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Junho é um mês simbólico Em Junho de 2002 fomos convocados para uma reunião com a Comissão Européia na bonita Toledo, a fim de nos oferecer cooperação para gerar um projeto de instalação de uma Rede Avançada na América Latina com conexão à rede GÉANT. Em Junho de 2003, 14 países da América Latina (hoje participam 18), assinaram os estatutos da nascente organização CLARA (Cooperação Latino-americana de Redes Avançadas) que tinha entre os seus objetivos: - A coordenação entre as Redes Acadêmicas Nacionais da América Latina e com outros blocos, - A cooperação para a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico - O planejamento e implantação de serviços de redes para a interconexão regional e - O desenvolvimento de uma rede regional (RedCLARA) para interconectar as redes nacionais acadêmicas e de pesquisa, que será operada por seus Associados. Pouco mais de um ano depois, em novembro de 2004, foi completada a primeira etapa da instalação da RedCLARA, quando era fechado o anel principal e estavam conectados Argentina, Brasil, Chile, México e Venezuela, Editorial Ano 2 - Nº 8, Julho 2006. Boletín Bimensual Editorial Ida Holz Na XXXVI Assembléia Geral OEA Promove o Desenvolvimento das Instituições de Educação Superior nas Américas Com 45 mil quilômetros de rede: GÉANT2 Comemora o seu primeiro aniversário Resultados do 2º Workshop: A avançada da esquadra EELA Rede avançada chilena: REUNA quer continuar liderando 4 a 7 de Setembro de 2006 EELA e REUNA farão de Santiago a capital dos desenvolvimentos em e-Ciência e Grid LACLO 2006: Tudo pronto para a Conferência Latino- americana de Objetos de Aprendizagem “Una-se ao desafio”: Primeira Semana da Ciência, Tecnologia e Inovação na Colômbia No Brasil: RNP extrai contas positivas do seu 7º Workshop e confirma a excelência do seu evento anual Agenda 1 Ida Holz, Diretora Executiva RAU, Uruguai Secretária da Direção CLARA

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Junho é um mês simbólico

Em Junho de 2002 fomos convocados para uma reuniãocom a Comissão Européia na bonita Toledo, a fim de nosoferecer cooperação para gerar um projeto de instalaçãode uma Rede Avançada na América Latina com conexãoà rede GÉANT.

Em Junho de 2003, 14 países da América Latina (hojeparticipam 18), assinaram os estatutos da nascenteorganização CLARA (Cooperação Latino-americana deRedes Avançadas) que tinha entre os seus objetivos:

- A coordenação entre as Redes Acadêmicas Nacionais daAmérica Latina e com outros blocos,

- A cooperação para a promoção do desenvolvimentocientífico e tecnológico

- O planejamento e implantação de serviços de redespara a interconexão regional e

- O desenvolvimento de uma rede regional (RedCLARA)para interconectar as redes nacionais acadêmicas e depesquisa, que será operada por seus Associados.

Pouco mais de um ano depois, em novembro de 2004,foi completada a primeira etapa da instalação daRedCLARA, quando era fechado o anel principal e estavamconectados Argentina, Brasil, Chile, México e Venezuela,

Editorial

Ano 2 - Nº 8, Julho 2006. Boletín Bimensual

EditorialIda Holz

Na XXXVI Assembléia GeralOEA Promove o Desenvolvimento dasInstituições de Educação Superior nasAméricas

Com 45 mil quilômetros de rede:GÉANT2 Comemora o seu primeiro aniversário

Resultados do 2º Workshop:A avançada da esquadra EELA

Rede avançada chilena:REUNA quer continuar liderando

4 a 7 de Setembro de 2006EELA e REUNA farão de Santiago a capitaldos desenvolvimentos em e-Ciência e Grid

LACLO 2006:Tudo pronto para a Conferência Lat ino-amer icana de Objetos de Aprendizagem

“Una-se ao desafio”:Primeira Semana da Ciência, Tecnologia eInovação na Colômbia

No Brasil:RNP extrai contas positivas do seu 7ºWorkshop e confirma a excelência do seuevento anual

Agenda

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Ida Holz,Diretora Executiva RAU, Uruguai

Secretária da Direção CLARA

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e também a conexão com a rede GÉANT (no dia de hoje,há 14 países conectados).

Como se conseguiu tão rápido consenso e adesão?

Tudo começou no ano de 1991, na primeira reuniãolatino-americana de Redes Acadêmicas que ocorreu noRio de Janeiro. Nessa reunião, compareceramrepresentantes de países europeus e dos Estados Unidos,além de organismos internacionais como PNUD, OEA,UNESCO, União Latina; representantes das empresas deequipamentos de conexão satelital, etc. Todos queriamvender-nos, aconselhar sobre como e o que tínhamosque fazer, de quem tínhamos que nos aproximar, quemnos ajudaria…

Nós, os latino-americanos, pedimos para ficar uma manhãa sós, discutir entre a gente. E nessa manhã, foi acordada,em poucas horas, a criação do Foro de Redes da AméricaLatina e Caribe.

Quase não nos conhecíamos, mas nessa manhã nossentimos unidos por nossa identidade latino-americanae soubemos que devíamos continuar unidos e trabalharmosjuntos.

O Foro de Redes da América Latina e Caribe (“enred”)continuou funcionando. Uma das atividades a serdestacada foi a permanente cooperação técnica e degestão entre os seus participantes… O apoio de uns aosoutros.

Com o incentivo desse trabalho conjunto, foram sendocriados outros organismos latino-americanos relacionadoscom as Redes: LACTLD (a organização que reúne oscctld´s da América Latina e Caribe), LACNIC (o NIC denossa região) e foi consolidado o WALC (Workshop deRedes da América Latina e Caribe, que vem sendorealizado todos os anos desde 1997).

E com todo este impulso e tendo a certeza de que esseera o caminho, durante muito tempo tivemos como metater uma Rede que percorresse a região.

Não era possível no começo. Na maioria dos casos, nãotínhamos a tecnologia e os custos eram muito altos,motivo pelo qual nos comunicávamos através dos EstadosUnidos.

Quando alguns países como a Argentina, Brasil, Chile eVenezuela começaram a se conectar à Internet2,aproveitando a oferta de Global Crossing de fornecer-lhes conectividade de 45 Mb grátis, e outros países daregião ficaram para trás por não contar com essapossibilidade, a aspiração de ter uma rede regionalcontinuou estando presente na mente de todos.

O desenvolvimento das redes de pesquisa e educaçãona América Latina foi desigual. Alguns países maioresou com mais recursos, compreenderam desde o inícioque era necessário contar com ferramentas adequadaspara avançar no desenvolvimento científico e tecnológico,com projetos colaborativos entre vários países, outros,menores ou com menos recursos, tiveram menoresavanços.

Não obstante, o projeto da RedCLARA gerou apossibilidade de todos se integrarem e o incentivo paracriar as redes nacionais. Hoje há 14 países com suasredes nacionais criadas e conectados com a RedCLARA.Entretanto a tarefa está apenas começando. Ainda quea nossa missão fosse a conexão física, acreditamos sernecessário gerar um grande movimento de divulgaçãodas inumeráveis possibilidades que esta conexãosignifica… Sonhamos muito em tê-la e hoje a temos,agora há que utilizá-la. Nossos pesquisadores e docentesdevem saber que contam com uma poderosa ferramentapara o desenvolvimento de seus projetos, em colaboraçãocom outros países da região ou do mundo desenvolvido.Devemos gerar bases de dados com os projetos ecurrículos de todos, a fim de que esse intercâmbio sejamais fácil… O projeto ACLARA será uma ferramentaimprescindível para que isto ocorra...

E, sem dúvida, há que se agradecer o apoio de muitaspessoas, à Comissão Européia que possibilitou o projetoALICE e que esperamos que continue nos apoiando eespecialmente a nossos amigos de DANTE.

Mas o mais importante, aprendemos a caminhar juntos.É uma grande conquista e, acredito que devemos nossentir orgulhosos e incentivados a prosseguir. Há muitoa fazer e nossa participação conjunta é imprescindívelDevemos lutar, no interior de nossos países e no exterior,para manter e fazer com que esse projeto cresça.

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Na XXXVI Assembléia Geral

OEA Promove o Desenvolvimento dasInstituições de Educação Superior nas AméricasNa Declaração de Santo Domingo assinada, foi concluída a importância das redes regionais e estasforam instadas a continuar seu trabalho. A idéia, segundo as conclusões da Declaração, é que estasexplorem as possibilidades oferecidas pelas TIC para promover a disseminação e transferência detecnologias de conformidade com os termos acordados pelas partes, e que contribuam para odesenvolvimento integral dos países do Hemisfério.

María Paz Mirosevic

Entre 4 e 6 de junho de 2006 foi realizada, em SantoDomingo, República Dominicana, a XXXVI AssembléiaGeral da Organização dos Estados Americanos (OEA).Neste foro, no qual participaram os 34 chanceleres dosEstados membros que a formam, se debateu sobre“Governabilidade e Desenvolvimento na Sociedade doConhecimento” e foi assinada a Declaração de SantoDomingo.

Na referida Declaração houve 35pontos concluintes, entre eles onúmero 19, que se dirigiuespecialmente às instituições deeducação superior das Américas, asquais foram convidadas a continuarcontribuindo plenamente para a formação de recursoshumanos nos campos da governabilidade e dodesenvolvimento da Sociedade do Conhecimento. Esteponto, é claro, concerne a todas as redes nacionais daAmérica Latina e, logicamente, à RedCLARA, que já temum espaço ganho e um amplo reconhecimento pelaimportante tarefa que desempenha na América Latina.

Além disso, continuando com as redes nacionais eRedCLARA, a Declaração destacou a importância dasredes regionais de colaboração para o desenvolvimentoe o acesso a bens e estudos públicos, que explorem aspossibilidades oferecidas pelas TIC para promover adisseminação e transferência de tecnologias, deconformidade com os termos acordados pelas partes, eque contribuam para o desenvolvimento integral dospaíses do Hemisfério.

Isto lembra as conclusões do IV Foro Ministerial Europa,América Latina e Caribe sobre Sociedade da Informação,

realizado no fim de abril em Lisboa, no qual a RedCLARAfoi destacada pela Comissionada para a Sociedade daInformação da União Européia, Viviane Reding, como oprincipal êxito de cooperação entre a Europa e a AméricaLatina:

“Reconhecemos o progresso alcançado na interconexãoentre as redes latino-americanas(RedCLARA) e européia (GÉANT),que proporciona uma base sólidapara a cooperação científica bi-regional, contribuindo para alcançaros objetivos adotados na CúpulaMundial da Sociedade da Informaçãode Tunes. A este respeito, queremos

levar à atenção dos Chefes de Estado e Governo aimportância de manter o apoio político e financeiro paraas iniciativas que consolidam o espaço de colaboraçãocientífica baseado nas TIC, como é RedCLARA e suainterconexão com a GÉANT, para garantir sua operaçãocontínua e levar sua extensão à região do Caribe.Expressamos nosso apoio ao fortalecimento da cooperaçãoem pesquisa e desenvolvimento entre UE-ALC, maisainda no contexto do Sétimo Programa Suporte para apesquisa da UE, que cobrirá o período 2007-2013, baseadoem prioridades comuns identificadas de forma conjuntae construindo na extensão potencial da interconexãoentre RedCLARA e GÉANT".

Votando à Declaração de Santo Domingo, se solicitou,além disso, à OEA que, através de sua Secretaria Geral,em particular a Secretaria Executiva para oDesenvolvimento Integral, e suas comissões especializadascomo a CITEL e a Comissão Interamericana de Ciênciae Tecnologia (COMCYT), continue coordenando esforços

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regionais para desenvolver iniciativas e identificarrecursos adicionais para oferecer maior acesso, uso ebenefícios das TIC, contribuindo desta maneira parareduzir a brecha digital e fortalecendo as capacidadesda força de trabalho para o Século XXI.

Outros pontos enfatizados

Também se destacou na Declaração o desenvolvimentoe o acesso universal e eqüitativo à Sociedade doConhecimento, que constitui um desafio e umaoportunidade que ajuda a alcançar as metas sociais,econômicas e políticas dos países das Américas.

Na ocasião se reiterou, além disso, o compromissoassumido na Declaração da Flórida em junho de 2005,de “tornar realidade os benefícios da democracia, como avanço da prosperidade, os valores democráticos, asinstituições democráticas e a segurança do hemisfério,considerando que as TIC podem desempenhar um papelimportante nesse sentido”. Além disso foi solicitada aparticipação do sector privado, da sociedade civil, dasinstituições regionais e internacionais e dos organismosfinanceiros para que implementem o desenvolvimentode estratégias que promovam o “acesso universal à

Internet para todos os povos dasAméricas”. Reforçados foram,também, o compromisso depromover a alfabetização, bemcomo o investimento, em ciência,tecno log ia , matemát ica eengenharias.

Cabe destacar a importância quefoi atribuída, na Declaração, aoacesso à informação e aointercâmbio e c r iação deconhecimentos, que são “elementosimportantes de uma sociedade livre,democrática e pluralista", e que "ouso da Internet e a 'World Wide Web',sem censura política, podemcontribuir para o desenvolvimento

do futuro democrático e o exercício do direito à liberdadede expressão e ao livre fluxo de informação e idéiaspara todos os povos das Américas". No documento sereiterou o estabelecido no Plano de Ação da Cúpula deMar del Plata, sobre a importância de incorporar asnovas TIC na capacitação da cidadania.

Finalmente, os ministros convidaram o ConselhoPermanente da OEA a convocar uma conferênciaespecializada interamericana para trocar experiênciasque possam apoiar os Estados Membros no desenho deâmbitos legislativos, reguladores e administrativos,relacionados com as TIC, para que apóiem os avançosna expansão da Sociedade do conhecimento e promovamo investimento.

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A rede de pesquisa mais avançada do mundo, a GÉANT2,conta com um mapa que, uma vez finalizado, terá maisde 50 mil quilômetros; se este traço fosse estendido emuma só linha, rodearia a circunferência total do planetaTerra, dando, efetivamente, a volta ao mundo.

Mediante a entrega de uma combinação de largura debanda, cobertura geográfica incomparável e serviçosfocados no usuário, a GÉANT2 está liderando a pesquisacolaborativa em áreas como a mudança climática global,as ciências da vida, computação Grid, rádio astronomiae desenvolvimento sustentável. Muitos dos enlaces daGÉANT2 operam a 10 Gbps - velocidade comparável coma transferência de mil fotos digitais em 1.6 segundos.

GÉANT2, a primeira rede híbrida desenvolvida em escalainternacional, utiliza switching de pacotes e circuitos.Foi oficialmente inaugurada em junho de 2005 e estáco-fundada pela Comissão Européia e 30 redes nacionaisde pesquisa e educação da Europa (NRENs). Coordenadapela organização da rede de pesquisa DANTE, a redepan-Européia hoje conta com conexões para a pesquisanos Estados Unidos (Internet2 e ESnet), Ásia Pacífico

(TEIN2), China (ORIENT), Japão (SINET), América Latina(ALICE e RedCLARA) e o norte e médio leste da África(EUMEDCONNECT).

"A colaboração global é imprescindível para aproximare permitir o desenvolvimento e a pesquisa científica,para beneficiar pessoas em todos os lugares", disse DaiDavies, Gerente Geral de DANTE. "A combinação da redeGÉANT2 e seus vínculos no mundo, está aproximando oscientistas, permitindo-lhes compartilhar suas idéias efazendo com que as distâncias sejam irrelevantes. Muitose avançou neste primeiro ano de GÉANT2, e quantomais projetos se beneficiarem com esta rede, veremosainda maiores resultados futuramente".

Um exemplo de projetos líderes no mundo que a GÉANT2está apoiando, é o DEISA (Distributed EuropéianInfrastructure for Supercomputing Applications). GÉANT2proporciona o backbone para v incular ossupercomputadores de DEISA através da Europa, ajudandoa entregar o poder de cômputo de alto rendimento,necessário para solucionar importantes problemascientíficos e da indústria. Os projetos que o DEISA tematualmente incluem pesquisa em genoma (os tijolos queconstroem a existência humana), pesquisa climática emsimulação para eventos climáticos extremos e pesquisautilizando dinâmica de fluidos computacionais (CFD)para minimizar o ruído dos automóveis. DEISA conta com11 sítios principais de super-cômputo em toda a Europa,que com mais de 4.000 processadores entrega umaenergia computacional agregada de mais de 22 TeraFlops(22 trilhões por segundo).

Com 45 mil quilômetros de rede:

GÉANT2 Comemora o seu primeiro aniversário

Mais de 60 milhões de pesquisadores e estudantes do mundo todo se beneficiam hoje da colaboração

global graças ao acesso à rede de pesquisa e educação GÉANT2. Comemorando o seu primeiro

aniversário, a GÉANT2 já está 90% implementada dentro da Europa e instalou enlaces com os

Estados Unidos, América Latina e Ásia, para facilitar o desenvolvimento de uma verdadeira

comunidade de pesquisa global.

The Works of DANTE

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Através da GÉANT2 os pesquisadores podem colaborarmais rápida e facilmente com seus pares onde quer queeles estejam localizados, bem como se beneficiar deserviços como o de trabalho remoto, acessando suasredes de pesquisa e universitárias a partir de qualquerparte onde tenham o acesso à conexão. Em oposição àInternet comercial, que utiliza enlaces compartilhados,a GÉANT2 utiliza circuitos intercambiáveis que podemprover serviços ponto a ponto, garantindo a largura debanda requerida para aplicativos de grande capacidade.Os usuários ganham o beneficio de ter uma rede privadavirtual (VPN), sem o custo ou a complexidade de construirou manejar uma. O DEISA é um dos primeiros projetosbeneficiados com o VPN, utilizando uma topologia queé desenhada atualmente pelos engenheiros de DANTEe de GÉANT2.

Graças à sua natureza híbrida, a rede provê de conexõesIP padrão, junto a enlaces intercambiáveis na maioriade suas rotas. Além disso, fibra escura está sendoutilizada em muitas rotas, utilizando o equipamento detransmissão de ALCATEL. Este arrendamento deequipamento, com sérias opções de compra, permitea utilização da fibra escura em cerca de 12 milquilômetros da rede da GÉANT2.

Sobre GÉANT2

A GÉANT2 oferece rede de última geração para a pesquisae educação na Europa. Com mais de 30 milhões deusuários em 34 países através do continente, a GÉANT2oferece cobertura geográfica incomparável, largura debanda, uma inovadora tecnologia de rede híbrida e umagama de serviços dirigidos aos usuários. Seu extensoalcance geográfico, interconecta com outras regiões domundo, permitindo a colaboração global em pesquisa.

O programa que reúne desenvolvimento de pesquisa eserviços da GÉANT2 mantém a Europa na vanguarda dapesquisa global.

A GÉANT2 é co-fundada pela Comissão Européia sob oVI Programa Marco de Pesquisa e Desenvolvimento. Ossócios do projeto são 30 redes nacionais de pesquisa eeducação européias (NRENs), TERENA e DANTE. Écoordenada pela DANTE, a organização de redes depesquisa que planeja, maneja e constrói redes depesquisa no mundo todo. Para mais informação visite:www.geant2.net.

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Se a respeito do favorável processo evolutivo do projetoe-Infra-estrutura compartilhada entre a Europa e aAmérica Latina (EELA), existiam dúvidas, estas foramevidentemente sanadas durante o 2º Workshop que,graças à coordenação geral de Bernard Marechal –Sub-coordenador do Projeto-, se desenvolveu nasdependências do Hotel Pierre, numa pequena ilha próximaao povoado brasileiro de Itacuruçá.

Em 30 janeiro de 2006, emMadri, EELA começavaoficialmente. A promessa decriar, em um prazo de apenasdois anos, uma rede humanadedicada a trabalhar emGrids (Malhas), e-Infra-estrutura e e-Ciência,p a r e c i a n o m í n i m oambiciosa. Mas a promessase transformou em consignae na denominada “Kick-offMeeting” (algo assim comoo pontapé inicial de umapartida de futebol de doisl o ngo s t empo s que ,evidentemente, anseia-seq u e e s t i q u e ) f o r a macordados todos os passosque guiariam os integrantesde EELA no alcance de seuobjetivo.

Assim, no início do ano, umaequipe multinacional se dispunha a realizar as estratégiasque lhe valeram não só gols (que são amores), masconcretização de metas precisas (que são triunfos).Entretanto, na metade do primeiro tempo, parecia quena enorme quadra, de dimensões mensuráveis em

milhares de quilômetros, para ser exatos, não confabulavaa favor dos jogadores; os passes pareciam confusos e ossinais dos seus companheiros, do capitão e do DiretorTécnico, não pareciam alcançá-los. Mas o que “parecia”não era o que na realidade estava acontecendo, averdade era que os sinais e estratégias, sim, estavamsendo seguidos e bastante bem, por demais; assim ficoudemonstrado em Itacuruçá, com as apresentações de

cada um dos quatro Work Package, as palavras dos seuslíderes e os dados oferecidos por seus integrantes.

Em resumo, Itacuruçá serviu fundamentalmente paratomar real valor e conhecimento acabado da equipe

Resultados do 2º Workshop:

A avançada da esquadra EELAUma ilha localizada em frente ao povoado de Itacuruçá (90 Km. ao Sul do Rio de Janeiro) comomarco natural idílico, a participação de mais de 40 representantes das diferentes instituições epaíses partícipes do projeto, 31 apresentações e um espírito abertamente colaborativo e construtivo,foram os ingredientes que fizeram do 2º Workshop de EELA, desenvolvido nos dias 24 e 25 dejunho, um sucesso.

María José López Pourailly

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formada e do seu trabalho; mais ainda, serviu paradescobrir que a rede humana que se prometia na“Kick-off Meeting”, estava já estabelecida. Isto,sem contar os avanços demonstrados em termosde formação da Grid, Certificação, Aplicações eDisseminação, todos acessíveis mediante asapresentações realizadas no Workshop, que estãopresentes e podem ser descarregadas em:h t t p : / / i n d i c o . e u - e e l a . o r g /conferenceTimeTable.py?confId=36.

Aliás, já que mencionamos o tema da Disseminação,é preciso esclarecer que em EELA a disseminaçãodo conhecimento é um ponto fundamental. Nestesentido é que se desenvolveu o terceiro TutorialEELA, dedicado a Administradores de Grid, no Riode Janeiro durante os dias 26 e 30 de junho,imediatamente após o Workshop. A amplaassistência e o interesse manifestado pelosconteúdos da capacitação, indicam aosencarregados do projeto a relevância dos próximostutoriais, a saber:

· 4º Tutorial, México – 28 de Agosto a 1° deSetembro de 2006· 5º Tutorial (para usuários de Grid), Santiagodo Chile – 6 e 7 de Setembro de 2006· *Escola de Grid, Brasil – Novembro de 2006· *Escola de Grid, Venezuela – 30 de Julho a 10de Agosto de 2007

*Só quem participou em algum dos tutoriais poderáacessar as escolas de Grid.

Tem algo a acrescentar? Claro que sim! A 1ªConferência EELA que será realizada em Santiagodo Chile nos dias 4 e 5 de Setembro... mas,suspenso, esta é matéria de outra das notascontidas na presente edição de DeCLARA.

Mais informação sobre EELA:http://www.eu-eela.org

EELA procura todos osinteressados em Grid e

Aplicações de Grid

O Projeto EELA, do qual CLARA é membro ativo,busca solicitar informação relevante a respeitodas comunidades latino-americanas interessadasem adotar as tecnologias de cômputo distribuídoe de Grid para a e-Ciência.

Desenhar um mapa de potenciais usuários e comunidadesque, na América Latina, poderiam ver-se beneficiadas como uso da infra-estrutura do Projeto, é a intenção doquestionário que EELA convida todas as instituiçõesmembros de CLARA a responder e a distribuir entre suascomunidades de usuários.

EELA estabeleceu uma infra-estrutura comum na AméricaLatina e Europa, interconectada mediante as redesRedCLARA e GÉANT, sobre a qual está implementandoaplicações em Biomedicina, Física de Altas Energias, e-Educação e Clima. Dado o âmbito de ação e sua buscapor chegar a novas comunidades de usuários com novasnecessidades e aplicações na linha do cômputo distribuídoe as Grid, EELA ajudará a reduzir a brecha digital na regiãolatino-americana, pondo à disposição dos pesquisadoresuma muito poderosa e-Infra-estrutura na qual poderãorealizar complexas pesquisas de uma maneira simples,que, se busca, possa ser estendida para servir como basepara uma grande comunidade de usuários.

Responda o questionário e convide os membros de suainst i tuição a respondê-lo, em: http: / /www.eu-eela.org/private/eela_new_communities_form.php

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Rede avançada chilena:

REUNA quer continuar liderandoA REUNA é a rede mais antiga da América Latina, por isto, tem um caminho percorrido que podeser um exemplo de trabalho e experiência para seus pares. Conversamos com a Diretora Executivadesta Corporação, Paola Arellano, que nos expôs seus pontos de vista a respeito da liderança, dabrecha digital e das projeções das redes avançadas, tanto no Chile quanto na região.

A CLARA e sua RedCLARA têm sido chave no desenvolvimento das redes avançadas na AméricaLatina. Paola Arellano nos conta de que forma o Chile, através de REUNA, está tirando proveitodesta rede e quais os projetos que no país e na rede que dirige, são desenvolvidos graças a CLARA.

María Paz Mirosevic

A Rede Universitária Nacional do Chile, REUNA, juntocom suas instituições sócias, fez com que o Chile fosseo primeiro país na América Latina a integrar as RedesAcadêmicas Avançadas, com a conexão à rede Internet2no ano 2000.

“Durante quase quatorze anos este conjunto deinstituições fez uma aposta estratégica ao resolver estainfra-estrutura tecnológica, compreendendo que odesenvolvimento estratégico de qualquer universidadenão pode prescindir da pesquisa realizada sobre estetipo de redes”, explica Paola Arellano, Diretora Executivade REUNA.

Esta situação de ser líder entre seus pares, tem a vermais com o enfoque dado pela REUNA à sua ação: “sermotor e parte de iniciativas de redes acadêmicas, atravésde estratégias que são colaborar, compartilhar,estabelecer e apoiar-se em redes de pessoas e decomunicação”, é a explicação que tem sua DiretoraExecutiva para entender o posicionamento da REUNA naregião.

“Somos a Rede mais velha; a Rede, não os quetrabalhamos nela. Isto nos dá um caminho percorrido euma experiência que, sem dúvida, são um grande ativo”,explica Arellano quando lhe perguntamos sobre as

vantagens que tem a REUNA em relação a seus pares.Isto, “além de ter uma Área Técnica comprometida naoperação da rede, que também é parte de projetosinovadores em infra-estruturas, serviços e aplicações.Além disso, contamos com a Área de Projetos e a deComunicações, que nos permitem desenvolver novasiniciativas, vincular os sócios e tê-los informados do queestá acontecendo no âmbito das Redes Acadêmicas”,acrescenta Paola, ao falar de outras vantagens.

Mas também existem desvantagens que fizeram comque o crescimento da REUNA não contasse com ofinanciamento esperado, e isto se deve, em grandemedida, segundo a Diretora Executiva, ao fato de queno Chile, contar com uma Rede Acadêmica comoplataforma tecnológica de apoio ao sistema nacional deCiência, Tecnológica, Educação e Inovação, não é vistocomo um ativo estratégico para o desenvolvimento dopaís, como assim o é no caso de alguns dos seus vizinhos,portanto, não se conta com financiamento por parte dogoverno, que permita ampliar sua capacidade e cobertura.Ainda há no Chile importantes universidades que nãofazem parte da REUNA, e isto evidentemente lhe tiraforças. “Uma rede é mais forte na medida que integratodos os atores relevantes do seu âmbito”, explicaArellano.

Um pouco de História

Corria o ano de 1986 e a REUNA já dava seus primeirospassos. Durante seus primeiros 5 anos, esta instituiçãofuncionava como uma cooperativa de interconexãouniversitária, até que em dezembro de 1991 e por acordodo Conselho de Reitores das Universidades Chilenas, seconstituiu formalmente como uma Corporação de DireitoPrivado sem fins lucrativos

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Foi no início de 1992 que a REUNA se conectou à Internet,graças à National Science Foundation (NSF) dos EstadosUnidos, acessando assim a NSFNet; tudo isto graças aoaporte de CONICYT (Comissão Nacional de Ciência eTecnologia – www.conicyt.cl) e outras instituições comoa Fundação Andes e a Organização dos EstadosAmericanos, OEA. Em setembro desse ano, a REUNAinstalou um backbone nacional para que seus sóciosacessassem a Internet através de um enlace de 64 Kbpscom NSFNet. O referido projeto permitiu estabeleceruma Rede Nacional com três centros de operações:Antofagasta, Concepción e Santiago.

Até julho de 1997 a REUNA foi o provedor de serviçosInternet (ISP) número um do Chile, com a maiorparticipação no mercado. Nessa data vendeu o referidonegócio de conectividade à empresa CTC Internet S.A.e constituiu uma aliança estratégica com CTC, atualTelefônica do Chile, para empreender novos projetosque demandam altos investimentos.

A importância desta aliança consistiu no aporte emserviços da Telefônica CTC para REUNA, que em 1998permitiu criar REUNA2, uma rede de banda larga de 155Mbps, baseada na rede SDH de Telefônica, que com ouso de tecnologia ATM enlaça todas as instituições do

Consórcio, de Arica até Osorno. No ano 2000, asuniversidades sócias da REUNA possibilitaram que o Chilefosse o primeiro país da América Latina a integrar-se àsRedes Acadêmicas Avançadas com a conexão à redeInternet2 (http://www.reuna.cl/consórc io/documentacion/Reuna2_conecta_Internet2_2000.pdf).

Até junho de 2001, a REUNA entregava o serviço deprovisão de acesso à Internet comercial para seus sócios,ao atuar como um ISP especializado no SistemaUniversitário. A partir de então, a Corporação foifocalizada nas Redes de Alta Velocidade e os Projetosde Pesquisa e Desenvolvimento.

É neste cenário que em 9 de junho de 2003 se cria aCooperação Latino-americana de Redes Avançadas, aCLARA, e a REUNA, assim como outras 12 redes latino-americanas, passa a fazer parte desta cooperação, oque sem dúvida foi um estímulo positivo em prol dasações de colaboração que podem ser desenvolvidasdentro da região.

A RedCLARA no Chile e na Região

Para a Diretora Executiva da REUNA, a CLARA tem sidochave para o desenvolvimento das redes avançadas naAmérica Latina. Segundo ela, o cenário na região é outrodesde sua aparição.

Como vê você a tarefa da CLARA na conexão a redesavançadas nos países Latino-americanos?

A tarefa da CLARA foi fundamental, hoje observamosuma mudança radical no cenário das redes acadêmicasna América Latina e sua conexão internacional, já há14 redes conectadas, uns anos atrás este cenário eramuito diferente, com só 4 redes estabelecidas econectadas às redes acadêmicas internacionais.Evidentemente esta mudança afeta favoravelmente asações de colaboração que podem ser realizadas nointerior da região, hoje já podemos interagir usandoestas redes com muitíssimas mais instituições, trabalharem projetos conjuntos na região e com outrascontrapartes internacionais.

De todas as maneiras se deve ter presente que a “RedeFísica” não é suficiente, é necessário um compromissoreal para trabalhar em projetos e aplicações que dêemvalor à rede e incentivar as iniciativas que já existempara que esta seja utilizada, etc. Este é um trabalhoque requer o esforço mancomunado de todos os sóciospara motivar suas instituições no uso desta plataforma.

O Chile, através da REUNA, é dos primeiros países ase conectar à RedCLARA. A partir da conexão: o queTopologia da Rede REUNA

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está fazendo a REUNA, neste momento, para tirarproveito da RedCLARA? Quais as atividades que estãorealizando?

Uma das características da REUNA, que a diferenciamde outras redes acadêmicas, é que dentro de seusobjetivos e diretrizes estratégicas está o apoio aodesenvolvimento de projetos colaborativos, é por issoque temos sido muito ativos na participação em projetosque têm se originado dentro da CLARA, não só atravésda participação direta da Corporação, mas envolvendoas nossas universidades sócias; estamos convencidos deque esta é a melhor forma de ir estabelecendo redesde colaboração que usem redes de comunicaçãoavançadas.

A REUNA está participando nos projetos EELA, RINGRID,e apoiando a contraparte Chilena do projeto eXpress,todos financiados pela Comissão Européia. Além disso,tentamos ser participantes ativos das iniciativasempreendidas pelos sócios da CLARA, apoiando a difusãodestas e, em várias ocasiões, sendo atores delas. Asredes de comunicação são importantes, mas de nadaservem se não há atividades concretas sobre elas.

Estamos convencidos de que há que agregar valor aogrande esforço que foi feito para obter a rede regional,isto indubitavelmente significa grandes trabalhos, osquais não se podem sustentar apenas na diretoriaexecutiva da CLARA, requerem um compromisso real detodos os seus membros, e há oportunidades.

Como você acredita que influiu CLARA e sua rede naatividade tecnológica da REUNA e, obviamente, doChile?

Tal como disse anteriormente, a CLARA mudou o cenáriona América Latina. Como nunca, hoje temos apossibilidade de vincular, através da RedCLARA,instituições que, por suas características, se encontramdistribuídas na região; exemplos disso são as ações queestão recém se iniciando com FAO, CEPAL, BID. Mas,além disso, nossas universidades sócias estão começandoa apreciar os benefícios desta iniciativa, hoje temos umfluxo importante de convites para fazer parte de projetosno âmbito latino-americano e europeu, isto sem dúvidaé uma enorme oportunidade.

Em sua opinião, como as pessoas no Chile percebema REUNA e a CLARA?

Apesar de termos envidado importantes esforços paraincentivar a colaboração entre os sócios e destes comseus pares internacionais, ainda existe muito por fazer.

Há grupos que são muito ativos e que se tornam partedas oportunidades que se dão no cenário das redesacadêmicas, mas ainda falta gerar uma massa críticaque sustente uma rede como a nossa, e não me refirosó ao aspecto econômico.Esta é uma situação semelhante à de nossos sócios naregião e também à de CLARA.

Dos países que integram a RedCLARA, qual, segundovocê, está no comando hoje na América Latina? Porquê?

O Brasil tomou a liderança, é o maior país do mundo e,evidentemente, tem vantagens, uma quantidade deinstituições de pesquisa e educação importante, gruposfortes em diversas áreas científicas e a rede acadêmicase inscreve dentro das ações do Ministério de Ciência eTecnologia do país.

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A brecha digital em discussão na REUNA e seus pares

Um dos objetivos que têm todas as redes avançadas daAmérica Latina, e em particular a REUNA, é conseguirdiminuir a brecha digital em toda a região, e não só arespeito das possibilidades de um cidadão comum aouso e acesso às tecnologias de informação e comunicação,mas também às oportunidades disponíveis hoje para omundo científico e de pesquisa e aos fatores decompetitividade necessários para potencializar asindústrias, afirma Paola Arellano. “O tema da brechadigital aponta para todos os atores da sociedade, e porisso há muitas ações que ainda devem ser desenvolvidaspara obter uma adequada inserção do nosso país. O fatorpositivo é que, em todos os âmbitos da sociedade, háuma concordância em que estes temas são relevantespara o desenvolvimento do Chile, pelo qual foramimplementadas diversas iniciativas tanto de parte dasinstituições de governo quanto dos privados”, acrescenta.

O que está fazendo a REUNA e a América Latina paradiminuir a brecha digital?

Hoje na REUNA estamos envidando esforços coordenadospara incentivar o desenvolvimento de um programanacional de e-Ciência. Para isso, em 6 e 7 setembrovamos realizar o 1º Congresso Nacional de e-Ciência,que é a continuidade dos eventos que realizamos nosanos anteriores para a difusão das redes acadêmicasavançadas. O Congresso tem como objetivo apresentaras tendências e desenvolvimentos mundiais de programasde e-Ciência e sua aplicação em áreas específicas, einiciar uma discussão sobre os benefícios, impactos,necessidade e possibilidade de implementar um programanacional de e-Ciência, como estratégia de apoio àpesquisa, desenvolvimento e inovação no Chile. Estassão ações que não podemos postergar se queremos nosmanter na ponta da liderança nestas matérias na região.

Com relação à América Latina, creio que, sem dúvida,é uma região que deve abordar este tema com maiorcoordenação e força, dado que no último Foro MinisterialEuropa, América Latina e o Caribe sobre a Sociedade daInformação, desenvolvido em Portugal, se constatou ogrande interesse que existe por parte de todas as naçõesparticipantes, em dar respaldo às iniciativas que aquise desenvolvam; mas, também é certo que há outrasregiões no mundo que vêm se movimentando com maiorrapidez nestes temas, por exemplo África.

Quais ações, em sua opinião, faltam na América Latinapara que a brecha desapareça, ou pelo menos diminua?

Interagir mediante e com a tecnologia que estará vigenteno mercado em mais alguns anos, nos possibilita que a

atividade criadora e de construção e disseminação doconhecimento, se dê em condições similares àquelascom as quais se está implementando esta atividade nomundo desenvolvido, evitando assim que no âmbitocientífico tecnológico, de inovação e educação, tãonecessário para a competitividade de cada país, se criee aprofunde uma nova brecha digital. O certo é quecada uma das nossas redes nacionais, as da região, juntocom a CLARA, graças ao projeto ALICE, estão dandopassos muito decisivos na superação da brecha digital,avançamos de forma concreta e segura.

REUNA quer continuar liderando

Segundo Paola Arellano, REUNA continua sendo uma redelíder na região, porque em geral o Chile tem as condiçõespara fazê-lo, e para continuar assim. A REUNA continuaráfomentando a integração dos grupos de pesquisa nacionalentre si, e com Redes de Excelência Internacionais esua integração em Projetos com pesquisa de outraslatitudes, em particular na Europa, Estados Unidos eAmérica Latina, através do uso das Redes AcadêmicasAvançadas.

“Há um trabalho forte sobre o que fazer no que se referea país para manter lideranças neste âmbito. É chaveconstruir uma aliança forte entre a Corporação REUNA,o Governo e empresas da área que permitam gerar umâmbito estável e com projeção para a Rede AvançadaNacional, onde a REUNA seja parte integral da políticade P+D (pesquisa e desenvolvimento) do país, para que,como país, aumentemos nossa capacidade científica etecnológica, de inovação e conhecimento”, dizesperançosa a Diretora Executiva da Rede UniversitáriaNacional chilena.

Este é o desafio da REUNA: continuar liderando. Eaparentemente não haveria qualquer razão para nãoconseguir isso. Este consórcio trabalha com projetos queincluem tecnologia de ponta, como são iniciativas Grid,tem em operação o único piloto no âmbito latino-americano em instrumentação remota, foram os primeirosa trabalhar em projetos de redes sem fio e redes ópticas,e hoje estão focalizando seus esforços em aplicaçõescomo vídeos em Demanda e videoconferência, alémdos esforços que estão sendo feitos para incentivar odesenvolvimento de um programa de e-Ciência no Chile.

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4 a 7 de Setembro de 2006

EELA e REUNA farão de Santiago a capitaldos desenvolvimentos em e-Ciência e GridQuatro dias, três eventos, conteúdos de alto valor, colaboração, projetos, pesquisa, desenvolvimento,inovação, academia, redes, e-Infra-estrutura, Grids, e-Ciência, EELA, CLARA, REUNA, Europa,América Latina, América do Norte, Oceania. Tomou nota? Agora, com todos estes elementos, sabeque é o que se cria? Conhecimento, que será oferecido mediante três eventos de sólida consistência:Conferência EELA (4 e 5 de Setembro), I Congresso Nacional de e-Ciência (6 e 7 de Setembro) e 5ºTutorial EELA para Usuários de Grid (6 e 7 de Setembro).

María José López Pourailly

e-Ciência? E desde quando ciência seescreve com “e”, poderão se perguntaralguns distraídos. Isto é, ainda devem existircertas pessoas que não descobriram aspossibilidades que as redes avançadasoferecem ao desenvolvimento científico.Aliás, já que colocamos a pergunta,desenvolvamos superficialmente o temaem questão: e-Ciência é o conceito que define aquelasatividades científicas que se desenvolvem através dautilização de recursos geograficamente distribuídos aosquais se acessa mediante a Internet. Mas recursos comocálculo e armazenamento massivo, os maisfreqüentemente requeridos no âmbito da e-Ciência, nãose satisfazem com a Internet comercial, eles requeremredes de alta velocidade dedicadas à pesquisa, asdenominadas Redes Acadêmicas Avançadas ou Redes dePesquisa e Desenvolvimento (exato!, é o caso deRedCLARA, sabíamos que você sabia). Estas redes e asaplicações de trabalho colaborativo que nelas sedesenvolvem, estão criando um cenário ideal para ainteração entre pesquisadores, cientistas e acadêmicos.

Com o anterior fica evidentemente claro que para odesenvolvimento da e-Ciência, é fundamental contarcom redes avançadas de comunicações. Chile contadesde 1992 com a REUNA, a rede nacional de educaçãoe pesquisa, que hoje conecta 16 instituições nacionaisentre si e, mediante RedCLARA, com a Europa e toda aAmérica.

Apesar de existirem diversas tecnologias paracompartilhar e acessar aqueles recursos distribuídos quepossibilitam o desenvolvimento da e-Ciência, é a Grid

(também chamada de Malha) a que foiestabelecida como o padrão mais comum eo cenário e modo ideal, quanto às condiçõesde desempenho que oferece. A América Latina,através de CLARA, participa hoje, e dásustento mediante RedCLARA, do EELA ("E-Infrastructure shared between Europe andLatin America" - E- Infra-estrutura

compartilhada entre Europa e América Latina), projetode desenvolvimento de uma Grid que une 10 países e21 instituições da América Latina e Europa. Financiadopela Comissão Européia, com 1.7 milhões de Euro, EELAbusca levantar uma ponte digital entre as iniciativas dee-Infra-estrutura que estão em processo de consolidaçãona Europa e aquelas que estão emergindo na AméricaLatina, mediante a criação de uma rede de colaboraçãoque compartilhará uma infra-estrutura de Grid paraapoiar o desenvolvimento e teste de aplicativosavançados.

Dispor de um programa de e-Ciência não é impulsionaro desenvolvimento de uma nação, mas possibilitá-lo.Integrar uma Grid que una através de aplicaçõescientíficas de alto valor, como é o caso de EELA, AméricaLatina e Europa, é certamente um enorme avanço nestesentido.

É preciso aprofundar em argumentações? Provavelmentenão. Quem sabe, sabe; e quem não sabe, quiçá fiquesabendo quando já seja tarde para subir no carro. Nocarro? Bom, por alguma parte é necessário começar eassistir a 1ª Conferência EELA, o I Congresso Nacionalde e-Ciência e o 5º Tutorial EELA para Usuários de Grid,é uma boa forma de fazê-lo.

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1ª Conferência EELAData: 4 e 5 de Setembro de 2006Local: Universidade Técnica Federico Santa María,Sede Santiago.Temáticas: Projeto EELA, projetos e aplicações Griddesenvolvidos na Europa e América Latina (casos),Futuro do projeto ALICE e RedCLARA.Mais informação:h t t p : / / i n d i c o . e u - e e l a . o r g / c o n f e r e n c eDisplay.py?confId=32

http://www.eu-eela.org

I Congresso Nacional de e-CiênciaData: 6 e 7 de Setembro de 2006Local: Hotel NH Santiago.Temáticas: Programas Nacionais de e-Ciência deEuropa, América do Norte e Oceania (casos),aplicações de e-Ciência em âmbitos tais comoBioinformática, Astronomia, Negócios e Mineração.Membros do Painel Confirmados:· Bill St. Arnaud: Graduado da Escola de Engenhariada Universidade de Carleton, Bill St. Arnaud é DiretorSênior de projetos de rede de Canarie Inc.,organização dedicada ao desenvolvimento da Internetno Canadá.· Louis OU. (Bob) Hertzberger: Master (1969) e Doutor(1975) em Física Experimental da Universidade deAmsterdã. Atualmente se desempenha como DiretorCientífico do Centro de Bioinformática da Holanda

NBIC) e diretor do Laboratório Virtual Nacional parao projeto de e-Ciência, baseado em tecnologia Grid.· Rajkumar Buyya: Master em Ciências Informáticase Engenharia na Universidade de Bangalore (Índia.1995) e Doutor em Ciências Informáticas e Engenhariade Software da Universidade Monash (Melbourne,Austrália - 2002). O professor Buyya é Diretor doprograma de Mestrado em Engenharia e CômputoDistribuído (MEDC) e Diretor do Laboratório deComputação Grid e Sistemas de Distribuição (GRIDS)do Departamento de Ciências Informáticas eEngenharia de Software da Universidade deMelbourne, Austrália.· Roberto Barbera: Cum laude em Física (1986), em1990 Roberto Barbera obtém o grau de Doutor emFísica da Universidade de Catania (Itália). Desde oinício de 2005, Barbera se desempenha como professoradjunto no Departamento de Física e Astronomia daUniversidade de Catania. Coordenador Técnico doprojeto de EELA.· Tony Hey: Físico e Doutor em Física Teórica daUniversidade de Oxford, o professor Hey é hoje Vice-presidente Corporativo da área de ComputaçãoTécnica da Microsoft, posição a partir da qual envidaesforços para colaborar com a comunidade científicaglobal.Mais informação: http://e-ciencia.reuna.cl/

5º Tutorial EELA para Usuários de GridData: 6 e 7 de Setembro de 2006Local: Sala de Capacitação REUNA.Vagas: 40 pessoas.Mais informação: http://indico.eu-eela.org/conferenceDisplay.py?confId=52

Registro único para todos estes eventos em:http://formularioeela.reuna.cl

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LACLO 2006:

Tudo pronto para a Conferência Latino-americanade Objetos de Aprendizagem

A LACLO 2006 será realizada em Guayaquil,Equador, entre 23 e 27 de outubro de 2006, epromete ser um reflexo do desenvolvimento dastecnologias de objetivos de aprendizagem naAmérica Latina.

Organizam: CLARA, Consórcio Equatoriano parao Desenvolvimento da Internet Avançada (CEDIA),Escola Superior Politécnica do Litoral (ESPOL)e Repositório de Conhecimento Europeu(ARIADNE).

A primeira Conferência Latino-americana de objetosde Aprendizagem é um evento de grandeimportância. Seus organizadores, o professor EnriquePeláez, de ESPOL, Equador, e o professor Eric Duval,de Kuleuven, Bélgica, prometem uma ocasião paracompartilhar informação, ferramentas e experiênciasno desenvolvimento e uso de tecnologias relacionadascom os objetos de aprendizagem, a todos oseducadores, administradores e pesquisadores daregião.

A LACLO tentará ser um reflexo do desenvolvimentodestas tecnologias na América Latina, além de umaoportunidade para observar o estado da arte dosobjetos de aprendizagem em outros países.

O que se espera da LACLO 2006?

A Conferência Latino-americana de Objetos deAprendizagem tem uma meta bem definida: queeste evento consiga um acordo inicial para ainterconexão, em diversos níveis, das diferentescoleções de objetos de aprendizagem presentes naregião e assim possa criar uma rede federada de

repositórios intercontinental, que incremente autilidade dos mesmos em cada uma das nossasinstituições.

As instituições que estão envolvidas na organizaçãoda LACLO 2006 -Cooperação Latino-americana deRedes Avançadas (CLARA) http://www.redclara.net,Consórcio Equatoriano para o Desenvolvimento daInternet Avançada (CEDIA) http://www.cedia.ec,Escola Superior Politécnica do Litoral (ESPOL)http://www.espol.edu.ec, e Repositório deC o n h e c i m e n t o E u r o p e u ( A R I A D N E )http://www.ariadne-eu.org, acreditam que esteacordo para a interconexão será concretizado e,por isso, convidam os interessados a fazer partedesta oficina, quer seja compartilhando suasexperiências ou pesquisas através da apresentaçãode um artigo científico, ou participando nasdiferentes exposições e discussões a serem realizadasdurante a semana da oficina.

Os artigos científicos apresentados serão previamenterevisados por seus pares da região e de fora dela,os quais considerarão sua relevância, originalidade,

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coerência e pertinência. Os artigos que forem aceitosserão publicados em papel e em formato digital nasmemórias da conferência. Versões mais elaboradasdos artigos mais bem avaliados serão consideradaspara a sua publicação no International Journal ofE-learning.

Esta Conferência usa o Sistema Open Conferenceque permite aos participantes enviar seus artigosa t r a v é s d a w e b , n o e n d e r e ç o :http://www.learningobjects2006.espol.edu.ec/submit.php?cf=1.

O prazo para enviar os artigos vence em 1° deagosto de 2006 e os autores serão notificados em25 de agosto.

Para mais informação, visite a Web do evento oucontate Enrique Peláez ([email protected]),diretor de ESPOL.

Tópicos de Interesse

Os Tópicos relevantes para esta conferência, aindaque não excludentes, são:

Aspectos Pedagógicos:- Introdução de Objetos de Aprendizagem noDesenho Instrucional- Impacto dos Objetos de Aprendizagem noProcesso de Ensino/Aprendizagem- Críticas ao uso de Objetos de Aprendizagem

Aspectos Técnicos:- Ferramentas para a Criação, (Des)Agregação,Indexação, Comparação, Utilização e Reutilizaçãode Objetos de Aprendizagem- Uso das Ferramentas para Manipular Objetosde Aprendizagem- Escalabilidade das Arquiteturas de Sistemas deManejo de Objetos de Aprendizagem- Interoperabilidade entre Ferramentas de Objetosde Aprendizagem

-Interoperabilidade entre Sistemas de Objetosde Aprendizagem e outros Sistemas- Pesquisa Atual e Desafios da Tecnologia deObjetos de Aprendizagem

Aspectos Administrativos- Propriedade e Direitos de Autoria- Sustentabilidade de Iniciativas que envolvamObjetos de Aprendizagem- Esquemas de Incentivos para a Criação deObjetos de Aprendizagem- Modelos de NegócioOutros temas que o autor considere relevantespara a discussão de Objetos de Aprendizagem naRegião, também podem ser incluídos.

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O Instituto Colombiano para o Desenvolvimento daCiência e Tecnologia, “Francisco José de Caldas”–COLCIENCIAS-, celebrará a primeira semana da Ciência,Tecnologia e Inovação, onde a Rede Nacional Acadêmicade Tecnologia Avançada, RENATA, participará de formaativa das atividades.

O objetivo desta semana é incentivar a participação,mobilização e sensibilização de todos os cidadãos emassuntos científicos e tecnológicos. O encontro nacionalserá realizado em a toda Colômbia entre 8 e 14 denovembro de 2006, inserindo-se assim na grandecelebração da Semana da Ciência Internacional que serárealizada em 26 países da Europa, África, Oceania eAmérica.

A comunidade científica, acadêmica e empresarialtambém está convidada a "unir-se ao desafio", slogandefinido por COLCIENCIAS para este evento, para assimpoder promover as ciências e fortalecer a democratizaçãodo acesso e uso do conhecimento científico e tecnológico.De fato, se disporá de diferentes pontos de concentração,para uma maior participação dos colombianos; é assimque os projetos, conferências e demonstrações tomarãoos espaços públicos, centros de pesquisa, laboratóriosde universidades, observatórios astronômicos, parquesindustriais, museus de ciência, jardins botânicos, colégios,centros comerciais, entre outros.

O encontro, que está desenhado para que a Colômbiae diversas instituições do mundo estabeleçam novoslaços de conhecimento e cooperação, criou uma páginana Web que permite conhecer as experiências de outrospaíses. Este portal servirá também como meio parainterconectar todas as regiões, expor os projetos das

diferentes comunidades e redes científicas participantes,e apresentar as múltiplas iniciativas empreendidas queformam a I Semana da Ciência, Tecnologia e Inovação.Esta página da Web permitirá oferecer toda a informaçãoda Primeira Semana da Ciência, Tecnologia e Inovação:http://www.semanaciencia.info.

Semana Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovaçãoatravés do mundo:http://www.frappr.com/?a=widgetlandingg&gid=626981&src=flash_map

RENATAÉ a rede colombiana de nova geração que conecta asuniversidades e os centros de pesquisa do país entre si,e estes, graças à CLARA, através da RedCLARA, com asredes internacionais de alta velocidade e os centros depesquisa mais desenvolvidos do mundo. RENATA é parteda comunidade CLARA desde 24 de janeiro de 2006

COLCIENCIAS ColômbiaÉ um estabelecimento público de ordem nacional comautonomia administrativa e patrimônio independente,adjunto ao Departamento Nacional de Planejamento.Sua tarefa fundamental é planejar, articular e apoiar odesenvolvimento científico e tecnológico contribuindopara o desenvolvimento social, econômico e cultural daColômbia.

“Una-se ao desafio”:

Primeira Semana da Ciência, Tecnologia eInovação na ColômbiaPela primeira vez, a Colômbia oferecerá a todos os colombianos a oportunidade de participar emuma semana dedicada à Ciência, Tecnologia e Inovação. A idéia é que seja um evento para todos,no qual pessoas de todas as idades tenham a oportunidade de participar em programas lúdicos epedagógicos, para o melhor entendimento destas práticas. RENATA será parte ativa das atividades.

María Paz Mirosevic

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No Brasil:

RNP extrai contas positivas do seu 7º Workshope confirma a excelência do seu evento anualEntre 29 e 30 de maio passado, no Centro de Convenções Estação Embratel em Curitiba, foi realizadoo 7º Workshop RNP. Nele participaram representantes de redes avançadas da Europa, GÉANT(Dante), Estados Unidos, Internet2, América Latina, CLARA, e do Brasil, RNP; além disso, os gruposde trabalho que pertencem à rede nacional, apresentaram os avanços e êxitos de suas pesquisas.Como se isto não bastasse, o objetivo de RNP de oferecer a melhor infra-estrutura de experimentaçãopara a comunidade acadêmica, foi ratificado.

Entre 29 e 31 de maio, a cidade de Curitiba recebeu osespecialistas em tecnologia da informação e comunicação,en t idades gove rnamenta i s , empresa s detelecomunicações, grupos de pesquisa em redes ecomunidades acadêmicas. Todos se reuniram paraparticipar da Sétima Oficina da Rede Nacional deEducação e Pesquisa (WRNP).

Foram três dias intensos: neles, o auditório do centrode Convenções Estação Embratel ficou lotado com umpúblico atento às apresentações dos membros dos painéisparticipantes. A primeira delas foi sobre “Infra-estruturade medição das NRENs”, na qual foram apresentadas asiniciativas desenvolvidas pelas redes acadêmicasinternacionais. Este painel contou com a presença doGrupo de trabalho de medição 2 de RNP, representantesdas redes avançadas GÉANT, Internet2, RedCLARA e adona da casa, RNP. Algumas das ações realizadas eminfra-estrutura de medições mencionadas no painel,foram a redução de custos de diagnóstico e o aumentoda comunicação das redes.

Além de se destacar a nova Rede Ipê, neste ano, noencontro, foram abordados os progressos dos grupos detrabalho de RNP, iniciativas internacionais de integraçãode redes acadêmicas e aplicativos distribuídos.

Sete anos de história

Sem dúvida, este é um evento com tradição, no qualano após ano são colocados em questão temas decontingência que são um reflexo do estado das RedesAvançadas de alta velocidade no Brasil e no mundo.

As Oficinas RNP já são realizadas há anos e cada novaversão contém uma tônica especial. A exceção estevemarcada por sua ausência no ano 2002. Em 1999(http://www.rnp.br/wrnp2/1999/), o primeiro Workshopfoi realizado com a idéia de fomentar comunidades entreos sectores acadêmicos e privados, além de discutir asmetas de implementação do Backbone RNP2.

Em 2000 (http://www.rnp.br/wrnp2/2000/) o ministrode Ciência e Tecnologia do Brasil, lançou a primeira fasedo Backbone de alta velocidade RNP2. Em 2001(http://www.rnp.br/wrnp2/2001/) foram conhecidos osprincipais projetos das áreas de aplicação de Internet2no Brasil: redes, middleware e aplicativos para redesde alta velocidade que estavam sendo desenvolvidosnesse momento.

O Q u a r t o W o r k s h o p R N P 2 2 0 0 3(http://www.rnp.br/wrnp2/2003/) teve como temaprincipal "construindo uma ponte entre o Projeto Gigae a Comunidade de Pesquisa”. O principal objetivo foireunir pesquisadores e desenvolvedores de tecnologiasde redes e aplicativos avançados em prol dos grupos detrabalho de RNP, especialmente o Projeto Giga, umainiciativa pioneira de redes óticas do Brasil. Para o anos e g u i n t e o 5 º W o r k s h o p R N P 2(http://www.rnp.br/wrnp2/2004/) incluiu, em seuprograma, debates sobre as redes óticas experimentais, redes de pesquisa e educação e aplicativos avançadosem redes (telemedicina, geoprocessamento, projeto,genoma), além de apresentações técnicas e divulgaçãode grupos de pesquisa apoiados por RNP.

E m 2 0 0 5 , o 6 º W o r k s h o p R N P(http://www.rnp.br/wrnp/2005/) se focalizou napromoção do debate sobre iniciativas óticas e aplicativosavançados para redes acadêmicas. A Oficina serviu para

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que os grupos de trabalho apoiados por RNP,apresentassem os resultados de suas pesquisas.

E n e s t e a n o , o 7 º W o r k s h o p(http://www.rnp.br/wrnp/2006/) esteve dedicado ànova rede multigigabit de RNP, Rede Ipê, aos projetosde inovação em redes, e às comunidades específicascomo Redecomep (Rede Comunitária de Educação ePesquisa) e a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE).Também foram abordados os progressos de grupos detrabalho de RNP e de iniciativas internacionais deintegração de redes acadêmicas e aplicativos distribuídos.

Um evento cheio de novidades

O grupo de Redes de Acoplamento mostrou seus resultadosno painel de Redes Sem fio. Célio Vinícius, dodepartamento de Engenharia de Telecomunicações daUniversidade Federal Fluminense, apresentou o projetoda construção de um backbone sem fio para a transmissãode dados em banda larga, em localidades sem infra-estrutura para redes ou alto custo de comunicação.

Para Mauricio Gaudencio, de CISCO, a tecnologia semfio é uma excelente solução de baixo custo para asmunicipalidades, considerando que a produção denotebooks representa 53% do mercado de computadores.Neste mesmo painel, João Couto Godinho, da Embratel,mostrou a tecnologia de acesso utilizando operador, emespecial para soluções sem fio.

Outro dos grupos de trabalho (GT) destacados de WRNPfoi o de Visualização Remota, que demonstrarou ao vivo,a manipulação de dispositivos eletrônicos distribuídosgeograficamente. Um robô modelo Pioneer 3, expostono evento, era controlado por membros de GT em Natal(RN). Ao contrário também acontecia o mesmo:participantes do WRNP podiam controlar um robôsemelhante localizado em Natal. Demonstrava-se assimque é completamente possível que usuários manipulemaplicativos tecnológicos de maneira remota. Prova distoé o desenvolvimento da tecnologia de InspeçãoSubaquática, projeto de FURG, UFRN e IFPR, que prevêa construção de robôs para fazer mapas aquáticos visuaise sensores de navegação, ajudando a resolver problemascomuns embaixo d'água; os robôs reduziriam custos eevitariam o mal uso de recursos humanos.

O grupo de Armazenamento de Redes, mostrou que épossível implantar uma infra-estrutura de distribuiçãoe armazenamento temporário de dados com interfacespara os usuários (via browser) e para aplicativos (viaAPI), integradas ao backbone de RNP e utilizando umatecnologia de armazenamento de alto desempenho

empregada nos Estados Unidos (Internet2) e Europa(GÉANT).

O GT de TV Digital, discutiu os resultados de suaspesquisas e o processo de implantação desta tecnologiano Brasil. O grupo trabalha no desenvolvimento de umaplataforma que facilite o acesso de usuários a redes deRNP e a seu conteúdo de canais de TV aberta distribuídospor Internet.

O GT de Gerência de Vídeos, que trabalha nodesenvolvimento de uma plataforma genérica de serviçosmultimídia baseados numa infra-estrutura de serviçosde rede de RNP, apresentou um protótipo de sistema dedistribuição de vídeo digital elaborado por ele.

Outro dos pontos altos do encontro foi a discussão sobreo Projeto Giga entre RNP e CPqD, sobre a implementaçãodo uso de uma rede experimental dedicada aodesenvolvimento de tecnologias de redes óticas,aplicativos e serviços de telecomunicação associados àtecnologia IP e de banda larga.

Nova Lei de Informática é mencionada na abertura doevento

A abertura oficial do evento contou com a apresentaçãodo secretário de Política de Informática do Ministériode Ciências e Tecnologia do Brasil, (MCT), Sylvio Petrus;o Diretor de Inovação de RNP, Michael Stanton; e oDiretor Geral de RNP, Nelson Simões.

Após a apresentação do evento, a cargo de Stanton,Nelson Simões ratificou o objetivo de RNP de oferecera melhor infra-estrutura de experimentação para acomunidade acadêmica. “Aplicativos que estão sendodesenvolvidos hoje, com certeza estarão disponíveispara as redes nos próximos cinco anos”, enfatizou Simões.De acordo com o secretário Petrus, a importância deRNP está na interiorização e expansão da educaçãosuperior através de tecnologias distribuídas e de educaçãoà distância.

As alterações à lei Informática, prevista por MCT, foramcitadas como uma forma de renovar o estímulo aodesenvolvimento da Ciência e Tecnologia e,conseqüentemente, ao desenvolvimento socioeconômicodo Brasil. A crescente percepção da importância destesetor, fomenta o conjunto de novos âmbitos reguladorespara a área de Ciência e Tecnologia do Brasil.

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O U T U B R O

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A G E N D A

Terceira Oficina Internacional de redes para aplicaçõesGrids, GridNet 2006De 1° a 2 de outubro em San José de Califórnia, USAhttp://www.broadnets.org/2006/

Conferência Gelato ICEDe 1° a 4 de outubro em Cingapurahttp://www.ice.gelato.org/pdf/gelatoICE_attendee.pdf

Quarto Congresso Norte-americano de OrnitologiaDe 3 a 7 de outubro em Veracruz, Méxicohttp://www.naoc2006.org/es/default.htm

Quinto Colóquio Anual Global de Educação deEngenhariaDe 9 a 12 de outubro no Rio de Janeiro, Brasilhttp://asee.org/about/events/conferences/international/2006/index.cf

Oficina ICTPDe 9 a 20 de outubro em Trieste, Itália.http://www.naoc2006.org/es/default.htm

Conferência Mundial E-Learn 2006De 13 a 17 de outubro em Honolulu, Havaíhttp://www.aace.org/conf/elearn/call.htm

CUDI se prepara para sua Reunião de Outono 2006De 19 a 20 de outubro em San Luis de Potosí, Méxicoh t tp : / /www.cud i .edu .mx/o tono_2006/ index .h tml

Primeira Conferência Latino-americana de Objetos deAprendizagem LACLO 2006Entre 23 e 27 de outubro de 2006 em Guayaquil, Equadorhttp://www.learningobjects2006.espol.edu.ec/index.php?cf=1

VIII Simpósio Internacional de Informática Educativa(SIIE06)De 24 a 26 de outubro na Escola de Engenharias Industriale Informática, Campus de Vegazana, León, Espanha.http://siie06.unileon.es/welcome.php

Conferência eChallenges e-2006De 25 a 27 de outubro em Barcelona, Espanhahttp://www.echallenges.org/e2006/

Conferência Internacional sobre Tecnologia daInformação em Biomedicina (ITAB 2006)De 26 a 28 de Outubro em Ioannnina (região de Epirus),Gréciahttp://medlab.cs.uoi.gr/itab2006/

Oficina em Serviços Web baseados em aplicações Grid(WSGA)14 de agosto em Ohio, Columbia, Estados Unidoshttp://pat.jpl.nasa.gov/public/WSGA/

Décimo Nono Congresso Mundial de ComputaçãoDe 20 a 25 de agosto em Santiago do Chilehttp://www.wcc-2006.org/

A G O S T O

S E T E M B R 0XXII Conferência Mundial de Educação à DistânciaEntre 3 e 6 de setembro no Rio de Janeiro, Brasilhttp://www.icde22.org.br/espanol/index.htm

I Conferência EELA4 e 5 de setembro em Santiago, Chilehttp://www.eu-eela.org

I Congresso Nacional de e-Ciência6 e 7 de setembro em Santiago, Chilehttp://e-ciencia.reuna.cl

5º Tutorial EELA para Usuários de Grid6 e 7 de setembro em Santiago, Chilehttp://www.eu-eela.org

III Encontro Internacional de Pesquisadores:Conhecimento, Inovação e Desenvolvimento HumanoEntre 5 e 6 de setembro em Colômbia, Bogotáhttp: / /zul ia.colc iencias.gov.co/portalcol / index. jsp

Conferência Plataforma Grid 2006De 6 a 8 de setembro em San Franciscohttp://www.platform.com/gridconference

XX Conferência Internacional em Informática para aProteção do Meio AmbienteEntre 6 e 8 em Graz, Áustriahttp://enviroinfo.know-center.tugraz.at/

XII Oficina Internacional sobre Groupware CRIWG 2006De 16 a 21 de setembro em Medina del Campo, Espanhahttp://www.criwg.org

Segunda Oficina Internacional em Colaboração doConhecimento sobre Desenvolvimento de Software19 de setembro em Tóquio, Japãohttp://l3d.cs.colorado.edu/kcsd2006/

VI Simpósio Internacional de Tecnologia da InformaçãoAplicada à Mineração, INFOMINA 2006De 19 a 22 de setembro em Lima, Peruhttp://www.infomina.com.pe/

VII Conferência Internacional em Computação GridIEEE/ACMDe 28 a 29 de setembro em Barcelona, Espanhahttp://www.grid2006.org/index.htm

XXXIV Conferência de Pesquisa sobre Comunicação,Informação e a Política de InternetDe 29 de setembro a 1° de outubrohttp://www.tprc.org