Dedico esta obra ao meu esposo Milton Jr. pelo apoio, por ... · que os afligia após meses...
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Dedico esta obra ao meu esposo Milton Jr. pelo
apoio, por estar ao meu lado em todos os momentos
difíceis e por me dar segurança em todos os aspectos, e à
Bruna, minha amada filha que fez nascer em mim uma
mulher que eu desconhecia.
Meus students não aprendem, por quê?
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Meus students não
aprendem, por quê?
Os Problemas Afetivos na
Aquisição da Língua Estrangeira
Cecilia Fazzio
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Autora: Cecilia Fazzio
Título: Meus students não aprendem, por quê?
Sub-título: Os Problemas Afetivos na Aquisição da
Língua Estrangeira
1ª edição – 2015
Todos os direitos reservados.
E-mail: [email protected]
Área: Linguística Aplicada – Língua Estrangeira
1.Fatores afetivos. 2.Processos de Aprendizagem da
Aquisição Linguística. 3.Aquisição da Língua
Estrangeira. 4.Teorias Cognitivistas.
5.Psicolinguística. 6.Krashen. 7.Múltiplas
Inteligências.
2015
Impresso no Brasil
Meus students não aprendem, por quê?
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, por me dar a oportunidade de
aqui estar, por guiar-me nos caminhos que bifurcam e por
permitir meu desenvolvimento pessoal e espiritual,
colocando ao meu lado meu anjo-guia no dia-a-dia.
Aos meus pais, por sempre me apoiarem e desde
pequena alimentarem a minha sede por conhecimento.
Aos meus irmãos Jorge, Maurício, Sandra e Roxana,
que participaram desde meu nascimento, e cada um a seu
modo me ajudou a ser quem sou.
Ao meu amado marido, que sustenta meu ser entre o
bem e o mal e que me presenteou com o ouro da vida:
nossa filha.
Meus mais sinceros agradecimentos a todos!
Cecilia Fazzio
Meus students não aprendem, por quê?
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SOBRE A AUTORA
Cecilia Fazzio iniciou sua carreira acadêmica ainda
jovem, aos 18 anos, após oito anos de estudos na língua
inglesa em uma escola de idiomas tradicional de São
Bernardo do Campo. Durante esse período, aprendeu
inglês através do Método de Tradução e Comparação, o
que na época trouxe excelentes resultados na prática
escrita, porém, a sua produção oral muito tinha a melhorar
se quisesse continuar sendo professora de idiomas.
Convidada por uma colega de trabalho, fez intercâmbio
para a capital do Canadá, Ottawa, aprimorando suas
competências linguísticas na língua inglesa.
Ao retornar em 2003, continuou lecionando inglês
para crianças, jovens e adultos em escolas de idiomas na
Grande São Paulo. Porém, desde o início sentia uma
enorme dificuldade em lidar com as diferenças de contexto
sociocultural dos alunos e sofria com a falta de motivação
que os afligia após meses estudando um idioma que eles
ainda não compreendiam, não conseguiam utilizar como
meio de comunicação.
Graduada em Letras - Português e Inglês pela
Universidade da Cidade de São Paulo, realizou sua
primeira pós-graduação especializando-se na Metodologia
do Ensino da Língua Portuguesa e Estrangeira buscando
Cecilia Fazzio
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soluções plausíveis para tais conflitos, assim como a
origem desses problemas. Complementou suas pesquisas
com sua segunda pós-graduação em Psicopedagogia
Clínica e Institucional, também pela Faculdade
Internacional de Curitiba, juntamente com seu curso em
Psicanálise na Educação e aperfeiçoou-se na Literatura
Inglesa pela Universidade Cândido Mendes.
Atualmente trabalha como professora de Literatura
Inglesa, Língua Inglesa e Português/Redação para alunos
do ensino fundamental II e ensino médio de escolas
particulares e públicas do Estado de São Paulo na capital,
e está desenvolvendo seu terceiro projeto sobre a ‘Leitura
e Literatura Inglesa na Escola Pública’ com o objetivo de
formar cidadãos-leitores autônomos e socialmente críticos.
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Ao que tudo indica, ao longo da nossa infância nós
perdemos a capacidade de nos admirarmos com as coisas
do mundo. Mas com isto perdemos uma essencial – algo
que os filósofos querem nos lembrar. Pois em algum
lugar dentro de nós, alguma coisa nos diz que a vida é um
grande enigma. E já experimentamos isto, muito antes de
aprendermos a pensar.
Mundo de Sofia
Meus students não aprendem, por quê?
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SUMÁRIO
UM POUCO DE HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA APLICADA
.................................................................................................. 19
A COMPETÊNCIA COMUNICATIVA NA LÍNGUA
ESTRANGEIRA ...................................................................... 29
INTERFERÊNCIAS AFETIVAS NO PROCESSO DA
APRENDIZAGEM ................................................................... 43
ERROS E FOSSILIZAÇÃO DOS ERROS RELACIONADOS
AO FILTRO AFETIVO ........................................................... 57
O PROFESSOR E SUAS ATITUDES ..................................... 65
ANÁLISE DAS PRODUÇÕES ESCRITAS NA LÍNGUA
INGLESA ................................................................................. 71
PEQUENAS MUDANÇAS, GRANDES DIFERENÇAS:
ALGUMAS SUGESTÕES BÁSICAS AO PROFESSOR DE
IDIOMAS ................................................................................. 75
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................... 83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................... 85
Meus students não aprendem, por quê?
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APRESENTAÇÃO
A complexa área do processo de aprendizagem de
línguas estrangeiras parece tratar desse extenso fenômeno
baseado em opiniões empíricas e sugestivas de
profissionais do campo linguístico. Dentre os resultados
positivos, no qual o aluno obtém sucesso em sua
comunicação utilizando a língua estrangeira fluentemente,
temos relatos de casos negativos, em que o aluno não
alcança o resultado esperado: sucesso na comunicação,
seja oral ou textual, mesmo após anos de dedicação aos
estudos da língua estrangeira alvo.
O ser humano convive em sociedade, gerando por
vezes conflitos sociointeracionais. Tais conflitos geram
fatores bloqueadores afetando-o psicologicamente,
incapacitando-o ou prejudicando-o parcialmente em seu
desenvolvimento no processo cognitivo: os Fatores
Afetivos.
Este livro, portanto, aborda as principais teorias
cognitivas que tratam dos aspectos linguísticos, sociais e
principalmente dos fatores afetivos que podem vir a
interferir nos processos de aprendizagem durante a
aquisição de uma língua estrangeira baseados nas ‘cinco
hipóteses de Krashen’, entre outros estudos, para a busca
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de soluções plausíveis que tanto nos afeta em nosso dia-a-
dia na sala de aula.
Focaremos tanto os alunos que buscam aprender e
aprimorar seu conhecimento comunicativo da língua
estrangeira em escolas de cursos livres (as chamadas
‘escolas de idiomas’) quanto os alunos de ensino básico,
principalmente do ensino médio.
Esta obra é para você profissional técnico ou
licenciado, que trabalha com o ensino da língua
estrangeira e se preocupa com o estado emocional que seu
aluno apresenta em sala de aula, verificando o baixo
rendimento comunicativo dentro do ambiente de
aprendizado, que no caso é a sala de aula. Tratar dos
fatores afetivos não somente irá esclarecer muitas das
atitudes desses aprendizes, como também tem como
objetivo ajudar, respaldar e incentivar a busca pela melhor
abordagem metodológica, pedagógica e psicológica para
com esses estudantes.1
Para uma melhor compreensão do leitor, a autora
incluiu nas notas de rodapé a biografia básica de cada
1 Não focaremos neste livro os casos que obtiveram êxito.
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autor-pesquisador aqui citado e traduções para o português
dos textos transcritos no idioma original.
No Capítulo 1 abordaremos Um Pouco de História
da Linguística Aplicada de maneira sucinta, apresentando
os principais teóricos que envolveremos neste livro, como
Larry Selinker e Juana Liceras com a Teoria do Input no
aprendizado da segunda língua, Stephen Krashen e as
cinco hipóteses da aquisição da língua, e Philippe
Perrenoud sobre as práticas pedagógicas.
No Capítulo 2 trataremos da Competência
Comunicativa na Língua Estrangeira, iniciando com
Saussure e o Estruturalismo; seguindo por Noam
Chomsky e o Método Cognitivista, introduzindo a teoria
da Análise de Erros através da influência da língua
materna por Stephen Pit Corder, além de especificar ‘as
cincos hipóteses de Krashen’ como assim é conhecida,
finalizando com a Teoria das Múltiplas Inteligências de
Howard Gardner.
No Capítulo 3, intitulado Interferências Afetivas no
Processo da Aprendizagem, focaremos o sentimentos e
atitudes internas, conhecidas como Fatores Afetivos,
utilizando os diversos estudiosos e pesquisadores na área
de: Motivação, Vínculo, Ansiedade e Frustrações,
voltados à Educação.