Definições Nascentes Parecer Hidrogeológico

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Uma nascente nada mais é que o aparecimento, na superfície do terreno, de um lençol subterrâneo, dando origem a cursos de água. Cada curso é associado a uma fonte, fato que possibilita a conclusão de que o número de cursos de água de uma dada bacia é igual ao seu número de mananciais. Portanto, degradar ou extinguir uma têmpora implica diretamente em diminuir sua vazão. Qualquer que seja o tipo de uma nascente, em geral, a sua formação é condicionada à existência de um encontro entre o nível freático de um aquífero de água subterrânea e à superfície topográfica do terreno. Em terrenos ígneos e metamórficos, as cabeceira de cursos de água estão, em geral, associadas a fraturas portadoras de água e interceptadas pelo relevo. Nem sempre, contudo, elas são visíveis, devido à cobertura por material inconsolidado que se acumulou nas encostas. A origem de um curso de água de um rio refere-se ao local mais a montante de seu curso principal. Quanto ao regime, as fontes são classificadas em perenes, intermitentes e efêmeras. De acordo com o professor Paulo Santanna e Castro, no curso Recuperação e Conservação de Nascentes, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “nascentes perenes são caracterizadas por apresentarem um fluxo de água contínuo, ou seja, durante todo ano, inclusive na estação seca, embora com menor vazão. As nascentes intermitentes são aquelas que apresentam fluxo de água apenas durante a estação das chuvas, mas secam durante a estação seca do ano. E as nascentes efêmeras são aquelas que surgem durante uma chuva, permanecendo durante alguns dias e desaparecendo logo em seguida”. Vale ressaltar que o fato de uma têmpora apresentar vazão de menos de um litro por minuto, não quer dizer que ela é insignificante, pois ainda sim, é responsável pelo surgimento do primeiro pequeno córrego de um grande rio. E os rios somente serão perenes, apresentando fluxo ao longo de todo o ano, se sustentados por mananciais também perenes.

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Uma nascente nada mais é que o aparecimento, na superfície do terreno, de um lençol subterrâneo, dando origem a cursos de água. Cada curso é associado a uma fonte, fato que possibilita a conclusão de que o número de cursos de água de uma dada bacia é igual ao seu número de mananciais. Portanto, degradar ou extinguir uma têmpora implica diretamente em diminuir sua vazão.

Qualquer que seja o tipo de uma nascente, em geral, a sua formação é condicionada à existência de um encontro entre o nível freático de um aquífero de água subterrânea e à superfície topográfica do terreno. Em terrenos ígneos e metamórficos, as cabeceira de cursos de água estão, em geral, associadas a fraturas portadoras de água e interceptadas pelo relevo. Nem sempre, contudo, elas são visíveis, devido à cobertura por material inconsolidado que se acumulou nas encostas. A origem de um curso de água de um rio refere-se ao local mais a montante de seu curso principal. Quanto ao regime, as fontes são classificadas em perenes, intermitentes e efêmeras.

De acordo com o professor Paulo Santanna e Castro, no curso Recuperação e Conservação de Nascentes, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “nascentes perenes são caracterizadas por apresentarem um fluxo de água contínuo, ou seja, durante todo ano, inclusive na estação seca, embora com menor vazão. As nascentes intermitentes são aquelas que apresentam fluxo de água apenas durante a estação das chuvas, mas secam durante a estação seca do ano. E as nascentes efêmeras são aquelas que surgem durante uma chuva, permanecendo durante alguns dias e desaparecendo logo em seguida”.

Vale ressaltar que o fato de uma têmpora apresentar vazão de menos de um litro por minuto, não quer dizer que ela é insignificante, pois ainda sim, é responsável pelo surgimento do primeiro pequeno córrego de um grande rio. E os rios somente serão perenes, apresentando fluxo ao longo de todo o ano, se sustentados por mananciais também perenes.

Pode-se dizer que, conservar um rio, antes de tudo, implica em salvar sua nascente. Mas, como toda fonte é produto da bacia hidrográfica a qual está relacionada, isso significa dizer que as bacias precisam ser adequadamente manejadas, principalmente quando se pretende obter a produção de água.

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Visando a identificação de possível nascente em terreno, local da superfície topográfica onde emerge, naturalmente, uma quantidade apreciável de água subterrânea. Estes locais representam descargas naturais dos aqüíferos que alimentam normalmente os cursos de água, podendo eventualmente ser utilizadas para consumo humano. De acordo com a Resolução CONAMA 303/2002. Nascente é o local onde aflora naturalmente, mesmo que de forma intermitente, a água subterrânea.Para a avaliação onde há presença de água no terreno e possibilidade de classificação do mesmo como nascente, são adotados os seguintes critérios e métodos:

Avaliação do levantamento planialtimétrico do terreno com identificação de curvas de nível que apresentam características de início de talvegue de corpo hídrico de drenagem superficial e subterrânea (aqüífero freático);

Realização de sondagens a trado na área com água, para obtenção do NA (Nível d’água) e perfil geológico do solo;

Nivelamento geométrico do NA das sondagens e do nível da água da nascente;

Identificação no terreno da drenagem do solo sentido da mesma;

Verificação da intermitência do fluxo d’água na área; Identificação de possíveis contribuições de esgoto águas

pluviais na área à montante do local onde há presença de água;

Avaliação de OD (Oxigênio Dissolvido) na água do ponto de acúmulo para identificação indireta de contaminação orgânica da água acumulada (esgoto).

 Com os dados levantados na área do terreno, em específico no local com presença de água, é possível concluir que se o mesmo apresenta água somente quando há a ocorrência de chuvas e apresentando-se seco em épocas de estiagem, caracterizando uma linha seca de drenagem. Além da água de origem pluvial, pode haver evidência de contribuição para o local de despejo de esgoto sanitário, proveniente de uma ou mais moradias próximas.