DEFICIT DE ATEN

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ED! MARISA LARA SA THLER "DEFICIT DE ATEN<;Ao" Monografia apresenlada ao Cenlro de P6s-Graduar;ao Pesquisa e Extensao, ao curso de Condutas Tipicas, da Uni- versidade Tuiuti do Parana. Orienta- dora: Prof Olga Maria Silva Mattos. CURITIBA 2000

Transcript of DEFICIT DE ATEN

ED! MARISA LARA SA THLER

"DEFICIT DE ATEN<;Ao"

Monografia apresenlada ao Cenlro deP6s-Graduar;ao Pesquisa e Extensao,ao curso de Condutas Tipicas, da Uni-versidade Tuiuti do Parana. Orienta-dora: Prof Olga Maria Silva Mattos.

CURITIBA2000

"0 segredo da existencia humana consistenao somente em viver mas em encontrarurn motivo para viver"

Dostoieviski

"Esta mao que se estende para 0 fruto, para a rosa, paraa vela que repentinamente flameja, seu gesto de atingir,atrair, atic;ar esta intimamente ligado a maturac;ao dofruto, a beleza da flor, ao flamejamento da vela. Masquando, neste movimento de atingir, atrair , ati9ar, amao ficou muito distante em rela9ao aD objeto, se dofruto, da flor, da vela, sai uma mao que vem 80 encontroda sua mao e, neste momenta, 13a sua mao que se fixana plenitude fechada do fruto, aberta da flor, na explosaode uma mao que flameja - entaD 0 que se produz ai ,130AMOR." J.LacanA todas as crian9as.

SUMARIO

RESUMO1- INTRODUCAO 12- ASPECTOS CONTEXTUAIS 32.1 - DEFINICAO SEGUNDO A CID-10 63- MODELO CEREBRAL DO DISTURBIO DO DEFICIT DE

ATENCAO 73.1 - DIAGNOSTICO SEGUNDO DSM IV 113.2 - EXAME NEUROLOGICO 143.2.1 - Lateralidade 153.2.2 - Linguagem 153.2.3 - Equilibrio est"tico 153.2.4 - Equilibrio dinamico 153.2.5 - Coordena9ao apendicular 163.2.6 - Sensibilidade e gnosias 163.2.7 - Persistencia motora 163.2.8 - Coordena93o tronco- membros 163.3 - TESTES PSICOMETRICOS 174- QUADRO CLiNICO 184.1 - CLASSIFICACAO DA HIPERATIVIDADE INFANTIL 204.1.1 - Hiperatividade verdadeira 204.1.2 - Hiperatividade situacional 214.1.3 - Hiperatividade Reacional 215 - TRATAMENTO 235.1 - PSICOESTIMULANTES 235.2 - ANTIDEPRESSIVOS 235.3 - ANSIOLiTICOS 235.4 - ANTICONVULSIVANTES 245.5 ANTIHIPERTENSIVOS CENTRAlS 246 - QUADRO COMPARATIVO 256.1 - BENEFiclOS DA MEDICACAO 256.2 - RESPOSTA SOCIAL 266.3 SUCESSO ESCOLAR 277 - ORIENTACAO PARA OS PAIS 297.1-AUMENTARACLAREZA 297.2 - AUMENTAR A PREVISIBILIDADE 307.3 - REMOVER BARULHOS E TRAFEGO IMPREVISivEL 308 - AL TERANDO COMPORTAMENTO 318.1 - DEFINIR 0 PROBLEMA DE UM MODO POSITIVO 31

9 - D1STURBIO DO DEFICIT DE ATENCAo:PROFESSORES DEVERIAM SABER

9.1 - IDENTIFICANDO D.DA NOS SEUS ALUNOS9 - CONSIDERACOES ESPECIAIS NA ESCOLA10.1 - 0 TIPO DE SALA DE AULA10.2 - TRABALHAN DO COM 0 PROFESSOR10.3 - TAREFA DE CASA10 - AMADURECER DDACONSIDERACOES FINAlSREFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

o QUE OS333336363737394042

INTRODUI;:AO

Atualmente, uma das maiores queixas nos consult6rios de psicopedagogia e:meu filho naG para quieto, nao consegue prestar 8ten980, as professores naD

conseguem ens ina-la, 0 que sera que ele tern?

E indiscutfvel a existencia de crianc;as que ja nos primeiros an os de vida

apresentam uma dificuldade maior em manter a interesse em brincadeiras e jogos. E

que na fase pre-8scolar au escolar esta caracteristica e mais evidente , pais a

criang8 nao consegue prestar atenC;Elo no que e ensinado e e notada pelos pais e

professores tanto par seu comportamento perturbador e inc6modo quanta par seu

baixo rendimento escolar. Estes, sao alguns comportamentos basicos associados as

crianc;as e adolescentes com "disturbio de deficit de atenc;:ao JI

o estudo deste disturbio tern atraido muito 0 interesse de pesquisadores de

medicina, psicologia e educa9ao infantil, em virtude dos problemas afetivos

decorrentes das dificuldades em adquirir func;:oes, associ ados ao fracasso escolar,

que podem colaborar para um futuro desajuste sociaL Pesquisas recentes

demonstraram que metade das crianyas acometidas, se nao tratadas, superam

natural mente a transtorno na adolescencia. Porem, a outra metade nao con segue

supera-lo e, algumas destas crianc;as podem apresentar riscos na vida adulta

Um diagnostico preciso e multidisciplinar bem como 0 tratamento, sao de

fundamental importancia. 0 tratamento com medicamentos deve ser apenas um

coadjuvante e, par ser apenas sintomatico, contribui na narmaliza9aO do

comportamento, enquanto outras formas de atua980 terapeutica deverao estar

send a utilizadas.

Oessa forma, controle comportamental, terapia de grupo ou individual,

intervenc;;ao pedagogica e medica9Eio, constituirao um conjunto adequado de

tratamentos para a crianya com deficit de atenc;;ao

2 ASPECTOS CONTEXTUAIS

As primeiras cita90es sobre 0 deficit de atem;ao remontam ao inicio do sekula,

com a descrig80 de comportamentos instaveis por parte das crian98s onde, as

principais caracteristicas descritas eram: dificuldade de aten~o, impulsividade,

hiperatividade motora e labilidade emocional.

Na decada de 20, observa90es de crianC;:8s que apresentaram encefalite

letargica revelaram que as manifestac;:oes sintomaticas ap6s 0 epis6dio da doenc;a

eram identicas as das crianc;as com comportamento instavel, levando desta forma, a

urna tentativ8 de assodar as manifestac;:oes da hiperatividade com les6es cerebrais.

Como naD fcram detectados danos em teeida cerebral, sugeriu-se a terma lesac

cerebral minima.

STRAUSS E LEHTINEN (1947), educadores que trabalhavam com crian9as

portadoras de Iesao cerebral, perceberam que algumas crianc;as apresentavam uma

conduta ~inexplicavelmente dificil". Tentaram fazer a correlac;ao anatomocHnica

desta conduta com as supostas "les6es cerebrais minimas", que acreditavam estar

presentes naquelas crianc;as. A refutaC;8o da hip6tese de lesao cerebral para

justificar este tipo de conduta, permitiu que se cunhasse 0 termo disfunc;ao cerebral

minima.

Segundo LEFEVRE (1989), a lalta de consenso quanta ao conceito de dislun9ao

cerebral minima (DeM) se de. par haver uma discordancia entre a relativo rigor da

caracterizaC;8o pedag6gica e pSicologica das crianc;as com OeM e a imprecisao dos

achados neurol6gicos nas mesmas. Oa mesma forma, 0 espectro de manifestac;oes

da oeM e muito abrangente, apresentando num extremo, urn quadro que se

confunde com graves encefalopatias, enquanto que no outro, e pouco distinguivel da

vaga fronteira da normalidade.

Segunda BAILEY, KIEHL, el alii (1974), a terma "dana cerebral minima",

posteriormente denominado de "disfungilo cerebral minima" e "disturbio do deficit de

atenc;ao" e urn complexo de sintomas, incluindo hiperatividade, coordenaC;3o motora

prejudicada, curto perioda de atengao, habilidade de concentragao empobrecida,

desardens de aprendizagem e controle dos impulsos prejudicados.

Em 1980, a Associac;ao Americana de Psiquiatria propos a substituic;ao dos

termos OeM e Hiperatividade pelo termo Sindrome do Deficit de Atengilo (SDA) e,

mais recentemente, em 1994, propos 0 termo Transtorno do Deficit de

Atengilo/Hiperatividade.

FERREIRA (1995, p.68), abservau que as criangas cem disturbia do deficit de

atenc;ao podem apresentar alterac;ao da sensibilidade, como par exemplo, da

sensac;ao de dor. Se a aquisic;ao de sensibilidade encontra-se comprometida, as

sensibilidades mais complexas como esquema corporal e praxias podem estar

prejudicadas.

Atualmente, ainda e comum nos depararmos com trabalhos que tragam um au

Dutro termo para se referir a Hiperatividade Infantil, entre eles:

• Oisfunc;ao Cerebral Minima;

• Disturbio do Deficit de Atengila;

• Transtorno do Deficit de Atenl'ilo/Hiperatividade;

• Sfndrame Hipercinetica au Transtorno Hipercinetica;

• Sindrome da Crianga Hiperativa;

• Instabilidade Psicomotora da Crian9a.

Com exce9ao da Fran9a, que utiliza 0 termo Sindrome Hipercinetica, os outros

parses europeus continuam a utilizar 0 termo Disfunyao Cerebral Minima ou

Hiperatividade. Nos Estados Unidos e chamado de Disturbio do Deficit de Atenvao

com Hiperatividade (Attention Deficit Disorder with Hiperactive).

Segundo WAJNSZTEJN (1997) 0 disturbio do dEificit de aten9ao e muito

frequente na infanda e na adolescencia, no entanto existem muitas contradi90es em

relagao a sua natureza etiopatogenica, seu diagnostico e sua terapeutica. Criangas

que se enquadram no quadro cHnico de disturbio do deficit de 8ten980 (DDA) sao

consideradas pel os seus pais, professores ou outros profissionais como sendo

agitadas, desatentas e superativas, com excegao daqueles casas em que a disturbio

de atengao e muito evidente e obvio.

Este disturbio e dividido em:

• disturbio do deficit de aten980 com hiperatividade, caracterizado par deficit de

aten9ao, impulsividade e hiperatividade;

• disturbio do deficit de aten980 sem hiperatividade, com apenas deficit de

atenc;ao e impulsividade;

• disturbio do deficit de aten980 residual, caracteristica de adolescentes e

adultos jovens, que anteriormente tiveram disturbio do deficit de atenc;ao com

hiperatividade.

2.1 DEFINII:;:AO SEGUNDO ACID 10

A ·Classifica~ao Internacional das Ooen~s CIO 10". da Organiza~ao Mundial da

Saude (OMS), ciassifica a Hiperatividade Infantil atraves do C6digo F90 - dos

Transtornos Hipercineticos e os caracteriza par: "iniao precoce; uma combinac;ao de

urn comportamento hiperativo e pobremente modulado, com desateny:ao marcante e

falta de envolvimento persistente nas tarefas; conduta invasiva nas situac;oes e

persistencia no tempo dessas caracteristicas de comportamento".

Quando 58 encontram transtornos da conduta associados ao quadro

hipercinetico, a CIO-1O prop6e 0 C6digo F90.1 e, para os casos residuais, 0

C6digo F90.9.

MODELO CEREBRAL DO DISTURBIO DO DEFICIT DE ATENI(AO

Estudando GOLDSTEIN (1990), 0 modelo que sera apresentado pode ajudar a

entender algumas das informayoes complexas e conflitantes a respeito da aten9c3.0 e

concentra~o e as sintomas do disturbio da falta de atenQ8o.

A figura abaixo representa urn diagrama do cerebra, indicando 0 centro do troneo

cerebral e sua comunic898o com outras areas do cerebra.

foote: GOLDSTEIN, 1990, p.4S

Aten980 e concentrat;ao SaO variaveis em sujeitos normalS. Uma larga gama de

capaz de agir rapidamente sem delibera~o em situa<;6es de emergemcia e ainda

restringir 0 impulso de agir em outras.

Uma crian<;a normal deve ser capaz de ficar quieta numa sala de aula em certo

momenta e correr explosivamente em outro no parquinho. As proje<;6es do centro do

nucleo cerebral para as areas motoras, ambas a glande basal e 0 c6rtex, permitiriam

este tipo de mudan<;as inibindo a atividade motora e a inquieta<;ao numa hora e as

liberando em outra.

Este modelo de fung80 cerebral sugere que mudangas em ateng80 normal,

concentra<;ao, atividade motara, inquieta<.;80 e comportamento impulsivo, podem ser

vistas como resultado de diferentes cenarios do centro de aten<;ao.

o sistema de aten<;ao deve comunicar a todas as areas do cerebra, as

mudanc;as na atividade motora, inquieta<;ao e concentrac;ao que envolvam todas as

areas. A presenc;a de corpos celulares de dopamina, noradrenalina e serotinina

(neurotransmissores) agrupados no nucleo do tronco cerebral projetados para todas

as areas do cerebro, seriam compativeis com esta funC;ao. A grande quantidade de

informac;6es bioqu[micas sugerindo que lesao aos neurbnios dopaminicos produzem

a falta de atenC;8o e consistente com 0 centro de atenC;8o, utili zan do 0 sistema da

dopamina para mudanc;as efetivas no estado de todo 0 cerebra. 0 centro de aten<;ao

pode utilizar a noradrenalina e a serotinina bern como a dopamina.

Ligac;6es entre 0 tronco cerebral, sistemas frentais, membros e neurbnios do

hemisferio direito, tambem dao e recebem entradas. Neste caminho, dados sugerem

que outres sistemas qufmicas tais como a noradrenalina e serotinina e outras

posiyoes anatomicas, tais como os lobulos frontais ou hemisferio direito estejam

envolvidos, e consistente com 0 conceito de centro de atenc;ao.

A doen9a clinica do DDA (disturbio do deficit de aten,ao) pode ser vista como

uma disfum;80 do sistema de ateny80. Urn disturbio no mecanisme para estipular urn

nivel do sistema produziria situayoes onde 0 sujeito seria colacada sempre em um

grau alto ou baixo de cancentracyao, de inquietac;aa e irnpulsividade ou de atividade

motara. 0 sistema que nao estava funcionando bern poderia produzir respostas que

eram variaveis e imprevisiveis. Urn centro pobre de funcionamento poderia algumas

vezes produzir urn nrvel apropriado au as vezes inaprapriado de concentray80,

inquietay80, atividade motora ou impulsividade.

Alem dos neuronios reguladores, a funr;:80 do sistema de atenc;ao exige urn

sistema distribuidor intacto para transferir a mensagem para outras partes do

cerebra e para receber estas mensagens. As mensagens podem ser enviadas

aprapriadarnente pelo tranco cerebral atraves dos neuronios da dopamina ou

noradrenalina, mas se 0 fim do nervo dopaminico localizado pelo cerebra nao estiver

funcionando, 0 sistema seria inefetivo. Haveria dificuldade com boa quanti dade de

neuratransmissores, ou haveria dificuldade com as receptores nas varias partes do

cerebro. Disfunr;:oes ao longo do caminho do centro regulador aos receptores

espalhados pelo cerebra, produziriam urna falta ou inefetividade do sistema.

Este modelo pode ser usado para entender varios tipos de dados a respeito dos

sintomas da falta de atenyao. Tratamentos que melhoram 0 funcionamento do corpo

nervo-celular, axios, pontas nervosas, neurotransmissores ou receptores, resultariam

na melhora do sistema. Do ponto de vista do sistema de ateny80, a destrui9ao da

ponta do nervo dopaminico significaria que mensagens enviadas par celulas ao

tronco cerebral nao teriam efeito porque os neurotransmissores nunca seriam

liberados. Metilfenidato, anfetamina e outros agentes qUlmicos que melhoram os

sintomas do DDAH, poderiam agir para melhorar 0 funcionamento das celulas

nervosas no tronco cerebral ou a liberayao do neurotransmissor na ponta do nervo

para melhorar a sensibilidade dos receptores p6s-sinapticos. 0 alto grau de

variabilidade dos sintomas do DDAH podem ser vistos como uma variabilidade de

efetiva9ao do sistema de aten9ao. 0 sistema complexo de corpos nervo-celulares,

axios, pontas de nervos e receptores pos-sinapticos podem ser vistos como

trabalhando bem numa hora e mal em outra, variando tanto de dia para dia como de

situac;ao para situac;ao.

o modela do sistemade aten,ao nos permite entender porque a tratamento da

falta de aten,ao normalmente nao ajuda a habilidade no aprendizado. A

incapacidade do aprendizado pode ser vista como urna disfunc;ao da fun9ao cortical

cerebral quando oposta ao mal funcionamento dos centres reguladores do tronco

cerebral. Agentes quimicos tais como a metilfenidato (RITAlINA), que melhoram a

sistema da atem;ao, nao melhorariam a fun9ao cortical dos neurbnios.

3.1 DIAGNOSTICO SEGUNDO DSM-IV

Criterios para 0 Diagnostico do DDAH segundo 0 DSM-IV:

A) Ou (1) ou (2):

(1) seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desaten<;ao persistiram por pelo

menes 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com 0 nivel de

desenvolvimento:

3.1.1 Desaten~iio

a) frequentemente deixa de prestar atenC;80 a detalhes OU comete erras par

descuido em atividades escolares, de trabalho au outras;

b) com frequencia tern dificuldades para manter a atenc;ao em tarefas au

atividades ludicas;

c) com frequencia pareee nao escutar quando [he dirigem a palavra;

d) com frequemcia nao segue instrwyoes e nao termina seus deveres

escolares, tarefas domesticas au deveres profissionais (nao devido a

comportamento de oposi~ao ou incapacidade de compreender instru~6es);

e) com frequencia tern dificuldade para organizar tarefas e atividades;

f) com frequencia evita, antipatiza au rei uta a envolver-se em tarefas que

exijam esforc;o mental constante (como tarefas au deveres de easa);

g) com frequencia perde eoisas necessarias para tarefas au atividades

(exemplo: brinquedos, tarefas escolares, lapis, livros OU outros materials);

h) e facilmente distraido por estimulos alheios a tarefa;

i) com frequeneia apresenta esqueeimento em atividades diarias.

(2) seis (au mais) das seguintes sintamas de hiperatividade persistiram par pela

menes 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com 0 nivel de

desenvolvimento:

3.1.2 Hiperatividade

a) frequentemente agita as maDS ou os pes au S8 remexe na cadeira;

b) frequentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras

situayaes nas quais S8 espera que permaneg8 sentado;

c) frequentemente carre au e5eala em demasia, em situ890es nas quais isto

e inapropriada (em adalescentes e adultas. pade estar limitada a

sensal'oes subjetivas de inquieta.,aa);

d) com frequencia tern dificuldade para brincar ou S8 envolver

silenciosamente em atividades de lazer;

e) esta frequentemente "8 mil" au muitas vezes age como S8 estivesse

"a tada vapor";

f) frequentemente fala em demasia.

3.1.3 Impulsividade

a) frequentemente da respostas precipitadas antes de as perguntas terem

sida campletadas;

b) com frequencia tern dificuldade para aguardar sua vez;

c) frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros

(por exemplo: intromete-se em conversas au brincadeiras).

8) Alguns sintamas de hiperatividade-impulsividade au desatenl'aa que

causaram prejuizo estavam presentes antes dos 7 anos de idade.

C) Algum prejulzQ causado pel os sintomas esta presente em dois ou mais

contextos (por exemplo: na escola ou trabalho e em casal.

D) Devem haver ciaras evidencias de prejuize clinicamente significativo no

funcionamento social, academico ou ocupacional.

E) Os sintomas nao ocorrern exclusivamente durante 0 curso de urn Transtorno

Invasive do Desenvolvimento, Esquizofrenia ou outre Transtorno Psicotico e

nao sao melhores explicados por outro transtorno mental

(por exemple: Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno

Dissociativo ou Transtorno da Personalidade).

Nao existem exames complementares que permitam 0 diagnostico desta

patologia. 0 diagnostico e exc1usivamente cHnico.

3.2 EXAME NEUROL6GICO

o sistema nervoso safre urna serie de mudanC;8s morfo16gicas, histol6gicas e

funcionais desde 0 momento da concepyao ate a idade adulta, sua expressao clinica

muda de acordo com a faixa etari8 da crianC;8. 0 cerebra tern urn enorme

desenvolvimento no perfodo pre-natal, tanto no que S9 refere a tamanho, peso,

como as caracterfsticas histol6gicas, mas a cortex cerebral e ainda imature ao

nascimento, embora ao final da vida fetal existam importantes mudanC;8s na

histogenese e na mieliniz8c;8o.

Segundo REBOLLO (1991), no periodo pas-natal 0 cerebra tern momentos de

major crescimento que S8 situam entre as tres, sete, onze e quinze anos.

Segundo REBOLLO & CARDUS (1972), LEFEVRE (1972), ROTTA

(1975 -1988), GUARDIOLA (1990 - 1994), a possibilidade de conhecer 0 perfil

neurol6gico da crianC;8 atraves do exame neurol6gico evolutivo, abre novas

perspectivas no campo da Neurologia Infantil, especialmente quando se estudam

problemas neuropsicoJ6gicos evolutivos nos disturbios de aprendizado ou de

comportamento

ROTTA (1975), em urn estudo contralado, constatou que 0 ENE (exame

neurologico) mostrou maior numero de altera90es no grupo de crian9as com

dificuldades escolares, salientando que ele constitui urn recurso importante no

estudo do disturbio de aprendizado.

3.2.1 Lateralidade

A lateralidade e um assunto controvertido. Autores como HARRIS (1957).

ROTTA (1975), sustentam que a lateralidade mal estabelecida teria rela9ao com

problemas de linguagem ou dificuldades escolares. LEFREVE (1975) e CYPEL

(1983), nao encontraram rela9ao entre lateralidade mal estabelecida ou cruzada e

dificuldades de comportamento ou de escolaridade. Os achados desta investigagao

concordam com a opiniao de que a lateralidade mal estabelecida e um indicador de

disfungao hem;sferica, pois S8 assaciou com dificuldades de alfabetiz8gao.

GUARDIOLA (1994) relacionou lateralidade mal estabelecida e DDAH.

3.2.2 Linguagem

E a fungao mais elaborada e complexa do sistema nervoso central, seu estudo eda maior importancia quando S8 avaliam: disturbios de ateng8o, disturbios de

aprendizado ou Qutros disturbios neuropsicol6gicos.

3.2.3 Equilibrio Estlltico

o equilibria estatica e uma funyao neurol6gica importante para a manuteng80 de

posturas adequadas que facilitam 0 ata de aprender e 0 comportamento.

GUARDIOLA (1990) examinando 0 equilibrio estatico de crian9as com DDAH

encontrou que lodas elas apresentam desenvolvimento abaixo da faixa etaria.

3.2.4 Equilibrio Dinamico

Sendo tambem uma fungEio evolutiva, 0 desempenho do equilibrio dinamico

proporciona indicadores de maturidade neurol6gica.

3.2.5 Coordena9ao Apendicular

o estudo da coordenayao apendicular em relayeo a faixa ataria e da maior

imporH3ncia quando sa examinam criany8s com disturbios de aprendizagem e

disturbios neuropsicol6gicos. LEFEVRE (1972), ROTTA (1975), CYPEL (1983),

GUARDIOLA (1990), constataram que atraves de provas de motricidade fina, de

provas cerebelares, de provas de estrutura~o de rjtmos e de reproduyao grafica, epassivel avaliar fun90es praxicas e gnosicas.

3.2.6 Sensibilidade e Gnosias

As provas utilizadas para avaliar sensibilidade e gnoslas tern a finalidade de

determinar a maturidade neurologiea em relay80 a atividade neuronal superior.

Envolvem 0 conhecimento de direita-esquerda, gnosia digital, reconhecimento de

cores, astereognosia e identific8980 de posi90es segmentares.

3.2.7 Persislencia Molora

A persistencia motora indica 0 padr80 neurol6gico capaz de manter uma pastura

apropriada, de controlar os impulsos e de passibilitar uma ateny80 sustentada.

3.2.8 Coordena~ao Tronco~Membros

Esta funy80 traduz uma atividade motora que implica em utilizay80 de complexas

sinergias, envolvendo os movimentos e a estatica dos membros e do tranco.

3.3 TESTES PSICOMETRICOS

Testes pSicologicos sao relevantes para completar a avaliac;:ao neuropsicol6gica

da crianc;:a.

o subteste numero da escala verbal do wise estuda a atenc;:c3o e a mem6ria

imediata. 0 subteste completar figuras da escala de execuc;iio do WISC, requer

atenc;:c3o e concentraC;Elo,mede a habilidade para diferenciar detalhes essenciais dos

nao essenciais, requerendo a identificac;:ao visual dos objetos.

Segundo WESCHLER (1964), 0 subteste codigo da escala de execu~ao do

WISC depende da atividade visual, da atividade motora, da coordenagao e do

aprendizado, pelo que e considerado como urn teste de velocidade pSicomotora.

Esta foi a razao da escolha destes tres subtestes ja validados por GUARDIOLA

(1990) para completar a avalia~ao neuropsicologica desta amostra populacional

(DDA).

o presente estudo mostrou que 40,5% das crianC;:8sapresentavam rendimento

abaixo da media nos subtestes numeros, 39% em completar figuras e 71,5% em

codigo. A avaliac;:ao em conjunto dos 5ubtestes numeros completar figuras e c6digo,

mostram que 22,7% dos escolares ficaram abaixo da media.

4 QUADRO CLiNICO

Segundo WAJNSZTEJN (1997), 0 disturbio do deficit de aten<;ao atinge crian<;as

que normal mente possuem uma inteligemcia media ou superior a media.

Atinge na sua grande majaria: os meninos. Suas caracteristicas clinicas sao

visiveis logo nos primeiros anos de vida, com altera980 do seu processo de

desenvolvimento neurol6gico e emocional. No primeiro ano de vida as etapas do

desenvolvimento acontecem dentro do padrao esperado, mas nao descartando a

possibilidade de urn paciente S8 mostrar agitado, irritado nesta fase. A partir do

primeiro ano de vida e que as pais percebem nitidamente que a crian98 distrai-se

facilmente, e mais agitada. Sendo assim, as pais precisam tiear mais atentos a esta

crianC;8, sempre estimulando-a. Os pais VaG percebendo estas caracterlsticas nas

crianc;:as a partir do momenta em que estas ten ham contato com outras crianc;:as da

mesma idade.

Estudando GADDES (1985) & WAJNSZTEJN (1997), os automatismos

adquiridos nos primeiros anos de vida sao iguais aos das outras crianc;as, tais como

andar, sentar. S6 mais tarde, as automatism os sao adquiridos de mane ira mais lenta

e sao realizadas com maior imprecisao.

Oesta forma, os atos praxicos que estao relacionados como a amarrar sapatos

ou utilizar 0 lapis, sao adquiridos mais lentamente, porem nunca de maneira correta,

sempre deixando a desejar em relac;:ao a outras crianc;:as.

Segundo RENZI (1978) & WAJNSZTEJN (1997), estas crianl'as tambem podem

apresentar problemas na n0980 temporo-espacial. Este "problema" no

desenvolvimento da n0980 temporo-espacial pode ser verificado atraves dos

desenhos au da incapacidade de reconhecer simbolos graficos semelhantes entre

si, mas que S8 diferenciam apenas pela sua disposiyao espacial, como par exemplo

o numero 3 e a letra E, ou as letras b, p, q, d. Crian""s com problemas nestas

func;oes provocam urn desgaste emocional tanto da propria crian98 quanta da

familia, principal mente quando a hiperatividade esta presente.

4.1 CLASSIFICA«;:AO DA HIPERATIVIDADE INFANTIL

Esludando BRAGA (1998) , dada a complexidade desta sindrome, uma analise

detalhada aponta algumas divergencias conceituais entre as pesquisadores e

estudiosos da hiperatividade. No entanto, prop6e-se, classificar a Hiperatividade

Infantil segundo alguns fatores etiopatogenicos e condutas terapeuticas,

promovendo desta forma, urn pouco de ordem 80 caas especulativo existente hoje

sabre a conceito de Hiperatividade, principal mente nos meiDs psico16gicos e

educacional.

oesta forma, ordenamos dividir a Hiperatividade Infantil em tres subgrupos, de

acordo com a etiopatogenia do comportamento hiperativo.

• Hiperatividade it Verdadeiran

• Hiperatividade Situacional

• Hiperatividade Reacional

4.1.1 Hiperatividade "Verdadeira "

Nesta modalidade, 0 individuo herda geneticamente uma tendencia a

anormalidade biol6gica quanto a a980 das monoaminas que regulam a transmiss80

do impulso nervoso. 0 sofrimento ou trauma perinatal agiriam como desencadeantes

da sindrome, nestes individuos geneticamente predispostos.

Oesta forma, a sintomatologia estaria na maioria dos casos, presente desde 0

nascimento, evidenciando os componentes hereditarios. A presen9a destes sintornas

permite ao profissional verificar a existencia de urn ternperamento padrao,

hereditariamente adquirido, que pode ser chamado de "temperamento hiperativo"

que inciui:

• intenso nivel de atividade motora;

• baixo nivel de atenyao/concentrac;ao;

• reduzido nivel de persistencia;

• irregularidade de habitos;

• baixo limiar sensorial;

• Labilidade de humor.

Para que se diagnostique a Hiperatividade "verdadeira", e preciso afastar a

possibilidade de que 0 comportamento hiperativo seja explicado pel a

hiperatividade situacianal ou reacianal, au ainda, que seja decarrente de um

retardo mental ou disturbio psicotico.

4.1.2 Hiperatividade Situacional

Sao reay6es situacionais a estressores biol6gicos Refere-se a um

camportamento hiperativa desencadeada par algum agente t6xico- alimentar ou por

alguma patalogia, como a hipertireoidisma

Nestes casas, a compartamento hiperativo aparece, em determinado momenta da

vida da crian~a, em decarremcia de outra daen~a au de determinadas substancias

ingeridas frequentemente. Desta forma, S8 tratada a daen~a de base au diminuida a

ingestaa da substancia desencadeante, a campartamenta hiperativo apresentara

significativa melhora.

4.1.3 Hiperatividade Reacional

Uma das principais causas, senao a principal, do desencadeamento de urn

comportamento hiperativo sao as cham ad as dificuldades interacionais ou adaptativo-

relacionais, nas esferas familiares e escolares.

As dificuldades emocionais e afetivas e seu conseqOente impacto para a crianya

podem ser responsaveis peia defiagra<;iio ou inicio do comportamento hiperativo.

Nestes casas, existem maiores possibilidades de remissao do quadro, uma vez

resolvidos as fatores que 0 desencadearam.

5 TRATAMENTO

Existem varias abordagens terapeuticas, entre elas a medicamentos8.

o tratamento medicamentoso isoladamente e ineficaz, sendo necessaria 0

acompanhamento de urna terapia, seja esta psicol6gica, fonoaudiologica ou

psicopedagogica, de acordo com as necessidades da criang8.

5.1 Psicoestimulantes

Sao drogas que estimulam 0 funcionamento do sistema nervasa central. As mais

usadas mundialmente sao a metilfenidato, a dextroanfetamina e a pemoline.

A mais utilizada no Brasil e a metilfenidato, substancia da familia das

anfetaminas, que tern efeite no aumento do grau de atenc;:ao/concentraC;:8o da

crianC;:8e na diminuic;ao da impulsividade. 0 metilfenidato comercializado no Brasil

com a nome de ritalina, e a droga mais utilizado nos EUA (oito em cada dez crian9as

hiperativas usam essa medica9ao). A dura9ao do efeito e de quatro a seis horas.

Pode acontecer a hiperatividade de rebote ap6s 0 termino do efeito. Deve-se

interromper 0 usa nos finais de semana, ferias e feriados.

5.2 Antidepressivos

Quando a crian9a nao responde bem ao usa de psicaestimulantes au apresenta

tiques, au ainda, apresenta alto grau de depressao au ansiedade, nao se deve usar

a metilfenidato e sim antidepressivQs como par exemplo, a imipramina.

5.3 Ansioliticos

Muito utilizados antigamente, os tranquilizantes agradavam pais e professores,

mas nao par seu efeito terapeutico, que e praticamente nulo na hiperatividade como

um todo, mas pelo grau de seda9aOque proporcionava, reduzindo desta forma 0

nfvel e a intensidade das atividades da crian9a.

Atualmente sao contra-indicados, a nao ser em casos extremos de

agressividade.

5.4 Anticonvulsivantes

Sao utilizados apenas quando he.crises convulsivas associadas. Nestes casos,

utiliza-se a carbamazepina ou a hidantofna.

5.5 Antihipertensivos centrais

Recentemente pesquisou-se a efetividade da utilizac;ao de agonistas

alfa-adrenergicos (clonidina) em crian9as hiperativas com tiques cronicos ou cam a

Sindrome de Taurette, ande a usa de psicoestimulantes nao e indicado.

Os resultados faram satisfat6rios no que diz respeito a diminui9ao dos tiques e

da agitatyaopSicamatora.

6- QUADRO COMPARATIVO - Remedios = Beneficios x Efeitos Colaterais

o QUE OS REMEDIOS PODEM FAZER 0 QUE OS REMEDIOS Nilo PODEM FAZER

motivar a crianya

Diminuir 0 nrvel de alividade ensinar born comportamento

ficar quietapormatstempo retirarvelhoscomportamentos

correr menos ensinar pensamentos reflexivos

permitir a crian9a se encontrar por mais tempo ensinar a lidar com sentimentos

realizar trabalhos por mais tempo controlar a raiva

escularmaisas pessoas lidar com frustrar;oes

diminuir a impulsividade fazer urna cnanya feliz

cumprir melhor as regras ensinar habilidades esquecidas

poder pensar antes de agir ensinar trabalhos escolares

diminuirreatividade ensinarhabilidadessociais

menos agressividade ensinar no que se concentrar

6.1 Beneficios da Medica~ao

faze·las tentarem novas habilidades

Acreditamos que a medicamento para tratamento de disturbio da aten980 atue

para melhorar a funcionamento do centro da aten<;aona medula oblonga.

Desta forma, 0 problema subjacente que provoca desaten980 e distra9ao e

melhorado. 0 medicamento estimulante, como a Ritalina, pode gerar uma mudan9a

surpreendente dos sintomas. Os 75% das crian98s hiperativas obtem uma melhora

real em seu comportamento. Urn tratamento medico deve ser considerado um

sucesso com um indiee muito menor de reagao. Embora algumas criangas

apresentem efeitos colaterais, 0 centro da atencyao e mais sensivel do que outros

centros na maloria das crian9as, e a melhora da hiperatividade muitas vezes e obtida

com poucos efeitos colaterais, quando existem.

As crianyas hiperativas que reagem a Ritalina demonstram notaveis melhoras

em seu grau de atenc;ao e uma sensivel reduyao no comportamento impulsivo

hiperativo. Sua capacidade de se concentrar na tarefa, principalmente em situayoes

incomodas, repetitivas ou desinteressantes, melhora a ponto de nao se distinguirem

de outras crianyas de mesma idade cronol6gica e nivel de desenvolvimento. Em

situayaes em que precisam controlar seus movimentos corporais e fica rem sentadas

par longos periodos, seu comportamento tambem nao se distingue do das outras. A

melhora nessas areas reduz sobremaneira as problemas em casa, na escola e na

vizinhany8. A meJhora da atenyao, associada a reduyao da inquietude na escola,

muitas vezes exerce um eteito notavel sobre a reaJizayao das tarefas escolares e a

normalizayao do comportamento da crian<;a hiperativa na sala de aula. Melhoras

simi lares sao observadas em casa e no patio do recreio.

6.2 Resposta Social

Quando um grupo de crianyas norma is observa urn video sobre crianyas entre

as quais se encontra uma hiperativa, nao encontra qualquer dificuldade em

identiticar a crianya-problema entre as outras crian9as. Contudo, com a medicayao,

a crianya se torna indistinguivel, e as outras crianyas nao conseguem isola-Ia do

grupo. A melhora do comportamento pode se evidenciar igualmente de muitas outras

maneiras. Mesmo as intera90es entre os pais e seus filhos melhoram. As pesquisas

mostram que as maes tern menos intera90es negativas com seus tilhos hiperativos

medicados. As vezes, as intera90es negativas sao substituidas por positivas. Qutras

vezes, hi! apenas menos contato mee-filho. Todavia, sempre que esta questeo foi

pesquisada, houve menos intera980 negativa entre a mae e seu filho hiperativo.

Irmaos e irmas perceberam similarmente a diferenc;a e esses relacionamentos

tambem melhoraram.

Mas existem problemas que 0 medicamento par si s6 nao ajuda. Embora com a

tratamento estimulante se possa esperar melhoras na impulsividade, na distraC;80e

na desatenc;ao, a dificuldade nas aptid6es sociais e escolares nao pode ser

eliminada simplesmente atraves da melhora nessas outras areas. Se sob

circunstancias normais uma crianc;a com muita raiva apanharia uma pedra e a

atiraria, a melhora de sua concentrac;aoe atenc;ao pode resultar na busca de uma

pedra maior e na espera para atira-la em urn objeto especifico. A maneira como uma

crianc;a reage a sua nova aptidao de se concentrar e controlar seus impulsos

depende de muitos fatores. Como anteriormente se observou. "as pflulas nao

substituem as aptid6es"

6.3 Sucesso Escolar

A melhora na realizaC;aoescolar nao e tao evidente quanto no comportamento.

Algumas pesquisas sobre desernpenho escolar em crianyas que reagem a

medicamentos estimulantes tern sido desapontadoras. 0 tralamento por

medicamento produz melhoras sensiveis na capacidade de controlar a atenc;ao e a

concentrayao. A crianya, entao, presta atenc;ao, responde ao professor e termina e

entrega seus trabalhos. Pais e professores satisfazem-se e as notas melhoram.

E natural esperar que 0 aprendizado melhore junto com as notas. Muitas vezes, a

crianc;ahiperativa nao-medicada entende de fato 0 assunto, mas falha em virtude do

comportamento deficiente. Em consequencia, as notas baixas rapidamente

melhoram quando a criam;a entrega os trabalhos, coopera mais com 0 professor e

segue as regras. Contudo, testes independentes, que muitas vezes nao mostram a

crianc;a muito atrasada em relaC;aoa seus colegas, em termos de conhecimento

escolar antes do tratamento, evidenciam pequena melhora no desempenho escolar

depois do tratamento.

Tern surgido relatos contraditorios sobre melhora no aprendizado com a

medicaC;ao. Diversas pesquisas amplamente divulgadas tern sugerido que a

dosagem da medicac;ao exigida para melhorar 0 aprendizado e diferente da

dosagem de medicac;ao exigida para melhorar 0 comportamento. Isto tem levado

alguns a acreditar que existe uma escolha entre uma dosagem de medicamento

para melhorar 0 aprendizado e uma dosagem de medicamento para melhorar 0

comportamento. Os pais viram-se na incernoda situaC;aode acreditar que se 0

medicamento fosse utilizado para melhorar 0 aprendizado nao melhoraria 0

comportamento e vice-versa. Felizmente, hoje compreendemos que ha uma relac;ao

direta entre melhor comportamento e melhor aprendizado. Embora os efeitos da

medicaC;aosobre 0 aprendizado nao sejam tao patentes quanta os efeitos sobre 0

comportamento, 0 teste sensorial demonstra significativa melhora em diversas areas

da atividade escolar. De fato, as crianc;as hiperativas com deficiencia na

aprendizagem que reagem bern a Ritalina demonstram sucessos escolares

significativamente maiores que as que nao reagem bem ao medicamento.

Nosso modelo cerebral para a hiperatividade pode ajudar a explicar a relac;ao

entre a melhora da aten9ao e a do aprendizado. 0 sucesso escolar pode ser

considerado como uma funC;aodos hemisferios cerebrais, ou da parte externa do

cerebro. Aten980 e concentra98o sao moduladas por estruturas que se situ am bem

abaixo do cortex cerebral na medula oblonga. 0 medicamento para hiperatividade

melhora 0 centro de aten9<3o e concentra9<3o na medula oblonga sem afetar

diretamente as hemisferios cerebrais. Desta forma, as problemas devidos a

disfun9ao dos hemisferios cerebrais, tais como a falta de aptid6es para a

aprendizagem, nao melhoram de modo tao patente quanto a hiperatividade.

7 ORIENTAQOES PARA OS PAIS

Clareza, estrutura e previsibilidade ajudam aqueles com DDAH a viver

narmalmente. 0 presente capitulo fornecera algumas sugest6es para fazer 0 meio

de seu filho tao estevel quanto possivel.

Embora constituam apenas sugest6es, seus principios podem ser aplicados a

muitas outras situaC(6es.

7.1 Aumentar a clareza

Definir regras, consequencias e recompensas com bastante frequencia. Parece

que a crian9a DDAH esta sempre se metendo em problemas. Apesar dos seus

esfor90s para definir regras, ela continua a que bra-las e parece surpresa por ser

punida. Para evitar tais problemas, certifique-se de que voce discutiu com seu filho 0

que sao regras. Entao, escreva as regras e tenha certeza de que ele as entendeu.

Procure deixar bern claras essas regras, consequencias par quebra-Ias e

recompensas por segui-Ias. Coloque-as num lugar visivel onde todos possam ve-Ias.

Para tornar mais facil a seu filho, permita-o fazer algumas regras para voce tambem.

Estas listas podem ser usadas para uma variedade de tarefas tais como: limpar

seu quarto, juntar os brinquedos, preparar -se para a escola, fazer a lic;:ao, ir dormir.

Quando conversar com sua crianC;:8, mantenha 0 contato visual. Isto ajuda a

crianya a se concentrar no que voce esta dizendo.

7.2 Aumentar a Previsibilidade

Ter uma escala consistente e avisos sobre mudanc;:as - uma escala diaria pode

ser muito tranquilizadora, especial mente para uma crianc;:a DDAH. Se ha uma

sequencia regular de eventos e bern mais facil para ela se lembrar do que e de

quando fazer. Isto cabe para atividades do dia-a-dia, tais como se arrumar para a

escola, eventos semanais (aulas extras como: aulas de linguas, nata9ao, ballet) e

eventos menos regulares (ir a casa da av6).

7.3 Remover Barulhos e Tnifego Imprevisivel

Quando uma crianc;:a final mente parece S8 acalmar suficientemente para

come9ar a trabalhar em algo, ela e facilmente distraida por uma aviao sobrevoando

o local, um latido de cachorro, uma conversa em outro local, ou pelo quadro na

parede. Se voce quer que seu filho trabalhe bern, nao e uma boa ideia coloca-Io

sentado em frente a janela ou no lugar mais barulhento da casa.

Ajude seu filho a encontrar um lugar onde ele possa trabalhar sem interferencia.

Seu filho pode ter preferencias que voce nunca imaginou. Numa tentativa de

coloca-Io num local menos distrativo nao 0 isole. Seu filho tende a continuar na

tarefa se voce esta por perto para checar seu progresso conforme pass a 0 tempo.

8 ALTERANDO COMPORTAMENTO

Mesma que voce esteja tentando medicamentos au mudanC;8s de ambiente, seu

filhe ja tern padr6es comportamentais. Alguns destes comportamentos

provavelmente causam problemas para ele e para voce.

o enfoque da mudanya comportamental e para recompensar bom

comportamento enquanto S8 ignora ou corrige urn mau comportamento.

Ha alguns passos que podem te ajudar para modificar 0 comportamento: definir

o problema de urn modo positivD, criar uma meta e trabalhar em direc;ao a urn

objetivo.

8.1 DEFINIR 0 PROBLEMA DE UM MODO POSITIVO

o importante e nao mencionar a problema mas conversar sabre 0

comportamento que voce quer ver.

8.2 Criar uma Meta

Quando voce definiu 0 problema, voce definiu a meta. Contudo, pade ser demais

esperar que seu filhe alcance a meta em cada tentativa. Divida a meta final em

muitos pequenos objetivos. Se voce esta trabalhando em ficar sentado durante todo

a jantar, comece com cinco minutos, seis, sete, oito .. Trabalhe em direc;ao a urn

objetivo.

Crian9as DDAH respondem melhor a recompensas e conseqOencias imediatas.

Premie a crian98 frequentemente mesma S9 ela nao completar 0 objetivo, mas S9

fez algum progresso: "Eu real mente g05tO do modo como voce esta sentado calma

fazendo sua ligao de casa". Esse comentario nao ira interrompe-Io, isso 56 vai

refonyar 0 bom comportamento. Certifique-se de usar comentarios especificos e

evitar generaliz8goes como: "Voce e urn menino tao born", 0 que 56 confunde a

crianya quando mais tarde e repreendida

Urn grande modo de encorajar uma crianc;a e atrav9S do usa de estrelas e

graficos. Toda vez que a crianya faz bern, recompense-a com uma estrela au urn

sinal. Oferer;a incentivos par born comportamento. Urn numero de estrelas

pre-determinado sera recompensado com atividades especificas tais como ir ao

parque, ganhar urn sorvete. Tente oferecer mais estrelas por tarefas mais dificeis.

Fac;a urna lista de tarefas e quantas estrelas cada tarefa recebe.

9 DlSTURBIO DO DEFICIT DE ATENC;:AO: 0 QUE OS PROFESSORES

DEVERIAM SABER

A crian<;a que repetidamente atrapalha sua aula e que raramente com pi eta suas

atividades, pode nao estar atrapalhando propositadamente, mas pode estar

mostrando sinais de DDA. Similarmente, um estudante que constantemente olha

para fora da jane Ia pode nao estar intencionalmente 0 ignorando, mas, ao contrario,

pode estar demonstrando urn comportamento causado pelo DDA. Este disturbio

causa comportamento impulsivo, dificuldades em focalizar a atenc;:ao, e, as vezes,

hiperatividade. Felizmente, quando DDA e corretamente identificado, urn programa

que combina medic8c;:ao supervisionada e estrategias de ensine para modificar 0

comportamento, pod em levar urna sala de aula ao sucesso.

Estudantes com DDA sao melhores ajudados quando 0 professor sabs do

problema especial da crianC;:8 e faz algumas modificac;:oes no programa instrutivo.

Contudo, 0 professor nao deve enfrentar 0 desafio sozinho, compartilhando com 0

orientador da escola, 0 psic610go, 0 neurologista e os pais da crianc;a. 0 trabalho

interdisciplinar e de fundamental importancia para 0 sucesso da crianc;:a com DDA.

9.1 Identificando DDA nos seus alunos

Muitas crianc;:as com DDA nao sao identificadas ate que entrem na escola. A

impulsividade, desatenc;ao e hiperatividade da crianc;a sao mais visiveis na sala de

aula porque interferem no aprendizado. Estrategias especializadas de ensina

tambem podem funcionar ate mesmo antes de uma identificayao formal do problema

da crian<;a.

Os alunos que sao refereneiais para os especialistas sao aqueles que

persistentemente nao ouvem e que dao a impressao de nao saber 0 que esta

ocorrendo na sala de aula. Tais criant;as podem ter dificuldade em determinar 0 que

e importante e se ater a isto. Enquanto outras criant;as ocasionalmente fieam

aborrecidas com um t6pieo e pararn de pres tar atenc;:ao por urn tempo, crianyas com

DDA pareeem distrair-se frequentemente e por longos periodos, sem se aperceber

das tarefas indieadas. Crianyas com DDA tem dificuldade em concentrar-se em uma

tarefa e muitas vezes passam de urn exercicio para outro sem terminar nenhum.

Elas agem impulsivamente, sem pausa para pensar sobre as consequencias das

suas a<;oes. Geralmente, uma crian<;a com DDA pareee imatura; 0 comportamento

del a pareee com 0 de uma crian<;a bern novinha.

Muitas crian<;as com DDA sao hiperativas, inquietas quando sentadas, e

constantemente correm pela sal a de aula. Superexcitadas, elas nao podem esperar

sua vez e largam respostas sem esperar que a professora as chame. Estas

earaeteristieas sao persistentes, presentes em diferentes cenarios e com diferentes

atividades e interferem severa mente no aprendizado da CrianY8.

Se 0 professor suspeita que 0 comportamento de um aluno e causado por DDA

ou outro disturbio de aprendizado, e aconselhavel documentar diariamente 0 compo

tamento do mesmo, anotando quanta trabalho 0 aluno completa e quantas vezes

ele deixa seu lugar. Anote cada perturbayao e a atividade que 0 aluno deveria estar

fazendo.

o professor deve contatar com os pais no comego do processo para descrever 0

problema com a crianga. Eles podem ja ter investigado as atitudes da sua criam;a au

ter seus proprios conceitos. Eles podem ter informayoes que possam ajudar a

explicar outros fatores influenciadores do comportamento.

A escola deve convocar uma reuniao com os pais, professores, profissionais da

saude, psicologos e os outros profissionais que estejam envolvidos com a crianY8. 0

papel do professor nessa reuniao e descrever 0 comportamento observado e 0

quanto ele interfere no aprendizado da crianc;a.

10 CONSIDERAC;:OESESPECIAIS NA ESCOLA

Frequentemente, a parte mais dificil da vida de uma crian9a DDAH e a escola.

As sugestoes aqui pod em ajudar a sitU8980.

10.1 0 Tipo de Sala de Aula

o melhor tipo de sala de aula para uma crian9a DDAH e uma sala organizada

com regras definidas e escalas que sao bern 8xpostas. As atividades deverao ser

estirnuladoras, ista significa que trabalho no quadro negro e em cadernos de

exercicio serao dificeis, mas trabalhos de pesquisa funcionam bern.

Todavia, 0 meio ambiente nao devera ser muito estimulador au a crianC;8 nao

sera capaz de S8 concentrar. Tente manter sua crianc;a afastada de olhar pel a

janela, portas abertas, ou projetos (desenhos) brilhantemente coloridos, que a

distrairao. Ter uma carteira pr6xima a professora, para que possa ser assistida de

perto pode ajudar.

Contudo, tenha certeza de que a professora nac e 0 centro do trafego au seu

aluno estara olhando Qutros vindo a mesa e ouvindo as conversas. Nao 0 isole no

canto. Sem algum auxilio, ele estara rapidamente perdido nos seus proprios

pensamentos e no espacyo.

10.2 Trabalhando com a Professor

o professor pade ser a parte mais importante da experiemcia de aprendizado da

crianY8. Assim sendo, e muito importante ter urn born relacionamento com 0

professor. Voce pade querer visita-Io antes do ana letiva para conversar e planejar

sobre 0 ana escolar da crian9a. Voce tambem pode se certificar de que 0 professor

sabe das informa90es corretas sobre DDAH.

Pergunte como as alunos trabalham em sala, dar deixe 0 professor saber como

seu filho trabalha melhor e quais ferramentas podem ajuda-Io.

Comunicac;ao entre casa e escola e essencial. Isto pade sar em forma de

anota<;oes curtas, urn quadro fapido de quanta trabalho foi cumprido, ou uma

simples carinha feliz ou triste com uma anota980 descrevendo 0 que foi feito, para

merecer a avaliagao.

Talvez urn simbolo ou 0 sistema de estrelas de casa possa funcionar na escola,

entao seu filho pade ganhar mais pontos. 0 sistema de sinais funciona porque eles

dao a crianr;a uma reac;ao imediata ao seu comportamento. Se voce nao tern

sistema de sinais, encoraje seu professor a reagir imediatamente a seu frlho. Per;a a

ele para usar comentarios bern especificos sobre comportamento.

10.3 Tarefa de Casa

Lir;ao de casa e frequentemente diffcil para crianr;as OOAH mas ha varias

maneiras de torna-Ia mais faciL Primeiro, identifique um companheiro de estudo para

seu filho. Um companheiro de estudo e alguem que pode verificar as tarefas e

responder perguntas sobre tal. Tambem €I util que a crian\ya tenha uma agenda. 0

professor pode marcar com iniciais a agenda se as tarefas estao corretamente

anotadas. Ai, divida as tarefas em pequenos pedac;os. Uma tarefa de vinte

problemas de matematica pode ser dividida em duas ou quatro partes; uma tarefa de

tres paginas de escrita pode ser dividida em tres. Planeje recompensas ou intervalos

quando cada tarela estiver completa. Recompense seu filha sempre que a tarela lor

acabada, mesmo completando sua agenda corretamente. Muitas crian~s com

DDAH tern problemas com a escrita; se for possivel escrever as ligoes no

computador ou dadas oral mente, seu filho pode se sair melhor.

Para crianc;as mais vel has ou tarefas mais longas, pode ser uti I planejar um

trabalho "estilo reporter". Deixe-as preencher uma lalha respandenda: "Quem?

o que? Onde? Quando? Por que? Como?" e revise-a com eles.

11 AMADURECER DDA

Urn tereyo das pessoas com DDA perdem todos os sintomas durante a

adolescemciae a vida adulta. Contudo, as Quiros dais ten;os ainda possuem

sintomas.

Em algumas pessoas, as sintomas diminuem, em Qulras eles pioram. Muitas

ainda apresentam problemas com esquecimento de tarefas, organizac;ao, compras,

j0905, mudan98s de emprego. Elas tambem apresentam mais problemas como:

baixa auto-e5lima, ansiedade e depressao. E lao importante que adolescentes e

adultos len ham tratamento quanta as crianC;8s.

Alguns adultos pensam, acham que medicamentos 56 sao para crianc;as OU que

56 funcionam em crianc;as. Porem, medicamentos podem ajudar 0 adulto DDA bern

como tecnicas de mudanc;as de comportamento e do meio podem ajudar e muito.

Ter DDA e uma sentenya a uma vida ruim. Mas, quando apropriadamente

tratada, pessoas com DDA podem levar vidas felizes e satisfeitas; ainda, DDA pode

dar as pessoas certas vantagens como criatividade e energia ilimitada.

Essas pessoas podem nao vir a ser os melhores gerentes ou pessoas que

trabalhem sedentariamente (em escrit6rios por exemplo), mas elas serao excelentes

vended ores, disk jockeys, corretores da bolsa de valores, artistas au cientistas.

CONSIDERA90ES FINAlS

Ate a alguns anos atras, 0 "deficit de atengaon era conhecido como "disfung8o

cerebral minima". Porem, cada vez mais 0 conceito esta mudando de "desordem"

para inclusao de urna serie de qualidades como a criatividade, alta inteligencia,

habilidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo e p~r um forte senso de inlui~ao.

Os aspectos negativQs sao desorganiza~o, distrag8o, esquecimento, dificuldade de

completar tarefas, falta de sense de horario e bagun98

As crianc;as com "deficit de atengElo" quando adultas, permanecem hiperativas e

incapazes de ficar paradas. Possuem pensamento muito rapido, podendo estar bern

adaptadas no contexto apropriado pois, a questao naG e 0 que ha de errado com

essas crianC;8s mas, como sao elas.

Dessa forma, fica claro que 0 rotulado "deficit de aten~o" e um estilo de vida e

nao um enumerado de sintomas. Ap6s 0 diagnostico, fica mais facil visualizar novas

possibilidades de mudangas reais.

Ensina-Ias a se organizarem, trabalhar durante periodos curtos, coloca-Ias em

escolas que possuam turmas menores e currlculo diversificado, dividir tarefas em

partes, estar presente quando necessitem, criar limites extern os aos seus impulsos,

utilizar medicamentos acreditando que sao apenas complementares, constituem

grandes ferramentas de auxflio para 0 crescimento afetivo e psicossocial dessas

criangas.

E imprescindivel estar sempre atualizando os conhecimentos acerca deste

disturbio, baseando-se na busca incessante da medicina para uma posslvel cura..

Poram, a compreensao, determina9ao, persevera9Bo e paciencia por parte dos

familiares e educadores, os quais devem desenvolver urn trabalho integrado com

profissionais especializados, no sentido de direcionar e reestruturar a escola e a

familia, trabalhando melhor 0 ambiente para melhor acomodar as necessidades

dessas crian98s, a 0 que realmente vira a contribuir sobremaneira para seu peneilo

ajuste perante a sociedade.

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