Decrescimento rio+20

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Desafios e Visão do Futuro Prof. Dr. Enrique Ortega IE, Unicamp, 14 de maio de 2012 BICER, UF, Gainesville, 13 de janeiro de 2012 CENPES, Rio de Janeiro, 1 de dezembro de 2011CODE/IPEA, Brasília, 25 de novembro de 2011. O fenômeno do desenvolvimento na perspectiva da Economia Ecológica

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Desafios e Visão do Futuro

Prof. Dr. Enrique Ortega

IE, Unicamp, 14 de maio de 2012BICER, UF, Gainesville, 13 de janeiro de 2012CENPES, Rio de Janeiro, 1 de dezembro de

2011CODE/IPEA, Brasília, 25 de novembro de 2011.

O fenômeno do desenvolvimento na perspectiva da Economia Ecológica

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1. Introdução a metodologia emergética2. As ações das Nações Unidas: Rio e Rio+20

3. Os problemas reais a serem enfrentados e as possíveis soluções.

4. O poder da informação contida na proposta da “Economia Verde”.

5. Os limites e o declínio do Capitalismo

6. A transição envolve eco-socialismo e exige a perspectiva do Decrescimento.

Conteúdo

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Metodologia da Emergia

É uma ferramenta científica proposta por H. T. Odum que integra a Teoria Geral de Sistemas, a Termodinâmica dos Sistemas Abertos, a Teoria Política e a Ética

... para analisar o funcionamento dos ecossistemas, da biosfera e dos sistemas da economia humana.

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Metodologia Emergética

Propõe uma síntese (da totalidade do sistema) para fazer o diagnóstico e o prognóstico do sistema.

É necessário fazer um diagrama do sistema antes de medir seus estoques, fluxos de entrada e saída.

Depois usando fatores de conversão se transformam esses valores em fluxos de trabalho realizado (exergia intrínseca + exergia agregada = emergia).

Finalmente se avalia o sistema usando razões entre os fluxos agregados de emergia.

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Diagrama de fluxos de energia de um processo onde energias de diversas intensidades (E1, E2, E3) geram uma energia de alta qualidade (Eo) e ao mesmo tempo degradam energia (Ed).

O trabalho

A intensidade energética do recurso Transformidade= Emergia utilizadaEnergia do produto

Processo de transformação

Energia do fluxo de entrada 1

Energia do fluxo de entrada 2

Fluxo da fonte de energia

básica externa

Produto(output)

E0E1

E2 E3

Ed

Sistema

Inputs

Energia degradada (calor de baixa intensidade)

Eficiência = Energia do produtoEmergia utilizada

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Diagrama que ilustra a maximização da potencia emergética. A energia que entra é transformada para níveis de maior qualidade e então

pode atuar em ações de reforço que aumentam as entradas de energia.

Interação e transformação

de energias

Estoque de energia de alta qualidade

(trabalho realizado)

Fonte de energia Depreciação

dos estoques internosEnergia diferente de

maior qualidade

Laço de reforço ou laço autocatalítico

Produto

Energia degradada

Materiais

A retro-alimentação

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A rede de energia mostra como o sistema se auto-organiza para aproveitar a energia disponível por meio da organização de uma estruturada hierárquica.

Os diversos conjuntos de organismos se integram em uma cadeia que concentra a energia e muda sua qualidade (maior transformidade em cada nível trófico) obedecendo sempre a 2a Lei da Termodinâmica.A representação da cadeia trófica pode ser feita em blocos funcionais.

Fonte de energia e recursos

renováveis

A

B

C

D

E L

K

J

T

S

Z

Fonte de energia

I II III IV

Níveis hierárquicos

Processos em paralelo em cada nível trófico

Energia decrescente

Processos em série

Transformidade crescente

Vegetais (autotrofos)

Consumidores primários

Consumidores secundários

Consumidores terciários

Diagrama com unidades agregadas

Emergia que entrou = constanteTr = --------------Emergia

Energia

A rede natural

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Agricultura química CP CM CG

Sistemas antrópicos intensivos

Energia fóssil

M

Minerais

Fonte de energia

renovável

Recursos não renováveis

Ecissistemas de outras eras

geológicas

Processos geológicos

Fonte de energia

Os recursos não renováveis geram uma cadeia de transformação que usa mais emergia, ela é composta por sistemas agroquímicos que sustentam cidades pequenas (CP) e médias (CM) que vivem de serviços, grandes cidades que processam petróleo e minerais e os transformam em produtos industriais (CG) e megalópoles (M) que vivem de finanças e administração.

Petróleo, gás, carvão, água dos aqüíferos fósseis, água congelada (Permafrost, ilhas continentais, neve dos cumes, calcário, etc.

Rede antrópica

Vegetação nativa

Ecossistemas preservados

Funções ecossistemicas

Recursos renováveisFlora

FaunaFonte de energia

renovávelEssa cadeia antrópica toma o lugar da cadeia composta pela flora e fauna nativas que aproveita recursos renováveis.

Page 9: Decrescimento rio+20

Energia renovável

local

Estrutura de extração e transformação para

produzir para a economia urbana

Ecossistemas

Recursos não renováveis

da natureza

N

R

Eo

Recursos comprados: M

Serviços: S

F = M+S

Emergia incorporadana produção: Y = I + F

Materiais renováveis

locais

Contribuição da natureza:I = R + N

Fluxo contínuo de recursos e serviços renováveis

Contribuição da economiaProdução

muito lenta

Absorção do impacto ambiental

Renovabilidade: %Ren = 100 * R / (R+N+F)Razão entre no renováveis e renováveis:NR/R = (N+F) / RRazão de rendimento: EYR = Y / FRazão de Investimento: EIR = F/ (R+N)Razão de Carga Ambiental: ELR = (F+N) / R

Diagrama do sistema econômico que usa entradas ambientais renováveis (R); entradas ambientais não renováveis (N) e os insumos comprados da economia (F).

Os indicadores emergéticos utilizam razões de fluxos agregados para fazer o diagnóstico do sistema.

Avaliação

Page 10: Decrescimento rio+20

Além dos produtos desajados existem co-produtos indesejados que demandam insumos adicionais para serem resolvidos.

(R+N)+(M+S)

Tratamento de efluentes

Cuidados com as externalidades

Co-produtos inócuos

Fontes de energia

renovável

Extração e transformação para a

economia externaEcossistemas

Recursos não renováveis da

natureza

N

R

Produto

Materiais: M

Serviços: S

F = M+SY = I + F

Materiais mobilizados

pela biodiversidade

Contribuição da natureza:I = R + N

Fluxo contínuo de recursos e serviços ambientais

Contribuição da economia humana

Produção lenta

Co-produtos de alto impacto ambiental e social

Capacidade local de absorção de impacto (limitada)

Resíduos, efluentes, emissões e

perdas

Emergia incorporada no produto:

Energia degradada(emergia=0)

Insumos adicionais

Renovabilidade: %Ren = 100 * R / (R+N+F)Razão entre no renováveis e renováveis: NR/R = (N+F) / RRazão de rendimento: EYR = Y / FRazão de Investimento: EIR = F/ (R+N)Razão de Carga Ambiental: ELR = (F+N) / R

Page 11: Decrescimento rio+20

Os ecossistemas obtém fluxos materiais do ambiente por meio da ação da biodiversidade local.

Energia renovável

local

Extração e trans-formação para

fornecer produtos a economia urbana

Ecossistema

Recursos não renováveis da

natureza

N

R ProdutoEo

Materiais: M

Serviços: S

F = M+SY = I + F

Materiais mobilizados

pela bio-diversidade

Contribuição da natureza: I = R + N

Fluxo contínuo de recursos e serviços ambientais

Contribuição da economia humana:

Produção lenta

Absorção local do impacto ambiental

Emergia incorporada no produto:

Degradaded energywithout emergy

Áreas preservadas

Propriedades e funções eco-

sistêmicas

X

Serviços

ambientais

Page 12: Decrescimento rio+20

Por via da informação, de investimentos e infra-estrutura os sistemas ecológicos são destruídos e viram sistemas simples dependentes.

Energia renovável

local

Extração e trans-formação para

fornecer produtos a economia urbana

Ecossistema

Recursos não renováveis da

natureza

N

R ProdutoEo

Materiais: M

Serviços: S

F = M+SY = I + F

Materiais mobilizados

pela bio-diversidade

Contribuição da natureza: I = R + N

Fluxo contínuo de recursos e serviços ambientais

Contribuição da economia humana:

Produção lenta

Absorção local do impacto ambiental

Emergia incorporada no produto:

Energia degradada (emergia = 0)

Áreas preservadas

Propriedades e funções eco-

sistêmicas

X

Serviçosambientais

Informação: SInvestimento: SInfra-estrutura: MX

Destruição das áreas preservadas

Page 13: Decrescimento rio+20

O sistema ecológico original (sociedades primitivas)

Estoques não renováveis

Estoques de biodiversidade

nas áreas preservadas

Fontes de energia

renovável

Materiais renováveis mobilizados pela biota

Ecossistemas

Ecossistemas globais

Interface economica

Cuidados com externalidades

negativas

Estoques de carbono

sequestrado

Consumidores locais

Cultura local

Page 14: Decrescimento rio+20

O sistema primitivo dominado por colonizadores

Resíduos,Efluentes, emissões

Consumidor externo

Combustíveis fósseis, aquiferos fósseis

carbonatos fósseis, minerais

Cultura industrial

Estoques não renováveis

Estoques de biodiversidade

nas áreas preservadas

Fontes de energia

renovável

Materiais renováveis mobilizados pela biota

Ecossistemas

Ecossistemas globais

Interface economica

Cuidados com externalidades

negativas

Estoques de carbono

sequestrado

Consumidores locais

Cultura normal

Cultura crítica

Cultura crítica

Page 15: Decrescimento rio+20

Se o declínio tiver sucesso!

Estoques não renováveis

da natureza

Estoques de biodiversidade nas áreas preservadas

Fontes locais de energia renovável

Recursos materiais

renováveis mobilizados pela

biota

Ecossistema local

Ecossistemas globais

InterfaceEconômica-

ecológica Reaproveitamento e reciclagem

Estoques de carbono

sequestrado

Consumidores humanos e fauna local e regional

Uma nova cultura aberta e critica

Neste caso, o feedback da economia humana (F) seria renovável

Recuperação e aprimoramento das perspectivas ecológicas em uma sociedade sustentável diversa

Page 16: Decrescimento rio+20

Uma imagem vale mil palavras!

www.wendmag.com/greenery/2010/06/a-short-history-of-america-by-robert-crumb/

Uma visão de futuro: Ecotopia

Page 17: Decrescimento rio+20

Tabela de Critérios de avaliação de alternativas de investimento.

Critério Parâmetro Fórmula

Competitividade Densidade de Potencia EmergéticaTransformidade Solar

ED=Y/áreaTr = Y/Eo

Pressão social Potência emergética/tempo da aplicação Eo/DT

Benefício-Impacto Índice de Sustentabilidade Emergética ESI = EYR/ELR

Ajuste Taxa de Carga AmbientalRazão de Investimento Emergético

ELR =(N+F)/FEIR =F/(R+N)

Sustentabilidade Percentual de Renovabilidade %Ren = R/Y

Resiliência (Espécies)(emergia/espécie)(emergia/área)(Função)(emergia/função)(emergia/área)

Área vitalÁrea vital

Page 18: Decrescimento rio+20

Outros indicadores complementam a análise, entre eles:

Emergia líquida Razão de Rendimento Emergético EYR=Y/F

Troca justa Razão de Intercâmbio Emergético EER=Y/[$ x (seJ/$)]

Poder de compra da moeda Relação emergia/dinheiro:(Emergia/PIB)

seJ/$ = Y/PIB

Poder de compra pessoal Emergia per capita EPC=Y/pessoa

Page 19: Decrescimento rio+20

Industria de transformação

e comercio

Estruturas, população e organizações

urbanas

Inovação e conhecimento

Políticas econômicas

internasRecursos internos diversos

$recursos

financeiros

Dejetos

Infra-estrutura

Produtos industriais

Informação

Minerais e combustíveis importados

Matérias primas agrícolas e florestais importadas

A informação e os investimentos definem sua organização do consumo e da transformação. O consumo atual é várias vezes maior (em termos de emergia) que a capacidade de produção biológica do ecossistema porque se usa energia fóssil e minerais que permitem produzir um volume e uma gama muito grande de insumos para a agricultura e o consumo humano.

Page 20: Decrescimento rio+20

ProduçãoConsumo

local e transformação

Estoques internos

Serviços externos

Infra-estrutura e materiais

Materiais renováveis

Energias Renováveis

Produtos

Resíduos

Emissões Efluentes

Estoques internos

Infra-estrutura e materiais

Serviços externos

Perdas de estoques internos

A informação no setor primário é uma força importante que configura a forma de organizar a produção e o consumo.

Informação

Gestão

Page 21: Decrescimento rio+20

A super-estrutura constitui o marco de operação do sistema que pode servir para o benefício comum ou pode ser alterado para beneficiar apenas alguns grupos.

Ideologia (informação)Recursos financeiros

A super-estrutura social

Imposição da leiPoder militarCiência e TecnologiaMídia ( programação social)

Consumo e transformação

Setor primário

Poder da natureza

Energia fóssil e

minerais

Materiais e serviços provenientes da economia urbana incluindo informação

Page 22: Decrescimento rio+20

Cadeia de transformação baseada em recursos não renováveis que através da informação estabelece o marco de funcionamento do sistema antrópico.

Controle politico por meio do oferecimento de empréstimos para investir em infraestrutura e atividades produtivase, depois disso, influir nas políticas públicas para forçar o pagamento da dívida (ou dos interesses)

Consumo e transformação

Setor primário

Fontes de energia

renováveis diretas

Energia fóssil e

minerais

Recursos materiais e

serviços urbanos

Ecossistemas recuperados

Setor Militar

Setor Científico-Tecnológico e Educacional

Setor financeiro e altos corpos

do governo

Setor de produção Ideológica

Setor de Comunicação

Informação ideológica

Recursos financeiros

Controle

Page 23: Decrescimento rio+20

Desenvolvimento a partir de duas fontes de energia (uma renovável e outra não renovável)

http://www.unicamp.br/fea/ortega/extensao/DuasFontes.html

Page 24: Decrescimento rio+20

Homeostase (ou Homeostasis) é a propriedade de um sistema aberto, especialmente os seres vivos e os ecossistemas, de regular o seu ambiente interno para manter uma condição estável, por meio de um equilíbrio dinâmico controlado por mecanismos de regulação interrelacionados. A homesostasis permite a operação sustentada de um sistema dentro de limites toleráveis.

O termo foi criado por Walter Bradford Cannon em 1932 partir do grego homeo similar ou igual, stasis estático.http://pt.wikipedia.org/wiki/Homeostase

Page 25: Decrescimento rio+20

O uso de recursos não renováveis gera um surto de crescimento acima da capacidade de suporte renovável, depois disso o sistema volta ao equilíbrio.

Homeostase

Page 26: Decrescimento rio+20

Estoque N: recursos não renováveisenergia fóssil, minerais,florestas nativas,biodiversidade,corpos de água congelada

Estoque Q: ativos da sociedadeinfraestrutura, organização,

produção industrial, informação

Visão antropocêntrica

Luta de classes e hegemonia do capital (capitalismo)

Inovação para o lucroCrescimento da população

Uso de energia fóssil e mineraisImposição ideológica e militar

Esgotamento de recursos de todo tipo

Ajustes iniciais dentro do capitalismo

Mudança ao Eco-Socialismo

Ruralização ecológica

Visão biocêntrica

Crise financeira

Crise social e Empoderamento massivo

Crescimento

Clímax Percepção das mudanças climáticas

Decrescimento

Homeostase(equílibrio dinâmico)

Page 27: Decrescimento rio+20

MineraisEnergia fóssil

Monocultivos

Extração predatória

Duas visões em

conflito

Cultura humana

ecológica

Sistemas agro-químicos

Biodiver-sidade

Cultura humana industrial

Sistemas agroecológicos

Erosão, ResíduosEmissões

Perdas sociaise biológicas

Mudança climática

Reciclagem, manejo sustentável

Impacto social, ambiental e climático

Produtos químicos, maquinaria, diesel, subsídios

Maior produção, menor preço, mais gente

Catástrofes

Page 28: Decrescimento rio+20

ONU

Um setor da população toma consciência do crescimento

exagerado, dos graves impactos ambientais e sociais da atividade industrial, da

dependência cada vez maior de recursos não renováveis

Encontro de Estocolmo em

1976

Rio 92

A economia mundial em estado

de crescimento ONU

Relatório Brundtland

ONU

População mundial consciente dos riscos sócio-ambientais e da

dependência do petróleo

Encontro de Estocolmo

Economia mundial em crescimento

Agenda 21

Convenção da Biodiversidade

Protocolo de Kioto (CO2)

Instrumento para a transição rumo a uma economia sustentável

EUA desistiu e não assinou

Rio 92

Redução da camada de Ozonio

Convenção das Florestas

OK

?Não Funcionou!

Não Funcionou!

Sociedade sustentável

Processos históricos que levaram a realização da Conferência Mundial Rio92.

Instrumento para aumentar o comércio

internacional

Sociedade de consumo

Ações estratégicas de intervenção sobre a Agenda 21 do setor empresarial multinacional

As ações da ONU

Page 29: Decrescimento rio+20

Os problemas se agravaram e a economia está

parando

Rio + 20

Empresas Economia Verde +

Articulação Institucional Internacional

ONU ?

Formação da proposta da informação denominada Economia Verde que visa estabelecer um novo marco de

referência conceitual para a economia global.

Processo histórico que leva a realização da Conferência Rio+20.

Page 30: Decrescimento rio+20

[3] Esgotamento dos recursos naturais e perda de serviços ecossistêmicos.

Problemas sistêmicos críticos Solução

[1] Fenômeno do pico do petróleo. Declínio do fornecimento com aumento de preço do principal insumo da economia industrial.

Novo modelo de desenvolvimento que tenha como prioridade a redução dos processos de produção e consumo para utilizar recursos e energia renováveis

[2] Alta densidade de população, e consumo exacerbado, sobretudo nos países industrializados e em alguns países do Sudeste Asiático.

Descentralizar e relocalizar as populações urbanas em todos os países do mundo. Re-estruturação dos sistemas rurais e urbanos para equilibrar a pegada ecológica.

Recuperar os ecossistemas com espécies nativas em áreas continuas. Esta política somente é válida se for complementada pelas anteriores.

[4] Perda da biodiversidade (extinção massiva de espécies) e da cultura humana ecológica.

Estabelecer o paradigma do decrescimento.

Page 31: Decrescimento rio+20

[5] Mudanças climáticas que afetarão a produtividade agrícola e provocarão migrações humanas.

Mudar os incentivos bancários e governamentais para planejar a bacias hidrográficas sustentáveis.

[7] Ação de substâncias tóxicas na superfície terrestre e nos corpos de água.

Evitar a produção de biocidas. Mudar a ética da industria (química, farmacêutica, alimentos e petroquímica)

[6] Acidificação dos oceanos tendo como consequências a perda da capacidade de sequestrar carbono e a perda da produtividade e diversidade.

Reduzir o uso de insumos químicos e maquinaria na agricultura. Promover a agricultura ecológica,

Page 32: Decrescimento rio+20

[8] Atitude de continuar o crescimento das empresas e dos governos aumentando o consumo por meio da incorporação de mais recursos monetários em uma época que deveria ser de ajuste a homeostasis.

Discussão pública crítica do desenvolvimento mundial. Considerar o ciclo seqüencial de desenvolvimento dos sistemas, composto das etapas de equilíbrio, crescimento, clímax, declínio, recuperação, etc., etc.

[9] Ação das empreiteiras e das grandes corporações na

política interna dos países.

Barrar o financiamento de campanhas políticas por parte de empresas;

[10] O setor financeiro mantém uma atitude especulativa muito distante da realidade social e ecológica.

Empoderamento social: a sociedade deve se organizar para fazer prevalecer seus objetivos mais amplos e justos.

Page 33: Decrescimento rio+20

Será que a proposta da Economia Verde e a Articulação Institucional internacional que ela propõe atende este marco conceitual de problemas e soluções possíveis?

Vamos ouvir as propostas. Possivelmente as propostas estão erradas porque foram pensadas dentro do marco conceitual do Capitalismo que tem como paradigma o Crescimento Contínuo e Ilimitado.

Page 34: Decrescimento rio+20

Os Economistas Ecológicos sabem que os recursos da Terra são finitos e que seuuso irracional gera grandes impactos.

A população deve se esclarecer para imaginar e promover o decrescimento rumo a uma utopia sustentável (muito diferente da distrofia atual).

A etapa do crescimento deve dar lugar ao decrescimento global. Seria uma ruralização democrática e ecológica: um processo mundial de descentralização humana e ao mesmo tempo de recuperação do meio ambiente.

Page 35: Decrescimento rio+20

Energia renovável

Ecossistemas de outras eras geológicas

Ecossistemas preservados

Estoques renováveis

Áreas de produção

agroecológica

Estoques renováveis

Consumidores sustentáveis

Estrutura e organização colaborativa

Recursos materiais e energéticos renováveis

Resíduos, efluentes e emissões

Energia fóssil

Estoquesnão renováveis

Minerais

Redução de área

Produção agrícola intensiva

Processos geológicos

População marginalizada

Estrutura e organização competitiva

Consumidor não renovável

Existem dois sistemas gerindo o mundo.

Até agora o mais forte tem destruído sem piedade nem remorso ao mais fraco.

Mais o supostamente fraco oferece a possibilidade de sobrevivência de ambos!

A biota e a população

marginalizadas Estrutura e

organizaçãocompetitiva

Estrutura e organização colaborativa

Sistema “forte”

Sistema “fraco”

Page 36: Decrescimento rio+20

Setor de comunicação

Setor militar

Setor cientifico, tecnológico e educacional

Setor financeiro e governo central

Setor de produção ideológica

Consumo e transformação

Primary Sector

Energia renovável

direta

Energia fóssil e

minerais

Ideologia (informação)

Recursos financeiros

Informação,materiais, energia, e serviços urbanos

Ecossistemas preservados e recuperados

Controle(uso racional)

Tribunais Internacionais para

julgar ações da Economia Verde

Políticas públicas e leisPropaganda

Cadeia de transformação de energia e materiais regida pela ideologia (informação), imposição da lei e o poder militar.

Cortes internacionais julgarão o comércio sem nenhuma legitimidadeContinuará o controle conventional através do mecanismo crédito-dívida

Continuará o controle econômico que consiste em fixar os preços das matérias primas e dos insumos industrias

Page 37: Decrescimento rio+20

Culturas holísticas indígenas

Luta e colaboração entre classes sociais

Estoques não

renováveis

Eco-sistemas

Eco-systems

Eco-sistemas

Ren

Ren

Ren

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

A perspectiva histórica e politica

Page 38: Decrescimento rio+20

Culturas holísticas indigenas

Esgotamento de recursos por

culturas regionais

Expansão e colonialismo

Extração de recursos das

colônias

Polução,Mudanças Climáticas,Extinção de espécies,

Peak oil

Industrialização, globalização, imperialismo

Evolução social

Luta e colaboração entre classes sociais

Crise global com muitas dimensões

Prevalência do paradigma do crescimento

Eco-sistemas

Eco-sistemas

Eco-sistemas

Ren

Ren

Ren

$

$

$

$

$

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Crescimento através do mercantilismo e capitalismo

Page 39: Decrescimento rio+20

Culturas holísticas indígenaa

Esgotamento de recursos por

culturas regionais

Expansão e colonialismo

Extração de recursos das

colônias

Poluição,Mudança climática,

Extinção de espécies,Peak oil

Industrialização, globalização, imperialismo

Economia Verde (BAU)

Sistemas sociais em colapso

Evolução social

Luta e colaboração entre classes sociais

Crise global com múltiplas dimensões

“Business as usual”

Prevalência do paradigma do crescimento

Prevalência de paradigma de crescimento

Possibilidade de colapso do

sistema global

Eco-systems

Eco-systems

Eco-systems

Ren

Ren

Ren

$

$

$

$

$

$ Recursos

potenciais não existentes

Inflação: dinheiro sem novos recursos

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

O fim da linha do crescimento

Page 40: Decrescimento rio+20

Culturas holísticas indígenaa

Esgotamento de recursos por

culturas regionais

Expansão e colonialismo

Extração de recursos das

colônias

Poluição,Mudança climática,

Extinção de espécies,Peak oil

Industrialização, globalização, imperialismo

Economia Verde (BAU)

Sistemas sociais em colapso

Evolução social

Luta e colaboração entre classes sociais

Crise global com múltiplas dimensões

“Business as usual”

Prevalência do paradigma do crescimento

Eco-systems

Eco-systems

Eco-systems

Ren

Ren

Ren

$

$

$

$

$

$ Recursos

potenciais não existentes

Inflação: dinheiro sem novos recursos

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Estoques não

renováveis

Confronto de projetos sociais

Movimentos pelo Decrescimento e Eco-socialismo

Ruralização ecológica, Estilo de vida comunitário, Recuperação dos recursos

bióticos (áreas de preservação e agroecologia)

Prevalência de paradigma de

Decrescimento

PossibilIdade de sistemas sociais

sustentáveis

Page 41: Decrescimento rio+20

Possibilidades de ação:

1. Ler os livros de H. T. Odum:“A Prosperous Way Down”, “Systems Ecology: an introduction”, “Environmental Accounting”, “Modelling for All Scales”

2. Ler também os livros de autores importantes: Ivan Illich, Buckmister Fuller, Nicolas Kropotkin, Karl Marx, Ivan Metzaros, John Bellamy Foster, Michel Loewy, Joan Martinez Allier, David Holmgreen, Richard Heinberg, Paul Chefurka, relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.

Page 42: Decrescimento rio+20

3. Estudar e aprimorar a Síntese Emergética, avaliar estudos de caso;

4. Descobrir o que é a final a Economia Verde (nada há ainda de definitivo) e identificar seus sofismas e fazer para cada um deles um diagnóstico emergético e descobrir alternativas mais interessantes;

5. Identificar movimentos sociais e ecológicos interessantes e fazer parte de um deles (local, regional e/ou global), por exemplo REDAGRES/Brasil.

Page 43: Decrescimento rio+20

Agradeço a atenção!

Email:

[email protected]

Web page:

http://www.unicamp.br/fea/ortega

Page 44: Decrescimento rio+20

http://www.unicamp.br/fea/ortega/

Page 45: Decrescimento rio+20

http

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ste

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p.b

r/re

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hp

Page 46: Decrescimento rio+20

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