-dade Líquida:

“O mundo está cheio de possibilidade, é como uma mesa de buffet com tantos pratos deliciosos que nem o mais dedicado comensal po-deria provar de todos. Os comensais são os consumidores, a mais cus-tosa e irritante das tarefas que se pode pôr diante de um consumidor é a necessidade de estabelecer prioridades: a necessidade de dispen-sar algumas opções inexploradas e abandoná-las. A infelicidade dos consumidores deriva do excesso e não da falta de escolha. ‘Será que utilizei os meios à minha disposição da melhor maneira possível’? É a pergunta mais assombrosa e causa insônia ao consumidor”.

“Nós somos responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não, desejando ou não, torcendo positivamente ou indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fa-zemos (ou deixamos de fazer) tem impacto na vida de todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afe-tando nossas vidas”.

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Há um caminho alternativo. Há uma proposta que pode nos tirar a inércia do consumo: servir. Em Mateus 25.41-46, Jesus nos alerta para o perigo e trágico resultado de uma vida autocentrada:

Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram’. Eles também responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos? ‘Ele responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixa-ram de fazê-lo’. E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”.

O texto é confrontativo. Para muitos, exagerado e extremista. Mas, considere por um momento: se Jesus é nosso mestre, nos ama, sendo capaz de dar sua própria vida e é ele quem faz tal declaração, sendo nós seus discípulos, teríamos razão em discordar? Nossos sentimentos manisfestam o que há dentro de nós. Nossas atitudes com o outro revelam nosso coração. Nossas agendas manifestam nossas prioridades.

A PROPOSTA BÍBLICA

Jesus nos convida a servir uns aos outros. Servir é o ato visível de amor. Servir é a expressão máxima de um discípulo de Jesus. Somos convocados a servir no contexto da comunidade cristã. Somos chama-dos a nos dedicar no cenário de nossas cidades. As duas coisas estão conectadas. A missão de levar o amor de Jesus às pessoas está intima-mente ligada ao serviço que prestamos uns aos outros.Há outros textos bíblicos que abordam o assunto do serviço. Converse um pouco com seu grupo sobre eles:

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Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.

Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas. Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sem-pre. Amém.

“Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido,mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

Efésios 2.10

I Pedro 4.10-11

Marcos 10.45

Com seus dons e habilidades, há muito que pode fazer.

1. Sonhe mais com nossa comunidade e cidade.a. Já imaginou o que poderíamos realizar juntos se servirmos ainda mais uns aos outros? Pense um pouco em como seria.b. Considere o que poderíamos realizar a mais juntos através de nossacomunidade (pessoas alcançadas, famílias transformadas pelo evan-gelho, iniciativas na cidade).c. Imagine o seguinte: sua vida está chegando ao fim e você mudou omundo. O que você fez para mudar o mundo?

2. Quais são as escolhas e decisões que precisa tomar para dar pas-sos na direção desses sonhos?a. Separe um tempo para considerar:

I. O que poderia fazer junto com sua família para servir as pes-soas? II. O que poderia fazer junto em seu trabalho para servir a Deus e as pessoas? III. Tem servido na comunidade? Se não tem, como poderia começar?

b. Liste 5 habilidades principais que possui. Avalie o que mais gosta de fazer. Como poderia servir as pessoas através das qualidades que possui?

COLOCANDO EM PRÁTICA

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3. Tenha atitudes de serviço.a. Ore para Deus lhe guiar, orientar e usar na vida de outros.b. Planeje sua semana com um dia e horário para intencionalmente servir outras pessoas (o que fará, como fará, se envolverá outras pessoas).c. Procure um dos líderes da nossa comunidade para descobrir como pode se dedicar mais nos ministérios que possuímos.

Incentivamos você a concluir essa série de estudos durante a pró-xima semana em sua casa e tendo um momento diário com Deus. Busque a Deus a partir dos textos abaixo, escreva uma oração a par-tir de cada um desses textos, e também uma atitude que pode ter a partir desse tempo. Cinco minutos de devocional por dia poderá transformar seu relacionamento com Deus e com as pessoas.

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

Mateus 25.41-46

Marcos 10.45

Romanos 12.13

I Coríntios 12.7

Efésios 2.10

I Pedro 4.10-11

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Atitude)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

(Oração)

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Anotações

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Anotações

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Anotações

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