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DedicatóriaDedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada disso seria possível, e não
viveríamos estes momentos importantes de nossas vidas.
Aos meus pais: Wiliam Rogato e Cristina Rogato, pela dedicação e apoio, que nunca me
faltaram, nesta e em outras caminhadas.
Aos meus irmãos: Wiliam Jr. E Welton, pela presença e ajuda, nos momentos em que são
necessários. E ao meu sobrinho Lucas recém chegado ao mundo.
1
AgradecimentosAgradeço aos professores da EESC e da SEL, pelo aprendizado nestes anos de
graduação e formação profissional e de caráter, que pode me proporcionar.
Ao pessoal da República “SpringField”, pela diversão, comprometimento, entendimento e
amizade nestes 5 anos de vida.
Ao Pedro Zorzenon e funcionários da Ideale por tamanho acolhimento, aprendizado e
crescimento profissional.
E a turma da Eletrônica 2004 por 5 anos inesquecíveis.
2
ResumoUm sistema de transmissão de dados a partir de via infravermelha é uma solução simples
para implementações ponto a ponto de informações, sem a utilização de cabos, sendo indicadas
para envio de pequenos dados, contanto que o transmissor e o receptor estejam no mesmo
“campo de visão”. O detector de posições é dividido em dois dispositivos, um transmissor de
ondas infravermelhas é alimentado por uma bateria e é preso a um trilho linear para a detecção
de uma posição final; a velocidade de movimento do objeto no eixo é um dos motivos da
necessidade de um sistema sem fio. E um receptor próximo ao sistema de controle do sistema
mecânico. Este projeto tem como objetivo transmitir um sinal on-off, que a detecção seja confiável
(minimizando falsos positivos ou falsos negativos) em amplas faixas de luminosidade ambiente ou
fontes de ruído óptico, como lâmpadas fluorescentes. Junto com a informação on-off, deverá ser
enviado também o estado da bateria do transmissor.
Palavras chaves: ondas infravermelhas, transmissão sem-fio, sensores, ruídos ópticos,
sistema de controle e opto-acopladores.
3
AbstractInfrared transmission is a simple solution to wireless communication highly indicated to
small amount of data. The transmitter and receiver must be alined and without optical obstables. In
this project the system has a battery and will be installed in a moving part, with one-axis freedom,
this is one of the reasons that a wireless communication is suitable. This project goal is transmit a
on-off data. It must be reliable in bright environment, with optical interference noise, and with
fluorescent lights. Along with the on-off data the battery level must be transmitted.
Keywords: infrared waves, wireless transmission, sensors, interference optical, control
system and optocoupler.
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SumárioResumo 03Abstract 041 Introdução 08 1.1 Automação industrial 08 1.2 Escopo do projeto 08
2 Revisão Bibliográfica 10 2.1 Meios de transmissão 10 2.1.1 Ondas de rádio 12 2.1.2 Raios infravermelhos 13 2.2 Sistemas complementares 15 2.2.1 Sistema de automatização de empresa 15 2.3 Sensores 16
3 Materiais e métodos 18 3.1 Transmissor 20 3.2 Receptor 26
4 Resultados 315 Extensões futuras 376 Conclusões 37Referências Bibliográficas 38
5
Lista de Figuras e Tabelas
Revisão BibliográficaFigura 2.1 – Elementos de um sistema de comunicação de Shannon 10Figura 2.2 – Cabos trançados 11Figura 2.3 – O espectro eletromagnético e suas divisões 12Figura 2.4 – Transmissão não-direcional 13Figura 2.5 – Transmissão infravermelha direcional 14Figura 2.6 – Transmissão infravermelha difusa 14Figura 2.7 – Distribuição das esteiras e sensores 16Figura 2.8 – Conversão do robô 17Figura 2.9 – Comunicação entre robô e computador central 18Tabela 2.1 – Tipos de Sensores 19
Materiais e funcionamentoFigura 3.1 – Diagrama de blocos do transmissor 18Figura 3.2 – Dimensões da bateria A23 da duracell 20Figura 3.3 – Gráfico de tensão x tempo de serviço 20Figura 3.4 – Curva de histerese do CD 4093 21Figura 3.5 – Pinos do CI 4093 21Figura 3.6 – Circuito de controle 22Figura 3.7 – Diagrama de blocos do TL431 22Figura 3.8 – Configuração usual do TL431 23Figura 3.9 – Medidor de nível de bateria 23Figura 3.10 – Bloco de Oscilação e LED transmissor 24Figura 3.11 – Gráficos de Potência radiada por comprimento de onda e intensidade por
ângulo de transmissão 25Figura 3.12 – Gráfico de interferência da luz fluorescente 26Figura 3.13 – Diagrama de blocos do receptor 27Figura 3.14 – Diagrama de blocos do TSOP1240 28Figura 3.15 – Bloco detector de raios infravermelhos 28Figura 3.16 – Bloco detector – nível de bateria 29Figura 3.17 – Bloco de saída – sinal de detecção 30Figura 3.18 – Pinos do SFH6156 30
ResultadosFigura 4.1 – Protótipo do transmissor 31Figura 4.2 – Protótipo do receptor 31Figura 4.3 – Sinal de tensão do sensor e Sinal de Disparo dos circuitos 32Figura 4.4 – Pulsos de transmissão 33Figura 4.5 – Transmissão de detecção com bateria normal 34Figura 4.6 – Transmissão com bateria baixa 34Figura 4.7 – Tempo total de transmissão 35
6
Figura 4.8 – Tempo de proteção para a saída conectada ao CLP 36
Lista de SiglasGND Ground (aterramento)
FF Flip-Flop
IRED Led Transmissor
CI Circuito integrado
CLK clock
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1. Introdução 1.1 Automação industrial
A automação industrial define-se como o uso de dispositivos mecânicos ou eletro-
eletrônicos que permitem realizar o controle de máquinas e processos. É uma área em
crescimento contínuo devido à necessidade de substituir os antigos métodos de controle manual
pelos métodos eficientes de controle automatizados. Entre os dispositivos eletro-eletrônicos pode-
se utilizar: computadores ou outros dispositivos lógicos tais como controladores lógicos
programáveis-CLP, substituindo, muitas vezes, tarefas humanas ou realizando outras que o ser
humano não consegue realizar.
As industrias investem cada vez mais dinheiro em formas de automatizarem seus serviços
mecânicos ou pessoais. A supervisão de uma fábrica passa por métodos de sistemas de controle.
Uma forma de ter controle pelos objetos é com sensoriamento remoto, utilizado com a adquisição
de informações sobre a produção sem entrar em contato com físico com ela.[1] O comportamento
de objetos é relacionado à mudança das características físicas de um sensor, interligado a um
sistema computacional, que efetua o controle sobre equipamentos, diminuindo a presença
humana nas fábricas.
Alguns sensores não apresentam uma resposta compatível com os sistemas de controle,
sendo necessário a presença de um dispositivo eletrônico que transforme o sinal gerado no
sensor, em um sinal elétrico. Como o sensor, o dispositivo eletrônico não pode causar obstáculos
extras ao objeto sensoreado.
1.2 Escopo deste projetoO detector de posição envia a um sistema de monitoramento, um sinal proporcional ao
limite de percurso com a alteração das características de um sensor . Este pode ser de diversos
tipos, como contato, capacitivo, indutivo ou de barreira de laser, dependendo da aplicação. Para
acompanhar o sensor este dispositivo deve garantir liberdade de movimento ao objeto e não
atrasar ou limitar a movimentação do objeto sensoreado.
O trabalho de conclusão de curso tem por objetivos soluções rentáveis economicamente
para a construção de um dispositivo de detecção de posições que garanta essas características. A
construção de um sistema de comunicação sem-fio a partir de raios infravermelhos que envie
informações confiáveis a um sistema de controle, apresenta proteção contra ruídos ópticos, tenha
baixo consumo de energia e garanta liberdade ao sistema monitorado.
O trabalho está organizado em revisão bibliográfica, materiais e funcionamento, resultados,
estudos futuros e conclusões. Estes capítulos estão resumidos abaixo.
O capítulo 2 mostra exemplos de aplicações que poderiam utilizar o dispositivo construído,
como a disposição de um fábrica monitorada por detectores de posição ligados a CLPs, um
8
sistema robótico que se comunica com o sistema computacional por raios infravermelhos. E
também informações sobre comunicação por ondas de rádio e exemplos de sensores que podem
ser utilizados na aplicação.
O capítulo 3 traz a descrição de materiais usados na construção do dispositivo, alguns
detalhes sobre estes e a implementação do dispositivo, com circuitos elaborados, problemas
encontrados e sistema eletrônico finalizado.
O capítulo 4 mostra os resultados dos testes realizados em laboratório e em máquina. A
máquina usada no caso foi um torno mecânico. São citadas discussões referentes as propostas
feitas.
O capítulo 5 faz uma análise sobre trabalhos futuros, implementações que possam ser
realizadas e alterações efetuadas.
O capítulo 6 traz conclusões finais sobre os testes realizados e complementos sobre o
projeto.
9
2. Revisão BibliográficaExiste um grupo de sistemas mecânicos, tais como um braço de robô, esteira industrial ou
tornos mecânicos, que necessitam de respostas rápidas e precisas para o seu funcionamento.
Eles operam com uma base de posições pré-definidas em um eixo, detectadas por sensores.
Estes sistemas recebem informações sobre o monitoramento e executam uma ação como forma
de resposta, que pode ser de forma direta com outro sinal elétrico ou de forma indireta com a
transformação de um tipo de energia em outro, como são conhecido os transdutores. Este sinal
pode ser interpretado manualmente através de sinais visuais, em que uma pessoa pode ver um
LED piscando ou com um aviso em um computador pessoal. Mas as pessoas apresentam
diferentes velocidades de percepção, que acarretam em respostas não-uniformes e o cálculo para
prever tais erros e os resultados podem ser diferentes, o que no caso de uma industria não é
positivo, pois os produtos não teriam um padrão.
Substituindo as pessoas, por sistemas eletrônicos, diminui-se o desvio no tempo de
resposta para que este execute uma ação pré-programada, como diminuir a velocidade de um
robô, alterar a direção de uma esteira ou regular a posição do probe de um torno.
Alguns projetos foram abordados para a elaboração deste estudo, como a passagem de
um robô por um labirinto e a implementação de um sistema de controle de uma esteira industrial.
Após a definição das bases do projeto, realizou-se uma revisão sobre os meios pelos quais serão
transmitidos os sinais do transmissor e receptor. São citados tipos de sensores que podem ser
ligados a entrada do sistema eletrônico que será elaborado no envio de informações.
2.1 Meios de transmissão
Um sistema é formalmente definido como uma entidade que manipula um ou mais sinais
para realizar uma função, produzindo novos sinais.[1]
Ao manipular estes sinais, o sistema realiza uma forma de comunicação com transmissor
canal e receptor, podendo ser comparados com o modelo de comunicação de Shannon visto na
figura 2.1.
Figura 2.1 – Elementos de um sistema de comunicação de Shannon [18]
10
O transmissor está localizado num ponto do espaço, o receptor está localizado em algum
outro ponto separado do transmissor, e o canal é o meio físico que os liga. Cada um destes três
elementos pode ser visto como um sistema com sinais próprios associados O propósito do
transmissor é converter o sinal de mensagem produzido por uma fonte de informação para uma
forma apropriada para ser transmitida por um canal. Cada canal tem uma área de atuação. [1]
Para transmitir informações em fios, basta variar sinais elétricos (corrente ou tensão). Fios
de cobre são meios primários para transmissão de dados por sinais elétricos, mas acabam
apresentando grande interferência elétrica, sendo necessário adaptações na sua forma para
serem utilizados na transmissão de dados, tais como pares trançados ou cabos coaxiais.
Fios trançados entre si, como vistos na figura 2.2, reduzem as emissões de onda
eletromagnética, e também a influência causada por outro fios. Podem ser revestidos por
materiais metálicos. Fios de cobre também são utilizados na forma de cabos coaxiais, os quais
consistem de um núcleo de cobre envolvidos por um material isolante, este é envolvido por um
condutor cilíndrico e um revestimento de plástico. O núcleo é usado para o transporte de dados,
enquanto o condutor externo atua como protetor de interferências externas. Esses cabos atingem
distâncias de até 500m entre pontos comunicadores, sendo eficazes em transmissão ponto a
ponto, apresentam limitações quanto a velocidade de deslocamento do objeto monitorado.
Figura 2.2 – Cabos trançados [2]
Para garantir pequena influência no objeto monitorado, a forma que encontrou-se para
transmissão de dados pelo ar, já que pode ser feita sem a presença de qualquer meio físico direto,
como é o caso de raios infravermelhos, microondas e ondas de rádio. O ar constitui um meio
natural propicio para propagação de onda eletromagnéticas, permitindo uma grande flexibilidade
na comunicação entre os pontos. Com a transmissão pelo ar possibilita-se a construção de um
dispositivo que seja dividido em dois circuitos, sendo o primeiro um transmissor para envio de
informação e receptor para gerar um sinal ao controlador. Esta divisão possibilita a construção de
um transmissor reduzido, que diminuiria a interferência no objeto em deslocamento, e um receptor
11
ligado por fios ao sistema controlador.
O ar é um meio natural para a difusão de sinais eletromagnéticos, a figura 2.3 traz a
classificação das ondas eletromagnéticas. As ondas com freqüências menores do que a da luz
visível são utilizadas na transmissão de informações, como ondas de rádio e infravermelho.[2]
Figura 2.3 – O espectro eletromagnético e suas divisões[2]
As bandas ou faixas mostradas na figura 2.3(LF, MF, HF, UHF, SHF, EHF e THF) são
abreviaturas de palavras em inglês, baseadas no tamanho das ondas. Na época da classificação
dessas ondas, os físicos não imaginavam alcançar freqüências acima de 10 MHz. Quando estas
ondas surgiram foram criadas nomenclaturas como ultra e super. [2]
2.1.1 Ondas de rádio
As ondas de rádio são omnidirecionais, isto é, se propagam em todas as direções, não
sendo necessário que o transmissor e o receptor cuidadosamente alinhados. Elas viajam longas
distâncias e contornam obstáculos com facilidade devido ao reduzido comprimento de onda.
Utilizados em comunicações de ambiente aberto e fechado.[2]
Devido a facilidade de contornar obstáculos, a transmissão de ondas de rádio é feita com
dados enviados modulados para que não haja possibilidade de interferência externa.[3]
A figura 2.4 ilustra a distribuição de ondas de rádio demonstrando sua omnidirecionalidade.
Recebe o nome em inglês de Non-line-of-sight(NLOS), sem linha visada
12
Figura 2.4 – Transmissão não-direcional[3]
A propriedade de transpor obstáculos e penetrar em paredes esta relacionada com a
freqüência característica da onda. Ondas com freqüência baixa contornam facilmente prédios,
enquanto ondas com freqüência maior são rebatidas ou absorvidas.[2]
A interferência de campos magnéticos produzidos por motores, fornos de microondas,
entre outros, entre outros equipamentos elétricos, são formas de ruídos que prejudicam este tipo
de transmissão.[3]
Para os sistemas de transporte de baixa e média capacidades, a comunicação ponto a
ponto vem sendo utilizado em grande escala no Brasil, em conjunto com sistemas de fibra óptica.
A informação é transportada de duas estações distantes de si em até 50 km, dependendo das
condições topográficas, faixa de freqüências e capacidade, graças ao fenômeno de propagação
eletromagnética no ar.[4]
2.1.2 Raios infravermelhos
As ondas infravermelhas não são visíveis ao olho humano, tem a faixa de comprimento de
onda maiores do que a luz vermelha, esta é definida como curta (0,8-1,5µm), média (1,5-5,6µm) e
longa (5,6-1.000µm). [7] Elas são usadas em comunicação de curto alcance, distâncias de até 5m.
[2]
Aparelhos que transmitem raios infravermelhos são relativamente direcionais, apresentam
preços reduzidos e apresentam pouca interferências, já que esses raios não transpõe obstáculos.
Estão presentes em controles remotos, aparelhos de DVD e periféricos de computadores.[7]
13
Figura 2.5 – Transmissão infravermelha direcional[3]
As transmissões não requerem licença do governo ao contrário das ondas de rádio que
devem ser licenciadas fora das bandas ISM.[2] Existem dois métodos utilizados na transmissão
por infravermelho, direta e difusa. Na transmissão direta, o transmissor e o receptor possuem um
ângulo de abertura pequena, quase alinhados, como pode ser visto na figura 2.5.[3]
A transmissão difusa envia dados para todas as direções, mas a taxa de transmissão é
menor do que na transmissão direta. Um exemplo de transmissão difusa é vista na figura 2.6
Figura 2.6 – Transmissão infravermelha difusa[3]
Os avanços na tecnologia de componentes optoeletrônicos têm possibilitado o
desenvolvimento de inúmeras aplicações, principalmente no que se refere à transmissão de
sinais, como enlaces de rádio-freqüência e sistemas de controle remoto. Essas aplicações utilizam
14
conceitos básicos de sistemas de comunicação óptica, como técnicas de modulação do sinal,
transmissão e recepção de dados e demodulação da informação.[8]
Um sistema direto tem como objetivo a transmissão de dados utilizando LEDs
infravermelhos e fotodetectores. Para pequenas distâncias (2 metros), a relação sinal/ruído é
baixa, e o ângulo entre transmissor e receptor é relativamente alto para uma transmissão
diretiva(30°).
2.2 Sistemas complementares
Sensoriamento remoto é definido como o processo de adquirir informações sobre um
objeto de interesse sem estar em contato físico com ele. Basicamente, a aquisição de informações
é realizada detectando-se e medindo-se as mudanças que o objeto impõe ao campo
circunvizinho. O campo pode ser eletromagnético, acústico, magnético ou gravitacional,
dependendo da aplicação de interesse. A aquisição de informação pode ser realizada de maneira
passiva, medindo-se o campo (sinal) que é emitido naturalmente pelo objeto e processando-o; ou
de maneira ativa, iluminando-se intencionalmente o objeto com um campo (sinal) bem-definido e
processando-se o eco (isto é, o sinal retornado) do objeto.[1]
A enfase deste projeto é o sistema eletrônico que envia informações sobre variações em
um sensor para um sistema de controle, algumas aplicações industriais são citadas.
2.2.1 Sistema de automatização de empresa
Um sistema em que detectores de posição são usados foi apresentado no Induscan em
Poços de Caldas este ano foi apresentado por uma empresa localizada na cidade de Fortaleza-
CE, a IMPAR tecnologias em parceria com a UNIFOR (Universidade de Fortaleza), um sistema
automático de inspeção, distribuição e controle de produtos, com a finalidade de diminuir custos e
eliminar erros que ocorriam na produção. A empresa possui 5 máquinas na área de produção que
atua com 5 tipos de produtos, cada máquina apresenta uma esteira que leva o produto a uma
esteira principal, com o uso de pessoas para definir se estes produtos estão de acordo com o
peso e em qual local este produto devia ser armazenado, acarretando em produtos armazenados
em locais errados ou com restrições de peso de acordo com a pessoa.[5]
Cada máquina recebeu um conjunto de 3 sensores, o sensor 1(S1) detecta que um
produto foi colocado na posição 0 e liga a esteira, o sensor 2(S2) informa que o produto está em
uma posição anterior a entrada da esteira principal e para a esteira desta máquina se um produto
passou a pouco tempo pelo sensor 3(S3) que é ligado a esteira principal, o sensor ativa um
sistema de informação que fica acionado por um período T necessário para que o produto possa
deslizar pela esteira sem que outro produto entre em choque com este.[5]
Na figura 2.7 demonstra o projeto de distribuição das esteiras na fábrica, a posição dos
sensores e scanners instalados para automatização do processo.
15
Figura 2.7 – Distribuição das esteiras e sensores
O sistema de informação é um sistema eletrônico composto por portas lógicas e
temporizadores de acordo com o sensor e interligado ao CLP através de fios. O período T no
sensor 1(S1) é de 5s, sendo este intervalo necessário para que outro produto seja colocado na
esteira com uma distância de segurança contra choque, ao ser acionado o sensor 2(S2), a esteira
para se estiver acionado o sistema de informação do sensor 3(S3). O sistema de informação do
sensor 3 mantém a informação de detecção por um período de 20s para que o produto possa
passar a frente da esteira intermediária de outro produto, não ocorrendo choques.[5]
Ao final das esteiras são instalados scanners para decidir-se para qual esteira o produto
deve ser enviado e armazenado. A ação ocorre da mesma maneira para cada conjunto de 3
sensores.[5]
2.3 Sensores
O sistema eletrônico que envia dados ao sistema controlador é compatível com alguns
tipos de sensores, sendo necessário que estes apresentem um sinal de tensão em sua saída, que
chega ao sistema intermediário que comunica ao sistema controlador da máquina (ou robô) as
detecções feitas no objeto sensoreado. Eles mudam seu comportamento sob a ação de uma
grandeza física, e fornecem um sinal direto ou indireto que indica a grandeza detectada. Sensores
que atuam de forma indireta alteram suas propriedades e são mostrados na tabela 2.1: [19]
O sensor de contato é utilizado em aplicações com tornos mecânicos, pois verificam se a
ponta do probe está com menor quantidade de matéria do que em usinagens anteriores,
resultando em uniformidade na usinagem. No caso de esteiras industriais ou de supermercados,
um sensor de barreira de luz, óptico, indutivo ou capacitivo podem ser acoplados para detectar a
passagem de um objeto. Em um robô seria necessário sensores de contato ou de reflexão de luz
16
para detectar a ausência de paredes e realizar movimentos. [19]
Tabela 2.1 - Tipos de sensoresCaracterística Funcionamento
Proximidade Magnética Trata-se de dois contatos colocados no interior de uma ampola,
preenchido com resina sintética, com a proximidade de um campo
magnético, estes contatos se fecham, estabelecendo um contato
elétrico, retirando o campo magnético o contato se desfaz, eficaz para
detectores de fim de curso convencionais ou para ambientes com
condições adversas(presença de poeira, umidade,etc).Indutivo Constituído de um circuito oscilador, um circuito de disparo e um
circuito amplificador, emite um sinal amplificado que é gerado por um
circuito disparador, quando o oscilador tem queda de tensão causada
por um corpo metálico. Utilizado para detecção de partes móveis, que
não possuem força ou peso suficiente para o uso de chaves de fim de
curso convencionais. Capacitivo É semelhante ao sensor indutivo, sendo que não apresentam um
oscilador permanente, a presença de um corpo altera o dielétrico entre
as armaduras de um capacitor, a distancia entre objeto e sensor gera
oscilações que acionam um disparador, que emite um sinal que é
posteriormente amplificado. Este sensor detecta todo tipo de material,
mesmo os não metálicos, mas são sujeitos a perturbações
ambientais(tais como poeira, umidade) Óptico retro-reflexivo Um sinal de luz vermelha ou infravermelha chega a um elemento
receptor, através da reflexão do material, e um sistema comparador
pré-estabelecido emite um sinal elétrico para definir o estado do
sensor. Detecta qualquer tipo de material, utilizado em vários
segmentos da indústria, tem grande eficiência econômica.Contato O sensor ao entrar em contato com algum material fecha um contato
de um circuito pré disposto, a tensão gerada é interpretada como um
sinal de posição pelo circuito, apresenta grande desvantagem com em
circuitos com movimento, por apresentar ruídos no contato, muitas
vezes é acoplado por elementos com histerese que eliminam estes
ruídos.
17
3. Materiais e Métodos
Um detector de posições monitora o funcionamento de certos sistemas mecânicos, este
projeto visa o controle de gasto do probe de um torno mecânico na usinagem de peças. Conforme
a quantidade de peças usinadas em um certo período, este tem sua ponta desgastada,
demonstrando variações no tamanho final das peças, um detector usado em conjunto com o
probe informa a cada peça usinada a posição em que este se encontra referente a um eixo de
deslocamento, sendo monitorado junto ao torno e garantindo uniformidade para as peças
produzidas.
O detector de posição é um sistema eletrônico que recebe a informação de detecção
através de um sinal de tensão gerado pela variação de um sensor e gera uma corrente de saída
capaz de informar a um CLP ou computador central, para que este gere uma nova a ação para o
objeto controlado. Este detector apresenta dois circuitos que se comunicam com transmissão
infravermelha, são respectivamente transmissor e receptor. A transmissão infravermelha foi
escolhida por apresentar menor custo e pouca interferência no ambiente em que o sistema será
utilizado, com relação a outras técnicas de transmissão sem-fio como ondas de rádio.
Os testes para elaboração deste projeto foram feitos em laboratório, com a construção dos
circuitos em protoboard, primeiramente. Com os resultados destes foram construídos circuitos
impressos em placas para que os testes fossem realizados conectadas ao probe de um torno
mecânico, conectados a um sensor de contato e um CLP.
Os principais materiais usados na confecção são citados a seguir para melhor
compreensão.
A aplicação para o envio de sinal de detecção foi desenvolvida com a montagem de um
protótipo de transmissão e um protótipo de recepção, ambos em protoboard. Ao receber o sinal de
detecção do sensor, o transmissor verifica a condição da bateria e em envia dados com uma base
de tempo, referente ao nível em que esta se encontra. A transmissão desse pulso é feita por
pulsos de tensão gerados em um circuito monoestável ligado a um led transmissor. A figura 3.1
mostra o diagrama de blocos.
18
Figura 3.1 – Diagrama de blocos do transmissor
O sinal de detecção do sensor para os testes em laboratório foi simulado inicialmente por
uma chave e posteriormente por um gerador de funções com saída configurada para onda
quadrada, conectados a entrada do circuito de controle, este alimenta o restante do circuito,
recebe as informações sobre o nível de bateria e liga o sinal de oscilação por um período relativo
a condição da bateria. O circuito de oscilação está ligado a um LED transmissor, que transmite os
raios infravermelhos referentes a detecção ocorrida no sensor.
O bloco Circuito de controle é alimentado por uma bateria de 12V A23 da Duracell,
representado pelo sinal BAT, e está representado na figura 3.12. A entrada é referente ao sinal do
sensor, varia entre 0 (com detecção) e BAT (sem detecção) e é chamado de SINAL_SNS. As
dimensões da bateria estão descritas na figura 3.2. Ela tem aproximadamente 10 mm de diâmetro,
28mm de comprimento e 22Ω de impedância interna, ela foi acoplada a uma caneta conectada ao
probe do torno, para realização dos testes com esta.[9]
19
Figura 3.2 – Dimensões da bateria A23 da duracell [9]
O gráfico de variação de tensão por tempo de uso encontrado no datasheet do
componente mostra que esta pilha mostram uma queda de tensão menos elevado até 9,5 V,
sendo que para aplicação testou-se o uso desta para até 10,5 V, sem alterações na funcionalidade
do circuito. A figura 3.3 demonstra a queda de tensão pelo tempo para cargas de 10kΩ, 20kΩ e
46kΩ.[9]
Figura 3.3 – Gráfico de tensão x tempo de serviço[9]
3.1 Transmissor
Para maior uniformidade nos sinais que ligam os blocos, são utilizados portas schimidt-
trigger contidas no CI 4093, que contem 4 NANDs. A alimentação é de 12V, sendo que existem
apenas dois valores de tensão na saída (0 e 12V), a entrada dessas portas apresentam histerese,
sendo que 9 V é considerado entrada em nível lógico alto, e 6,3V para nível lógico baixo. A figura
3.4 demonstra a função de histerese, no caso deste CI, as tensões U1 e U2 ,são as tensões de
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entrada, na qual tem valores de 6,3V e 9V respectivamente e estão representadas por UOH e UOL,
as tensões de saída, 0 e 12V respectivamente.[10]
Figura 3.4 – Curva de histerese do CD 4093[10]
O CD 4093 usado é fabricado pela National (o usado neste projeto), apresenta 4 portas
NAND, que podem ser usadas de formas independente como osciladores, amplificadores digitais,
monoestáveis ou ainda comparadores de tensão. Este CI é popular e apresenta baixo consumo
de energia, e é o único componente alimentado diretamente pela bateria, sendo que tem um gasto
de baixo quando as portas não sofrem alteração de tensão, a pinagem deste CI esta representada
na figura 3.5.[10]
Figura 3.5 – Pinos do CI 4093 [11]
O ponto nSINAL_SNS é gerado 15μs após o sinal de detecção[10] e tem uma tensão
invertida em relação a entrada, é ligado ao medidor de nível de tensão, apresenta BAT (com
detecção) e 0 (sem detecção).
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Figura 3.6 – Circuito de controle
Os demais circuitos são alimentados 5 μs após a tensão de nSINAL_SNS[11] ir para BAT e
medido por um CI TL431 ligado a um divisor resistivo, com os resistores R5 = 330kΩ e R6 =
100kΩ. O TL 431 é um CI regulador de saída de tensão com 3 terminais, REFERENCE
(Referência), CATHODE (Cátodo) e ANODE (Ânodo). Como visto na figura 3.7. O CI usado neste
projeto é produzido pela Fairchild .[11]
Figura 3.7 – Diagrama de blocos do TL431[11]
O tempo de resposta desta CI é de 5μs, entre ser acionado e variar o sinal de saída. [11] A
tensão de REFERENCE chega a um comparador que é ligado a uma tensão de 2,5V. A saída é
representada pelo CATHODE, na qual a tensão depende da entrada. O ANODE é ligado ao terra
na configuração usada neste trabalho.[11]
Para que a tensão de referência seja maior do que 2,5V é necessário a utilização de um
divisor resistivo na entrada REFERENCE, na qual a nova tensão de referência é dada pela
formula da eq. 3.1[11]:
Vka = 2,5 * (1 + R1 / R2) eq. 3.1[11]
Onde 2,5V é a queda de tensão no resistor R2 como pode-se ver na figura 3.8, e a tensão
na total na série entre R1 e R2 é a nova tensão limite para regular a tensão de CATHODE. Se a
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tensão de referência for menor do que a tensão limite, o valor de saída é igual a tensão de
REFERENCE. Representando um corte no transistor interno do CI. Se a tensão for maior do que o
limite, a tensão de saída é de 2V, com o transistor conduzindo (este CI compartilha o pino de
alimentação com o pino de saída, o nível lógico baixo é representado pela tensão de alimentação
mínima que é 2V). [11]
Figura 3.8 – Configuração usual do TL431[11]
Se o nível da bateria no transmissor é de uma valor acima de 10,5V, o CI apresenta como
tensão no CATODO um pouco acima de 0, e se o nível de tensão é menor do que o valor definido,
a tensão de CATODO é igual ao nível presente na bateria (BAT). O medidor de nível de bateria é
mostrado na figura 3.9.
Figura 3.9 – Medidor de nível de bateria
A tensão de CATODO é ligada ao circuito de controle por 2 portas inversoras, sendo o
ponto NIVEL_BATERIA inverso as tensões de CATODO e ao usado para gerar o sinal de
transmissão. Com o nível de bateria acima de 10,5V, não existe tensão no ponto 10 da figura 3.12,
formando-se uma ligação paralela entre os resistores R2 e R14, e o tempo pelo qual o transmissor
23
fica ligado é dado pela eq 3.2:
T = C1 * ( R2//R14) (eq. 3.2) [16]
Se o nível de bateria for menor do que o limite necessário para uma transmissão segura, o
ponto 10 da figura 3.6 tem uma tensão BAT e o tempo de transmissão é dado pela eq. 3.3:
T = C1 * R2 (eq. 3.3) [16]
Como os valores de R2 e R14 são iguais, verificou-se que o tempo de transmissão de
bateria normal é metade do tempo de transmissão de bateria fraca, pois R2//R14 = R2/2[16].
O ponto de DISPARO é ligado ao bloco de oscilação apresenta tensão BAT (com detecção
do sensor) e 0 (sem detecção). O circuito elaborado para o bloco de oscilação é mostra na figura
3.10:
Figura 3.10 – Bloco de Oscilação e LED transmissor
O pino 4 do 555 desliga o circuito na ausência de tensão e liga com tensões maiores do
que 2V [17], com a presença de tensão no ponto DISPARO, o LMC 555 é ativado. Ele é
configurado como um monoestável com 50% de pulso, dado pela fórmula:
f = 1 / ( 1,4 * C4 * R11 ); (eq. 3.4) [17]
A saída do LMC555 é ligado a um transistor Q3, ligado em série com o LED transmissor e
uma resistência de 180Ω. Este garante uma corrente de aproximadamente 50mA, necessária para
a distância que os raios devem percorrer até o receptor.[12]
24
O LED transmissor de raios infravermelhos usado é o TSAL6200, produzido pela Vishay.
Este apresenta 5mm de diâmetro, transmite para receptores que formam um ângulo de até 17° e
tem transmissão na faixa de 940nm de comprimento de onda. Como mostra a figura 3.11[12]
Figura 3.11 – Gráficos de Potência radiada por comprimento de onda e intensidade por ângulo de transmissão
Estas relações estão diretamente relacionadas com as características necessárias para o
funcionamento do transmissor e receptor do detector de posição, pois também é a posição na
qual estes circuitos devem estar alinhados.
25
3.2 Receptor
Nos primeiros testes realizados com o receptor, ele era constituído por um modulo receptor
calibrado para receber a freqüência do sinal enviado pelo transmissor e um filtro passa-baixa que
era acionado para avaliar a condição da bateria, mas após testes realizados em laboratório e no
torno mecânico, notou-se a presença de ruído, originados de lâmpadas fluorescentes presentes
no laboratório e dentro do torno. No laboratório, ao se ligar a luz ficava constatado a presença de
um sinal que era compatível com o modulo receptor, não ocorrendo quando a luz era mantida
acesa ou ligada, esta interferência é de até 0,8ms, a figura 3.12 traz uma das medidas de
interferência de 0,5ms.
Figura 3.12 – Gráfico de interferência da luz fluorescente
A onda 1(abaixo na figura) mostra a freqüência detectada ao acender a luz fluorescente,
tem-se uma interferência de raios na faixa de freqüência do módulo durante o período de 0,5ms.
Para amenizar o ruído luminoso deixou-se de lado a transmissão com baixo tempo de latência e
verificou-se que o tempo de 1ms é satisfatório para a transmissão ser considerada verdadeira e o
programa que controla o torno possa fazer as contas para verificar a quantidade de matéria
usinada em uma peça.
26
E assim como feito para avaliação do nível de bateria foi feito um filtro passa-baixa para
verificar a validade da detecção.
O receptor é formado por um detector de raios infravermelhos, que muda de tensão por
todo o período em que há transmissão, duas saídas fotoacopladas e alimentação externa. A
principal informação de saída é a detecção, que aciona um computador e um segundo sinal que
com a duração da transmissão informa este computador a condição da bateria. O computador dos
testes é o controle do torno. O diagrama de blocos do receptor é mostrado na figura 3.13.
Figura 3.13 – Diagrama de blocos do receptor
O bloco detector de raios infravermelhos é o módulo receptor TSOP1240, um fotodetector
calibrado com uma freqüência de 40kHz[13], é um modelo de módulo receptor, que apresenta em
seu encapsulamento além de um fotodetector, a presença de circuitos que garantem uma boa
detecção dos raios transmitidos e consegue amenizar os efeitos de ruídos luminosos. Este módulo
apresenta um encapsulamento que atua como um filtro de luz, detectando apenas raios
infravermelhos, que além de transmitidos pelo IRED, que também são encontrados em diversos
espectros de luz artificial, sendo esta outra fonte de ruídos. A figura 3.14 traz o diagrama de
blocos deste CI.[13]
27
Figura 3.14 – Diagrama de blocos do TSOP1240[13]
Para amenizar que ondas infravermelhas de fontes luminosas externas atuem no circuito,
estes operam apenas com uma freqüência de transmissão, conforme definido pelo fabricante, e
fazem o controle da variação do ambiente através de um AGC, que redefine seu nível CC através
das mudanças de nível de luz. Apresentam um sistema de demodulação seguido de um emissor
comum para a amplificação do sinal transmitido. Existem outros módulos desta mesma família
com outra frequencia central no filtro interno, modelos entre 38 e 50Khz podem ser encontrados.
[13]
O pino 2 do receptor é ligado com com um resistor de 100Ω e um capacitor de 10uF, em
forma de um filtro passa baixa, conforme recomendação do fabricante.[13] O saída do módulo é
ligado a uma porta inversora, o SINAL_MODULO tem tensão de 5V no caso de transmissão de
raios infravermelhos e 0 sem transmissão. O bloco é visto na figura 3.15.
Figura 3.15 – Bloco detector de raios infravermelhos
O bloco de decisão é formado por filtros passa-baixas, um para validação de detecção e
outro para nível de bateria, ambos são ligados ao detector de raios infravermelhos, e após o
28
período definido pela constante de cada filtro, envia um sinal para o bloco de saída. O sinal
FILTRO_RUIDO é 0 quando o sinal é validado e de 5V quando não há transmissão. O tempo da
constante do filtro passa-banda é de 1,2ms. O SINAL_LOWBAT é 0 quando a transmissão durar
por um período maior do que a constante de tempo e 5 quando a transmissão dura por um
período menor. Os circuitos de decisão são mostrados na figura 3.16
Figura 3.16 – Blocos de decisão – nível de bateria
O bloco de saída é formado por duas saídas fotoacopladas, que recebem o sinal gerado
no bloco de decisão. O FILTRO_RUIDO (detecção) chega ao clock do Flip-Flop, que utiliza sua
porta S (set) em nível '0', isto é conectado ao GND, com a presença de nível '1' no RESET,
garante-se que o circuito apresente em sua saída Q o nível lógico '0' ao se ligar o aparelho, já que
o pino de RESET deste CI, garante nível '0' na saída com a presença de tensão (nível '1')[14].
O sinal de entrada D encontra-se conectado ao VCC, em nível '1', para que a subida de
clock (FILTRO_RUIDO), gere na saída Q um nível lógico '1', o tempo em que a saída D deste CI
fica em 5V é de 220ms conforme a constante de tempo do filtro passa-alta ligado ao pino R do CI.
Por este período ativa-se o fotoacoplador SFH6156, que é ligado a um resistor de 680Ω,
gerando uma corrente de 5mA no bloco de entrada e uma corrente de 20mA na saída, necessária
para acionar a entrada do CLP do torno nos testes realizados. O diodo é usado para que a saída
possa ir de VCC para 0 ou de 0 para VCC, conforme equipamento que é acoplado a saída. A
figura 3.17 mostra o circuito de saída.
29
Figura 3.17 – Bloco de saída – sinal de detecção
O SINAL_LOWBAT é de 5V se o tempo de transmissão é maior que 3,3ms e ativa o pino D
do Flip-Flop, que é passado ao fotoacoplador. O sinal de nível de bateria fica ativado até que o
nível de bateria seja acima de 10,5V, sendo que o sinal fotoacoplado é igual ao do sinal de
detecção.
A saída fotoacoplada tem o circuito de entrada isolado em relação a saída, e assim a
escolha do CI, foi feita a partir das características de tempo de funcionamento e corrente de saída,
a figura 3.18 mostra a configuração dos pinos deste CI. O circuito integrado escolhido para a
implementação das saídas fotoacopladas foi o SFH6156, que apresenta as seguinte
características:[15]
Tensão de isolação de 5300 Vrms;
Alta relação de transferência de corrente (CTR), no mínimo 200%;
mudança de estado rápida o suficiente para ter interferência quase nula no tempo de
transmissão, variando entre 2 e 3 μs.
Figura 3.18 – Pinos do SFH6156 [15]
A entrada do CI, recebe uma corrente de 10mA, sendo que esta polarização faz com que a
corrente no transistor de saída seja de 20mA, necessárias para acionamento de CLP´s.[15]
30
4. ResultadosOs testes foram realizados em laboratório e os protótipos construídos em protoboard estão
demonstrados nas figuras 4.1 (transmissor) e 4.2 (receptor)
Figura 4.1 – Protótipo do transmissor
Figura 4.2 – Protótipo do receptor
Após a implementação dos circuitos estes foram testados em laboratório e em um torno
mecanico. O gráfico da figura 4.3 traz o tempo entre o tempo de detecção, e o acionamento dos
circuitos do transmissor, sinal de DISPARO presente no circuito do transmissor (vide figura 3.12).
31
Em que o circuito de controle ativa os outros blocos que compõem o transmissor.
Figura 4.3 – Sinal de tensão do sensor e Sinal de Disparo dos circuitos
O tempo entre a chegada do sinal de detecção vindo do sensor e o de detecção é de 8μs,
sendo irrelevante no cálculo do tempo de transmissão final.
A figura 4.4 traz o gráfico do tempo para que os pulsos gerados pelo LMC555 estabilize, o
tempo detectado pelo osciloscópio foi de 20μs, como visto na figura 4.2. (onda quadrada)
32
Figura 4.4 – Frequencia de transmissão
O tempo para que o LED transmissor transmita os pulsos de 40kHz, ocorre 40μs após o
sinal de disparo e 10μs após gerado o pulso no LMC555.
O sinal de detecção é transmitido por um período dependente do nível de bateria, sendo
de 2,2 ms quando a bateria está boa e 4,4ms quando está abaixo do nível necessário. O tempo
de transmissão é menor com a bateria em condições normais para que haja economia de energia
da bateria, transmitindo por um maior período por poucas oportunidades. A simulação dos tempos
de transmissão estão demonstradas na figura 4.5 (bateria normal) e figura 4.6 (bateria fraca)
33
Figura 4.5 – Transmissão de detecção com bateria normal
Figura 4.6 – Transmissão com bateria baixa
34
0 1 2 3 4 5 60
2
4
6
8
10
12
14
Tempo de detecção(ms)
Tens
ão n
o fil
tro(V
)
0 1 2 3 4 5 60
2
4
6
8
10
12
14
Tempo de detecção(ms)
Tens
ão n
o fil
tro(V
)
O tempo em que o dispositivo leva para transmitir a informação de detecção ao CLP do
torno é de 1,1ms como visto na figura 4.7.
Figura 4.7 – Tempo total transmissão
O tempo de transmissão entre a detecção e saída fotoacoplada é de 1,1ms referente ao
filtro passa-baixa instalado no receptor para evitar interferências causadas por fontes luminosas,
por isso não conseguiu-se uma transmissão de micro segundos como desejado no começo do
projeto.
O sinal fica ligado por um período de 144ms, que corresponde a uma largura de pulso bem
maior do que a mínima largura de pulso na entrada dos CLPs que pesquisamos (necessitavam
cerca de 500us). O período em que a saída fica ativada é mostrada na figura 4.8
35
Figura 4.8 – Tempo de proteção para a saída conectada ao CLP
O único objetivo não alcançado foi quanto a transmissão com baixo tempo de latência, na
ordem de centenas μs, pois houve a interferência de fontes luminosos, tendo assim a criação de
filtro para que este fosse eliminado, o tempo para a validação da detecção é responsável pelo
período entre o contato do sensor e o sinal da saída de detecção.
Com base nos dados do datasheet da bateria 12V A23 da Duracell, fez o cálculo da
quantidade de detecções que este dispositivo pode realizar. O maior gasto de bateria ocorre no
momento em que o LED transmissor é acionado, sendo que a corrente que o ativa é de 90mA.
Com uma transmissão contínua de um sinal, a bateria duraria 5 minutos aproximadamente. Então
o circuito pode ser acionado aproximadamente 10000 vezes, antes de o nível a bateria ficar
abaixo do limite esperado, levando em consideração o gasto realizado no momento em que o
circuito aguarda o contato.[9]
Os testes apresentam tempos de detecção idênticos aos demonstrados acima,
possibilitando um erro de medida de centésimos de milímetros no decorrer das medidas.
36
5. Extensões futuras
Algumas sugestões para desenvolvimentos futuros:
Um conjunto de 3 detectores de posição pode ser usado para controlar um sistema de 3
dimensões como braços robóticos, sendo cada um calibrado com uma freqüência diferente, evita-
se interferência. O uso de um microcontrolador pode ampliar as funções do receptor, gerando um
sinal que poderia substituir um CLP.
O uso de dois transmissores do dispositivo de detecção de posição, pode gerar um
sistema que detecte a posição indicada e ainda informe com o deslocamento em outro eixo
posições numa superfície que apresentam defeitos, com um ponto em um nível menor do que o
outro.
Transmissão full-duplex, para que o transmissor tenha certeza que o receptor recebeu o
sinal.
6. Conclusões
Dado o crescente aumento no interesse por técnicas de automatização de empresas e aos
estudos voltados à qualidade e condicionamento de sensoreamento de objetos, acredita-se que
este trabalho possa contribuir no que diz respeito aos aspectos característicos de algumas
técnicas digitais e aplicações industriais.
A aplicação de sistemas de sensoreamento remoto é um setor com grande espaço para
crescimento e aplicações rentáveis podem ser aplicados em conjunto com máquinas em geral,
como tornos mecânicos, esteiras industriais e robôs.
A implementação de um sistema simples de transmissão de raios infravermelhos acoplado
a um sensor é uma solução barata e eficaz para a realização de sensoriamento de certas
atividades industriais. Sendo uma forma de transmissão segura e com um tempo de resolução na
ordem de 1ms.
O uso deste sistema em um torno mecânico em conjunto com um software de controle teve
seus resultados próximos aos realizados em laboratório. Para a aplicação em um torno mecânico
usou-se um sensor de contato que possibilitava a detecção da posição em que a peça se
apresentava em relação ao eixo de deslocamento de seu probe, em uma aplicação em esteiras
industriais, poderia ser utilizado este sistema de detecção de posição, para verificação da
passagem de peças, com a utilização de um sensor apropriado. Em geral a aplicação teve os
objetivos alcançados com a aplicação para certos sistemas mecânicos.
37
7. Referências Bibliográficas
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Produtos Na Área Industrial Poços de Caldas: Induscan 2008. Disponível em:
<http://www.cientefico.frb.br/Impressa/Info/2004.2/robotica.pdf>
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2003.
[5] BERKSHIRE CORPORATE PARK. Produced by DURACELL Disponível em:
<http://www.duracell.com/oem/Pdf/MN21.pdf>
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<http://www.fairchildsemi.com/ds/TL/TL431A.pdf>
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1996.
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[9] MIYOSHI, E.M.; Sanches, C. A. Projeto de Sistemas Rádio. 2ª Ed. São Paulo: Editora
Érica Ltda., 2002
[10] NATIONAL SEMICONDUCTOR CORPORATION Produced by National Disponível
em: < http://www.national.com/ds/CD/CD4093BC.pdf >
[11] NATIONAL SEMICONDUCTOR CORPORATION Disponível em:
< http://www.cedmagic.com/tech-info/data/cd4013.pdf>
[12] NATIONAL SEMICONDUCTOR CORPORATION Disponível
em:<http://www.national.com/mpf/LM/LMC555.html>
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[14] SILVA, R.C.B. Construção e análise do comportamento de robôs móveis aplicados na solução do problema do labirinto São Paulo: Faculdade Ruy Barbosa 2005. [15] THOMAZINI, R. Sensores Industriais – Fundamentos e Aplicações 1ª Ed. São Paulo: Editora Erica, 2005
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Janeiro:Acxel Books, 2001.
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[18] VISHAY SEMICONDUCTOR GMBH, Disponível em:
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< http://pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/26570/VISAY/TSOP1240.html>
[19] VISHAY SEMICONDUCTOR GMBH, Disponível em:
< http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/vishay/83671.pdf>
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