Declaração de fim de greve
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8/2/2019 Declarao de fim de greve
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A greve acabou,
A luta segue!
Aps quarenta e dois dias de greve com ocupao, a Assemblia Geral dos
Estudantes da FFC-UNESP\Marlia, realizada dia 07 de julho, deliberou pelo fim domovimento no dia seguinte, 08 de julho.
A greve que se deu este ano na FFC foi exemplar: greve poltica, contra os planosdos governos e reitorias para a educao pblica. Iniciamos nosso movimento antes dequalquer outro grupamento estudantil ou docente. Demos, deste modo, vazo voz dosestudantes, sempre reprimida pela burocracia acadmica, pelos professores e governostodos.
A UNESP no respondeu aos ataques com a fora devida e esperada. Ainda quemuito trabalhadores tenham decidido pela greve, poucos foram os estudantes e professores
que optaram pelo mesmo caminho, salientando, assim, a diferena entre os campi. Marliafoi um dos poucos lugares aonde os trs setores entraram em greve, e o ltimo lugar doestado a debandar desta forma de luta, dado o isolamento, tanto na UNESP quanto na USPe UNICAMP.
Diante disto, cabe aos estudantes da UNESP-Marlia e ao DCE da UNESP lembrar,em poucas linhas, que os ataques so bastante graves. O PDI, Plano de DesenvolvimentoInstitucional, vincula diretamente a UNESP aos interesses do grande capital nacional einternacional, descaracterizando-a enquanto universidade pblica. A UNIVESP nada mais seno a semente da distanciao e descompromisso do estado para com a educao pblica;
compreendermos ser este o projeto do governo do Estado e das reitorias. No isto bastando,o fato da represso, advinda da falta de democracia: dirigentes sindicais demitidos e presos,estudantes sindicados e expulsos, professores ameaados de morte.
Como no vimos a queda dos ataques, cabe-nos pensar em como nos organizaremospara o prximo semestre. praticamente consenso que faltou fora aos trs setores nesteano. Do mesmo modo, praticamente consenso que a luta deve seguir segundo semestreadentro. Os ataques so graves demais para que deixemos que sigam impunes.
Estamos a pensar no futuro das universidades pblicas paulistas. O governo quertorn-la departamento de pesquisa de bancos. Ns queremos que ela se torne pblica at o
fim, ao pesquisar as demandas da maior parte da populao, que financia a universidade.
Disto, conclamamos os campi luta no segundo semestre. A UNESP-Marlia bempode mobilizar-se vontade, sozinha; ainda que a luta seja a mais radical, isolados, ns pouco e pouco faremos; necessitamos do apoio dos outros campi para que nosfortaleamos, e isto bem vimos este semestre.
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Necessitamos nos unificar. A reitoria uma s. O governo no esquizofrnico,mas bem lcido e unificado.
Ou fazemos o mesmo, ou nosso destino desde j est dado, e a luta configura-semera pirotecnia.
Queremos o contrrio. Desejamos que nossas posies triunfem e que a burocraciatenha de submeter-se maioria dos estudantes e dos trabalhadores. Ns somos aqueles quemantm a universidade e queremos control-la e configur-la!
No h outro modo de nos impormos que no seja a radicalizao: as greves e asocupaes. Qualquer coisa menor que isto soar-nos- como insuficiente; qualquer coisaacima, como insustentvel neste momento.
isto que propomos aos campi; por ser isto que nos acabamos de fazer em Marlia.
Eis o que esperamos para o segundo semestre. Eis o que precisamos.
Que a UNESP mostre sua fora e derrube os ataques.
Que os estudantes se unam e imponham uma universidade popular e democrtica.
Que a universidade seja, de fato pblica, em pesquisar os problemas da populao.
Marlia, 07 de julho de 2009, QG (sala 48 ocupada)
Assemblia Geral dos Estudantes da FFC-UNESP\Marlia