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Decreto Dominical Fato ou Ficção?

Um olhar sobre a escatologia Adventista do Sétimo Dia

Dirk Anderson

- Edição de Janeiro de 2021 –

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Decreto Dominical: Fato ou Ficção?

Um olhar sobre a escatologia Adventista do Sétimo Dia

Autor: Dirk Anderson

Revista Cristã Última Chamada - Edição de Janeiro de 2021 –

Capa: César Francisco Raymundo

(Imagem da Internet) ________________

Revista Cristã Última Chamada publicada com a devida autorização e com todos os direitos reservados no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro sob nº 236.908. É proibida a distribuição deste material para fins comerciais. É permitida a reprodução desde que seja distribuído gratuitamente.

Editor César Francisco Raymundo E-mail: [email protected] Site: www.revistacrista.org Janeiro de 2021 Londrina - Paraná

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SUMÁRIO

NOTA DO TRADUTOR 07

SOBRE O AUTOR 09

CAPÍTULO 1: AS ESTRANHAS ORIGENS DO DECRETO DOMINICAL 10

CAPÍTULO 2: O SÁBADO É O SELO DE DEUS? 39

CAPÍTULO 3: O SÁBADO É O TESTE FINAL? 53

CAPÍTULO 4: QUAIS SÃO AS CHANCES DE UMA LEI DOMINICAL

NACIONAL? 60

CAPÍTULO 5: O DECRETO DOMINICAL É UMA AMEAÇA REAL? 71

CAPÍTULO 6: A MARCA DA BESTA? 79

CAPÍTULO 7: SERÁ QUE ISSO REALMENTE IMPORTA? 87

APÊNDICE 1: RESPOSTA DA ALIANÇA DO DIA DO SENHOR À LEI

DOMINICAL NACIONAL 94

OBRAS IMPORTANTES PARA PESQUISA 96

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NOTA DO TRADUTOR

Este material é uma tradução do livreto “Sunday National Law:

Fact or Fiction?”, escrito pelo Cristão e ex-Adventista do Sétimo Dia Dirk

Anderson. O livro foi traduzido com permissão do autor para

disseminação gratuita, e pode ser citado livremente, desde que indicada a

autoria do material (e preferencialmente, o link para download completo).

Todos os textos em negrito assim constavam no texto original.

O Adventismo do Sétimo Dia é uma denominação religiosa que

teve suas origens no século XIX, nos Estados Unidos. O grupo surgiu

quando Guilherme Miller, um fazendeiro americano, previu por meio de

seus cálculos bíblicos que Jesus voltaria em 1843, e depois, em outubro

de 1844. Ao não se concretizar o evento, Miller arrependeu-se de seu erro

e retornou para sua igreja de origem (a Igreja Batista). Um grupo de

seguidores, inconformado com o desfecho, persistiu com as ideias de

Miller. Eles agora acreditavam que os cálculos de Miller estavam corretos

a respeito da data, porém ele havia se enganado quanto ao evento que

ocorreria: o que se passou em 1844 foi que Jesus passou de uma parte do

Templo no Céu (chamada de “Lugar Santo”) para outra (chamada de

“Lugar Santíssimo”), para efetuar a última fase de um juízo que

determinará quem será salvo quando Cristo retornar.

A essa doutrina (chamada de “juízo investigativo”), esse grupo

adicionou outras doutrinas (como o “sono da alma”, a negação de um

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inferno eterno, a manutenção das leis alimentares do Antigo Testamento

etc.), aceitaram o Sábado do sétimo dia como o dia de repouso e adoração,

e desenvolveram uma escatologia (crenças sobre o fim dos tempos)

própria, desenvolvendo-se na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Um dos

ensinos deste grupo diz respeito ao “Decreto Dominical”: acreditam que

nos últimos tempos a Igreja Católica (a primeira besta de Apocalipse 13,

conforme sua interpretação) realizará uma aliança político-religiosa com

os Estados Unidos (que creem ser a segunda besta de Apocalipse 13),

levando o mundo a adorar no Domingo (o que creem ser a “marca da

besta”), perseguindo aos observadores do Sábado (o qual seria o “selo de

Deus”, uma marca distintiva dos verdadeiros Cristãos).

Dirk revela como esse ensino surgiu, como tomou seu lugar no

meio do Adventismo, sua evolução, bem como as impossibilidades de tal

acontecimento hoje e as suas consequências teológicas. Este livro não é

uma apologética contra a guarda do Sábado como um dia de descanso e

adoração a Deus. O autor continua crendo na doutrina do Sábado (veja

“Sobre o autor”) e o seu tradutor é Batista do 7º Dia (Igreja Batista que

cultua a Deus no dia de Sábado; acesse www.ib7.org /

www.seventhdaybaptist.org para saber mais). O foco dessas páginas é o

papel central que o Sábado possui na escatologia Adventista, que

compromete outras verdades bíblicas do Evangelho.

Que Deus abençoe a todos os leitores.

O Tradutor. Janeiro de 2021.

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SOBRE O AUTOR

Dirk Anderson foi Adventista do Sétimo Dia por 33 anos. Nasceu

no Hospital Adventista Florida Hospital, em Orlando, Flórida, EUA e

frequentou instituições educacionais Adventistas por 16 anos. Ocupou

diversas posições na IASD, tais como tesoureiro, líder de jovens

associado, diácono e líder de ministérios pessoais.

Em meados dos anos 1990, ele criou um site na internet para

defender a profetisa Ellen G. White contra seus críticos. Enquanto fazia

pesquisas na Universidade Adventista do Sétimo Dia local, ficou surpreso

ao encontrar evidências que desmentiam as suas alegações de autoridade

profética. Após meses de estudo e consideração fervorosa, ele renunciou

à sua membresia na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele ainda cultua a

Deus no sétimo dia, mas não mais crê ser o Sábado o “selo de Deus” ou a

marca de identificação do povo especial de Deus. Ele mantém os sites

<https://www.nonegw.org> e <https://www.nonsda.org>.

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CAPÍTULO 1: AS ESTRANHAS ORIGENS DO

DECRETO DOMINICAL

A fim de entendermos as origens do [ensino do] Decreto

Dominical, devemos retornar à turbulenta década de 1840. Essa foi uma

era de controvérsias religiosas sem precedentes no nordeste dos Estados

Unidos. A controvérsia girava em torno da questão do tempo do retorno

de Cristo. Isso tudo começou quando um fazendeiro que virou pregador,

chamado Guilherme Miller, partiu em uma campanha para advertir as

comunidades em sua região que, de acordo com seus cálculos das

profecias bíblicas, o retorno de Cristo era iminente. Conforme a

popularidade de Miller crescia, outros pregadores reavivalistas do fim dos

tempos saltaram sobre o vagão para soar o grito de alarme. Embora Miller

e seus associados sofreram um sério revés quando Cristo não retornou em

1843 conforme predito, logo se descobriu que um ‘erro’ havia sido

cometido nos cálculos de Miller. Após alguma discussão, a nova data de

22 de outubro de 1844 foi finalmente aceita pelos colegas de Miller. Mais

uma vez, os líderes do movimento foram atrás de qualquer igreja e

comunidade que ainda os aceitassem, e tentaram despertar as pessoas com

a advertência do iminente retorno de Cristo.

Enquanto a maioria dos Cristãos e estudantes sérios da Bíblia

dispensaram Miller como um fanático em erro, alguns ficaram

impressionados pelas suas chamadas “provas” bíblicas e queriam saber se,

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de fato, a Bíblia havia estabelecido uma data para a volta de Cristo. Os

Cristãos começaram a invocar os estudiosos da Bíblia para saber se as

“provas” de Miller eram de fato precisas. Estudiosos familiarizados com

a profecia bíblica e as línguas originais da Bíblia examinaram as 15

“provas” de Miller e as consideraram fatalmente falhas. Os estudiosos

apontaram inúmeras profecias bíblicas ainda não cumpridas como prova

de que o retorno de Cristo ainda não era iminente. Eles explicaram como

Miller estava pisando em terreno perigoso ao ignorar a explícita instrução

de Cristo de que ninguém sabe o dia de Seu retorno (Mateus 25:13).

Pastores preocupados começaram a advertir seus rebanhos dos

enganos e falsidades dos ensinos de Miller. À medida que os Cristãos se

tornaram mais conscientes quanto aos sérios erros dos ensinos de Miller,

as igrejas começaram a fechar suas portas para ele. As acusações

começaram a voar entre os dois grupos e o antagonismo levantou sua feia

cabeça. Os Mileritas começaram a afirmar que os não-Mileritas não

queriam que o Senhor retornasse, e os não-Mileritas começaram a

ridicularizar os Mileritas como fanáticos iludidos. Alguns Mileritas que

eram membros de igrejas tradicionais tornaram-se um grande incômodo,

a ponto de suas igrejas se sentirem obrigadas a expulsá-los de suas

congregações, criando animosidade em ambos os lados.

Os Mileritas foram zombados, satirizados, ridicularizados e

lançados ao ostracismo. Arruaceiros liberaram porcos engraxados em seus

encontros campais e desabaram as tendas sobre eles. À medida que a hora

tão esperada se aproximava, os Mileritas se tornavam cada vez mais

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agressivos em seus ataques contra as igrejas e o clero. O líder Milerita

Charles Fitch desempenhou o seu papel no aumento do nível de

animosidade, rotulando as igrejas cristãs como “Babilônia”:

“Se você é um Cristão, saia de Babilônia. Se você pretende ser

encontrado como um Cristão quando Cristo retornar, saia de

Babilônia, e saia agora.” [1]

Embora inicialmente Guilherme Miller capturou a atenção de

alguns Cristãos no início dos anos 1840, em 1843 o movimento começou

a desmoronar. À medida que os estudiosos expuseram os erros das provas

de Miller, a maré começou a virar-se contra ele e seus ensinos fanáticos.

Os pastores foram tão bem-sucedidos em expor as falhas nos

ensinamentos de Miller que o movimento começou a perder força. Os

esforços de Miller para recrutar novos adeptos à sua doutrina foram assim

frustrados e ele e seus companheiros reagiram com indignação. Eles

denunciaram as igrejas Cristãs como a “Babilônia caída”, falsamente os

acusando de não desejar o retorno de Cristo, retiraram-se das igrejas

cristãs e começaram a se reunir em casas e salões alugados. Amarga

animosidade floresceu entre os dois grupos, com cada lado merecendo

parte da culpa pela hostilidade que se seguiu.

À medida que a data prevista para o retorno de Cristo se

aproximava, muitos Mileritas venderam suas fazendas e empresas e

investiram as economias de sua vida com Miller e seus associados para

espalhar a mensagem da breve volta de Cristo. Até 22 de outubro de 1844,

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o movimento conseguiu reunir cerca de 50.000 seguidores, quase

inteiramente no nordeste dos Estados Unidos. Tal como acontece com

todos os movimentos fanáticos, esse movimento parece ter exercido uma

atração especial sobre os iletrados, os jovens e aqueles propensos a seguir

a última excitação religiosa.

Quando a data de 22 outubro de 1844 passou sem o evento, os

seguidores de Miller foram severamente desapontados. Muitos haviam

sofrido perdas financeiras e ruína. Muitos tinham vendido seus meios de

subsistência. Agora eles eram pobres, indigentes e miseráveis. Havia

alguns que ficaram tão devastados que cometeram suicídio. O movimento

se desintegrou e Miller finalmente admitiu que estava em erro. Seus

seguidores gradualmente começaram a retornar às suas antigas igrejas. No

entanto, houve um pequeno grupo que se recusou a voltar para suas

antigas igrejas por várias razões. Alguns não estavam prontos para engolir

seu orgulho e voltar para as igrejas que tinham tão recentemente

condenado como sendo sinagogas de Satanás. Alguns não desejavam

enfrentar a censura e reprimendas de seus antigos irmãos. Essas pessoas

começaram a formar suas próprias igrejas, que se tornaram conhecidas

como igrejas Adventistas.

A divisão entre os “Adventistas” e os “não-Adventistas” formaria

a base sobre a qual o ensino da lei dominical viria a ser construído. Depois

da decepção, os “Adventistas” precisavam de uma questão sobre a qual

eles poderiam se diferenciar dos outros Cristãos que eles referiam como

Babilônia. Foi aqui que José Bates entrou em cena e deixou sua marca na

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história Adventista, desenvolvendo uma doutrina que acabaria por levar

ao ensino do Decreto Dominical.

José Bates, o Pai do Decreto Dominical

Um pequeno grupo de Adventistas foi liderado pelo capitão do mar

José Bates. Bates se sentiu pressionado a entender a razão para o grande

desapontamento de 1844. Então, ele começou a estudar a profecia bíblica.

Não tendo nenhum treinamento formal em princípios de interpretação

bíblica, Bates tomou uma abordagem que diferia muito do trabalho

acadêmico tradicional. Por exemplo, Bates tomou passagens não-

proféticas do Antigo Testamento e “descobriu” profecias do fim dos

tempos nestas passagens. Ele também assumiu que o livro do Apocalipse

se desenrolava nos eventos do movimento Milerita.

Bates aprendeu sobre o Sábado como sendo o dia do Senhor de um

tratado escrito por um pregador Milerita chamado Thomas M. Preble.

Acredita-se que Preble aprendeu sobre isso com Rachel Oakes, uma

Batista do Sétimo Dia. Quando Bates aprendeu que o verdadeiro dia de

adoração era o Sábado e não o Domingo, ele finalmente descobriu o que

acreditava ser uma razão credível para os Adventistas terem sido

separados das outras igrejas Cristãs. Eles haviam sido separados para que

pudessem mais facilmente adotar o ensino do Sábado dos Batistas do

Sétimo Dia.

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José Bates e a Porta Fechada

Em 1845, os Adventistas começaram a se fragmentar em grupos

separados, e um desses grupos se tornou conhecido como “Adventistas da

Porta Fechada”. Esse grupo se desenvolveria posteriormente na Igreja

Adventista do Sétimo Dia. José Bates foi um líder entre os “Adventistas

da Porta Fechada”. Ele acreditava que a porta de salvação havia sido

fechada para todos aqueles que rejeitaram os ensinos de Guilherme Miller

sobre 1844. Em 1847, Bates publicou um livro no qual ele cita Miller:

“Nós fizemos o nosso trabalho em advertir os pecadores e em

tentar despertar uma igreja formal. Deus, em Sua providência, fechou a

porta. Nós podemos apenas estimularmos uns aos outros a sermos

pacientes. Nunca, desde os dias dos apóstolos, tem havido tal linha

divisória, como aquela traçada sobre o 10º, ou 23º dia do 7º mês judaico.

Desde aquele tempo eles dizem que não têm confiança em nós. Nós temos

agora necessidade de paciência, após termos feito a vontade de Deus, para

que possamos receber a promessa; pois Ele diz: ‘Eis que venho sem

demora, para retribuir a cada um segundo as suas obras.’”[2]

Mesmo que no momento em que Bates publicou esta citação

Miller já havia repudiado essa crença e admitido que foi um erro, Bates

continuou a sustentar que havia uma linha divisória traçada entre os

Adventistas e não-Adventistas. Ele acreditava que os Adventistas eram os

únicos que poderiam ser salvos e que a porta da salvação tinha sido

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fechada para as igrejas Cristãs que tinham rejeitado Miller. Como Fitch,

Bates considerou as “igrejas nominais” como parte de Babilônia:

“E por último, o clamor é feito nas igrejas Protestantes: ‘Sai dela,

povo meu’. Qual é a resposta agora? Milhares e milhares dissolveram sua

conexão e saíram, sob a plena convicção de que esse clamor é para eles, e

de que as igrejas de que eles estão saindo são a Babilônia caída, porque

elas rejeitaram a mensagem precedente. ‘A hora do seu juízo é chegada’.

Suas casas, as quais eles fecharam contra essa mensagem do segundo

advento, são deixadas desoladas. Deus os deixou em sua própria confusão.

... A doutrina do advento foi o último e maior teste o qual Deus jamais deu

a Seu povo para sair e separar-se de todos os descrentes injustos.” [3]

A amarga animosidade de Bates contra as igrejas Protestantes

tradicionais é evidente enquanto ele usa os termos “desoladas”,

“confusão” e “injustos” para descrevê-las. Por incrível que pareça, Bates

rotulou as igrejas protestantes como Babilônia simplesmente porque elas

rejeitaram a mensagem cujo próprio originador admitiu que era uma

falsidade! Em essência, Bates estava afirmando que as igrejas

Protestantes estavam perdidas por que elas rejeitaram um falso

ensino!

Bates manteve a crença de que o trabalho dos Cristãos em favor

das almas perdidas havia acabado em 1844, e ele não fez nenhum esforço

pessoal para salvar almas perdidas:

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“Aqui então com certeza terminaram os 2300 dias da visão, pois

tem de haver uma tardança após. Não esqueça disso. ‘Pois no tempo

apontado o fim virá’. Aqui encerrou nosso último trabalho em advertir

o mundo; e nosso trabalho cessou. Por quê? Porque a mensagem cessou,

e nos deixou inteiramente destituídos de serviço. E houve silêncio no céu

pelo espaço de meia hora, uma semana completa ou sete dias e meio. Aqui

nós dizemos que nosso glorioso Sumo Sacerdote iniciou a purificação do

santuário, ‘e recebeu Seu reino, domínio e glória’, a ‘Nova Jerusalém’.”

[4]

Em 1847, quando Bates escreveu o livro citado acima, ele

acreditava que o povo Adventista estava no meio de um período de “sete

dias”, o qual ele acreditava ser um período de sete anos, nos quais Deus

“testaria” o povo Adventista – aqueles que haviam sido parte do

movimento Milerita de 1844. Como Bates chegou a esse período de sete

anos? De uma passagem não-profética do livro de Levítico. Aqui está

como ele a descreve em seu livro:

“As sete manchas de sangue sobre o altar de ouro e diante do

propiciatório, eu plenamente creio, representam a duração dos

processos judiciais sobre os santos vivos no Lugar Santíssimo, todo o

tempo o qual eles estarão em sua aflição, até sete anos; Deus pela Sua voz

irá libertá-los, ‘pois é o sangue que fará expiação pela alma’ (Lev. 17.11).

Então o número sete completará o dia da expiação, não da redenção.” [5]

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De alguma forma, na mente de Bates, essas sete manchas de

sangue sobre o altar se transformaram em sete anos. É impossível

explicar racionalmente como Bates chegou a essa conclusão. Seguindo

os passos do questionável estudo da Bíblia de Guilherme Miller, Bates

aparentemente teve seus próprios métodos de interpretar a Bíblia, os quais

permanecem um mistério até hoje.

De acordo com Bates, durante esses sete anos, de 1844 a 1851,

Deus pretendia “testar” os Adventistas para determinar quais deles

aceitariam o ensino do Sábado dos Batistas do Sétimo Dia. Bates afirmou:

“... esta mensagem foi proclamada ao povo de Deus, para testar

sua sinceridade e honestidade em toda a palavra de Deus ...” [6]

No auge desse período de sete anos, em 1851, Cristo voltaria à

terra. Aqueles que aceitaram o Sábado receberiam o “selo de Deus” e

seriam salvos. Os Adventistas que rejeitaram o Sábado voltariam a se

reunir às igrejas guardadoras do Domingo e receberiam a “marca da

besta”. Os ensinamentos de Bates sobre o selo de Deus e a marca da Besta

mais tarde se tornariam o fundamento da doutrina Adventista do Sétimo

Dia sobre os eventos do tempo do fim.

Bates e o Fim do Mundo

Enquanto para o mais sincero observador não havia nenhuma

evidência de um fim iminente do mundo, Bates encontrava evidência para

todo o lugar que ele olhava. Nós devemos relembrar que Bates acreditava

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que várias porções do livro do Apocalipse estavam se cumprindo em seus

dias. Portanto, Bates fez o seu melhor para relacionar vários eventos

contemporâneos com várias passagens da profecia bíblica. Seus esforços

revelam quão verdadeiramente falho era o seu entendimento da profecia

bíblica. Em cada incêndio, em cada tempestade, em cada desastre, ele via

outro sinal do fim sendo cumprido:

“Aqui está diante de mim um panfleto de 83 páginas, intitulado ‘A

voz de Deus ou um registro dos incêndios, furacões, enchentes e

terremotos sem paralelos, começando em 1845; também doença, fome e

crime’, compilado por Thomas M. Preble. Uma vez que esse trabalho foi

emitido no começo desse ano, os periódicos de países estrangeiros e

aqueles de nossa própria jactanciosa feliz República mostram que essas

calamidades entre os homens continuam a aumentar a uma extensão

terrível. Os habitantes de muitas nações estão em seu juízo final.” [7]

Bates também advertiu que o terceiro ai do Apocalipse estava

caindo sobre o mundo:

“...e diga-me se você puder o que todas essas calamidades

significam. Se não for o terceiro ai que está retumbando através das nações

da Terra, e se apressando grandemente para formar seu centro focal para

tal ‘tempo de aflição como nunca houve desde que houve nação’.” [8]

Bates adverte de incêndios...

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“Toda a perda por incêndios nos dois últimos dois anos eleva-se a

cerca de 65 milhões de dólares, cerca de 45 milhões nesse país. Em 1845,

o valor de cerca de 31 milhões de dólares foi destruído em algo como 38

cidades e vilas; na maioria dos casos, o coração, ou parte do negócio foi

destruída; além do grande número de pequenos incêndios com menos de

25 mil dólares, e também milhares de hectares de floresta, provavelmente

levando o montante a cerca de 40 milhões de dólares, e de acordo com

numerosos registros, na maioria dos casos eles se alastraram além do

controle do homem.” [9]

... e inundações...

“Mar e ondas rugindo – os vendavais e enormes tempestades de

1845, e muitos em 1846, certamente não foram superados em épocas

passadas... enchentes e inundações em 1845-6 – Desde os dias de Noé, eu

acredito, nós não temos tais registros.” [10]

... e com certeza, terremotos...

“Terremotos – eu não irei parar para enumerá-los aqui. A

Scientific American registra mais de 50 em 1846.” [11]

... e pestilências...

“Pestilências – a cólera asiática, uma peste terrível, mensageiro

voador de Deus com uma espada desembainhada em sua mão...” [12]

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Quanto à fome, Bates voltou-se para o livro apócrifo de Esdras,

que ele aparentemente acreditava ser inspirado:

“Esdras diz: ‘a semente cairá por meio de rajadas e granizo’. xv.

O mesmo profeta diz: ‘a provisão será barata (ela tem sido) e de repente,

os lugares semeados parecerão não semeados (sementes apodrecem sob

os torrões), os depósitos cheios de repente são encontrados vazios.’ Aqui

está o cumprimento: centenas e centenas de nossos navios quase

constantemente deixando nossas costas, carregados de provisões dos

armazéns, para suprir a fome na Europa. Se os relatos a respeito da fome

forem verdadeiros, eles continuarão até que nossos depósitos sejam

esvaziados. Isso não é fantasia nem fábula, mas história e palavra do

Senhor nosso Deus. A profecia de Esdras começa a procurar e queimar

como fogo.” [13]

Após ler esses “cumprimentos” da profecia, torna-se rapidamente

evidente que Bates torce as Escrituras, tentando fazer com o que os “pinos

quadrados” de eventos contemporâneos se encaixem nos “buracos

redondos” da profecia bíblica. Não há como esconder o fato de que suas

interpretações proféticas se baseavam mais em suas próprias teorias

pessoais sobre o retorno iminente de Cristo do que em fatos reais.

Além do mais, isso coloca em jogo toda a teologia profética de Bates.

Aqui estão alguns outros exemplos de ensinamentos incomuns de Bates

sobre as profecias, os quais foram rejeitados por gerações posteriores de

Adventistas do Sétimo Dia:

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Bates afirmou que a mensagem do terceiro anjo foi concluída no

segundo semestre de 1844:

“Peço-lhe para olhar para trás, para o verão e outono de 1844, onde

você vê o cumprimento da terceira mensagem angélica de uma maneira

mais maravilhosa e marcante em quase todas as vilas e cidades em toda a

Nova Inglaterra.” [14]

Ao responder à pergunta de por que o movimento de 1844 [terceira

mensagem angélica] era muito restrita, para os Estados Unidos em vez de

todo o mundo, Bates sustenta que apenas a mensagem do primeiro anjo

passou por todo o mundo:

“Se você olhar para o capítulo 14 novamente, você vai ver que foi

apenas o primeiro mensageiro que enviou sua mensagem a toda nação,

tribo, língua e povo.” [15]

Bates afirmou que Cristo recebeu o Seu reino em 1844:

“Aqui, então, está a prova corroborativa de que Cristo recebeu o

Seu domínio, glória e reino ou, como na parábola das dez virgens, o noivo

chegou ao casamento sob o som da sétima trombeta, após a mensagem do

terceiro anjo, e antes que seis das sete pragas fossem derramadas.” [16]

Mais surpreendente de tudo, Bates afirmou que o Sábado não

poderia ser guardado antes de 1844...

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“Diz o leitor, por que as pessoas não ‘guardaram os mandamentos

de Deus’, como no texto, antes do outono de 1844? Porque a mensagem

não foi apresentada, nem poderia ser até que a mensagem do terceiro anjo

(v. 9 a 11) tivesse feito esta separação, porque eles não poderiam guardar

o quarto mandamento, o Sábado do sétimo dia, enquanto eles estavam

unidos com a igreja nominal (Babilônia), daí a separação.” [17]

A interpretação de Bates das três mensagens angélicas (Ap 14)

obriga-o à conclusão de que os guardadores dos mandamentos de Deus

não existiam antes de 1844. Esta conclusão irônica ignora o fato de que o

próprio Bates aprendeu sobre o Sábado com os Batistas do Sétimo Dia,

um grande grupo de Cristãos observadores do Sábado que estavam

apresentando a mensagem do Sábado para as igrejas observadoras do

Domingo há mais de 100 anos!

José Bates: Você Pode Confiar nas Teorias Proféticas deste

Homem?

Vamos rever o que sabemos sobre José Bates e profecia bíblica.

1. Ele alegou que as 7 gotas de sangue sobre o altar em Levítico

17 indicavam que os Adventistas estavam passando por um teste de 7 anos

sobre a verdade do Sábado. Na conclusão dos sete anos, em 1851, Cristo

voltaria para levar ao lar os Adventistas que tivessem o selo de Deus (a

observância do Sábado).

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2. Ele alegou que os desastres menores que ocorreram no final da

década de 1840 eram sinais do fim iminente do mundo.

3. Ele afirmou que a mensagem do Evangelho para os perdidos

terminou em 1844.

Você pode ver um padrão começar a surgir? É um padrão de erro

de cálculo profético, bagunça, distorção e erro total. É um padrão de um

homem que estava auto-enganado sobre o retorno de Cristo e o significado

da profecia bíblica. O melhor exemplo de ilusão de Bates é encontrado em

sua afirmação de que a mensagem do Evangelho em si terminou em 1844!

Esta citação por si só deveria ser prova suficiente para qualquer Cristão

que este homem não foi guiado pelo Espírito de Deus em seus

ensinamentos:

“Agora a porta foi fechada, e a pregação do Evangelho não terá

nenhum efeito. Isto é apenas o que dizemos que é o fato. A mensagem do

Evangelho terminou na hora marcada com o fechamento dos 2.300

dias; e quase todo crente honesto que está observando os sinais dos

tempos vai admitir isso.” [18]

Como podemos confiar em um homem que desenvolveu tais

entendimentos deformados e pervertidos da profecia bíblica? No

entanto, surpreendentemente quanto, os ensinamentos de Bates

tornaram-se o alicerce sobre o qual a doutrina Adventista do Sétimo

Dia da lei dominical nacional se desenvolveria mais tarde! Qualquer

Adventista vai reconhecer que os ensinamentos de Bates sobre a

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Babilônia, o Sábado, o selo de Deus, a marca da besta e o “remanescente”

são os mesmos ensinamentos proféticos que formam o núcleo da profecia

bíblica Adventista do Sétimo Dia. [19] Bates lançou as bases para o ensino

do decreto dominical, e mais tarde os Adventistas construíram em cima

de seu fundamento.

Naturalmente, esses ensinamentos bizarros geraram alguma

resistência por parte das igrejas Cristãs na década de 1840. Essa

resistência foi interpretada pelos Adventistas sabatistas como perseguição

e ainda mais evidências de que as denominações Cristãs estavam caídas e

perdidas. As teorias de Bates foram facilmente feitas em pedaços por

estudiosos da Bíblia, e os Adventistas guardadores do Sábado ganharam

poucos adeptos. Bates precisava de alguma ajuda para manter suas teorias

que estavam afundando, e ele logo encontrou a ajuda que necessitava na

jovem e impressionável profetisa Ellen G. White.

Bates Encontra uma Amiga

Quem foi Ellen White? Quando se conheceram, ela era uma frágil

garota de dezenove anos de idade que tinha sido uma dedicada seguidora

de Guilherme Miller. Ela tinha graves problemas de saúde resultantes de

uma lesão cerebral da infância. Mais tarde, ela alegou estar recebendo

visões de Deus, apesar de muitos que testemunharam suas visões acharem

que eram mais o produto de sua saúde precária do que inspiração. White

e sua família estavam entre os fanáticos que haviam sido expulsos de uma

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igreja Metodista em setembro de 1843, por causarem distúrbios durante

os serviços religiosos. De acordo com a Igreja Metodista...

“A razão para a sua exclusão não era que eles pregavam a segunda

vinda do Senhor Jesus Cristo. Isso é um ponto ortodoxo de nossa fé que é

confirmado a partir dos Artigos de Religião de 1784. Sua exclusão foi

ocasionada pela sua quebra de disciplina na proclamação dos pontos de

vista de marcação de data de Guilherme Miller.... depois de muito

aconselhar calmamente para absterem-se de seu comportamento

perturbador nas reuniões da igreja, os membros da Chestnut Street

Church tomaram o que eles acreditavam ser o seu único recurso, afastar a

família Harmon.” [20]

A expulsão de Ellen White da Igreja Metodista e os eventos

subsequentes a levaram a acreditar na mesma coisa que Bates acreditava:

as igrejas Protestantes eram Babilônia. Ellen White não perdeu a

oportunidade para atacar os pregadores Cristãos que se opunham à

marcação de data de Miller:

“Muitos pastores do rebanho, que professavam amar a Jesus,

disseram que eles não tinham oposição à pregação da vinda de Cristo, mas

se opunham a um tempo definido. O olho de Deus que tudo vê lia seus

corações. Eles não amavam a Jesus. Eles sabiam que suas vidas não-

Cristãs não iriam resistir ao teste, pois eles não estavam andando no

caminho humilde traçado por Ele.” [21]

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Não demorou muito antes que José Bates e Ellen White se unissem

em sua batalha contra as odiadas igrejas observadoras do Domingo.

Embora a evidência bíblica para os ensinos de Bates estivesse seriamente

faltando, a deficiência de inspiração foi logo suprida pela irmã White, que

estava começando a ter “visões” suportando as visões que José Bates

havia fabricado. Embora as “visões” fossem meramente repetições do que

José Bates estava proclamando, isso colocou o selo de aprovação profética

em seus ensinos. Bates, embora inicialmente cético da jovem visionária,

finalmente decidiu aceitar a profetisa cujas visões tanto se assemelhavam

a seus ensinos. Essa aceitação deu aos White um impulso muito necessário

em seus esforços de estabelecer a alegação da irmã White ser o “Espírito

de Profecia” do livro de Apocalipse.

Em 1850, Bates, Ellen White e seu marido Tiago White tinham

conseguido convencer várias centenas de seguidores que o ensino de

Bates sobre o Sábado era a última mensagem de Deus para o mundo. No

entanto, o grupo passou por tempos difíceis em 1851, quando o retorno de

Cristo não se materializou como Bates tinha prometido. À medida que a

data se aproximava e tornava-se cada vez mais óbvio que Cristo não estava

chegando, os White começaram a se distanciar de Bates. Quando 1851

passou sem o evento, Bates e os White sofreram uma derrota humilhante.

Os Adventistas começaram a se voltar contra Bates e os White. Eles

questionaram como um profeta de Deus não poderia ter previsto como

Bates estava errado sobre a data de 1851. Os White, decepcionados que

muitos dos seus seguidores se voltavam contra eles, decidiram colocar

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alguma distância entre Bates e eles próprios, e assim se mudaram para o

Centro-Oeste, onde eles não eram tão bem conhecidos.

Enquanto eles descartaram os ensinamentos de Bates sobre o

período de teste de 7 anos, eles continuaram a pregar que o Sábado era o

teste final para a humanidade. Ellen White escreveu:

“A luz do Sábado foi vista, e o povo de Deus foi testado, como os

filhos de Israel foram testados antigamente, para ver se eles guardariam a

lei de Deus.” [22]

Enquanto Bates desaparecia em segundo plano, os White se

encarregaram do trabalho de conseguir reunir um pequeno número de

seguidores e formar a Igreja Adventista do Sétimo Dia, em 1863. Os

Adventistas do Sétimo Dia logo ganharam uma reputação entre os outros

Cristãos. Eles se tornaram conhecidos por seus esforços para recrutar

membros de outras denominações Cristãs. Eles também eram conhecidos

por referirem-se ao Catolicismo como Babilônia, e aos Protestantes como

Protestantismo apóstata. Os White ainda estavam convencidos de que

todas as outras igrejas cristãs eram apóstatas porque rejeitaram o fanático

movimento de definição de tempo de Miller. Desnecessário será dizer que

a hostilidade dos Adventistas em relação a outras denominações cristãs

gerou muita animosidade entre os grupos. Ellen White descreve o seu

descontentamento com as denominações Cristãs “caídas”:

“Vi que as igrejas nominais estavam caídas; que a frieza e morte

reinavam em seu meio.” [23]

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“Os pecados das igrejas populares estão caiados de branco. Muitos

dos membros entram nos vícios mais grosseiros e estão impregnados de

iniquidade. Babilônia caiu e se tornou o esconderijo de toda ave imunda e

detestável. Os pecados mais revoltantes da época encontram abrigo sob o

manto do Cristianismo.” [24]

Ellen White e seu anjo estavam tão chateados com os cristãos

observadores do Domingo que estavam dispostos a derramar a ira de Deus

sobre eles:

“Eu vi que desde que Jesus deixou o Lugar Santo do santuário

celestial e entrou dentro do segundo véu, as igrejas foram se enchendo de

toda ave imunda e detestável. Vi grande maldade e vileza nas igrejas,

ainda que os seus membros professam ser Cristãos. Sua profissão, suas

orações, e seus apelos são uma abominação aos olhos de Deus. Disse o

anjo: ‘Deus não vai aspirar o cheiro em suas assembleias. O egoísmo,

fraude e engano são por eles praticados sem reprovações da consciência.

E sobre todos estes maus traços lançam o manto da religião.’ Foi-me

mostrado o orgulho das igrejas nominais. Deus não está em seus

pensamentos; suas mentes carnais residiam sobre si mesmos, eles

decoram seus pobres corpos mortais, e depois olham para si mesmos com

satisfação e prazer. Jesus e os anjos olham para eles com raiva. Disse o

anjo: ‘Seus pecados e orgulho se acumularam até o céu. Sua porção está

preparada. Justiça e juízo adormeceram há muito tempo, mas em breve

acordarão. Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor’. As ameaças

terríveis do terceiro anjo estão a ser realizadas, e todos os ímpios irão

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beber da ira de Deus. Um número incontável de anjos maus está se

espalhando por toda a terra e lotando as igrejas. Esses agentes de Satanás

olham para as entidades religiosas com exultação, pois o manto da religião

cobre o maior crime e iniquidade.” [25]

Na mente de Ellen White, as igrejas cristãs não-Adventistas

estavam cheias de pecado. Em sua mente, seus piores inimigos não eram

ateus, pagãos e infiéis. Seus piores inimigos eram os Cristãos

guardadores do Domingo!

Ellen White Desenvolve o Ensino do Decreto Dominical

Em meados de 1800, houve uma série de incidentes em que

Adventistas do Sétimo Dia tiveram problemas com a lei, porque eles

trabalhavam no Domingo. Em muitos estados havia “leis azuis” que

proibiam o trabalho no Domingo. Foi neste contexto de perseguição por

parte do Estado que a profetisa Ellen White descreve a vinda da

perseguição dos observadores do Sábado em uma série de livros e artigos.

Ela escreveu:

“Então eu vi os principais homens da Terra se consultando, e

Satanás e seus anjos ocupados em torno deles. Eu vi um escrito, cujas

cópias foram espalhadas em diferentes partes da terra, ordenando que, a

menos que os santos rendessem sua fé peculiar, abandonassem o Sábado

e observassem o primeiro dia da semana, o povo estaria em liberdade após

um certo tempo para entregá-los à morte.” [26]

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Em 1884, o cenário do fim dos tempos é dito ser provocado pelos

esforços sobre-humanos do clero, que prevalecem sobre os legisladores

para aprovar leis impondo a observância do Domingo, com cada conjunto

subsequente de leis gradualmente aumentando em severidade:

“O clero envidou esforços quase sobre-humanos para apagar a luz,

para que não brilhasse sobre os seus rebanhos. Por todos os meios ao seu

dispor eles se esforçam para suprimir a discussão destas questões vitais.

A igreja apela para o braço forte do poder civil, e neste trabalho, Papistas

são solicitados a vir em auxílio dos Protestantes. O movimento pela

imposição do Domingo torna-se mais ousado e decidido. A lei é invocada

contra os observadores dos mandamentos. ...

No último conflito, o Sábado será o ponto especial de controvérsia

por toda a cristandade. Governantes seculares e líderes religiosos vão se

unir para impor a observância do Domingo; e enquanto medidas mais

brandas falham, leis mais opressivas serão promulgadas. Será

argumentado que os poucos que estão em oposição a uma instituição da

igreja e uma lei do país não deveriam ser tolerados, e um decreto será

finalmente emitido denunciando-os como merecedores do mais severo

castigo, e dando ao povo liberdade, depois de um determinado período de

tempo, para entregá-los à morte.” [27]

Até o final dos anos 1880, o final parecia iminente para os

Adventistas. A razão pela qual eles acreditavam que o fim estava tão perto

era que uma lei estava sendo considerada pelo Congresso dos Estados

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Unidos no final dos anos 1880, que teria feito o Domingo um feriado

reconhecido nacionalmente. Em 1886, Ellen White alertou sobre a

proximidade do fim:

“O fim de todas as coisas está próximo. O tempo de angústia está

prestes a vir sobre o povo de Deus. Então, o decreto sairá proibindo

aqueles que guardam o Sábado do Senhor de comprar ou vender, e

ameaçando com a punição, e até mesmo a morte - se não observarem o

primeiro dia da semana como o Sábado.” [28]

Em seguida, o inesperado aconteceu. A lei dominical foi derrotada

pelo Congresso. Embora possa ter havido mais de uma razão para que a

lei fosse rejeitada, era evidente que alguns no Congresso sentiam que a lei

violaria a separação entre Igreja e Estado. Além disso, se a lei fosse

promulgada, ela provavelmente teria sido derrubada pelo Supremo

Tribunal Federal. Após este evento, o movimento da lei dominical perdeu

força e quem o apoiava gradualmente voltou sua atenção para outras

questões mais prementes. No início da década de 1900 estava começando

a aparecer pouco provável que uma lei dominical iria ser aprovada a

qualquer momento no futuro próximo. Adventistas agora tinham um

dilema em suas mãos. Eles precisavam chegar a uma explicação de como

a lei dominical poderia ser aprovada, dadas as circunstâncias.

Em 1904, o anterior cenário de um movimento organizado de

líderes religiosos que forçam a legislação dominical no Congresso parecia

irreal. Uma vez que uma lei dominical agora parecia extremamente

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improvável de ocorrer em circunstâncias normais, deveria haver alguns

eventos externos extraordinários que iriam desencadeá-la. Assim, Ellen

White inventa um novo cenário em que os Estados Unidos são

confrontados com uma crise repentina e terrível. Se os Estados Unidos

não agirem para matar os observadores do Sábado, haverá uma terrível

catástrofe nacional:

“Eles vão apontar para calamidades em terra e mar - as

tempestades de vento, as inundações, os terremotos, a destruição pelo fogo

- como julgamentos que indicam o desprazer de Deus, porque o Domingo

não é sagradamente observado. Estas calamidades vão aumentar cada vez

mais, um desastre seguirá de perto os passos de outro; e aqueles que

anulam a lei de Deus irão apontar para os poucos que estão guardando o

Sábado do quarto mandamento como aqueles que estão trazendo ira sobre

o mundo. Esta falsidade é o artifício de Satanás pelo qual ele pode iludir

os incautos.” [29]

Durante esta crise terrível a lei dominical será justificada por

políticos que, em circunstâncias normais, rejeitariam a lei. No entanto,

nesta situação de crise, eles são convencidos a aprovar uma lei dominical,

a fim de evitar que a nação inteira seja “lançada em confusão e

ilegalidade”. [30]

Enquanto este é certamente um cenário criativo, a senhora White

não fornece nenhuma evidência bíblica para este novo cenário, nem

explica como matar os guardadores do Sábado poderia impedir o país de

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ser lançado em confusão e ilegalidade. A suposição aqui é que os líderes

políticos param de pensar racionalmente durante uma crise e aprovam leis

que não fazem sentido para ninguém. Enquanto isso fez sentido a poucos,

se é que houve alguém, fora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, os

seguidores de Ellen White engoliram isso e o cenário improvável

finalmente encontrou o seu caminho no grande livro da profetisa sobre os

eventos do fim dos tempos, “O Grande Conflito”.

Em anos anteriores, a senhora White falou como se só a

“cristandade” aprovaria leis dominicais, mas em 1911, ela mais uma vez

mudou o cenário, desta vez para incluir todo o mundo. Ellen White

escreve em seu livro, “O Grande Conflito”, publicado em 1911:

“Os poderes da Terra, unindo-se para a guerra contra os

mandamentos de Deus, vão decretar que ‘todos, pequenos e grandes, ricos

e pobres, livres e servos’ (Apocalipse 13:16), estejam em conformidade

com os costumes da igreja pela observância do falso Sábado. Todos os

que recusarem o cumprimento serão visitados com sanções civis, e

finalmente será declarado que eles são dignos de morte.” [31]

Esta lei dominical “universal” é ainda exposta no último livro de

Ellen White, publicado em 1917, um ano após sua morte:

“Em nossos dias, muitos dos servos de Deus, embora inocentes das

acusações, serão entregues a sofrer humilhação e abuso nas mãos daqueles

que, inspirados por Satanás, estão cheios de inveja e intolerância religiosa.

Especialmente será a ira do homem despertada contra os que santificam o

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Sábado do quarto mandamento; e por fim, um decreto universal

denunciará estes como dignos de morte.” [32]

Assim, encontramos a doutrina do decreto dominical

continuamente evoluindo e mudando ao longo dos anos para atender aos

desafios específicos daquela geração. Após a morte da profetisa Ellen

White, em 1915, a posição da igreja sobre a lei dominical nacional tornou-

se congelada, e manteve-se relativamente inalterada. Isso é

compreensível, uma vez que não há mais ninguém com autoridade

profética na igreja para modificar o ensino. Embora com o passar dos anos

o ensino fora de moda torna-se cada vez menos crível, a Igreja Adventista

do Sétimo Dia continua a ensinar a mesma doutrina hoje que foi ensinada

no início de 1900, embora com menos alarde e entusiasmo enfraquecido.

NOTAS

1. Ronald Numbers e Jonathan Butler (editores), The

Disappointed, p. 197.

2. Guilherme Miller, Voice of Truth, 11 de dezembro de 1844,

como citado em José Bates, Second Advent Waymarks and High Heaps,

p. 86.

3. José Bates, Ibid., p. 69, 70.

4. Ibid., p. 84.

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5. José Bates, The Typical and Anti-typical Sanctuary, p. 10-13.

6. Second Advent Waymarks and High Heaps, p. 114.

7. Ibid., p. 89.

8. Ibid., p. 91.

9. Ibid., p. 91,92.

10. Ibid., p. 92.

11. Ibid., p. 93.

12. Ibid.

13. Ibid., p. 122.

14. Ibid., p. 69.

15. Ibid., p. 69.

16. Ibid., p. 103, 104.

17. Ibid., p. 114.

18. Second Advent Waymarks and High Heaps, p. 110.

19. Adventistas continuam a ensinar as teorias de Bates a respeito

do Sábado, selo de Deus e o remanescente no ano de 2007 [Nota do

Tradutor: ainda em 2021], conforme apresentado em seus “Seminários

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do Apocalipse”. Muitos Adventistas não sabem que José Bates foi o

originador desses ensinos.

20. Carta ao Sr. Keith Moxon, da Chestnut Street United Methodist

Church, 3 de junho de 1988, obtida do website Truth or Fables.

21. Ellen G. White, Early Writings, p. 229-249.

22. Ibid., p. 254.

23. Ibid. p. 116.

24. Ellen G. White, Testimonies, vol. 4, p. 13.

25. White, Early Writings, p. 274.

26. Ibid., p. 282.

27. Ellen White, Spirit of Prophecy, vol. 4, p. 425, 444.

28. Ellen White, Historical Sketches, p. 156. Veja também

“Special Testimonies on Education”, p. 99: “O tempo não está longe

quando as leis contra o trabalho no Domingo serão mais rigorosas.” (Fev.,

1894).

29. Ellen White, Southern Watchman, 28 de junho de 1904.

30. Ellen White, Youth Instructor, 12 de julho de 1904: “Quando

o Sábado se tornar o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade,

a recusa persistente de uma pequena minoria de ceder à demanda popular

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irá torná-los objetos de execração universal. Será argumentado que os

poucos que estão em oposição a uma instituição da igreja e uma lei do

estado não deveriam ser tolerados, que é melhor que eles sofram do que

nações inteiras sejam lançadas em confusão e ilegalidade. Este argumento

aparecerá conclusivo, e contra os que santificam o Sábado do quarto

mandamento será finalmente emitido um decreto, denunciando-os como

merecedores do mais severo castigo, e dando ao povo liberdade, depois

de um certo tempo, para entregá-los à morte.”

31. Ellen White, Great Controversy, p. 604 (1911).

32. Ellen White, Prophets and Kings, p. 512.

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CAPÍTULO 2: O SÁBADO É O SELO DE DEUS?

Em 1847, José Bates propôs pela primeira vez que a guarda do

Sábado era o selo de Deus, e a guarda do Domingo era a marca da besta,

em seu livro “O Sábado do Sétimo Dia”. O historiador Adventista George

Knight escreve na Revista Adventista:

“Bates estabeleceu o que viria a ser o entendimento sabatista da

marca da besta. Baseando-se em Apocalipse 12:17 de que Deus teria um

remanescente dos últimos dias que ‘guardaria os mandamentos de Deus’,

ele observou que haverá ainda uma ‘luta poderosa sobre a restauração e a

guarda do Sábado do sétimo dia, que vai testar toda alma vivente que entra

nas portas da cidade’ (SDS [1847], 60). O povo de Deus seria ‘perseguido

por guardar os mandamentos’ por aqueles que tinham a marca da besta.

‘Não é claro’, Bates perguntou ao examinar Apocalipse 14:9-12, ‘que o

primeiro dia da semana como Sábado ou dia santo é a marca do besta [?]’

Assim, no final dos tempos apenas dois grupos viveriam na Terra: os que

têm a marca da besta e os que guardam os mandamentos de Deus,

inclusive o Sábado do sétimo dia (ibid. 59).” [1]

Em 1849, Bates publicou “Um Selo do Deus Vivo”, no qual ele

escreve:

“Agora, todos os crentes Adventistas, que têm, fazem e participam

das mensagens do advento conforme dadas em Apocalipse 14:6-13,

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amarão e guardarão essa aliança com Deus, e especialmente Seu santo

Sábado, em Sua aliança; esta é uma parte dos 144.000 agora a serem

selados.

A outra parte são aqueles que ainda não entenderam bem a

doutrina Adventista; mas estão se esforçando para servir a Deus de todos

os seus corações, e estão dispostos, e receberão essa aliança e o Sábado

tão logo eles ouvirem a explicação. Esses constituirão os 144.000 agora a

serem selados com um ‘selo do Deus vivo’, cujo selamento irá sustentá-

los durante o tempo de angústia.” [2]

Os White logo adotaram o ensino de Bates e a senhora White

começou a ter “visões” apoiando a ideia de Bates. É aparente que Bates,

Ellen White e outros dos primeiros Adventistas acreditavam que o

processo de selamento já havia começado, por que a senhora White

escreveu um artigo em janeiro de 1849 intitulado “Para aqueles que estão

recebendo o selo do Deus vivo”. Naquele artigo ela escreve:

“Agora é o tempo para a Lei de Deus estar em nossas mentes

(testas), e escrita em nossos corações. ... O tempo tem continuado por uns

poucos anos a mais do que o esperado, portanto eles pensam que isso pode

continuar mais uns anos, e dessa forma suas mentes estão sendo levadas

da verdade presente, seguindo o mundo. Nessas coisas eu vi grande

perigo: pois se a mente está cheia com outras coisas, a verdade presente é

expulsa, e não há lugar em nossas testas para o selo do Deus vivo. Esse

selo é o Sábado.” [3]

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Para Ellen White, o Sábado é o que marcava a diferença entre

aqueles leais e os desleais a Deus:

“O Sábado é a grande questão do teste. É a linha de

demarcação entre os leais e verdadeiros, e os desleais e transgressores.

... É o selo do Deus vivo.” [4]

“Assim, a distinção é traçada entre os leais e os desleais. Aqueles

que desejam ter o selo de Deus em suas testas devem guardar o

Sábado do quarto mandamento. Assim eles são distinguidos dos

desleais, que tem aceitado uma instituição humana no lugar do verdadeiro

Sábado. A observância do dia de descanso de Deus é uma marca distintiva

entre o que serve a Deus e o que não O serve.” [5]

Um Singular Ensino Adventista

A ideia de que o Sábado era a “linha de demarcação” entre os leais

e desleais representa uma ruptura radical com ensinamentos Protestantes

tradicionais dos anos 1800. Os Protestantes daqueles dias ensinavam que

a Marca da Besta era a fidelidade ao papado. Fidelidade ao papado incluía

fidelidade aos muitos erros e superstições do papado, como:

A veneração do papa como Deus sobre a Terra, que

é capaz de perdoar os pecados

Adoração e culto da Virgem Maria

Transubstanciação (pão torna-se o corpo de Cristo)

Purgatório

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O confessionário

Um sacerdócio celibatário

Orações a apóstolos e santos, orações pelos que

estão no purgatório e orações repetitivas (rosários)

Adoração de relíquias de santos e ídolos

Salvação por obras

Fontes extrabíblicas de inspiração, como os pais da

Igreja

Cristianização dos dias santos pagãos, como Páscoa

e Natal

Mais poderia ser listado. Como você pode ver, existem vários itens

que indicam fidelidade aos erros do papado. José Bates em seu livro “Um

Selo do Deus Vivo” faz pouca menção de todas as profundas diferenças

entre o Catolicismo e o Protestantismo, e preferiu se concentrar sobre a

questão que era de extrema importância para ele: a guarda do Sábado. Na

mente de Bates, a marca da besta não era a adoração a Maria. Não era a

crença no Purgatório. Não era a crença no confessionário ou na

transubstanciação. A Marca da Besta era o culto no Domingo.

Por que Bates escolheu o culto de Domingo sobre todas as outras

marcas de identificação do Catolicismo? No capítulo 1, lemos sobre a

animosidade travada entre Bates e as igrejas Protestantes. Ao identificar

o Domingo como a marca da besta, Bates encontrou uma maneira

inteligente de agrupar as odiadas igrejas Protestantes na mesma cesta com

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os Católicos. Com um golpe de mestre, ele foi capaz de relegar para o

inferno todas essas igrejas Protestantes que tanto enfureceram ele e seus

associados por rejeitarem o movimento de marcação de tempo de Miller.

Em um movimento ousado, Bates conseguiu redefinir quase trezentos

anos de ensinamentos Protestantes de Lutero e outros grandes

Reformadores que identificaram a Marca da Besta como a fidelidade

aos ensinamentos heréticos de Roma listados acima.

Pare por um momento e compare José Bates com os grandes

reformadores Protestantes. Os estudiosos Protestantes da Bíblia como

Huss, Jerônimo, Lutero e Zwinglio, eram todos homens de grande

conhecimento, líderes da igreja que foram recebidos por príncipes e reis.

Todos haviam se destacado nas universidades, eram fluentes nas línguas

bíblicas originais e foram reconhecidos por amigos e inimigos por suas

realizações acadêmicas. Compare esses grandes líderes com José Bates.

Ele era um capitão do mar pouco conhecido. Ele não tinha conhecimento

das línguas bíblicas originais. Ele tinha pouca compreensão dos princípios

bíblicos de interpretação. Ele fez previsões irresponsáveis e infundadas

baseadas em sua compreensão imperfeita da profecia bíblica. Nós

aprendemos sobre muitos dos ensinamentos proféticos absurdos e bizarros

de José Bates no capítulo 1. Apesar de tudo isso, Bates se colocou na

posição de ignorar 300 anos de estudiosos Protestantes altamente

qualificados e conceituados. Em uma varredura magistral, ele

descartou os reformadores Protestantes e empurrou suas igrejas para

a Babilônia. Ele declarou que a única heresia não reconhecida até então,

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a adoração no Domingo, era a temida marca da besta. [6]

Surpreendentemente, um punhado de crentes tomou a palavra de Bates

sobre a palavra de Reformadores Protestantes estimados e comprovados,

e a ideia de Bates mais tarde se tornaria o núcleo do ensino profético

Adventista do Sétimo Dia.

Enquanto a teoria de Bates pareceu encontrar aceitação com os já

predispostos a pensar nas igrejas Protestantes como Babilônia, ela nunca

pegou com os outros. Foi difícil para algumas pessoas entenderem

como as denominações Cristãs poderiam estar perdidas, e ainda

assim estas organizações estarem enviando missionários por todo o

mundo pregando o Evangelho, enquanto os Adventistas estavam

reivindicando que a mensagem do Evangelho tinha terminado em

1844 e passavam seu tempo discutindo entre si sobre o Sábado e as

diferentes interpretações da profecia. Bates tinha uma tarefa difícil em

suas mãos para tentar convencer as pessoas que a marca da besta não era

mais fidelidade aos ensinamentos de Roma como um todo, mas apenas

um ensinamento: a adoração no Domingo. Felizmente para ele, ele

encontrou uma aliada que poderia fornecer a inspiração que estava tão

obviamente faltando a partir da Bíblia. Bates voltou-se para a jovem

profetisa Ellen White, que viu o seguinte em visão:

“Eu vi que Deus não havia mudado o Sábado, pois Ele nunca

muda. Mas o papa havia mudado o sétimo para o primeiro dia da

semana; pois ele iria mudar os tempos e as leis.” [7]

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Então, com uma pequena ajuda da profetisa, os Adventistas

ligaram a mudança do dia de adoração ao papado, identificando assim o

culto no Domingo como a característica única mais importante do falso

Cristianismo.

Infelizmente para Ellen White, a teoria de que o papa mudou o dia

de culto mais tarde foi refutada por um dos próprios estudiosos do

Adventismo, Dr. Samuele Bacchiocchi. Em seu livro inovador, “Do

Sábado para o Domingo”, o Dr. Bacchiocchi oferece provas irrefutáveis

de que a mudança da guarda do Sábado para o Domingo, na verdade,

ocorreu muito antes do que se supunha anteriormente. Na década de 1970,

Bacchiocchi foi o primeiro e único não-Católico autorizado a estudar na

Pontifícia Universidade Católica Gregoriana, em Roma. Lá, ele teve

acesso aos arquivos da Igreja e foi capaz de encontrar material de pesquisa

de valor inestimável para o seu livro. Embora provavelmente não era o

propósito do seu livro exonerar o Papa, sua pesquisa mostrou que a

mudança do Sábado para o culto de Domingo ocorreu muito mais cedo na

história do que tinha sido anteriormente admitido pelos Adventistas. Na

verdade, a mudança aconteceu muito antes que o papado fosse

estabelecido no poder. Esses achados lançam dúvidas consideráveis sobre

se o culto dominical poderia ser considerado lealdade ao papado já que a

prática estava bem estabelecida em todo o Cristianismo séculos antes do

primeiro Papa surgir.

Em 1997, Dr. Bacchiocchi, escreveu:

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“Eu difiro de Ellen White, por exemplo, sobre a origem do

Domingo. Ela ensina que nos primeiros séculos todos os cristãos

observavam o Sábado e foi em grande parte graças aos esforços de

Constantino que a guarda do Domingo foi adotada por muitos cristãos, no

século IV. Minha pesquisa mostra o contrário. Se você ler o meu ensaio

‘COMO COMEÇOU A GUARDA DO DOMINGO?’, que resume minha

dissertação, você vai notar que eu coloco a origem da guarda do Domingo

na época do imperador Adriano, em 135 d.C.” [8]

O imperador Adriano, 135 d.C. governou aproximadamente

meio milênio antes que o primeiro papa começasse a servir, em 606

d.C. [9] Enquanto a maioria dos Adventistas aceitaram as descobertas de

Bacchiocchi, alguns ultraconservadores zombaram dele como um jesuíta

enviado secretamente pelos Católicos para se infiltrar e destruir a igreja

Adventista. No entanto, seus críticos nunca foram capazes de produzir

qualquer prova para refutar os seus ensinamentos ou provar que ele tinha

qualquer ligação com os jesuítas.

O Verdadeiro Significado do Selo de Deus

Tendo estabelecido a marca da besta como sendo o culto no

Domingo, só fazia sentido para Bates que o culto no Sábado fosse o selo

de Deus. Bates encontrou sua evidência no Antigo Testamento, onde o

Sábado era um sinal da Antiga Aliança entre Deus e os judeus. [10] No

entanto, Bates ignorou a evidência dada no Novo Testamento, mostrando

que o sinal ou selo da Nova Aliança é o Espírito Santo.

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A finalidade de um selamento é evitar que o conteúdo do objeto a

ser selado seja mudado. A lei que era selada pelo anel do rei não poderia

ser alterada. Quando Daniel foi jogado na cova dos leões, a entrada foi

“selada”, indicando que a vontade do rei não podia ser desfeita. O túmulo

de Cristo foi “selado” por Pilatos para impedir que alguém tocasse o seu

conteúdo. [12]

O livro do Apocalipse não nos dá muitos detalhes sobre o que o

selo de Deus é, nem nos diz muito sobre aqueles que são selados.

Apocalipse nos diz que aqueles que são selados são os “servos do nosso

Deus” (Apocalipse 7.3), são em número de 144.000 (Ap 7:4), e eles vêm

das doze tribos de Israel (Ap 7:4). Em Apocalipse 14:1 encontramos que

os 144.000 têm o “nome do Pai escrito nas suas testas”. Em selos antigos,

o nome do rei era encontrado geralmente no selo. Sabemos também que

os 144.000 “foram comprados da terra” (Apocalipse 14:3), “eles são

virgens” (Ap 14:4), eles “seguem o Cordeiro” (Ap 14:4), a sua fala é pura

(Ap 14:5), e que eles eram “sem culpa” (Ap 14:5).

Em Apocalipse não há absolutamente nada sobre os 144.000

guardarem o Sábado. Se a observância do Sábado é de fato o sinal mais

importante e proeminente que separa os Cristãos verdadeiros dos falsos,

então por que João nem ao menos o mencionou?

Apocalipse não nos diz em detalhes precisos o que o selo é ou

como ele é administrado, por isso temos de assumir que era um conceito

bem conhecido na igreja primitiva. Por uma questão de fato, a palavra

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“selo” aparece muitas vezes no Novo Testamento. Ao estudar estes versos

podemos ter uma boa compreensão de como a igreja dos dias do apóstolo

João compreendia o significado e a importância do “selo”.

O apóstolo João escreveu sobre Jesus:

“... Deus, o Pai, o selou.” (João 6:27)

Assim como os antigos reis selaram objetos para torná-los

imutáveis, o Rei do Universo selou Jesus Cristo, para que o mal não

pudesse destruir, mudar ou alterar quem Ele era. Como Jesus foi selado?

João escreveu de Jesus:

“... Porque Deus não dá o Espírito por medida.” (João 3:34)

Paulo falou repetidamente sobre a presença do Espírito Santo

sendo o selo do Cristianismo:

2 Coríntios 1:22 – “Que também nos selou e deu o penhor do

Espírito em nossos corações.”

Efésios 1:13 – “Em quem também vós, depois que ouvistes a

palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também

crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.”

Efésios 4:30 – “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no

qual fostes selados para o dia da redenção.”

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Efésios 4.30 deixa bem claro que Deus nos sela para nos preservar

até o “dia da redenção”. O Espírito Santo nos é dado para que o mal não

possa nos destruir, mudar ou alterar.

Conclusão

Nem uma única vez no Novo Testamento é o Sábado referido

como um sinal ou um selo para os Cristãos. Assim como a celebração da

Ceia do Senhor substituiu a celebração da Páscoa judaica, o Espírito Santo

substituiu o Sábado como o “sinal” ou prova de que uma pessoa pertence

ao povo de Deus.

Considere isso cuidadosamente. Qual é a melhor maneira de dizer

se uma pessoa é um verdadeiro Cristão ou não? Será que é pelo dia que

vão à igreja? Mesmo os Adventistas vão dizer que ir à igreja no Sábado

não torna alguém um Cristão. Há algumas pessoas que vão à igreja no

Sábado, enquanto elas negam sua fé cristã por suas ações. Seus corações

estão cheios de perversão, ódio, adultério e idolatria. Então, qual é a

melhor maneira de saber se uma pessoa é um verdadeiro Cristão? Por seu

espírito! Se eles têm o Espírito Santo em seus corações, eles manifestarão

os frutos do Espírito Santo em suas vidas: “amor, alegria, paz,

longanimidade, benignidade, bondade, fé”. Estes frutos da habitação do

Espírito Santo serão evidentes para todos. Estes frutos são o verdadeiro

sinal de um crente. O Sábado não é o sinal de um verdadeiro cristão.

Nunca foi. Nunca será. A evidência do Novo Testamento dá testemunho

de que o Espírito Santo é o “selo” com que o Pai sela Seus filhos fiéis.

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NOTAS

1. George Knight, ‘What is Adventist in Adventism - An excerpt

from the book A Search for Identity’, edição online de Adventist Review,

http://www.adventistreview.org/2001-1524/story5.html, extraído em 8 de

janeiro de 2008. [Nota do Tradutor: Texto não mais disponível em 2021]

2. José Bates, A Seal of the Living God, p. 61, 62.

3. Ellen White, Present Truth, 31 de janeiro de 1849.

4. Ellen White, Selected Messages, Livro 3, p. 423.

5. Ellen White, Review & Herald, 23 de abril de 1901.

6. Na declaração doutrinária oficial da Igreja Adventista do Sétimo

Dia, intitulada Questões sobre Doutrina (Review and Herald Publishing

Association, Washington, DC, 1957), a Igreja Adventista do Sétimo Dia

implica que o desenvolvimento da guarda do Domingo como a “marca da

besta” é uma doutrina única concebida pelos Adventistas: “Nenhum

desses [Protestantes] expositores dos séculos passados aplicou a marca da

besta especificamente à questão do Sábado, mas eles a conectaram com o

Papado. ... Os arautos Adventistas da reforma do Sábado vieram fazer uma

aplicação mais lógica do sinal da besta, mantendo que isso era, em

essência, a tentativa de mudança do Sábado do quarto mandamento do

Decálogo pelo Papado, seu esforço para impor essa mudança na

cristandade e a aceitação do substituto do Papado pelos indivíduos.” (p.

181) Embora os Adventistas, sem dúvida, gostariam de levar o crédito por

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ter uma doutrina original, o historiador Adventista Leroy Froom, em seu

livro Fé Profética (p. 913-916), indica que alguns Batistas do Sétimo Dia

ligaram a guarda do Domingo com a marca da besta no século 17. Desde

que Bates se associou com Batistas do Sétimo Dia e aprovou os seus

ensinamentos sobre o Sábado, é possível que ele também tenha adquirido

o seu ensino sobre a marca da Besta ser a guarda do Domingo. No entanto,

é incerto o quão proeminentes esses autores eram - até mesmo dentro de

sua própria igreja - e não se sabe se José Bates possuía seus escritos ou

estava mesmo ciente deles. É questionável se esses autores tiveram o

apoio mais amplo da Igreja Batista do Sétimo Dia sobre este assunto,

porque a Igreja BSD rejeita oficialmente qualquer noção de que a guarda

do Domingo é a marca da Besta: “Batistas do Sétimo Dia não associam a

observância do Domingo com a ‘marca da besta’, mencionada em

Apocalipse 13:15-17, 16:2, 19:20.” (“Uma comparação entre os Batistas

do Sétimo Dia e os Adventistas do Sétimo Dia”,

http://www.seattlesdb.org/sda_Compare.htm , extraído em 10 de janeiro

de 2008)

7. Ellen White, Early Writings, p. 32.

8. Samuele Bacchiochi, Ph.D., Mensagem de e-mail para ‘Free

Catholic Mailing List’ [email protected], em 8 de fevereiro de 1997.

9. O título papa, que é derivado do Latim papa (pai), foi utilizado

no segundo, terceiro e quarto séculos d.C. para se referir a vários bispos

principais. Naquela época, não chegou a significar o líder universal da

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igreja cristã, como o título papa é entendido hoje. De acordo com os

Católicos, o primeiro papa foi Pedro, e tem havido uma linha de papas que

o sucederam. De acordo com o Cristianismo Através dos Séculos (Earle

Cairns, 1981), o “primeiro papa medieval” foi Gregório (590-604), que

consolidou o poder dentro da Igreja em Roma e afirmou a supremacia

espiritual do bispo de Roma. No entanto, ele declinou do título papa.

Assim, o primeiro papa seria seu sucessor, Sabiniano, que o seguiu em

606 d.C. Na realidade, o bispo de Roma não foi universalmente

reconhecido como o líder da igreja cristã, pelo menos até o sétimo - e

alguns historiadores dizem até o oitavo – século.

10. Veja por exemplo, Êxodo 31:13,17 e Ezequiel 20:12, 20.

11. Ester 8:8; Daniel 6:17; Mateus. 27:66.

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CAPÍTULO 3: O SÁBADO É O TESTE FINAL?

“O tempo não está muito distante, quando o teste virá para cada

alma. A observância do falso Sábado será imposta sobre nós. A

competição será entre os mandamentos de Deus e os mandamentos de

homens.” [1]

Use sua imaginação por um momento. Imagine que você está na

faculdade se preparando para o exame final. Você apenas passou toda a

noite com a cabeça enterrada em seus livros escolares estudando para o

teste final. Você acredita que se preparou bem. Afinal de contas, o

professor deu-lhe uma lista de todos os tópicos importantes e você estudou

a todos. Seu cérebro está cheio até a borda com todos os fatos, números e

ideias que você aprendeu durante o semestre. Com confiança em seu passo

você anda até à classe e toma o seu lugar. O professor sorri e anuncia que

haverá apenas uma pergunta sobre o teste. Você sorri para si mesmo

pensando que será, certamente, um dos itens que o professor passou na

semana passada, sobre o guia de estudo do teste final. Mas, quando o

exame é colocado em sua mesa sua boca cai aberta, enquanto você olha

para a questão em descrença absoluta. A questão não é uma das perguntas

sobre o guia de estudo. Na verdade, a questão pede-lhe para escrever uma

dissertação de cinco páginas sobre um tema que não foi sequer

apresentado na aula! Enquanto a raiva e frustração crescem dentro de

você, seus olhos miram o professor e você resmunga meio em voz alta:

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“Que tipo de professor estúpido iria testar seus alunos sobre uma

questão que nunca salientou a importância de nem sequer ser discutida em

sala de aula?”

Essa é uma pergunta justa, não é? Afinal de contas, nós esperamos

que o professor cubra os temas mais importantes na classe, e temos todo

o direito de esperar que esses mesmos assuntos sejam parte do teste final.

Se algum professor fizesse o que o professor na ilustração acima fez,

estaríamos indignados. Isso vai contra todos os sentidos da justiça humana

e decência. Gostaríamos de considerar isso uma ofensa, um truque

manhoso, um sinal de incompetência total. Teríamos todo o direito de

informar esse comportamento para a diretoria da escola e pedir que o

professor fosse repreendido.

Agora considere Jesus. Ele é o maior Mestre que o mundo já

conheceu. Nunca houve um melhor professor, nem nunca haverá outro tão

bom quanto Ele. Ele era simplesmente o melhor. Ele sabia exatamente

como preparar seus alunos para os testes que eles enfrentariam na vida. Se

Jesus e os Apóstolos compreenderam que o Sábado é o grande “teste final”

que virá para cada alma, então certamente que teriam gasto uma

quantidade adequada de tempo ensinando isso aos seus seguidores.

Certamente eles teriam salientado a importância da guarda do Sábado para

os seus seguidores e os advertido sobre os terríveis perigos da adoração

no Domingo. Se eles falharam em fazer isto, então poderíamos considerá-

los como professores incompetentes.

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Jesus, um Professor Incompetente?

Jesus era um professor incompetente? Porventura, de alguma

forma, Ele falhou ao chegar ao ponto a respeito do Sábado, deixando as

gerações seguintes a perder-se em mistério e confusão a respeito do

significado urgente do Sábado? A verdade é que Jesus e os autores do

Novo Testamento raramente mencionaram o Sábado, e nas poucas vezes

em que eles fizeram isso, eles deixaram a impressão de que o dia de

adoração não deveria ser um ponto de discórdia entre os crentes.

Tome o apóstolo Paulo, por exemplo. Quando ele acreditava que

algo era importante, ele enfatizava repetidas vezes em suas epístolas.

Essencialmente na mente de Paulo estava a graça, fé, esperança e amor,

que ele escreveu a respeito repetidas vezes. Se o Sábado era de tal

importância extrema, então Paulo certamente teve todas as oportunidades

para discutir o assunto porque o assunto era, aparentemente, um assunto

de interesse para os romanos e os colossenses. Nessas cartas, Paulo é mais

eloquente pelo que ele não diz. Em vez de ensinar os crentes sobre a

importância esmagadora da observância do Sábado, Paulo não diz nada

sobre o seu significado. Ele não diz que é um grande muro de separação

entre crentes verdadeiros e falsos; ele não brilha mais brilhante do que os

outros mandamentos; não é o “teste final”. Em vez disso, Paulo minimiza

a importância de dias de guarda:

“Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias.

Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que

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distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come, para o Senhor

come, porque dá graças a Deus.” [2]

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou em

relação aos dias de festa, ou pela lua nova, ou pelo Sábado, os quais são

sombras das coisas futuras, mas o corpo [é] de Cristo.” [3]

Se Paulo ensinou aos Cristãos que eles não devem julgar uns aos

outros no que diz respeito à manutenção de um dia de adoração, então

como poderia o Sábado, eventualmente, ser o grande “muro de separação”

entre os crentes verdadeiros e falsos crentes? Como poderia ser um teste

de lealdade? Paulo permitiu aos cristãos que julgassem os outros cristãos

em relação à gula, o comportamento imoral, e o ensino de falsos

evangelhos, mas ele não lhes permitiu julgar um ao outro sobre o dia de

Sábado. Por quê? Poderia ser que a questão da observância do Sábado

fosse de menor importância do que estes outros comportamentos? Não

deveríamos tomar a sugestão de Paulo e tratar a questão da observância

do Sábado da mesma forma que ele fez?

Em vez de focar no Sábado, Jesus e os Apóstolos focaram nos

grandes temas cristãos da salvação, fé, amor abnegado, perdão e vida

eterna. Por que Jesus e os Apóstolos concentraram tanta atenção sobre

estes temas, se o Sábado seria o grande fator decisivo que determinaria

quem era um verdadeiro Cristão e quem era um falso Cristão? Eram

professores incompetentes? Ou será que os Adventistas elevaram a

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questão da observância do Sábado a uma posição que os Apóstolos nunca

quiseram que ele ocupasse?

De acordo com a profetisa Ellen White, o Sábado é a grande prova

final da humanidade:

“O Sábado será o grande teste de lealdade, pois é o ponto da

verdade especialmente controvertido. Quando o teste final for trazido

sobre os homens, será traçada em seguida, a linha de distinção entre

aqueles que servem a Deus e aqueles que não servem a Ele.” [4]

Compare isso com os ensinamentos de Jesus e os Apóstolos que

nunca descrevem o Sábado como um “teste final” de qualquer tipo. Jesus

é muito explícito quanto ao que é o “teste final”. De fato, em um de seus

maiores sermões a seus discípulos, Ele explica exatamente o que o “teste

final” será. Aqui está o teste final de Cristo, tal como descrito na Bíblia

Adventista Clear Word Bible [Nota do Tradutor: Paráfrase da Bíblia em

inglês, produzida pelos Adventistas]:

“Todos na terra serão reunidos diante dele, e ele separará aqueles

que são genuinamente Seus daqueles que não são, como o pastor separa

as ovelhas dos cabritos durante o tempo de corte. Ele vai chamar as

ovelhas à sua direita e os cabritos à Sua esquerda. Então Ele dirá aos que

estiverem à sua direita: ‘Vocês são filhos de Deus, porque vocês são tão

parecidos com Ele. Venham! É hora de vocês receberem a herança. Vocês

se preocupavam com os outros, o que mostra que vocês se importam

comigo. Quando os outros estavam com sede, vocês deram-lhes água.

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Quando eles estavam com fome, vocês deram-lhes comida, e quando eles

estavam sem um lugar para viver, vocês os levaram. Quando eles não

tinham nada adequado para vestir, vocês deram-lhes roupas. Quando eles

estavam doentes, vocês os visitaram e os consolaram, e quando eles

estavam na prisão, vocês não os esqueceram.’” [5]

Jesus disse: “Vocês são filhos de Deus, porque vocês foram à

igreja no Sábado e criticaram aqueles que iam à igreja no Domingo?” Não!

O Sábado nunca foi um teste para os Cristãos gentios e nunca será. O teste

final será se uma pessoa tem ou não o caráter altruísta e amoroso de Jesus

Cristo.

Alguém poderia argumentar que o indivíduo que mais anseia que

o Sábado seja o “teste final” é, na verdade, o próprio Satanás. Satanás

sempre foi retratado na Bíblia como aquele que procura maneiras de

distrair os Cristãos do verdadeiro Evangelho. Por milhares de anos, ele

vem tentando voltar a atenção dos cristãos a discutirem quais requisitos

legalistas devem ser atendidos, a fim de serem perfeitos o suficiente para

serem salvos. Se ele consegue que os cristãos discutam sobre o legalismo,

restrições alimentares, dias e horários, e outras exigências triviais, então

ele pode desviar os olhos do tema principal do Cristianismo, que é a

salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo. A estratégia de Satanás

é fazer com que os Cristãos se concentrem em quais requisitos legais

devem cumprir, a fim de serem salvos ao invés de focar na obra

consumada da expiação de Cristo. Se Satanás puder fazer o Sábado ser o

“teste final”, então ele terá sucesso em substituir um requisito legal para

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o verdadeiro teste final, que é nascer de novo, recebendo o caráter

abnegado do Cordeiro de Deus.

NOTAS

1. Ellen White, Prophets and Kings, p. 188.

2. Romanos 14:5, 6.

3. Colossenses 2:16, 17.

4. Ellen White, Great Controversy, p. 605 (1911).

5. Mateus 25:32-36, conforme consta na Clear Word Bible.

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CAPÍTULO 4: QUAIS SÃO AS CHANCES DE UMA LEI

DOMINICAL NACIONAL?

O mundo do século XXI é muito diferente do mundo do final dos

anos 1800. Ao longo dos últimos 120 anos, a demografia do país que é

dito desempenhar o centro do palco no drama do decreto dominical - os

Estados Unidos - mudou drasticamente. No final de 1880, os Estados

Unidos eram uma nação de Protestantes frequentadores de igreja. Não é

assim hoje. A nação é muito mais diversificada. Cerca de um quarto da

população agora é Católica Romana. Há também agora outras religiões

com participações significativas nos Estados Unidos. Vamos considerar

algumas dessas outras religiões e o poder e influência que eles exercem.

JUDEUS

O exemplo mais significativo das mudanças demográficas dos

Estados Unidos são os judeus. Durante o último século, muitos judeus

emigraram para os Estados Unidos. Em 2007, havia mais de seis milhões

de judeus nos Estados Unidos. Muitos deles guardam o Sábado ou

simpatizam com aqueles que observam o Sábado. Qualquer lei dominical

teria de passar por cima das objeções desses sete milhões de judeus. Isto

é altamente improvável. A comunidade judaica nunca foi mais influente

nos sistemas jurídicos e políticos dos Estados Unidos do que é hoje. Em

2000, o primeiro judeu - um senador guardador do Sábado de Connecticut

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chamado Joseph Lieberman - foi indicado como candidato a vice-

presidente e foi derrotado no colégio eleitoral dos Estados Unidos, apesar

de ganhar a maioria dos votos populares. A mídia dos EUA, o sistema

legal e a estrutura do poder geral em Washington, DC, são todos

excessivamente influenciados pelos judeus observadores do Sábado.

Muitos judeus ocupam posições chave de poder em altos cargos

governamentais, onde eles podem influenciar o modo de vida americano.

Há judeus proeminentes que possuem impérios financeiros substanciais,

dando-lhes ampla influência na sociedade americana. Imaginar que os

judeus permitiriam que qualquer tipo de lei ordenando a observância do

domingo até mesmo avançar para o estágio de consideração séria é

totalmente ridículo.

MUÇULMANOS

A próxima minoria significativa a se considerar é a comunidade

muçulmana. O Islã é a religião que mais cresce e a segunda maior religião

do mundo, com cerca de 1,5 bilhões de seguidores em 2007. Esta religião

que cresce rapidamente hoje conta com mais de sete milhões de adeptos

nos Estados Unidos. O dia santo semanal do Islã é a sexta-feira. Esta

grande comunidade de crentes seria ultrajada se os Cristãos tentassem

forçá-los a observar o Domingo como um dia de adoração. Não há dúvida

de que eles usariam seu crescente poder político e quaisquer outros meios

à sua disposição para bloquear tal tentativa.

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SECULARISMO

A próxima grande comunidade a considerar é a comunidade

secular. Ao contrário dos anos 1880, quando esta comunidade era

pequena, hoje existem cerca de trinta milhões de membros desta

comunidade. Isso inclui agnósticos, humanistas seculares, e bem mais de

um milhão de ateus. Ao longo dos últimos quarenta anos, este grupo tem

sido muito bem sucedido na remoção da religião da arena pública. Eles

conseguiram afastar os Dez Mandamentos e a oração das escolas públicas.

Eles ganharam sucesso após o outro sobre a oposição de grupos Cristãos.

É absurdo supor que este grupo enorme, muito educado, e politicamente

poderoso de secularistas vai permitir aos Cristãos um palmo de terreno

para voltar a religião à vida pública. Você pode estar certo de que este

grupo vai se opor a qualquer legislação religiosa, e é provável que eles

vão ter o mesmo sucesso contra as leis dominicais que tiveram contra

qualquer outra instituição religiosa nos Estados Unidos durante as últimas

décadas.

HOMOSSEXUAIS

Outro grupo que tem de ser considerado é a comunidade

homossexual. Essas pessoas, que potencialmente somam 10-20.000.000,

pertencem a uma variedade de religiões, incluindo o secularismo. Por

causa da resistência do Cristianismo evangélico à homossexualidade, esta

comunidade se opõe fortemente aos Católicos e Evangélicos - os dois

grupos que seriam mais propensos a favor de uma lei dominical. Os

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homossexuais têm influência política tremenda nos Estados Unidos.

Novamente, é muito provável que qualquer legislação dominical proposta

seria contestada por este grupo.

OS GUARDADORES DO SÁBADO

Outro grupo cada vez mais poderoso é a própria comunidade

observadora do Sábado. A guarda do Sábado tornou-se uma prática cada

vez mais popular nos Estados Unidos e em todo o mundo. Isso é mostrado

pelo aumento da influência política da Igreja Adventista do Sétimo Dia e

sua crescente adesão mundial - mais de 15 milhões de membros em todo

o mundo em 2007, um milhão dos quais residem nos Estados Unidos. Os

Adventistas, longe de serem uma pobre minoria impotente, suscetível à

tirania da “estrutura de poder”, já há algum tempo tem sido uma parte

dessa estrutura de poder. Adventistas compreendem um segmento

relativamente afluente, bem posicionado, politicamente conservador e

amplamente aceito da sociedade americana [Nota do Tradutor:

Inclusive, o neurocirurgião Adventista Ben Carson pretendeu concorrer à

presidência da nação em 2015, mas desistiu]. Em todas as outras formas

além das suas crenças peculiares, eles são virtualmente indistinguíveis da

grande massa da materialista e próspera classe média a classe média alta

americana.

Ao contrário de 1800, quando os Adventistas eram um grupo

isolado com uma animosidade amarga existente entre eles e outras igrejas

Cristãs, os Adventistas hoje são mais aceitos do que nunca. Adventistas

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do Sétimo Dia percorreram um longo caminho no sentido de serem aceitos

pela linha principal da religião. A Igreja Adventista abrandou alguns dos

seus mais duros ensinamentos legalistas, e a comunidade Cristã tornou-se

mais aceitável em relação a eles, até mesmo ao ponto de deixar cair o

rótulo de “seita”, que foi tão amplamente utilizado em referência aos

Adventistas em meados dos anos 1900. Nas últimas décadas, os

Adventistas têm atenuado a retórica, exibindo uma face mais tolerante

para o mundo, colocando mais ênfase em ideais religiosos tradicionais, e

minimizando muitas das doutrinas estranhas e distintivas que

anteriormente levaram muitos a consideram os Adventistas como um

povo peculiar. Como resultado desta “cirurgia plástica”, o Adventismo

atingiu um nível sem precedentes de aceitação nos Estados Unidos. Isso

foi evidenciado na recente campanha eleitoral de 2008 nos EUA, onde o

presidente Bush e a senadora Hillary Clinton diretamente dirigiram-se aos

Adventistas do Sétimo Dia, exaltando suas virtudes enquanto pediam o

seu apoio político.

Nunca houve mais cidadãos nos Estados Unidos adorando no

Sábado do que há hoje. Há alegadamente, mais de 300 diferentes

organizações religiosas que adoram no Sábado, incluindo os Adventistas,

vários grupos da Igreja de Deus, Batistas do Sétimo Dia, os Judeus

Messiânicos, algumas igrejas Pentecostais, algumas igrejas Apostólicas, e

toda uma série de outras. Alguns desses grupos têm experimentado taxas

recordes de crescimento ao longo do último século. O sabatismo nunca foi

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mais popular e mais aceito do que é hoje. Não há dúvida de que qualquer

legislação dominical seria radicalmente contra esses grupos.

AS RELIGIÕES ORIENTAIS

Outro grupo grande que, provavelmente, se oporia à legislação

dominical inclui as religiões orientais, como Hinduísmo e o Budismo. Em

2007, foram estimados que seis milhões de Budistas e três milhões de

Hindus vivem nos Estados Unidos. Estas religiões não têm absolutamente

nada a ganhar com a legislação de aplicação da observância de um dia

santo Cristão, e não há dúvida de que iriam se opor vigorosamente.

ADEPTOS DA NOVA ERA

Existe uma infinidade de adeptos da Nova Era, pagãos, nativos

americanos e religiões tribais nos Estados Unidos. Seus adeptos agora

estão na casa dos milhões. Essas religiões estão experimentando um

ressurgimento enorme nos últimos anos. Por exemplo, a Igreja Wicca

(bruxaria) agora é a igreja que mais cresce nos Estados Unidos. Esses

grupos não têm interesse em quaisquer leis impondo um dia de culto

Cristão e quase certamente lutariam contra elas.

OUTROS GRUPOS CRISTÃOS

Além de todos esses grupos, há um número de igrejas Cristãs que

seria muito improvável que apoiassem qualquer legislação de aplicação

de observâncias religiosas. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos

Últimos Dias (Mórmons), com quase metade de seus 13 milhões de

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membros que residem nos Estados Unidos, compartilha muitas

semelhanças com o movimento Adventista e não seria susceptível de

apoiar essas leis. Da mesma forma, Testemunhas de Jeová, com mais de

um milhão de seus sete milhões de membros vivendo nos EUA, também

não seriam susceptíveis de apoiá-la. A Fé Bahá’í provavelmente não iria

apoiá-la. A Cientologia, que reivindica mais de 3 milhões de membros nos

EUA, provavelmente não tem interesse em uma lei dominical. Nem

alguns grupos de Batistas que têm uma secular tradição de defenderem a

liberdade religiosa e a separação entre Igreja e Estado. Nem os dois

milhões de membros da Igreja de Cristo [Church of Christ]. É uma

doutrina fundamental dessa igreja, mantida por muitos anos, que nem o

Domingo nem o Sábado deve ser considerado um dia sagrado de

adoração. É impossível acreditar que esses 5 milhões de membros (2

milhões nos EUA) apoiariam qualquer tipo de legislação dominical. Eles

ensinam que nenhuma parte da lei do Antigo Testamento é obrigatória

para os Cristãos. No lado liberal do espectro religioso, a Igreja Unitária

pós-cristã também não seria susceptível de pressionar por leis impondo

observâncias religiosas.

Sobrou Alguém para Pressionar por Leis Dominicais?

Então o que nos resta? Ficamos com as igrejas Católicas e

Protestantes que têm mostrado muito pouco interesse em seguir a

legislação dominical nos últimos 100 anos. As legislações que estes

grupos têm buscado, como retornar a oração para as escolas públicas e a

proibição do aborto, foram frustradas repetidamente ao longo dos anos.

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Vários grupos de ação política surgiram ao longo dos anos, como a

“Maioria Moral” e a “Coalizão Cristã”, mas reuniram-se com apenas um

sucesso limitado no campo de batalha político.

Enquanto a observância do Sábado foi feita um problema

gigantesco por Adventistas do Sétimo Dia, para os não-sabatistas não é

nenhum problema afinal. É um não-problema sem sentido, e eles dão a

todo o assunto não mais atenção do que o próprio Jesus. Não-Adventistas

certamente não estão ameaçados pela guarda do Sábado. Se há alguma

coisa, eles olham para os sabatistas com pena - como sendo ignorantes,

cegos espiritualmente, legalistas auto-iludidos. Eles não os veem como

qualquer ameaça para si ou para os seus sistemas de crenças. Portanto, é

certamente duvidoso que mesmo os Cristãos Evangélicos fariam qualquer

esforço para impor suas crenças sobre os sabatistas.

Nativos Americanos Resistem com Êxito ao Governo dos

Estados Unidos

Só para mostrar o quão pouco poder político é necessário para

resistir à legislação governamental nos Estados Unidos, considere o

pequeno grupo de índios nativos americanos que fumam peyote, uma

droga ilegal, nos seus serviços religiosos. Os Estados Unidos foram

incapazes de proibir o uso de uma droga ilegal por este pequeno grupo

religioso nativo americano. Se eles não podiam sequer parar o uso de

drogas ilegais em uma religião, como eles irão possivelmente forçar

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uma centena de milhões de não-guardadores do Domingo a adorar no

Domingo? Pense nisso.

Uma Lei Dominical Universal? Isso É Possível?

E quanto ao resto do mundo? Os Cristãos representam menos de

um terço da população global. Quem é que vai impor o culto de Domingo

sobre os dois bilhões de muçulmanos que adoram na sexta-feira? E sobre

os dois bilhões de hindus, budistas e outras religiões orientais? Quem é

que vai fazê-los começar a observar o Domingo? E sobre as centenas de

milhões de pessoas que são secularistas, agnósticos e ateus? Quem é que

vai obrigá-los a adorar alguma coisa? Devemos acreditar que os Estados

Unidos são fortes o suficiente para não só forçar o seu próprio povo a

adorar no Domingo, mas também todo o mundo a fazer o mesmo? Vimos

a grande dificuldade que os Estados Unidos tiveram na tentativa de manter

a ordem na pequena nação do Iraque em 2005-2008. Se os Estados Unidos

não podem sequer manter a ordem em uma nação pequena, então como é

que vão enfrentar o mundo inteiro?

A China Comunista, uma super-potência que está rapidamente

expandindo suas capacidades de mísseis nucleares, e a maior maquinaria

militar do planeta, repleta de hardware high-tech da antiga União

Soviética, não irá deixar os Estados Unidos decidirem em que dia seu

povo adorará. A Índia hindu, o Paquistão muçulmano e o Israel judeu têm

armas nucleares. Os Estados Unidos não podem ditar nada a essas nações.

Vamos encarar os fatos. Simplesmente não há possibilidade de os Estados

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Unidos forçarem o mundo inteiro a adorar no Domingo e matarem os

observadores do Sábado.

Um Rebuscado Cenário do Fim dos Tempos

A fim de se livrar dessa situação, os Adventistas do Sétimo Dia

inventaram um cenário do fim dos tempos rebuscado que não é nem

remotamente encontrado em qualquer lugar na Bíblia. De acordo com os

Adventistas, Satanás vai se disfarçar de Jesus a fim de convencer o mundo

a aprovar leis dominicais. Satanás vai aparecer como Jesus em certos

lugares da Terra e de alguma forma convencer o mundo inteiro a começar

a adorar no Domingo e matar aqueles que guardam o Sábado.

Pare por um momento e considerar quão ridículo isto realmente é.

Nós perguntamos, que cristão vai acreditar em um Cristo que quer

matar pessoas por irem à igreja no Sábado? O próprio Cristo disse:

“Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos

homens, mas para salvá-las.” (Lucas 9:56)

Quem é que vai acreditar em um Cristo que contradiz diretamente

as palavras que Ele falou na Bíblia? Cristo não permitiu nem mesmo Pedro

usar sua espada em legítima defesa! Você pode imaginar Cristo ordenando

que as pessoas sejam assassinadas por adorá-lo no Sábado? Nós

perguntamos: que Cristão vai ser tolo o suficiente para acreditar em um

Cristo que quer matar pessoas por nenhuma razão melhor do que a que

elas vão à igreja no Sábado? A Bíblia diz claramente que Satanás é um

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assassino (ver João 8:44). Quem é que vai acreditar em um Cristo que quer

assassinar certos cristãos? Alguém teria que olhar muito longe para

encontrar um único Cristão que é estúpido o suficiente para acreditar que

Cristo é um assassino! Se Satanás fizesse uma aparição divulgando um

plano de “matar os observadores do Sábado”, e tentasse impingir um

estratagema tão incrivelmente absurdo em cima do mundo, o mundo

inteiro se levantaria contra ele e o crucificaria!

Por que Satanás tentaria algo tão autodestrutivo como a aprovação

de uma lei dominical? Ele está indo muito bem agora! O mundo está se

movendo rapidamente a uma era pós-cristã. Alguns afirmam que a

Austrália e a Europa já entraram numa era pós-cristã e os Estados Unidos

não estão muito atrás. Pagãos, Nova Era, e religiões ocultistas estão

experimentando uma tremenda onda de popularidade. O secularismo, o

materialismo, e sensualismo estão comendo o coração do Cristianismo.

Por que os Adventistas estão olhando para uma futura perseguição? Os

Cristãos já estão sofrendo um número recorde de perseguições em todo o

mundo. Com todo o sucesso que ele está atualmente tendo, perseguindo

os Cristãos e levando as pessoas para longe do Cristianismo, por que

Satanás quer estabelecer leis impondo uma prática Cristã tradicional sobre

o mundo? Se ele fizesse isso, ele estaria voltando a atenção das pessoas

de volta para o Cristianismo, forçando as pessoas a passar o tempo

contemplando Deus. Ele estaria lutando contra seus próprios interesses!

O cenário do fim dos tempos Adventista simplesmente não faz sentido.

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CAPÍTULO 5: O DECRETO DOMINICAL É UMA

AMEAÇA REAL?

Em 1998, um número de Adventistas do Sétimo Dia preocupados

enviou e-mails ao autor desse livro. O Vaticano havia recentemente

divulgado uma carta apostólica escrita pelo Papa intitulada “Dies

Domini”. Nesta carta, o papa João Paulo II exalta as virtudes da guarda

do Domingo a seus seguidores. Alguns Adventistas conjecturaram que

esse poderia ser o início do tão aguardado decreto dominical. Eu li a carta

do papa e não encontrei nada que justificasse qualquer preocupação sobre

uma futura legislação dominical. O papa brevemente sublinhou a

necessidade de os católicos assegurarem que a legislação governamental

respeite a sua liberdade de culto no Domingo:

“Por isso, também, nas circunstâncias específicas do nosso tempo,

os Cristãos vão naturalmente se esforçar para garantir que a legislação

civil respeite seu dever de santificar o Domingo.” [1]

É claro, os líderes Adventistas do Sétimo Dia muitas vezes

encorajam seus membros a fazer exatamente o mesmo - apoio à legislação

que garante a liberdade de culto no Sábado.

Mesmo que não houvesse nada na carta para causar preocupação,

por um tempo, houve alguma excitação entre os Adventistas. Talvez as

palavras de sua profetisa estavam finalmente se tornando realidade. Mas,

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infelizmente, depois de mais de uma década [Nota do Tradutor: agora,

mais de duas décadas], nada aconteceu e a excitação gradualmente

esfriou. Começou a parecer como se os Adventistas, desesperados por

qualquer validação da sua teoria do decreto dominical, estivessem se

agarrando a qualquer menção do Domingo por um líder cristão como uma

indicação das tão antecipadas leis dominicais.

Enquanto os Adventistas estão se preocupando com o decreto

dominical, os seus irmãos e irmãs Cristãos não parecem ter qualquer

interesse em forçar os observadores do Sábado a adorar no Domingo. É

verdade que há alguns cristãos que gostariam de leis que lhes dessem

liberdade para adorar no Domingo, sem serem forçados a ir para o

trabalho. No entanto, imaginar que Cristãos guardadores do Domingo

queiram forçar outros a observar o Domingo como dia religioso é absurdo.

O grupo mais ávido em promover a observância do Domingo nos

Estados Unidos é a “Aliança do Dia do Senhor”. Recentemente, o líder

dessa organização foi questionado se ele pretendia impor a observância

do Domingo aos observadores do Sábado. Aqui está a sua resposta:

“Eu acredito no caminho voluntário de adoração e não acredito que

deva haver uma igreja estatal e, portanto, não proponho qualquer tipo de

uma religião civil.

Eu aprecio a liberdade que temos em nosso país e, como eu disse

a você, eu vou fazer tudo o que posso para ajudar a manter essa liberdade,

que inclui a liberdade de culto. Também é completamente estranho para

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mim ... estar envolvido em qualquer tipo de perseguição a qualquer um

que discorde de mim sobre qualquer assunto, incluindo o dia de adoração.

... Nós acreditamos que a melhor maneira para as pessoas adorarem como

deveriam é adorar como elas são guiadas sem qualquer legislação

obrigando aquela adoração ou aquele dia de descanso.” [2]

Esta é uma resposta típica de líderes Cristãos. Eles não têm

interesse em impor a observância do Domingo sobre os observadores do

Sábado. Abaixo está um exemplo de como uma típica igreja Cristã não

Adventista vê o assunto de impor leis religiosas sobre os outros:

“Liberdade individual da alma

Cada indivíduo, seja crente ou descrente, tem a liberdade de

escolher o que ele acredita ser certo. Ninguém deve ser forçado a

concordar com qualquer crença contra a sua vontade. Batistas sempre se

opuseram à perseguição religiosa.” [3]

A maioria dos Cristãos concorda com o que o apóstolo Paulo disse:

“Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias.

Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz

caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor

o não faz.” (Romanos 14:5-6)

A maioria dos Cristãos concorda com Paulo que o dia de adoração

deve ser uma questão de consciência pessoal e nunca deve ser um

problema a dividir os crentes. A maioria dos Cristãos observadores do

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Domingo provavelmente ficaria chocada e indignada se eles fossem

informados de que os Adventistas ensinam que os guardadores do

Domingo vão estar envolvidos na perseguição aos observadores do

Sábado e restringindo a sua liberdade de religião. A maioria dos Cristãos

observadores do Domingo ficaria horrorizada com tal ação e lutaria contra

qualquer legislação que infringisse as liberdades religiosas de outros

Cristãos.

A verdade é que, ao longo do século passado, Adventistas do

Sétimo Dia nunca produziram qualquer evidência substancial de que os

líderes cristãos têm a intenção de impor a observância do Domingo sobre

os cristãos sabatistas. Pelo contrário, há evidências significativas de que o

Congresso não tem a intenção de aprovar quaisquer leis dominicais em

qualquer momento no futuro próximo. Por exemplo, observe o que o ex-

líder da Câmara da Maioridade, Dick Armey escreveu:

“Eu não ouvi falar de qualquer legislação no Congresso que

estabelecesse uma lei azul nacional, colocando o Domingo como um dia

nacional de adoração.” [5]

A única evidência que os Adventistas têm é o comportamento da

Igreja Católica no passado. Sua teoria é que a Igreja Católica vai mais uma

vez recuperar a supremacia no mundo e voltar a instituir a inquisição e

outras perseguições religiosas do passado.

Depois de passar séculos recentes pedindo desculpas por seus

erros passados, é difícil imaginar a Igreja Católica reinstituindo as

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próprias instituições que admite agora que estavam erradas. Também é

difícil imaginar a comunidade mundial sentada de braços cruzados e

deixando que o Vaticano assassine todos os observadores do Sábado no

mundo. O que o Catolicismo esperaria especialmente ganhar por matar

todos os observadores do Sábado no mundo? Se eles já estivessem a tentar

um ato tão ultrajante, seriam considerados como piores do que Hitler, a

quem o mundo inteiro repugna. Seria isso uma coisa sábia para a igreja

Católica fazer? Isso lhe tornaria popular? Longe disso! Se eles tentassem

esse ato, o mundo inteiro iria provavelmente se levantar contra eles e

destruí-los da mesma forma que se levantou e destruiu Hitler.

Toda a conversa especulativa Adventista sobre o Catolicismo

recuperando o controle do mundo é divertida. Durante séculos, a Igreja

Católica tem estado em um declínio constante do poder. A igreja está a

perder terreno em muitos lugares em todo o mundo. Pentecostais e outras

igrejas Protestantes, incluindo Adventistas do Sétimo Dia, fizeram

grandes avanços na conquista de convertidos nas fortalezas uma vez

Católicas da América Central e do Sul. Se as conversões continuarem no

ritmo atual, a Igreja Católica em breve se tornará uma minoria em um

número desses países. Na Europa, as pessoas estão, em sua maior parte,

vivendo em um mundo pós-Cristão secular. O Cristianismo em geral e a

Igreja Católica, em particular, já não têm qualquer relevância para muitos

europeus. A Igreja Católica vem lutando financeiramente. Estava tendo

dificuldades em atrair novos padres e freiras. A Igreja Católica tem

mesmo ido tão longe a ponto de reunir-se com o seu inimigo de outrora -

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a igreja Luterana -, para redefinir o seu ensinamento sobre a salvação, a

fim de fazer as pazes com os Luteranos. A Igreja Católica também está

enfrentando dificuldades com a má conduta sexual de padres, sacerdotes

que diferem publicamente das políticas papais, e disputas internas sobre

uma série de questões, como a ordenação de sacerdotisas do sexo

feminino. Ao invés de ser um super-poder pronto para assumir o controle

do mundo e impor a observância do Domingo sobre todos, o Catolicismo

é uma igreja em declínio, lutando para sobreviver em um mundo que já

não se agarra à sua relevância.

O que dizer quando Católicos e Protestantes se unem sobre um

assunto? Quando eles estão juntos é que eles têm a força política para

impor sua vontade sobre o povo dos Estados Unidos? De modo nenhum.

Por mais de 35 anos, os Cristãos Evangélicos e Católicos lutaram unidos

para parar o assassinato de bebês inocentes em clínicas de aborto. Esta é

uma questão passional que evoca fortes sentimentos de muitos Cristãos.

Apesar de todos os sentimentos fortes, apesar de todas as tentativas de

líderes da igreja para manterem seus rebanhos envolvidos na batalha,

muito pouco tem sido realizado. Se os Católicos e Protestantes se uniram

sobre a questão do aborto por mais de 35 anos e ainda não conseguiram

aprovar uma lei que o interrompa, então como é que se espera que eles

aprovem uma lei sobre a observância do Domingo - um assunto no qual a

maioria dos Católicos e Evangélicos não têm nenhum interesse? Você

consegue imaginar um pastor de pé em seu púlpito tentando motivar seu

rebanho para sair e aprovar leis para matar os observadores do Sábado,

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apenas porque eles preferem adorar no Sábado, ao invés de no Domingo?

Isso é o cúmulo do absurdo! Se algum pastor se levantasse e dissesse uma

coisa dessas para sua congregação, provavelmente seria o último sermão

que ele pregaria naquela igreja!

Os grupos religiosos que deveriam ser tão fortes e tão ansiosos

para perseguir os observadores do Sábado, na realidade, estão sofrendo da

mesma falência espiritual, mal-estar, materialismo, confusão, corrupção e

divisão interna como a Igreja Adventista do Sétimo Dia está sofrendo. A

igreja Cristã não está mais fazendo as regras nos Estados Unidos. A igreja

Cristã está lutando apenas para manter a sua posição em uma sociedade

cada vez mais secularizada e materialista. Na verdade, a igreja não tem

mesmo o poder de manter as leis dominicais existentes (chamadas “leis

azuis”) sobre os livros nos Estados Unidos. De acordo com Joseph Conn,

um líder da organização “Americanos Unidos pela Separação entre Igreja

e Estado”, a nova legislação dominical é agora altamente improvável nos

Estados Unidos:

“Eu acho que há pouca chance de uma legislação dominical nos

Estados Unidos no futuro imediato. Aqui, a tendência é no sentido oposto.

Leis de fechamento dominical estão sendo gradualmente revogadas ou

derrubadas pelos tribunais.” [6]

Enquanto o cenário de Ellen White sobre a lei dominical no tempo

do fim pode ter parecido um pouco plausível na década de 1880, é tão

implausível hoje que beira o absurdo. Seria preciso procurar muito para

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encontrar um único cristão guardador do Domingo que quisesse usar a

força para obrigar os observadores do Sábado a adorar no Domingo. Nos

últimos anos, alguns Adventistas do Sétimo Dia têm sugerido que o

movimento de lei dominical está ocorrendo de forma encoberta. Está

acontecendo a portas fechadas, sob as cobertas do sigilo. Assim, a lei

dominical nacional tornou-se a teoria da conspiração final. Quem são

essas pessoas misteriosas que querem impor o culto de Domingo sobre o

mundo? Onde elas estão? Quais são os seus nomes? O que elas estão

possivelmente ganhando por esconder? É duvidoso que vamos saber as

respostas a essas perguntas.

NOTAS

1. Papa João Paulo II, Dies Domini.

2. Jack P. Lowndes, diretor-executivo da Aliança do Dia do

Senhor, em uma carta a Azenilto Brito, em 05 de março de 1993.

3. Regular Baptist Church, The Baptist distintivos.

4. Romanos 14:5, 6.

5. Dick Armey, em carta a Paul Lorenz, 02 de outubro de 1992.

6. Joseph Conn, conforme citado em Liberty.

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CAPÍTULO 6: A MARCA DA BESTA?

Em 1847, Ellen White escreveu:

“Eu vi que o número (666) da imagem da besta estava feito; e que

a besta havia mudado o Sábado, e que a imagem da besta se seguiu após,

e manteve o Sábado do papa, não o Sábado de Deus. E tudo que tínhamos

de fazer era abandonar o sábado de Deus e guardar o do Papa e então

teríamos a marca da besta e de sua imagem.” [1]

Cinquenta anos depois, em 1897, o pioneiro adventista Uriah

Smith reitera a posição Adventista de que o Sábado do Papa é a marca da

besta:

“Esta mudança do quarto mandamento deve, portanto, ser a

mudança para a qual a profecia aponta, e o Domingo deve ser a marca

da besta!” [2]

Em 1898, Ellen White escreveu:

“João foi chamado a contemplar um povo distinto daqueles que

adoram a besta e sua imagem por guardar o primeiro dia da semana. A

observância desse dia deve ser a marca da besta.” [3]

Como é que uma pessoa recebe a marca da besta? De acordo com

os Adventistas do Sétimo Dia, é pela observância do Domingo. Como é

que se observa o Domingo? Ellen White deixa isso perfeitamente claro:

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“Se a luz da verdade foi apresentada a você, revelando o Sábado

do quarto mandamento, e mostrando que não há fundamento na Palavra

de Deus para a observância do Domingo, e ainda assim você se apega ao

falso Sábado, recusando-se a santificar o Sábado que Deus chama de ‘Meu

santo dia’, você recebe a marca da besta. Quando isto acontecerá?

Quando você obedecer ao decreto que ordena que você deixe de

trabalhar no Domingo e adore a Deus, enquanto você sabe que não há

uma palavra na Bíblia que apresenta o Domingo como diferente de um dia

de trabalho comum, você concorda em receber a marca da besta e recusa

o selo de Deus.” [4]

Note cuidadosamente que, a fim de receber a marca da besta, deve-

se:

1. “Deixar o trabalho no Domingo” e

2. “Adorar a Deus” no Domingo.

Em 1800 alguns Adventistas do Sétimo Dia foram presos e

encarcerados por breves períodos por violar as leis que proibiam o

trabalho no Domingo. Duas de suas editoras, uma em Londres e outra em

Basel, na Suíça, foram fechadas por ignorar a legislação e leis que

regulavam as horas de trabalho feminino no Domingo. Neste momento,

muitos Adventistas consideraram o cessar do trabalho no Domingo como

uma violação do quarto mandamento. A razão por trás de sua recusa em

cessar o trabalho se encontra em Êxodo 20:9, “Seis dias trabalharás, e

farás toda a tua obra”. Eles interpretaram isto como dizendo que estavam

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sob a exigência de Deus para trabalhar seis dias por semana. Portanto, eles

sentiram que era uma violação do mandamento de Deus e uma renúncia

de sua fé cessar o trabalho no Domingo.

Houve uma divisão na igreja sobre este assunto. Alguns na igreja

questionaram a necessidade de propositadamente incitar as autoridades

locais, trabalhando no Domingo. Eles propuseram que os Adventistas se

conformassem com as leis locais que proibiam o trabalho no Domingo.

Finalmente, uma pequena crise ocorreu na Austrália no início de 1900. A

lei foi promulgada exigindo o fechamento de algumas empresas, incluindo

editoras, em Melbourne aos Domingos. Depois de receber a notificação

da lei, os Adventistas continuaram a operar as suas instalações de

publicação por três Domingos. Finalmente, as autoridades locais os

ameaçaram com a prisão. Adventistas foram agora confrontados com uma

decisão. Estava valendo a pena serem presos para provar seu ponto de

vista de seis dias de trabalho por semana? Os líderes Adventistas

voltaram-se para a sua profetisa que forneceu um testemunho de Deus

para resolver o problema:

“A luz que me foi dada pelo Senhor em um momento em que

estávamos esperando uma crise como esta, conforme parece estar se

aproximando era que, quando as pessoas fossem movidas por um poder

de baixo a impor a observância do Domingo, Adventistas do Sétimo Dia

deveriam mostrar a sua sabedoria abstendo-se de seu trabalho normal

naquele dia, dedicando-o ao esforço missionário.

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Ao mesmo tempo, os responsáveis por nossa escola em Avondale

me perguntaram: ‘Que faremos? Os oficiais da lei foram comissionados

para prender aqueles que trabalham no Domingo.’ Eu respondi: ‘Vai ser

muito fácil de evitar a dificuldade. Dê o Domingo ao Senhor como um dia

para fazer a obra missionária. Leve os alunos para realizarem reuniões em

diferentes lugares, e para fazer o trabalho médico-missionário. Eles vão

encontrar as pessoas em casa e terão uma excelente oportunidade para

apresentar a verdade. Essa maneira de passar o Domingo é sempre

aceitável ao Senhor.” [5]

Observe que a Sra. White orienta os Adventistas a guardarem o

Domingo da mesma forma que todos os observadores do Domingo

conscienciosos fazem! Eles são instruídos a realizar “reuniões religiosas”

e fazer o “trabalho missionário”! Devem abster-se de “seu trabalho normal

naquele dia”. Além disso, a profetisa disse-lhes que “essa maneira de

passar o Domingo é sempre aceitável ao Senhor”.

Ellen White, 1898: “... você recebe a marca da besta... quando

você obedece ao decreto que ordena que você deixe de trabalhar no

Domingo.”

Ellen White, 1902: “Adventistas do Sétimo Dia mostram sua

sabedoria se abstendo do seu trabalho normal naquele dia.”

“Dê o Domingo ao Senhor ... para realizarem reuniões em

diferentes lugares, e para fazer o trabalho médico-missionário.”

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Parece que a ameaça de prisão foi o suficiente para converter a

profetisa Adventista à observância do Domingo! Em 1902, ela disse que

a realização de reuniões religiosas, abstenção de trabalho comum e fazer

a obra missionária é uma forma aceitável para os Adventistas passarem o

Domingo. Por isso, ela também deve ser aceitável para Batistas, Católicos,

Metodistas, Luteranos, Presbiterianos, Pentecostais, e outros Cristãos

fazerem o mesmo. Como poderiam os Cristãos observadores do Domingo

receberem a marca da besta por observarem o Domingo, quando a

profetisa de Deus disse que este tipo de observância do Domingo é

“aceitável ao Senhor?” Se os Cristãos observadores do Domingo recebem

a marca da besta por observarem o Domingo em reuniões religiosas e

fazendo um trabalho missionário, logicamente, os Adventistas também

receberão a marca da besta por fazer o mesmo!

Se os Adventistas seguirem o conselho de sua profetisa, como é

que eles vão, eventualmente, serem perseguidos por violar a lei

dominical? Que razão poderiam os guardadores do Domingo

possivelmente conceber para perseguir e matar pessoas que estão

mantendo reuniões religiosas e fazendo um trabalho missionário no

Domingo? Uma vez que os Adventistas estarão realizando reuniões

religiosas e fazendo um trabalho missionário no Domingo, será

impossível distingui-los dos adoradores dominicais! Por isso, será

impossível prendê-los e impossível processá-los.

Por que os Adventistas deveriam temer a perseguição de uma

futura lei dominical? Eles já receberam instruções que vão impedi-los de

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serem perseguidos por trabalhar no Domingo. Este testemunho invalida

todo o cenário de “O Grande Conflito” de observadores do Sábado que

estão sendo perseguidos por não adorarem no Domingo. Se uma lei

dominical for aprovada, os Adventistas não vão estar escondidos na mata

ou montanhas. Eles estarão realizando reuniões religiosas no Domingo e

fazendo a obra missionária. As autoridades vão ver que os Adventistas

estão fazendo exatamente a mesma coisa que os Batistas ao lado estão

fazendo. Portanto, não haverá prisões e nenhuma perseguição. Isso será

um não-acontecimento.

Ellen White, Uma Convertida à Política Mundana?

Anos antes dos incidentes da lei dominical, Ellen White fez esta

declaração:

“Há uma perspectiva de uma luta contínua diante de nós, com o

risco de prisão, perda de propriedade, e até mesmo da própria vida, para

defender a lei de Deus, que é anulada pelas leis dos homens. Nesta

situação, a política mundana pedirá uma conformidade exterior com

as leis do país, para o bem da paz e da harmonia.” [6]

Ellen White adotou uma “política mundana” quando ela pediu

“conformidade exterior” com as leis do país, para o bem da paz e da

harmonia’?

Em Daniel 3 é contada a história de três hebreus que se recusaram

a curvar-se perante a imagem de ouro. Alguma vez você já se perguntou

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o que aconteceu com todos os outros milhares de hebreus? Por que eles

não estavam em pé? Havia provavelmente uma abundância de hebreus na

planície de Dura naquela manhã que agiram da mesma forma que os

Adventistas fizeram na Austrália. Eles comprometeram-se. O livro de

Daniel não menciona esses hebreus, porque eles não são dignos de

menção. Somente aqueles que têm a determinação de lutar por aquilo em

que acreditam - mesmo com o risco de suas vidas - são dignos de menção.

Os verdadeiros Cristãos não tentam ver o quão próximo eles podem

parecer aos não-Cristãos, para que possam evitar a detecção. Os

verdadeiros Cristãos defendem aquilo que acreditam. Ellen White e seus

associados recuaram na questão da lei dominical, quando eles

concordaram que não era uma questão pela qual valesse a pena ser preso.

Existem apenas duas possíveis razões para isso:

1. Ou as leis dominicais não são a marca da besta... ou

2. A profetisa da Igreja e seus líderes comprometeram seus

valores.

Qual foi?

NOTAS

1. Ellen G. White, A Word to the Little Flock, p. 19 (1847).

2. Uriah Smith, Daniel and the Revelation, p. 606, edição de 1897.

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3. Ellen G. White, Testimonies to Ministers and Gospel Workers,

p. 133.

4. Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 7, p. 980.

5. Ellen G. White, Testimonies, vol. 9, p. 232, 238. O testemunho

foi escrito em 1902 para o Ancião Irwin que estava na Austrália na época

(ver Relatório de Progresso, 3 de dezembro de 1907).

6. Ellen G. White, Testimonies, vol. 5, p. 712.

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CAPÍTULO 7: SERÁ QUE ISSO REALMENTE

IMPORTA?

Após a leitura dos seis capítulos anteriores, você está começando

a ter uma noção de quão absurdo, impossível, ilógico e ridículo é todo esse

cenário do decreto dominical? A seguir, estão sete sólidas razões para

rejeitar este ensinamento:

1. Ele se originou a partir de uma fonte tendenciosa

Você acredita que tudo o que um vendedor sorridente lhe diz?

Claro que não! Por quê? O senso comum lhe diz para ser cauteloso em

acreditar em algo que uma pessoa está dizendo a você, se você sabe que a

pessoa mantém um viés pessoal sobre esse assunto.

Considere José Bates. Além de ser um estudioso da Bíblia inepto,

Bates tinha um poderoso viés pessoal contra as igrejas Protestantes.

Depois da amarga decepção de 1844, este capitão do mar aposentado

estava à procura de alguma forma de condenar as denominações Cristãs e

sustentar sua própria teoria profética de que a porta da salvação estava

fechada. Seu forte viés pessoal contra as igrejas Protestantes é evidenciado

na sua escrita. Deveria ser alguma surpresa para nós que ele abriu a Bíblia

e “descobriu” que a guarda do Domingo era a marca da besta? Foi este

homem realmente um verdadeiro estudioso da Bíblia? Ou ele estava

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torcendo versículos bíblicos fora de contexto para provar seus próprios

preconceitos pessoais?

2. A história continua a mudar

Você confia em alguém que continua a mudar a sua história?

Quando o ensino do decreto dominical foi proposto pela primeira vez por

Ellen White, os Adventistas não achavam que os Cristãos necessitavam

qualquer orientação especial para aprovar uma lei dominical. Quando os

Cristãos não conseguiram aprovar uma lei como o planejado no final de

1800, a história começou a mudar. Postulou-se que a crise iria ocorrer, e

a lei seria aprovada em meio a uma “crise estupenda”. Quando mesmo

isto pareceu improvável, a história mudou mais uma vez. Agora, foi

proposto que o próprio Satanás se disfarçaria de Jesus, a fim de convencer

os líderes mundiais de que precisavam matar pessoas que vão à igreja no

Sábado. Ao longo do tempo, uma vez que se torna cada vez mais evidente

que a lei dominical nunca será aprovada, o conto se torna mais bizarro e

estranho.

3. Guardadores do Domingo têm pouco interesse no assunto

Há muito pouco interesse em estabelecer leis dominicais, mesmo

entre os mais fervorosos guardadores do Domingo. Na verdade, a maioria

das leis dominicais existentes estão a ser revogadas. Para a maioria dos

guardadores do Domingo, a questão Sábado-Domingo é irrelevante. Não

há nenhuma evidência de que os cristãos guardadores do Domingo tenham

a mínima inclinação para perseguir os observadores do Sábado por causa

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de seu dia de adoração. A maioria dos Cristãos hoje ficaria horrorizada

com o próprio pensamento de perseguir outro Cristão até à morte por

causa de uma questão doutrinária.

4. Guardadores do Domingo não têm o poder político para

aprovar uma lei dominical

A paisagem dos Estados Unidos mudou na medida em que seria

praticamente impossível aprovar uma lei dominical sobre as objeções dos

judeus, muçulmanos, secularistas, homossexuais e cristãos guardadores

do Sábado. Os cristãos observadores do Domingo não têm nem o poder

político, nem a vontade de aprovar uma lei dominical, como é evidenciado

por uma cadeia ininterrupta de falhas para manter a religião na sociedade

americana.

5. Nem Jesus nem os apóstolos nunca disseram que era um

“teste”

Adventistas insistem que isso será um “teste final”, embora seja

impossível acreditar que Jesus e os Apóstolos ficariam em silêncio sobre

uma questão tão profunda. Se a batalha final entre o bem e o mal, a guerra

para acabar com todas as guerras, será disputada a respeito do Sábado,

então por que Jesus e os Apóstolos ignoraram totalmente o assunto? O dia

de adoração é dito ser tão significativo que determina quem tem a marca

da besta e quem tem o selo de Deus, mesmo que Paulo tenha dito que o

dia em que uma pessoa adora nunca deveria ser um problema para separar

os crentes (cf. Romanos 14).

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6. Sua própria profetisa diz que está tudo bem adorar no

Domingo!

Adventistas dizem que serão condenados à morte por não

adorarem no Domingo, apesar de sua profetisa ter dito que Deus estava

“satisfeito” se realizassem reuniões religiosas e executassem a obra

missionária no Domingo. Se Deus está satisfeito com tal atividade, então

por que os Batistas e Metodistas receberiam a marca da besta por

realizarem reuniões religiosas e fazerem trabalho missionário no

Domingo? Se ambos, os Adventistas e não-Adventistas, estão realizando

reuniões religiosas e fazendo um trabalho missionário no Domingo, como

é que as autoridades vão ser capazes de determinar quem está quebrando

a lei dominical nacional?

7. É economicamente impossível

Imagine o caos que resultaria de uma tal lei. Empresas e fábricas

teriam que ser fechadas no Domingo. Os Estados Unidos sofreriam danos

econômicos irreparáveis. A redução da jornada de trabalho,

provavelmente, levaria muitas empresas a se mover para o exterior.

Imagine uma força policial dos Estados Unidos que mal pode manter-se a

perseguir os verdadeiros criminosos, tentando forçar os 100 milhões de

pessoas que não adoram no Domingo a começar a adorar no Domingo!

Imagine um sistema prisional dos EUA, que já está cheio até a borda,

tentando lidar com milhões e milhões de novos prisioneiros. Imagine o

impacto econômico terrível de tirar milhões de pessoas que trabalham

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duro para fora da força de trabalho, colocando-as na prisão, onde devem

ser vestidas e alimentadas pelos contribuintes. O impacto econômico e

social desse cenário provavelmente levaria à falência os Estados Unidos,

tanto financeiramente quanto moralmente.

Este Ensinamento É Perigoso?

Depois de considerar todas as provas apresentadas, alguns

poderiam dizer que, embora seja verdade que a lei dominical parece

extremamente improvável, qual é o perigo de acreditar em tal ensino? Que

mal poderia vir dele? A verdade é que é sempre prejudicial acreditar em

uma mentira sobre a profecia bíblica. Adventistas, de todas as pessoas na

Terra, devem ser capazes de entender o quanto é perigoso! Veja o que

aconteceu em 1844! Talvez cerca de 50.000 pessoas foram iludidas por

um líder fanático a crer que Cristo estava voltando em 1844. Essa ilusão

levou à ruína financeira, destruição de famílias, amarga decepção, e em

alguns casos, até mesmo o suicídio. É perigoso acreditar em uma falsa

doutrina? Foi perigoso para os Davidianos de Waco, Texas, acreditar nos

ensinamentos equivocados do líder David Koresh?

Ensinamentos como a lei dominical nacional são enganosos. Eles

tiram o foco dos problemas reais do Cristianismo, e das perseguições reais

que estão ocorrendo em todo o mundo. Em vez disso, eles concentram a

atenção sobre eventos futuros que são improváveis de acontecer.

Enquanto os outros Cristãos estão seguindo a ordem de Cristo para levar

o Evangelho a todo o mundo, alguns Adventistas gastam todo o seu tempo

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e esforço tentando convencer os outros Cristãos que uma lei dominical vai

ser aprovada e eles precisam começar a guardar o Sábado, a fim de

estarem entre o remanescente que é salvo quando Cristo voltar. Um pastor

Adventista gasta seu tempo viajando pelo mundo, visitando igrejas

Adventistas, a fim de alertar as pessoas sobre as próximas leis dominicais.

Esse tipo de atividade não é apenas um desperdício de tempo e esforço,

mas também é desobediência direta a Cristo que comandou os cristãos a

levar a “boa notícia” da salvação - não a “má notícia” do medo - por todo

o mundo.

Ensinamentos como a lei dominical nacional são perigosos. Uma

vez que os Adventistas sabem que uma lei dominical vai ser aprovada

antes de Jesus voltar, há sempre o perigo de que alguns vão atrasar a

preparar o coração para a volta de Cristo, porque eles pensam em si

mesmos: “Bem, a lei dominical ainda está a anos de distância, então eu

não tenho que me preocupar ainda sobre colocar minha vida em harmonia

com o padrão de Deus”. Os seres humanos têm uma tendência a

procrastinar. Os Adventistas estão sendo embalados para dormir por uma

falsa sensação de segurança. Enquanto eles estão colocando os anos do

retorno de Cristo para o futuro depois que uma lei dominical nacional for

aprovada pelo Congresso, Cristo pode decidir voltar muito mais cedo do

que o esperado.

Ensinamentos como a lei dominical nacional são divisores. Ao

invés de promover o amor e compreensão entre os diferentes credos, esses

ensinamentos criam medo e desconfiança. Como pode um Adventista ter

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comunhão com um guardador do Domingo que eles suspeitam que está

planejando secretamente aprovar leis para torturá-los e matá-los?

A lei dominical nacional serve apenas a um propósito. Ela gera

medo. Nenhuma seita pode sobreviver por muito tempo sem medo.

Chegou o momento para os Adventistas encararem os fatos e admitirem

que uma lei dominical nacional já não é viável ou mesmo significativa. É

tempo para que eles se afastem desse ensinamento antibíblico e afastem o

medo. É hora de os Adventistas pararem de usar táticas de medo para

convencer as pessoas a juntarem-se à sua igreja. Muitas pessoas se tornam

observadoras do Sábado por outros motivos que não o medo. Desistir do

ensino da lei dominical não significa que os Adventistas devem desistir

de seu Sábado ou qualquer um de seus outros ensinamentos distintos.

Significa simplesmente que eles estão dispostos a dar uma segunda olhada

na profecia bíblica e admitir que talvez o futuro não se desdobre

exatamente da maneira que seus pioneiros haviam previsto. É tempo para

os Adventistas pararem de pregar o medo e se juntarem de todo o coração

com seus irmãos e irmãs guardadores do Domingo para cumprirem a

Grande Comissão de Cristo, para levar o Evangelho da salvação através

da fé em Jesus Cristo por todo o mundo.

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APÊNDICE 1: RESPOSTA DA ALIANÇA DO DIA DO

SENHOR À LEI DOMINICAL NACIONAL

Declaração de Tim Norton, Diretor da Aliança do Dia do Senhor

(Lord’s Day Alliance)

“Acredito na forma voluntária de culto e não acredito que jamais

deva haver uma igreja estatal e, portanto, não proponho nenhum tipo de

religião civil.

Eu aprecio a liberdade que temos em nosso país e como eu disse a

vocês, farei tudo que puder para ajudar a manter essa liberdade, que inclui

a liberdade de culto. Também é completamente estranho para mim ... estar

envolvido em qualquer tipo de perseguição com qualquer um que

discordasse de mim em qualquer assunto, incluindo o dia de adoração. ...

acreditamos que a melhor maneira de as pessoas adorarem como

deveriam, é adorar como são conduzidas, sem qualquer legislação que

force essa adoração ou o dia de descanso.”

A Aliança do Dia do Senhor Responde a Perguntas

PERGUNTA: Você é a favor da aprovação de uma legislação

dominical que proíba os Adventistas do Sétimo Dia de trabalhar no

domingo?

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RESPOSTA: Absolutamente não! Nenhuma lei deve ser aprovada

para proibir alguém de trabalhar aos Domingos.

PERGUNTA: Você acredita que é provável, ou mesmo possível,

que uma legislação dominical que reconhece o Domingo como feriado

nacional seja aprovada nos próximos 5 anos? 10 anos? 20 anos?

RESPOSTA: Não, nem apoiaríamos tal esforço.

PERGUNTA: Você seria a favor de uma legislação que obrigasse

os Adventistas do Sétimo Dia a honrar o Domingo sob pena de prisão ou

morte?

RESPOSTA: Absolutamente não ... isso seria absurdo. Essa ideia

de apoiar tais penalidades por não honrar o Domingo foi atribuída à nossa

organização no passado, mas tais afirmações nunca foram verdadeiras.

PERGUNTA: Você é a favor de uma lei dominical universal para

impor a observância do Domingo em todo o mundo?

RESPOSTA: Absolutamente não.

A fonte do material acima é: Tim Norton, Diretor Executivo,

Lord’s Day Alliance, em um e-mail enviado a Dirk Anderson em 17 de

fevereiro de 2001.

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Obras importantes

para pesquisa

Imagine um guia simples, prático e objetivo sobre o qual um leigo possa ser iniciado no Preterismo? Esta é a proposta do e-book "Guia para iniciantes do Preterismo" escrito por Gary DeMar. Neste e-book, o leitor encontrará um texto altamente elucidativo, notas explicativas, ilustrações e um entendimento geral sobre o que é a profecia bíblica e o Apocalipse. Também possui uma lista de grandes obras para consulta para aprofundamento no Preterismo. Este e-book é altamente recomendado e é leitura obrigatória para aqueles que desejam iniciar seus conhecimentos para entender o Preterismo.

Link: www.revistacrista.org/literatura_guia_para-iniciantes_do_preterismo.html

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.A maioria de todo o discurso atual sobre o fim do mundo e a vinda de Cristo é retirado de Mateus capítulo 24. É neste capítulo que Cristo falou dos oito sinais de sua "vinda", tais como guerras, rumores de guerras, fomes, pestes, terremotos, evangelho sendo pregado em todas as nações e o amor se esfriando. O problema é que nem sempre os cristãos acreditaram que Mateus 24 seja uma referência ao fim do mundo e a vinda de Cristo. Pelo contrário, Mateus 24 fala não sobre o fim do mundo físico, mas sobre o fim da era judaica e a destruição do templo e Jerusalém e sobre a vinda de Jesus em julgamento contra Israel, eventos estes que ocorreram no ano 70 d.C. quando muitos discípulos ainda estavam vivos. Nesse e-book o leitor terá um estudo detalhado e um comentário versículo por versículo sobre o que Jesus de fato ensinou em Mateus 24.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Revista023.html

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É com satisfação que apresentamos o primeiro e mais completo Comentário Preterista sobre o Apocalipse nunca antes publicado no Brasil. Nunca antes na história do país tivemos um comentário completo sobre o Apocalipse do ponto de vista preterista. Nele são comentados todos os 404 versículos do Apocalipse. Este comentário é composto de Introdução, Evidências Internas e Externas sobre a data do Apocalipse, além de que é comentado minuciosa, exegética, histórica e gramaticalmente cada capítulo do Apocalipse. São mais de 500 páginas com conteúdo espiritualmente enriquecedor. É um fato inédito que pela primeira vez vamos ter uma literatura que combata o que erronemanente tem sido ensinado sobre o Apocalipse nos últimos dois séculos. Sem ficção, sem fantasia e com muita base firmada em Cristo é que preparamos essa obra.

Link: www.revistacrista.org/literatura_Comentario_Preterista_sobre_o_Apocalipse_

Volume_Unico.html

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